Regime jurídico das facturas e documentos equivalentes LUANDA, 18 E 19 DE JULHO DE 2014
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- Irene Damásio Bardini
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1 Regime jurídico das facturas e documentos equivalentes LUANDA, 18 E 19 DE JULHO DE 2014
2 A SESSÃO DE HOJE DEVERÁ DAR RESPOSTA A CINCO QUESTÕES-CHAVE SOBRE O NOVO REGIME O que é o RJFDE? Quais os motivos para a sua introdução? Como funciona? Como cumpri-lo? O que acontece em caso de incumprimento?
3 O QUE É O RJFDE? 1 O RJFDE REPRESENTA MAIS UM COMPROMISSO DO EXECUTIVO COM A REFORMA TRIBUTÁRIA Regula os requisitos para a emissão, conservação e arquivamento das facturas e documentos equivalentes pelos contribuintes, no exercício da sua actividade comercial e/ou industrial
4 QUAIS OS MOTIVOS PARA A SUA INTRODUÇÃO? 2 QUATRO RAZÕES PRINCIPAIS NA BASE DA INTRODUÇÃO DO NOVO REGIME Alinhamento Correcta aplicação dos Códigos do Imposto Industrial, do Imposto de Consumo, do Imposto de Selo, entre outros, depende da existência de um sistema de facturação consistente, coerente e universal Formalização Necessidades crescentes de formalização da economia angolana e de desincentivo aos mercados informais face aos elevados custos de contexto que acarretam para a economia Controlo Objectivo de tornar as declarações dos contribuintes mais comprováveis, objectivas e inequívocas, reforçando os mecanismos de controlo e fiscalização, por parte da Autoridade Tributária Eficácia Criação de procedimentos simples e eficazes, que tornem possível concretizar as Linhas Gerais da Reforma Tributária
5 QUAIS OS MOTIVOS PARA A SUA INTRODUÇÃO? 2 O NOVO REGIME É MAIS UM PASSO NA CONCRETIZAÇÃO DA REFORMA A Reforma Tributária deverá Informalidade do tecido empresarial angolano é reconhecida mas não deve condicionar ou limitar a modernização do Sistema Tributário Reconhecimento da informalidade exige encontrar as soluções que mais se adaptam ao contexto angolano, não se podendo ignorar a necessidade de mudança reduzir o grau de informalidade na economia Um dos objectivos das LGRT é precisamente a redução da informalidade A formalização das transacções através da obrigatoriedade e regulamentação das facturas é um passo essencial e estruturante para esta formalização e está em linha com as melhores práticas internacionais Regime permite alinhamento com o novo Código de Imposto Industrial que suspende tributações autónomas para custos indevidos ou não documentados passar por estágios intermédios de tributação A Reforma está a ser implementada de forma faseada e gradual As LGRT prevêem a possibilidade de introdução de um imposto tipo IVA, que apesar de ainda não estar acordado para Angola foi já implementado por mais de 156 países 23 dos quais africanos com várias variantes e com mecanismos que permitem reduzir a informalidade
6 COMO FUNCIONA? 3 DECRETO PRESIDENCIAL N.º 149/13 DE 1 DE OUTUBRO FACTURA DOCUMENTOS EQUIVALENTES Documento comercial, portador dos elementos informativos definidos no diploma que comprovam a realização das transmissões de bens (corpóreos ou incorpóreos) ou prestações de serviços + Recibos, a nota de débitos, despacho aduaneiro, talão de vendas Para efeitos do diploma, a energia eléctrica, o gás, a água são considerados bens corpóreos
7 COMO FUNCIONA? 3 MODELO DE FUNCIONAMENTO DO REGIME É CLARO Âmbito abrangente mas com excepções na sua aplicabilidade Obrigatória a emissão de facturas ou documentos equivalentes em todas as transmissões onerosas de bens e prestação de serviços Obrigatório para as pessoas singulares e colectivas, com domicilio, sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em Angola Dispensada a obrigação de emissão de factura para Transmissão de bens através de aparelhos de distribuição automática ou de recurso aos sistemas electrónicos Prestação de serviços em que seja habitual emissão de documento de comprovativo do pagamento com os requisitos obrigatórios Transmissão de bens e prestação de serviços igual ou inferior a Kz Dispensa de emissão afastada sempre que o adquirente do bem ou serviço o solicitem sendo que a dispensa de emissão não afasta a obrigação da emissão de talão de venda ou serviço
8 COMO FUNCIONA? 3 RECONHECENDO-SE CONTUDO EVENTUAIS LIMITAÇÕES OPERACIONAIS À SUA APLICAÇÃO NO CURTO PRAZO Reconhecimento de possível sobre a exigência pequenos comerciantes no curto prazo quer pelo valor das transacções quer pela falta de recursos tecnológicos à operacionalização do regime Dispensa pode ser atribuída pelo Director Nacional de Impostos, mediante solicitação, a contribuintes que forneçam serviços caracterizados pela sua uniformidade, frequência e valor limitado sempre que o cumprimento da obrigação de emissão se revele oneroso + Em caso de avaria técnica dos equipamentos ou em situações de inoperacionalidade, devem os contribuintes emitir facturas ou documentos equivalentes, impressos tipograficamente ( )
9 COMO CUMPRI-LO? 4 RESPONSABILIDADES COMUNS A TODOS OS PARTICIPANTES EM TRANSACÇÕES As facturas devem ser emitidas em duplicado, com o original destinado ao cliente ser emitidas no momento do pagamento ou até ao quinto dia útil a seguir à data da operação ser devidamente datadas, sequencialmente numeradas e conter Nome, firma ou denominação social e sede ou domicilio do fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário, bem como os números de identificação fiscal Numeração sequencial por anos económicos Discriminação dos bens ou serviços prestados, com indicação das quantidades Preço final em moeda inicial Taxas de imposto aplicáveis e montante de imposto devido Data em que os bens foram colocados à disposição Todo o texto em língua portuguesa
10 COMO CUMPRI-LO? 4 IDENTIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS RECTIFICADOS OU SUBSTITUÍDOS E ARQUIVAMENTO Identificação dos documentos rectificados ou substituídos Quando for necessário rectificar ou substituir os documentos emitidos, os documentos substitutos devem conter a expressão rectifcação ou substituição, bem como a identificação do documento rectificado ou substituído ARQUIVAMENTO O contribuintes devem arquivar e conservar todas as facturas ou documentos equivalentes, bem como os registos relativos à analise, programação e execução dos meios informáticos utilizados, durante cinco anos (prazo estabelecido pelo Código Geral Tributário) Os documentos devem ser mantidos em estabelecimentos ou instalações situadas no território nacional O arquivamento digital de cópias de segurança das documentos não substitui a obrigação de mante-las em território nacional
11 O QUE ACONTECE EM CASO DE INCUMPRIMENTO? 5 ALGUMAS PENALIDADES PREVISTAS EM CASO DE INCUMPRIMENTO Transacções não suportadas por factura ou documento equivalente 20% do valor da factura não emitida 40% do valor da factura não emitida no caso de incumprimento reiterado Transacções suportadas por factura mas sem os elementos apropriados Kz por cada factura emitida, quando os elementos omitidos ou erradamente indicados forem o preço ou nome da entidade emitente ou o número de contribuinte Kz por cada factura emitida, quando os elementos emitidos ou erradamente indicados respeitem a quaisquer outros elementos obrigatórios
12 O Homem deve viver com a certeza de que tudo vai terminar bem autor desconhecido OBRIGADO Pedro Marques Direcção Nacional de Imposto
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