Relatório Final MATRIZ DE CONFLITOS E PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO

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1 Agência Nacional de Águas Fundo para o Meio Ambiente Mundial PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente OEA Organização dos Estados Americanos PROJETO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM TERRA NA BACIA DO SÃO FRANCISCO ANA/GEF/PNUMA/OEA Subprojeto 3.3.B Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre Relatório Final MATRIZ DE CONFLITOS E PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO UFBA EP/UFBA Salvador/Bahia 2002

2 PROJETO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM TERRA NA BACIA DO SÃO FRANCISCO ANA/GEF/PNUMA/OEA Subprojeto 3.3.B Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre Relatório Final MATRIZ DE CONFLITOS E PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO Coordenação do Subprojeto Yvonilde Dantas Pinto Medeiros Maria do Socorro Gonçalves Departamento de Hidráulica e Saneamento Escola Politécnica Universidade Federal da Bahia Consultor Antonio Marcos Santos da Silva UFBA Equipe Técnica Lenise Conceição Brandão - UFBA Nelivalda Costa da Silva UFBA Isabel Martins Galo - UFBA Contrato CPR/OEA n o PO 33822/2 Outubro / 2002

3 MATRIZ DE CONFLITOS E PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO RESUMO EECUTIVO INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o número significativo de iniciativas tomadas mostra a necessidade de uma atuação mais efetiva e coordenada sobre a área da Bacia do Rio Salitre, com um plano mais abrangente e capaz de promover uma ação contínua e integrada dos diversos segmentos interessados no desenvolvimento do Vale do Rio Salitre. Através do Sub-projeto 3.3.B - Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre (PLANGIS) que faz parte do Projeto Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia do Rio São Francisco (ANA/GEF/PNUMA/OEA), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), desenvolveu o PLANGIS, tendo como base o diagnóstico participativo, que evidenciou vários problemas que afetam direta ou indiretamente os recursos hídricos. A identificação destes problemas serviu como base para a construção da Matriz dos Conflitos para a Bacia e de um Plano Estratégico de Ações com proposições de intervenções preventivas e corretivas que visam solucionar ou minimizar os problemas identificados. A Bacia esta totalmente inserida no polígono das secas e em território baiano, é uma Subbacia do rio São Francisco localizada em uma das regiões de conflitos no que se refere aos recursos hídricos, principalmente por ser um rio intermitente. Situada na região centro-norte do Estado, da Bahia (Figura 1) limitado a leste pelas bacias do rio Itapicurú e do Sub-Médio São Francisco, a oeste pela bacia dos rios Jacaré/Verde e a sul pela bacia do rio Paraguaçu, especificamente a sub-bacia do rio Jacuípe. Fazem parte da bacia 9 municípios (Figura 2): Morro do Chapéu, Várzea Nova, Miguel Calmon, Jacobina, Ourolândia, Mirangaba, Umburanas, Campo Formoso e Juazeiro Figura 1. Mapa de Localização da Bacia do Rio Salitre i

4 Figura 2. Mapa de Divisão Municipal ii

5 A Bacia do Rio Salitre apresenta um grande problema de escassez de água, que não está relacionada apenas com o baixo índice pluviométrico, alta taxa de evaporação local e elevado teor de salinidade dos recursos hídricos disponíveis, mas, também, com a poluição das águas superficiais e subterrâneas, uso indiscriminado da água, barragens mal projetadas e mal localizadas e mau uso do solo, que fazem com que ocorram grandes conflitos. O objetivo deste documento é relatar o processo de elaboração do Plano de Ação Estratégico para a Bacia do Rio Salitre tomando como base a Matriz dos Conflitos, que sintetizou todos os problemas identificados na região. Para a elaboração da Matriz utilizaram-se três ferramentas: diagnóstico físico da bacia; reuniões comunitária para o levantamento de problemas e possíveis soluções (elaboração do Plano de Prioridade), o processo de formação do Comitê de Bacia e o curso de capacitação dete, que consolidou a última etapa, dando subsídios que embasaram a composição da Matriz. Desses três elementos foram extraídos todos os problemas identificados na região, enfocando os aspectos socioeconômicos, físicos, bióticos e os aspectos relacionados com os recursos hídricos. 1. PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS NA BACIA DO RIO SALITRE Os principais problemas identificados e analisados apresentados no Quadro 1, não se limitaram apenas aos relatos dos técnicos que desenvolveram cada parte do projeto, mais, principalmente, aos relatos dos representantes das comunidades e instituições civis locais durante os seminários e reuniões para formação do Comitê e reforçado durante o curso de capacitação deste. iii

6 Saneamento Barragem Irrigação Quadro 1. Problemas Identificados durante as Reuniões Principais Problemas Identificados Zonas Atingidas Conseqüências - Inexistência de sistemas de coleta e Todas as nove sedes dos municípios - Poluição das águas superficiais tratamento de esgotos domésticos que pertencem a bacia e zona rural e subterrâneas e degradação ambiental - Deficiência nos sistemas de abastecimento de água - Uso de dessalinizador de água sem manejo adequado de seu rejeito - Deficiência nos serviços de coleta e tratamento de resíduos sólidos urbanos - Doenças relacionadas com os recursos hídricos (cólera, dengue, esquitossomose, febre tifóide e hepatite) - Construção da Barragem de Ouro Branco, Tamboril e Caatinga do Moura sem critérios técnicos e hidrológicos - Falta de manutenção dos taludes das barragens - Extravasores subdimensionados - métodos de irrigação incompatível com disponibilidade hídrica da bacia (sulco, inundação). As principais sedes atingidas são Mirangaba, Morro do Chapéu e Umburanas. E toda zona rural Município de Umburanas - Escassez de água - Salinização do solo e das águas superficiais e subterrâneas Todas as sedes e zona rural da bacia - Poluição das águas superficiais e subterrâneas e degradação ambiental Todas as sedes e principalmente zona rural da bacia Todas as sedes e comunidades localizadas a jusante das barragens Barragens de Tamboril, Taquarandi, Caatinga do Moura, Delfino, Ourolândia, as nove Barragens Galgáveis Barragens de Tamboril, Taquarandi, Caatinga do Moura, Delfino, Ourolândia, as nove Barragens Galgáveis Alto e Baixo Salitre (municípios de Juazeiro, Várzea Nova, Jacobina e Ourolândia) - Agravamento da saúde pública - Escassez de água pelo interrompimento do curso natural do rio - Comprometimento estrutural das barragens - Demanda > disponibilidade hídrica; - escassez de água Uso do Solo Recursos Hídricos - Desenvolvimento de lavouras nas margens dos rios e lagos das barragens - Lavagem de roupas nos lagos das barragens e rios. - Utilização dos Lago da barrgem para lazer - Água subterrânea com alto teor de salinidade - Água superficial com alto teor de salinidade Toda Bacia do Rio Salitre Juazeiro, Umburanas, Ourolândia e Mirangaba Barragens de Tamboril, Taquarandi, Caatinga do Moura, Delfino, Ourolândia, as nove Barragens Galgáveis Todos os nove municípios que compõe a bacia (72% da bacia é abrangida por aqüífero metassedimentar e cristalino) Trechos do rio Salitre no seu médio e baixo curso e lagos das barragens - Retirada das matas ciliares; - Assoreamento dos corpos d águas; - Carreamento de agrotóxicos para os cursos d águas. - Poluição das águas superficiais - Poluição das águas superficiais - Escassez dos recursos hídricos - Aumento na restrição do uso da água; - Escassez de água iv

7 2. MATRIZ DOS CONFLITOS Para elaboração da Matriz, utilizou-se a metodologia apresentada pelo GEF na preparação de PEA s em Bacias Hidrográficas, que utiliza princípios do método de Zoppi, que tem como base o DAT. Diagnóstico Analítico Transfro nteiriço, que além de identificar os problemas críticos, identifica as causas raízes da degradação ambiental e dos problemas da bacia, faz uma análise da cadeia causal e os prioriza. Inicialmente foi confeccionado um quadro preliminar de problemas que esta apresentado no Quadro 2, utilizado como uma ferramenta para dar suporte a composição da Matriz, e teve a função de apresentar de forma sintética os principais problemas identificados na Bacia e suas causas, sedo esta última dividida em causas primárias, secundárias, terciárias e fundamentais. As causas primárias foram relacionadas ao campo técnico-científico; as causas secundárias ao econômico; as terciárias ao institucional; e as fundamentais ao campo sócio-político. Esta etapa de trabalho foi desenvolvida buscando levantar o maior número de causas possíveis, baseando-se não só nas experiências profissionais mais principalmente nos dados e fatos relatados no Curso de Capacitação, no Diagnóstico da Bacia e no processo de Organização Comunitária, caracterizando-se como o processo de brainstorming. v

8 Quadro 2. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre PROBLEMAS Insuficiência de água p/ diversos usos CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Causas naturais - baixos índices pluviométricos Alteração do regime fluviométrico pela retirada inadequada de águas dos rios Demanda > Disponibilidade Águas superficiais com teor de salinidade imprópria para consumo Construção de barramentos privados em pontos inadequados Construção de barramentos públicos sem critérios técnicos Retirada de grande quantidade de água para irrigação Adens amento dos centros urbanos e aumento das atividades econômicas e agropastoris Construção de barramentos privados Construção de barramentos públicos Falta de estudos hidrológicos para implantação dos barramentos Uso de técnicas de irrigação inadequadas para a região Não priorização da água de acordo com seu uso (abastecimento humano, animal e irrigação) Falta de estudos técnicos para implantação dos barramentos Falta de disciplinamento do uso quantitativo da água (outorga) pelos órgãos competentes - - vi

9 Quadro 2. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre (cont.) PROBLEMAS Insuficiência de água p/ diversos usos CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Lançamento de lixo nos cursos d'água Deficiência no sistema de coleta e disposição final do lixo Poluição das águas superficiais Lançamentos de esgotos domésticos Lavagem de roupas nas margens dos lagos das barragens Lançamento de agrotóxicos devido à exploração de lavouras na beira dos rios Lançamento de esgotos domésticos Lavagem de roupa na beira dos lagos das barragens Deficiência no sistema de coleta e falta de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência e falta de sistemas de abastecimentos de água Falta de controle nos usos do solo Deficiência nos sistemas de coleta e inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência e falta de sistemas de abastecimento de água Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico Falta de fiscalização e controle do uso das margens dos rios e lagos das barragens Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico Depósito de lixo na beira dos rios Exploração de lavouras na beira dos rios Deficiência nos sistemas de coleta e disposição final do lixo doméstico Falta de controle nos usos do solo Falta de fiscalização e controle do uso das margens dos rios e lagos das barragens Desmatamento da vegetação e mata ciliar para atividades agropastoris vii

10 Quadro 2. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre (cont.) PROBLEMAS Poluição pontual e difusa das águas superficiais Assoreamento das calhas dos rios e lagos das barragens Eutrofização dos rios e lago das barragens Água de Poço utilizada para abastecimento imprópria para consumo humano e animal CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Deficiência nos sistemas de coleta e Presença de coliformes fecais Lançamento de esgotos domésticos inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domés ticos Falta de prioridade e Presença de detergentes nas águas dos Lavagem de roupa na beira dos Deficiência e falta de sistemas de investimento no setor de lagos das barragens lagos das barragens abastecimento de água saneamento básico Presença de agentes poluidores Deficiência nos sistemas de coleta e existentes nos resíduos de origem Depósito de lixo na beira dos rios disposição final do lixo doméstico domésticas Presença de agrotóxicos nas águas dos rios e lago das barragens Grande quantidade de material em suspensão Presença de matéria orgânica na água Domínio de aqüífero metassedimentar e calcário na bacia do rio Salitre e pequena parcela de aqüífero cristalino Exploração de lavouras na beira dos rios Desmatamento da vegetação e mata ciliar para atividades agropastoris Lançamento de esgotos domésticos Depósito de lixo na beira dos rios - Falta de controle nos usos do solo Deficiência nos sistemas de coleta e inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência nos sistemas de coleta e disposição final do lixo doméstico Falta de sistema de tratamento de água por dessalinização Falta de fiscalização e controle do uso das margens dos rios e lagos das barragens Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico - viii

11 Quadro 2. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre (cont.) PROBLEMAS Incidência de doenças relacionadas com a água Falta de segurança dos barramentos existentes e localizações inadequadas Conflitos no uso da água CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Deficiência nos sistemas de coleta e Presença de patogênicos na água Estruturas em processo de deterioração Elementos hidráulicos danificados e/ ou inoperante Extravasores subdimensionados Interrupção dos cursos d'água dos rios Retirada indiscriminada de água nos cursos d'água Lançamento de esgotos domésticos nos cursos d'água Construção de barragens em pontos inadequados Irrigação, abastecimento humano e animal inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência no sistema de tratamento de água para abastecimento humano Falta de educação sanitária Transferência da responsabilidade de operação e manutenção das barragens para associações comunitárias que não dispõem de condições técnicas e financeiras para assumir esse encargo Falta de inspeção e manutenção por parte das instituições responsáveis Implantação de barramentos sem estudos hidrológicos Falta de estudos técnicos adequados Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico Falta de prioridade por parte das instituições em administrar os barramentos implantados na bacia do rio Salitre Falta de priorização no uso da água - ix

12 Após analise do quadro dos problemas criou-se a Matriz dos Conflitos, que consistiu no afunilamento das causas e problemas inicialmente indicados, eliminado as duplicações, e reduzindo-as há um número manipulável. Esta Matriz foi estruturada em forma de cadeia causal e resume todos os problemas da bacia. Analisando a Matriz verificou-se a existência de cinco grandes problemas relacionados com os recursos hídricos: 1 - conflitos por insuficiência de água para usos múltiplos; 2 - poluição das águas superficiais; 3 - exploração inadequada da água subterrânea; 4 - presença de doenças relacionadas com a água; e 5 - barramentos mal dimensionados, localizados e operados. A poluição das águas superficiais vem sendo agravada pela falta de investimentos no setor de saneamento e falta de implementação de instrumentos legais que disciplinem o uso do solo na região. Estes dois instrumentos poderiam evitar o lançamento de efluentes domésticos nos cursos d 'água e disposição inadequada de lixo em suas proximidades (Fotos 1 e 2), além de impedir o cultivo de lavouras próximas as margens dos rios onde é feito o uso de agrotóxicos de forma indiscriminada. Foto 1. Trajetória do esgoto doméstico em Caatinga do Moura Foto 2. Disposição inadequada de lixo nas margens do rio x

13 A existência de doenças relacionadas com a água é também uma conseqüência da falta de investimento no setor de saneamento. A presença de patogênicos na água evidencia a falta de tratamento dos esgotos domésticos e deficiência nos sistemas de tratamento de água para abastecimento (Fotos 3 e 4). Aliado ao problema do saneamento está a falta de educação sanitária e ambiental que contribui para o agravamento do quadro. Foto 3. Esgotos domésticos lançado próximo ao rio Caatinga do Moura Foto 4. Lago da Barragem de Ouro Branco com despejos de Esgotos domésticos Quanto aos barramentos existentes na Bacia, a falta de administração por parte dos órgãos responsáveis provocou a deterioração das suas estruturas, por este motivo, estes barramentos são considerados inseguros (Foto 5 e 6). Além disso, as estruturas extravasoras foram implantadas sem os devidos estudos técnicos necessários. xi

14 Foto 5. Sangradouro da Barragem de Ouro Branco (Ourolândia) na busca de uma solução (ação da comunidade) Figura 6. Vista do Espelho d água da Barragem de Ouro Branco(Ourolândia) Associada a escasse z das águas superficiais está a falta de gerenciamento das águas tanto superficiais como subterrâneas. Estando a Bacia sob o domínio dos aquíferos metassedimentar e calcário com uma pequena parcela no aqüífero cristalino, tem suas águas de poços em muitos casos com teores de sais acima do que é permitido para consumo humano. Um dos grandes problemas identificados na região é a insuficiência de águas superficiais para usos múltiplos na Bacia, sendo esta a que apresenta maior cadeia causal. A questão é que as causas dos demais problemas também contribuem para a escassez hídrica. Como exemplo, tem-se a falta de investimento em sistemas de saneamento e de implementação de xii

15 instrumentos legais que disciplinem o uso do solo, ambos contribuem para a contaminação das águas superficiais e a retirada de grande quantidade de água para irrigação com a utilização de métodos convencionais que não estão de acordo com a disponibilidade de água existente na Bacia. 3. AÇÕES ESTRATÉGICAS Uma vez identificado os principais problemas relacionados aos recursos hídricos na Bacia, propõe-se a implementação de Ações Estratégicas para minimizá-los ou solucioná-los. Estes estão relacionados a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos da região: Estas Ações deverão ser implementadas de forma integrada, visando obter resultados em toda Bacia e não em partes isoladas, pois isso facilita o gerenciamento dos recursos hídricos. Em face aos problemas identificados e analisados propõem-se as seguintes Ações Estratégicas: Disciplinamento do Uso da Água Intervenções para o disciplinamento do uso da água e conseqüentemente o aumento da oferta hídrica na Bacia, contemplando medidas e procedimentos que levem ao processo de outorga de uso e de priorização desses usos, abrangendo todos os usuários, mas, principalmente a classe de irrigantes, tendo em vista ser este, atualmente, o maior usuário; Gerenciamento das Águas Subterrâneas As ações propostas permitirão um maior conhecimento sobre as águas subterrâneas da Bacia, quanto a sua disponibilidade e demanda, sua qualidade, usuários e outros. Estes conhecimentos proporcionarão uma exploração sustentável deste recurso em conjunto com a exploração da água superficial, tendo em vista a escassez desta. Saneamento Básico e Saúde Pública Serão propostas as ações mitigadoras para as condições de saneamento básico diagnosticados na região, visando resolver os problemas de poluição da água por esgotos domésticos e resíduo sólidos, problemas de doenças relacionadas com as águas superficiais e sua escassez, além de buscar aumentar o número de pessoas contempladas por sistemas de abastecimento de água. Capacitação Sanitária e Ambiental As intervenções nesta área visam conscientizar a população no que tange a relação recursos hídricos x meio ambiente x usuário, com cursos de capacitação, seminários de conscientização e um programa de educação sanitária e ambiental, estando esta ação presente em qualquer linha da proposta deste trabalho. Controle do Uso do Solo nas Margens do Rio Salitre e seus Afluentes, Recomposição de Matas Ciliares e Controle de Erosão Compreende as intervenções que visam à recuperação das matas ciliares nas nascentes e nos pontos críticos do rio Salitre e seus afluentes, controle de erosão e fiscalização do uso do solo próximo a calha dos cursos d água da Bacia. xiii

