Lucro líquido da Petrobras foi de R$ 9 bilhões 214 milhões no 1º trimestre de 2012

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1 Lucro líquido da Petrobras foi de R$ 9 bilhões 214 milhões no 1º trimestre de 2012 Nota à Imprensa 15 de maio de 2012 O lucro líquido do trimestre aumentou 82% na comparação com o 4º trimestre de 2011 e foi 16% menor na comparação com o mesmo período de 2011; A geração operacional de caixa (EBITDA) atingiu R$ 16 bilhões 521 milhões, 18% superior ao último trimestre de 2011 e 4% maior que a do 1º trimestre de 2011; A produção total de petróleo e gás natural subiu 2% em relação ao 1º trimestre do ano passado, alcançando a média de 2 milhões e 676 mil barris/dia; Iniciada a produção do campo de Cascade, no Golfo do México, em águas profundas; Novas descobertas no pré-sal: Carioca Sela e Carcará na Bacia de Santos, Pão de Açúcar na Bacia de Campos; Novas descobertas no pós-sal: Leste do Igarapé Chibata na Bacia do Solimões e Tambuatá na Bacia do Espírito Santo; Derivados: crescimento da produção (+3%) e venda (+10%) no mercado interno em comparação com o mesmo período de 2011; Investimentos de R$ 18 bilhões 20 milhões, sendo 52% nas atividades de Exploração e Produção; Captação de US$ 7,2 bilhões através da emissão de títulos no exterior com as menores taxas históricas; Remuneração aos acionistas: provisionamento de R$ 2 bilhões 609 milhões referente à primeira parcela de juros sobre o capital próprio para o exercício de 2012, com previsão de pagamento até Lucro Líquido (R$ milhões) EBITDA (R$ milhões) T11 4T11 1T12 (2.000) Receita 1T11 Operacional Líquida 4T11 (R$ milhões) 1T E&P Investimento Total 1T12 (R$ milhões) Abastecimento Gás e Energia Internacional Distribuição Biocombustível Corporativo Produção Total de Óleo, LGN e Gás Natural (mil boed) T11 4T11 1T12 Brasil Internacional 1

2 Lucro líquido atingiu R$ 9 bilhões 214 milhões A Companhia registrou um lucro líquido de R$ 9 bilhões 214 milhões no primeiro trimestre de 2012, 16% inferior ao registrado no mesmo período de O principal fator que impactou o lucro líquido foi a redução do resultado financeiro em R$ 1,6 bilhão em relação ao 1º trimestre de 2011, devido ao menor ganho cambial sobre o endividamento e à redução da receita das aplicações financeiras. O lucro operacional apresentou redução de 4% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 11 bilhões 771 milhões. Contribuiu para o resultado operacional o aumento da receita de vendas em 22%, impulsionado pelo aumento da exportação de óleo (+20%) e pelo maior volume de vendas de derivados (+10%) e gás natural (+14%) no mercado nacional. Também contribuiu para o crescimento da receita a elevação do preço do petróleo no mercado internacional (preço médio do Brent US$ 118,49 ante US$ 104,97 no 1º trimestre de 2011), o reajuste do diesel (+2%) e da gasolina (+10%) em novembro de 2011 e a depreciação cambial (+6%) que resultaram em um aumento de 8% no preço médio de venda dos derivados no mercado interno. Este aumento de receita foi compensado por um aumento no custo do produto vendido (CPV) que subiu 33%, impactado, especialmente, por maiores volumes vendidos, aumento dos gastos com a importação de diesel e gasolina e crescimento das participações governamentais sobre a produção de petróleo em função do crescente preço do petróleo. As despesas operacionais apresentaram um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo, principalmente, os ajustes do Acordo Coletivo de Trabalho de 2011 e o aumento da força de trabalho. Na comparação com o último trimestre de 2011, lucro líquido aumentou 82% Em relação ao trimestre anterior, os principais destaques foram o aumento da receita em 1% devido ao aumento das exportações de petróleo (+38%) consequência do aumento da produção, do menor processamento de óleo nacional e da realização de