NEO-PENTECOSTALISMO EM JUAZEIRO DO NORTE: A IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS NA TRAMA DAS CLASSIFICAÇÕES 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "NEO-PENTECOSTALISMO EM JUAZEIRO DO NORTE: A IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS NA TRAMA DAS CLASSIFICAÇÕES 1"

Transcrição

1 NEO-PENTECOSTALISMO EM JUAZEIRO DO NORTE: A IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS NA TRAMA DAS CLASSIFICAÇÕES 1 Clécio Jamilson Bezerra dos Santos (UFRN/Brasil) Orivaldo Pimentel Lopes Junior (UFRN/Brasil) Palavras-chave: Neo-pentecostalismo. Igreja Mundial do Poder de Deus. Classificações Religiosas. Introdução Nos últimos anos, quando se fala em igrejas neopentecostais, principalmente em noticiários veiculados pelos meios de comunicação de massa, as noções evocadas acerca das mesmas estão associadas, sobretudo, à intolerância religiosa e às suas práticas monetárias, dois temas que, sem uma análise mais profunda, passam a ser acessados a fim de caracterizar a atuação de tais igrejas dentro e fora dos limites dos seus templos. Sem levar em conta a diversidade de denominações e as especificidades pertinentes a cada uma delas, há, portanto, e isso não é nenhuma novidade, uma naturalização de determinados aspectos da realidade social e de seus fenômenos. Em contramão a esse pensamento e considerando a importância do acesso ao universo das práticas e crenças que constituem a realidade desses fenômenos religiosos, buscamos refletir sobre a classificação que se instituiu no meio acadêmico acerca da última remessa de igrejas do protestantismo pentecostal, implantadas no país em meados dos anos 70 do século passado, em um Brasil imerso numa acelerada dinâmica de mudanças sociais, culturais, econômicas e políticas. As primeiras abordagens sobre essa temática surgiram a partir de uma pesquisa de campo nos templos das Igrejas Mundial do Poder de Deus (IMPD) e Universal do Reino de Deus (IURD) localizados em Juazeiro do Norte-CE 2. As discussões daí resultantes despertaram o interesse em uma investigação mais ampla que vem sendo 1 Trabalho apresentado na 30ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2016, João Pessoa/PB 2 Durante a graduação em ciências sociais na Universidade Regional do Cariri participei como pesquisador do Programa de Iniciação Científica (PIBIC/URCA) com projeto intitulado A circulação de bens simbólicos: análise preliminar dos cultos das igrejas neopentecostais em Juazeiro do Norte e orientado pela Professora Renata Marinho Paz. 1

2 desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Essa pesquisa tem como tema A gente tem que se humilhar : a atuação da Igreja Mundial do Poder de Deus em Juazeiro do Norte. A partir daquele primeiro contato com o campo, entre os anos de 2012 e 2014, e a partir de visitas sistemáticas e observações aos cultos de ambas as igrejas, foi percebida uma divergência entre os discursos e rituais presentes nos cultos da IMPD e a caraterização das igrejas neopentecostais em voga no campo teórico. Nas congregações da IGPD pesquisadas, o discurso das lideranças enfatizava a necessidade de o fiel se humilhar, instigando-o àquilo que passamos a denominar humilhação. O emprego dessa categoria tem origem nativa e o seu uso pelas lideranças está relacionado a uma valorização positiva do sofrimento humano, seja ele de ordem física ou espiritual. No entanto, tem-se que uma das principais propostas das igrejas neopentecostais é exatamente a superação do sofrimento por meio da pregação enfática da Teologia da Prosperidade conforme demonstraram Paul FRESTON (1993) e Ricardo MARIANO ([1999] 2010). Consideramos no mínimo curioso que uma denominação religiosa como a IMPD, que resulta de uma cisão com a IURD, maior expoente das igrejas neopentecostais, apresente outras características para além daquelas que tipificam tais igrejas, principalmente no tocante ao lugar que o sofrimento ocupa na teologia da denominação. Percebemos assim um contraste entre aspectos do campo teórico e do campo empírico, sobre o qual vamos nos debruçar na atividade investigativa. Tomando como mote o caso da IMPD, problematizamos o emprego da tipologia pentecostal, consolidada por Ricardo MARIANO ([1999] 2010) e utilizada por outros autores, na leitura de igrejas que surgiram posteriormente a sua elaboração. Refletindo sobre a classificação que se institui sobre o pentecostalismo brasileiro e que reuniu as principais características daquilo que se convencionou denominar neopentecostalismo 3, questionamos a adequação em se reificar tal classificação. 3 Diferente da forma como o termo é colocado aqui ( neopentecostalismo ), a separação entre o a palavra pentecostalismo e o prefixo neo ( neo-pentecostalismo ) presente no título do trabalho é proposital e visa destacar o seu significado assim como fora elaborado por Ricardo Mariano ([1999] 2010: 36): uma nova versão do pentecostalismo. 2

3 Mudanças no campo religioso pentecostal brasileiro e a emergência de sua classificação O que dizem os censos Inicialmente, destacamos os dados a respeito da religião no Brasil, no Estado do Ceará e na cidade de Juazeiro do Norte considerando as recentes transformações nesse quadro. O trabalho intitulado Devagar e sempre, com fé em deus: evangélicos cearenses nos censos demográficos (2011), elaborado por Maurício Russo e Gledson Oliveira com base nos censos de 1872 a 2000, apresenta uma análise sobre tendências presente nos dados censitários concernentes às religiões evangélica e católica, especialmente no Estado. No que se refere ao quadro religioso nacional, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados pelos autores supracitados, 88,96% da população afirmava-se católica em 1980, esse número caiu para 82,96% em 1991, chegando a 73,57% em No artigo Multiplicação sem milagre (2012), Orivaldo Lopes Júnior afirma que no último censo, 2010, os católicos não passavam de 64,6%, o que indica um acentuado declínio no número de adeptos do catolicismo no país ao longo das últimas décadas. Em contrapartida à queda numérica no catolicismo, obteve-se a ascensão do número de adeptos a outras religiões, dentre as quais dois grupos se destacaram: evangélico e sem religião. O número de adeptos à religião evangélica em 1980 era 6,63%, aumentando para 8,98% em 1991 e alcançando 7,35% em 2000 (RUSSO & OLIVEIRA, 2011: 131). Os sem religião eram 1,64% em 1980 e passaram a representar 7,35% no censo do ano Segundo as informações apresentadas no trabalho Novo Mapa das Religiões (NERI, 2011), elaborado com base no trabalho do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, até 2009, os evangélicos pentecostais e outras denominações evangélicas representavam, respectivamente, 12.76% e 7.47% e os sem religião 6.73% no ranking da religiosidade no Brasil (NERI, 2011: 56). Se estendermos os dados para o censo de 2010, percebemos o quanto essa tendência se acentuou: os evangélicos saltaram para 22,2% e os sem religião chegaram a 3