16 Redução do Consumo de Água nos Sistemas de Irrigação. Estas ações estão direcionadas a otimização do uso da água nos sistemas de irrigação, com a utilização de técnicas adequada a disponibilidade hídrica local. Recuperação de Barragens As intervenções propostas para este setor serão as relacionadas com a construção, segurança e localização das barragens existentes na Bacia (Figura 3). Essas Ações Estratégicas correspondem aos programas que comporão o PLANGIS, estando subdivididos em proje tos como será visto item a seguir. xiv

17 Figura 3. Localização das barragens existentes na Bacia e o ponto de maior conflito xv

18 4. PROGRAMADAS E PROJETOS Após a definição da Matriz dos Conflitos elaborou-se uma proposta de programas e projetos que estão apresentados no Quadro 2, com uma estimativa de custos para o detalhamentos dos projetos e sua implementação. Quadro 2. Ações Estratégicas x Municípios x Custos AÇÕES ESTRATÉGICAS/ PROGRAMAS DISCIPLINAMENTO DO USO DAS ÁGUAS SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE PÚBLICA REVEGETAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS NASCENTES E TRECHOS CRÍTICOS PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DAS BARRAGENS EISTENTES NA CUSTOS PROJETOS/ ATIVIDADES R$ US$ (2,80) Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes. Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre Mapeamento do Uso do Solo da bacia do Rio Salitre Quantificação das Disponibilidades Hídricas das Águas Superficiais da Bacia do Rio Salitre xvi , , , , , , , , , , , ,00 Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água para a Bacia do Rio Salitre , ,79 Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuva , ,00 Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de , ,42 Esgotos Domésticos para a Bacia do Rio Salitre Projeto Executivo de Implantação de Fossas Sépticas , ,00 Projeto de Implantação de Lavanderias Públicas , ,00 Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana , ,70 Projeto de Recuperação das Nascentes do Rio Salitre e Afluentes , ,43 Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia do Rio Salitre , ,85 Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão , ,14 Projeto de Educação Sanitária e Ambiental Vb Vb Projeto de Incentivo e Capacitação para o Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação , ,86 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Manejo Adequado do Solo e dos Agrotóxicos , ,86 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso das Águas de Chuva , ,86 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas , ,86 Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores , ,29 Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes , ,29 Avaliação das Condições de Segurança das Barragens Existentes , ,00 BACIA Avaliação dos Usos e Qualidade da Água das Barragens Existentes , ,72 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Vb = verbas Mapeamento Hidrológico da Calha do Rio Salitre , ,29 Projeto de Informatização de Banco de Dados de Poços da Bacia , ,72 Projeto de Quantificação das Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia , ,57 Projeto de Avaliação Hidroquímico da Qualidade da Água Subterrânea na Bacia , ,29 Projeto de Recuperação e Manutenção de Poços , ,00

19 5. RECURSOS NECESSÁRIOS Várias são as fontes de financiamento que poderão custear a implementação dos Programas e Projetos propostos para o desenvolvimento do PLANGIS. Essas fontes se originam da União, governo estadual, governo municipal e instituições financeiras que fomentam o desenvolvimento do nordeste brasileiro. Dentro da relação de instituições, planos e ações governamentais atuantes na Bacia, principalmente no que diz respeito a gestão dos recursos hídricos e meio ambiente, destacamse: - ANA: Pró-Água, Brasil em Ação, Alvorada, Sertão Forte, Programa de Água Subterrânea para Região Nordeste; - CODEVASF: programas de irrigação e drenagem e outros; - Governo do Estado: programas PRODUZIR, PRODUR, Programas de Apoio ao Desenvolvimento Regional (PAADR), estes programas são implementados por órgãos com a CAR e CERB; - Banco do Nordeste, Banco do Brasil, BNDS, Desenbahia e outros. O Quadro 3 a seguir mostra a relação dos Programas e Projetos e prováveis fontes de financiamento. xvii

20 Quadro 3. Projetos e Programas e Fontes de Financiamento MUNICIPIOS ZONA URBANA E/OU RURAL AÇÕES ESTRATÉGICAS / PROGRAMAS PROJETOS ANA CODEVASF Banco do Nordeste Banco do Brasil BNDS Governo do Estado da Bahia Desenbahia DISCIPLINAMENTO DO USO DAS ÁGUAS SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE PÚBLICA REVEGETAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS NASCENTES E TRECHOS CRÍTICOS DA BACIA DO RIO SALITRE Projeto de Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga Projeto de Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes. Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficialacia Projeto de Mapeamento do Uso do Solo da Baciaio Salitre Projeto de Quantificação das Disponibilidades das Águas Superficiais da Bacia Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água para a Bacia do Rio Salitre Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuva Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos Domésticos para a Bacia do Rio Salitre Projeto Executivo de Implantação de Fossas Sépticas Projeto de Implantação de Lavanderias Públicas Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana Projeto de Recuperação das Nascentes do Rio Salitre e Afluentes Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão Projeto de Educação Sanitária e Ambiental PROGRAMA DE Projeto de Incentivo e Capacitação para o Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação CAPACITAÇÃO Projeto de Incentivo e Capacitação para o Manejo Adequado do Solo e do s Agrotóxicos. Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso das Águas de Chuva. Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores PROGRAMA DE Projeto de Desativação dos Barramentos Considerados Inadequados. DESATIVAÇÃO E Projeto de Revisão dos Estudos Locacionais, Hidrológicos e Construtivos das Barragens. RECUPERAÇÃO DE Projeto de Monitoramento das Estruturas das Barragens Existentes. BARRAGENS Projeto de Monitoramento do Uso e Qualidade da Água dos Lagos das Barragens. Mapeamento Hidrológico da Calha do Rio Salitre PROGRAMA DE Projeto de Atualização e Informatização do Banco de Dados de Poços da Bacia GERENCIAMENTO DAS Projeto de Quantificação das Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Projeto de Avaliação Hidroquímico da Qualidade da Água Subterrânea na Bacia. Projeto de Recuperação e Manutenção de Poços xviii

21 6. CRONOGRAMA FÍSICO PROPOSTO Com base nos programas e projetos apresentados para a bacia do rio Salitre elaborou-se uma proposta de cronograma para implementação das ações. Deve ficar bem claro que o cronograma apresentado indica apenas o tempo em meses necessário para a implantação dos projetos e não está relacionado com a análise de curto, médio e longo prazo. Os cronogramas estão apresentados no Qua dro 4. Quadro 4. Cronograma Físico para Implantação das Ações Propostas PERÍODO PROJETOS 2 meses 4 meses 6 meses 8 meses 10 meses 12 meses 14 meses 16 meses 18 meses Projeto de Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga Projeto de Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes. Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água para a Bacia. Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial. Projeto de Mapeamento do Uso do Solo da Bacia Projeto de Quantificação das Disponibilidades da Água Superficiais da Bacia. Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuva Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos Domésticos para a Bacia Projeto Executivo de Implantação de Fossas Sépticas Projeto de Implantação de Lavander ias Públicas Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana Projeto de Recuperação das Nascentes do Rio Salitre e Afluentes Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia. Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão Projeto de Educação Sanitária e Ambiental Projeto de Incentivo e Capacitação para o Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação Projeto de Incentivo e Capacitação para o Manejo Adequado do Solo e dos Agrotóxicos. Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso das Águas de Chuva. Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores Projeto de Desativação dos Barramentos Considerados Inadequados. Projeto de Revisão dos Estudos Locacionais, Hidrológicos e Construtivos das Barragens. Projeto de Monitoramento das Estruturas das Barragens Existentes. Projeto de Monitoramento do Uso e Qualidade da Água dos Lagos das Barragens. Mapeamento Hidrológico da Calha do Rio Salitre Projeto de Informatização de Banco de Dados de Poços da Bacia do Rio Salitre Projeto de Quantificação das Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia. Projeto de Avaliação Hidroquímico da Qualidade da Água Subterrânea na Bacia. Projeto de Recuperação e Manutenção de Poços xix

22 7.CONCLUSÕES Os estudos realizados para Bacia do Rio Salitre evidenciaram os constantes conflitos de uso da água existentes na região, decorrentes não só de fenômenos naturais (baixa pluviosidade), mas principalmente pelo constante crescimento populacional e econômico local. O incremento destes setores sem uma política de desenvolvimento sustentável vem desencadeando um quadro que é comum nas bacias do semi-árido do Nordeste, a escassez dos recursos hídricos. A reversão e/ou minimização deste quadro de forma eficiente só será possível com a atuação em todos setores responsáveis pela degradação ambiental da bacia de forma integrada e gerenciada, daí a necessidade da implementação do Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre (PLANGIS). O desenvolvimento deste Plano necessitou um estudo detalhado sobre cada problema e como poderia ser resolvido. Este estudo gerou a Matriz dos Conflitos que objetivou sintetizar e descobrir as causas de cada problema atravé s de uma cadeia causal, envolvendo os elementos técnicos, econômicos, institucionais e políticos-socais. Através da Matriz dos Conflitos pôde-se propor Ações Estratégicas a serem implementadas na bacia visando a reversão da situação atual. As Ações Estratégicas deverão ser implementadas de forma integrada, visando obter resultados em toda Bacia e não em partes isoladas. 8. RECOMENDAÇÕES A implementação do PLANGIS deverá ser feita com a participação da sociedade civil e todos os órgãos da esfera federal, estadual e municipal envolvidos com a gestão dos recursos hídricos e que tenham ações na área, como a ANA, SRH, CODEVASF dentre outros. Sendo de grande importância a atuação do Comitê da Bacia do Rio Salitre, que terá essencial papel na implementação deste Plano, principalmente por ter se constituído como uma Organização Civil sem fins lucrativos durante todo o processo de desenvolvimento deste projeto, sendo um dos principais conhecedores dos problemas da Bacia. Em face aos problemas identificados e analisados propõem-se as seguintes Ações Estratégicas: - Disciplinamento do Uso da Água - Gerenciamento das Águas Subterrâneas - Saneamento Básico e Saúde Pública - Capacitação Sanitária e Ambiental - Controle do Uso do Solo nas Margens do Rio Salitre e seus Afluentes, Recomposição de Matas Ciliares e Controle de Erosão - Redução do Consumo de Água nos Sistemas de Irrigação. - Recuperação de Barragens As ações deverão ser implementadas segundo suas prioridade. Para isto deverão ser consideradas as ações de impactos positivos e imediatos em toda bacia e seus custos. Sugere-se a seguinte priorização de implantação das ações: xx

23 Graduação Preferencial e emergencial Preferencial e emergencial a médio prazo; Preferencial a médio prazo Ordem de Implementação 1 Programa de Desativação e Recuperação de Barragens 2 - Programa de Disciplinamento do Uso das Águas Superficiais 3 - Programa de Capacitação Sanitária e Ambiental; 4 - Programa de Recuperação das Nascentes e Trechos Críticos Da bacia do Rio Salitre 1 Programa de Saneamento Básico e Saúde Pública; 1 Programa de Gerenciamento das Águas Subterrâneas xxi

24 MATRIZ DE CONFLITOS E PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO SUMÁRIO Página INTRODUÇÃO 1 1. ATIVIDADES PARA ELAB ORAÇÃO DA MATRIZ DE CONFLITOS E DO PEA PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS NA BACIA DO RIO SALITR E 7 3. MATRIZ DOS CONFLI TOS AÇÕES ESTRATÉGICAS Disciplinamento do Uso da Água Gerenciamento das Águas Subterrâneas Saneamento Básico e Saúde Pública Capacitação Sanitária e Ambiental Controle do Uso do Solo nas Margens do Rio Salitre e seus Afluentes, Recomposição de Matas Ciliares e Controle de Erosão Redução do Consumo de Água nos Sistemas de Irrigação Desativação e Recuperação de Barragens PROGRAMAS E PROJETOS Programa de Disciplinamento do Uso das Águas Superficiais Projeto de Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga Projeto de Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre Programa de Gerenciamento das Águas Subterrâneas Mapeamento Hidrogeológico da Calha do Rio Salitre Quantificação de Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia Programa de Saneamento Básico e Saúde Pública Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água na Bacia Projeto de Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuvas Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos Domésticos para a Bacia Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana Atividade/ Projeto: Projeto Executivo de Construção de Fossas Sépticas Projeto de Implantação de Lavanderias Públicas Programa de Capacitação Sanitária e Ambiental 49 xxii

25 5.4.1 Projeto de Educação Sanitária e Ambiental Projeto de Incentivo e Capacitação para Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação Projeto de Incentivo e Capacitação para Manejo Adequado do Solo e Agrotóxico Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso das Águas de Chuva Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores Programa de Revegetação e Recuperação das Nascentes e Trechos Críticos da Bacia Projeto de Recuperação de Nascentes do Rio Salitre e Afluentes Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão Programa de Avaliação das Condições das Barragens Existentes na Bacia Projeto de Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes Projeto de Avaliação das Condições de Segurança das Barragens Existentes Projeto de Avaliação dos Usos e Qualidade da Água das Barragens Existentes RECURSOS NECESSÁRIOS Agência Nacional das Águas (ANA) Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios São Francisco e Parnaíba (Codevasf) Governo do Estado da Bahia Banco do Nordeste Desenbahia, Banco do Brasil e BNDES CRONOGRAMA FÍSICO PROPOSTO 72 8 CONCLUSÕES RECOMENDAÇÕES ATORES Equipe do Projeto Parceiros 82 LISTA DE FIGURAS 1. Mapa de Localização da Bacia do Rio Salitre 1 2. Mapa de Divisão Municipal da Bacia do Rio Salitre 2 3. Esquema para Elaboração da Matriz 6 4. Matriz dos Conflitos para Elaboração do Plano de Ação Estratégico Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre (PLANGIS), com seus respectivos Programas e Projetos a serem implementados na Bacia 25 xxiii

26 6. Mapa localizando a Barragem de Ouro Branco em Ourolândia 59 LISTA DE QUADROS 1. Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário das Sedes dos Municípios Pertencentes à Bacia 7 2. Área irrigada (ha) por tipo de sistema de irrigação Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre Ações Estratégicas Proposta por Município Programas e Projetos com Respectivos Custos Estimados de Elaboração e Implantação Programa de Disciplinamento do Uso das Águas Superficiais - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Programa de Gerenciamento das Águas Subterrâneas - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Programa de Saneamento Básico e Saúde Pública - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Sistema de Abastecimento de Água na zona Urbana Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Sistema de Abastecimento de Água na Zona Rural Estimativa de Custo Total para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário em Toda Bacia Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Cisternas Rurais Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário na Zona Rural Estimativa de Custo Total para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário em Toda Bacia Estimativa de Custo para Elaboração de Plano Diretor e Implantação de Aterro Sanitário Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Fossas Sépticas Programa de Capacitação Sanitária e Ambiental - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Área irrigada (ha) por tipo de sistema de irrigação Programa de Revegetação e Recuperação das Nascentes e Trechos Críticos da Bacia do Rio Salitre - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Programa de Avaliação das Condiç ões das Barragens Existentes na Bacia do Rio Salitre - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Programas e Projetos Fontes de Financiamento Cronograma Físico para Implantação das Ações Propostas para a Bacia Ações Estratégicas x Municípios x Custos 78 xxiv

27 25. Priorização de Implementação das Ações 80 LISTA DE FOTOS 1. Exposição dos problemas existentes na Bacia - Módulo I - Morro do Chapéu, 9/2/ Exposição dos problemas existentes na Bacia na área de Saneame nto - Módulo III Mirangaba, 1/4/ Exposição de problemas existentes na Bacia na área de Saneamento - Módulo III Mirangaba - 1/4/ Visita a Barragem de Ouro Branco - Módulo IV - Ourolândia - 06/05/ LISTA DE SIGLAS ANA Agencia Nacional de Águas DAT Diagnóstico Analítico Transfronteiriço GEF The Global EnvironmentFacility (Fundo para o Meio Ambiente Mundial) OEA Organização dos estados Americanos PEA Plano Estratégico de Ação PLANGIS Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente UFBA Universidade Federal da Bahia xxv

28 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o número significativo de iniciativas tomadas mostra a necessidade de uma atuação mais efetiva e coordenada sobre a área da Bacia, com um plano mais abrangente e capaz de promover uma ação contínua e integrada dos diversos segmentos interessados no desenvolvimento do Vale do Rio Salitre. Através do Projeto "Gerenciamento Integrado das Atividades em Terra na Bacia do Rio São Francisco", Sub-projeto "Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre (PLANGIS)", financiados pelo Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Organização dos Estados Americanos (OEA), tendo como órgão executivo a Agência Nacional de Águas (ANA). A Bacia esta totalmente inserida no polígono das secas e em território baiano é uma Sub-bacia do rio São Francisco localizada em uma das regiões de conflitos no que se refere aos recursos hídricos, principalmente por ser um rio intermitente. Situada na região centro-norte do Estado, da Bahia (Figura 1) limitado a leste pelas bacias do rio Itapicurú e do Sub-Médio São Francisco, a oeste pela bacia dos rios Jacaré/Verde e a sul pela bacia do rio Paraguaçu, especificamente a sub-bacia do rio Jacuípe. Fazem parte da bacia 9 municípios (Figura 2): Morro do Chapéu, Várzea Nova, Miguel Calmon, Jacobina, Ourolândia, Mirangaba, Umburanas, Campo Formoso e Juazeiro Figura 1. Mapa de Localização da Bacia do Rio Salitre 1

