Observatório das Micro e Pequenas Empresas Maranhenses - Emprego

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1 Monitoramento do Emprego Formal nas MPE Maranhenses Julho de 25 Emprego Formal Desastre em maio expõe recessão no mercado de trabalho Em maio de 25, o saldo entre admissões e demissões no país foi mais uma vez negativo (-5,6 mil), tal qual no mês anterior, quando foi registrado o fechamento de 97,8 mil vagas. Na comparação com o mesmo mês de 24, quando foram abertas no país 58,8 mil novas vagas, houve forte reversão. Nos últimos doze meses (encerrados em maio de 25), o mercado de trabalho formal brasileiro fechou 452,8 mil vagas, sendo 243,9 mil somente entre janeiro e maio deste ano. Os números do emprego em abril e maio sinalizaram o aprofundamento da recessão na passagem do primeiro para o segundo trimestre. No mês de maio de 25, novamente todos os setores de atividade econômica registraram saldo negativo, com exceção da Agropecuária. Somente na Indústria de Transformação, foram 6, mil postos de trabalho encerrados. As maiores desmobilizações ocorreram nos segmentos ligados à cadeia automobilística Mecânico (-8,3 mil), do Material de Transporte (-7,7 mil) e Metalúrgico (-7,8 mil) e, de maneira surpreendente, no segmento de Alimentos e Bebidas (-8,6 mil). Foi o terceiro mês seguido com mais demissões que admissões no setor industrial. A Construção Civil, por sua vez, completou o oitavo mês consecutivo com mais demissões que admissões. Com a perda de mais 29,8 mil postos de trabalho em maio, já são 8,5 mil vagas fechadas no setor em 25 e 33,4 mil desde outubro do ano passado, o que significa que de cada trabalhadores formais empregados no setor, foram demitidos nos últimos oito meses. O movimento de desestruturação do emprego na Construção é preocupante. O desempenho no Comércio também deixou a desejar: 9,3 mil vagas fechadas em maio. A queda na venda de bens duráveis (automóveis, eletrodomésticos, móveis, etc.) tem pressionado para baixo o desempenho do setor. Nenhuma novidade diante da inflação e dos juros mais altos, que terminam corroendo a renda disponível e reduzindo a oferta de crédito. Também o setor de Serviços, que há muito tem sido o setor mais dinâmico da economia brasileira, fechou vagas em maio (-32,6 mil), com maior contribuição do segmento de prestação de serviços técnicos e profissionais. Movimentação líquida de empregos formais, segundo o setor de atividade Brasil e Maranhão (à direita) Setores de Atividade 24* 25* Setores de atividade 24* 25* Total Extrativa mineral Ind. de Transformação SIUP¹ Construçao civil Comércio Serviços Administração pública Agropecuária ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública *Janeiro a Maio Nota Metodológica: Edição de julho, com dados referentes ao mês de maio. Total Extrativa mineral Ind.de Transformação 9-95 SIUP¹ Construçao civil Comércio Serviços Administração pública - 9 Agropecuária -67

2 No Maranhão, o saldo foi mais uma vez negativo em maio (-,2 mil), completando o oitavo mês consecutivo com mais demissões que admissões no mercado de trabalho formal maranhense. Nesse período, 2,9 mil postos formais de trabalho foram fechados. No acumulado de 25, até maio, foram 9,2 mil vagas encerradas. Em maio, o setor de Serviços surpreendeu de forma negativa, com ampla desmobilização de trabalhadores: 3,2 mil vagas foram fechadas no setor, sobretudo no segmento de Serviços médicos, odontológicos e veterinários especificamente as Atividades de Atenção à Saúde Humana. O resultado parece ser um ponto fora da curva, já que pode ter refletido mudanças de gestão na área da Saúde Pública, implementadas pelo Governo do Estado, que preveem contratação de novas OSCIP s 2 para gerirem os hospitais estaduais. O aspecto positivo no mês foi a retomada das contratações na Construção Civil: o setor abriu,3 mil vagas no Estado, interrompendo uma série de sete meses seguidos de demissões líquidas. O resultado foi o melhor para o mês de maio desde 2 por isso deve ser comemorado mas ainda não é sinal de que a crise no setor já passou. Como resultado do menor dinamismo do emprego formal, a taxa de desocupação tem subido no primeiro semestre de 25. Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) apontaram, em maio, para uma taxa de desemprego de 6,7% nas seis principais regiões metropolitanas do país. Em maio de 24, esta taxa foi de 4,9%. Isto significa um aumento da população desocupada no montante de 454 mil pessoas nesse período. Na PNAD Contínua, que tem maior abrangência, a taxa de desocupação mais recente para o trimestre março/abril/maio ficou em 8,%. Diante do cenário de ajuste cambial (desvalorização do real), monetário (ciclo de elevação da taxa de juros) e fiscal (reajustes tarifários e contenção de despesas públicas), a expectativa é que o pior momento tenha ficado no segundo trimestre, o que daria margem para uma lenta recuperação a partir de 2º semestre. Resta saber se a crise política permitirá essa recuperação. MPE Brasil: micro e pequenas empresas da Indústria foram as que mais demitiram em maio Em maio de 25, as micro e pequenas empresas brasileiras fecharam 8, mil vagas formais, repetindo o resultado negativo observado no mês anterior, quando fecharam 6,8 mil. Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Brasil Maio Em maio de 25, somente as micro e pequenas empresas do setor de Serviços registraram saldo positivo (+4,9 mil), mas com recuo de 55,% frente ao mesmo mês do ano passado. Nos demais setores, os pequenos negócios mais demitiram que admitiram. Na Indústria foi registrado o pior resultado, com o corte de 9, mil vagas Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, ou OSCIP, é um título fornecido pelo Ministério da Justiça, cuja finalidade é facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal). Na prática, são ONGs criadas por iniciativa privada, que podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria (forma de interação alternativa ao convênio), para prestação de serviço de interesse público. 2

