RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

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1 0 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA GRADUAÇÃO Jéssica Tomio Ijuí, RS, Brasil 205

2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Jéssica Tomio Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, Área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária. Orientador: Prof. Med. Vet. MS. Fernando Silvério Ferreira da Cruz Supervisor: Med. Vet. Cristiane Barcellos Mitri Ijuí, RS, Brasil 205

3 2 Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Departamento de Estudos Agrários Curso de Medicina Veterinária A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio da Graduação RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA elaborado por Jéssica Tomio como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária COMISSÃO EXAMINADORA: Fernando Silvério Ferreira da Cruz, DR (UNIJUÍ) (Orientador) Cristiane Beck, MS (UNIJUÍ) (Banca) Ijuí, 03 de agosto de 205.

4 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos os animais que de alguma forma ajudaram para que esse dia chegasse, pois sem eles não haveria conhecimento possível em ciência nenhuma. Em especial dedico ao meu amigo Dusty que não está mais comigo, mas que, apesar disso, me inspira a cada dia a lutar por uma vida mais digna a cada um deles.

5 4 AGRADECIMENTOS Dedico este trabalho a todos os anjos que passaram pela minha vida. Agradeço a eles pelas oportunidades recebidas e pela pessoa que me tornei. Agradeço a minha família de anjos, em especial meus pais Sinara Maria Rocha e Nelson Tomio por todos esses anos fazerem o possível e o impossível para me darem de tudo e para manterem meus estudos com qualidade, muito obrigada, serei eternamente grata a vocês. Agradeço ao meu anjo caçula Douglas Tomio, que é um exemplo de caráter e superação, e peço desculpas por toda a ausência e por não cumprir meu papel de irmã mais velha com toda a qualidade que você merece, te amo mano! Ao meu anjo Paulo Roberto Goi por todo apoio e companheirismo, obrigada amor, você torna tudo mais fácil somente com seu sorriso. Também agradeço a minha família postiça Goi, em especial aos meus sogros e cunhada por me permitirem fazer parte dessa família maravilhosa, obrigada, tenho orgulho de conviver com vocês. Agradeço as minhas anjas amigas Andressa Irgang, Loana F. Tamiosso, Paolla R. Peixoto, Lidiane Oliveira, Cindi Frota e Kally de Souza pela confiança, apoio e amizade incondicional. Meninas, não tenho como expressar o quanto sou grata pelas horas de companhia, conversas e incontáveis risadas, vocês são muito especiais. Agradeço aos meus professores e colegas de curso por terem partilhado comigo etapas importantes da minha vida, obrigada, sem vocês a conclusão dessa etapa não seria possível. Ao meu orientador Fernando S. F. da Cruz, deixo um agradecimento especial por todo o tempo dedicado a realização desse trabalho e por acreditar em mim, obrigada! Agradeço também aos professores Cristiane Teichmann, Denize Fraga e Daniel Muller que apesar do pouco contato, são excelentes profissionais e pessoas que admiro muito, e claro, agradeço ao capitão Dagmar Camacho Garcia por ser um exemplo vivo de que amizade e profissão pode ser uma coisa só. Agradeço aos meus anjos de quatro patas, Rusty, Pandora, Flecha e Dominick Antônio, por me proporcionarem a alegria de tê-los em minha vida. Agradeço ao meu melhor anjo que hoje não está mais comigo, mas sei que olha por mim, Dusty, obrigada cara, você foi o melhor cão que alguém poderia ter, amo você! Agradeço a todos os meus anjos pela confiança, doação e até mesmo pelas feridas da vida e é com muita alegria que dedico toda a minha vida a eles, que me ensinaram a nunca desistir, a aprender sempre e a ser humilde e crente dos meus valores independente de tudo.

6 5 RESUMO Relatório de Graduação Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA ÁREA CLÍNICA E CIRÚRGIA DE PEQUENOS ANIMAIS AUTORA: JÉSSICA TOMIO ORIENTADOR: FERNANDO SILVÉRIO FERREIRA DA CRUZ Data e Local de Defesa: Ijuí, 03 de agosto de 205 O estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 8 de abril a 30 de junho de 205, totalizando 50 horas. A execução se deu na Clínica Veterinária Bicho Bom, em Ijuí, sob supervisão interna da Médica Veterinária Cristiane Mitri, na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais. Foram desenvolvidas atividades Clínicas e Cirúrgicas voltadas à área, atendimentos referentes a manejo sanitário (vacinações), assim como também diversos procedimentos ambulatoriais. No sentido clínico, foram realizados diferentes tipos de atendimentos com variadas patologias como megaesôfago, miíases, dermatite úmida, carcinoma de células escamosas, atropelamentos, acompanhamento pré-parto, entre outros. Na parte cirúrgica, dentre os diversos casos, destacam-se a osteossíntese de sínfise manibular, mastectomias, ovariosalpingohisterectomias, conchectomias e enucleações, e ainda, alguns procedimentos na área da anestesiologia, como a anestesia local por tumescência com Lidocaína, também puderam ser acompanhadas. O estágio curricular é muito importante para o estudante por proporcionar uma breve experiência da rotina clínica e cirúrgica que a profissão de Médico Veterinário exige, tornando prático ao aluno a realidade que o mesmo encontrará como profissional na área, sendo fundamental para a vivência acadêmica, pois se torna o momento de praticar os conhecimentos adquiridos em sala de aula durante todo o período de graduação. Palavras-chave: Formação profissional. Médico Veterinário. Pequenos animais.

7 6 LISTA DE TABELAS Tabela - Tabela 2 - Tabela 3 - Atendimentos clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais na Clínica Veterinária Bicho Bom, Santo Ângelo/RS, no período de 8 de abril a 30 de junho de Procedimentos anestésicos e cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais na Clínica Veterinária Bicho Bom, Santo Ângelo/RS, no período de 8 de abril a 30 de junho de Procedimentos ambulatoriais e exames complementaresacompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais na Clínica Veterinária Bicho Bom, Santo Ângelo/RS, no período de 8 de abril a 30 de junho de

8 7 LISTA DE ABREVIATURAS AINES Anti-inflamatórios Não Esteroidais ALT Anestesia Local Tumescente CCE Carcinoma de Células Escamosas cm - Centímetros DTUIF Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos ECG Eletrocardiograma FC Frequência Cardíaca FR Frequência Respiratória IM Intramuscular IV Intravenosa mg/kg Miligramas por Quilograma ml/kg Mililitros por Quilograma MPA Medicação Pré-anestésica Nº Número OSH Ovariosalpingohisterectomia ph Potencial Hidrogeniônico RS Rio Grande do Sul SpO2% Saturação de Oxigênio da Hemoglobina SRD Sem Raça Definida Tº Temperatura ºC Grau Celsius % Porcentagem

