Boletim Indústria Ed. 009 Setembro / 2016

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1 Ed. 009 Setembro / 2016 Indústria 1 Indústria segue com desempenho positivo na base mensal pelo quinto mês consecutivo O indicador mensal do IBGE ficou estável na passagem de junho para julho, apresentando variação de 0,1% (dados ajustados sazonalmente), somando o quinto mês consecutivo de alta e acumulando uma expansão de 3,7% no período, segundo dados da Pesquisa de Produção Física Industrial do IBGE. Diferente do mês anterior, somente duas das quatro categorias econômicas registraram alta, destacando-se os Bens de Consumo Duráveis (+4,4%) e os Bens Intermediários (-1,9%). A melhora do primeiro está ligada a expansão da Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. No caso dos Bens Intermediários, os resultados advieram do crescimento Fabricação de produtos alimentícios e Fabricação de produtos de borracha e de material plástico. Na outra ponta, os Bens de Consumo Não Duráveis e os Bens de Capital encolheram 2,4% e 2,1%, respectivamente, amortecendo os impactos das categorias com resultados positivos. Brasil: Produção Física industrial por categoria de Uso em Julho e em 12 meses (%) Bens de capital Bens de consumo duráveis Bens de consumo Bens intermediários Semi-duráveis e não duráveis Geral -24,7-23,0-8,6-8,1-9,6 12 Meses jul/16-2,1-1,3-4,6-2,4 0,1 1,9 4,4 O gráfico mostra o desempenho mensal e anual da produção industrial por categoria de uso. Nota-se que enquanto a produção mostra sinais positivos na ponta, no acumulado de 12 meses continua com queda acentuada. Fonte: IBGE No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, o conjunto das Categorias de Uso continuam apresentando contração, sendo que as Categorias de Bens de Capital e de Bens de Consumo Duráveis figuram com as quedas mais expressivas. Espera-se que essa trajetória seja revertida até o final do ano e em vez de 9,6%, a indústria encerre o ano com queda de 5,9%, retomando crescimento em Nota Metodológica: Apesar de este Boletim fazer referência ao mês de março, existem dados para os meses de março e abril, ficando distribuído da seguinte forma: Março: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED); Abril: Índice de Confiança do Empresário Industrial Brasileiro e Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense. 1

2 ICEI registra quarta expansão consecutiva e alcança patamar otimista O Índice de Confiança do Empresário Industrial ICEI apresentou alta de 8,9% na passagem de julho para agosto, acumulando o quarto resultado positivo e a terceira maior alta no quadrimestre. Diante desse desempenho, o indicador alcançou 51,5 pontos, retornando para o patamar otimista pela primeira vez desde março de 2014, de acordo com os dados da Pesquisa de sondagem empresarial da CNI. Seguindo na mesma trajetória, mas ainda no patamar pessimista, o ICEI-MPE registrou expansão de 9,4% no período, chegando aos 48,9 pontos ante 44,7 pontos. A migração do ICEI para o patamar otimista, enquanto o ICEI-MPE continua na zona pessimista, se deve às avaliações positivas das médias e grandes empresas. Brasil: Índice de Confiança do Empresário Industrial na Indústria Geral e nas MPE, Ago/13 a Ago/16 10, ,0 50 0,0-5, , , ,0 PESSIMISTA ICEI ICEI - MPE Fonte: CNI Índice de Confiança do Empresário Industrial Acompanhando movimento do Brasil, ICEI maranhense alcança patamar otimista OTIMISTA Os dados da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão FIEMA mostram que o Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense (ICEI) segue com alta pelo terceiro mês consecutivo, registrando crescimento de 5,6% no mês de agosto contra o mês anterior. Com isso, o indicador alcançou 54,1 pontos, passando para o patamar otimista, o que não acontecia desde novembro de A melhora se deve, principalmente, as perspectivas positivas em relação à economia brasileira, visto que o indicador de situação atual continua no patamar pessimista. 51,5 48,9 Maranhão: Evolução do ICEI na Indústria Geral e nas MPE, entre Ago/10 e Ago/ Pessimista Otimista 55,6 ICEI Geral Construção Civil Ind Extrativa e Transformação 54,1 46,9 O gráfico mostra o desempenho do ICEI considerando a abertura para as Indústrias Extrativas e de Transformação e para a Construção Civil. Observa-se que o resultado de agosto decorreu do avanço da confiança da Indústria de Transformação, que alcançou 55,6 pontos, enquanto a pontuação da Construção Civil foi de apenas 46,9 pontos. Fonte: FIEMA 2

