TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica

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1 TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica DA LEI COMPLEMENTAR (LC) Nº 135/10, QUE ESTABELECE NOVAS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE QUE VISAM PROTEGER A PROBIDADE ADMINISTRATIVA E A MORALIDADE NO EXERCÍCIO DO MANDATO Tatiana Machado Dunshee de Abranches Advogada A inelegibilidade pode ser conceituada como o impedimento à capacidade eleitoral passiva, ou seja, da condição de ser candidato e, por consequência, de ser votado. Enquanto as condições de elegibilidade são positivas e devem estar presentes, as causas de inelegibilidade são negativas e devem estar ausentes, para que a pessoa possa candidatar-se. A inelegibilidade pode decorrer diretamente da Constituição Federal ou de lei complementar. As hipóteses constitucionais de inelegibilidade estão previstas em seu artigo 14 e as infraconstitucionais na Lei Complementar (LC) nº 64/90, com as alterações produzidas pela Lei Complementar nº 135/10. O artigo 14, 9º, da Constituição da República, dispõe que lei complementar pode estabelecer novos casos de inelegibilidade, dispondo o seguinte: 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. A Lei Complementar nº 64/90, ao estabelecer casos de inelegibilidade, corresponde a uma regulamentação da Constituição Federal, que prevê a proteção da probidade administrativa e da moralidade para o exercício de um mandato, considerando a vida pregressa do candidato. A Lei Complementar nº135/10, por sua vez, altera a Lei Complementar nº 64/90 e aumenta o prazo de inelegibilidade de 3 (três) para 8 (oito) anos, nos seguintes casos: Para o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município. Julho de 2010

2 2 Para os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político e para os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: 1. Contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; 2. Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 3. Contra o meio ambiente e a saúde pública (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 4. Eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade (ncluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 5. De abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 6. De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 7. De tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 8. De redução à condição análoga à de escravo (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010); 9. Contra a vida e a dignidade sexual (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) e; 10. Praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando (incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010). Nos casos acima citados, a LC nº 64/90 previa o prazo de 3 (três) anos de inelegibilidade, além de exigir que a decisão que julgasse a representação ou condenasse em tais crimes transitasse em julgado. Entretanto, a LC nº 135/10 passa a estabelecer a inelegibilidade não apenas com o trânsito em julgado, mas também quando a decisão for proferida por órgão colegiado. Ademais, a LC nº 135/10 aumenta o rol de crimes, como descrito acima, para incluir, por exemplo, crimes contra o meio ambiente e saúde pública, contra a vida e a dignidade sexual, abuso de autoridade, lavagem de dinheiro, bem como aqueles praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando. A Lei Complementar nº135/10 também altera a Lei Complementar nº 64/90 nas seguintes hipóteses: Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, passam a ser inelegíveis pelo prazo de 8 (oito) anos, e não mais pelo prazo de 4 (quatro) anos; Trabalhos Técnicos Julho de 2010

3 3 Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicandose o disposto no inciso II do artigo 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição. A parte em destaque foi incluída pela Lei Complementar nº 135/10 e, dessa forma, a irregularidade precisa configurar ato doloso de improbidade administrativa e o prazo de inelegibilidade passa de 5 (cinco) para 8 (oito) anos; Os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. Nesta hipótese, a Lei Complementar nº 135/10 decreta a inelegibilidade não apenas com o trânsito em julgado, mas também quando a condenação for proferida por órgão judicial colegiado. O prazo passa de 3 (três) para 8 (oito) anos. A Lei Complementar nº135/10 incluiu novas hipóteses de inelegibilidade, na forma abaixo descrita: Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; O Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; Os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa, que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; Julho de 2010 Trabalhos Técnicos

4 4 Os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; Os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; A pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no artigo 22; Os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos. Na forma do exposto acima, atualmente o político que renunciar ao cargo eletivo em meio à denúncia de corrupção ou outro delito não poderá concorrer na próxima eleição, como era permitido antes. Este é um dos dispositivos que trazem um enorme benefício à sociedade, por proibir tal tipo de manobra tão freqüente no nosso cenário eleitoral. A nova redação do artigo 15 da Lei Complementar nº 64/90 determina que seja negado o registro ou que seja o mesmo cancelado, caso já tenha sido feito, ou que seja declarado nulo o diploma, se já expedido, quando transitar em julgado ou quando publicada a decisão proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do candidato. Além disso, determina que, independentemente da apresentação de recurso, tal decisão deverá ser comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e expedição de diploma do réu. A Lei Complementar nº 135/10 altera a redação do inciso XIV do artigo 22 da Lei Complementar nº 64/90, para incluir os termos destacados abaixo, nos casos de representação perante a Justiça Eleitoral, que relate fatos e peça abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político: Trabalhos Técnicos Julho de 2010

