CONTEXTUALIZANDO O CONTEXTO: DA EXTERIORIDADE ESTRUTURALISTA AO CONCEITO FUNDAMENTAL NA SEMIÓTICA SOCIAL.

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1 661 CONTEXTUALIZANDO O CONTEXTO: DA EXTERIORIDADE ESTRUTURALISTA AO CONCEITO FUNDAMENTAL NA SEMIÓTICA SOCIAL. Cássia Helena Pereira Lima - UFMG Záira Bomfante dos Santos- UFMG 0 Introdução Para a Semiótica Social, a escolha dos signos e a construção dos discursos são movidas por interesses específicos, que representam um significado escolhido através de uma análise lógica relacionada a um contexto social. Segundo Kress e van Leeuween (2006), precursores dessa teoria, os signos são motivados em uma conjunção de significantes e significados não arbitrária, e o processo de criação da mensagem é complexo e oriundo da história psicológica, social e cultural de seu autor, focado a partir de um contexto específico. Ao elaborar uma mensagem, o emissor faz uma representação de algo a partir do seu interesse no objeto. Esse interesse é a fonte da seleção dos critérios a partir dos quais o objeto é percebido, sendo esses aspectos os considerados como adequados para sua representação em um dado contexto. Por sua vez, o sujeito-receptor também seleciona os aspectos da mensagem que serão interpretados. Ele sai, então, de uma posição apenas receptiva para ser um reprodutor social do discurso, o que também está diretamente relacionado à sua vivência e sua experiência social. A escolha dos signos em qualquer representação é, então, socialmente motivada e tem significados políticos e sociais, o que está intrinsecamente ligado ao poder e aos mecanismos de controle dos grupos dominantes presentes nos atos semióticos, em uma articulação dos diferentes significados sociais e culturais de cada elemento representado (PIMENTA, 2001). Com esta visão transdisciplinar e multidisciplinar, a Semiótica Social é uma ampliação da Análise Crítica do Discurso (ACD), que adota uma dimensão crítica sobre a linguagem, considerando-a determinante na transformação social e como reprodutora de práticas sociais e ideológicas. Neste enfoque, a análise do contexto e o seu conceito são fundamentais para os estudos da Semiótica Social e da ACD. Este artigo propõe-se a fazer uma revisão teórica sobre a análise do contexto e o seu conceito, remetendo-se a autores cujos estudos forneceram as bases conceituais que embasam estas teorias, porém sem a pretensão de esgotar tão extenso e amplo tema, mas de traçar um percurso para o entendimento e para posteriores trabalhos que o aprofundem. Segundo Carboni (2008), o início da reflexão sobre a linguagem não pode ser precisado historicamente, mas desde a Antigüidade havia motivação para o registro e entendimento da escrita, com posteriores tentativas de descrição e classificação em unidades significativas, traços fônicos e gramáticas, numa busca de ordenação lógica e dos estudos da lingüística históricocomparativa. Somente nos séculos XIX e XX as perspectivas de pesquisa foram influenciadas pela atenção com a estrutura interna das línguas e pela compreensão de que elas constituem os principais veículos da história dos povos, imanente nas correntes de positivismo lingüístico, gerativista ou estruturalista. Porém, dentre as estruturalistas algumas já se distinguem ao assumir a necessidade de considerar a exterioridade, em geral, e o contexto de fala, em particular, para apreender plenamente o objeto de estudo da lingüística (Ibidem, p. 63). Existem várias abordagens e conceituações deste elemento extralingüístico o contexto de acordo com o enfoque do estudo. Segundo Hanks (2008), dentre as que consideram o contexto como estrutura radial cujo ponto central é o enunciado falado que priorizam o individual sobre o coletivo e reduz as estruturas sociais aos comportamentos individuais (Ibidem, p. 171) estão: a teoria dos atos de falas de Austin, cujo foco está nas relações entre as formas lingüísticas e as circunstâncias relacionadas às condições de felicidade e às doutrinas das forças; as abordagens de Grice, que se centram nas inferências e crenças declaradas do sujeito, sendo a fala um empreendimento cooperativo; a da etnometodologia, na qual a interação face a face é o contexto primordial para a socialização humana; e a dos psicolingüistas e lingüistas cognitivos que tratam o contexto como conhecimento partilhado de representações mentais, logo, um construto mental. Estas abordagens se baseiam na lingüística, na psicologia e na microssociologia.