3 Indústria Maranhense registra 86 contratações líquidas em julho de 2016 A Indústria Maranhense, que passava por uma desaceleração nas contratações líquidas nos primeiros meses de 2016, já registra recuperação com saldo positivo no emprego formal nos últimos três meses. Somente em julho foram contratados 86 trabalhadores com carteira assinada, oriundas especialmente da atividade de Fabricação de Alimentos e Bebidas (+162). Por outro lado, no acumulado de 2016, a Industria maranhense já soma 8,9 mil, um pior desempenho quando comparado às 842 contratações líquidas registradas no mesmo período de Destaque para a eliminação de postos de trabalho na Construção Civil que já colocou para fora mais 7,8 mil trabalhadores formais. Dentre os segmentos da Indústria da transformação que também apresentaram saldo negativo do emprego formal, estão: Minerais não metálicos (-871), Alimentos e bebidas (-281), Metalúrgica (-258) e Madeira e do imobiliário (-103). Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais, por porte da empresa janeiro a julho de 2015 e 2016, julho de 2015 e 2016 Janeiro a julho Mensal Setores da Indústria jul/15 jul/16 Total MPE Total MPE Total MPE Total MPE Extrativa Mineral Indústria de Transformação Minerais nao metálicos Metalúrgica Mecânica Material elétrico Material de transporte Madeira e do mobiliário Papel, editorial e gráfica Ind. diversas (fumo, etc) Química Têxtil Calçados Alimenticios, bebidas S.I.U.P Construção Civil Total Fonte: CAGED (MTE) No que tange ao desempenho das MPE, estas registraram criação de 146 empregos formais em julho de 2016, um resultado 90% inferior em relação ao mesmo mês de Tal resultado foi impulsionado pelo setor da Construção Civil (+231) que está sendo estimulado pelas obras de urbanização da Prefeitura na capital, e reformas e construções de rodovias pelo Governo do Estado. Já no acumulado de 2016, observa-se o fechamento de 2,8 mil vagas de trabalho, marcando um pior desempenho na comparação com as 304 contratações líquidas registradas no acumulado de As demissões líquidas se concentram na Construção civil (-1,9 mil) e nos segmentos da Industria da Transformação (-789), com predominância nas atividades de Minerais não metálicos (-618), Madeira e mobiliário (-103) e Química (-93). 3

