EMPREGO INDUSTRIAL EMPREGO JUNHO DE º SEMESTRE DE 2012
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- Luiz Felipe Dinis Imperial
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1 EMPREGO INDUSTRIAL 1º SEMESTRE DE 2012 EMPREGO JUNHO DE 2012 De acordo com o CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, em junho de 2012 foram criados empregos em Santa Catarina. Este saldo representa a diferença entre admissões e demissões. QUADRO 1 - EMPREGO SETORES DA ECONOMIA DE SANTA CATARINA JUNHO 2012 Setores Econômicos Saldo do Emprego no mês de junho/2012 Variação* Emprego no mês de junho 2012 (%) Administração ,78 Pública Agropecuária -93-0,21 Extrativa Mineral 33 0,43 Serviços Ind. de 44 0,21 Utilidade Pública Comércio 102 0,03 Construção Civil 360 0,33 Serviços 562 0,09 Indústria de 591 0,09 Transformação Total ,07 FONTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO - CAGED * A VARIAÇÃO RELATIVA TOMA COMO REFERÊNCIA OS ESTOQUES DO MÊS ATUAL EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR. Registrou-se uma variação de 0,07% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada contra o mês anterior. Todos os setores da economia geraram variações positivas no emprego em junho, com exceção: (a) da administração pública, maior geradora de emprego no ano, inverte o comportamento dos últimos meses e gera mais demissões que admissões em junho; e, (b) da agropecuária, que mantém a tendência dos últimos meses de queda do emprego. No mês de junho de 2012, a indústria de transformação foi a maior geradora de empregos em relação aos demais setores da economia. No comparativo com junho de anos anteriores, como mostra o gráfico 1, o desempenho da indústria superou o atingido no ano anterior, mas ficou aquém do desempenho da indústria alcançado em anos de crescimento econômico mais intenso. 1
2 GRÁFICO 1 EMPREGO NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE SANTA CATARINA SALDO LÍQUIDO DE JUNHO A administração pública gerou empregos, uma variação de 20,28% no acumulado do ano em relação ao estoque de dezembro de Foi a maior variação de todos os setores econômicos do Estado QUADRO 2 - EMPREGO SETORES DA ECONOMIA DE SANTA CATARINA JAN-JUN 2012* Setores Econômicos Saldo do Emprego no ano Variação Emprego no ano (%) Agropecuária ,87 Extrativa Mineral 305 4,11 Serviços Ind. de Utilidade Pública 536 2, Comércio 811 0,2 Administração Pública ,28 Construção Civil , Serviços ,06 Indústria de Transformação ,22 Total ,11 FONTE: CAGED/MTE. EMPREGO: ACUMULADO NO ANO FONTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO - CAGED * A VARIAÇÃO RELATIVA TOMA COMO REFERÊNCIA OS ESTOQUES DO MÊS ATUAL E DO MÊS DE DEZEMBRO DO ANO T-1, AMBOS COM AJUSTES. A indústria de transformação de Santa Catarina gerou empregos no primeiro semestre de 2012, de um total de empregos criados pelos setores econômicos de Santa Catarina. Foi a atividade econômica que mais gerou empregos no período. No acumulado do ano, isto representou uma variação de 4,22% em relação ao estoque de dezembro de Considerando o período , este ano superou os resultados de todos os anos, com exceção de 2010, ano em que houve elevado crescimento do emprego dada a queda do ano anterior (2009), quando as demissões superaram as admissões na indústria de transformação. A redução de empregos na agropecuária (-1.806) ocorreu, sobretudo, pela crise que atinge a suinocultura, que não consegue repassar os custos de produção para os preços do produto final. 2
3 GRAFICO 2 EMPREGO NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO, ACUMULADO NO ANO (JANEIRO A JUNHO), *. GRÁFICO 3 - SALDO LÍQUIDO MENSAL DO EMPREGO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO, 2011 E * COM AJUSTES. FONTE: CAGED/MTE por Média Móvel (2011) 2 por Média Móvel (2012) No comparativo mês a mês do ano de 2012, somente no mês de abril a geração de empregos da indústria catarinense ficou abaixo do atingido no ano passado. Destaca-se a menor intensidade de geração de empregos no segundo trimestre, o que caracteriza o comportamento da indústria que apresenta retomada do emprego a partir de agosto de Nas linhas de tendência destaca-se o maior nível de emprego que ocorre na indústria em 2012 em relação ao ano passado. FONTE: CAGED/MTE. ATIVIDADES INDUSTRIAIS ACUMULADO DO ANO Em termos absolutos, as indústrias que mais geraram emprego no primeiro semestre de 2012 foram: têxtil e vestuário (7.497); borracha, fumo, couro e diversas (3.051); e alimentos e bebidas (2.532). 3