29 Figura 2. Mapa de Divisão Municipal 2

30 A Universidade Federal da Bahia (UFBA) está desenvolvendo o PLANGIS, tendo como base o diagnóstico participativo, que evidenciou vários problemas que afetam direta ou indiretamente os recursos hídricos. A identificação desses problemas baseou a construção da Matriz dos Conflitos para a Bacia do Rio Salitre e de um Plano Estratégico de Ações (PEA) com propostas de ações na área em estudo. O objetivo principal do subprojeto 3.3.B foi de elaborar o PLANGIS junto com um PEA apresentando proposições de intervenções preventivas e corretivas, visando solucionar ou minimizar os problemas identificados, além de conceber out ras ações de natureza institucional na gestão e planejamento dos recursos hídricos que deverão ser conduzidas pelas entidades gerenciais existentes ou que venham a ser criadas conforme as proposições apresentadas. Trata-se de ações necessárias à iniciação de um processo de recuperação ambiental e aumento da oferta hídrica na Bacia, englobando as áreas de saneamento e saúde pública, oferta d'água, uso do solo e barragens. Os objetivos específicos do sub projeto são: identificar todos os problemas físicos e/ou institucionais de forma participativa, que afetam direta ou indiretamente os recursos hídricos na Bacia, principalmente aqueles relacionados com o comprometimento da disponibilidade hídrica na região, tendo em vista ser este o principal fator dos conflitos existentes na área em estudo; elaborar um Quadro dos Problemas, apresentando de forma sintética, os principais problemas existentes na Bacia, e correlacionando os problemas identificados com suas possíveis causas naturais, econômicas, institucionais e sociais; compor a Matriz dos Conflitos; identificar as principais Ações a serem implementadas na Bacia visando a solução e minimização dos problemas apresentados na Matriz dos Conflitos; elaborar o Plano Estratégico de Ações (PEA), onde serão propostos Programas e Projetos a serem implementados na Bacia com suas fontes de financiamento e cronograma de implantação; A Matriz dos Conflitos e o PEA para a Bacia do Rio Salitre foram elaborados, partir de informações obtidas do diagnóstico físico da Bacia, nas reuniões promovidas com as comunidades locais, no processo de formação, e reforçadas durante a capacitação do Comitê do Salitre. A metodologia utilizada foi a mediação de diálogos, debates, dinâmicas e trabalhos em grupo com apoio de recursos audiovisuais. Os representantes da comunidade civil puderam acompanhar e participar de forma mais direta, relatando os principais problemas existentes na região e propondo algumas soluções. 1. ATIVIDADES PARA ELAB ORAÇÃO DA MATRIZ DE CONFLITOS E DO PEA. A demanda de água em muitas áreas encontra-se superior à oferta, promovendo inúmeros conflitos e fazendo com que a sociedade comece a partir para medidas não-estruturais, medidas estas que resultam em racionalização de água, a qual deixou de ser encarada como um recurso inesgotável. Dessa forma, o Gerenciamento dos Recursos Hídricos ganha importância e o processo de gestão, decorrente de sua aplicação, deve envolver tanto os mecanismos de oferta quanto os de demanda. 3

31 A Bacia em estudo apresenta um grande problema de escassez de água, que não está relacionada apenas com o baixo índice pluviométrico, alta taxa de evaporação local e elevado teor de salinidade em alguns trechos dos cursos d águas superficiais e aqüíferos subterrâneos da região, mais, também, com a poluição das águas superficiais e subterrâneas, uso indiscriminado da água, barragens mal-projetadas e mal-localizadas e mau uso do solo, que fazem com que ocorram grandes conflitos. Nesse contexto, a minimização do problema da escassez hídrica para a área necessita de uma ação integrada em todos os segmentos que contribuem para o comprometimento da disponibilidade hídrica na região, e só através de um Plano de Ação Estratégico que tal objetivo poderá ser alcançado. A elaboração da Matriz e do PEA visou identificar os principais conflitos relacionados com os recursos hídricos existentes na Bacia, enfocando, principalmente, a cadeia causa-efeito para cada problema, bem como proposições de ações estratégicas para minimizá-los. Para a elaboração da Matriz usou-se três ferramentas: diagnóstico da Bacia; reuniões comunitária para o processo de formação do Comitê de Bacia; e o curso de capacitação do Comitê, que consolidou a última etapa das três que embasaram a composição da Matriz. Do diagnóstico da Bacia, foram extraídos todos os problemas identificados na região, enfocando os aspectos socioeconômicos, físicos, bióticos e os aspectos relacionados com os recursos hídricos. Do curso de capacitação e das reuniões ocorridas nos povoados, durante o processo da organização comunitária, foram identificados e discutidos os problemas e propostas para solucioná-los, de acordo com a perspectiva dos atores sociais locais (sociedade civil organizada, usuários da água e poder público). Durante o curso de capacitação, foram ratificados os problemas antes já identificados, e expostos pela comunidade que tinham relação com o tema de cada módulo desenvolvido, durante as aulas teóricas como mostram as Fotos 1, 2 e 3 e nas aulas práticas realizadas em campo Foto 4. Foto 1. Exposição dos problemas existentes na Bacia - Módulo I Morro do Chapéu - 19/02/2002 4

32 Foto 2. Exposição de problemas existentes na área de Saneamento - Módulo III Mirangaba - 01/04/2002 Foto 3. Exposição de problemas existentes na área de Saneamento - Módulo III Mirangaba - 01/04/2002 5

33 Foto 4. Visita a Barragem de Ouro Branco- Módulo IV Ourolândia - 06/05/2002 Para elaboração da Matriz, utilizou-se a metodologia apresentada pelo GEF na preparação de PEA s em Bacias Hidrográficas. Essa metodologia segue os princípios do método de Zoppi, que tem como base o DAT - Diagnóstico Analítico Transfronteiriço, que, além dos problemas críticos, identifica as causas raízes da degradação ambiental e dos problemas da bacia, fazendo uma análise da cadeia causal dos mesmos e os prioriza; não sendo, portanto, um diagnóstico dentro dos padrões mais conhecidos. A primeira etapa da confecção da Matriz consistiu em cruzar e analisar as informações, formando, inicialmente, um Quadro Preliminar de Problemas. Esse quadro fundamentou a Matriz dos Conflitos para se chegar a elaboração do PEA da Bacia do Rio Salitre, que consistiu na segunda etapa do trabalho, seguindo o esquema apresentado na Figura 3. - Reuniões para o processo de formação do Comitê. - Diagnóstico da Bacia do Rio Salitre Quadro Preliminar de Problemas Matriz dos Conflitos (Problemas) Figura 3. Esquema para Elaboração da Matriz 6

34 Para estruturação do quadro preliminar dos problemas foram feitas duas perguntas iniciais - O que? e Por quê? A primeira pergunta identifica os problemas da Bacia e a segunda as causas raízes, classificadas como primárias, secundárias, terciárias e fundamentais. As causas primárias foram relacionadas ao campo técnico-científico, as causas secundárias ao econômico, as terciárias ao institucional, e as fundamentais ao campo sóciopolítico. O desenvolvimento dessa etapa do trabalho buscou levantar o maior número de causas possíveis, baseando-se não só nas experiências profissionais, mas, principalmente, nos dados e fatos relatados no curso de capacitação, no diagnóstico da Bacia e em todo o processo de organização comunitária, caracterizando-se como o processo de brainstorming. Após o brainstorming, etapa em que a equipe se prepara para elencar todas as idéias que possam explicar as possíveis causas dos problemas, fez-se uma seleção para transformar todas as idéias apresentadas em um número mais manipulável do ponto de vista analítico. Finalmente, pôde-se elaborar a matriz dos conflitos através de uma cadeia de causa x efeito, formando uma cadeia causal para cada problema identificado. Após a identificação dos problemas críticos e da cadeia causal, passou-se à fase de proposições de ações estratégicas necessárias para minimizar ou eliminar os problemas identificados e estudados, compondo, assim, o Plano de Ação Estratégico da Bacia do Rio Salitre. 2. PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS NA BACIA DO RIO SALITRE Os principais problemas identificados e analisados a seguir, não se limitaram apenas aos relatos dos técnicos que desenvolveram cada parte do projeto, mas também aos relatos dos representantes das comunidades e instituições civis locais, durante os seminários e reuniões para formação do Comitê, e reforçado durante o curso de capacitação deste. No que se refere ao setor de saneamento básico, os serviços de esgotamento sanitário dos municípios que integram a Bacia seguem as mesmas linhas da maioria dos municípios do semi-árido, adotando os sistemas mais comuns como a implantação de fossas e lançamento dos esgotos nas redes de águas pluviais. No Quadro 1, pode -se observar a situação dos serviços de esgotamento sanitário nas sedes de cada município. Quadro 1. Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário das Sedes dos Municípios Pertencentes à Bacia Município Tipo de Sistema Gestor Tipo de Local de despejo tratamento Várzea Nova Fossa; Céu aberto e Rede de águas pluviais Prefeitura Não tem Leito do Rio Salitre Mirangaba Rede de águas pluviais Prefeitura Não tem - Jacobina Convencional Prefeitura Não tem Rio Itapicuru Miguel Calmon Redes de águas pluviais Prefeitura Não tem Rio Cabeceira Morro do Chapéu Fossa Prefeitura - - Umburanas Fossa Prefeitura - - Juazeiro Convencional Prefeitura Sim - Campo Formoso Fossa e Rede de águas pluviais Prefeitura Não tem - Ourolândia Fossa Prefeitura - - Fonte: Dos municípios pertencentes à Bac ia, 100% gerenciam os sistemas de esgotamento sanitário, sendo que apenas os municípios de Jacobina e Juazeiro possuem sistemas convencionais nas 7

35 sedes. Nos demais municípios, os esgotos são coletados pelas redes de águas pluviais, onde são feitas partes das ligações de esgotos, ou confinados em fossas. Em nenhuma das sedes municipais o esgoto recebe tratamento, contribuindo para a degradação ambiental da região, mais especificamente dos recursos hídricos, sejam superficiais ou subterrâneos. Isso eleva a baixa qualidade das águas utilizadas para consumo pela população local e sua restrição de uso. A situação agrava-se ainda mais quando a análise é direcionada à zona rural. Nas comunidades, o sistema mais comum é o confinamento dos esgotos em fossas negras, ou seja, fossas desenvolvidas sem estudos técnicos adequados e que contribuem para a poluição do lençol subterrâneo. Segundo dados do Censo Demográfico de 2000, 68,8% dos domicílios têm acesso aos serviços de abastecimento de água através da rede de distribuição; os demais recorrem a poço, carro pipa, açudes ou nascente como forma de abastecimento. A taxa de domicílios que se abastecem na rede se aproxima do percentual registrado para o conjunto do Estado, sendo que Juazeiro é o município que apresenta o maior percentual de abastecidos. Umburanas é o município que apresenta o menor percentual de domicílios ligados à rede e o que apresenta o maior percentual dos que recorrem a outro tipo de alternativa de abastecimento. Grande parte da Bacia apresenta carência de água para o abastecimento humano, verificando, como prática comum na região, a captação em poços tubulares que não atendem à demanda, como também em açudes que não apresentam condições mínimas para o uso humano devido ao alto índice de contaminaçã o, o que gera impactos à saúde da população local. Nas sedes da maior parte dos municípios que compõem a Bacia, os serviços de abastecimento de água são administrados e operados pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (EMBASA), com exceção dos munic ípios de Umburanas e Juazeiro. Em Umburanas, o órgão gestor é a Empresa Municipal do Sistema de Abastecimento de Água (EMSAA). Em Juazeiro, o sistema é gerido pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Por meio de informações coletadas em campo, obser vou-se que, em geral, parcela considerável da população residente nas sedes municipais, em torno de 90%, é atendida pelos serviços da empresa de saneamento, sendo que, no município de Morro do Chapéu, o atendimento se reduz para 85%, pois a população optou por não ser abastecida pela água da EMBASA. Em Mirangaba, o percentual diminui para 70% e, em Umburanas, 50%. A água distribuída passa por tratamento convencional, normalmente com adição de sulfato, cloro e flúor, embora no município de Várzea Nova, some nte 68,6% da população abastecida receba água tratada. No município de Umburanas, a água é tratada por meio de dessalinizador, que tem trazido problemas com relação ao seu rejeito, que vem sendo descartado sem critérios adequados. Pesquisa realizada com organizações comunitárias sobre os principais problemas hídricos encontrados nas comunidades, bem como sobre as propostas para solucioná-los, aponta a deficiência no sistema de atendimento e a falta de água como os maiores problemas. Dentre as soluções sugeridas, destacam-se a indicação de perfuração de poços e a construção de barragens. As alternativas relacionadas com a mudança de práticas degradadoras e de natureza técnica e financeira aparecem em plano secundário. Além disso, vale registrar que não apena s a inexistência de ação dos poderes públicos se constitui em problema. Às vezes, intervenção equivocada termina por agravar os que já existem. Um dos problemas de abastecimento de água nas áreas rurais encontra-se na gestão 8

36 centralizada dos serviços, uma vez que o poder público municipal, na maioria das vezes, não presta o devido atendimento aos sistemas de abastecimento implantados. São pouco expressivos, no âmbito da Bacia, os povoados que têm um sistema de abastecimento com gestão eficiente, a exemplo do povoado Itapeipu no município de Jacobina. Nota-se que nos povoados nos quais a gestão é descentralizada, ou seja, custeada através de tarifas e com administração local, com a participação de usuários organizados, os serviços são mais eficientes. As principais dificuldades enfrentadas para a implementação dessas sugestões, segundo as organizações comunitárias pesquisadas, são: a falta de recursos financeiros, desinteresse das autoridades, a falta de conscientização da população e a burocracia das instituições. Os serviços de coleta e destinação do lixo não diferem dessas situações: em todos os municípios a coleta é irregular e o lançamento final ocorre geralmente em lixões. Dados do Censo Demográfico de 2000 indicam que apenas 55 % dos domicílios têm coleta regular de lixo, sendo o restante queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio ou no rio. O maior percentual de coleta de lixo foi registrado em Jacobina e o menor em Mirangaba. Os serviços de limpeza pública também são gerenciados pelas prefeituras. Os resíduos sólidos coletados são depositados em lixões a céu aberto, não havendo, portanto, controle na disseminação desses resíduos na área da Bacia, trazendo perigo à saúde da população quando carreados para os cursos d água mais próximos. A relação entre qualidade dos recursos hídricos e saúde publica são complexas em situações de escassez como a apresentada pela bacia do rio Salitre. A ausência de água, o comprometimento da sua qualidade, a falta de investimento em saneamento básico, associados às condições socioeconômicas da maioria da população têm criado problemas de saúde pública de difícil equacionamento nessa Bacia. A disponibilidade e a qualidade dos serviços públicos apresentam uma grande discrepância entre as áreas mais urbanizadas e a área rural na bacia do Salitre. Os povoados pesquisados apresentam forte ligação e dependência em relação à sede dos municípios, particularmente no que se refere aos serviços de educação, saúde e abastecimento de água. Nesse contexto, os problemas de saúde, em geral, decorrentes ou associados às condições gerais de vida da população, são agravados pela disponibilidade e qualidade das águas. Associados, tais fatores ampliam a morbidade, agravam o perfil epidemiológico e colocam em risco as condições de vida da população da Bacia. As doenças relacionadas com o uso da água existente na bacia do rio Salitre são: cólera, dengue, esquistossomose, febre tifóide e hepatite. A doença de maior incidência é a dengue, seguida da hepatite, esquistossomose e febre tifóide. A existência dessas doenças evidencia a deficiência do saneamento básico na região, principalmente na coleta e tratamento dos esgotos domésticos, com exceção da dengue que está relacionada com a falta de drenagem da água. Daí, chega-se à conclusão que a educação sanitária e ambiental não existe na região, deficiência que contribui, de maneira significativa, na apresentação desse quadro. Uma prática muito comum é a lavagem de roupas à beira dos rios e lagos das barragens. Tal costume constitui uma forma de sociabilidade, fruto da convivência e companheirismo entre as lavadeiras. O espaço na beira do rio não é apenas um lugar de trabalho, mas também um local de encontros e trocas sociais. No entanto, tal prática introduz elementos químicos na água que, em proporções bem menores, contribuem para a poluição dos recursos hídricos 9

37 superficiais da Bacia. Esse tipo de problema foi citado, principalmente, pelos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova. Apesar da escassez de água, o seu uso para irrigação não condiz com as características hidrológicas da região. Em pesquisa realizada em campo, verificou-se que, em mais ou menos 72% da área irrigada, era praticada a irrigação por sulcos; 13,45% por microaspersão e 2,45% por gotejamento, e também alguns por inundação e pivô central, principalmente no baixo curso do rio, município de Juazeiro, onde está a maior atividade agrícola da Bacia. Esses métodos demandam uma quantidade de água acima do necessário para o cultivo, caracterizando uma perda muito grande, principalmente por evaporação. Os métodos utilizados precisam ser revistos e adequados à realidade local. No Quadro 2 está apresentado o percentual de irrigantes e seus respectivos sist.emas de irrigação. Tipo 1 Sulco/ inundação Tipo 2 Gotejamento Tipo 3 Microaspersão Tipo 4 Outros Quadro 2. Área irrigada (ha) por tipo de sistema de irrigação Área Irrigada Município Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Campo Formoso Jacobina Juazeiro Miguel Calmon Mirangaba Morro do Chapéu ,5 4,5 Ourolândia Umburanas Várzea Nova TOTAL ( 72%) 83 (2,45%) 448,5 (13,05%) 429,5 (12,5%) Fonte: Cadastro de usuários realizado em campo O uso indiscriminado do solo é outro fator determinante para a degradação dos recursos hídricos. É muito comum o desenvolvimento da agricultura nas margens do rio e lagos de barragens em toda Bacia. Tal prática visa facilitar a irrigação das culturas e aproveitar a umidade do solo durante as épocas secas, no entanto, necessita da retirada das matas ciliares e vegetações próximas aos cursos d'água para o seu desenvolvimento. Esse quadro desencadeia processos erosivos que assoreiam a calha do rio e introduzem materiais em suspensão na água. O cultivo próximo ao rio tem como conseqüência também, a presença de agrotóxicos na água, advento das atividades de controles de praga. Um dos grandes motivos de conflitos pelo uso da água na Bacia, é a interrupção do curso do rio Salitre pela construção de barramentos. Um caso bastante conhecido e discutido em quase todas as reuniões é a Barragem de Ouro Branco, localizada na sede do município de mesmo nome. A barragem impede o curso livre do rio que, segundo os moradores locais, corria normal antes de sua construção. A jusante desta barragem, o rio corta (desaparece) e só ressurge no município de Campo Formoso, já próximo à divisa com Juazeiro. A ausência de descarga de fundo impede a restituição da água. Como paliativo foi construído um canal lateral à barragem para permitir a passagem da água, porém, esta nunca alcançou cota suficiente para atingi-lo. 10

