Observatório das Micro e Pequenas Empresas Maranhenses - Emprego
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- Júlio César Maranhão Capistrano
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1 Monitoramento do Emprego Formal nas MPE Maranhenses Junho de 216 Mercado de Trabalho 1 Demissões líquidas se aprofundam no primeiro quadrimestre de 216 Em abril de 216, o saldo entre admissões e demissões no país foi negativo (-62,8 mil), entretanto, foram fechadas menos vagas do que no mesmo mês do ano passado, quando o país perdeu 97,8 mil postos formais. Todos os setores de atividade econômica registraram saldo negativo, com exceção da Agropecuária e Administração pública. As atenuações no resultado negativo foram mais expressivas na Indústria de Transformação (-16 mil) e Construção Civil (-16 mil). Brasil: Saldo de empregos formais, segundo o setor de atividade, acumulado de 21 e 216; e abril de 21 e 216 Setores de Atividade 21* 216* abr/1 abr/16 Total Extrativa mineral Ind. Transformação SIUP Construção civil Comércio Serviços Administração pública Agropecuária ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública *Janeiro a Abril O desempenho no Comércio deixou a desejar: 3, mil vagas fechadas em abril. Diante da inflação e dos juros em alta, a queda na venda de bens duráveis (automóveis, eletrodomésticos, móveis, etc.) tem pressionado para baixo o desempenho do setor. E mesmo o setor de Serviços, que há muito, tem sido o setor mais dinâmico da economia, fechou vagas em abril (-9,9 mil). No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o país perdeu 378,4 mil empregos formais. Na comparação do quadrimestre, percebe-se que houve aprofundamento das demissões líquidas no Comércio (-64,3 mil) e Serviços (-167, mil), fruto da redução da massa de rendimentos real, do alto grau de endividamento e do encarecimento e maior seletividade do crédito. No que se refere ao Maranhão, o saldo também foi negativo em abril, com registro de 3 mil demissões líquidas, evidenciando um pior resultado comparado ao mesmo mês do ano anterior, quando foram fechados somente 73 postos de trabalho. É o menor saldo de emprego formal registrado para referido mês desde abril de Maranhão: Saldo de empregos formais, segundo o setor de atividade, acumulado de 21 e 216; e abril de 21 e 216 Setores de Atividade 21* 216* abr/1 abr/16 Total Extrativa mineral Ind. Transformação SIUP Construção civil Comércio Serviços Administração pública Agropecuária Fonte: CAGED/MTE ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública *Janeiro a Abril 1 Nota Metodológica: Edição de junho, com dados referentes ao mês de abril. 1
2 Em termos setoriais, o resultado negativo foi puxado pela Construção Civil (-1,6 mil) e Comércio (-778). Em contraponto, a Agropecuária (+4), Indústria extrativa (+21) e a Administração Pública (+1) registraram abertura de postos de trabalho. No que se refere ao resultado do 1 quadrimestre de 216, foram registradas 13,8 mil demissões líquidas, marcando uma diferença negativa de 6,1 mil vagas em relação ao mesmo período de 21. O pior desempenho, por setor, é o da Construção Civil, que já fechou 8, mil vagas entre janeiro e abril deste ano. O cenário é deterioração no setor, diante do fim do boom imobiliário na capital São Luís, da elevação das taxas de juros para financiamentos imobiliários, da conclusão de obras públicas e do arrefecimento dos investimentos no Minha Casa Minha Vida. Também é destaque o número de demissões na Indústria de Transformação, sobretudo no segmento de produtos minerais não metálicos (-). Neste caso, diante da demanda mais fraca da Construção Civil, as fábricas de cerâmica fizeram cortes, assim como haviam procedido no início de 21. Como resultado do menor dinamismo do emprego formal, a taxa de desocupação subiu no início deste ano, de acordo com as informações da PNAD Contínua. No Brasil, entre o primeiro trimestre de 216 e o 4º trimestre de 21, o contingente de desocupados passou de 9,73 milhões para 11,89 milhões, fazendo a taxa de desocupação crescer de 9,% para 1,9%. No Maranhão, o contingente de desocupados de 23 mil para 312 mil, e salto na taxa de desocupação foi ainda maior, de 8,2% para 1,8%. Brasil e Maranhão: Taxa de desocupação das pessoas na força de trabalho, por trimestres de 212 a 216 (em %) Fonte: PNAD Contínua trimestral; IBGE. As dificuldades no plano econômico não deverão ceder tão cedo, uma vez que os efeitos recessivos do ajuste fiscal ainda não foram plenamente sentidos a recessão do 1º trimestre e o crescimento do desemprego estão ligados à aceleração da inflação no período e aos desdobramentos da Operação Lava-Jato, cujo impacto sobre o desempenho das empresas envolvidas foi significativo, e à piora das expectativas como um todo, que terminam freando a disposição das famílias para o consumo e dos empresários para o investimento. O cenário, portanto, continua sendo de cautela para as micro e pequenas empresas. 2