estoques produzidos no final de A receita também foi beneficiada pelos maiores preços de venda, refletindo o aumento do preço do petróleo e o reajuste dos preços da gasolina e do diesel em novembro de Houve também uma redução de 4% no custo de produtos vendidos - CPV, devido a menores volumes de venda de derivados (-3%), reflexo da sazonalidade, e à menor participação das importações nos volumes vendidos. Também contribuiu para a melhora do resultado a redução de 14% nas despesas operacionais em relação ao trimestre anterior, em virtude da ausência de fatos extraordinários ocorridos no trimestre anterior (perda na recuperação de ativos, depreciação extemporânea e baixa de poços secos). Com isso, em relação ao 4º trimestre de 2011 o lucro operacional cresceu 57% e o EBITDA, 18%. O melhor resultado operacional foi refletido no aumento do lucro líquido, diante da estabilidade do resultado financeiro e do pagamento de impostos. INDICADORES ECONÔMICOS CONSOLIDADOS R$ milhões 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Receita de vendas % % Custo dos Produtos Vendidos (45.890) (34.469) 33% (47.951) -4% Lucro Bruto % % Despesas Operacionais (8.473) (7.571) 12% (9.816) -14% Lucro Operacional (1) % % Resultado Financeiro Líquido % % Imposto de Renda/Contribuição Social (2.944) (3.587) -18% (2.757) 7% Lucro Líquido % % EBIT DA (2) % % (1) Lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos. (2) Lucro antes do resultado financeiro e da equivalência patrimonial + depreciação/amortização. Produção de petróleo e gás natural A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior atingiu a média diária de 2 milhões 676 mil barris de óleo equivalente (boe), 2% superior ao volume produzido no mesmo período de

3 No Brasil, a produção total de óleo e gás natural aumentou 2% na comparação entre os primeiros trimestre de 2011 e 2012, alcançando 2 milhões 430 mil boed. A produção de gás natural aumentou 7% devido ao início da produção de Mexilhão e Uruguá, o que conferiu maior flexibilidade no suprimento de gás para o mercado nacional. A produção de petróleo atingiu a média diária de 2 milhões 66 mil barris, valor 1% superior ao 1º trimestre de Esse crescimento foi sustentado pelo aumento da produção na Bacia de Campos - P-56 (Marlim Sul) e P-57 (Jubarte), e na Bacia de Santos Piloto de Lula. PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL Mil boed 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Produção Nacional % % Petróleo e LGN % % Gás Natural (1) % 367-1% Produção Internacional Consolidada % 246-3% Petróleo e LGN % 146-3% Gás Natural % 100-2% Produção Internacional não consolidada % 8-13% Produção Internacional Total % 254-3% Produção Total % % (1) Não inclui gás liquefeito e inclui gás reinjetado Investimentos com foco nas atividades de exploração e produção Os investimentos totalizaram R$ 18 bilhões 20 milhões, a maior parte dedicada ao segmento de Exploração & Produção (52%) com prioridade para a ampliação da capacidade de produção e do desenvolvimento da produção na área do Pré- Sal. Na área de Abastecimento, investimos R$ 6 bilhões 421 milhões, dando continuidade aos projetos de modernização e ampliação do parque de refino e no segmento de Gás & Energia continuamos investindo na complementação da infraestrutura de transporte. INVESTIMENTOS R$ milhões 1T12 1T11 1T12/1T11 Exploração e Produção % Abastecimento % Gás e Energia % Internacional % Distribuição % Biocombustível % Corporativo % Total de Investimentos % Preços no mercado doméstico O preço do petróleo nacional vendido pela Petrobras aumentou 19% em dólares na comparação com o 1º trimestre de No mesmo período, o preço médio dos derivados no mercado interno cresceu 1% em dólares e 8% em reais. O diferencial entre o preço médio do petróleo nacional e a cotação média do Brent foi reduzido de US$ 10,93/barril no primeiro trimestre de 2011 para US$ 6,93/barril, refletindo a valorização do óleo pesado em relação ao leve. Em 1º de novembro de 2011, entrou em vigor o reajuste nos preços de venda nas refinarias da gasolina (+10%) e do diesel (+2%). 3