38 A barragem de Tamboril, município de Morro do Chapéu, também apresenta o mesmo problema. De propriedade da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF) e construída em 1982, a barragem sangrou apenas 3 vezes. Quando isso aconteceu, a água abasteceu a Barragem de Ouro Branco. A barragem de Caatinga do Moura, situada no rio de mesmo nome, no município de Jacobina, também é da CODEVASF. Apresenta a mesma situação das duas barragens citadas anteriormente. Desde a sua construção em 1983, a barragem só sangrou uma única vez, chegando a secar nos períodos de estiagem. Em frente à barragem, foram perfurados 2 poços de vazão elevada, muito provavelmente devido à existência de fendas abastecidas pela água acumulada na barragem, evidenciando, assim, a fuga de água. Ainda referente às barragens citadas anteriormente, observa -se que elas não atendem aos critérios que permitam seu enquadramento no grupo de barragens consideradas seguras. Registram-se ainda, a falta de estudos hidrológicos que permitam a definição das disponibilidades hídricas e estudos de avaliação de demandas em função dos usos previstos para as barragens. Em todas elas, é lamentável o estado de conservação, com suas estruturas em franco processo de deterioração, elementos hidráulicos danificados e/ ou inoperantes. As estruturas de extravazão, por sua vez, não oferecem garantias de segurança, haja vista que suas dimensões foram estabelecidas sem estudos hidrológicos apropriados, ou mesmo sem qualquer tipo de estudo técnico. Os taludes encontram-se repletos de vegetação de grande porte, implicando em riscos de desenvolvimento de caminhos de percolação da água. Quanto à qualidade da água dos lagos das barragens, encontra-se salinizada; a própria geologia local justifica esse fator, ali há elevados teores de carga orgânica e produtos químicos. Esse panorama é explicado devido à presença de agricultores no entorno do reservatório, captando água diretamente e atuando livremente em plantações onde são utilizados defensores agrícolas. Além da dessedentação animal diretamente nos lagos e o uso para lazer pelos moradores locais, esses lagos também são bastante utilizados para lavagem de roupas e outras atividades poluidoras. Aos problemas já existentes, em função das ações antrópicas, somam-se também os de ordem natural. Na Bacia, há uma predominância de aqüíferos metassedimentar e calcário e pequena parcela de cristalino, estando este último presente apenas no município de Juazeiro. Esses aqüíferos apresentam suas águas subterrâneas com teores de salinização elevados, dando restrições de usos. Nos aqüíferos cristalinos, em muitos casos, é necessário o uso de dessalinizadores; por outro la do, essa prática gera mais um problema: a salinização do solo, caso este não tenha um manejo adequado. Um caso bastante discutido na região é o salinizador do município de Umburanas, que gera um grande volume de rejeito, que é lançado no solo degradando-o. 3. MATRIZ DOS CONFLITOS Após a identificação dos problemas foi confeccionado um quadro preliminar (Quadro 3), que serviu de ferramenta para dar suporte a composição da Matriz, apresentando de forma sintética os principais problemas existentes na Bacia e suas causas, sedo esta dividida em causas primárias, secundárias, terciárias e fundamentais. As causas primárias foram 11

39 relacionadas ao campo técnico-científico, as causas secundárias ao econômico, as terciárias ao institucional, e as fundamentais ao campo sócio-político. Esta etapa de trabalho foi desenvolvida buscando levantar o maior número de causas possíveis, baseando-se não só nas experiências profissionais mais principalmente nos dados e fatos relatados no processo de Organização Comunitária, no diagnóstico da Bacia e no Curso de Capacitação, caracterizando-se como o processo de brainstorming. O quadro preliminar dos problemas foi uma ferramenta utilizada para dar suporte à composição da Matriz; tem a função de apresentar, de forma sintética, os princ ipais problemas identificados na Bacia e suas causas. 12

40 Quadro 3. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre PROBLEMAS CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Causas naturais - baixos índices pluviométricos Insuficiência de água p/ diversos usos Alteração do regime fluviométrico pela retirada inadequada de águas dos rios Demanda > Disponibilidade Construção de barramentos privados em pontos inadequados Construção de barramentos públicos sem critérios técnicos Retirada de grande quantidade de água para irrigação Adensamento dos centros urbanos e aumento das atividades econômicas e agropastoris Falta de estudos hidrológicos para implantação dos barramentos Uso de técnicas de irrigação inadequadas para a região Não priorização da água de acordo com seu uso (abastecimento humano, animal e irrigação) Falta de disciplinamento do uso quantitativo da água (outorga) pelos órgãos competentes - Águas superficiais com teor de salinidade imprópria para consumo Construção de barramentos privados Construção de barramentos públicos Falta de estudos técnicos para implantação dos barramentos - 13

41 Quadro 3. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre (cont.) PROBLEMAS Insuficiência de água p/ diversos usos CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Lançamento de lixo nos cursos d'água Deficiência no sistema de coleta e disposição final do lixo Poluição das águas superficiais Lançamentos de esgotos domésticos Lavagem de roupas nas margens dos lagos das barragens Lançamento de agrotóxicos devido à exploração de lavouras na beira dos rios Lançamento de esgotos domésticos Lavagem de roupa na beira dos lagos das barragens Deficiência no sistema de coleta e falta de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência e falta de sistemas de abastecimentos de água Falta de controle nos usos do solo Deficiência nos sistemas de coleta e inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência e falta de sistemas de abastecimento de água Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico Falta de fiscalização e controle do uso das margens dos rios e lagos das barragens Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico Depósito de lixo na beira dos rios Exploração de lavouras na beira dos rios Deficiência nos sistemas de coleta e disposição final do lixo doméstico Falta de controle nos usos do solo Falta de fiscalização e controle do uso das margens dos rios e lagos das barragens Desmatamento da vegetação e mata ciliar para atividades agropastoris 14

42 Quadro 3. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre (cont.) PROBLEMAS Poluição pontual e difusa das águas superficiais Assoreamento das calhas dos rios e lagos das barragens Eutrofização dos rios e lago das barragens Água de Poço utilizada para abastecimento imprópria para consumo humano e animal CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Deficiência nos sistemas de coleta e Presença de coliformes fecais Lançamento de esgotos domésticos inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Falta de prioridade e Presença de detergentes nas águas dos Lavagem de roupa na beira dos Deficiência e falta de sistemas de investimento no setor de lagos das barragens lagos das barragens abastecimento de água saneamento básico Presença de agentes poluidores Deficiência nos sistemas de coleta e existentes nos resíduos de origem Depósito de lixo na beira dos rios disposição final do lixo doméstico domésticas Presença de agrotóxicos nas águas dos rios e lago das barragens Grande quantidade de material em suspensão Presença de matéria orgânica na água Domínio de aqüífero metassedimentar e calcário na bacia do rio Salitre e pequena parcela de aqüífero cristalino Exploração de lavour as na beira dos rios Desmatamento da vegetação e mata ciliar para atividades agropastoris Lançamento de esgotos domésticos Depósito de lixo na beira dos rios - Falta de controle nos usos do solo Deficiência nos sistemas de coleta e inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência nos sistemas de coleta e disposição final do lixo doméstico Falta de sistema de tratamento de água por dessalinização Falta de fiscalização e controle do uso das margens dos rios e lagos das barragens Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico - 15

43 Quadro 3. Quadro Preliminar dos Problemas - Bacia do Rio Salitre (cont.) PROBLEMAS Incidência de doenças relacionadas com a água Falta de segurança dos barramentos existentes e localizações inadequadas Conflitos no uso da água CAUSAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA FUNDAMENTAL Deficiência nos sistemas de coleta e Presença de patogênicos na água Estruturas em processo de deterioração Elementos hidráulicos danificados e/ ou inoperante Extravasores subdimensionados Interrupção dos cursos d'água dos rios Retirada indiscriminada de água nos cursos d'água Lançamento de esgotos domésticos nos cursos d'água Construção de barragens em pontos inadequados Irrigação, abastecimento humano e animal inexistência de sistema de tratamento dos esgotos domésticos Deficiência no sistema de tratamento de água para abastecimento humano Falta de educação sanitária Transferência da responsabilidade de operação e manutenção das barragens para associações comunitárias que não dispõem de condições técnicas e financeiras para assumir esse encargo Falta de inspeção e manutenção por parte das instituições responsáveis Implantação de barramentos sem estudos hidrológicos Falta de estudos técnicos adequados Falta de prioridade e investimento no setor de saneamento básico Falta de prioridade por parte das instituições em administrar os barramentos implantados na bacia do rio Salitre Falta de priorização no uso da água - 16

44 Após a análise dos quadros apresentados, criou-se a Matriz dos Conflitos, Figura 3 que consistiu no afunilamento das causas e problemas inicialmente indicados, eliminado as duplicidades, e reduzindo-as há um número manipulável. Esta Matriz foi estruturada em forma de cadeia causal e apresenta de forma resumida todos os problemas da bacia. Ao observá -la, verificou-se a existência de cinco grandes problemas relacionados com os recursos hídricos: conflitos do uso da água; insuficiência de água para usos múltiplos; poluição das águas superficiais; exploração inadequada da água subterrânea, presença de doenças relacionadas com a água e barramentos mal dimensionados, localizados e operados. A poluição das águas superficiais vem sendo agravada pela falta de investimentos no setor de saneamento e falta de implementação de instrumentos legais que disciplinem o uso do solo na região. Esses dois instrumentos poderiam evitar o lançamento de efluentes domésticos nos cursos d'água e disposição inadequada de lixo em suas proximidades, além de impedir o cultivo de lavouras próximas aos rios, onde é feito o uso de agrotóxicos de forma indiscriminada. A existência de doenças relacionadas com a água é também uma conseqüência da falta de investimento no setor de saneamento. A presença de patogênicos na água evidencia a falta de tratamento dos esgotos domésticos e deficiência nos sistemas de tratamento de água para abastecimento. Aliada ao problema do saneamento, está a falta de educação ambiental e sanitária que contribui para o agravamento do quadro. A falta de administração dos barramentos existentes na bacia do rio Salitre por parte dos órgãos responsáveis provocou a deterioração das suas estruturas; por esse motivo, tais barramentos são considerados inseguros. Além disso, as estruturas extravasoras foram implantadas sem os devidos estudos técnicos. A insuficiência de águas superficiais para usos múltiplos na Bacia é um dos grandes problemas identificados na região e apresenta a maior cadeia causal. A questão é que os motivos dos demais problemas também contribuem para a escassez hídrica. Como exemplo, a falta de investimento em sistemas de saneamento e de implementação de instrumentos legais que disciplinam o uso do solo, contribuem para a contaminação das águas superficiais. A falta, no entanto, de implementação de instrumentos legais que disciplinem o uso da água outorga, vem permitindo a retirada de grande quantidade de água para irrigação que ainda utiliza métodos convencionais que não estão de acordo com a disponibilidade de água existente na Bacia, além de permitir a construção inadequada de barragens na região e uso indiscriminado da água dos seus lagos. Associada à escassez das águas superficiais, está a falta de gerenciamento das águas, tanto superficiais como subterrâneas. Estando a Bacia em estudo sob o domínio dos aqüíferos metassedimentar e calcário com uma pequena parcela no aqüífero cristalino, tem suas água s de poços em muitos casos com teores de sais acima do que é permitido para consumo humano. 17

45 Figura 3. Matriz dos Conflitos para Elaboração do Plano de Ação Estratégico Bacia do Rio Salitre TEMA PROBLEMA CAUSAS PRIMÁRIAS CAUSAS SECUNDÁRIAS CAUSAS TERCIÁRIAS CAUSAS FUNDAMENTAIS Baixa Precipitação Fluviométrica/ Baixa disponibilidade hídrica Irrigação Falta de programas e projetos adequados à disponibilidade hídrica local CONFLITOS DO USO DA ÁGUA Grande demanda de Água Superficial Consumo humano e animal Uso não-integrado das águas superficiais e subterrâneas Desconhecimento sistemático das demandas setoriais e regionais presentes e futuras Desconhecimento do real potencial hídrico e hidrogeológico da bacia Falta de prioridade política e econômica na Bacia, no que se refere aos recursos hídricos Interrupção do curso do rio Construção de Barragens Falta de estudos técnicos de engenharia Baixa eficiência no uso da água superficial Uso excessivo de água para irrigação Lançamento de efluentes domésticos nos corpos d água sem tratamento Não-priorização do uso da água 18

46 Figura 3. Matriz dos Conflitos para Elaboração do Plano de Ação Estratégico Bacia do Rio Salitre (Cont.) TEMA PROBLEMA CAUSAS PRIMÁRIAS CAUSAS SECUNDÁRIAS CAUSAS TERCIÁRIAS CAUSAS FUNDAMENTAIS Baixo Índice pluviométrico Alteração do regime fluviométrico Salinização Demanda > Disponibilidade Uso indiscriminado de água para irrigação Construção de Barragens Públicas e Privadas Aumento populacional Aumento das atividades agropastoris Falta de estudos técnicos Técnicas de irrigação inadequadas Sistema de Fiscalização deficiente Não-priorização no uso da água (humano, animal, irrigação) Não-disciplinamento do uso da água INSUFICIÊNCIA DE ÁGUA SUPERFICIAL PARA USOS MÚLTIPLOS Esgotamento sanitário Resíduo sólido Deficiência nos sistemas de saneamento Falta de investimento nos sistemas de saneamento Poluição das Águas Lavagem de roupas nos rios e lagos das barragens Manejo e Uso Inadequado do solo Falta de implementação dos instrumentos legais Assoreamento das calhas dos rios Uso de agrotóxico na beira dos rios e lagos das barragens Desmatamento Retirada de areia das margens dos rios 19

47 Figura 3. Matriz dos Conflitos para Elaboração do Plano de Ação Estratégico Bacia do Rio Salitre (Cont.) TEMA PROBLEMA CAUSAS PRIMÁRIAS CAUSAS SECUNDÁRIAS CAUSAS TERCIÁRIAS CAUSAS FUNDAMENTAIS Salinização Presença de coliformes fecais Construção de barragens Esgotamento sanitário Implantação sem estudos técnicos adequados Falta de investimento nos sistemas de saneamento POLUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS Presença de agentes poluidores presentes em resíduos de origem doméstica Presença de detergentes nas águas dos rios e lago das barragens Resíduo sólido Lavagem de roupas nos rios e lagos das barragens Deficiência nos sistemas de saneamento Presença de agrotóxico nas águas dos rios e lagos das barragens Exploração de lavouras próximas aos cursos d'água Uso desordenado do solo Não-implementação dos instrumentos legais 20

48 Figura 3. Matriz do s Conflitos para Elaboração do Plano de Ação Estratégico Bacia do Rio Salitre (Cont.) TEMA PROBLEMA CAUSAS PRIMÁRIAS CAUSAS SECUNDÁRIAS CAUSAS TERCIÁRIAS CAUSAS FUNDAMENTAIS Má conservação dos poços perfurados Deficiência nos sistemas de saneamento EPLORAÇÃO INADEQUADA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA Águas dos Poços ofertadas com teor de salinidade; Presença de agrotóxico nas águas dos rios e lagos das barragens Inexistência de tratamento por dessalinização Deficiência nos sistemas de saneamento Falta de dados hidrogeológicos Falta de investimento nos sistemas de saneamento Exploração de Água Subterrânea desintegrada da exploração das águas superficiais Falta de sistemas de informação Descontrole e não - fiscalização da perfuração de poços e exploração da água Não-disciplinamento do uso da água 21

49 Figura 3. Matriz dos Conflitos para Elaboração do Plano de A ção Estratégico Bacia do Rio Salitre (Cont.) TEMA PROBLEMA CAUSAS PRIMÁRIAS CAUSAS SECUNDÁRIAS CAUSAS TERCIÁRIAS CAUSAS FUNDAMENTAIS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA Presença de patogênicos Lançamento de esgoto doméstico Deficiência nos sistemas de saneamento Falta de investimento nos sistemas de saneamento Falta de educação sanitária e ambiental Deterioração das estruturas Falta de inspeção BARRAMENTOS Elementos hidráulicos inoperantes Responsabilidade de operação repassada para associações comunitárias Falta de administração dos barramentos existentes Extravasores subdimensionados Falta de estudos hidrológicos Interrupção dos cu rsos d'água dos rios Construção de barragens em pontos inadequados Falta de estudos técnicos adequados 22

50 4. AÇÕES ESTRATÉGICAS Uma vez identificados os principais problemas referentes aos recursos hídricos na Bacia, propõe-se a implementação de Ações Estratégicas para minimizá-los ou solucioná-los, eles estão relacionados à qualidade e à quantidade dos recursos hídricos da região: escassez de água para múltiplos usos; retirada indiscriminada de grandes quantidades de água superficial para irrigação; sistemas de saneamento básico inexistente e/ ou deficiente nas sedes e comunidades rurais, principalmente próximos dos cursos d água; falta de consciência ambiental e sanitária da população em geral, permitindo a degradação ambiental da região; descontrole do uso do solo, principalmente no setor agropecuário; implantação de barramentos que impedem o curso normal de alguns corpos d água da Bacia, e sem estudos técnicos adequados; uso do lago das barragens de forma a degradar os recursos hídricos; qualidade de águas subterrâneas impróprias para consumo, devido ao elevado teor de salinidade. As Ações Estratégicas deverão ser implementadas de forma integrada, visando obter resultados em toda Bacia e não em partes isoladas, pois isso facilita o gerenciamento dos recursos hídricos. Em face aos problemas identificados e analisados propõem-se as seguintes Ações Estratégicas: 4.1 Disciplinamento do Uso da Água Intervenções para o disciplinamento do uso da água e, conseqüentemente, o aumento da oferta hídrica na Bacia, contemplando medidas e procedimentos que levem ao processo de outorga de uso e de priorização desses usos, abrangendo todos os usuários, mas, principalmente, a classe de irrigantes, já que estes são os maiores usuários. 4.2 Gerenciamento das Águas Subterrâneas As ações propostas permitirão um maior conhecimento sobre as águas subterrâneas da Bacia, quanto a sua disponibilidade e demanda, sua qualidade, usuários e outros. Tais conhecimentos proporcionarão uma exploração sustentável desse recurso em conjunto com a exploração da água superficial, tendo em vista a escassez da mesma. 4.3 Saneamento Básico e Saúde Pública Serão propostas as ações que resolverão ou mitigarão as condições de saneamento básico diagnosticados na região, visando resolver, de forma prioritária, os problemas de poluição da água por esgotos domésticos e resíduos sólidos, problemas de doenças relacionadas com as águas superficiais e sua escassez, além do aumento do número de pessoas contempladas por sistemas de abastecimento de água. 4.4 Capacitação Sanitária e Ambiental As intervenções nessa área visam conscientizar a população no que tange a relação recursos hídricos x meio ambiente x usuário, com cursos e seminários de conscientização e de educação sanitária e ambiental, estando tal ação presente em qualquer linha da proposta do presente trabalho. 23