4 8,1% (MARIANO, 2013: 119). Tais considerações implicam na concepção de uma recomposição do campo religioso, mas que, no entanto, deve ser comparada com as leituras dos dados sobre religião nos âmbitos estadual e municipal. Para o estado do Ceará, os últimos censos do IBGE indicam o mesmo fenômeno que é percebido no quadro nacional, apesar de que, nesse estado, o declínio na porcentagem de adeptos do catolicismo entre os anos de 1980 e 2000 se deu de forma menos acentuada que no âmbito nacional. Segundo o censo de 1980, 96.66% da população cearense se declarava católica, número que caiu para 92,8% em 1991 e depois para 86,55% em 2000 (RUSSO & OLIVEIRA, 2011: 131). Em 1980, o número dos que se declaravam evangélicos no estado era 2,07%, passando para 3,95% em 1991 e alcançando 8,25% em 2000 (RUSSO & OLIVEIRA, 2011: 131). Em 2009, os evangélicos pentecostais e outras denominações evangélicas representavam, respectivamente, 9.17% e 3.67% da população cearense (NERI, 2011: 35). Em 2009, no ranking dos estados brasileiros com maior porcentagem dos sem religião, o Ceará ocupou a 22ª posição, com 4.08% (NERI, 2011: 32). Diferente de outros estados, como, por exemplo, o Rio de Janeiro, onde a porcentagem de católicos não chega a 50% da população, o Ceará ocupou em 2009 a segunda posição da lista dos estados mais católicos do país, apresentando o número de 81,08% de católicos e ficando atrás somente do Piauí, que naquele período pode ser considera o estado mais católico do Brasil, com 87.93% (NERI, 2011: 32). Ainda sobre o censo do IBGE do ano 2000 (RUSSO & OLIVEIRA, 2011), no estado do Ceará, as regiões Centro-Sul e Cariri (no extremo sul do estado), concentravam a maior porcentagem de católicos, comportando os dois maiores centros de peregrinação religiosa do estado, respectivamente, o município de Canindé com 94,17% de católicos e Juazeiro do Norte com 93,8% também de católicos. Maurício RUSSO e Gledson OLIVEIRA, entretanto, afirmam que as regiões Centro-Sul e do Cariri tinham presença evangélica apenas simbólica (2011: 138). Afirmação digna de questionamento, haja vista que mesmo diante da permanência do catolicismo como religião culturalmente hegemônica e numericamente majoritária, em Juazeiro do Norte, por exemplo, é perceptível o avanço do número daqueles que se declaram evangélicos. 4

5 A partir dos últimos censos do IBGE referentes a Juazeiro do Norte, constatouse aquele mesmo fenômeno percebido no país e no estado: declínio no número de católicos e ascensão do número de evangélicos e dos sem religião. A saber, em 2010, os adeptos ao catolicismo representavam 88,3% da população (em 2000 eram 93,8%) e os evangélicos quase duplicaram em número, saltaram de 4,5% em 2000 para 8,5% em Isso não pode ser considerado apenas uma presença simbólica. Tal como fora aqui demonstrado, as mudanças quanto à adesão religiosa são perceptíveis não só no quadro nacional, mas se conjugam ao que é percebido também em nível estadual e municipal. As declarações feitas ao censo sobre religião que mais cresceram foram as de evangélico e sem religião. Esse crescimento estancado por séculos aponta para o enfraquecimento da estrutura de coerção social que anteriormente naturalizava, no Brasil, a identificação com o catolicismo e a difícil adesão a outro agrupamento religioso, e mais ainda a afirmação da não adesão a nenhuma religião (LOPES JÚNIOR, 2012). As considerações com base nos resultados dos censos e a leitura desses mediante uma linha cronológica atestam um cenário de reconfiguração do quadro religioso brasileiro, que pode ser percebido melhor a longo prazo. Isso indica a capacidade do fenômeno religioso de operar mudanças profundam concernentes a sua dimensão simbólica que, num primeiro momento, não são perceptíveis salvo por meio de um olhar sensível aos seus aspectos contemporâneos. Três ondas de implantação do pentecostalismo no Brasil Paul Freston propõe uma ordenação tipológica do pentecostalismo no Brasil e assume importante papel para trabalhos posteriores por realizar uma síntese das tipologias mais comuns empregadas por diversos autores acerca do pentecostalismo. Intitulada Protestantismo e política no Brasil (1993), sua tese de doutorado, além de oferecer um amplo quadro de análise que correlaciona protestantismo e política no período entre a Constituinte de 1987/1988 e o Impeachment do Presidente Collor, dispõe também de um mapeamento dos protestantes brasileiros. Com base nas tipologias institucionais de autores que trataram do tema anteriormente, Freston menciona os conceitos mais comuns utilizados na classificação do protestantismo (1993: 35) e que o divide em denominações históricas, estas 5