9 8 LISTA DE ANEXOS Anexo A - Resultado do Exame Histopatológico do Relato de Caso I...33 Anexo B - Resultado do Exame Histopatológico do Relato de Caso II...34

10 SUMÁRIO. INTRODUÇÃO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS RELATO DE CASO ANESTESIA LOCAL POR TUMESCÊNCIA COM LIDOCAÍNA EM CADELA SUBMETIDA À MASTECTOMIA UNILATERAL COMPLETA... 3 Resumo... 3 Introdução... 4 Metodologia... 5 Resultados e Discussão... 6 Conclusão... 9 Referências Bibliográficas RELATO DE CASO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM GATO... 2 Resumo... 2 Introdução Metodologia Resultados e discussão Conclusão Referências bibliográficas CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS

11 0. INTRODUÇÃO O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é de grande importância, pois trata-se do momento onde o graduando vivencia ativamente a rotina do profissional da área, bem como desempenha o papel de Médico Veterinário, realizando desde pequenos procedimentos até situações complexas, que culminam com o auxílio a resolução de determinado caso clínico. Este estágio curricular foi realizado na área Clínica e Cirúrgica de Pequenos Animais, na Clínica Veterinária Bicho Bom, no município de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, no período de 8 de abril a 30 de junho de 205, totalizando 50 horas. A supervisão interna foi realizada pela Médica Veterinária Cristiane Barcellos Mitri, sob orientação do professor Doutor em Medicina Veterinária Fernando Silvério Ferreira da Cruz. A Clínica Veterinária Bicho Bom foi fundada pela até então proprietária Cristiane B. Mitri, a qual é também a Médica Veterinária responsável pelo estabelecimento. A clínica presta serviços como consultas clínicas e procedimentos cirúrgicos, exames laboratoriais, banho e tosa, além da venda de acessórios e medicamentos veterinários, tendo uma rotina bastante ampla e diversificada todos os dias da semana, o que proporciona ao aluno bastante oportunidade de acompanhar e até mesmo realizar diversos procedimentos diários.

12 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Tabela. Atendimentos clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais na Clínica Veterinária Bicho Bom, Santo Ângelo/RS, no período de 8 de abril a 30 de junho de 205. Procedimento Canina Felina Total % Atropelamento Broncopneumonia Carcinoma de células escamosas Cinomose Dermatite úmida aguda Doença do trato urinário inferior felino Endometrite cística Fratura simples diafisária oblíqua de úmero Hérnia inguinal Hérnia umbilical Luxação de patela Malasseziose Megaesôfago Miíase Obstrução esofágica Parto Parvovirose Proptose ocular ,67 3,33 3,33 6,67 6,67 0,0 3,33 3,33 3,33 3,33 3,33 3,33 3,33 6,67 3,33 0,0 3,3 6,67 Total ,00 Tabela 2. Procedimentos anestésicos e cirúrgicos acompanhados o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais na Clínica Veterinária Bicho Bom, Santo Ângelo/RS, no período de 8 de abril a 30 de junho de 205. Procedimento Canina Felina Total % Anestesia local por tumescência 3-3 5,00 Conchectomia bilateral - 5,00 Enucleação 2 0,00 Herniorrafia inguinal - 5,00 Mastectomia ,00 Orquiectomia ,00 OSH - 5,00 Osteossíntese de sínfise mandibular - 5,00 Tratamento periodontal 2-2 0,00 Total ,00

13 Tabela 3. Procedimentos ambulatoriais e exames complementares acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais na Clínica Veterinária Bicho Bom, Santo Ângelo/RS, no período de 8 de abril a 30 de junho de 205. Procedimento Espécie Total % Aplicação de vacina antirrábica Canina/Felina 6,5 Aplicação de vacina da giardia Canina 0,59 Aplicação de vacina da tosse dos canis Canina 5 2,96 Aplicação de vacina polivalente Canina/Felina 27 5,98 Aspiração de linfonodo inguinal Canina 0,59 Cistocentese Felina 2,8 Coleta de fezes Canina/Felina 6 3,55 Coleta de sangue Canina/Felina 9 5,33 Coleta de urina Canina/Felina 4 8,28 Curativo Canina/Felina 0 5,92 Drenagem de abcesso Canina 0,59 Drenagem de líquido abdominal Canina 2,8 Eutanásia Canina 2,8 Fluidoterapia Canina/Felina 2 7,0 Lavagem vesical Felina 6 3,55 Necropsia Canina 2,8 Radiografia Canina/Felina 6,5 Sondagem uretral Canina/Felina 8 4,73 Swab retal Canina 0,59 Teste de glicemia Canina/Felina 8 4,73 Tratamento internação Canina/Felina 5 8,88 Ultrassonografia Canina/Felina 5 8,88 Total 69 00,00 2

14 3 3. RELATO DE CASO 3.. ANESTESIA LOCAL POR TUMESCÊNCIA COM LIDOCAÍNA EM CADELA SUBMETIDA À MASTECTOMIA UNILATERAL COMPLETA Jéssica Tomio; Fernando Silvério Ferreira da Cruz; Cristiane Barcellos Mitri Resumo Tumores de glândula mamária estão entre os tumores mais comuns em fêmeas, ainda que a incidência seja reduzida significativamente em animais castrados antes do primeiro estro, sendo esta a principal indicação para a mastectomia em cadelas e gatas. Neste contexto, a utilização da técnica anestesia local por tumescência vem ganhando representatividade nas mastectomias. A anestesia tumescente é indicada para a retirada de neoplasias cutâneas, lipoaspiração, cirurgias plásticas e cirurgias vasculares periféricas, podendo também ser aplicada como protocolo anestésico adjuvante em mastectomias, principalmente em cirurgias em que a anestesia geral representa risco ao paciente. Neste relato, um canino, fêmea, sem raça definida, com aproximadamente anos de idade, não castrada, pesando 2,8 kg, foi atendida na Clínica Veterinária Bicho Bom, no município de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, com histórico de tumor em toda a cadeia mamária e posterior diagnóstico de carcinoma complexo e carcinossarcoma. A paciente foi submetida à anestesia local por tumescência com Lidocaína como adjuvante à anestesia geral para a técnica cirúrgica de mastectomia unilateral completa. Após 0 dias do procedimento, a paciente retornou a clínica para a retirada dos pontos e foi constata a cicatrização adequada da ferida cirúrgica, sem presença de hematomas, seromas, inflamação ou infecção. A proprietária relatou que o animal passou bem durante todos os 0 dias e que não observou alterações comportamentais que indicassem dor pós-operatória. Concluiu-se que para estes pacientes a anestesia local por tumescência oferece vantagens, pois abrange uma maior área e pode conferir analgesia pós-operatória de longa duração, além de favorecer a cicatrização, a não formação de hematomas, ter efeito anti-inflamatório, antibacteriano e reduzir o sangramento no campo cirúrgico. A anestesia local tumescente pode ser considerada uma importante opção à constituinte do protocolo anestésico e analgésico de cadelas a serem submetidas à cirurgia de mastectomia por proporcionar estabilidade de parâmetros, segurança e recuperação pós-operatória de boa qualidade, podendo também ter seu uso melhor explorado na rotina cirúrgica de clínicas veterinárias. Palavras-chave: Mastectomia. Anestesia tumescente. Carcinossarcoma. Carcinoma Complexo.