51 4.5 Controle do Uso do Solo nas Margens do Rio Salitre e seus Afluentes, Recomposição de Matas Ciliares e Controle de Erosão Compreende as interve nções que visam à recuperação das matas ciliares nas nascentes e pontos críticos do rio Salitre e seus afluentes, controle de erosão e fiscalização do uso do solo próximo à calha dos cursos d água da Bacia. 4.6 Redução do Consumo de Água nos Sistemas de Irrigação Essas ações estão direcionadas à otimização do uso da água nos sistemas de irrigação, com a utilização de técnicas adequadas à disponibilidade hídrica local. 4.7 Desativação e Recuperação de Barragens As intervenções propostas para o setor serão as relacionadas com a segurança e localização das barragens existentes na Bacia. Tais Ações Estratégicas correspondem aos programas que comporão o PLANGIS, estando subdivididos em projetos como segue a Figura 4. Conforme o diagnóstico apresentado para a bacia do rio Salitre e as indicações dos problemas pelas lideranças comunitárias, pode -se elaborar um quadro com as Ações Estratégicas propostas e os respectivos municípios em que deverão ser implementadas, estas análises podem ser observadas nos Quadros 4. No Quadro 5 estão agrupados os Programas e Projetos com os respectivos custos estimados de elaboração e implantação. A descrição mais detalhada desses projetos encontra -se no item 5 Programas e Projetos. 24

52 Figura 4. Plano de Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio Salitre PLANGIS, com seus respectivos Programas e Projetos a serem implementados na Bacia. PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DA BACIA DO RIO SALITRE - PLANGIS 1. PROGRAMA DE DISCIPLINAMENTO DO USO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS 2. PROGRAMA DE SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE PÚBLICA 3. PROGRAMA DE REVEGETAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS NASCENTES E TRECHOS CRÍTICOS 4. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL 5. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DAS BARRAGENS 6. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Projetos: Projetos: Projetos: Projetos: Projetos: Projetos: 1. Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga 2. Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes 3.Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica 4.Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre. 5. Mapeamento do Uso do Solo da Bacia do Rio Salitre 6.Quantificação das Disponibilidades das Águas Superficiais da Bacia do Rio Salitre 1. Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água para a Bacia do Rio Salitre 2. Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuvas 3. Ampliação e Implantação de Sistemas de Esgotamento Sanitário 4. Implantação de Fossas Sépticas 5. Implantação de Lavanderias Públicas 6. Plano Diretor de Limpeza Pública 1. Recuperação de Nascentes do Rio Salitre e Afluentes 2. Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos do Rio Salitre e Afluentes 3. Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão 1. Incentivo e capacitação ao uso de técnicas que otimizem o uso dos recursos hídricos na Irrigação 2. Incentivo e capacitação para o manejo adequado do solo e agrotóxicos 3. Incentivo e Capacitação para o aproveitamento e uso das águas de chuva 4. Incentivo e capacitação para o tratamento simplificado de águas servidas 5. Educação sanitária e ambiental 6. Capacitação para Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores 1. Projeto de Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes 2.Projeto de Avaliação das Condições de Segurança das Barragens Existentes 3 Projeto de Avaliação dos Usos e Qualidade da Água das Barragens Existentes 1. Mapeamento hidrológico da calha do rio Salitre 2. Banco de dados de poços da Bacia do Rio Salitre 3. Quantificação das demandas e disponibilidade das águas subterrâneas da Bacia do Rio Salitre. 4. Avaliação hidroquímico da qualidade da água subterrânea na Bacia do Rio Salitre 5. Recuperação e manutenção de poços 25

53 Quadro 4. Ações Estratégicas Proposta por Município MUNICÍPIOS ZONA URBANA E/ OU RURAL AÇÕES ESTRATÉGICAS PROJETOS JUAZEIRO CAMPO FORMOSO UMBURANAS OUROLÂNDIA MIRANGABA JACOBINA VÁRZEA NOVA MORRO DO CHAPÉU TODA BACIA Projeto de Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga Projeto de Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes PROGRAMA DE DISCIPLINAMENTO DO USO DAS ÁGUAS PROGRAMA DE SANEAMENTO BÁSICO E SAÚDE PÚB LICA Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre. Projeto e Mapeamento do Uso do Solo da Bacia Projeto de Quantificação das Disponibilidades das Águas Superficiais da Bacia Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água para a Bacia do Rio Salitre Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuva Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos Domésticos para a Bacia do Rio Salitre Projeto Executivo de Implantação de Fossas Sépticas Projeto de Controle de Doenças Transmissíveis por Veiculação Hídrica Projeto de Implantação de Lavanderias Públicas Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana 26

54 Quadro 4. Ações Estratégicas Proposta por Município (Cont.) AÇÕES ESTRATÉGICAS PROJETOS JUAZEIRO MUNICÍPIOS ZONA URBANA E/ OU RURAL CAMPO FORMOSO UMBURANAS OURO LÂNDIA MIRANGABA JACOBINA VÁRZEA NOVA MORRO DO CHAPÉU TODA BACIA PROGRAMA DE Projeto de Recuperação de Nascentes do Rio Salitre e Afluentes REVEGETAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Cr íticos da Bacia NASCENTES E TRECHOS CRÍTICOS Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão Projeto de Educação Sanitária e Ambiental Projeto de Incentivo e Capacitação para o Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL Projeto de Incentivo e Capacitação para o Manejo Adequado do Solo e dos Agrotóxicos Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso das Águas de Chuva Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores Fonte 27

55 Quadro 4. Ações Estratégicas Proposta por Município (Cont.) MUNICÍPIOS ZONA URBANA E/ OU RURAL AÇÕES ESTRATÉGICAS PROJETOS JUAZEIRO CAMPO FORMOSO UMBURANAS OUROLÂNDIA MIRANGABA JACOBINA VÁRZEA NOVA MORRO DO CHAPÉU TODA BACIA PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DAS BARRAGENS EISTENTES NA BACIA DO RIO Projeto de Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes. Projeto de Avaliação das Condições de Segurança das Barragens Existentes SALITRE Projeto de Avaliação dos Usos e Qualidade da Á gua das Barragens Existentes PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Mapeamento Hidrológico da Calha do Rio Salitre Projeto de Banco de Dados de Poços da Bacia Projeto de Quantificação das Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia Projeto de Avaliação Hidroquímico da Qualidade da Água Subterrânea na Bacia Projeto de Recuperação e Manutenção de Poços 28

56 Quadro 5. Programas e Projetos com Respectivos Custos Estimados de Elaboração e Implantação PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DA BACIA DO RIO SALITRE 1 - Programa de Disciplinamento do Uso das Águas Superficiais Projetos : Custo (R$) Custo (US$ 2,80) Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga ,43 Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes Segundo seus Usos Prioritários Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica , ,00 Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre ,00 Mapeament o do Uso do Solo da Bacia do Rio Salitre , ,00 Quantificação das Disponibilidades das Águas Superficiais da Bacia do Rio Salitre Custo total do Programa , Programa de Gerenciamento das Águas Subterrâneas Projetos: Custo (R$) Custo (US$ 2,80) Mapeamento Hidrogeológico da Calha do Rio Salitre ,29 Atualização e Informatização do Banco de Dados de Poços dos Municípios da Bacia do Rio Salitre ,72 Quantificação de Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia do Rio Salitre ,57 Recuperação e Manutenção de Poços da Bacia do Rio Salitre Zoneamento Hidroquímico da Qualidade das Águas Subterrâneas da Bacia do Rio Salitre ,29 Custo total do Programa , Programa de Saneamento Básico e Saúde Pública Projetos: Custo (R$) Custo (US$ 2,80) Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água na Bacia do Rio Salitre , ,79 Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuvas Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos Domésticos para a Bacia do Rio Salitre ,42 Construção de Fossas Sépticas Implantação de Lavanderias Públicas Plano Diretor de Limpeza Urbana ,70 Custo total do Programa Programa de Capacitação Sanitária e Ambiental Projetos: Custo (R$)* Custo (US$ 2,80)* Educação Sanitária e Ambiental Vb (verba) Vb (verba) Incentivo e Capacitação para Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação ,86 Incentivo e Capacitação para os Manejos Adequados do Solo e Agrotóxicos ,86 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso de Águas de Chuvas ,86 Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas ,86 Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores ,29 Custo total do Programa ,73 29

57 Quadro 5. Programas e Projetos com Respectivos Custos Estimados de Elaboração e Implantação (Cont.) PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DA BACIA DO RIO SALITRE 5 - Programa de Revegetação e Recuperação das Nascentes e Trechos Críticos da Bacia do Rio Salitre Projetos: Custo (R$) Custo (US$ 2,80) Recuperação das Nascentes do Rio Salitre e Afluentes ,43 Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia do Rio Salitre ,85 Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão ,14 Custo total do Programa , Programa de Avaliação das Condições das Barragens Existentes na Bacia do Rio Salitre Projetos: Custo (R$) Custo (US$ 2,80) Projeto de Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes Projeto de Avaliação das Condições de Segurança das Barragens Existentes Projeto de Avaliação do s Usos e Qualidade da Água das Barragens Existentes ,72 Custo total do Programa ,47 * Com exceção do custo para educação ambiental 30

58 5. PROGRAMAS E PROJETOS Após análise do Quadro 5, discutiu-se junto a comunidade o nível de prioridade das atividades/projeto, seguindo a ordem de acordo com aqueles que estão sublinhados. 5.1 Programa de Disciplinamento do Uso das Águas Superficiais Este programa tem como objetivo disciplinar o uso da água na Bacia do Rio Salitre através do enquadramento dos cursos d água e o processo de outorga. Será desenvolvido por meio de dois projetos como mostra o Quadro 6. Quadro 6. Programa de Disciplinamento do Uso das Águas Superficiais - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Projeto/ Atividade R$ US$ Projeto de Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga ,43 Projeto de Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes, segundo usos prioritários ,72 Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica ,00 Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre ,00 Projeto de Mapeamento do Uso do Solo da Bacia do Rio Salitre , ,00 Projeto de Quantificação das Disponibilidades das Águas Superficiais da Bacia do Rio Salitre , , Projeto de Cadastramento de Usuários das Águas Superficiais para Processo de Outorga Justificativa da Proposição O cadastro de usuários da água fará parte de um sistema de informações vinculado ao processo de outorga, e tem como objetivo conhecer o perfil dos usuários da água na região, abrangendo diferentes usos: irrigação, indústria, mineração, serviços de água, esgoto e outros. As informações cadastrais levantadas deverão ser as mínimas necessárias para fins de execução de um balanço entre disponibilidade e demanda hídrica na Bacia. Assim, o processo de cadastramento será feito em campo através de questionários que abranjam informações socioeconômicas, localização, demandas, tipos de sistemas utilizados para captação e distribuição se for o caso, método de irrigação utilizado, tipo de cultura, área cultivada, área das propriedades e outros. As informações obtidas pelos questionários deverão atender, entre outros aspectos, ao que se exige nos instrumentos legais vigentes sobre a questão dos recursos hídricos. Esse cadastramento deverá complementar o Cadastramento dos Usuários de Água da Bacia do Rio Salitre Município de Juazeiro, realizado pela UFBA em convênio com a CODEVASF, que se limitou apenas ao cadastramento dos irrigantes existentes no trecho compreendido entre as barragens galgáveis no território do município de Juazeiro, área de grande conflito pelo uso da água. O cadastramento foi realizado com o objetivo de solicitação de outorga, sendo um documento exigido pelo órgão gestor local. População Beneficiária/ Área de Abrangência O cadastro deverá abranger toda área da Bacia e todos os usuários das águas superficiais e subterrâneas, dando mais ênfase às regiões com maiores conflitos. A população beneficiada será aquela usuária da água e o órgão gestor na região, que terá o controle de demanda e 31

59 disponibilidade na Bacia, facilitando a tomada de decisão durante um processo de outorga. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os custos referentes ao cadastramento deve levar em consideração o pessoal necessário para o trabalho em campo, as diárias referentes às viagens, serviços de terceiros, material de consumo e permanente. Estando tais custos estimados na grandeza de R$ ou US$ , Projeto de Enquadramento do Rio Salitre e Afluentes Justificativa da Proposição Os constantes conflitos pelo uso da água em toda Bacia levam à necessidade de um processo de priorização de seu uso em todo curso do rio. Um mecanismo que deverá priorizar esses usos será o enquadramento do rio Salitre, que priorizará a qualidade e o tipo de uso para cada trecho de acordo com as necessidades de cada região. A proposta de enquadramento deverá ter necessariamente a participação da comunidade usuária da água e da comunidade civil em geral, tendo em vista o desenvolvimento participativo deste projeto. Atualmente, a Universidade Federal da Bahia vem desenvolvendo uma Proposta Metodológica de Enquadramento de Rio Intermitente na Região Semi-Árida, tendo como estudo de caso a Bacia do Rio Salitre. População Beneficiária e Área de Abrangência A área de abrangência refere-se a todos os cursos d águas formadores da bacia do rio Salitre. Quanto à população beneficiada, será aquela usuária da água e o órgão gestor da região, que terá o controle da priorização do uso da água em cada trecho do rio. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos O custo estimado para a presente intervenção deve cobrir a aquisição de aparelhos GPS e medidores de nível, softwares e a elaboração do projeto, estando na ordem de R$ ou US$ , Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento Hidroclimatológica Justificativa da Proposição A Bacia do Rio Salitre apresenta uma grande deficiência de dados hidroclimatológicos. Esta característica ficou evidente durante a realização dos estudos hidrológicos para a bacia no 32

60 âmbito deste projeto. Os estudos pluviométricos foram realizados com a utilização de pontos de monitoramento identificados nos dados secundários disponíveis e que possuíam registros de chuva na Bacia do Rio Salitre no período de 1985 a No decorrer destes estudos, a equipe de projeto encontrou dificuldades na complementação desses dados, pois não estavam disponíveis para toda bacia, somente para a região leste, em que foi possível complementar os dados até Essa situação é decorrente da limitação de dados pluviométricos nos órgãos responsáveis pelo monitoramento destes postos. Em relação aos estudos de fluviometria, observou-se a existência de apenas duas estações com dados, no entanto, apresentando falhas e curtos períodos de observação, comprometendo o conhecimento da disponibilidade hídrica da bacia e a aplicação de metodologias normalmente utilizadas elaboração do balanço hídrico e identificação de pontos de conflitos do uso da água. População Beneficiária/ Área de Abrangência A rede de monitoramento deverá abranger toda Bacia do Rio Salitre, devendo, os equipamentos, estarem distribuídos estrategicamente conforme os pontos de interesse de conhecimento e possibilidade de aplicação das metodologias hidrológicas existentes. Os equipamentos necessários para o monitoramento proposto são: - Estação climatológica completa com medidas de temperatura e umidade do ar, velocidade e direção do vento, radiação global, evaporação, precipitação, pressão barométrica, umidade de água no solo. - Estação pluviométrica com sensores TDR (medidores de umidade do solo). - Estação linigráfica. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os custos estimados para implantação completa da rede está na faixa de R$ ,00 ou U$ Projeto de Implantação de Rede de Monitoramento da Qualidade da Água Superficial do Rio Salitre. Justificativa da Proposição As informações obtidas em um sistema de monitoramento da qualidade das águas subsidiam o enquadramento dos corpos d água que, na gestão dos recursos hídricos, serve como instrumento para outorga de direito de uso desses recursos, direcionando ações preventivas que diminuem os custos de combate à poluição das águas, assegurando a mesma qualidade compatível com o uso e permitindo a deliberação de outorga para os diversos usos sem haja prejuízo quanto a qualidade do manancial fornecedor e do corpo receptor das águas de retorno. 33

61 Devido vulnerabilidade dos recursos em zonas semi-áridas, o monitoramento torna-se um instrumento para alcançar alguns dos objetivos da Lei nº 9.433, tais como: assegurar a atual e as futuras gerações a necessidade disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos e assegurar o controle qualitativo e quantitativo dos usos da água e o efetivo exercício quanto aos direitos de acesso a água. População Beneficiária/ Área de Abrangência A rede de monitoramento deverá abranger toda Bacia do Rio Salitre, devendo, os pontos, estarem distribuídos estrategicamente conforme os interesse de conhecimento da qualidade da água: a jusante de pontos de lançamento de fluentes industriais e domésticos; na confluência de rios, lago de barragens, pontos de medição de vazão e etc. Esses pontos devem ser locados também segundo os usos do solo na região como pontos a jusante de intensas atividades agrícolas. É importante a realização de campanhas de qualidade da água na bacia antes da locação dos pontos de monitoramento. Essas campanhas indicarão os parâmetros a serem medidos em cada ponto e quais os agentes poluidores locados a montante do mesmo. Campanhas como essa foram realizadas pela Universidade Federal da Bahia, através da Escola Politécnica, Departamento de Hidráulica e Saneamento em convênio com o MMA. Atualmente está sendo realizado novas campanhas de qualidade da água através de convênio com o CNPQ, que além de ampliar os pontos de amostragem em relação aos pontos iniciais, darão subsídio para o enquadramento da Bacia do Rio Salitre e definição de uma rede de amostragem de qualidade da água para toda a Bacia, não sendo este último um objetivo do projeto. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os custos estimados para implantação completa da rede, prevendo campa nhas de amostragem, viagens a campo e profissionais, estima-se um valor de R$ ,00 ou U$ , Projeto de Mapeamento do Uso do Solo da Bacia. A Bacia apresenta uma grande deficiência de informações de uso do solo. Esta característica ficou evidente durante a realização dos estudos hidrológicos para a Bacia no âmbito deste projeto, quando da definição dos parâmetros dos modelos hidrológicos. No decorrer destes estudos, a equipe de projeto encontrou dificuldades na complementação dessas informações, pois não haviam dados atualizados, tendo então que se trabalha r com dados de uso do solo desatualizados, comprometendo o conhecimento da disponibilidade hídrica da bacia e a aplicação de metodologias normalmente utilizadas para a elaboração do balanço hídrico e identificação de pontos de conflitos do uso da água. O mapeamento do uso do solo configurará o atual estado de conservação da bacia, além de permitir uma definição mais confiável dos parâmetros que definem a estimativa dos parâmetros de escoamento superficial da bacia. 34