4 MPE de Obras de infraestrutura registra 192 contratações líquidas em julho de 2016 Maranhão: Saldo de empregos formais da Construção Civil, por porte da empresa julho de 2015 e julho de Fonte: CAGED (MTE) Serviços Especializados para Construção Obras de Infra-Estrutura Construção de Edifícios Total MPE Total MPE jul/15 92 jul/ Em julho deste ano, as MPE da Construção civil registraram bom resultado quanto a geração de emprego formal, com exceção de Construção de Edifícios (-49). O segmento de Obras de infraestrutura apresentou melhor desempenho com 192 contratações líquidas nas MPE, no entanto, um resultado 86% inferior ao registrado em a julho de 2015 (+1,3 mil). UR de Caxias lidera na criação de emprego formal em julho de 2016 Em relação à dinâmica do emprego formal nas Unidades Regionais do Estado, observa-se que, em julho de 2016, a UR de Caxias registrou 264 contratações líquidas no total das empresas e 9 nas MPE, com destaque para atividade Alimentos, bebidas e álcool (+207; +5). Em seguida está a UR de Presidente Dutra, com abertura de 13 vagas, em especial na atividade Metalúrgica (+13). URs do Maranhão: Saldo de empregos formais, segundo atividades da Indústria da Transformação, por porte da empresa julho de 2016 Min. não metálicos Unidades Regionais Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe UR Caxias UR Presidente Dutra UR Santa Inês UR Lençóis-Munim UR Pinheiro UR Bacabal UR Grajaú UR Acailândia UR Balsas UR Chapadinha UR São Luís UR Imperatriz Total Fonte: CAGED (MTE) Metalúrgica Mecânica Madeira e do mob Papel, edit e gráfica Em relação ao fechamento líquido, a UR de Imperatriz apresentou o pior resultado: foram fechados 75 postos de trabalho no total das empresas e 49 nas MPE, com destaque para atividade de Madeira e do imobiliário (-35; -29). Em seguida está a UR São Luís, eliminando 48 postos de trabalho no total das empresas e 7 nas MPE, com predominância no segmento Alimentos, bebidas e álcool (-28; -17). Química Alimen, beb e álcool Outras atividades Em agosto de 2016 foram criados 95 novos registros vinculados a Indústria do Estado Total 4

5 Maranhão: Empresas Optantes pelo MEI, acumulado até julho de 2016; julho de 2015 e 2016; e variação absoluta Indústria de transformação Acumulado Var. ago/15* ago/16* até ago/16 abs. Total Confecção, sob medida, de peças do vestuário Fabr. de artigos de serralheria Fabr. de produtos de padaria e confeitaria Fabr. de produtos diversos não espec. anter Fabr. de móveis com predom. de madeira Outras atividades Fonte: Receita Federal (SIMEI) *Variação contra o mês anterior Em agosto de 2016, o número de empresas abertas totalizou em 95, no entanto observa-se redução de 23% em relação ao mesmo mês de As retrações nos registros de MEI no setor da Indústria foram mais expressivas nas atividades de fabricação de Produtos de padaria (- 15) e Produtos diversos (-7). As Micro e Pequena Empresa MPE da Indústria Maranhense registraram crescimento de 6,6% a.a. entre 2010 e 2015 Maranhão: Número de MPE, por divisão de atividade da Indústria, entre 2010 e 2015 Fonte: RAIS (MTE) O número de micro e pequenas empresas da Indústria Maranhense aumentou 6,6%, no período de 2010 a 2015, a partir da criação de empresas. Dentre as divisões de atividade, observa-se que o segmento da Construção foi destaque, com criação de 752 MPE, representado cerca de 59% das criadas no setor. Em seguida, está a atividade de Indústria de transformação com criação de 548 empresas, um crescimento de 5,7% ao ano. 5

6 No que se refere a participação das MPE, verificase que a maior concentração se dá na atividade de Construção, que representa 49,8% em 2015, uma participação maior quando comparada ao ano de 2010 (47,4%). Já o segmento de Transformação, registrou a maior perda de participação no período, saindo de 48,5 % em 2010 para 46,4% em Maranhão: Participação das MPE, por divisão de atividade do Indústria, entre 2010 e 2015 Fonte: RAIS (MTE) MONITORAMENTO DOS INDICADORES DAS MPE DA INDÚSTRIA DO MARANHÃO Publicação mensal do SEBRAE MA Diretoria Executiva: João Batista Martins (Diretor Superintendente); José de Ribamar da Silva Morais (Diretor Técnico) Unidade de Gestão Estratégica: Antônio Paixão Garcês (Gerente); Teresinha Drummond Gonçalves Moreira (Coordenadora de Pesquisa); Wallison Ferreira Viana (Analista) Cenário Econômico Consultoria Ltda. Felipe de Holanda (Coordenador); Daniele Amorim, Dionatan Silva Carvalho, Rafael Thalysson e Talita Sousa Nascimento (Pesquisadores). Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 6