6 subdividas em igrejas de missão e igrejas de imigração (1993: 42), e denominações pentecostais. Enquanto as igrejas de imigração chegaram no Brasil por motivos, sobretudo, socioeconômicos, as igrejas de missão tiveram como objetivo a conquista de adeptos brasileiros, fator que as distinguem das anteriores (1993: 46). O autor aponta também as metamorfoses desse protestantismo histórico (1993: 54), cujos resultados, em algum grau, distingue as duas vertentes citadas anteriormente. Mais recente, o pentecostalismo teve sua implantação no país a partir de três ondas (FRESTON, 1993: 64), todas originadas no decorrer do século XX. A primeira delas se dá com a chegada da Congregação Cristã em 1910 e da Assembleia de Deus em A segunda é dos anos 50 e início dos anos 60 e, dentre os diversos grupos que surgem com a fragmentação do pentecostalismo, destacam-se a Igreja do Evangelho Quadrangular em 1951, a Brasil para Cristo em 1955 e, em 1962, a Deus é Amor (1993: 66). O contexto de surgimento dessas duas ondas é, sobretudo, paulista. Já a terceira onda, que surge em um contexto basicamente carioca, tem início no final da década de 70 e, segundo Freston, ganha força nos anos 80, sendo a IURD, de 1977, e a Igreja Internacional da Graça de Deus, de 1980, as suas duas mais notáveis representantes. Em detrimento dos motivos que explicariam o surgimento de cada uma das ondas, interessa-nos mais saber quais as características atribuídas a cada uma delas, principalmente à terceira onda, e, por conseguinte, ao pentecostalismo como um todo. A tipologia do pentecostalismo brasileiro No meio acadêmico, as noções correntes acerca das igrejas neopentecostais estão alicerçadas, sobretudo, na obra de Ricardo Mariano, intitulada Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo ([1999] 2010), na qual o autor aborda de forma ampla a tipologia das formações pentecostais, o histórico das igrejas neopentecostais e expõe detalhadamente aquelas que ele julga serem as principais características do neopentecostalismo no Brasil. Tal proposta tipológica denomina as três ondas do pentecostalismo, descritas por Paul Freston (1993: ), segundo o corte histórico-institucional que separa as igrejas de cada uma delas e as diferenças teológicas e comportamentais e sociais para distinguir a terceira onda das outras anteriores (MARIANO, [1999] 2010: 36). Nos termos em que a tipologia é formulada e, a princípio, seguindo uma lógica cronológica, 6

7 tem-se, pois, que as três ondas são denominadas pentecostalismo clássico, deuteropentecostalismo e neopentecostalismo, respectivamente. O emprego do prefixo deutero (segunda vez) empregado por Ricardo Mariano para denominar a segunda onda é usado para indicar que ela mantém o mesmo núcleo teológico do pentecostalismo clássico, dele se diferenciando somente pelo corte histórico-institucional de 40 anos que separa a implantação das igrejas de cada uma delas. Um dos aspectos mais relevantes da primeira para segunda onda, é que essa última passa a dar maior ênfase à cura divina e inovações evangelísticas advindas do uso do rádio, tendas, cinemas, estádios, etc. Já a terceira onda, denominada neopentecostal, refere-se à corrente pentecostal que começa na segunda metade dos anos 70, se diferenciando das demais também pelo corte histórico-institucional, mas principalmente pelas diferenças teológicas. O uso do prefixo neo justifica-se por expressar a sua recente formação e seu caráter inovador e, além de ser cunhado por diversos autores, Mariano ainda afirma em nota que o mesmo já foi adotado por órgãos de impressa e pela própria IURD. O neopentecostalismo é caracterizado segundo alguns aspectos que ressaltam sua especificidade diante das demais correntes pentecostais. A exacerbação da guerra espiritual contra o Diabo, a pregação enfática da teologia da prosperidade e a liberalização dos estereotipados usos e costumes de santidade (MARIANO, [1999] 2010: 35) caracterizam as igrejas deste segmento. As três características supracitadas estariam reunidas e exemplificadas na IURD, principal expoente do neopentecostalismo e cujo surgimento justifica a criação de sua tipologia (2010: 34). A terceira onda do pentecostalismo: o neopentecostalismo As igrejas que compõe tal onda são caracterizadas, em primeiro lugar, pela exacerbação da guerra espiritual contra o Diabo e seu séquito de anjos decaídos (MARIANO, [1999] 2010: ), na medida em que buscam justificar a incoerência entre um Deus bondoso e a maldade terrena, atribuindo ao Diabo e seus demônios a autoria de tudo aquilo que venha a interferir de forma negativa na criação de Deus, seja em qual for o âmbito família, relacionamentos, finanças, política, etc. Concebido como oposto aos designíos divinos, a figura do Diabo está presente desde muito antes na história do cristianismo, mas, nessas igrejas, ela passa a ser 7

8 figurada especialmente nas outras religiões, justificando-se, pois, no campo simbólico, a guerra que se trava contra elas. Não à toa se vê repercutir noticiários acerca de diversos casos de depreciação de elementos das religiões afro-brasileiras ou católica por parte de lideranças ou outros membros de igrejas neopentecostais. A segunda característica se refere à pregação enfática da Teologia da Prosperidade (TP), que ganha maior atenção ao longo desse trabalho por ser o aspecto central que distingue a terceira onda das anteriores. De forma geral, a TP pode ser entendida pela a concepção que os membros dessas igrejas têm de que é admissível viver, antes da morte, o paraíso que seria desfrutado somente após ela, instituindo, pois, um reino milenar neste mundo. As lideranças que a apregoam preconizam a possibilidade de se prosperar espiritual ou materialmente em vários âmbitos da vida - financeiro, familiar, conjugal, na saúde, na atuação na igreja, etc. já que, segundo afirma Mariano, tal teologia valoriza a fé como meio de obter saúde, riqueza, felicidade, sucesso e poderes terrenos ([1999] 2010: 158), se distanciando, dessa maneira, de outras teologias cristãs que valorizam o sofrimento e operando, segundo o autor, uma inversão da axiologia pentecostal. A terceira e última característica a ser destacada diz respeito à liberalização dos estereotipados usos e costumes de santidade (MARIANO, [1999] 2010: ), que consiste em uma mudança na postura das igrejas com relação aos elementos que viriam a constituir o aspecto de santidade dos membros que as compõem, tais como normas e tabus comportamentais, valores morais, usos e costumes, distanciando-se do estilo de vida mais ascético e contracultural. Se comparadas ao pentecostalismo clássico, essas igrejas atribuem menor realce à doutrina comportamental no sentido de diminuir a restrição a determinados costumes, trajes e outros elementos considerados profanos ou desvirtuados por outros segmentos. Tais mudanças decorrem, em primeiro lugar, das revolucionárias transformações culturais e comportamentais [...] que varreram o Ocidente a partir dos anos 60 e, em segundo, da cissiparidade desenfreada do pentecostalismo (2010, p. 204), que propiciou o surgimento de uma postura religiosa menos legalista e mais flexível a valores e costumes da sociedade, considerados até então mundanos. 8