62 População Beneficiária/ Área de Abrangência O levantamento aerofotogramétrico e/ou de imagens de satélites, bem como sua interpretação, deverá abranger toda Bacia do Rio Salitre. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial ; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os custos estimados prevêm aquisição e interpretação das imagens, viagens a campo, horas de profissionais e relatórios finais. Estima -se, portanto, um valor de R$ ,00 ou U$ , Projeto de Quantificação das Disponibilidades das Águas Superficiais da Bacia A Bacia apresenta uma grande deficiência de dados hidroclimatológicos. Esta característica ficou bastante evidente durante a realização dos estudos hidrológicos para este projeto. A escassez de dados de descarga na Bacia, a qual tem apenas duas estações com dados, apresentando falhas e curtos períodos de observação, condicionou a utilização de modelos chuva x vazão para definição da disponibilidade hídrica superficial. Os modelos matemáticos aplicados (Mole Cadier e SMAP) apresentam várias simplificações na representação dos processos físicos do ciclo hidrológico. Sendo recomendada a aplicação de um novo modelo, o que possibilitará a elaboração do balanço hídrico e identificação de pontos de conflitos do uso da água com resultados mais confiáveis para toda a Bacia em estudo. População Beneficiária/ Área de Abrangência O estudo deverá abranger toda Bacia do Rio Salitre Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Estima-se um valor de R$ ,00 ou U$ 8.829,00 para o desenvolvimento de todo o estudo. 5.2 Programa de Gerenciamento das Águas Subterrâneas As ações propostas neste programa permitirão um maior conhecimento sobre as águas subterrâneas da Bacia, quanto a sua disponibilidade, demanda, qualidade e usuários. Tais conhecimentos proporcionarão uma exploração sustentável desse recurso em conjunto com a exploração da água superficial, tendo em vista a escassez da mesma. O programa será desenvolvido por meio de cinco projetos descritos no Quadro 7. 35

63 Quadro 7. Programa de Gerenciamento das Águas Subterrâneas - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Projeto/ Atividade R$ US$ (2,80) Projeto de Mapeamento Hidrogeológico da Calha do Rio Salitre ,29 Projeto de Atualização e Informatização do Banco de Dados de Poços dos Municípios da Bacia ,72 Projeto de Quantificação de Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia ,57 Projeto de Recuperação e Manutenção de Poços da Bacia ,00 Projeto de Zoneamento Hidroquímico da Qualidade das Águas Subterrâneas da ,29 Bacia Mapeamento Hidrogeológico da Calha do Rio Salitre Justificativa da Proposição O Projeto diz respeito ao Mapeamento Hidrogeológico das feições cársticas, ou seja, feições características de rochas calcárias existentes na calha do rio Salitre. O mapeamento hidrogeológico em regiões cársticas consiste em localizar, através de fotografias aéreas e/ ou imagens de satélite e checagem de campo, as dolinas e sumidouros existentes na superfície, com o objetivo de dimensionar extensão, volume de cavernas e condutos nas rochas calcárias envolvidas no armazenamento e circulação das águas subterrâneas. O resultado final, Mapa Hidrogeológico da Calha do Rio Salitre, servirá como base para os estudos integrados da hidrologia de superfície e hidrogeologia do rio, que corre subterraneamente em vários trechos ao longo da sua extensão, com vistas ao gerenciamento de conflitos, já existentes, entre demandas e disponibilidades de água a montante e a jusante dos principais barramentos. População Beneficiária/ Área de Abrangência Quanto às áreas de abrangência, para fins de benefícios proporcionados por essas intervenções, o Projeto, realizado no âmbito da Bacia, recobre uma área de 668,48 km² correspondente a uma faixa de 1 km, para cada lado, ao longo de toda a extensão da calha principal do rio. Vai beneficiar diretamente as populações ribeirinhas, ajudando a dirimir conflitos de água e, indiretamente, as populações residentes nas porçõ es dos municípios interiores à Bacia. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Quanto aos custos, devem-se levar em conta os seguintes parâmetros básicos: a extensão linear do rio Salitre é de 333,24 km; as faixas marginais de pesquisa, ou seja, em ambos os lados, podem ser adotadas como de 1 km de largura cada. Assim, a área onde serão realizados os trabalhos corresponde a 668,48 km², ao longo das duas margens do rio Salitre. Admitindo-se mais 20% relativos às nascentes e afluentes. Esse valor de superfície passa a 802,17 km². Para a execução do recobrimento dessa área de estudo, admitindo-se uma escala de 1: , serão necessários dois conjuntos de 6 imagens. Um retratando o período seco e outro, o 36

64 período úmido, perfazendo um total de 12 Imagens de Satélite. Para o processamento e interpretação das Imagens serão necessários computadores com processadores e memórias compatíveis e softwares do tipo Envi. Também serão necessárias viagens ao campo para a checagem de dados e feições interpretadas. Desse modo, os custos estimados para a presente intervenção é da ordem de R$ ,00 ou US$ , Atualização e Informatização do Banco de Dados de Poços dos Municípios da Bacia do Rio Salitre. Justificativa da Proposição O Projeto visa informatizar o Banco de Dados de Poços da Bacia, atualizando os dados existentes e acrescentando novos dados, à medida que novos poços são perfurados. Sabe -se que os registros de informações dos poços atualmente existentes no Estado da Bahia estão dispersos em diversos órgãos tais como: Companhia de Engenharia Rural da Bahia (CERB), Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (EMBASA) e diversas empresas particulares de perfuração. O objetivo desse Projeto, além do já citado anteriormente é, de posse de todos os dados, separá-los por município/ localidade onde se encontram e alocar cada conjunto de dados ao seu município correspondente. Em seguida, cada município receberá o seu Banco de Dados de Poços, acompanhado de um Programa (software) simples que permitirá a um técnico da prefeitura gerenciar os dados de cada poço e acompanhar o seu funcionamento. Também pretende-se fornecer às Prefeituras envolvidas, um treinamento que se faz necessário para que os seus técnicos gerenciem seus Bancos de Dados de Poços Tubulares. População Beneficiária/ Área de Abrangência O intuito é cadastrar todos os poços existentes dentro da área da Bacia. A população beneficiária será aquela usuária dos poços tubulares e órgãos responsáveis pela sua gestão. A área a ser abrangida pelo projeto é toda a Bacia do Rio Salitre. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Para a execução do projeto serão necessários: aquisição de equipamentos como GPS e medidores de nível; aquisição de computadores e softwares; viagens de campo para reconhecimento e cadastramento dos poços existentes; revisão dos cadastros de poços já existentes nos órgãos gestores de recursos hídricos; desenvolvimento de Banco de Dados para armazenamento dos dados. Quanto aos custos, deve-se levar em conta os seguintes parâmetros básicos: a área da Bacia do Rio Salitre: ,93 km²; a existência de cerca de 300 poços na Bacia. Desse modo, os custos estimados para a presente intervenção esta na ordem de R$ ou US$ ,72. 37

65 5.2.3 Quantificação de Demandas e Disponibilidade das Águas Subterrâneas da Bacia. Justificativa da Proposição A grande maioria das localidades e algumas sedes dos municípios da Bacia são abastecidas por águas subterrâneas através de poços tubulares. O principal objetivo deste Projeto é quantificar tal demanda para que se possa mensurar as disponibilidade s a serem outorgadas aos usuários, de forma a preservar a sustentabilidade dos reservatórios aqüíferos. Para tanto, será necessário o estabelecimento de uma rede de monitoramento dos poços tubulares da Bacia, onde se deverá medir a variação dos níveis está ticos de poços nos períodos seco e úmido. De posse dessa variação, se poderá calcular o volume de recarga do aqüífero ou a sua reserva reguladora. População Beneficiária e Área de Abrangência A área abrangida será toda a Bacia do Rio Salitre e a população beneficiada será aquela usuária dos poços tubulares e os órgãos responsáveis pela sua gestão. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial média; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Para a execução do projeto serão necessários: aquisição de equipamentos como GPS e medidores de nível; aquisição de computadores e softwares; viagens de campo para reconhecimento e cadastramento dos poços existentes; revisão dos cadastros de poços já existentes nos órgãos gestores de recursos hídricos; desenvolvimento de Banco de Dados para armazenamento dos dados. Quanto aos custos, devem-se levar em conta os seguintes parâmetros básicos: a área da Bacia do Rio Salitre: ,93 km²; a existência de cerca de 300 poços na Bacia. Desse modo, os custos estimados para a presente intervenção são da ordem de R$ ou US$ , Recuperação e Manutenção de Poços da Bacia Justificativa da Proposição O principal objetivo desse Projeto é atender a uma das reivindicações mais freqüentes da população usuária de águas subterrâneas na Bacia: a recuperação e funcionamento dos poços parados. A incidência de poços paralisados em toda a região semi-árida do Estado da Bahia é muito grande e se deve aos mais variados fatores, desde a simples entrada de ar nas tubulações de bombeio, até o desmoronamento das paredes dos poços. Tendo em vista tão antiga problemática, em que os órgãos competentes do poder público não conseguem, por insuficiência de recursos e/ ou pessoal especializado, atender às urgências de todos os poços paralisados. Este Projeto pretende, após um cadastro de identificação de poços paralisados e abandonados, estudar caso a caso e propor o encaminhamento da solução dos problemas mais freqüentes 38

66 (através de Prefeituras e/ ou órgãos instituídos como o Comitê da Bacia) a serem resolvidos de forma piloto com recursos do próprio projeto. Propõe-se a duração do Projeto para 6 meses com recursos limitados a cada tipo de avaria mais freqüente encontrada em poços tubulares perfurados nos diversos aqüíferos da bacia do rio Salitre. Com tal metodologia e procedimento, o Projeto pretende ainda, fornecer subsídios, transferir conhecimento e base técnica aos organismos de gerenciamento de recursos hídricos instituídos na Bacia, para no futuro, reivindicar de órgãos públicos ou contratar empresas particulares para resolver problemas relacionados à paralisação e abandono de poços tubulares. População Beneficiária e Área de Abrangência A população beneficiária será aquela usuária dos poços tubulares e órgãos responsáveis pela sua gestão. A área a ser abrangida pelo projeto é toda a Bacia. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Quanto aos custos, devem-se levar em conta os seguintes parâmetros básicos: a área da Bacia do Rio Salitre: ,93 km²; a existência de cerca de 300 poços na Bacia. Desse modo, os custos estimados para a presente intervenção são da ordem de R$ ou US$ Zoneamento Hidroquímico da Qualidade das Águas Subterrâneas da Bacia Justificativa da Proposição A qualidade das águas subterrâneas na Bacia do Rio Salitre está fortemente condicionada ao tipo de rocha-reservató rio que ela contém. As rochas-reservatório estão representadas na região por três litologias básicas: calcários, metassedimentos e rochas cristalinas. Em cerca de 80% da Bacia afloram rochas metassedimentares e calcárias e, nos restantes, rochas cristalinas. Nos reservatórios calcários, as águas possuem dureza alta que afeta fortemente a potabilidade e as rochas metassedimentares, apesar de possuírem águas de melhor qualidade, não apresentam boas vazões. Finalmente, as rochas cristalinas, além de possuírem águas de salinidade bastante elevada apresentam baixas vazões que afetam, mais negativamente, o aproveitamento dessas águas. Tendo em vista tais características das águas subterrâneas da Bacia, o presente projeto, visa estabelecer zonas hidroquímicas a partir do mapeamento hidrogeológico dos aqüíferos e da qualidade de suas águas, para fornecer subsídios ao planejamento da implantação de poços, tendo em vista a qualidade dessas águas para os diversos usos, tais como: consumo humano, dessedentação animal e irrigação. Subsidiariamente visa-se, também, a implantação de técnicas alternativas de exploração de poços de baixa vazão e altos teores de sais dissolvidos, tais como: bombeamento com energia solar e/ ou eólica e tratamento de águas subterrâneas salinizadas através de dessalinizadores. 39

67 População Beneficiária e Área de Abrangência A população beneficiária será aquela usuária dos poços tubulares e órgãos responsáveis pela sua gestão. A área a ser abrangida pelo projeto é toda a Bacia. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Para o desenvolvimento deste projeto, será necessária: coleta e análises químicas de águas de poços; aquisição de computadores e softwares; elaboração e execução de projeto. Quanto aos custos deve -se levar em conta os seguintes parâmetros básicos: a área da Bacia do Rio Salitre: ,93 km²; a existência de cerca de 300 poços na Bacia. Desse modo, os custos estimados para a presente intervenção são da ordem de R$ ou US$ , Programa de Saneamento Básico e Saúde Pública Este programa visa promover a despoluição da Bacia do Rio Salitre e ampliação da oferta de água, melhorando as condições de saneamento e saúde pública, além da qualidade das águas superficiais e subterrâneas na região. O programa será composto por seis projetos elencados no Quadro 8. Quadro 8. Programa de Saneamento Básico e Saúde Pública - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Projeto/ Atividade R$ US$ (2,80) Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento , ,79 de Água na Bacia do Rio Salitre Projeto de Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuvas Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos ,42 Domésticos para a Bacia do Rio Salitre Projeto Executivo de Construção de Fossas Sépticas Projeto de Implantação de Lavanderias Públicas (unidade) Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana ,70 Fonte: Projetos Executivos de Ampliação e Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água na Bacia do Rio Salitre Justificativa da Proposição Segundo dados do Censo Demográfico de 2000, 68,8% dos domicílios da Bacia têm acesso aos serviços de abastecimento de água através da rede de distribuição. Os demais recorrem a poço, carro pipa, açudes ou nascente como forma de abastecimento. A taxa de domicílios que se abastecem na rede aproxima-se do percentual registrado para o conjunto do Estado, sendo Juazeiro o município que apresenta o maior percentual de abastecidos. Umburanas é o município que apresenta o menor percentual de domicílios ligados à rede e o que apresenta o maior percentual dos que recorrem a outro tipo de alternativa de abastecimento. 40

68 Por meio de informações coletadas em campo, observou-se que, em geral, no município de Várzea Nova, o nível de atendimento por rede de distribuição e tratamento é de 67%; em Mirangaba de 70%; Jacobina 96%; Miguel Calmon 90% com tratamento e 10% sem tratamento; Juazeiro 96%; Ourolândia 95%; Morro do Chapéu 90% e Umburanas 50%. Estes números revelam a baixa taxa de atendimento da população com redes de distribuição, principalmente nos municípios de Mirangaba, Umburanas e Várzea Nova. Quanto à zona rural, um dos problemas de abastecimento da água se constitui na gestão centralizada dos serviços, uma vez que o poder público municipal, na maioria das vezes, não presta o devido atendimento aos sistemas de abastecimento implantados, causando sua deplexão e, às vezes, desativação do sistema. Ainda a exemplo da zona rural, observa -se que alguns sistemas implantados oferecem água de qualidade duvidosa e com grau de salinidade elevada. População Beneficiária/ Área de Abrangência A atividade está relacionada com a elaboração de projeto executivo de ampliação de sistemas de abastecimento de água e sua implantação nas sedes dos municípios da Bacia, além da zona rural das comunidades pertencentes à Bacia e que apresentem viabilidade técnica e financeira para implantação de redes de abastecimento de água, tendo em vista que algumas comunidades poderão ser contempladas por cisternas rurais em função do número de casas e sua dispersão. Este projeto visa minimizar os problemas que persistem no tocante às demandas e os relacionados com a saúde pública, devido à má qualidade da água utilizada por parte da população. Na zona urbana, a população beneficiada será aquela que não é contemplada atualmente pelos sistemas, sendo 30% em Mirangaba, 50% em Umburanas e 33% em Várzea Nova. Quanto à zona rural, estima-se que 60% da população deverá ser contemplada com redes de água e 40% com cisternas rurais, objeto de estudo da próxima Atividade/ Projeto. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos O projeto deverá incorporar: estudo populacional, demanda de água, qualidade e revisão do cadastro existente; levantamentos e cadastros topográficos das localidades, redes de esgotos e equipamentos; dimensionamento de equipamentos e obras de artes; especificações e orçamentação de serviços básicos (limpeza do terreno, topografia e escavações mecânicas e manuais); especificações e orçamentação de materiais. Vale ressaltar que na fase de elaboração dos referidos projetos, serão realizadas campanhas de reconhecimento de campo, levantamentos topográficos e produção de materiais cartográficos, estudos de mananciais, pesquisas domiciliares, trabalhos de escritório, consultorias e edição dos projetos finais executivos de engenharia. Com relação aos custos previstos, estima-se um fator econômico per capita de R$ 75,00 ou US$26,79 relativos a inversões necessárias para a implantação dos projetos, de acordo com os Quadros 9 e 10 para população urbana e rural, e o Quadro 11 com a estimativa total para toda a Bacia. 41