4 GRÁFICO 4 EMPREGO* POR ATIVIDADES DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE SANTA CATARINA JAN-JUNHO, Têxtil e vestuário Borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. Diversas Alimentos e Bebidas No comparativo em percentual do estoque de junho de 2012 em relação a dezembro de 2011, as indústrias que registraram maior crescimento do emprego no ano foram: a indústria da borracha, fumo, couros e diversas (18,4%); calçados (6,9%) e material elétrico e de comunicação (6,6%). GRÁFICO 5 EMPREGO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE SANTA CATARINA, VARIAÇÃO RELATIVA (%) - JAN-JUN 2012* Madeira e Mobiliário Borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. calçados 6,88 18,43 Mecânica Material Elétrico e de Comunicação Química 6,6 4,66 Química Mecânica Têxtil e vestuário 4,45 4,4 Metalurgia Material de Transporte indústria de transformação 4,4 4,22 Material Elétrico e de Comunicação Madeira e Mobiliário Minerais não-metálicos 3,7 3,68 Minerais não-metálicos Material de Transporte Metalurgia Papel, papelão, editorial e gráfica Alimentos e Bebidas 3,48 2,51 2,17 Papel, papelão, editorial e gráfica calçados * A VARIAÇÃO RELATIVA TOMA COMO REFERÊNCIA OS ESTOQUES DO MÊS ATUAL E DO MÊS DE DEZEMBRO DO ANO T-1, AMBOS COM AJUSTES. FONTE: CAGED/MTE * VALORES ABSOLUTOS DO SALDO DE EMPREGO (ADMISSÕES-DEMISSÕES) NO ACUMULADO DO ANO (JAN- JUN), COM AJUSTES. SALDO ACUMULADO TOMA COMO REFRÊNCIA OS ESTOQUES DO MÊS DE JUNHO E DO MÊS DE DEZEMBRO DO ANO T-1. FONTE: CAGED/MTE 4
5 ANEXO TÊXTIL E CONFECÇÃO: MAIOR CONTRIBUIÇÃO ABSOLUTA A indústria têxtil, juntamente com a indústria de confecções, gerou empregos. Juntas, foram as indústrias que mais geraram empregos na indústria de transformação de Santa Catarina no primeiro semestre. A indústria têxtil catarinense apresentou crescimento de 1,65% da produção industrial (jan-maio 2012/jan-maio 2011), enquanto a indústria de transformação catarinense registrou queda de -3,4% e a indústria têxtil nacional também diminuiu a produção (-7,47%) na mesma base de comparação. A indústria de confecções catarinense apresentou significativa queda na produção industrial (-6,39% - jan-maio 2012/jan-maio-2011), e o faturamento cresce (3,5%) abaixo da média da indústria de transformação, mas foi beneficiada pelo governo federal com a medida de desoneração da folha de pagamento, fator que estimulou as contratações. ALIMENTOS A indústria de alimentos gerou empregos no primeiro semestre, bem abaixo do saldo do primeiro semestre do ano anterior. Respondeu por 9,22% do total do emprego gerado no período pela indústria de transformação e 4,40% do total do emprego gerado no Estado, o que denota a sua importância para a economia catarinense. O menor dinamismo na geração de empregos da indústria de alimentos é resultado do descréscimo da produção da indústria de alimentos, (-7,3%, no período jan-maio/2012, em relação ao mesmo período do ano passado). No ano (jan-maio 2012/jan-maio/2011), houve aumento real do faturamento das empresas de alimentos (15%) mas, parte atribue-se ao aumento de preços, derivados dos aumentos dos custos de insumos. As exportações também apresentam desempenho inferior no acumulado deste ano em relação ao primeiro semestre do ano passado. BORRACHA E DIVERSOS Os dados do emprego divulgados pelo CAGED, ao incluírem no mesmo indicador várias indústrias diferentes, como fumo e couros, não permitem uma análise conjunta com outros indicadores que utilizam o CNAE nos procedimentos metodológicos. MADEIRA E MOBILIÁRIO A indústria madeireira e de mobília tem grande importância na geração de empregos, e o saldo é bem superior ao acumulado no primeiro semestre do ano passado. A indústria de madeira tem apresentado relativa estabilidade nos seus resultados nos últimos meses. De forma geral, o ano de 2012 não está sendo um ano ruim em relação ao mesmo período do ano passado, dado que a indústria madeireira aumentou a produção em 4,23% (jan-maio 2012/jan-maio 2011) e registrou incremento do faturamento em 7,43% (jan-maio 2012/jan-maio 2011). O dinamismo está relacionado ao mercado 5
6 interno, dado que as exportações registraram pequena queda. A indústria de móveis, além de apresentar um incremento de faturamento abaixo da média da indústria de transformação de Santa Catarina (4,5%), diminuiu as horas trabalhadas (-2,29%) e a utilização da capacidade instalada (-1,35%) no período de janeiro a maio de 2012, em relação ao mesmo período do ano anterior. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A indústria mecânica gerou um acréscimo de empregos e foi a quinta maior geradora de empregos da indústria de transformação, mantendo o dinamismo de anos anteriores. A indústria de máquinas e equipamentos foi beneficiada pelas medidas governamentais (redução do IPI da linha branca) que estimularam o crescimento do faturamento nos primeiros cinco meses de A indústria catarinense de máquinas e equipamentos apresentou um crescimento do faturamento (30%) três vezes maior que a média da indústria de transformação do estado e muito acima do desempenho da mesma indústria em nível nacional (11%). Não só o faturamento da indústria de máquinas e equipamentos foi maior, como a produção cresceu significativamente. Apesar de indicar pequena queda nas horas trabalhadas, a elevada capacidade instalada e o crescimento significativo da massa salarial e emprego, indicam uma indústria com alto nível de atividade. O setor teve o IPI reduzido em dezembro e, no final do mês de junho, o governo decidiu prorrogar a redução até o fim de agosto. QUÍMICA A indústria química gerou empregos no primeiro semestre de 2012, expressiva elevação em relação ao mesmo período do ano passado. A indústria química passa por um ótimo momento, com expressiva elevação de faturamento (21,4% em jan-maio 2012/jan-maio 2011). O nível de faturamento desta indústria catarinense nunca foi tão alto desde que o índice começou a ser calculado (2002). As exportações contribuem com o expressivo dinamismo. Todos os demais indicadores de produção apresentam incremento: horas trabalhadas (1,26%), salários (3,21%) indicadores acima da média da indústria de transformação catarinense. As exportações catarinenses de produtos químicos inorgânicos (capítulo 28) aumentaram 91% no primeiro semestre de 2012 (sobre mesmo período do ano anterior) e atingiram o valor de US$ 38,7 milhões. Na mesma base de comparação, a exportação catarinense de materiais albuminóides (capítulo 35) cresceu 14,2%, e chegou a US$ 37 milhões no acumulado do primeiro semestre de METALURGIA No período janeiro a junho de 2012, a indústria metalúrgica gerou empregos, valor abaixo dos dois anos anteriores. A produção da indústria metalúrgica catarinense cresce (1,62%) enquanto a mesma indústria apresenta queda em nível nacional (-4,2%) dados relativos ao período jan-maio 2012/janmaio A elevada capacidade instalada, o aumento significativo da massa salarial (muito acima da média da indústria catarinense), caracterizam uma indústria com elevado nível de atividade, mas em um mercado pouco aquecido, 6
7 sobretudo o mercado externo que não responde com o mesmo nível de vendas do ano passado. A indústria metalúrgica foi afetada pelas mudanças nas normas relativas à produção de motores de caminhões e o fraco desempenho da indústria de veículos automotores. MATERIAL ELÉTRICO E DE COMUNICAÇÃO A indústria de material elétrico e de comunicações gerou empregos no primeiro semestre de 2012, praticamente mantendo o ritmo de geração de empregos dos dois anos anteriores. Observa-se que o CAGED integra a indústria de material de comunicações com a indústria de máquinas elétricas, não seguindo a mesma metodologia do IBGE e FIESC. Nos primeiros cinco meses do ano, o crescimento do faturamento (17%) das máquinas, aparelhos e materias elétricos foi um dos mais altos em comparação com as outras atividades industriais de Santa Catarina. MINERAIS NÃO-METÁLICOS A indústria de minerais não metálicos gerou empregos, bem abaixo dos gerados no mesmo período do ano passado. Esta indústria enfrenta queda de -10,92% na produção industrial calculada pelo IBGE (jan-maio 2012/jan-maio 2011). O crescimento do faturamento calculado pela FIESC - é baixo (2,5%) e fica aquém das expectativas da indústria de minerais não-metálicos e abaixo da média de crescimento da indústria de transformação (10,98%). MATERIAL DE TRANSPORTE A indústria de material de transporte gerou 815 empregos. A indústria de veículos automotores registrou queda do faturamento de 13,3% e queda da produção de 17,23% no período jan-maio 2012/jan-maio As exportações catarinenses de veículos automotores (capítulo 87) registraram retração de vendas no primeiro semestre de 2012 (sobre mesmo período do ano anterior) na ordem de 2,5%. As principais razões para a redução estão na menor exportação de freios (NCM ), que totalizaram US$ 11,3 milhões; e partes e acessórios de carroçarias (NCM ) que somaram US$ 709 mil. PAPEL E PAPELÃO A indústria de papel e papelão gerou 747 empregos, o que revela menor capacidade de geração de emprego em relação ao mesmo período do ano anterior, mas não expressa menor produção por ser intensiva em capital. É uma indústria que registrou baixo crescimento do faturamento nos primeiros cinco meses do ano (1,85%), em relação ao mesmo período do ano passado, mas a produção industrial, cresceu 4,3% (janmaio 2012/jan-maio 2011), bem acima da média da indústria de transformação catarinense. CALÇADOS A indústria de calçados gerou 515 empregos no acumulado do primeiro semestre, acima do desempenho do ano anterior. Representa a menor contribuição para o emprego da indústria de transformação. Para esta indústria não são publicados dados relativos a faturamento e produção industrial. 7 GR
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