15 4 Introdução Tumores mamários afetam animais com idade média entre 0 a anos sendo que cerca de 50% destes nos caninos é maligna, enquanto que nos felinos, praticamente todos os tumores mamários são malignos (BOJRAB, 996). A mastectomia unilateral é uma das cirurgias mais comuns em cadelas de idade avançada e envolve uma extensa área cutânea, originando uma ferida superficial de grandes dimensões e consequentemente, um grau de dor de moderada a grave. A aplicação de tensão cutânea elevada durante o procedimento contribui ainda mais para o grau de dor desta cirurgia que pode resultar no surgimento de dor crônica (MORRISON et al., 2003 apud CORRÊA, 203). A dor tem efeitos mórbidos no homem e nos animais, comprometendo sua recuperação, pois aumenta consideravelmente a incidência de complicações pós operatórias. (MASTROCINQUE; FATONI, 2003). Neste sentido, a anestesia tumescente utilizada como analgesia preemptiva pode ser uma grande ferramenta na prevenção à dor crônica (FUTEMA, 2009). A ALT pode fazer parte de um protocolo de anestesia balanceada e é indicada para a retirada de neoplasias cutâneas, lipoaspiração, cirurgias plásticas e cirurgias vasculares periféricas (MORAES et al., 203), podendo também ser aplicada como protocolo anestésico adjuvante em mastectomias, especialmente em cirurgias nas quais a anestesia geral apresenta algum fator de risco ao paciente (CARLSON, 2005). Na sua composição há um anestésico local, um fármaco vasoconstritor, uma substância reguladora de ph e uma solução diluente (FUTEMA, 2009). A ALT apresenta vantagens que a tornam mais segura quando comparada a outros tipos de anestesia, como melhor qualidade de analgesia, diminuição do sangramento transoperatório, realização de prévia divulsão pelo volume da solução, menor desconforto e edema pós-operatório, ausência de sinais de toxicidade, baixo índice de infecção pós-operatória, propriedades antibióticas e anti-inflamatórias, menor possibilidade de formação de hematomas e seromas, e recuperação mais rápida que às técnicas que não utilizam este tipo de anestesia (FUTEMA, 2009). Porém, algumas complicações podem ocorrer com o uso da técnica de ALT, como necrose do tecido submetido à cirurgia, injeção acidental intravascular e consequente aumento da toxicidade da Lidocaína resultando em sedação prolongada, bradicardia e aumento da profundidade do plano anestésico, além da possibilidade da ocorrência de hematomas devido a infiltração (MARTÍNEZ et al., 2008). O objetivo do presente trabalho é relatar a utilização da técnica de anestesia local por tumescência com Lidocaína como adjuvante à anestesia geral em uma canina submetida à mastectomia unilateral completa.

16 5 Metodologia Um canino, fêmea, SRD, com aproximadamente anos, não castrada, pesando 2,8 kg, foi atendida na Clínica Veterinária Bicho Bom, no município de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, com histórico de tumor em toda a cadeia mamária e queixa principal de que o tumor incomodava o animal. Durante a anamnese a proprietária relatou que o animal estava se alimentando normalmente e vinha perdendo peso. Com relação à lesão, informou que vinha aumentando, mas que o crescimento era lento e causava desconforto ao cão. Na ausculta cardíaca a paciente apresentou bulhas cardíacas rítmicas e normofonéticas, normohidratada, temperatura retal de 38,8 o C, mucosas normocoradas e com presença de nódulos arredondados de diferentes dimensões em grande parte das mamas. Como exames complementares foram solicitados hemograma e bioquímico (creatinina; alanina aminotransferase), não sendo observadas alterações significativas. Perante os resultados, recomendou-se o agendamento da mastectomia unilateral completa da cadeia mamária esquerda, com jejum prévio de 2 horas. Após 5 minutos da MPA composta por Morfina (0,4mg/kg) e Acepromazina (0,04mg/kg), ambos por via IM, foi realizado o acesso venoso periférico com cateter 22G e iniciada fluidoterapia com Ringer lactato (0ml/kg) que se manteve por todo o procedimento. Contatada a indução anestésica com uso de Propofol (3mg/kg) via IV, procedeu-se a intubação orotraqueal com sonda nº 6,5 conectando-a ao circuito semi-fechado para a manutenção anestésica com Isofluorano em vaporizador universal diluído em 00% de oxigênio. O animal foi posicionado em decúbito dorsal e conectado ao ECG e a oximetria de pulso, seguida da antissepsia da região cirúrgica previamente tricotomizada, com iodo alcoólico. Após estabilização do paciente em plano adequado de cirurgia, baseado nos padrões clínicos da profundidade de plano anestésico estabelecidos por Guedel e dados obtidos através da monitoração como FC, FR, Tº, SpO2% e ECG, iniciou-se a aplicação da solução de ALT, preparada com 20ml de Lidocaína a 2% sem vasoconstritor, 0,5ml de adrenalina e 250ml de solução de Ringer lactado no tecido subcutâneo com movimentos em leque, com uso de agulha hipodérmica 25x7, na dose de 5ml/kg. Apesar do volume máximo para a paciente ser 92ml, apenas 40ml foram aplicados. Depois da infiltração de ALT e com o paciente devidamente preparado para a cirurgia, realizou-se a mastectomia unilateral completa do lado esquerdo. A antibioticoterapia foi realizada com Enrofloxacina (5mg/kg) e empregou-se como anti-inflamatório, Meloxicam (0,mg/kg), ambos por via IM. Após o procedimento cirúrgico o animal pôde retornar ao lar, com prescrição de Meloxicam (0,mg/kg) e Enrofloxacina (5mg/kg), ambos por via oral, durante cinco dias.