2 662 Numa posição oposta, apoiadas em uma teoria social ampla e na história, Hanks (2008, p ) destaca as abordagens nas quais o contexto é global e duradouro e não local e efêmero com escopo social e histórico maior que qualquer ato localizado. Aqui a produção de enunciados não é o centro gerador do contexto, mas os sistemas de referência explicativos são as condições sociais e históricas que são anteriores à produção do discurso e que o restringem. O autor menciona neste grupo as concepções de Foucault, cujo quadro de referência é o discurso com suas formações de crenças em larga escala e categorizações atravessadas pelas relações de poder e articuladas em assembléias ; de Bourdieu, que defende que as formas lingüísticas somente podem ser analisadas a partir de seu capital simbólico e cultural; e as acepções da própria ACD, na qual: o discurso é tratado sob três perspectivas: como texto dotado de forma lingüística, como prática discursiva por meio da qual os textos são produzidos, distribuídos e consumidos, e como prática social que tem vários efeitos ideológicos, incluindo a normatividade e hegemonia. A Análise Crítica do Discurso enfatiza o poder, a exploração e a desigualdade como sendo as condições sociais da linguagem, investigando-os no interior de vários contextos [...] (Ibidem, p ). Hanks (2008), entretanto, considera que as duas visões são geralmente complementares, visto que nas abordagens individualistas os fatos coletivos são colocados à margem das definições sociais de contexto, enquanto que nas abordagens em larga escala os cenários locais da enunciação e da interação face a face é que são minimizados. Para ele, neste ponto, a antropologia lingüística tenta integrá-las, considerando que as práticas discursivas são configuradas e configuram os contextos em vários níveis, incluindo a gramática e o uso da língua nos cenários sociais e históricos, buscando conjugar as práticas enunciativas e seu encaixamento social em níveis micro e macro. Como a Semiótica Social deriva da ACD, neste trabalho, optou-se por abordar a conceituação de contexto nas abordagens social e histórica. Para tal, foram considerados principalmente os estudos de Fairclough (2001) sobre a Teoria Social do Discurso, que por sua vez se fundamenta em conceitos de Habermas, Foucault e Bakhtin acerca de enunciado, discurso, campo discursivo e constituição histórica e social do sujeito, dentre outros. Neste artigo também são brevemente abordadas algumas as questões da subjetividade e da reflexividade, que complementam as análises anteriores, já que a elaboração e a transformação dos signos, conjugando-os em mensagens, são ao mesmo tempo, a transformação da subjetividade do seu criador. 1 Duas visões da significação lingüística De acordo com Moura (2000), as pesquisas em semântica estão enraizadas em duas tradições opostas. A primeira, rotulada por tradição semiológica, tenta sistematizar os diversos mecanismos pelos quais as palavras se ligam uma as outras, no âmbito dos enunciados, tentando sistematizar o conjunto de relações de significação relevantes para a produção dos enunciados. A segunda, rotulada de tradição lógica, ao contrário, tenta explicitar como se dá a ligação entre as palavras e as coisas e tenta delimitar as formas de significação na estrutura dos enunciados que permitem recuperar ou representar os fatos do mundo. Desse modo, a tradição semiológica analisa a significação na língua natural como um sistema de regras sobre o tipo de relação que as palavras mantêm entre si, enquanto que a tradição lógica está essencialmente envolvida com a relação entre o sentido dos enunciados e os conceitos de verdadeiro e falso, que por sua vez estabelecem o elo entre linguagem e mundo. Saussure, estruturalista considerado fundador da lingüística geral, é um exemplo da tradição semiológica. Ele estabelece uma distinção essencial entre valor e significação dos signos e dá como exemplo uma moeda de um sistema monetário qualquer. A significação da moeda é definida pela possibilidade de troca por algo de natureza dessemelhante. Passa-se, assim, do sistema de signos para uma outra ordem de coisas. Essa passagem é assegurada pela significação. Por outro lado, o valor da moeda é determinado pelo sistema monetário do qual ela é constitutiva; esse valor só pode ser determinado pela comparação com elementos da mesma ordem, ou seja, outros signos. Daí se deriva a concepção do signo como uma unidade contrastiva. O que é externo ao signo não representa nada para