9 O caso da Igreja Mundial do Poder de Deus e a tensão sobre a tipologia pentecostal Considerações sobre a IMPD Segundo o site oficial da IMPD, O 1º templo da [IMPD] iniciou-se em Sorocaba, 90 km da cidade de São Paulo, tendo como fundador o apóstolo Valdemiro Santiago, sua esposa Bispa Franciléia e um pequeno grupo de membros" 4. Sendo ex- Bispo da Universal, Waldemiro fundou sua igreja em 1998, cuja sede, denominada de Grande Templo dos Milagres, está localizada em São Paulo, possuí 43 mil m² e, segundo dados do site da própria igreja, há mais 4000 igrejas tanto no Brasil quanto no exterior que são dirigidas pela sede. Essa denominação se destaca pelo seu crescimento vertiginoso desde sua fundação, vindo a se tornar uma das principais concorrentes da IURD, sua igreja-mãe. Segundo Bitun, ao tratar do conceito de mercado de bens simbólicos de Pierre Bourdieu, afirma que o fato de a IMPD ter entrado na disputa pela produção destes bens dentro do campo religioso neopentecostal, tem despertado a atenção da Igreja Universal do Reino de Deus, que se apressa em retardar seu crescimento (2007: 49). A tensão entre ambas as denominações é perceptível também nas relações que elas estabelecem em Juazeiro do Norte-CE. Na cidade, os principais templos dessas igrejas ficam situados na área central, em uma das ruas mais movimentadas da cidade e pela qual se tem acesso à área de forte comércio, sendo assim caracterizada por um grande tráfego diário de pessoas, transportes particulares ou coletivos e pela grande visibilidade dada aos estabelecimentos que ali se encontram. O caso da IMPD em Juazeiro do Norte CE Na pesquisa realizada entre os anos de 2012 e 2014 no templo central da IMPD na cidade de Juazeiro do Norte-CE, e após um longo período de observações, participando de seus cultos e realizando entrevistas com seus membros, percebemos uma divergência entre a caracterização típica do neopentecostalismo em voga no campo acadêmico e os discursos e práticas peculiares apresentados por aquela Igreja. 4 (Acesso em 26/01/2015) 9

10 A divergência relaciona-se, sobretudo, a um dos principais aspectos do seguimento neopentecostal, a TP, que implica principalmente em uma visão desafeita ao sofrimento humano e a ideia de que este seria garantia das benesses do paraíso provenientes da segunda vinda do Cristo, concepção escatológica que caracterizara as versões tradicionais do cristianismo. A TP, e neste caso pode-se dizer, o próprio neopentecostalismo, assim como foi concebido, enfatiza uma visão de afirmação do mundo, concebendo o sofrimento humano de forma negativa e até mesmo o demonizando. A demonização do sofrimento reflete o lugar central que o Diabo ocupa nas igrejas desse segmento, haja vista que sua presença na vida das pessoas é entendida como um entrave à prosperidade, portanto, aos próprios desígnios de Deus. Apesar disso, na IMPD, além dos elementos que caracterizam as igrejas neopentecostais, encontramos a incidência de discursos e práticas em prol do sofrimento, expresso na frase proferida pelas lideranças da igreja a gente tem que se humilhar. Alguns elementos indicam, portanto, que há uma correlação entre o significado daquilo que chamamos humilhação na IMPD e a noção de sofrimento, comumente renegada pelas igrejas neopentecostais. O problema do qual resulta tal discussão consiste em compreender o significado de uma postura afeita à humilhação, em uma igreja que carrega as características do neopentecostalismo e que, a priore, seria avessa ao sofrimento. Soma-se a isso o fato de que fundação da IMPD data de 1998, a partir de uma cisão do principal expoente do neopentecostalismo, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), e que a primeira versão do livro de Ricardo Mariano é de apenas um ano antes. Frente a isso, torna-se relevante questionar-se sobre o emprego da tipologia neopentecostal proposta e consolidada no meio acadêmico para caracterizar a IMPD em Juazeiro do Norte. IMPD: um paradoxo para a classificação pentecostal Na tese de doutorado de Ricardo Bitun, intitulada Igreja Mundial do Poder de Deus: rupturas e continuidades no campo religioso brasileiro (2007), o autor constata intensas mudanças no campo religioso, e busca demonstrar que a IMPD, a partir da oferta da cura divina, contribui para o trânsito religioso inter-religioso e intra- 10

11 religioso. A principal argumentação de Bitun e que dá subtítulo a sua tese é de que a cura divina, característica das igrejas da segunda onda pentecostal, volta a ser enfatizada na IMPD, que, segundo ele mesmo afirma, até a elaboração de sua pesquisa, tratava-se de uma igreja estudada por ninguém (2007: 10). Ao compreender a imprecisão do lugar que a IMPD ocupa no campo religioso, oscilando entre rupturas e continuidades com o tipo de pentecostalismo clássico, Bitun conclui que ela possui elementos da segunda e terceira onda. Nesse sentido, a tentativa de situá-la no campo religioso pentecostal e a constatação das divergências quanto aos aspectos de sua classificação implicam na suspensão da própria tipologia, haja vista a seguinte observação, feita por Ricardo Mariano: Quanto ao futuro pentecostal, a virtual ocorrência de transformações para muito além das já realizadas nesse campo religioso, tanto faz se decorrentes de importações teológicas, se de sincretismos, de idiossincrasias de novas lideranças e de cismas institucionais, corresponderia e implicaria a formulação de novos tipos ideais para classificá-las. ([1999] 2010: 37) Um fator relativamente evidente favorece a reflexão sobre a validade do emprego da tipologia pentecostal proposta por Ricardo Mariano para a leitura da atuação da IMPD. É que essa denominação religiosa, como afirma o próprio Bitun em sua tese (2007: 42), foi fundada em 1998, um ano antes da primeira edição de Neopentecostais. Levando em conta que esse livro foi uma versão elaborada a partir de uma dissertação de mestrado apresentada em , fica claro, portanto, que apesar de o termo não ser muito divulgado naquele período, a definição de neopentecostal é anterior à própria fundação da IMPD. Se se levar em consideração que a concepção de neopentecostalismo obedece às formulações de Paul Freston, que classifica o pentecostalismo brasileiro em três ondas, a tipologia pentecostal, em sua gênese, é ainda anterior à fundação da IMPD, já que a tese de doutorado de Freston é de Bitun, talvez para fugir desse empecilho, afirma que dentre as igrejas cismáticas do neopentecostalismo, a Igreja Mundial do ([1999] 2010). 5 Mariano oferece essa informação nos agradecimentos na 3ª edição de Neopentecostais 11