17 6 O tumor retirado foi enviado para exame histopatológico, sendo estes, carcinoma complexo e carcinossarcoma, ambos malignos. Após 0 dias, a paciente retornou a clínica para retirar os pontos e foi observada adequada cicatrização, sem presença de hematomas, seroma, inflamação ou infecção. A proprietária relatou que o animal não apresentou alterações comportamentais até então. Resultados e Discussão A neoplasia mamária afeta animais mais idosos com uma idade média de inicio entre 0 a anos (BOJRAB, 996). Assim como descreve o autor, a paciente é uma canina, de aproximadamente anos, com dois tipos de tumores malignos diagnosticados, sendo estes o carcinoma complexo e o carcinossarcoma. O autor relata que o prognóstico para ambas, cadelas e gatas com tumores malignos, varia de reservado a ruim. A ALT pode também ser usada como protocolo anestésico adjuvante em mastectomias (CARLSON, 2005) e apesar de seu uso em cirurgias plásticas ser mais comum na Medicina, Credie et al. (202) utilizou a técnica em um cão da raça Sharpei em uma cirurgia de ritidectomia e concluiu que a ALT é segura para a realização destes procedimentos cirúrgicos, pois reduz o sangramento no trans e pós-operatório, favorecendo a recuperação do paciente. Neste relato utilizou-se a tumescência como técnica de anestesia local complementar à anestesia geral, com intuito de proporcionar maior analgesia e redução de sangramento trans e pós-operatório a paciente submetida à mastectomia unilateral completa. No homem, Carlson (2005) afirma que a ALT possibilita a realização do procedimento cirúrgico de mastectomia total sem necessidade de anestesia geral, representando um método seguro e eficaz em pacientes que não seriam considerados candidatos para a anestesia geral. Contudo, assim como no caso em questão, na Medicina Veterinária a anestesia geral concomitante se faz necessária na maioria dos procedimentos cirúrgicos onde a técnica é empregada, devido às limitações de colaboração por parte do animal e a intolerância em permanecer em decúbito e imóvel durante o ato cirúrgico (ABIMUSSI et al., 203). Durante o procedimento cirúrgico onde se utilizou a ALT foi possível observar a redução significativa do sangramento trans e pós-operatório e isso justifica-se por sua composição incluir um vasoconstritor, que nesse caso foi adrenalina. Ainda, foi possível observar o deslocamento do tecido subcutâneo, facilitando a divulsão do tumor que, segundo Futema (2009), ocorre devido ao grande volume da solução injetado nesse tecido. Outra vantagem observada é que a distensão da pele na área cirúrgica causada pela infiltração da solução provoca expansão aguda do tecido cirúrgico (MORAES et al., 203), o que facilitou a

18 7 aproximação das bordas da ferida. Apesar disso, alguns cirurgiões relatam não gostar da técnica devido ao fato de esta causar perda da conformação anatômica. Para isso, aconselha-se usar caneta dermatológica antes da aplicação da ALT (ABIMUSSI et al., 203). A técnica cirúrgica nas mastectomias resulta na remoção de uma extensa região tecidual juntamente com a região do tumor e, consequentemente a região contendo o gel formado pela ALT, o que reduz consideravelmente a quantidade de fármaco que permanece em absorção a partir de então (ABIMUSSI et al., 203). Os dados analisados pelos mesmos autores em sua revisão demonstraram que o retorno da sensibilidade cutânea e a necessidade de resgate analgésico ocorreram, em média, sete horas após a realização da ALT, o que justificaria a analgesia superior de até quinze horas obtida na Medicina, visto que nesta não há uma remoção tão significativa do gel. No presente relato não foi realizada a avaliação de escala de dor em diferentes períodos devido ao curto tempo entre o término do procedimento cirúrgico e a alta da paciente, porém, observou-se que pouco tempo após, o animal já se apresentava em posição de estação, caminhando e sem sinais de dores abdominais, vocalização ou quaisquer indicativos de dor pós-cirúrgica. Outras características que devem ser consideradas com relação à técnica é o fato desta apresentar propriedades antibióticas e anti-inflamatórias. Johnson, John e Dine (2008) em seu trabalho relataram diversos estudos demonstrando os benefícios antimicrobianos da ALT e concluíram que os anestésicos locais, em conjunto ou isoladamente, podem servir não apenas como agentes para o controle da dor, mas também como potenciais antimicrobianos, pois possuem a capacidade de inibir a proliferação bacteriana e consequentemente, reduzir os níveis de infecção pós-operatória. Durante o período de recuperação da paciente, compreendido entre o término da cirurgia ao dia da retirada dos pontos, não houve indícios de infecção e inflamação, contudo, não foi possível atribuir tal ausência à tumescência, pois a paciente recebera tratamento suporte composto de anti-inflamatório e antibiótico. Complicações como injeção acidental intravascular e consequente aumento da toxicidade da Lidocaína, bradicardia e aumento da profundidade do plano anestésico podem ocorrer (MARTÍNEZ et al., 2008), todavia, tais riscos podem ser diminuídos através da utilização da cânula de Klein como substituto ao uso de agulhas hipodérmicas, pois se trata de um instrumento com ponta romba e menos traumático (ABIMUSSI et al., 203). No caso em questão utilizou-se agulha hipodérmica 25x7, pois não se dispunha de cânula de Klein no dia do procedimento, não havendo qualquer uma das complicações anteriores relatadas. A anestesia por tumescência é composta por um anestésico local, um fármaco vasoconstritor, uma substância reguladora de ph e uma solução diluente (FUTEMA, 2009). No