3 663 a determinação do valor. O mesmo seria válido para o estudo das palavras. Neste ponto é preciso segmentar de um lado a significação e, de outro, o valor, imanente ao sistema de signos. Ao afirmar que o objeto da lingüística compunha o conjunto de valores significativos, e não o conjunto de significações, Saussure fundou toda uma tradição semântica, concebendo a língua como algo abstrato e ideal a construir um sistema sincrônico e homogêneo (MOURA, 2000). Carboni (2008) estabelece, ainda, a partir dos estudos de Charles Morris, uma distinção entre a relação sintática na frase (dos signos lingüísticos entre si); da relação semântica (das frases com as coisas que representam) e a relação pragmática (das frases com os falantes que as enunciam e as interpretam). A pragmática é definida como o estudo do uso dos signos e dos efeitos que esse uso produz nos falantes que os utilizam. Para Morris, o semântico é o único sentido verdadeiro, enquanto o sentido pragmático seria não-essencial e variável, já que dependeria dos interlocutores e das situações (Ibidem, p.66). Na perspectiva pragmática, a linguagem verbal é muito mais do que uma mera representação da realidade. Ela é uma instituição que comporta atos de linguagem socialmente fixados que correspondem a papéis convencionais e que existem apenas nessa e através dessa instituição: ordenar, prometer, insultar, ameaçar, protestar, autorizar, criticar, desafiar, etc. Esses atos de linguagem são submetidos a certas regras, distintas em cada sociedade. (CARBONI, 2008, p.68) 2 Linguagem: uma abordagem interacional Para Benveniste (2006, p. 229), somente o funcionamento semântico da língua permite a integração da sociedade e a adequação ao mundo, e por conseqüência a normalização do pensamento e o desenvolvimento da consciência. Ele considera duas modalidades fundamentais da função lingüística, que implicam uma mudança radical de perspectiva: a semântica, para comunicar (a língua em ação, com sua função mediadora entre os homens e destes com o mundo, é a língua como instrumento da descrição e do raciocínio) e a semiótica, para significar. A semiótica caracteriza-se como uma propriedade da língua, sendo o signo e a frase dois mundos distintos, ao contrário da divisão feita por Saussure. O signo semiótico existe em si, funda a realidade da língua, mas ele não encontra aplicações particulares; a frase. Expressão do semântico, não é senão particular (Ibidem, p. 230). Segundo Carboni (2008), os estudos de Benveniste, que se posicionava como estruturalista, incluíram a subjetividade na linguagem e originaram Lingüística da Enunciação. Para ele, portanto, a língua, enquanto estrutura formal deveria ser analisada enquanto sistema de signos (sendo a frase o seu nível mais alto) e enquanto instrumento de comunicação, manifestação da língua na comunicação viva (cuja expressão seria o discurso sendo a frase a sua unidade). Segundo Brandão (1998), Bakhtin acompanha a trilha aberta por Saussure e parte do princípio de que a língua é um fato social cuja existência funda-se nas necessidades de comunicação. Bakhtin também atribui um lugar privilegiado à enunciação enquanto realidade da linguagem. Mas para ele a matéria lingüística é apenas uma parte do enunciado, enquanto que a outra parte (a não verbal) é a que corresponde ao contexto da enunciação. Dessa forma, conforme Brandão (1998), Bakhtin diverge de seus antecessores (Saussure e a escola do subjetivismo individualista de Humboldt 1 ) para quem o enunciado era um ato individual e, portanto uma noção não pertinente lingüisticamente. Ele não só coloca o enunciado como objeto dos estudos da linguagem como dá à situação de comunicação o papel de componente necessário para a compreensão e explicação da estrutura semântica de qualquer ato de comunicação verbal. Para ele, em cada ato de enunciação se realiza a intersubjetividade humana e o processo de interação passa a constituir uma realidade fundamental da língua. O interlocutor não é um elemento passivo na 1 Humboldt preconizou que as línguas fossem classificadas em função de sua estrutura ou organismo e considerava que língua e pensamento eram indissociáveis. Para ele, a estrutura gramatical e semântica interna da língua conformaria a maneira como os indivíduos conceberiam o mundo e a essência da língua era a sua forma interna, atividade criadora, dinâmica e não p produto dessa atividade (CARBONI, 2008, p ).