12 Poder de Deus é a que mais tem se destacado, a mais propensa a num futuro próximo se tornar uma quarta onda pentecostal (2007: 14). Apesar de indicar a possibilidade de uma nova tipologia que abarque as características da IMPD, Bitun primeiramente parte do princípio que ela é neopentecostal para só depois apontar a cura divina como uma divergência à classificação. Se ele está pensando em termos de ruptura-continuidade é porque há critérios pré-estabelecidos nos quais ele se baseia, e esses critérios são os da tipologia pentecostal usual. Ao tomá-los como referencial buscando averiguar se a IMPD é mais ou menos neopentecostal, Bitun, dentre outras coisas, reifica as classificações desenvolvidas por Mariano. O fato de a IMPD ter surgido posteriormente à década de 80, apresentar algumas das características do neopentecostalismo e, sobretudo, ser fundada por uma liderança dissidente da IURD não são justificativas plausíveis para que se possa enquadrá-la no neopentecostalismo. Quando em sua tese Bitun conclui que a IMPD possui elementos do neopentecostalismo, ou pentecostalismo de terceira onda, assim como, resgata a ênfase na cura divina das igrejas de transição, ou pentecostalismo de segunda onda (2007: 170) ele está afirmando que ela apresenta elementos de ambas as ondas. Essa afirmação, por si só, não exprime se ela é neopentecostal ou deuteropentecostal, pois o fato de ele a apresentar a priori neopentecostal, mas com grande ênfase na cura divina indica que a tipologia corrente do pentecostalismo se apresenta inadequada para sua classificação. Quando Ricardo BITUN restringe o problema a questionar-se se ela é de segunda ou terceira onda, os critérios de corte histórico-institucional e a ênfase teológica ganham maior peso, levando a considera-la neopentecostal, ao passo que a ênfase na cura divina, afirmada por ele (2007: 40) passa a ser compreendida com algo que ela resgatou do passado, mas que, de antemão, não lhe pertence. Ora, se ela apresenta elementos de ambas as ondas, por que insistir em investigar se ela é uma coisa ou outra? Seria ela, então, as duas? Ou nenhuma delas? São perguntas de tal ordem que expressam a limitação dessas tipologias. Ficar preso à discussão que se ocupa em saber se a IMPD é ou não neopentencostal é dar fixidez às 12

13 classificações e, dessa maneira, congelar aspectos da realidade como se, no campo empírico, isso fosse possível. Considerações Finais Apesar de Ricardo Mariano afirmar que o emprego de neopentecostal justifica-se por ser um termo praticamente já consagrado pelos pesquisadores brasileiros para classificar novas igrejas pentecostais ([1999] 2010, p. 33), percebe-se que a classificação em ondas descrita por Paul Freston, na qual ele se fundamenta, encerra-se nas igrejas que surgiram em meados da década de 70. Deste modo, não convém reificar a tipologia daí resultante e reproduzi-la de forma irreflexiva para a classificação de igrejas que surgiram posteriormente. O próprio Mariano afirma que o neopentecostalismo abriga apenas uma parcela das igrejas pentecostais formadas nos últimos vinte e cinco anos ([1999] 2010: 37), se referindo aos anos que antecederam a 1995, data referente à sua dissertação de mestrado, que deu origem posteriormente ao livro Neopentecostais, em 1999, sendo sua 3ª edição do ano de É provável que da década de 80, quando as igrejas da terceira onda ganharam mais força, até meados dos anos 2000, depois que Mariano publica a primeira edição do seu livro, mudanças significativas possam ter ocorrido no interior do pentecostalismo. Agrega-se a isso o fato de que talvez as alterações de ordem doutrinária, teológica ou institucionais que resultaram no surgimento de novas denominações, ou seja, o forte caráter dissidente dessa corrente pentecostal não implique em uma ruptura radical com todos os aspectos das versões anteriores. De maneira que o neopentecostalismo, não obstante o seu carácter inovador que o faz romper com alguns traços do pentecostalismo, dá continuidade não só a aspectos do pentecostalismo, mas do próprio cristianismo de forma geral e até de outras religiões. Segundo Paulo SIEPIERSKI (1999) 6, as igrejas da terceira onda do pentecostalismo brasileiro compõem um grupo que não é definido pelos limites 6 Uma versão desse trabalho foi publicada em 1999 na Revista Reflexão e Fé, que, ao que tudo indica, saiu de circulação. Contudo, o conteúdo do trabalho encontra-se disponível em de maneira que, ao me referir a esse trabalho utilizarei o ano de referência da revista 1999 sem menção às páginas. 13

14 denominacionais, ao contrário, é um fenômeno que adentra em maior ou menor grau outras denominações. Já na década de 90, demonstrando a percepção precipitada que a comunidade evangélica tinha sobre a sua dimensão, Siepierski afirmava que o Brasil não está se tornando protestante. O que vemos é a perda da hegemonia católica e a consolidação de uma sociedade pluralista (1999). Assim como ocorrera no período de emergência das primeiras igrejas de terceira onda, quando as mudanças sociais no país implicaram mudanças na mensagem pentecostal e emergência de novas denominações suscitou a elaboração de uma tipologia, hoje talvez seja o momento oportuno de repensar as classificações em vigor no campo acadêmico levando em conta o surgimento de novas denominações e tendo em vista que as características antes atribuídas ao neopentecostalismo estão presentes em outros tipos de igrejas evangélicas e até mesmo na igreja católica. Referências BITUN, Ricardo (2007). Igreja Mundial do Poder de Deus: rupturas e continuidades no campo religioso neopentecostal. Tese de doutorado, defendida na PUC-SP. Disponível em: obra=83295 BRANDÃO, Carlos Rodrigues (2004). Fronteiras da fé alguns sistemas de sentido, crenças e religiões no Brasil de hoje. Revista ESTUDOS AVANÇADOS 18 (52). Disponível em: FRESTON, Paul (1993). Protestantes e política no Brasil: da Constituinte ao impeachment. Campinas, Tese de Doutorado em Sociologia, IFCH-Unicamp. Disponível em: MARIANO, Ricardo ([1999] 2010). Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Loyola. MARIANO, Ricardo (2013). Mudanças no campo religioso brasileiro no censo In Debates do NER. Porto Alegre, ano 14, n. 24, p Disponível em: NERI, Marcelo Côrtes (Coord.) (2011). Novo Mapa das Religiões. Rio de Janeiro: CPS/FGV. Disponível em: LOPES JÚNIOR, Orivaldo Pimentel (2012). Multiplicação sem milagre. In Revista de História. 01/12/2012, Disponível em: 14

