Boletim Indústria Ed. 007 Julho / 2016

Transcrição

1 Ed. 007 Julho / 2016 Indústria 1 Produção industrial segue estável pelo segundo mês consecutivo O indicador da produção física industrial mensal segue pelo segundo mês consecutivo estável, não registrando variação em relação ao mês de abril (dados dessazonalizados), segundo Pesquisa de Produção Física Industrial do IBGE. A ausência de variação em relação ao mês anterior deveu-se, principalmente, ao recuo na produção de Bens Semiduráveis e não duráveis (-1,4%) e de Bens Intermediários (-0,7%), ao mesmo tempo em que a expansão registrada na produção de Bens de Consumo duráveis (5,6%) e na de Bens Capital (1,5%) foram insuficientes para colocar o indicador em trajetória ascendente. Por outro lado, na comparação interanual (contra maio de 2015), a produção continua fragilizada e nos últimos 12 meses acumulado até maio apresentou queda de 9,5%. Brasil: Produção Física industrial por categoria de Uso em Maio e em 12 meses (%) Fonte: IBGE Bens de capital Bens de consumo duráveis Bens intermediários Semi-duráveis e não duráveis Geral mai/16-26,9-22,4 12 Meses -9,5-7,6-1,4-4,9 Nos últimos 12 meses, todas as Categorias de Uso persistem com quedas acentuadas, destacando-se principalmente as categorias de Bens de Capital e de Bens de Consumo Duráveis. No primeiro caso, destacamse a atividade de Equipamentos de transporte industrial, com contração da ordem de 32%. Em relação aos Bens de Consumo Duráveis, Automóveis para passageiros (-23,2%) e Equipamentos de transporte não industrial (-22,7%). Nas categorias de Bens Intermediários e Bens de consumo semiduráveis e não duráveis, apesar de registrarem positivos em algumas atividades, o resultado geral continua negativo, com recuo de 7,6% e de 4,9%, respectivamente. -0,7 1,5 0,0 5,6 O melhor resultado da produção de Bens de Consumo Duráveis adveio do incremento na atividade de Equipamentos de transporte não industrial e na de Automóveis para passageiros. No caso dos Bens de Capital, os Bens de capital, exceto equipamentos de transporte industrial foram os protagonistas na melhora da categoria. 1 Nota Metodológica: Apesar de este Boletim fazer referência ao mês de março, existem dados para os meses de março e abril, ficando distribuído da seguinte forma: Março: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED); Abril: Índice de Confiança do Empresário Industrial Brasileiro e Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense. 1

2 ICEI e ICEI-MPE registram a maior alta dos últimos 18 meses O Índice de Confiança do Empresário Industrial ICEI apresentou alta de 10,7% no mês de junho na comparação com o mês anterior, alcançando 45,7 pontos ante 43,1 pontos, registrando a maior pontuação desde outubro de 2014, de acordo com os dados da Pesquisa de sondagem empresarial da CNI. No mesmo sentido, o ICEI-MPE registrou expansão de 11,1%, saindo de 38,8 pontos para 43,1 pontos, alcançando também a maior desde janeiro de Dando continuidade ao processo de reversão iniciado no mês anterior, o ICEI e o ICEI-MPE registraram a maior pontuação dos últimos dezoito meses. Em ambos os casos, os dois indicadores apresentaram melhora em todos os portes de empresa, assim como nas aberturas da Indústria de Transformação, Extrativa e de Construção Civil. Brasil: Índice de Confiança do Empresário Industrial na Indústria Geral e nas MPE, Jun/13 a Jun/16 10, ,0 50 0,0-5, , , ,0 30 PESSIMISTA OTIMISTA 45,7 43,1 ICEI maranhense retoma crescimento em abril ICEI ICEI - MPE Fonte: CNI Índice de Confiança do Empresário Industrial O Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense (ICEI) registou expansão de 5,3 pontos entre os meses de março e abril, saindo de 38,7 pontos para 44 pontos, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão FIEMA. O indicador que iniciou o ano em desaceleração começou a mostrar sinais de retomada. Entretanto, enquanto o índice da Indústria de Extração e Transformação aumentou 6,4 pontos, o índice da Construção Civil saiu de 40,4 pontos para 37,4 pontos. O resultado da Construção Civil foi impactado negativamente tanto pelas condições atuais da economia quanto pelas expectativas em relação ao Estado, refletindo o término do miniciclo de obras de infraestruturas das obras de responsabilidade do governo estadual. Maranhão: Evolução do ICEI na Indústria Geral e nas MPE, entre Abr/10 e Abr/ Fonte: FIEMA Pessimista Otimista ICEI Geral Construção Civil Ind Extrativa e Transformação Na Indústria de Extração e Transformação, a melhora do indicador se deve, sobretudo, a alta das expectativas em relação aos próximos meses, com perspectivas de retomada da atividade econômica e melhora nos preços das commodities minerais. Nas condições atuais, por outro lado, o indicador registrou queda relacionada ao ambiente interno da empresa. 2