4 664 constituição do significado. A concepção de signo passa a ser dinâmica, viva, dialética e que não advém de um sistema sincrônico abstrato 2. Para Bakhtin (2006, p. 31), a palavra é o signo ideológico por excelência, pois, produto da interação social, ela se caracteriza pela plurivalência: tudo que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos, tudo que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia. Essa visão da linguagem como interação social integra todo ato de enunciação individual num contexto mais amplo, revelando as relações intrínsecas entre o lingüístico e o social. Segundo ele, o signo nasce e se desenvolve considerados os fluxos sociais, culturais e históricos, além de só poder ser pensado social e contextualmente. Bakhtin considera o dialogismo como o princípio constitutivo da linguagem e como a condição do sentido do discurso, que é uma construção híbrida, (in)acabada por vozes em concorrência e sentidos em conflito. 3 Concepções de contexto para Foucault Contexto é um conceito teórico, estritamente baseado em relações. Não há contexto que não seja contexto de, ou contexto para. Como este conceito é tratado depende de como são construídos outros elementos fundamentais, incluindo língua(gem), discurso, produção e recepção de enunciados, práticas sociais, dentre outros (HANKS, 2008, p.174). Foucault (2007) trabalha a noção de contexto, mais especificamente como o contexto situacional de um enunciado (a situação social na qual ele ocorre) e seu contexto verbal (sua posição em relação a outros enunciados que o precedem e o sucedem) determinam a forma que este assume e o modo pelo qual é interpretado. Foucault ressalta que a relação entre a fala e o seu contexto verbal e situacional não é transparente. A forma como o contexto afeta o que é dito ou escrito, e como isso é interpretado, varia de uma formação discursiva para outra. É preciso remeter à formação discursiva e à articulação das formações discursivas nas ordens do discurso para explicar a relação contexto-textosignificado. A formação discursiva, de acordo dom Brandão (1998), se define pela sua relação com a formação ideológica, isto é, os textos que fazem parte de uma formação discursiva remetem a uma mesma formação ideológica. A formação discursiva determina o que deve e o que pode ser dito a partir de um lugar historicamente determinado. Um texto pode aparecer em formações discursivas diferentes, acarretando, variações de sentido. Para Foucault (2007), na análise do campo discursivo trata-se de compreender o enunciado na estreiteza e singularidade de sua situação. Para ele, o sujeito também é histórica e socialmente constituído a partir de elementos exteriores a ele. 4 O contexto no uso da razão prática em Habermas. Habermas (1988) postula que a humanidade aspira chegar à maioridade e emancipar-se e para isso é preciso diálogo através da comunicação. Para tal, esboça a Teoria da Ação Comunicativa e define dois tipos de ação humana: o agir comunicativo, orientado para o entendimento e o consenso racional através da linguagem; e o agir estratégico/ instrumental visto como trabalho, como ação derivada de uma escolha racional de meios adequados a certos fins, ou como uma combinação de ambos, uma ação social orientada para o sucesso. Segundo Siebeneichler (1989), para os participantes da ação comunicativa na Teoria de Habermas, o mundo da vida constitui o contexto, o lugar onde se formam os processos de entendimento e onde os falantes e ouvintes se movimentam. Este contexto permanece implícito e não se pode tematizá-lo de acordo com o próprio arbítrio, porque ele permanece às nossas costas 3. O 2 Carboni (2008) explica que, segundo Saussure, os fenômenos lingüísticos teriam duas faces inseparáveis: significantes (impressões acústicas) e significados (idéias associadas aos significantes), possuindo um lado individual e um social, em um sistema estabelecido (sincronia) e em uma evolução (diacronia). 3 Siebeneichler (1989, p. 83) utiliza essa expressão referindo-se ao conceito de reflexão de Habermas, cuja força esclarecedora poderia revelar no âmbito de uma crítica da ideologia, aquilo que antes estava oculto, atrás de nossas costas, determinando-nos ideologicamente: opiniões, preconceitos ingênuos, visões de mundo.