15 PAZ, Renata Marinho (2011). Para onde sopra o vento: a Igreja Católica e as romarias de Juazeiro do Norte. 1ª ed. Fortaleza: Editora IMEPH. p RUSSO, Mauricio B.; OLIVEIRA, G. R (2011). Devagar e sempre, com fé em Deus : evangélicos cearenses nos censos demográficos. In Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 42, n. 1. p Disponível em: SIEPIERSKI, Paulo D (1997). Pós-pentecostalismo e política no Brasil. Estudos Teológicos, v. 37, n. 1. p Disponível em: SIEPIERSKI, P. D (1999). A emergência da Pluralidade Religiosa. Reflexão e Fé (Fora de circulação), Recife, v. 1, p Texto do artigo disponível em: STEIL, Carlos Alberto (2001). Pluralismo, modernidade e tradição - Transformações do campo religioso. In Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião, Porto Alegre, ano 3, n. 3. p Disponível em: 15

Clécio Jamilson Bezerra dos Santos 1 Orivaldo Pimentel Lopes Junior 2

Clécio Jamilson Bezerra dos Santos 1 Orivaldo Pimentel Lopes Junior 2 Para além das classificações: uma reflexão acerca da tipificação neopentecostal a partir da atuação da Igreja Mundial do Poder de Deus em Juazeiro do Norte-CE. Clécio Jamilson Bezerra dos Santos 1 Orivaldo

Leia mais

Igreja Universal do Reino de Deus

Igreja Universal do Reino de Deus 89 No entanto, a grande concentração de igrejas no bairro impede que existam quarteirões apenas com a presença da IPDA. A maior concentração de membros da IPDA está nas áreas mais pobres do bairro. Das

Leia mais

Resenhas. Vox Scripturae Revista Teológica Internacional São Bento do Sul/SC vol. XXIII n. 1 jan-jun p

Resenhas. Vox Scripturae Revista Teológica Internacional São Bento do Sul/SC vol. XXIII n. 1 jan-jun p Resenhas 157 Resenhas Vox Scripturae Revista Teológica Internacional São Bento do Sul/SC vol. XXIII n. 1 jan-jun 2015 - p. 159-162 158 Vox Scripturae - Revista Teológica Internacional Vox Scripturae Revista

Leia mais

MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, p. Valdinei Ramos Gandra 1

MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, p. Valdinei Ramos Gandra 1 MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 241p. Valdinei Ramos Gandra 1 Ricardo Mariano é doutor em sociologia pela Universidade

Leia mais

MUDANÇAS NO PERFIL RELIGIOSO BRASILEIRO. Fatos e desafios.

MUDANÇAS NO PERFIL RELIGIOSO BRASILEIRO. Fatos e desafios. Vanildo Luiz Zugno MUDANÇAS NO PERFIL RELIGIOSO BRASILEIRO. Fatos e desafios. Vanildo Luiz Zugno - www.freivanildo.wordpress.com 1 Parte I ACLARANDO TERMOS Vanildo Luiz Zugno - www.freivanildo.wordpress.com

Leia mais

BATISTAS NACIONAIS NOSSA IDENTIDADE

BATISTAS NACIONAIS NOSSA IDENTIDADE BATISTAS NACIONAIS NOSSA IDENTIDADE NOSSA IDENTIDADE 1. QUEM SOMOS? 2. QUAL A NOSSA HISTÓRIA? 3. O QUE PENSAMOS? BATISTA NACIONAL 1. O QUE É SER BATISTA NACIONAL? 2. QUE TIPO DE BATISTA É UM BATISTA NACIONAL?

Leia mais

MIGRAÇÕES ENTRE IGREJAS CRISTÃS E O PÓS-PENTECOSTALISMO NO BRASIL: UM PANORAMA ACERCA DOS DADOS DO IBGE DE 2010

MIGRAÇÕES ENTRE IGREJAS CRISTÃS E O PÓS-PENTECOSTALISMO NO BRASIL: UM PANORAMA ACERCA DOS DADOS DO IBGE DE 2010 MIGRAÇÕES ENTRE IGREJAS CRISTÃS E O PÓS-PENTECOSTALISMO NO BRASIL: UM PANORAMA ACERCA DOS DADOS DO IBGE DE 21 Mailson Fernandes Cabral de Sousa, UNICAP Max Weydson Farias Rodrigues, UNICAP *** Resumo O

Leia mais

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE Glauco Vieira Doutorando em Geografia UFF Universidade Regional do Cariri URCA glauco.vieira@gmail.com O início de 2012 em Juazeiro do Norte,

Leia mais

2 No fogo e na água: A dinâmica e a complexidade do campo 1 evangélico no Brasil

2 No fogo e na água: A dinâmica e a complexidade do campo 1 evangélico no Brasil 2 No fogo e na água: A dinâmica e a complexidade do campo 1 evangélico no Brasil Se me perguntarem: são os pentecostais evangélicos?, eu responderia distingo. Mendonça (2006: 99). O fantástico crescimento

Leia mais

Introdução à Espiritualidade Cristã

Introdução à Espiritualidade Cristã Fundamentos da Espiritualidade Cristã Introdução à Espiritualidade Cristã PROFESSOR: CARLOS CACAU MARQUES AULA 01 DEFINIÇÕES Transcendência: característica do que está além do mundo sensível. Metafísica:

Leia mais

TEOLOGIA CRISTÃ: UMA INTRODUÇÃO À SISTEMATIZAÇÃO DAS DOUTRINAS

TEOLOGIA CRISTÃ: UMA INTRODUÇÃO À SISTEMATIZAÇÃO DAS DOUTRINAS TEOLOGIA CRISTÃ: UMA INTRODUÇÃO À SISTEMATIZAÇÃO DAS DOUTRINAS FERREIRA, Franklin. Teologia cristã: uma introdução à sistematização das doutrinas. São Paulo: Edições Vida Nova, 2011. Natan da Costa Fernandes

Leia mais

Encontros Teológicos adere a uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Encontros Teológicos adere a uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Encontros Teológicos adere a uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. ANTONIAZZI, A. Por que o panorama religioso no Brasil mudou tanto? São Paulo: Paulinas, 2004. Erik Dorff

