Indústria registra queda de 1,5% em julho, acumulando recuo de 5,4% nos últimos 12 meses. % contra mês anterior (c/ ajuste sazonal) Acum.

Transcrição

1 Indústria 1 Indústria registra queda de 1,5% em julho, acumulando recuo de 5,4% nos últimos 12 meses De acordo com a Pesquisa Mensal da Indústria, a produção industrial recuou 1,5% na passagem de junho para julho (dados ajustados sazonalmente), acumulando a segunda queda consecutiva. Todas as Categorias de Bens, exceto a de Bens de Consumo Duráveis, apresentaram resultados negativos, com destaque para os Consumo Semiduráveis e Não Duráveis e Bens Intermediários. O primeiro grupo registrou queda de 3,4%, influenciado pelo segmento de Gasolinas para automóvel (motor spirit), rompendo três meses de alta. Nos Bens Intermediários, o recuo de 2,1% adveio do segmento de Alimentos e bebidas elaborados, destinados principalmente à indústria (-2,8%) e Insumos industriais básicos (-0,7%). No acumulado do ano, a Indústria registrou queda de 6,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado que se deteriorou em relação aos últimos meses, evidenciando as fragilidades do setor no segundo semestre do ano corrente. Brasil: Produção Física industrial por categoria de Uso, Acumulado do Ano* (%) Julho de 2015 Categoria de uso % contra mês anterior (c/ ajuste sazonal) Contra o Tri anterior mai/15 jun/15 jul/15 1 Tri 2 Tri Acum. Ano 12 Meses Geral 0,4-0,9-1,5-2,5-2,4-6,6-5,4 Bens de capital -0,1-4,1-1,9-0,9-1,5-20,9-16,8 Bens intermediários -0,4-0,2-2,1-4,5-2,5-3,4-3,2 Bens de consumo 1,0-0,2-1,1-6,9-7,8-8,7-6,2 Bens de consumo duráveis -0,2-10,0 9,6-2,9-1,6-14,2-12,2 Semi-duráveis e não duráveis 0,7 2,3-3,4-2,5-2,4-7,0-4,3 Fonte: IBGE *contra o mesmo período do ano anterior Nos últimos 12 meses, a produção física industrial registrou queda de 5,4%, com destaque para a contração de 20,9% na categoria de Bens de Capital e de 14,2%, na de Bens de Consumo Duráveis. Índice de Confiança do Empresário Industrial das MPE recua pelo segundo mês seguido De acordo com os dados da Confederação Nacional da Indústria - CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial ICEI registrou queda de 37,2 pontos para 37,1 pontos na passagem de julho para agosto, a menor pontuação desde o início da série iniciada em Trata-se do segundo resultado negativo na mesma base de comparação. Do mesmo modo, o indicador de confiança dos Micro e Pequeno empresário, o ICEI-MPE, apresentou recuo de 0,8%, saindo de 36,1 pontos para 35,5 pontos, acompanhando a tendência do indicador geral, com dois meses seguidos de queda. As atividade de Derivados do petróleo e Farmacêuticos registraram as maiores quedas no nível de confiança. 1 Nota Metodológica: Apesar de este Boletim fazer referência ao mês de julho, existem dados para os meses de junho e julho, ficando distribuído da seguinte forma: Julho: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED); Agosto: Índice de Confiança do Empresário Industrial Brasileiro e Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense. 1