5 665 mundo da vida é um celeiro de saber organizado lingüisticamente e transmitido culturalmente, uma fonte de modelo de interpretação, da qual os participantes lançam mão para suprir as exigências e necessidades de entendimento que aparecem numa determinada situação. O contexto dos processos comunicativos voltados para o consenso forma-se a partir destas convicções. Para Habermas, a razão prática é a razão humana, a capacidade de pensar e raciocinar enquanto está voltada para o agir, podendo ser utilizada pelo sujeito de três formas distintas, de acordo com a motivação fundamental ou o seu interesse: a) o uso pragmático da razão prática, orientado por fins, no qual não se questiona a respeito do conteúdo ético ou moral do agir, a motivação é apenas obter determinado resultado de um eu voltado para o mundo exterior; b) o uso ético da razão prática, que busca o que é bom para o indivíduo e para a coletividade, com uma postura baseada em valores, que brotam de um contexto social, exigindo uma ruptura com uma postura egocêntrica, apelando aos valores, mas não os questionando; e c) o uso moral da razão prática, cujo princípio norteador do agir é o problema da justiça, surgindo de um questionamento de uma situação de conflito na qual outros seres humanos estão envolvidos e age-se em função de uma realidade comunitária, quando o sujeito, em interação com outros, se pergunta sobre o que é justo (GUAZELLI, 2002). Podese perceber nas três dimensões que a análise do eu individual remete ao caráter social da razão, logo, está estritamente relacionada ao contexto no qual há o uso da razão prática. Fairclough (2001) remete a Habermas pontuando que este deu um desvio dinâmico e histórico à análise do discurso da modernidade através do seu postulado de uma colonização progressiva da vida mundial pela economia e estado, envolvendo um deslocamento das práticas comunicativas pelas práticas estratégicas que se incorporam uma racionalidade (moderna) puramente instrumental. Antes de discorrer sobre a Teoria do Discurso Social e a ACD, é importante remeter à Lingüística Sistêmica Funcional (LSF), que também ofereceu subsídios a Fairclough para o desenvolvimento de ambas. 5 O contexto na Lingüística Sistêmica Funcional A Lingüística Sistêmica Funcional, desenvolvida por Halliday na década de 1960, constitui um aporte teórico-metodológico que tem como uma de suas maiores contribuições à análise lingüística o desenvolvimento de uma gramática funcional no inglês contemporâneo, mostrando como fios de significados podem ser simultâneos em uma estrutura. Na LSF, a linguagem é vista como um sistema aberto a mudanças socialmente orientadas e é estruturada em três sentidos, denominados metafunções: o ideacional, o interpessoal e o textual. O foco é a análise do significado da linguagem em uso no processo textual da vida social (EGGINS, 2005; SFL, 2007). Para a LSF, a linguagem é uma prática social; é mais do que um processo de representação; é construtora da realidade social e cada escolha feita no sistema semiótico adquire seu significado contra o pano de fundo das outras escolhas que poderiam ter sido feitas (HALLIDAY, 1985). A LSF subdivide o contexto em três níveis: o do registro (que descreve o impacto da situação imediata sobre a forma como a linguagem é usada e suas variações de modo, teor e campo); o do gênero (que é utilizado para descrever o impacto do contexto sócio-cultural sobre a linguagem); e o da ideologia (que se refere aos valores embutidos nas falas, conscientemente ou não) (EGGINS, 2005). Para a LSF não existe texto livre de ideologia e esta é definida inclusive em cada escolha lexical, cada qual determinando posições e valores particulares. Mas como a linguagem é usada em diferentes contextos sociais, a LSF não considera que tais escolhas sejam certas ou erradas, mas apropriadas ou inapropriadas para cada contexto. O conceito do contexto pode ser, então, tanto de situação, quanto cultural. Este segundo abarca mais do que o ambiente imediato, resgatando a história cultural dos participantes que sustenta o processo de interação verbal (HALLIDAY, 1985; EGGINS, 2005). Sobre a relação texto/contexto, segundo Eggins (ibidem), o interesse dos lingüistas sistêmicos está em explorar como o contexto adentra o texto, ou seja, a forma pela qual os contextos de situação e de cultura se materializam nos textos. Ela ressalta ainda que a indeterminação dos significados só pode ser preenchida por referência ao contexto extra-textual.