5 5 XIV Julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar; Cabe destacar a inclusão do dispositivo abaixo transcrito, que possibilita ao candidato que possua condenação proferida por órgão colegiado de concorrer às eleições, desde que o colegiado competente para apreciação do recurso suspenda a inelegibilidade. A despeito disso, após o trânsito em julgado da decisão, será cancelado o registro da candidatura ou o diploma, caso já esteja no cargo. Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1 o poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente requerida, sob pena de preclusão, por ocasião da interposição do recurso. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010). 1 o Conferido efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá prioridade sobre todos os demais, à exceção dos de mandado de segurança e de habeas corpus. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010). 2 o Mantida a condenação de que derivou a inelegibilidade ou revogada a suspensão liminar mencionada no caput, serão desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente concedidos ao recorrente. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010). 3 o A prática de atos manifestamente protelatórios por parte da defesa, ao longo da tramitação do recurso, acarretará a revogação do efeito suspensivo. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010). DO JULGAMENTO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL COM RELAÇÃO À APLICABILIDADE DA LEI COMPLEMENTAR Nº 135/10 Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenderam, na análise da consulta formulada pelo Senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa (LC nº 135/10), que esta poderá ser aplicada nas eleições de Julho de 2010 Trabalhos Técnicos

6 6 O julgamento se deu por maioria de votos e firmou o entendimento de que a Lei pode ser aplicada a partir das eleições deste ano. O relator da consulta foi o Ministro Hamilton Carvalhido e votaram com ele os Ministros Arnaldo Versiani, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Aldir Passarinho Junior, Marcelo Ribeiro e o presidente, Ministro Ricardo Lewandowski. O Ministro Marco Aurélio Mello ficou vencido, pois entendeu que a norma só seria aplicável às eleições que se realizarem após A controvérsia residiu na interpretação dada ao artigo 16 da Constituição Federal, segundo o qual a lei que alterar o processo eleitoral não se aplica à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Na opinião do ministro Hamilton Carvalhido, o processo eleitoral não abarca todo o direito eleitoral, mas apenas o conjunto de atos necessários ao funcionamento das eleições por meio do sufrágio eleitoral. Com tal entendimento, o ministro votou no sentido de que a Lei da Ficha Limpa não altera o processo eleitoral pelo fato de ter entrado em vigor antes do seu início e, portanto, não se enquadra no que prevê o artigo 16 da Constituição (Consulta n o /DF, rel. Min. Hamilton Carvalhido, em ). No julgamento da Consulta n o /DF, formulada pelo Deputado Federal Ilderlei Cordeiro (PPS-AC), em , o relator, Ministro Arnaldo Versiani, destacou a excepcionalidade da consulta, por envolver pronunciamento do TSE sobre o alcance das novas disposições legais e seus reflexos aos pedidos de registro de candidatura, razão pela qual a consulta deveria ser conhecida, mesmo que iniciado o período eleitoral. No mérito, o relator firmou três premissas para responder aos questionamentos formulados. A primeira foi a de que inelegibilidade não é pena e, portanto, assim como a falta de qualquer condição de elegibilidade, nada mais é do que uma restrição temporária à possibilidade de qualquer pessoa exercer mandato. Por tal razão, considerou que o momento de aferição das causas de inelegibilidade é o da formalização do pedido de registro de candidatura. De acordo com o entendimento acima, a segunda premissa fixada no voto consistiu no fato de que as novas disposições legais atingirão igualmente a todos aqueles que, no momento do pedido de registro, incidirem em alguma causa de inelegibilidade, não se podendo cogitar de direito adquirido às causas de inelegibilidade anteriormente previstas. Por fim, a última premissa firmada versa sobre a incidência da inelegibilidade nas hipóteses de decisão sem trânsito em julgado. Assentou o relator que a sua incidência não significa que se esteja antecipando o cumprimento de pena e que não há ofensa ao princípio Trabalhos Técnicos Julho de 2010