2 No mês de agosto, o ICEI foi impactado negativamente pelo Índice de Expectativas (IE) e pelo Índice de Situação Atual (ISA). Da mesma forma, o ICEI-MPE carregou a piora do ISA e do IE, indicando que os industriais não veem melhoras no ambiente atual mesmo com a maxidesvalorização cambial em andamento. O momento ruim das condições político-institucionais tem prejudicado a retomada da confiança do empresariado. ICEI maranhense exibe expansão de 11,1% em julho Brasil: Índice de Confiança do Empresário Industrial na Indústria Geral e nas MPE, Ago/13 a Ago/15 10, ,0 0,0 50-5, , ,0 PESSIMISTA Fonte: CNI Índice de Confiança do Empresário Industrial De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão FIEMA, o Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense (ICEI) registrou expansão de 11,1% na passagem de junho para julho, saindo de 40,4 pontos para 44,9 pontos, rompendo a tendência de desaceleração observada no último trimestre. O resultado positivo adveio do incremento de 17,3% na confiança dos empresários da Indústria Extrativa e de Transformação, cuja pontuação saiu de 40,4 pontos para 47,4 pontos. Na contramão, os indicadores de confiança da Construção Civil exibiram queda de 2,4%, refletindo as baixas perspectivas para os próximos seis meses. ICEI 46,5 ICEI - MPE OTIMISTA 35,8 37,1 Maranhão: Evolução do ICEI na Indústria Geral e nas MPE, entre Jul/10 e Jul/15 80 Otimista Pessimista 35 ICEI Geral Construção Civil Ind Extrativa e Transformação Fonte: FIEMA O resultado positivo da Indústria Extrativa e Transformação foi reflexo do crescimento da Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria e da Indústria de alimentos e bebidas, revertendo a tendência de queda e contribuindo de forma positiva para a expansão do ICEI maranhense. Este último registrou boas perspectivas tanto no Índice de Expectativas Atuais (ISA) como no Índice de Expectativas (IE). 2

3 Indústria Maranhense registra 2,4 mil contratações líquidas em julho de 2015 A Indústria Maranhense, que passava por uma desaceleração nas contratações líquidas nos primeiros meses de 2015, já registra recuperação com saldo positivo no emprego formal nos últimos dois meses. Somente em julho foram contratados trabalhadores com carteira assinada, oriundas especialmente da atividade de Fabricação de Alimentos e Bebidas (+964) e Construção Civil (+1,5 mil). No acumulado de 2015, a Industria maranhense já soma 851 contratações líquidas, um melhor desempenho quando comparado as 207 demissões líquidas no mesmo período de Destaque para a criação de emprego formal nos segmentos da Industria da transformação: Química (+883) e Alimentos e bebidas (+1 mil). As demissões nas atividades Extrativa (-450), Minerais não metálicos (-214), Metalurgia (-699) e Construção (- 505) impediram um melhor resultado para o setor do Estado. Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais, por porte da empresa janeiro a julho de 2014 e Janeiro a julho Mensal Setores da Indústria jul/14 jul/15 Total MPE Total MPE Total MPE Total MPE Extrativa Mineral Indústria de Transformação Minerais nao metálicos Metalúrgica Mecânica Material elétrico Material de transporte Madeira e do mobiliário Papel, editorial e gráfica Ind. diversas (fumo, etc) Química Têxtil Calçados Alimenticios, bebidas S.I.U.P Construção Civil Total Fonte: CAGED (MTE) No que tange ao desempenho das MPE, estas registraram criação de 1,4 mil empregos formais em julho de 2015, um resultado 32% melhor em relação ao mesmo mês de Tal resultado foi impulsionado pelo setor da Construção Civil (+1,5 mil) que está sendo estimulado pelas obras de urbanização na capital da Prefeitura, e reformas e construções de rodovias pelo Governo do Estado. Já no acumulado de 2015, observa-se a abertura de 339 vagas de trabalho, um resultado cerca de 78% inferior a igual período de As demissões líquidas dos segmentos da Industria da Transformação (-155) impediram um melhor resultado. Destaque para atividades de Minerais não metálicos (-80), Metalurgia (-69) e Madeira e mobiliário (-75). 3