69 Quadro 9. Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Sistema de Abastecimento de Água na Zona Urbana Custo para Implantação do Custo para Elaboração do Projeto Município População Urbana Projeto (30%) R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Mirangaba , ,43 Umburanas , , ,46 Várzea Nova , ,36 Total Bacia , , ,25 TOTAL (R$) ,50 TOTAL (US$) ,75 Quadro 10. Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Sistema de Abastecimento de Água na Zona Rural Custo para Implantação do Custo para Elaboração do Projeto Município População Rural na Projeto Bacia (60%) R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Campo Formoso , , ,54 Jacobina , , ,46 Juazeiro , , ,96 Miguel Calmon , ,36 Mirangaba , , ,25 Morro do Chapéu , , ,61 Ourolândia , , ,32 Umburanas , , ,11 Várzea Nova , , ,18 Total Bacia , , ,79 TOTAL (R$) ,00 TOTAL (US$) ,00 Quadro 11. Estimativa de Custo Total para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário em Toda Bacia Custo para Implantação do Custo para Elaboração do Projeto Zona de Abrangência População Projeto R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Urbana , , , ,25 Rural , , , ,79 Toda Bacia , , , ,04 TOTAL (R$) ,50 TOTAL (US$) , Projeto de Construção de Cisternas para Acumulação de Águas de Chuvas Justificativa da Proposição Grande parte da Bacia apresenta carência de água para o abastecimento humano, verificando, como prática comum na região, a captação em poços tubulares que não atendem à demanda, como também em açudes que não apresentam condições mínimas para o uso humano, devido ao alto índice de contaminação, o que gera impactos à saúde da população local. Além disso, algumas comunidades encontram-se distantes de mananciais superficiais ou possuem poços com teores de sais elevados, podendo apresentar também inviabilidade econômica à implantação de sistemas de água convencional ou simplificado devido à dispersão das casas. 42

70 Nessas comunidades, a implantação de cisternas rurais para acumulação de água de chuva seria uma alternativa simples que minimizaria o problema de escassez hídrica. População Beneficiária/ Área de Abrangência A elaboração de projetos executivos de cisternas atenderia às comunidades rurais existentes na Bacia e que não apresentasse viabilidade econômica à implantação de rede de água. Estima-se que a intervenção abrangerá cerca de 40% da população rural, levando-se em conta a necessidade da melhoria do fornecimento e qualidade da água para os seus habitantes. A população a ser atendida é de habitantes em casas, considerando uma média de 5 pessoas por unidade domiciliar. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencia l e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo Estimativa de Custos Os projetos executivos deverão incorporar: estudo de precipitação pluviométrica média na região; levantamentos e cadastros das localidades e residências existentes; estudo de população por residência e demanda de água; dimensionamento das cisternas; especificações e orçamento de serviços básicos (limpeza do terreno, escavações mecânicas e manuais); especificações e orçamento de materiais. Vale ressaltar que na fase de elaboração dos referidos projetos cisternas, serão realizadas campanhas de reconhecimento de campo, estudos hidrológicos simplificados, pesquisas domiciliares, trabalhos de escritório, consultorias e edição dos projetos finais executivos de engenharia. Quanto aos custos previstos consideraram-se 5 pessoas por domicílio e um custo de implantação de R$ 680,00 ou US$ 242,86 por uma cisterna familiar de 15m 3, como mostra o Quadro 12. Quadro 12 Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Cisternas Rurais População Rural na Bacia (40%) Número de Residências Custo para Implantação do Projeto Custo para Elaboração do Projeto Município R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Campo Formoso , ,57 Jacobina , ,57 Juazeiro , ,14 Miguel Calmon , ,43 Mirangaba , ,57 Morro do Chapéu Ourolândia Umburanas , ,43 Várzea Nova , ,29 Total Bacia TOTAL (R$) TOTAL (US$)

71 5.3.3 Projeto Executivo de Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação de Esgotos Domésticos para a Bacia Justificativa da Proposição No que se refere ao setor de saneamento básico, os serviços de esgotamento sanitário dos municípios que integram a Bacia seguem as mesmas linhas da maioria dos municípios do semi-árido, adotando os sistemas mais comuns como a implantação de fossas e lançamento dos esgotos nas redes de águas plu viais. Em nenhuma das sedes municipais o esgoto é coletado por redes de esgotamento sanitário e não recebe tratamento, contribuindo para a degradação ambiental da região e, mais especificamente, dos recursos hídricos, sejam superficial ou subterrâneo. Isso reduz a qualidade das águas utilizadas para consumo pela população local e aumenta a sua restrição de uso. A situação agrava-se, ainda mais, quando a análise é direcionada à zona rural. Nas comunidades os sistemas mais comuns é o confinamento dos esgotos em fossas negras, ou seja, fossas desenvolvidas sem estudos técnicos adequados e que contribuem para a poluição do lençol subterrâneo. População Beneficiária/ Área de Abrangência A atividade consta da elaboração de projeto executivo de sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos, e sua implantação nas sedes municipais de Miguel Calmon, Várzea Nova, Umburanas, Mirangaba, Morro do Chapéu e Ourolândia, e revisão dos projetos executivos já elaborados para os municípios de Jacobina, Juazeiro e Campo Formoso, além das comunidades rurais que apresentem viabilidade econômica para a implantação desses sistemas. A intervenção leva em conta a necessidade de melhoria das suas condições de saneamento básico e saúde pública, face aos problemas que persistem nesse particular. Levando em consideração a total falta de abrangência de tal sistema nas sedes municipais a serem contempladas, estima-se que toda população urbana deverá ser contemplada com o sistema de esgotamento sanitário, enquanto que, na zona rural, estima-se que 60% da população serão contempladas com sistemas de coleta, tratamento e disposição dos esgotos, tendo em vista que o restante será atendido por meio de fossas sépticas, uma vez sendo inviável a implantação de sistemas convencionais em função da dispersão das casas e porte da comunidade. OBS: segundo informações obtidas pelos representantes de cada município mediante aplicação de questionário, Campo Formoso, Mirangaba, Morro do Chapéu e Ourolândia estão sendo contemplados atualmente pelo Programa Alvorada, em que serão repassados recursos para elaboração de sistemas de esgotamento sanitário. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os projetos executivos a serem elaborados deverão considerar os seguintes aspectos: estudos populacionais, contribuição de esgoto, revisão do cadastro existente; levantamentos e cadastros topográficos das localidades, redes de esgotos e equipamentos se existentes; dimensionamento de equipamentos e obras de artes; 44

72 especificações e orçamento de serviços básicos (limpeza do terreno, topografia e escavações mecânicas e manuais); especificações e orçamento de materiais; estudos dos corpos receptores. Vale ressaltar que na fase de elaboração dos referidos projetos serão realizados campanhas de reconhecimento de campo, levantamentos topográficos e produção de materiais cartográficos, estudos de mananciais, pesquisas domiciliares, trabalhos de escritório, consultorias e edição dos projetos finais executivos de engenharia. Com relação aos custos previstos, estima-se um fator econômico per capita de R$ 60,00 ou US$ 21,43 relativos a inversões necessárias para a implantação dos projetos, de acordo com os Quadros 13 e 14 para população urbana e rural, e o Quadro 15 com a estimativa total para toda a Bacia. Quadro 13. Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana Município População Custo para Implantação do Projeto Custo para Elaboração/ Revisão do Projeto Urbana R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Campo Formoso , Jacobina , Juazeiro , Miguel Calmon Mirangaba , ,86 Morro do Chapéu , ,71 Ourolândia , ,57 Umburanas , ,14 Várzea Nova , ,29 Total Bacia , ,57 TOTAL (R$) TOTAL (US$) ,15 Quadro 14. Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário na Zona Rural Município População Rural na Bacia Custo para Implantação do Projeto Custo para Elaboração do Projeto (60%) R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Campo Formoso , ,43 Jacobina , ,57 Juazeiro , ,57 Miguel Calmon , ,29 Mirangaba , ,71 Morro do Chapéu , ,29 Ourolândia , ,86 Umburanas , ,29 Várzea Nova , ,14 Total Bacia , ,14 TOTAL (R$) TOTAL (US $) ,29 45

73 Quadro 15. Estimativa de Custo Total para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário em Toda Bacia Zona de Abrangência População Custo para Implantação do Custo para Elaboração do Projeto Projeto R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Urbana , ,57 Rural , ,14 Toda Bacia , ,71 TOTAL (R$) TOTAL (US$) , Projeto de Plano Diretor de Limpeza Urbana Justificativa da Proposição Em todos os municípios que pertencem à Bacia a coleta de lixo é irregular e o lançamento final ocorre geralmente em lixões. Dados do Censo Demográfico de 2000 indicam que apenas 55% dos domicílios têm coleta regular de lixo, sendo o restante queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio ou em rio. O lixo exposto termina por trazer perigo à saúde da população, sendo carreado para os cursos d água mais próximos ou ficando exposto ao longo de estradas. São depositados em lixões a céu aberto, não havendo controle na disseminação desses resíduos na área da Bacia, sendo esse um quadro comum nos nove municípios integrantes da Bacia. O descontrole no processo de cole ta e tratamento final dos resíduos gerados acarreta sérios problemas de saúde pública e ambiental. O acondicionamento final desses resíduos em lixões descontrolados implica na poluição das águas subterrâneas pela percolação do chorume, líquido gerado pela decomposição do lixo, e das águas superficiais, quando este é depositado próximo aos cursos d água. A elaboração de um Plano Diretor de Limpeza Pública permitirá o dimensionamento dos serviços de limpeza local em função de suas demandas, e aumento da eficiência na prestação desse serviço. Os estudos deverão abranger os serviços de coleta, varrição, acondicionamento, reciclagem e destino final do lixo. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. População Beneficiária/ Área de Abrangência Deverá ser desenvolvido um Plano Diretor de Limpeza Urbana para cada município em particular, totalizando 9 Planos Diretores. Deverão ser previstas soluções para o problema na zona urbana, indicando as soluções mais viáveis para cada caso, e para a zona rural. Sendo que para o segundo caso, só deverá ser desenvolvido um sistema de limpeza urbana para as comunidades que foram viáveis a sua implantação, devendo haver um estudo específico da sua viabilidade. Estimativa de Custos Para o desenvolvimento do projeto serão necessários: viagens de campo e obtenção de dados primários; estudo de geração de lixo por localidade estudada; 46

74 dimensionamento do sistema de limpeza, coleta e transporte; estudo e projeto de aterro sanitário; implantação do sistema projetado. Estima-se um valor para o desenvolvimento do Plano Diretor na ordem de R$ 5 ou US$ 1,79 per capita e a elaboração e implantação de um aterro sanitário na ordem de R$ ou US$ ,28, dessa forma, os custos necessários para a implementação da ação estão de acordo com o Quadro 16. Quadro 16. Estimativa de Custo para Elaboração de Plano Diretor e Implantação de Aterro Sanitário Município População Rural na Bacia (60%) + População Urbana Custo para Implantação de Plano Diretor de Limpeza Urbana Custo para Elaboração do Projeto e Implantação do Aterro Sanitário R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Campo Formoso , ,28 Jacobina , ,28 Juazeiro ,28 Miguel Calmon , ,28 Mirangaba , ,28 Morro do Chapéu ,28 Ourolândia , ,28 Umburanas , ,28 Várzea Nova , ,28 Total Bacia , , ,50 TOTAL (R$) TOTAL (US$) , Atividade/ Projeto: Projeto Executivo de Construção de Fossas Sépticas Justificativa da Proposição Consiste na elaboração de projetos executivos de fossas sépticas para zona rural abrangida pela Bacia, objetivando o confinamento dos esgotos domésticos e sua infiltração no solo em localidades que não apresentam viabilidade econômica na implantação de sistemas convencionais pela dispersão das moradias. População Beneficiária/ Área de Abrangência Estima-se que a intervenção abrangerá cerca de 40% da população rural, levando-se em conta a necessidade da melhoria do saneamento para os seus habitantes. A população a ser atendida é de habitantes em casas, considerando uma média de 5 pessoas por unidade domiciliar. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os projetos executivos deverão incorporar: levantamentos e cadastro das localidades e residências; 47

75 estudo de população por residência e contribuição de esgoto; estudo do tipo de solo nas comunidades; dimensionamento das fossas com valas de infiltração ou sumidouro; especificações e orçamento de serviços básicos (limpeza do terreno, escavações mecânicas e manuais); especificações e orçamento de materiais. Vale ressaltar que na fase de elaboração dos referidos projetos de cisternas, serão realizadas campanhas de reconhecimento de campo, estudos hidrológicos simplificados, pesquisas domiciliares, trabalhos de escritório, consultorias e edição dos projetos finais executivos de engenharia. Quanto aos custos previstos consideraram-se 5 pessoas por domicílio e um custo de implantação de R$ 600 ou US$ 215 por uma fossa, como o mostrado no Quadro 17. Quadro 17. Estimativa de Custo para Elaboração e Implantação do Projeto Executivo de Fossas Sépticas Município População Rural na Bacia (40%) Número de Residências Custo para Implantação do Projeto Custo para Elaboração do Projeto R$ US$ (2,80) R$ US$ (2,80) Campo Formoso , ,86 Jacobina , ,86 Juazeiro , ,71 Miguel Calmon , ,14 Mirangaba , ,86 Morro do Chapéu , Ourolândia , Umburanas , ,14 Várzea Nova , ,43 Total Bacia , TOTAL R$ TOTAL US$ Projeto de Implantação de Lavanderias Públicas Justificativa da Proposição Uma prática muito comum e que vem causando alteração da qualidade da água é a lavagem de roupas à beira dos rios e lagos das barragens da Bacia do Rio Salitre. Tal costume constitui uma forma de sociabilidade, fruto da convivência e companheirismo entre as lavadeiras. O espaço na beira do rio não é apenas um lugar de trabalho, mas também um local de encontros e trocas sociais. Mas, esse quadro, também é conseqüência da deficiência dos sistemas de abastecimento de água não oferecidos ou oferecidos precariamente às comunidades. No entanto, tal prática introduz elementos químicos na água que, em proporções bem menores, contribui para a poluição dos recursos hídricos superficiais da Bacia. A implantação de lavanderias públicas permitiria o deslocamento das lavadeiras para esta unidade, reduzindo o problema da poluição hídrica, e manteria o processo de convivência social existente até então entre elas. 48

76 População Beneficiária/ Área de Abrangência A população abrangida diretamente pelo projeto seria todas as pessoas atuantes no processo de lavagem de roupa, mas, principalmente, aquelas que têm nesse ato um meio de sustento próprio e, indiretamente, todos os usuários da água. Tal problema foi bastante citado pelos moradores de Umburanas, Ourolândia, Mirangaba e Juazeiro, devendo ser nestes municípios as primeiras ações do setor. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos Os projetos executivos abrangendo as campanhas enfocarão os seguintes aspectos fundamentais: estudo de população a ser atendida e demandas solicitadas; dimensionamento das unidades a serem atendidas; especificações e orçamento de serviços de engenharia; especificações e orçamento de materiais a serem empregados nas campanhas; implantação. A elaboração e implantação do projeto de uma lavanderia pública estão estimadas em R$ ou US$ Programa de Capacitação Sanitária e Ambiental As intervenções nesta área visam conscientizar a população no que ta nge a relação recursos hídricos x meio ambiente x usuário, com cursos e seminários de conscientização. Aliados ao processo estarão os cursos de capacitação, cuja função é levar ao conhecimento da população técnicas e processos que poderão ser implantados por elas sem agredir o meio ambiente, além da sua viabilidade econômica e social. Será implementado por seis projetos como mostra o Quadro 18 a seguir. Quadro 18. Programa de Capacitação Sanitária e Ambiental - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Projeto/ Atividade R$ US$ (2,80) Projeto de Educação Sanitária e Ambiental Vb* Vb* Projeto de Incentivo e Capacitação para Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação ,86 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Manejo Adequado do Solo e Agrotóxicos Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso de Águas de Chuva , ,86 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas ,86 Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores ,29 TOTAL Sem Vb * ,73 * Verba Projeto de Educação Sanitária e Ambiental Justificativa da Proposição Ao longo do tempo, a prática de implantação e funcionamento dos sistemas de saneamento foram desenvolvidos sem um acompanhamento social, ou seja, sem a participação da 49

77 comunidade usuária do sistema. Tal processo implicou na depreciação e mau uso dos sistemas existentes, e, muitas vezes, resistência ao uso do sistema pela falta de conhecimento. São resíduos sólidos lançados nas redes de esgotos e ligações clandestinas que acabam por continuar a degradar o ambiente. As perfurações em redes de água que tornam-se focos de poluição, como também o lançamento de resíduos sólidos em terrenos baldios ou próximos a cursos d água. Esses comportamentos às vezes não se caracterizam por atos de vandalismos, mas por falta de conhecimento e educação sanitária ambiental, processo esse desconsiderado até então em muitos sistemas implantados. População Beneficiária/Área de Abrangência A população atendida deverá ser aquela beneficiária de qualquer sistema de saneamento a ser implantado e/ ou ampliado, seja na zona urbana ou rural. Esse processo permitirá aos futuros usuários dos sistemas conscientizarem-se sobre a importância dos mesmos, seus impactos sociais e ambientais, conservação, uso adequado, e, principalmente, a importância de sua participação no processo como um todo. O projeto deverá ser aplicado antes e em paralelo à implantação dos sistemas de saneamento, sendo de grande importância a discussão com a comunidade sobre o tipo de sistema com o qual ela gostaria de ser contemplada (simplificado, convencional, individual). Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos O projeto deverá ser desenvolvido mediante reuniões comunitárias, aberta ao público em geral, com profissionais da área de saneamento, sociologia, assistência social e multiplicadores sociais que terão a função de mobilizar a comunidade ao longo do desenvolvimento do projeto. As palestras deverão ser ministradas na localidade contemplada pelo sistema de saneamento, antes e durante a implantação do sistema. Devido às inúmeras variáveis a serem analisadas e quantificadas para a avaliação do custo do Projeto de Educação Sanitária e Ambiental estes não pôde ser estimado Projeto de Incentivo e Capacitação para Uso de Técnicas que Otimizem o Uso dos Recursos Hídricos na Irrigação Justificativa da Proposição Apesar da escassez de água na Bacia do Rio Salitre, as atividades agrícolas são bastante desenvolvidas, principalmente no Alto e Baixo Salitre, nas regiões pertencentes aos municípios de Juazeiro, Várzea Nova, Jacobina, Ourolândia e uma pequena parte do Médio Salitre na região de Mirangaba. O uso da água para irrigação nessas regiões não condiz com suas características hidrológicas. A maior parte dos agricultores irriga suas culturas por sulcos, inundação e pivô central. Tais métodos demandam uma quantidade de água acima do necessário para o cultivo, caracterizando uma perda muito grande, principalmente por evaporação, o que precisa ser revisto e adequado à realidade local da Bacia. Uma pesquisa desenvolvida em campo mostra que 72% da área irrigada na Bacia usam 50