3 Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Brasil Acumulado (Jan-Mai) No acumulado de janeiro a maio de 25, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas brasileiras continuou positivo (49,6 mil), graças ao bom desempenho no setor de Serviços (+63,7 mil), sobretudo no º trimestre do ano. No Comércio, mais de 88 mil vagas formais foram fechadas pelas micro e pequenas empresas em 25, refletindo as dificuldades relacionadas à inflação alta e o crédito mais caro Pelo segundo mês consecutivo, as micro e pequenas empresas registraram saldo entre admissões e demissões negativo, demonstrando que a perda de dinamismo do mercado de trabalho formal, que antes estava restrita à média e grandes empresas, começou a afetar também as micro e pequenas empresas. Embora ainda tímida, a deterioração do emprego, correspondente ao fechamento líquido de vagas, deverá se ampliar nos próximos meses. MPE Maranhão: desempenho do setor de Serviços continua positivo No acumulado de janeiro a maio de 25, as micro e pequenas empresas maranhenses abriram um total de 72 postos formais de trabalho. Tal resultado representou um recuo de 75% frente ao registrado no mesmo período de 24, quando haviam sido abertas 682 vagas. As maiores desacelerações ocorrem no Comércio e na Construção Civil. No setor de Serviços, entretanto, as micro e pequenas empresas tem conseguido um desempenho até melhor do que em 24. Como já abordado em boletins anteriores, os dados disponibilizados pelo CAGED mostram que, especialmente no setor de Serviços, as empresas com até quatro empregados tem concentrado a geração de empregos em 25. Nas faixas seguintes, de 5 a 9 empregados, de a 9 empregados e de 2 a 49 empregados, há saldo negativo entre admissões e demissões. A hipótese já levantada para esse fenômeno, e que carece de maior aprofundamento, sugere um aumento na proporção dos trabalhadores demitidos que estão se reinserindo no mercado de trabalho como empreendedores. 3

4 Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Maranhão Maio Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Maranhão Acumulado (Jan-Mai) Em maio de 25, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas maranhenses foi praticamente nulo (-7). O fraco dinamismo dos pequenos negócios da Indústria e da Construção e a desmobilização de trabalhadores no Comércio foram parcialmente compensadas pelo bom desempenho das micro e pequenas empresas do setor de Serviços. Por setor de atividade econômica, o desempenho das micro e pequenas empresas tem sido distinto em 25. Enquanto resultados negativos (e piores que no mesmo mês do ano passado) foram registrados nos pequenos negócios da Indústria, da Construção e do Comércio maranhenses, no setor de Serviços o saldo entre admissões e demissões não só foi positivo (+2,6 mil) como também superou o registrado entre janeiro e maio de 24 (+,4 mil). Unidades Regionais SEBRAE: MPE demitem na UR São Luís; pequenos negócios UR Santa Inês registraram ótimo desempenho em maio. Na UR São Luís, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas foi negativo (-27) em maio de 25 e praticamente anulou o resultado positivo que havia sido registrado em abril (+34). Na região que tem como polo a capital do Estado, apesar das contratações no setor de Serviços, as micro e pequenas empresas da Construção Civil e do Comércio desmobilizaram mão-de-obra em maio e puxaram o resultado geral para baixo. Na UR Santa Inês, foi muito bom o desempenho dos pequenos negócios da Construção Civil, diante da mobilização de mão-de-obra no município de Vitória do Mearim. 4

5 Movimentação líquida de empregos formais nas micro e pequenas empresas, por unidade regional SEBRAE- MA: Acumulado (Jan-Mai) e Mensal (à direita) UR São Luís UR Santa Inês UR Presid. Dutra UR Pinheiro UR Lençóis-Munim UR Imperatriz UR Grajaú UR Chapadinha UR Caxias UR Balsas UR Bacabal UR Açailândia UR São Luís UR Santa Inês UR Presid. Dutra UR Pinheiro UR Lençóis-Munim UR Imperatriz UR Grajaú UR Chapadinha UR Caxias UR Balsas UR Bacabal UR Açailândia No acumulado de janeiro a maio deste ano, seis das doze Unidades Regionais SEBRAE-MA apresentaram saldo entre admissões e demissões positivo: São Luís, Caxias, Bacabal, Grajaú e Presidente Dutra, e com o bom resultado em maio, a de Santa Inês. Nesta e na UR Caxias, os pequenos negócios da Construção Civil tem mobilizado mãode-obra em 25. Na UR São Luís, o bom desempenho é registrado no setor de Serviços MONITORAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO MARANHÃO Publicação mensal do SEBRAE MA Diretoria Executiva: João Batista Martins (Diretor Superintendente); José de Ribamar da Silva Morais (Diretor Técnico) Unidade de Gestão Estratégica: Antônio Paixão Garcês (Gerente); Teresinha Drummond Gonçalves Moreira (Coordenadora de Pesquisa); Wallison Ferreira Viana ( Analista Técnico I) Cenário Econômico Consultoria Ltda. Felipe de Holanda (Coordenador); Daniele Amorim, Dionatan Silva Carvalho e Talita Sousa Nascimento (Pesquisadores); Rafael Thalysson; Vicente Anchieta Jr (Auxiliares de Pesquisa). Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 5

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