3 Setor industrial maranhense registrou o primeiro resultado positivo do ano na criação de emprego formal em maio de 2016 Após sucessivos saldos negativos ao longo dos meses de 2016, o setor apresentou seu primeiro resultado positivo, que segundo os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), a Indústria maranhense registrou abertura de 629 vagas de emprego formal em maio de 2016, com destaque para o segmento de Transformação (+603) que compõe 96% destas contratações líquidas. Dentre as atividades da Indústria da Transformação, o destaque foi registrado no segmento Químico que registrou a contratação líquida de 658 trabalhadores com carteira assinada em maio de Em contraponto a atividade Minerais não metálicos eliminou 106 postos de trabalho, ainda impactada pela diminuição da demanda de insumos da Construção Civil. Quanto às MPE, em maio 2016, maioria dos setores industriais apresentou queda no emprego formal quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, com predominância na Construção (-134) e na Indústria de Transformação (-87). Já na Extrativa Mineral houve abertura de 15 vagas. Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais, por porte da empresa Janeiro a maio de 2015 e 2016 Janeiro a maio Mensal Setores da Indústria mai/15 mai/16 Total MPE Total MPE Total MPE Total MPE Extrativa Mineral Indústria de Transformação Minerais nao metálicos Metalúrgica Mecânica Material elétrico Material de transporte Madeira e do mobiliário Papel, editorial e gráfica Ind. diversas (fumo, etc) Química Têxtil Calçados Alimenticios, bebidas S.I.U.P Construção Civil Total Embora o resultado seja positivo em maio de 2016, no acumulado do ano as atividades industriais seguem apresentando resultado negativo, devido ao desempenho dos meses anteriores que foram forte retração. O setor industrial maranhense já soma 9 mil demissões líquidas no total das empresas e 1,8mil nas MPE. Os segmentos que mais registraram fechamento de postos formais foram: Construção Civil (-2,1 mil), Minerais não metálicos (-477) e Mecânica (-123). 3

4 Segmento de Obras de infraestrutura registra as maiores contratações líquidas em maio Maranhão: Saldo de empregos formais da Construção Civil, por porte da empresa maio de 2015 e maio de 2016 Dentre as divisões de atividade da Construção, em maio de 2016, a atividade de Obras de infraestrutura se destacou com criação de 516 empregos com carteira assinada, enquanto que o segmento Serviços especializados para Construção (-344) impediu um melhor resultado. Em relação às MPE registrou-se saldo negativo de 132 empregos formais, resultado proveniente da atividade de Construção de edifícios apresentou performance negativa com 158 demissões líquidas. UR de Caxias registra maior criação de empregos formais em maio de 2016 Dentre as Unidades Regionais do Estado, a UR de Caxias se destacou quanto a criação de emprego formal, com abertura de 499 postos de trabalho no total das empresas. O segmento Químico foi o principal responsável pelo desempenho da região, gerando 530 empregos com carteira assinada. Já nas MPE, o destaque ficou com a UR de Imperatriz que registrou 28 empregos formais no mês, em especial na atividade de Alimentos e bebidas (+28). URs do Maranhão: Saldo de empregos formais, segundo atividades da Indústria da Transformação, por porte da empresa maio de 2016 Min. não metálicos Unidades Regionais Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe Total Mpe UR Caxias UR Imperatriz UR São Luís UR Acailândia UR Grajaú UR Pinheiro UR Santa Inês UR Presidente Dutra UR Bacabal UR Lençóis-Munim UR Chapadinha UR Balsas Total Metalúrgica Mecânica Madeira e do mob Papel, edit e gráfica Quanto as demissões líquidas, estas foram mais expressivas na UR de Balsas (-40) e Chapadinha (-34). A primeira teve seu resultado influenciado pelo desempenho das atividades Alimentos e bebidas (-17), enquanto que a segunda foi impactada pela atividade Minerais não metálicos (-47). Química Alimen, beb e álcool Outras atividades Total 4