Leia mais

PARADIGMAS, METODOLOGIA E CAMINHOS DA CIÊNCIA

PARADIGMAS, METODOLOGIA E CAMINHOS DA CIÊNCIA Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Tecnologia Presidente Prudente - SP PARADIGMAS, METODOLOGIA E CAMINHOS DA CIÊNCIA ALBERTO ALBUQUERQUE GOMES FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA PROGRAMA

Leia mais

Diversidade: Comunicação e as Religiões no Rio de Janeiro. Comunicação

Diversidade: Comunicação e as Religiões no Rio de Janeiro. Comunicação Diversidade: Comunicação e as Religiões no Rio de Janeiro Comunicação 100.00 Brasil: Participação de Católicos na População - 1970 a 2000 95.00 90.00 85.00 80.00 75.00 70.00 65.00 1970 1980 1991 2000 Fonte:

Leia mais

XX Encontro Anual de Iniciação Científica EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG

XX Encontro Anual de Iniciação Científica EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG RELIGIÃO E SOCIEDADE: APROXIMAÇÕES ENTRE O NEOLIBERALISMO E NEOPENTECOSTALISMO Edson Elias de Morais (PROIC/UEL), Dr. Fabio Lanza (Orientador), e-mail: edson_londrina@hotmail.com; lanza1975@gmail.com.

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PROCESSO SELETIVO PARA ADMISSÂO DE PROFESSORES EM CARÁTER TEMPORÁRIO 2017 PARECER RECURSOS PROVA 2 ENSINO RELIGIOSO 12) Conforme o disposto no DECRETO

Leia mais

Introdução. protestantes históricos, 5,2%. In: O Brasil para Cristo. In: Revista Sociologia, ano I, número 7, 2007, p. 52.

Introdução. protestantes históricos, 5,2%. In: O Brasil para Cristo. In: Revista Sociologia, ano I, número 7, 2007, p. 52. Introdução O cenário religioso brasileiro é um ambiente rico em diversidade de expressões. Sabe-se da existência de uma matriz religiosa, determinante para a constituição de um sistema religioso marcado

Leia mais

Ementa Teorias antropológicas sobre religião. Análise comparativa de estudos sobre religião em diversas sociedades.

Ementa Teorias antropológicas sobre religião. Análise comparativa de estudos sobre religião em diversas sociedades. Disciplina: HS 059 Antropologia da Religião Período: 2010/1 Profa: Sandra J. Stoll Ementa Teorias antropológicas sobre religião. Análise comparativa de estudos sobre religião em diversas sociedades. Objetivos

Leia mais

Religião e Sociedade

Religião e Sociedade Religião e Sociedade A Religião, Crença e Ciência A secularização das sociedades modernas: passagem do regime religioso para o laico O conceito de religião e crença Religião, Filosofia e Ciência Objetivos

Leia mais

Resenha. DOI /P v13n38p1182. Cassiana Matos Moura

Resenha. DOI /P v13n38p1182. Cassiana Matos Moura Resenha DOI 10.5752/P.2175-5841.2015v13n38p1182 BITUM, Ricardo; SOUSA, Rodrigo Franklin de. (Org.). Estudos sobre Durkheim e a religião: 100 anos de As formas elementares da vida religiosa. Santo André,

Leia mais

Aproximadamente três quartos da população Norte-americana é Cristã.

Aproximadamente três quartos da população Norte-americana é Cristã. Embora os Estados Unidos sejam conhecidos mundialmente como sendo um país religioso, poucos Americanos dizem que a fé é a prioridade principal de suas vidas. Aproximadamente 90 por cento dos Americanos,

Leia mais

Religiosidade Tâmara Freitas Barros

Religiosidade Tâmara Freitas Barros Religiosidade Tâmara Freitas Barros Apesar dos problemas do cotidiano, a fé dos capixabas parece não ter sido abalada. Isso pode ser constatado na pesquisa que a Futura realiza anualmente, para captar

Leia mais

Análise das religiões relativa à localidade, escolaridade e poder aquisitivo dos fiéis.

Análise das religiões relativa à localidade, escolaridade e poder aquisitivo dos fiéis. Análise das religiões relativa à localidade, escolaridade e poder aquisitivo dos fiéis. Por James Mytho. Faltando pouco mais de 2 anos para o próximo Censo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO LICENCIATURA EM HISTÓRIA

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO LICENCIATURA EM HISTÓRIA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO LICENCIATURA EM HISTÓRIA ATUAÇÃO DA MULHER NA IGREJA EVANGÉLICA CRISTO VIVE: FEMINISMO E RELIGIOSIDADE Giovanna França Andrade São Paulo SP 2017 Giovanna França Andrade ATUAÇÃO

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE O ESPAÇO SAGRADO DOS BATISTAS

UM ESTUDO SOBRE O ESPAÇO SAGRADO DOS BATISTAS UM ESTUDO SOBRE O ESPAÇO SAGRADO DOS BATISTAS A STUDY ON THE BAPTISTS` SACRED SPACE Edilson Soares de Souza 1 PEREIRA, Clevisson Junior. Geografia da religião e a teoria do espaço sagrado: a construção

Leia mais

ALMEIDA, Ronaldo. A Igreja Universal e seus demônios: um estudo etnográfico. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009, 152p., ISBN

ALMEIDA, Ronaldo. A Igreja Universal e seus demônios: um estudo etnográfico. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009, 152p., ISBN Resenha ALMEIDA, Ronaldo. A Igreja Universal e seus demônios: um estudo etnográfico. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009, 152p., ISBN 978-85-78160-34-0. Ana Carolina Capellini Rigoni * Hugo Ricardo

Leia mais

ESCALA DE CONCEPÇÕES ACERCA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUA APLICAÇÃO EM PESQUISA

ESCALA DE CONCEPÇÕES ACERCA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUA APLICAÇÃO EM PESQUISA ESCALA DE CONCEPÇÕES ACERCA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUA APLICAÇÃO EM PESQUISA Carla Cristina Marinho Sadao Omote Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, campus de Marília Eixo Temático:

Leia mais

Sumário. Prefácio... 13

Sumário. Prefácio... 13 Sumário Prefácio... 13 PARTE UM O LEGADO ISRAELITA 1. Cristianismo e judaísmo... 29 A separação dos caminhos... 29 O cristianismo e o cânone hebraico da Escritura... 40 O cristianismo e a interpretação