4 INDICADORES DE PREÇOS R$/bbl 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Derivados - Mercado Interno 176,72 163,72 8% 173,13 2% US$/bbl Derivados - Mercado Interno (1) 100,60 99,34 1% 96,71 4% Petróleo Nacional - Venda 111,56 94,04 19% 103,10 8% Petróleo Internacional - Venda 99,99 87,39 14% 97,11 3% Petróleo Brent 118,49 104,97 13% 109,31 8% (1) Fonte: Platt's, EIA e Petrobras Maior processamento do óleo nacional e crescimento do fator de utilização das refinarias Destacamos o volume processado de petróleo nacional nas refinarias que alcançou 1 milhão 884 mil bpd, 2% superior ao mesmo período de 2011, em função da redução de paradas programadas nas unidades de destilação e dos investimentos realizados no parque de refino. A Companhia utilizou 94% da capacidade nominal das refinarias no país. Do volume total de petróleo processado, 81% vieram de campos brasileiros. A Petrobras continua investindo em novas unidades de conversão, o que permitirá aumentar o processamento de óleo nacional nas refinarias. PRODUÇÃO DE DERIVADOS Mil barris por dia 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Produção de Derivados % % Nacional % % Internacional % % Utilização(%) da Capacidade Nominal Nacional 94% 92% +2 p.p 94% - Internacional 75% 66% +9 p.p. 62% +13 p.p. Participação do óleo nacional (%) 81% 82% -1 p.p. 82% -1 p.p. Aumento das vendas de derivados e gás natural no mercado interno O volume de vendas de derivados e gás natural no mercado interno foi 11% superior ao mesmo período de 2011, destacando-se o óleo diesel e a gasolina. A Companhia, ao longo de 2011, adaptou as refinarias para produzir mais gasolina e diesel. As vendas de diesel aumentaram 9% em função do aquecimento da economia, puxadas, principalmente pelo aumento nas atividades agropecuárias. O volume vendido de gasolina foi 24% superior, refletindo a maior competitividade em relação ao etanol, o crescimento da frota de veículos e a redução do teor de etanol hidratado na gasolina C (de 25% para 20%), a partir de outubro/2011. As vendas de gás natural cresceram 14% devido à maior atividade industrial e ao aquecimento da economia. Em relação ao último trimestre de 2011 a queda no volume de vendas de derivados no mercado interno foi reflexo da sazonalidade. VO LU M E D E V EN D AS - M E R CA D O IN TER N O M il barris p or dia 1T12 1T11 1T12/1T 11 4T11 1T 12 /4T11 G ás N atu ral % 316 2% D erivado s % % D iesel % % G asolina % 547 0% Ó leo C om bustível % 82-9 % N afta % % G LP % % Q AV % 105 1% O utros % 182 5% Alcóo is, N itro gen a do s, R e no v áveis e Ou tro s % 85-6 % To tal M ercad o In tern o % % 4

5 Balança Comercial da Petrobras impactada pelo aumento das importações de derivados Houve um aumento de 20% nas exportações de petróleo em relação ao 1º trimestre do ano passado, em virtude do aumento da produção e da realização de estoques produzidos no final de A redução da importação de petróleo foi compensada pelo aumento da importação de derivados visando a atender à maior demanda de derivados prevista para o início do 2º trimestre do corrente ano. Com isso, tivemos uma importação líquida de petróleo e derivados de 50 mil bpd. BALANÇA COMERCIAL Mil barris por dia 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Importação Total de Petróleo e Derivados % 774-1% Petróleo % 380-6% Derivados % 394 3% Exportação de Petróleo e Derivados % % Petróleo (1) % % Derivados % % Exportação (Importação) Líquida de Petróleo e Derivados e outros (50) (53) -6% (226) -78% (1) Estão contemplados os volumes de exportações de petróleo oriundos das áreas de negócio de Abastecimento