5 Atividade de Fabricação de produtos de panificação é destaque no registro de novos MEI em junho de 2016 Maranhão: Empresas Optantes pelo MEI, acumulado até junho de 2016; junho de 2015 e 2016; e variação absoluta Indústria de transformação Acumulado Var. jun/15* jun/16* até jun/16 abs. Total Fabr. de produtos de panificação Industrial Confecção de peças do vestuário Fabr. de móveis com pred. de madeira Fabr. de artigos de serralheria, exceto esquadrias Fabr. de prod. de padaria e confeitaria (produção própria) Outras atividades Fonte: Receita Federal (SIMEI) *Variação contra o mês anterior Dentre os segmentos ligados a Indústria de Transformação do Estado, a atividade de Fabricação de produtos de panificação foi destaque com abertura de 13 novas empresas em junho de No entanto o segmento mais representativo é o de Artigos de serralheira, que já contabiliza 724 registros de MEI no acumulado até junho de Construção Civil lidera na criação de MPE no período de 2010 a 2014 No que tange à estrutura empresarial, com os novos dados da RAIS 2014, observou-se que houve aumento da participação da Construção Civil nos setores da Indústria maranhense, saindo de 47,4% em 2010 a 50,6% em 2014, registrandose a criação de 785 novas empresas nesse período. Já a Indústria Extrativa apresentou fechamento de três empresas, o que ocasionou em perda de 0,3% na sua participação dentro da seção Indústria. Estrutura Empresarial Divisões de atividade da Indústria MPE Total Var abs Var abs Total Indústria Indústria extrativa Indústria da transformação Construção Civil Construção de Edifícios Obras de Infra-Estrutura Serviços Especializados para Construção SIUP Eletricidade e Gás Água, esgoto Divisões de atividade da Indústria Participação (%) Total 100,0 100,0-100,0 100,0 - Indústria 48,8 45,5-3,3 100,0 100,0 0,0 Indústria extrativa 0,6 0,4-0,3 0,7 0,4-0,3 Indústria da transformação 99,4 99,6 0,3 99,3 99,6 0,3 Construção Civil 47,4 50,6 3,2 101,8 113,3 11,5 Construção de Edifícios 62,0 60,2-1,7 62,3 60,6-1,7 Obras de Infra-Estrutura 17,1 14,6-2,5 17,7 14,9-2,8 Serviços Especializados para Construção , ,5 SIUP 3,8 3,9 0,1 8,2 8,9 0,7 Eletricidade e Gás 45,9 38,9-7,0 42,9 37,9-4,9 Água, esgoto 54,1 61,1 7,0 57,1 62,1 4,9 Fonte: RAIS (MTPS) MONITORAMENTO DOS INDICADORES DAS MPE DA INDÚSTRIA DO MARANHÃO Publicação mensal do SEBRAE MA Diretoria Executiva: João Batista Martins (Diretor Superintendente); José de Ribamar da Silva Morais (Diretor Técnico) Unidade de Gestão Estratégica: Antônio Paixão Garcês (Gerente); Teresinha Drummond Gonçalves Moreira (Coordenadora de Pesquisa) Cenário Econômico Consultoria Ltda. Felipe de Holanda (Coordenador); Daniele Amorim, Dionatan Silva Carvalho, Rafael Thalysson e Talita Sousa Nascimento (Pesquisadores). Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 5