4 Obras de infraestrutura registra 1,6 mil contratações líquidas em julho de 2015 Maranhão: Saldo de empregos formais da Construção Civil, por porte da empresa julho de 2014 e julho de Fonte: CAGED (MTE) Em julho deste ano, as atividades da Construção civil registraram bom resultado quanto a geração de emprego formal, com exceção de Construção de Edifícios (-268) que ainda sofre com os cortes e atrasos do Programa Minha Casa Minha Vida. O segmento de obras de infraestrutura apresentou melhor desempenho com 1,6 mil contratações líquidas no total das empresas e 1,3 mil nas MPE. UR de Caxias lidera na criação de emprego formal em julho de 2015 Em relação à dinâmica do emprego formal nas Unidades Regionais do Estado, observa-se que, em julho de 2015, a UR de Caxias registrou contratações líquidas no total das empresas, com destaque para atividade Alimentos, bebidas e álcool (+1 mil). Em seguida está a UR de Presidente Dutra, com abertura de 20 vagas, em especial na atividade Química (+24). URs do Maranhão: Saldo de empregos formais, segundo atividades da Indústria da Transformação, por porte da empresa julho de Min. não metálicos Unidades Regionais Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe UR Caxias UR Presidente Dutra UR Santa Inês UR Acailândia UR Chapadinha UR Pinheiro UR Grajaú UR Lençóis-Munim UR Balsas UR Bacabal UR Imperatriz UR São Luís Total Fonte: CAGED (MTE) Metalúrgica Mecânica Madeira e do mob Papel, edit e gráfica Química Alimen, beb e álcool Outras atividades Total Em relação ao fechamento líquido, a UR de São Luís apresentou o pior resultado: foram fechados 192 postos de trabalho, com destaque para atividade de Alimentos, bebidas e álcool (-109) e Metalurgia (-53). Quanto as MPE, tiveram melhor desempenho na UR Presidente Dutra, criando 28 empregos formais, com destaque para atividade Química (+24). 4

5 Atividade de Instalação e manutenção elétrica segue líder no registro de novos MEI em agosto de 2015 Maranhão: Empresas Optantes pelo MEI acumulado até agosto de 2015 Indústria Tx cresc Acumulado ago/15 ago/jul-15 até jul/15 (%) Total ,6 Inst. e man. elétrica (Construção) ,6 Obras de alvenaria (Construção) ,0 Confecção, peças do vestuário ,6 Fabr. de artigos de serralheria ,3 Fabricação de móveis ,2 Outras atividades ,5 Fonte: Receita Federal (SIMEI) Em agosto de 2015, os registros de novos MEI no setor da Indústria foram mais representativos nas atividades de Instalação e manutenção elétrica, que registrou a criação de 17 MEI, e na atividade de Obras de alvenaria com 9 novos registros de MEI no mesmo período. As Micro e Pequena Empresa MPE da Indústria Maranhense registraram crescimento de 8,3% a.a. entre 2010 e 2014 Maranhão: Número de MPE, por divisão de atividade da Indústria, entre 2010 e 2014 Fonte: RAIS (MTE) O número de micro e pequenas empresas da Indústria Maranhense aumentou 8,3%, no período de 2010 a 2014, a partir da criação de empresas. Dentre as divisões de atividade, observase que o segmento da Construção foi destaque, com criação de 785 MPE, cerca de 59% das criadas no setor. Em seguida, está a atividade de Indústria de transformação com criação de 491 empresas, um crescimento de 6,5% ao ano. 5

6 No que se refere a participação das MPE, verificase que a maior concentração se dá na atividade de Construção, que representa 50,6% em 2014, uma participação maior quando comparada ao ano de 2010 (47,4%). Já o segmento de Transformação, registrou a maior perda de participação no período, saindo de 48,5 % em 2010 para 45,4% em Maranhão: Participação das MPE, por divisão de atividade do Indústria, entre 2010 e 2014 Fonte: RAIS (MTE) MONITORAMENTO DOS INDICADORES DAS MPE DA INDÚSTRIA DO MARANHÃO Publicação mensal do SEBRAE MA Diretoria Executiva: João Batista Martins (Diretor Superintendente); José de Ribamar da Silva Morais (Diretor Técnico) Unidade de Gestão Estratégica: Antônio Paixão Garcês (Gerente); Teresinha Drummond Gonçalves Moreira (Coordenadora de Pesquisa); Wallison Ferreira Viana (Analista de Pesquisa) Cenário Econômico Consultoria Ltda. Felipe de Holanda (Coordenador); Daniele Amorim, Dionatan Silva Carvalho e Talita Sousa Nascimento (Pesquisadores); Rafael Thalysson; Vicente Anchieta Jr (Auxiliares de Pesquisa). Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 6