e de Exploração & Produção. Custo de extração e de refino O custo de extração sem participações governamentais no país, em reais, aumentou R$ 3,70/barril em relação ao 1º trimestre de 2011, em razão dos maiores gastos com intervenções, maiores taxas de afretamento e maiores custos de manutenção para recuperar a eficiência dos sistemas maduros. Além disso, parcela deste aumento deve-se à desvalorização do real frente ao dólar no período. Em comparação aos últimos três meses do ano passado, o custo de extração permaneceu estável. O aumento do preço de referência do petróleo nacional contribuiu para o acréscimo de R$ 11,07/barril no custo de extração com participações governamentais no comparativo com o mesmo período do ano passado. O custo de refino no país, em reais, permaneceu estável em relação ao 1º trimestre de Na comparação com o trimestre anterior, o custo caiu 10% em função de menores gastos com paradas programadas, materiais e pessoal. CUSTO DE EXTRAÇÃO E REFINO R$/bbl 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Custo de Extração (sem Part. Govern.) País 22,70 19,00 19% 22,47 1% Custo de Extração (com Part. Govern.) País 61,73 50,66 22% 60,04 3% Custo de Refino - País 7,54 7,57 0% 8,57-12% US$/bbl Custo de Extração (sem Part. Govern.) País 12,98 11,38 14% 12,49 4% Custo de Extração (com Part. Govern.) País 35,68 30,48 17% 33,31 7% Custo de Extração - Internacional 7,63 5,65 35% 7,02 9% Custo de Refino - País 4,27 4,53-6% 4,76-10% Custo de Refino - Internacional 3,27 4,81-32% 4,54-28% Aumento das Disponibilidades da Companhia Os recursos gerados pelas atividades operacionais cresceram 19% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 15 bilhões 86 milhões. Esse montante, adicionado à captação líquida de R$ 10 bilhões 924 milhões, superou os investimentos e o pagamento de dividendos e juros. As disponibilidades ajustadas alcançaram R$ 57 bilhões 894 milhões em 31 de março de

6 Em fevereiro de 2012, a Companhia realizou importante captação no valor total de US$ 7,2 bilhões através da emissão de títulos no exterior com vencimentos de 3, 5, 10 e 30 anos com custos e prazos favoráveis ao financiamento das atividades da Companhia. A alavancagem e a solvência da Companhia mantêm-se em patamares sustentáveis e dentro dos limites estabelecidos no Plano de Negócios. A alavancagem mantevese no patamar de 24% verificado no trimestre anterior. ENDIVIDAMENTO R$ m ilhões 31/3/ /12/2011 Var (% ) Endividamento Total % Endividamento Curto Prazo % Endividamento Longo Prazo % Disponibilidades Ajustadas % Disponibilidades % Títulos Públicos Federais (vencimento superior a 90 dias) % Endividamento Líquido % Dívida Líquida / EBITD A 1,61 1,66-3% Endiv. Líquido / (Endiv. Líquido + Patrimônio Líquido) 24% 24% - Contribuição Econômica e Participações Governamentais A contribuição econômica da Petrobras, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$18 bilhões 661 milhões. As participações governamentais no país aumentaram 28% em relação ao 1º trimestre de 2011, devido ao acréscimo de 24% no preço médio de referência do petróleo nacional, que alcançou R$/barril 190,42 (US$/barril 107,74), contra R$/barril 153,73 (US$/barril 92,25) em 2011, refletindo as maiores cotações internacionais de petróleo no período. CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS R$ milhões 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 Contribuição Econômica - País % % ICMS % % CIDE % % PIS/COFINS % % Imposto de Renda e C.S. s/lucro % % Outros % % Contribuição Econômica - Exterior % % Total % % PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS R$ milhões 1T12 1T11 1T12/1T11 4T11 1T12/4T11 País % % Royalties % % Participação Especial % % Retenção de Área % 43-12% Exterior % 205 7% Total % % Gerência de Imprensa Telefone: 55 (21) / Fax: 55 (21) / imprensa@petrobras.com.br 6