19 8 presente relato empregou-se outro tipo de diluição de modo eficaz, utilizando-se solução de Ringer lactato como substituinte à solução salina a 0,9% e a substância reguladora de ph, já que essa diluição produz ph mais favorável à ação da adrenalina, diminuindo seu período de latência e aumentando seu poder vasoconstritor, apesar de em ambas as diluições, a adrenalina reduzir consideravelmente os sangramentos durante e após o procedimento cirúrgico (FULTON; RAHIMI; HELTON, 999), fato também observado no decorrer da cirurgia e relatado pelo cirurgião. Ainda, Moraes et al. (203) afirmam que a substituição por Ringer lactato dispensa a utilização de bicarbonato de sódio devido ao ph ser mais elevado (6,5), o que evita a sensação de ardência pela administração da solução fisiológica 0,9% e consequentemente, proporciona melhor conforto ao paciente. O anestésico local mais utilizado na ALT é a Lidocaína, pois ela tem um curto período de latência e um período de ação moderado, principalmente quando combinada com adrenalina, sendo que o seu metabolismo é previsível, sua toxicidade é a menor, correspondendo a um melhor prognóstico (CORRÊA, 203). O baixo custo e a mínima absorção sistêmica dos anestésicos locais tornam esses fármacos ideais como alternativas ou adjuvantes dos opióides ou AINES. Suas vantagens incluem a melhora do conforto do paciente no período pós-operatório e a diminuição no consumo de opióides e da incidência da síndrome da dor crônica pós-operatória (WOLFE et al., 2006). Assim como no presente relato, Abimussi et al. (203), não constataram alterações sugestivas de dor transoperatória nas pacientes submetidas à mastectomia com a utilização de ALT. Outros anestésicos locais menos frequentemente empregados para anestesia tumescente incluem a Prilocaína, Bupivacaína e Ropivacaína (CONROY; O ROURKE, 203). Para a composição da solução de tumescência foi utilizado 20ml de Lidocaína a 2% sem vasoconstritor, 0,5ml de Adrenalina, diluídos em 250ml de solução de Ringer lactado, não ultrapassando a dose de 5ml/kg. Na Medicina são relatadas diferentes doses de anestésico local, variando entre 7,0mg/kg e 55mg/kg (BUSSOLIN et al., 2003). Neste trabalho obteve-se uma solução de tumescência a 0,6% de Lidocaína, equivalente a 24mg/kg. Futema (2009) afirma que por se tratar de uma diluição, podem ser empregas doses maiores de anestésico local, sem aumentar os riscos da anestesia, uma vez que a maior parte do líquido infundido é retirada durante o procedimento cirúrgico. Apesar de no caso em questão o volume máximo a ser utilizado ser de 92ml, apenas 40ml foram necessários para a realização do procedimento sem quaisquer complicações e indicativos de dor no trans e pós-operatório. Mesmo a concentração sendo maior que a citada por Moraes et al. (203), Abissumi et al. (203) utilizaram uma solução de ALT com Lidocaína a 0,32% e concluíram que a técnica é

20 9 segura, pois resulta em concentrações séricas inferiores às consideradas tóxicas para a espécie e proporciona analgesia pós-operatória imediata adequada, permitindo conforto na fase de recuperação anestésica dos pacientes. A solução utilizada neste relato era composta por Lidocaína a 0,6%, mostrando-se suficiente. Solução semelhante foi utilizada por Corrêa (203), com ALT composta de 0,6% de Lidocaína, onde se constatou a eficácia da técnica para o controle de dor pós-operatória, visto que as cadelas submetidas à mastectomia não necessitaram de administração de opióides no período pós-cirúrgico de 5 horas. O método de administração do anestésico também é considerado relevante para o sucesso da técnica, podendo ser realizada de forma manual ou automatizada, com auxílio de uma bomba de infusão. O uso de cânulas é indicado por todos os autores, pois causam menos traumatismo e oferecem menor risco quando comparadas ao uso de agulhas (FUTEMA, 2009). Apesar da indicação para a utilização de uma bomba de infusão, no presente relato utilizou-se o método de administração manual, com o auxílio de uma seringa de 20ml e agulha hipodérmica 25x7. Em relação à velocidade de infiltração, a utilização de seringa não permitiu a padronização de taxa fixa, o que poderia ser obtido com a utilização de bombas de infusão. Conclusão Tumores mamários são comuns em fêmeas com idade mais avançada, sendo que na maioria dos casos há recomendação para mastectomia. Para estes pacientes, a anestesia por tumescência oferece vantagens, pois abrange uma maior área e confere analgesia pósoperatória, além de favorecer a cicatrização, a não formação de hematomas, ter efeito antiinflamatório, antibacteriano e reduzir o sangramento no campo cirúrgico, devendo então ser considerada uma importante opção à constituinte do protocolo anestésico e analgésico de cadelas a serem submetidas à cirurgia de mastectomia, proporcionando estabilidade de parâmetros, segurança e recuperação pós-operatória de boa qualidade. Por ser de fácil formulação e aplicação, proporcionar segurança e redução no requerimento de outros anestésicos, seu uso em clínicas veterinárias pode ser mais explorado a fim de proporcionar melhor conforto trans e pós-operatório a estes pacientes. Referências Bibliográficas ABIMUSSI, C. J. X. et al. Anestesia local por tumescência com Lidocaína em cadelas submetidas a mastectomia. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.65, n.5, 203. p

21 BOJRAB, M. J. Técnicas em Cirurgia de Pequenos Animais. 3. ed. São Paulo: Roca, p. BUSSOLIN, L. et al. Tumescent local anesthesia for the surgical treatment of burns and postburn sequelae in pediatric patients. The Journal of the American Society of Anesthesiologists, v. 99, n. 6, p CARLSON, G. W. Total mastectomy under local anesthesia: the tumescent technique. Breast. J., v., p CONROY, P. H.; O ROURKE, J. Tumescent Anaesthesia. The Surgeon, Journal of Royal Colleges of Surgeons of Edinburg and Irland, 203. p. -2. CORRÊA, A. Anestesia Local Tumescente em Cadelas Submetidas à Mastectomia f. Monografia (Especialização em Clínica Médica e Cirurgia de Pequenos Animais) Fundação Educacional Jayme de Altavila, Curitiba, 203. CREDIE, L. F. G. A. et al. Anestesia por tumescência em cirurgia de ritidectomia em cão da raça sharpei. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 0, n., 202. p FULTON, J. E.; RAHIMI, A. D.; HELTON, Peter. Modified tumescent liposuction. Dermatologic surgery, v. 25, n. 0, 999. p FUTEMA, F. Anestesia local. In: FANTONI, D. T.; CARTOPASSI, S. R. G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ª ed. São Paulo: Roca, p JOHNSON, S. M.; JOHN, B. S.; DINE, A. P. Local Anesthetics as Antimicrobial Agents: A Review. Surgical infections, v. 9, n. 2, p MARTÍNEZ, M. A. et al. Reporting a fatality during tumescent liposuction. Forensic Science International, v. 78, n., p. -6, MASTROCINQUE, S.; FANTONI, D. T. A comparasion of preoperative tramadol and morphine for the control of early postoperative pain in canine ovariohysterectomy. Veterinary Anesthesia and Analgesia, v. 30, p MORAES, A. N. et al. In: KLAUMANN, R. P.; OTERO, E. P. Anestesia locorregional em pequenos animais. São Paulo: Roca, 203. p WOLFE, T. M. et al. Evaluation of a local anesthetic delivery system for the postoperative analgesic management of canine total ear canal ablation a randomized, controlled, doubleblinded study. Veterinary Anaesthesia and Analgesia, p