7 7 da presunção de inocência. Destacou o disposto no artigo 3 o da nova lei que permite a suspensão, em caráter cautelar, da inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão do recurso. Assentadas as premissas, o relator respondeu afirmativamente ao primeiro questionamento, o que foi acompanhado pela maioria do Tribunal, que pretendia saber se lei que altera as causas de inelegibilidade em ano eleitoral pode ser aplicada neste mesmo ano. Consignou, nesse ponto, que a pergunta já foi respondida no julgamento da Consulta n o /DF, rel. Min. Hamilton Carvalhido, em Foi dada também resposta afirmativa aos questionamentos quanto ao fato da nova lei de inelegibilidades se aplicar ou não aos processos em tramitação, aos já encerrados antes de sua entrada em vigor e, ainda, a processos cuja decisão tenha-se adotado punição com base na regra legal então vigente. Destacaram-se, nesse ponto, os precedentes do Tribunal que afirmam que não há direito adquirido à elegibilidade e, ainda, a existência do artigo 3 o da LC n o 135/2010. Ressaltou-se que a inelegibilidade não é imposta na condenação, mas esta acarreta a inelegibilidade em decorrência do preceito legal. O relator respondeu afirmativamente ainda aos questionamentos acerca da retroatividade da nova lei e da sua aplicação antes do trânsito em julgado. O entendimento que prevaleceu foi o de que não se trata de retroatividade da norma, mas sim de sua aplicação aos pedidos de registro de candidatura futuros, posteriores à sua entrada em vigor. Quanto ao questionamento sobre a aplicação de pena de inelegibilidade com tempo superior ao firmado na lei antiga aos processos em curso, o relator o julgou prejudicado em razão do entendimento de que não há direito adquirido à elegibilidade. Na sequência do julgamento, teceram-se considerações sobre o tempo verbal utilizado na nova lei. Inicialmente, em interpretação gramatical, afirmou-se que a expressão que forem condenados inclui todos aqueles na condição de condenados, abrangendo inclusive aqueles que já tiverem condenações. Procedendo a uma interpretação autêntica, assentou-se que o Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), autor da emenda que alterou a redação da lei, a fez somente com o objetivo de uniformizar e harmonizar os tempos verbais existentes. Concluiuse, por fim, que a alteração feita não modificou o sentido e o alcance da lei e, dessa forma, a locução verbal não exclui os candidatos já condenados. Em divergência com voto do relator, o Ministro Marco Aurélio Mello respondeu, com base no princípio da segurança jurídica e no que dispõe o artigo 16 da Constituição Federal, Julho de 2010 Trabalhos Técnicos

8 8 negativamente aos questionamentos, considerando que lei que altera causas de inelegibilidade e período de duração da perda dos direitos políticos em ano eleitoral, não pode ser aplicada neste mesmo ano e, ainda, que não alcança fato jurídico passado. O Ministro Marcelo Ribeiro, vencido em parte, votou no sentido de que a Lei Complementar n o 135/2010 não incidirá sobre os processos com decisão transitada em julgado e pendentes de julgamento, nos casos em que a inelegibilidade foi aplicada como sanção em processo que apure ilícitos eleitorais. Quanto aos demais casos, acompanhou o voto do relator. Nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, conheceu da Consulta n o /DF e, no mérito, também por maioria, respondeu aos questionamentos nos termos do voto do relator. Por fim, cabe registrar que a Lei Complementar nº 135/10 derivou de projeto de iniciativa popular, que teve o apoio de mais de um milhão e trezentas mil assinaturas. Tal projeto previa inicialmente a proibição de candidaturas de todos aqueles que tivessem condenação em primeira instância. No entanto, o projeto foi flexibilizado para obter a sua aprovação no Congresso. Considerando que a sociedade clama por ética e moralidade no exercício dos cargos públicos e que o direito eleitoral impõe a proteção da probidade e moralidade pública, a análise da vida pregressa do candidato deve ser condição essencial para se apurar sua elegibilidade. Por estas e outras razões práticas é que a Lei Complementar nº 135/10 deve ser considerada muito bem-vinda ao nosso ordenamento jurídico. Trabalhos Técnicos Julho de 2010

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