6 666 6 Contexto para Fairclough e na Análise Crítica do Discurso Foi a partir da recontextualização da LSF e operacionalizando conceitos da lingüística e das ciências sociais, que Fairclough cunhou a expressão ACD, propondo a cisão da função interpessoal de Halliday em duas funções separadas, a função identitária e a função relacional (RESENDE; RAMALHO, 2006, p. 58). Na primeira, a linguagem relaciona-se aos modos pelos quais as identidades sociais são estabelecidas no discurso; na segunda refere-se a como as relações sociais entre os participantes do discurso são representadas e negociadas. A ACD se propõe a estudar a linguagem como prática social e, para tal, considera o papel crucial do contexto. Para Fairclough (2001), os discursos são históricos e, destarte, só podem ser entendidos se em referência aos seus contextos. Ele vê o discurso como noção integradora de três dimensões: o texto, a interação/prática discursiva e a ação social/prática social. A conexão entre texto e prática social é vista como mediada pela prática discursiva. Os processos de produção e interpretação são de natureza da prática social, sendo que o processo de produção forma e deixa vestígios no texto, enquanto o processo interpretativo opera sobre as pistas no texto. Não se pode, portanto, simplesmente apelar ao contexto para explicar o que é dito ou escrito ou como é interpretado, como muitos lingüistas fazem na sociolingüística e na pragmática: é preciso voltar atrás para a formação discursiva e para a articulação das formações discursivas nas ordens de discurso para explicar a relação contexto-texto-significado (FAIRCLOUGH, 2001, p. 73). Ao discorrer sobre a Teoria Social do Discurso, Fairclough (2001) pontua que ela estabelece uma relação dialética entre discurso e estrutura social: o discurso é uma prática social tanto de representação quanto de significação do mundo, constituindo e ajudando a construir identidades sociais, as relações sociais e os sistemas de crenças. Em relação ao papel do contexto no enunciado, Fairclough (2001) retoma as postulações de Foucault, nas quais um enunciado não pode ser interpretado se não voltar à sua formação discursiva nas ordens do discurso para explicar a relação contexto-texto-significado. Segundo Fairclough (2001) a maneira como o contexto afeta a interpretação do texto varia de um tipo de discurso para outro. O autor ainda assevera que o contexto traz um efeito de redução de ambivalência dos textos, os intérpretes chegam a interpretações da totalidade da prática social do qual o discurso faz parte e tais interpretações conduzem a predições sobre os sentidos dos textos. No entanto, enfatiza que, antes de recorrer ao contexto de situação para interpretar um enunciado, deve-se chegar a uma interpretação sobre qual é o contexto de situação. 7 Tendências de mudanças discursivas Fairclough (2001), ao tratar de mudança discursiva, pontua algumas tendências que afetam a ordem societária de discurso, que, por conseguinte, corroboram as tendências de mudança social e cultural, logo de contexto. São elas: a democratização, a comodificação e tecnologização do discurso. As duas primeiras referem-se a mudanças efetivas nas práticas de discurso, enquanto a terceira sugere que a intervenção consciente nas práticas discursivas é um fator cada vez mais importante na produção de mudança (Ibidem, p. 247). A democratização do discurso é entendida como a remoção de desigualdades e assimetrias dos direitos, das obrigações e do prestígio discursivo e lingüístico dos grupos de pessoas. O autor aponta cinco áreas de democratização discursiva: a) relações entre línguas e dialetos sociais; b) acesso a tipos de discurso de prestígio; c) eliminação de marcadores explícitos de poder em tipos de discurso institucionais com relações desiguais de poder; d) uma tendência à informalidade das línguas; e e) mudanças nas práticas referentes ao gênero na linguagem. A comodificação é concebida como o processo pelo qual os domínios e as instituições sociais são organizados e definidos em termos de produção, distribuição e consumo de mercadorias. Esse processo não é visto como novo, mas tem sido intensificado e revigorado recentemente pela cultura empresarial. Em termos de ordens do discurso, a comodificação é entendida como a

7 667 colonização de ordens do discurso institucionais e mais largamente da ordem de discurso societária por tipos de discurso associados à produção de mercadoria. A tecnologização do discurso refere-se aos recursos e ao conjunto de instrumentos que podem ser usados para perseguir uma variedade de estratégias em diversos contextos para produzir efeitos nas ordens do discurso. As tecnologias resultam no desenho e refinamento da linguagem com base nos efeitos antecipados dos mais finos detalhes de escolhas de vocabulário, gramática, entonação, organização do diálogo, etc. Elas promovem a mudança discursiva através da construção do consciente, da simulação em função de propósitos estratégicos e instrumentais de significados interpessoais e práticas discursivas. A tecnologização discursiva está ligada a uma expansão do discurso estratégico para novos domínios, influenciando profundamente o contexto. Em seus estudos, Fairclough (1995) destaca o representativo papel da mídia e seu trabalho ideológico, cuja linguagem adota formas particulares de representação do mundo, influenciando decisivamente a construção de determinadas identidades e relações sociais. No caso específico da mídia, o discurso configura-se como a forma de produção dos textos pelas instituições ligadas a ela e a forma pelos quais são socialmente distribuídos e recebidos pelo público. Entendo que as ideologias são significações/construções da realidade (o mundo físico, as relações sociais, as identidades sociais) que são construídas em várias dimensões das formas de sentidos das práticas discursivas e que contribuem para a produção, a reprodução ou a transformação das relações de dominação. As ideologias embutidas nas práticas discursivas são muito eficazes quando se tornam naturalizadas e atingem status de senso comum (FAIRCLOGH, 2001, p. 117). 