3 MPE Brasil: micro e pequenas empresas do Comércio foram as que mais demitiram em abril O mercado de trabalho demorou a sentir os efeitos da desaceleração econômica, mas não é imune a uma recessão. Os setores mais afetados tem sido o Comércio e a Indústria pelos fatores já citados. O setor de Serviços, por sua vez, que vinha sustentando a geração de empregos, começou também a perder dinamismo. Até o final do ano passado, percebia-se uma grande resistência das micro e pequenas empresas quando o tema era a geração de empregos, uma vez que a maior parte delas concentra-se no Comércio e Serviços, até então menos sujeitos a desaceleração da economia. Com a crise atingindo todos os setores no início de 216, o desempenho das micro e pequenas empresas, em termos de criação de vagas, foi mais tímido. Brasil: Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade em abril de 21 e 216 Em abril de 216, somente as micro e pequenas empresas do setor de Serviços registraram saldo positivo (+1,3 mil), mas com recuo de 44,6% frente ao mesmo mês do ano passado. Nos demais setores, os pequenos negócios mais demitiram que admitiram. No Comércio, foram 2,9 mil e na Indústria 9,8 mil o número de vagas cortadas pelas micro e pequenas empresas. O resultado mensal foi bastante ruim, quando comparado a abril de abr/1 abr/ Brasil: Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade Acumulado (Jan-Abr). No acumulado de janeiro a abril de 216, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas brasileiras foi negativo (73,1 mil), resultado proveniente do desempenho no setor do Comércio (- 119,6 mil). Em contraponto no Serviços, mais de 72 mil vagas formais foram abertas pelas micro e pequenas empresas, no entanto com menor dinamismo comparado ao mesmo período de * 216*
4 MPE Maranhão: emprego formal retrai em todos os setores em abril Em abril de 216, as micro e pequenas empresas maranhenses, seguindo a dinâmica do restante do país, fecharam um total de 1, mil postos formais de trabalho. Uma perda de 1,2 mil empregos formais na comparação om o mesmo período do ano anterior. Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade Abril abr/ abr/ Na distribuição setorial, registrou-se demissões líquidas em todos os setores, recebendo maior contribuição da Construção Civil e do Comércio, que foram responsáveis pelo desligamento de 373 e 661 trabalhadores com carteira assinada. Os dados do CAGED mostram que, neste último setor, as vagas fechadas em abril se concentraram em negócios com até 19 (dezenove) empregados. Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade Acumulado (Jan-Abr) 21* 216* No acumulado de janeiro a abril de 216, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas maranhenses foi de 4,7 mil negativo. Com destaque para as maiores desmobilizações nos setores do Comércio e Construção, que foram responsáveis pela demissão líquidas de 2,2 mil e 1,9 mil trabalhadores com carteira assinada, respectivamente. O desempenho Comércio é afetado pela perda de dinamismo dos demais setores da economia, com efeito negativo sobre a massa de rendimento dos ocupados, ao passo que a Indústria sofre com a conjuntura recente de desvalorização do real, instabilidade política e deterioração das expectativas dos empresários. Já a Construção Civil, destaca-se além da sazonalidade do período chuvoso, aspectos conjunturais como a crise política e a recessão econômica brasileira, que impactaram diretamente na capacidade de realização de investimentos em infraestrutura. 4
5 Unidades Regionais SEBRAE: as demissões líquidas foram mais expressivas na UR São Luís Na UR São Luís, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas foi negativo (-912) em abril de 216. Na região que tem como polo a capital do Estado, o Comércio e o setor da Construção foram os principais responsáveis pelo resultado negativo do município. Em seguida está a UR Balsas (-144), onde igualmente o Comércio e a Construção garantiram a performance negativa. Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais nas micro e pequenas empresas, por unidade regional SEBRAE: Acumulado (Jan-Abr) e Mensal (à direita) 216* 21* abr/16 abr/1 UR São Luís UR Santa Inês UR Presidente Dutra UR Pinheiro UR Lençóis-Munim UR Imperatriz UR Grajaú UR Chapadinha UR Caxias UR Balsas UR Bacabal UR Acailândia UR São Luís UR Santa Inês UR Presidente Dutra UR Pinheiro -38 UR Lençóis-Munim UR Imperatriz -24 UR Grajaú Urbano Santos 16 UR Chapadinha -73 UR Caxias -12 UR Balsas UR Bacabal UR Acailândia No acumulado de janeiro a abril deste ano, maioria das doze Unidades Regionais SEBRAE-MA apresentaram saldo entre admissões e demissões negativo, com destaque para UR São Luís e Açailândia. Na primeira registrou se 2,8 mil demissões líquidas, provenientes dos segmentos da Construção (-1,1 mil) e Comércio (-1,3 mil). Já na UR Açailândia, a performance negativa foi proveniente dos segmentos da Indústria e Serviços, que registraram fechamento de 112 e 9 postos de trabalho. MONITORAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO MARANHÃO Publicação mensal do SEBRAE MA Diretoria Executiva: João Batista Martins (Diretor Superintendente); José de Ribamar da Silva Morais (Diretor Técnico) Unidade de Gestão Estratégica: Antônio Paixão Garcez (Gerente); Teresinha Drummond Gonçalves Moreira (Coordenadora de Pesquisa) Cenário Econômico Consultoria Ltda. Felipe de Holanda (Coordenador); Daniele Amorim, Dionatan Silva Carvalho, Rafael Thalysson e Talita Sousa Nascimento (Pesquisadores). Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.
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