22 2 4. RELATO DE CASO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM GATO Jéssica Tomio; Fernando Silvério Ferreira da Cruz; Cristiane Mitri Resumo A incidência dos diferentes tipos de tumores varia conforme idade, raça e sexo, sendo que as neoplasias cutâneas são as mais diagnosticadas, representando aproximadamente 30% dos tumores em cães e 20% em gatos. Os carcinomas de células escamosas são tumores malignos epidermais, localmente invasivos, com metástase tardia aos linfonodos locais e pulmões, sendo sua ocorrência mais comum em animais que tiveram elevada exposição à luz solar. Em gatos, o carcinoma de células escamosas ocorre com maior frequência no plano nasal, nas pálpebras, no pavilhão auricular e nos lábios. Geralmente essas neoplasias surgem na forma de lesões ulceradas, necrosadas e que não cicatrizam. O principal tratamento para os tumores do pavilhão auricular é a ressecção cirúrgica total da área afetada, com grandes possibilidades de cura, sendo que o prognóstico é bom para esses casos. Neste relato, um felino, fêmea, sem raça definida, pelagem branca, com anos de idade, pesando 4,0 kg, foi atendida na Clínica Veterinária Bicho Bom, no município de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, com histórico de lesão na orelha esquerda que não cicatrizava. Após exame físico observou-se pequenas lesões também na extremidade da orelha direita suspeitando-se de ceratose actínica, e na direita, formações crostosas e ulteradas, levando ao diagnóstico presuntivo de carcinoma de células escamosas, com posterior confirmação através de exame histológico. Optou-se pela completa remoção cirúrgica das regiões afetadas em ambas as orelhas com a obtenção de aproximadamente 2cm de margens limpas, com objetivo de evitar a disseminação e uma posterior recidiva. Após 0 dias a proprietária retornou a clínica para a retirada dos pontos, onde observou-se completa cicatrização da área excisada. Palavras-chave: Ceratose actínica. Neoplasia cutânea. Felino. Pavilhão auricular.

23 22 Introdução A pele é um órgão complexo, amplo e possui diversas funções, entre elas a de proteger o organismo. Devido a sua ampla extensão, está frequentemente exposta aos agentes carcinogênicos e, por ser um órgão de fácil observação, as neoplasias de pele são as mais diagnosticadas em cães e gatos. A etiologia da maioria dos tumores de pele é desconhecida, apesar de se reconhecer a importância de alguns agentes externos e biológicos no desenvolvimento dessas neoplasias, como viroses, radiações solares e ionizantes, influências hormonais, imunológicas e genéticas, vacinações e lesões térmicas (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008). O CCE, também denominado carcinoma de células espinhosas, carcinoma espinocelular ou carcinoma epidermóide, é considerado uma neoplasia maligna da epiderme e oriunda de ceratinócitos, relativamente comum em homens e animais, (MEDLEAU; HINLICA, 2003 apud MORETTO; CORRÊA, 203). Os carcinomas de células escamosas mais comuns podem ser separados em bem diferenciado, moderadamente diferenciado e pobremente diferenciado, sendo mais frequente sua ocorrência em gatos (GROSS et al., 2009), especialmente nos brancos ou naqueles que apresentam regiões hipopigmentadas com maior propensão a exposição à luz solar, em particular extremidades das orelhas e do nariz, enquanto nos cães há uma prevalência maior na parte ventral de abdômen, tronco, escroto e lábios. O CCE é um tumor maligno, localmente invasivo, com metástase tardia aos linfonodos locais e pulmões (BIRCHARD; SHERDING, 2008). No caso de formações malignas sem evidências de lesões metastáticas, recomenda-se a ressecção cirúrgica (NELSON; COUTO, 200). A principal queixa do CCE é a presença de massa e espessamento ou ulceração da pele, seguida de inflamação e, por vezes, linfonodos aumentados. Quando associados a exposição à luz solar, podem apresentar lesões semelhantes a feridas que não cicatrizam, com regiões eritematosas, espessas, com descamação superficial, crostas e cicatrizes (KRAEGEL; MADEWELL, 2004). Daleck, De Nardi e Rodaski (2008) afirmam que é importante reconhecer que nem todos os carcinomas de células escamosas são induzidos pela exposição à luz solar, existindo outros fatores como infecções por papilomavírus e infecções crônicas que também são possíveis causas para seu surgimento. Os autores ainda afirmam que existe a possibilidade de anormalidades no gene supressor de tumor p53, também ser um fator etiológico importante no desenvolvimento do CCE. Essa mutação já foi identificada em 53% e 32% dos CCE cutâneos de gatos e cães, respectivamente (GROSS et al., 2009). Bertone e Snider (2004) em seu estudo com 36 gatos com CCE oral observou que o uso de produto antipulgas e dieta eram significativamente associados com a ocorrência da doença, sendo que