8 Contexto na Semiótica Social A partir da ACD, Kress e van Leeuwen (2006) desenvolveram a Semiótica Social e criaram a gramática do design visual, que possibilitam uma análise estruturada da utilização dos elementos visuais para produzir significados nas sociedades contemporâneas ocidentais. Ampliando o conceito de Fairclough (2003) de comunidade discursiva na comunicação, Kress e van Leeuwen (2001) propõem a inclusão do conceito comunidade interpretativa, na qual o sujeito seleciona os aspectos da mensagem que serão interpretados, deixando uma posição apenas receptiva para se tornar um reprodutor social do discurso. Isto remete a intertextualidade, subdividida em manifesta (explicita no texto) e em constitutiva-interdiscursividade (implícita no texto). Estes conceitos estão diretamente relacionados à vivência e à experiência social do indivíduo. A capacidade de percepção das marcas discursivas é que diferenciam o leitor pensado para cada texto, que seria o leitor ideal ou modelo (SANTANA, 2006). Para se elaborar uma mensagem, os recursos semióticos não estão restritos à escrita, à fala e à imagem, pois podem incluir tudo o que pode ser feito em diferentes formas, permitindo a articulação de diferentes significados sociais e culturais. A paisagem semiótica é a denominação dada a estas formas ou modos semióticos que ambientam o processo comunicacional e só pode ser entendida no contexto da comunicação pública de sua determinada sociedade, com seus usos e valores (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006). Os modos semióticos, tanto os verbais quanto os não verbais, são as diversas formas de representação utilizadas para compor um texto na Semiótica Social questão trabalhada pela Teoria da Multimodalidade (idem, 2001). O conceito de texto, aqui, é o mesmo utilizado por Hodge e Kress (1988), com um senso semiótico ampliado, referindo-se à estrutura das mensagens, ou de seus traços, que mantêm uma unidade social. Na multimodalidade, a maioria dos textos atualmente envolve um complexo jogo entre textos escritos, imagens, cores e outros elementos gráficos e sonoros, com predominância de um ou de outro modo, de acordo com a finalidade da comunicação e do contexto no qual está inserido. O contexto torna-se, então, uma parte crucial do significado, constituído pela interface entre o texto e sua função complexa, imbricado com sua função social e ideológica (Ibidem). Na Semiótica Social o sujeito elabora sua mensagem a partir de sua motivação ou seja, do seu interesse em um objeto, que o leva a selecionar os critérios a partir dos quais esse objeto é percebido e que se tornam os adequados para a representação em um dado contexto. Assim, o que é

8 668 representado não é o objeto como um todo, mas alguns de seus aspectos que se destacaram e foram considerados mais adequados para o autor no momento da elaboração do signo em questão, considerando a disponibilidade de recursos representacionais e a habilidade para elaborá-lo. Considerando que a percepção é seletiva, os significados atribuídos a qualquer recurso semiótico podem ser tanto objetivos quanto subjetivos (VAN LEEUWEN, 2006). Por isso, na Semiótica Social os signos são considerados como motivados em uma conjunção de significantes e significados não arbitrária, sendo o processo de criação da mensagem complexo e originário da história psicológica, social e cultural do autor dentro do contexto específico no qual é elaborado (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006). Na Semiótica Social, a construção dos discursos e a escolha dos signos estão relacionadas ao contexto social, a partir do qual o sujeito, movido por seus interesses seleciona significados através de uma análise lógica (PIMENTA, SANTANA, 2007). Os tipos de discurso relacionam-se às estruturas e instituições sociais, bem como aos papéis sociais que o indivíduo desempenha. Esse processo de produção de signos é um processo de transformação da subjetividade 4 do indivíduo e das fontes de representação das quais ele lança mão, num movimento simultâneo e reflexivo, segundo Pimenta (2001). Assim, segundo Kress e van Leeuwen (2006), a elaboração e a transformação dos signos são, ao mesmo tempo, a transformação da subjetividade do seu criador. Desta forma, o indivíduo influencia o ambiente externo (contexto) e também é influenciado por este, num movimento reflexivo, que, segundo Giddens (2002), se torna cada vez mais freqüente na sociedade da modernidade tardia ou alta modernidade na qual o eu se torna um projeto reflexivo, com uma narrativa de identidade passível de revisões. Para Benveniste, segundo Carboni (2008, p.70), o tema da subjetividade na linguagem é essencial: Para ele o ser humano pode constituir-se como sujeito somente na linguagem e pela linguagem. A subjetividade seria a emergência no ser humano de uma propriedade fundamental da linguagem. Essa propriedade seria possível apenas porque, por um lado, cada locutor apresenta-se como sujeito, qualificando a si próprio como eu no seu discurso; por outro, porque esse eu implica outra pessoa, a qual o eu diz tu. Benveniste via nesse fenômeno uma