78 irrigação por sulco, 13,45% por microaspersão e 2,45% por gotejamento. O Quadro 19 apresenta números que demonstram o percentual de irrigantes e seus respectivos sistemas de irrigação. Tipo 1 Sulco/ inundação Tipo 2 Gotejamento Tipo 3 Micro aspersão Tipo 4 Outros Quadro 19. Área Irrigada (ha) por Tipo de Sistema de Irrigação Área Irrigada Município Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Campo Formoso Jacobina Juazeiro Miguel Calmon Mirangaba Morro do Chapéu ,5 4,5 Ourolândia Umburanas Várzea Nova TOTAL ( 72%) 83 (2,45%) 448,5 (13,05%) 429,5 (12,5%) População Beneficiária/ Área de Abrangência O projeto deverá abranger os irrigantes das principais áreas de maior atividade agrícola na região (Juazeiro, Jacobina e Mirangaba, Várzea Nova e Ourolândia), sendo em torno de ha. O desenvolvimento do projeto terá como objetivo incentivar os irrigantes locais ao uso de técnicas mais apropriadas à disponibilidade hídrica da região como gotejamento, microaspersores, santeno e outros a serem estudados. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos O projeto deverá ser desenvolvido através de cursos de capacitação com os seguintes procedimentos: expos ição de técnicas adequadas à região, bem como o seu estudo no que se refere a dimensionamento, implantação e manutenção; comparação das técnicas convencionais atualmente usadas como as propostas, principalmente em relação aos custos financeiros, demanda d água e eficiência; exposição de fontes de recursos para obtenção dessas técnicas; aulas práticas em campo para demonstração das técnicas. Estima-se para o desenvolvimento desse curso o valor na ordem de R$ ou US$ ,86. 51

79 5.4.3 Projeto de Incentivo e Capacitação para o Manejo Adequado do Solo e Agrotóxico Justificativa da Proposição Com o objetivo de facilitar o processo de irrigação e aproveitar a umidade natural do solo, é muito comum o desenvolvimento de agricultura próximo aos cursos dos rios e lagos das barragens existentes na Bacia. Essa prática é bastante difundida na região irrigada de Juazeiro, Baixo Salitre, no trecho onde se localizam as barragens galgáveis, e em todo Alto Salitre onde a cultura irrigada está presente. Esse ato, além de retirada da mata ciliar dos rios e lagos, facilita a poluição das águas por agrotóxicos e fertilizantes que são carreados para o corpo hídrico mais próximo em épocas de chuva. O uso indiscriminado de tais elementos aumenta o poder de poluição, que poderia ser minimizado com o manejo adequado do solo e agrotóxico, por meio de técnicas como a adubação orgânica, adubação verde, agricultura biológica, cultivo de espécies nativas, rotação e consorciação de culturas, manejo integrado de pragas, fossas para embalagens de agrotóxicos, reutilização das águas servidas para irrigação e outras mais que se enquadram dentro do processo de culturas de pequeno porte, bastante presente na Bacia. População Beneficiária/ Área de Abrangência O projeto deverá abranger, inicia lmente, as áreas de maior atividade agrícola na região (Juazeiro, Jacobina e Mirangaba, Várzea Nova e Ourolândia), e, futuramente, as demais áreas que apresentem características agrícolas. O desenvolvimento do projeto terá como objetivo incentivar os irrigantes locais ao uso e manejo correto do solo e agrotóxicos, minimizando o máximo possível da poluição das águas superficiais. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos O projeto deverá ser desenvolvido através de cursos de capacitação que alcancem os seguintes objetivos: exposição de técnicas adequadas de manejo do solo e agrotóxicos; comparação das técnicas convencionais atualmente usadas com as propostas, principalmente no que se refere a custos financeiros e impactos ambientais e sociais; exposição de fontes de recursos para obtenção dessas técnicas; aulas práticas em campo para demonstração das técnicas. Estima-se para o desenvolvimento do curso o valor na ordem de R$ ou US$ , Projeto de Incentivo e Capacitação para o Aproveitamento e Uso das Águas de Chuva. Justificativa da Proposição Várias são as técnicas que podem ser usadas na região semi-árida para o aproveitamento das águas de chuva, visando o abastecimento humano, animal e irrigação familiar. Tais técnicas 52

80 são estudadas por órgãos especializados como a EMBRAPA CPATSA, sediada em Petrolina, e Universidades diversas. São cisternas rurais, barragens subterrâ neas, captação in situ e outras que podem ser utilizadas para o aumento da oferta hídrica na Bacia do Rio Salitre, que não apresenta apenas um baixo índice pluviométrico, mas também, aqüífero metassedimentar e cristalino com baixa capacidade de armazenamento e elevado índice de salinização, ocupando cerca de 72% da Bacia. Essas características evidenciam a baixa oferta de recursos hídricos superficiais e limitado uso para os recursos hídricos subterrâneos. Sendo uma Bacia de características bastante rurais, a implantação dessas técnicas permitiria o abastecimento de comunidades que se localizam distantes de cursos d água superficiais e apresentam poços com características salinas e até mesmo das comunidades que apresentam sistemas de abastecimento de água e que podem trabalhar em conjunto com outras técnicas, tendo em vista a baixa oferta hídrica da Bacia. População Beneficiária/ Área de Abrangência As alternativas para captação de água de chuva deverão ser implantadas em comunidades que apresentem viabilidade técnica e econômica. Comunidades muito dispersas poderão ser abastecidas por cisternas rurais, porém, o incentivo e capacitação para o uso dessa técnica deve vir acompanhada da sua implantação, evitando a depreciação dessa estrutura. O mesmo deve acontecer com a implantação de qualquer técnica para o aumento dos recursos hídricos. A implantação de uma barragem subterrânea está diretamente ligada com a agricultura familiar, que poderá armazenar no subsolo água suficiente para o cultivo de suas culturas, porém, só a capacitação para o uso de tal técnica permitirá o uso extensivo dessa alternativa. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo Estimativa de Custos A capacitação deverá ser feita mediante cursos que abranjam os seguintes objetivos: apresentação das técnicas que poderão ser utilizadas; estudo detalhado de cada técnica, quanto ao seu dimensionamento, solos, manutenção e etc; fontes de financiamento; aulas de campo. Estima-se um custo de aproximadamente R$ ,00 ou US$ ,86 para a implementação dessa ação Projeto de Incentivo e Capacitação para o Tratamento Simplificado de Águas Servidas Justificativa da Proposição O uso de técnicas simplificadas para o tratamento de efluentes líquidos domésticos é de grande vantagem para a redução da contaminação dos recursos hídricos, uma vez que permite o melhor aproveitamento desses recursos, que deixarão de receber cargas poluidoras de esgoto, mantendo as condições naturais dos mananciais superficiais e subterrâneos, além de aumentar a oferta de água de boa qualidade. 53

81 Técnicas como solo filtrante, uso de água-pé, baronesa e junco são algumas alternativas simplificadas que podem ser utilizadas para o tratamento de efluentes domésticos de unidades familiares e pequenos aglomerados, apresentando eficiência e viabilidade comprovada. No entanto, a falta de informação e conhecimento por parte da população condiciona o uso de alternativas inadequadas como fossas negras, quando existem, ou lançamento dos efluentes em corpos d água ou a céu aberto. População Beneficiária/ Área de Abrangência O projeto deverá abranger as comunidades rurais por meio de seus representantes e associações que estejam dispostos a multip licar seus conhecimentos com os moradores os quais representam. Dando ênfase, principalmente, às comunidades e moradores isolados que não sejam beneficiados por nenhum tipo de sistema de esgotamento sanitário, convencional, simplificado e individual, e que se caracterize por grande poder de poluição por estar próximo de cursos d águas e lagos de barragens, e demais interessados. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo Estimativa de Custos A capacitação deverá ser feita mediante cursos que abranjam os seguintes objetivos: apresentação das técnicas que poderão ser utilizadas; estudo detalhado de cada técnica, quanto ao seu dimensionamento, solos, manutenção e etc; fontes de financiamento; aulas de campo. Estima-se um custo de aproximadamente R$ ,00 ou US$ ,86 para a implementação dessa ação Projeto de Capacitação para o Aproveitamento de Rejeitos de Dessalinizadores. Justificativa da Proposição Uma das alternativas utilizadas para o uso das águas subterrâneas salinas para o consumo humano e animal é o processo de dessalinizadores de água. Muito embora a qualidade da água obtida após o processo seja de boa qualidade, o problema está no seu rejeito, que é rico em sais, e seu despejo indiscriminado a céu aberto cria um novo problema, o aumento das áreas salinizadas, seja o solo, ou até mesmo as águas superficiais. Regiões do semi-árido da Bahia que vem usando o processo de dessalinização estão depositando seu rejeito em lagoas de decantação ou mesmo ao ar livre, sem maiores preocupações, constituindo-se um grave problema ambiental a ser solucionado. É provável que os caminhos a serem seguidos por pesquisas, digam respeito ao aproveitamento desses sais para fins pecuários, visto ser a região semi-árida muito carente no aspecto de mineração dos animais; na piscicultura, principalmente no cultivo de tilápias, que são peixes extremamente resistentes a ambientes salinos; e o cultivo irrigado de planta s como a atriplex que vem sendo utilizadas em regiões áridas e semi-áridas do mundo, como recurso forrageiro importante na complementação de dietas de ruminantes. 54

82 O uso de técnicas como essas poderão minimizar o problema de salinização do solo e águas superficiais que pode vir a acontecer na Bacia, já que se trata de uma região com 72% da sua água abrangida por aqüífero metassedimentar e cristalino, que armazenam água com elevados teores de sal, necessitando de processos de dessalinização para o seu consumo. População Beneficiária/Área de Abrangência O projeto deverá abranger comunidades que venham ter seus sistemas de água funcionando com processos de dessalinização, incentivando o reaproveitamento dos rejeitos por meio de alguma das técnicas citadas anteriormente. A técnica a ser utilizada deverá atender aos anseios da comunidade. A criação de tilápias, por exemplo, poderá ser uma fonte de alimentação e financeira para a comunidade. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos O projeto deverá ser desenvolvido, mediante curso de capacitação, com a função de permitir que seus participantes possam dimensionar, implantar e operar as técnicas estudadas. O curso deverá ser ministrado por profissionais especializados e voltado para representantes de comunidades que possam servir de multiplicadores, devendo ter: apresentação das técnicas que poderão ser utilizadas; estudo detalhado de cada técnica, quanto ao seu dimensionamento, solos, manutenção, etc; fontes de financiamento; aulas de campo. Para a realização do projeto estima-se um custo de R$ ou US$ , Programa de Revegetação e Recuperação das Nascentes e Trechos Críticos da Bac ia do Rio Salitre A implementação do programa permitirá a recuperação das matas ciliares dos cursos d água da Bacia do Rio Salitre, inclusive das nascentes, evitando os processos erosivos que assoreiam as calhas dos rios e lagos de barragem, e reduzem a qualidade das águas superficiais. Será composto por três projetos como segue o Quadro 20. Quadro 20. Programa de Revegetação e Recuperação das Nascentes e Trechos Críticos da Bacia do Rio Salitre - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Projeto/ Atividade R$ US$ (2,80) Projeto de Recuperação das Nascentes do Rio Salitre e Afluentes ,43 Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia do Rio ,85 Salitre Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão ,14 TOTAL , Projeto de Recuperação de Nascentes do Rio Salitre e Afluentes Justificativa da Proposição Um dos problemas existente na bacia do rio Salitre é o cultivo de lavouras nas margens dos rios para facilitar o processo de irrigação e aproveitamento da umidade do solo. Tal prática 55

83 induz à retirada das matas ciliares dos rios, comprometendo a proteção das margens e facilitando o processo de erosão e assoreamento da calha. Nas nascentes, esse quadro pode comprometer a recarga hídrica, tal processo acontece, principalmente, no cultivo da agricultura familiar. População Beneficiária/ Área de Abrangência A atividade está relacionada à elaboração de projetos executivos, objetivando a recuperação de nascentes da Bacia, mediante a recomposição vegetal das mesmas com o replantio de espécies nativas ou outras, adaptadas às funções semelhantes, ou seja, de proteção aos mananciais. O projeto indicará as intervenções e as áreas onde serão implementadas, como as nascentes onde as ações antrópicas determinaram maiores possibilidades de carreamento de sedimentos, comprometendo a qualidade das águas pelos processos de assoreamento das calhas, dificultando o atendimento das demandas de abastecimento humano e atividades econômicas. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo. Estimativa de Custos No projeto serão contemplados os seguintes aspectos principais: reconhecimento dos locais das nascentes na Bacia do Rio Salitre; levantamento dos aspectos de relevo e solos; identificação dos pontos a serem implementadas as ações de revegetação; seleção de espécies nativas e adaptadas para a recomposição das áreas atingidas nas nascentes; determinação de estandes e quantificação de mudas a utilizar; planejamento agroflorestal para o plantio de mudas. Considerou-se a existência de 85 pontos a serem contemplados no projeto, em uma primeira fase, no âmbito da Bacia. Para a elaboração dos projetos correspondentes foi estimada uma verba de R$ ou US$ , Projeto de Revegetação de Matas Ciliares em Trechos Críticos da Bacia Justificativa da Proposição O uso indiscriminado do solo é outro fator determinante para a degradação dos recursos hídricos. É muito comum o desenvolvimento da agricultura nas margens do rio e lagos de barragens em toda Bacia. Essa prática visa facilitar a irrigação das culturas e aproveitar a umidade do solo durante as épocas secas, no entanto, necessita da retirada das matas ciliares e vegetações próximas aos cursos d'água para o seu desenvolvimento. Tal quadro desencadeia processos erosivos que assoreiam a calha do r io e introduz materiais em suspensão na água. População Beneficiária/ Área de Abrangência A atividade está relacionada à elaboração de projetos executivos de recuperação de trechos dos rios em situações críticas, mediante a recomposição da mata ciliar através do replantio de 56

84 espécies nativas ou outras, adaptadas às funções semelhantes, ou seja, de proteção aos mananciais. Preliminarmente, admite-se a necessidade de intervenção em cerca de hectares de áreas para recomposição vegetal na Bacia, isso considerando trechos críticos a serem analisados e confirmados por observações locais e materiais cartográficos, como fotos, imagens de satélites e recursos avançados de geoprocessamento. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo Estimativa de Custos As ações previstas em projeto deverão contemplar os seguintes impactos positivos esperados: redução dos níveis de erosão dos solos adjacentes aos corpos d'água; redução do assoreamento nas calhas nos rios, preservando a biodiversidade; manutenção de corredores ecológicos; aumento da vazão e preservação da qualidade das águas. Os projetos deverão prever a instalação de cercas de proteção em locais onde em pontos mais vulneráveis a impactos causados por animais ou por ações antrópicas desordenadas. O custo estimado para essa ação é da ordem de R$ ou US$ , Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas por Efeitos de Erosão Justificativa da Proposição O uso indiscriminado do solo é um fator determinante para a degradação dos recursos hídricos. É muito comum o desenvolvimento da agricultura nas margens do rio e lagos de barragens em toda Bacia. Tal prática visa facilitar a irrigação das culturas e aproveitar a umidade do solo durante as épocas secas, no entanto, necessita da retirada da s matas ciliares e vegetações próximas aos cursos d'água para o seu desenvolvimento. Esse quadro desencadeia processos erosivos que assoreiam a calha do rio e introduz materiais em suspensão na água. População Beneficiária/ Área de Abrangência As intervenções serão realizadas em áreas com maior possibilidade de carreamento de sedimentos e que sofreram ou ainda sofrem processos erosivos por estarem degradadas pelas ações antrópicas. Nível de Prioridade De 1 a 3: 1 - preferencial e emergencial; 2 - preferencial e emergencial a médio prazo; e 3 - preferencial a médio prazo Memória de cálculo: foi estimada uma superfície total correspondente a hectares de áreas degradadas a serem recuperadas; estimou-se um custo de R$ 50 ou US$ 17,8 por hectare de área degradada recuperada, totalizando portanto, o mesmo valor para implementação da ação. 57

85 5.6 Programa de Avaliação das Condições das Barragens Existentes na Bacia do Rio Salitre Este programa visa recuperar o atual estado operacional das barragens existentes na Bacia do Rio Salitre, além de suas estruturas hidráulicas e condições de utilização da água armazenada nos seus reservatórios. Propor medidas de reparos que possam contribuir para melhoria de sua segurança, englobando os aspectos estruturais, operaciona is, ambientais e sócio econômicos. O programa deve atender as principais barragens da Bacia, principalmente os cadastrados durante o desenvolvimento do PLANGIS: Barragem de Tamboril, Taquarandi, Caatinga do Moura, Delfino, Ourolândia e as nove barragens ga lgáveis existentes no baixo trecho do rio Salitre no município de Juazeiro. O programa será implementado por meio de três projetos como mostra o Quadro 21. Quadro 21. Programa de Avaliação das Condições das Barragens Existentes na Bacia do Rio Salitre - Projetos e Respectivos Custos de Implantação Projeto/ Atividade R$ US$ (2,80) Projeto de Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes. Projeto de Avaliação das Condições de Segurança das Barragens Existentes Projeto de Avaliação dos Usos e Qualidade da Água das Barragens Existentes ,72 Total , Projeto de Avaliação das Condições Operacionais e de Manutenção das Barragens Existentes. Justificativa da Proposição O projeto de operação de barragens de pequenos e médios portes visa o estabelecimento de procedimentos mínimos de operação, adequação e funcionamento das obras hidraulicas complementares além de problemas no reservatório e áreas próximas à linha de inundação. As condições de garantia para a proteção do meio ambiente no que dizem respeito à qualidade da água, erosão e assoreamento de áreas. Deverá ser dada uma atenção especial a Barragem de Ouro Branco, como mostra a Figura 6 que se destaca pela sua complexidade. Após a implementação a barragem cortou o rio Salitre no município de Ourolândia, ressurgindo no município de Campo Formoso. Recentemente foi aberto um pequeno canal de desvio pela lateral da barragem para permitir a passagem da água, no entanto, esta nunca alcançou cota suficiente para escoar. Moradores localizados a jusante da barragem já ameaçaram implodí-la tendo como justificativa a escassez de água. 58

86 Figura 6. Mapa localizando a Barragem de Ouro Branco em Ourolândia 59

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