24 23 os que usaram coleira tiveram cinco vezes mais risco que os que não usaram, e os que usaram shampoo tiveram o risco reduzido. Quando comparado aos gatos que ingerem comida seca, os que ingerem a conservada aumentaram em três vezes o risco, além da exposição ao tabaco aumentar em duas vezes o risco. Resultados desse estudo sugerem que produtos antipulgas, dieta e a exposição ao tabaco possam estar ligados com o risco de CCE oral. A aplicação de quimioterápico intratumoral pode ser uma opção, pois fornece níveis locais altos e prolongados do agente, enquanto que a quimioterapia sistêmica pode ser utilizada em casos nos quais o paciente apresenta lesões disseminadas ou metastáticas. Em contrapartida, a radioterapia é mais indicada como tratamento adjuvante, nos casos em que a massa tumoral tenha volume acentuado ou profundidade invasiva e que a ressecção cirúrgica não permita a remoção com as margens de segurança recomendadas (ROZA et al., 204), além de apresentar um aumento qualitativo na sobrevida do paciente e manter a estética, muito valorizada pelos proprietários (MORETTO; CORRÊA, 203). Com relação à criocirurgia, esta seria mais efetiva para as pequenas lesões, embora nem sempre proporcione resultados satisfatórios (TILLEY; JUNIOR, 2008). Outra opção terapêutica investigada para o controle de CCE em cães é o retinóide sintético que pode ser utilizado para aqueles animais com lesões pré-neoplásicas (BIRCHARD; SHERDING, 2008) ou em carcinomas provocados pela luz solar (ultravioleta B) (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008). O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um felino diagnosticado com carcinoma de células escamosas no pavilhão auricular esquerdo e acentuada hiperplasia epidérmica na extremidade da orelha direita, no qual foi utilizada a ressecção cirúrgica para o tratamento de ambas as patologias. Metodologia Um felino, fêmea, de pelagem branca, SRD, de anos de idade, com 4,0 kg, foi atendido na Clínica Veterinária Bicho Bom, no município de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, com histórico de lesão ulcerada na orelha esquerda, e queixa principal de que a lesão não cicatrizava. Durante a anamnese a proprietária relatou que a lesão tinha aumentado muito no último mês e, quando questionada sobre o tempo de exposição do animal a luz solar, a mesma informou que a gata permanecia por longos períodos exposta, principalmente próximo ao meio dia. Ao exame físico o animal apresentava bulhas cardíacas rítmicas e normofonéticas, normohidratada, temperatura retal de 38,6 o C, mucosas normocoradas e com lesão ulcerada e crostosa atingindo o pavilhão auricular esquerdo. A orelha direita apresentava em sua

25 24 extremidade pequenas regiões focais crostosas, porém não ulceradas. Baseado na anamnese e exame clínico suspeitou-se de um caso de carcinoma de células escamosas. Como exames complementares foram solicitados hemograma e bioquímico (uréia, creatinina, fosfatase alcalina e alanina aminotransferase) com objetivo de avaliar o estado geral do animal e buscar certificar-se que a paciente estaria em condições de ser submetida ao procedimento anestésico/cirúrgico. Após o resultado dos exames, verificou-se que não havia nenhuma alteração significativa, sendo então a paciente encaminhada para a sala de cirurgia para realização da conchectomia bilateral. Após medicação pré-anestésica composta por Cemtra (associação de cetamina, midazolam e tramadol; 0,ml/kg) por via intramuscular, o animal foi posicionado em decúbito ventral, utilizando-se toalhas enroladas colocadas abaixo da cabeça de forma a manter esta em posição mais elevada e iniciou-se a antissepsia de toda a região das orelhas com estas previamente tricotomizadas. Com a paciente devidamente preparada para cirurgia, realizou-se a infiltração de metade da dose do anestésico local Lidocaína sem vasoconstritor (7mg/kg) e após realizou-se a ressecção da orelha esquerda em sua base, aproximadamente 2cm abaixo da lesão, tomando cuidado para manter tecido suficiente para sutura. A pele foi aproximada com fio de Nylon 3-0, em pontos interrompidos simples. Em seguida, realizou-se o mesmo procedimento na orelha direita, porém a ressecção fora realizada na região mais distal da orelha. A antibioticoterapia realizada foi composta de enrofloxacina (5mg/kg), o antiinflamatório, meloxicam (0,mg/kg), ambos por via intramuscular, administrados no período transoperatório. Após o procedimento cirúrgico o animal pode retornar ao lar, com indicações de que fosse restringida a exposição deste a luz solar e prescrição de meloxicam (0,mg/kg) e enrofloxacina (5mg/kg), ambos por via oral, durante três dias. Resultados e discussão Nos felinos, as neoplasias de pele e subcutâneo representam 20% de todas as neoplasias, sendo que na grande maioria dos casos são malignas (BIRCHARD; SHERDING, 2008). Os gatos são mais afetados pelos tricoblastomas, mastocitomas, fibrossarcomas, adenomas sebáceos e carcinomas de células escamosas, sendo o último de maior ocorrência (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008). Assim como na maioria dos casos de neoplasias de pele e subcutâneo em felinos, a paciente do presente relato foi diagnosticada com carcinoma de células escamosas. Contudo, nos cães, os locais mais comuns de neoplasias são a pele e o tecido subcutâneo que representam de 30 a 40% do total de neoplasias. Neles, a maioria dos casos tratam-se de tumores benignos (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008).

26 25 Em gatos, o CCE ocorre com maior frequência no plano nasal, nas pálpebras, no pavilhão auricular e nos lábios, sendo que estes podem se apresentar como uma placa firme avermelhada ou uma lesão em forma de couve-flor. Geralmente essas neoplasias surgem na forma de lesões ulceradas, necrosadas e que não cicatrizam (BIRCHARD; SHERDING, 2008). O felino deste trabalho apresentava uma lesão avermelhada no pavilhão auricular esquerdo, já ulcerada, com formação de crostas e que não cicatrizava. Mais de 80% dos CCE cutâneos evoluem para, ou estão nas proximidades de locais acometidos pela ceratose actínica, sendo que ambos também podem coexistir em cães e gatos (GROSS et al., 2009). Durante o exame físico, suspeitou-se de carcinoma de células escamosas na orelha esquerda e de ceratose actínica na orelha direita, optando-se pela remoção de ambas as áreas afetadas com o objetivo de evitar a disseminação e consequente recidiva da neoplasia. Tilley e Junior (2008) relatam a ocorrência da doença em duas etapas. A primeira, o estágio pré-canceroso, caracteriza-se por lesões eczematosas e crostosas da borda dos pavilhões auriculares que aumentam e regridem repetidamente. Inicialmente, observa-se a formação de ceratosas actínicas em áreas de pele despigmentada e sem revestimento piloso, sendo que essas lesões podem permanecer ativas por muito tempo, inclusive anos. Com o tempo, o tumor começa a invadir a derme, a ulceração progride em tamanho e profundidade e sobrevém infecção bacteriana com exsudação purulenta na superfície tumoral (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008). Algumas alterações no crescimento e na diferenciação celular podem ser consideradas lesões pré-neoplásicas e geralmente são caracterizadas pela ocorrência de células hiperplásicas, acompanhadas de alterações na diferenciação celular, porém não necessariamente elas evoluirão para uma neoplasia (JERICÓ; KOGIKA; NETO, 205). A proliferação e ulceração já sinalizam a verdadeira fase cancerosa, onde a orelha torna-se extensamente desfigurada se deixada sem tratamento (TILLEY; JUNIOR, 2008). Qualquer tumor que afete a pele pode surgir no pavilhão auricular, contudo, o de ocorrência mais comum em gatos é o carcinoma de células escamosas (FOSSUM; DUPREY; O CONNOR, 2008), sendo estes diagnosticados com maior frequência entre 0 e anos, particularmente nos animais de pelagem branca ou em multicoloridos com pouca pigmentação (KRAEGEL; MADEWELL, 2004). Os tumores do pavilhão auricular tendem a ser mais agressivos nos gatos que nos cães. O felino deste relato apresentava-se com anos de idade e possuía pelagem branca, pêlo médio e pouca pigmentação, em especial nas bordas das orelhas e nariz, corroborando os resultados encontrados na literatura. O CCE é um tumor maligno epidermal que se origina do epitélio escamoso da pele do pavilhão auricular e, em determinadas ocasiões pode envolver o conduto auditivo. Na maioria