polaridade, com dois termos reversíveis e complementares, segundo uma oposição interior/exterior. Para Rey (2003), a ação do indivíduo dentro de um contexto social pode não deixar uma marca imediata nesse contexto, mas correspondida por inúmeras reações dos outros integrantes desse espaço social, E através dessas reações que se preservam os processos de subjetivação característicos de cada espaço social, criando-se no interior desses espaços zonas de tensão, que podem atuar tanto como momentos de crescimento social e individual quanto como momentos de repressão e constrangimento de ambos os espaços. Ao considerar que o individual e o social não constituíam uma dicotomia, nem se excluíam reciprocamente, Rey (2003) expande o conceito de subjetividade para o de subjetividade social, que se concentra na geração de visibilidade das complexas e ocultas inter-relações de diferentes instituições e processos subjetivos da sociedade. Isso implica em desvendar as relações de poder, as diferenças sociais, as formas socioeconômicas de organização e dos processos de marginalização, os códigos jurídicos, os critérios de propriedade etc. que se utilizam de signos/recursos semióticos para sua materialização. Ele ainda destaca: Os discursos como sistemas semióticos de natureza social são importantes, não como um fim em si mesmo, mas como via que nos permite a construção de dimensões ocultas do social. O discurso é uma das formas da 4 Subjetividade é um conceito amplo e também com diversos enfoques. Entretanto, para este trabalho, considerou-se a subjetividade como a dimensão da experiência que expressa o sujeito na intersecção de sua particularidade com o mundo sociocultural e histórico (TITTONI, 1994, p.13). A subjetividade é a compreensão que temos do nosso eu, que por sua vez envolve pensamentos e emoções. Nós vivemos nossa subjetividade em um contexto social no qual adotamos identidades, ou seja, as posições que assumimos e com as quais nos identificamos é que constituem nossas identidades (VIEIRA, 2004, p.71).

9 669 subjetividade social, e está organizado dentro de inúmeros sentidos subjetivos, em cuja totalidade aparece todo o seu valor heurístico para a compreensão da realidade social (Ibidem, p.213). O contexto, portanto, está novamente intrinsecamente relacionado à ação e à expressão do sujeito individual, que são sempre socialmente produzidas, se manifestam em um contexto de subjetividade social, no qual o indivíduo é constituinte e simultaneamente, constituído (Rey, 2003, p. 202). Considerações Finais Este artigo teve como objetivo traçar um breve percurso acerca do papel e do conceito do contexto em algumas teorias que, se complementando e sucedendo umas às outras, ofereceram as bases para o desenvolvimento da Semiótica Social. Pode-se depreender que nas abordagens não individualistas, o contexto assume papel crucial e determinante para elaboração/codificação, difusão e recepção/decodificação dos textos materializados através dos mais diversos recursos semióticos. Particularmente na Análise Crítica do Discurso e na Semiótica Social, o contexto torna-se ainda mais representativo, configurando-se em elemento-chave na representação, visto serem os signos motivados em uma conjunção de significantes e significados não arbitrária, numa interrelação direta com a história psicológica, social e cultural dos elementos da comunidade discursiva e da comunidade interpretativa relacionadas à determinada mensagem. Verificou-se, também, a relação dialética do contexto com o sujeito individual, bem como da constante transformação da subjetividade do criador na elaboração e transformação dos signos, numa ação reflexiva de permanente revisão da subjetividade social. Referências BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 12 ed. São Paulo: HUCITEC, BENVENISTE, E. Problemas de Lingüística Geral II. Campinas: Pontes, BRANDÃO, H.H. N. Introdução à análise do discurso. 7ed. São Paulo: Unicamp, CARBONI, Florence. Introdução à lingüística. Belo Horizonte: Autêntica, (Coleção biblioteca universitária, série 2, Ciências Humanas). EGGINS, Suzanne. An introduction to systemic functional linguistics. 2 nd ed. London: Continuum, FAIRCLOUGH, Norman. Analyising discourse: textual analysis for social research. London: Routledge, FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, FAIRCLOUGH, Norma. Media Discourse, London: Paperback, FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio, forense, 1980 GUAZELLI, Iara. A especificidade do fato moral em Habermas. São Paulo: Cefis - Centro De Filosofia do Instituto Sedes Sapientiae, Disponível em < > Acesso em maio GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, HALLIDAY, M. A. K. An introduction to functional grammar. London: British Library Calatoguing in Publication Data, HANKS, William F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, HARBERMAS, Jurgen. Guinada pragmática. In: Pensamento pós-metafísico. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro,1988. HARBERMAS, J. Racionalidade mútua. In: Verdade e Justificação. Ensaios filosóficos. São Paulo: Loyola, HODGE, Robert; KRESS, Gunther. Social Semiotics. New York: Cornell University Press, 1988.

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