27 26 dos casos são muito invasivos, porém muito lentos e ocorrem mais comumente em animais que tiveram elevada exposição à luz solar (TILLEY; JUNIOR, 2008). Pelo relato da proprietária, a paciente passava grandes períodos do dia exposta à radiação solar e acredita-se que este tenha sido o fator determinante para o surgimento da neoplasia, como citado na literatura. A exposição à luz ultravioleta A ou ultravioleta B altera as funções e características morfológicas das células de Langerhans, influenciando também na produção local de citocinas, o que prejudica o reconhecimento e processamento de antígenos, gerando uma resposta imune deficiente, que pode influenciar na susceptibilidade a neoplasias cutâneas (ROZA et al., 204). Com relação às metástases, Tilley e Junior. (2008) afirmam que apesar de estas não serem frequentes, existem casos relatados sobre a disseminação para os linfonodos regionais e para o pulmão, devendo ser realizadas radiografias torácicas e exame citológico dos linfonodos regionais para descarta-las definitivamente. Os autores afirmam que as radiografias torácicas são úteis para definir a natureza invasiva da neoplasia, além de descartar definitivamente metástases pulmonares, auxiliando o planejamento terapêutico. No caso em questão, não foram realizadas radiografias torácicas nem biópsia aspirativa dos linfonodos regionais para descartalas. BARROS et al. (2008) relatou a ocorrência de um caso de CCE em um canino da raça Boxer, pelagem branca, com nódulo metastático no pulmão. Na pele, as lesões apresentavamse já ulceradas em diversos locais, especialmente nos membros, terceira pálpebra e vulva. Na necropsia foi constatada a presença de um nódulo tumoral no pulmão e a existência de outras duas neoplasias conjuntas, porém, a histopatologia dos nódulos da pele e do nódulo metastático no pulmão revelou tratar-se de carcinoma de células escamosas bem diferenciado. O diagnóstico é baseado na anamnese, em um exame físico detalhado, além da avaliação citológica de triagem e do exame histopatológico para confirmação do diagnóstico (ROZA et al., 204). Assim como realizado no presente relato, ao exame físico é possível fazer o diagnóstico presuntivo de um tumor de pele pela inspeção e pela palpação, sendo de fundamental importância para as lesões múltiplas o diagnóstico diferencial de outras alterações dermatológicas como as lesões hiperplásicas, granulomatosas, inflamatórias e imunomediadas (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008). Lesões não neoplásicas como a dermatite causada por picadas de insetos, ou lesões imunomediadas devem ser diferenciadas das lesões neoplásicas do pavilhão auricular, melhorando as chances de uma ressecção precoce e completa (FOSSUM; DUPREY; O CONNOR, 2008). Os autores relatam que um aspecto útil na abordagem clínica é determinar o local da lesão, observando-se, por exemplo, se esta é epidérmica, dérmica ou subcutânea, pois a localização das lesões fornece indicações sobre sua possível origem e histogênese. Com relação às análises hematológicas e bioquímicas, os

28 27 mesmos afirmam que estas não são úteis para o diagnóstico dos tumores, mas são indicadas para a avaliação da condição geral do paciente. No presente relato não foram constatadas alterações significativas no hemograma e funções bioquímicas solicitadas. Para a maioria dos CCE é recomendada a excisão cirúrgica com a 3 cm de margens quando há envolvimento de plano nasal, orelhas, pálpebras, e lábios, pois a intervenção cirúrgica agressiva, mesmo comprometendo esteticamente, constitui-se eficaz medida terapêutica, pois alguns autores observaram intervalos livres de doença de dois a quatro anos nos gatos e cães, respectivamente (DALECK; DE NARDI; RODASKI, 2008). Ainda, os autores indicam que sejam utilizadas terapêuticas adjuvantes como radioterapia, quimioterapia tópica ou sistêmica e terapia fotodinâmica nos pacientes com grandes áreas invadidas pelo tumor onde a remoção cirúrgica fica restrita e impossibilita a obtenção de margens limpas. Fossum, Duprey e O Connor (2008) afirmam que a excisão cirúrgica também deve ser realizada para as lesões pré-neoplásicas. No presente relato optou-se a ressecção cirúrgica das orelhas afetadas, pois a localização da neoplasia permitiu a remoção de toda a área envolvida, com a manutenção das margens de segurança, conforme indicado pelos autores. A primeira cirurgia é sempre a mais importante e com maior chance de cura, sendo esta alcançada em tumores localizados e, eventualmente, em neoplasias regionais. As barreiras naturais mais importantes para evitar a disseminação do câncer são os tecidos ricos em colágeno, tecidos avasculares de fáscia, tendões, ligamentos e cartilagem, já o tecido subcutâneo, músculo e outros tecidos parenquimatosos oferecem pouca resistência à disseminação celular neoplásica. A excisão cirúrgica como tratamento curativo obtém sucesso quando não há metástases e quando o tumor é localmente excisável, sem causar excessiva morbidade (JERICÓ; KOGIKA; NETO, 205). O prognóstico será bom para tumores bem diferenciados e onde se consiga a completa excisão cirúrgica, enquanto os tumores com alto grau de invasão e margens pobremente definidas apresentam prognóstico ruim, com possível recorrência após o tratamento (ROZA et al., 204). A excisão cirúrgica pode, em muitos casos, levar à cura do animal, mas para isso há comprometimento da aparência, e, nesses casos, deve-se conversar previamente com o proprietário de modo a evitar uma possível não aceitação (JERICÓ; KOGIKA; NETO, 205). A prevenção é um fator importante no CCE para evitar o desenvolvimento de novas lesões, e os proprietários de animais susceptíveis devem ser orientados a limitar ao máximo a exposição dos animais à luz solar, restringindo ao inicio da manhã ou final da tarde, além da utilização de filtro solar e tatuagem (TILLEY; JUNIOR, 2008).

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