Leia mais

Apresentação do Dossiê (Des)Continuidades no Campo Religioso

Apresentação do Dossiê (Des)Continuidades no Campo Religioso revista AntHropOlógicas Ano 18, 25(1):1-5, 2014 Apresentação do Dossiê (Des)Continuidades no Campo Religioso Mísia L. Reesink a Roberta B. C. Campos b O campo religioso tem se mostrado cada vez mais um

Leia mais

A IGREJA BÍBLICA LIÇÃO 5 TERMOS PARA DESIGNAR A IGREJA INTRODUÇÃO

A IGREJA BÍBLICA LIÇÃO 5 TERMOS PARA DESIGNAR A IGREJA INTRODUÇÃO LIÇÃO 5 TERMOS PARA DESIGNAR A IGREJA INTRODUÇÃO Por causa dos muitos erros religiosos que surgiram durante os séculos passados e a grande confusão que existe hoje entre as denominações e doutrinas, é

Leia mais

Religiosidade. Raquel Rocha Gomes

Religiosidade. Raquel Rocha Gomes Religiosidade Raquel Rocha Gomes Apesar dos problemas do cotidiano, tais como catástrofes ambientais e crises econômicas, a fé do capixaba parece não ter sido abalada. Isso pode ser constatado na pesquisa

Leia mais

Palavras-chave: Igreja Mundial do Poder de Deus; Mensagem religiosa; Mercado Religioso; Juazeiro do Norte.

Palavras-chave: Igreja Mundial do Poder de Deus; Mensagem religiosa; Mercado Religioso; Juazeiro do Norte. A gente tem que se humilhar : a mensagem religiosa da Igreja Mundial do Poder de Deus no mercado religioso juazeirense. Clécio Jamilson Bezerra dos Santos 1 Resumo Propõem-se aqui apresentar uma análise

Leia mais

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução 1 Introdução Um estudo de doutorado é, a meu ver, um caso de amor, e em minha vida sempre houve duas grandes paixões imagens e palavras. Escolhi iniciar minha tese com o poema apresentado na epígrafe porque

Leia mais

Geografia. Demografia - CE. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Demografia - CE. Professor Luciano Teixeira. Geografia Demografia - CE Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia DEMOGRAFIA - CE O povo cearense foi formado pela miscigenação de indígenas catequizados e aculturados após

Leia mais

Protestantismo Americano

Protestantismo Americano Protestantismo Americano Processo de colonização na América do Norte As treze colônias Maryland Procurar um lugar longe da Inglaterra, em que a comunidade Católica viesse a viver longe do grande sentimento

Leia mais

Resenha do Livro Decepcionados com a Graça

Resenha do Livro Decepcionados com a Graça Resenha do Livro Decepcionados com a Graça O título do livro, Decepcionados com a Graça Esperanças e frustrações no Brasil Neopentecostal (São Paulo : Mundo Cristão, 2005), mostra claramente o interesse

Leia mais

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DR. VIEIRA DE CARVALHO Planificação Educação Moral e Religiosa Católica. Ano Letivo 2016/17 3º Ciclo 7º Ano

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DR. VIEIRA DE CARVALHO Planificação Educação Moral e Religiosa Católica. Ano Letivo 2016/17 3º Ciclo 7º Ano Unidade Letiva: 1 - As Origens Período: 1º 1. Questionar a origem, o destino e o sentido do universo e do ser humano. As origens na perspetiva científica L. Estabelecer um diálogo entre a cultura e a fé.

Leia mais

A imigração alemã no Brasil e a ética weberiana:

A imigração alemã no Brasil e a ética weberiana: A imigração alemã no Brasil e a ética weberiana: a impossibilidade de uma teoria André Voigt. SOUZA, Jessé de (Org.). O malandro e o protestante a tese weberiana e a singularidade cultural brasileira.

Leia mais

ESCOLA CONFESSIONAL. Caracteriza-se por seguir a confissão religiosa de uma determinada ordem religiosa

ESCOLA CONFESSIONAL. Caracteriza-se por seguir a confissão religiosa de uma determinada ordem religiosa ESCOLA CONFESSIONAL Caracteriza-se por seguir a confissão religiosa de uma determinada ordem religiosa ou congregação. Uma escola confessional pode ser católica, presbiteriana, evangélica, etc. Por ser

Leia mais

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. As soluções encontradas por Weber para os intrincados problemas metodológicos que ocuparam a atenção dos cientistas sociais do começo do século XX permitiram-lhe

Leia mais

3 A mudança no perfil religioso brasileiro

3 A mudança no perfil religioso brasileiro 3 A mudança no perfil religioso brasileiro 3.1.Contexto histórico: O Protestantismo no Brasil O Protestantismo é o segundo maior segmento religioso no Brasil. O movimento, cuja origem data da Reforma Protestante

Leia mais

A GENTE TEM QUE SE HUMILHAR : A ATUAÇÃO DA IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS EM JUAZEIRO DO NORTE

A GENTE TEM QUE SE HUMILHAR : A ATUAÇÃO DA IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS EM JUAZEIRO DO NORTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES Clécio Jamilson Bezerra dos Santos A GENTE TEM QUE SE HUMILHAR : A ATUAÇÃO DA IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS EM JUAZEIRO

Leia mais

REESCREVENDO A HISTÓRIA: GRUPO ESCOLAR JOAQUIM SARAIVA ( ).

REESCREVENDO A HISTÓRIA: GRUPO ESCOLAR JOAQUIM SARAIVA ( ). REESCREVENDO A HISTÓRIA: GRUPO ESCOLAR JOAQUIM SARAIVA (1963-1980). Luciete Diniz Castro Universidade Federal de Uberlândia O presente trabalho refere-se ao desenvolvimento de uma investigação do Programa

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL. Documento Orientado: Programa da Disciplina

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL. Documento Orientado: Programa da Disciplina AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento Orientado: Programa da Disciplina ENSINO SECUNDÁRIO HISTÓRIA A 10º ANO DE ESCOLARIDADE TEMAS/DOMÍNIOS CONTEÚDOS

Leia mais

UFGD/FCBA Caixa Postal 533, 79, Dourados-MS, 1

UFGD/FCBA Caixa Postal 533, 79, Dourados-MS,   1 SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS NA CIDADE DE CORUMBÁ-MS Andressa Freire dos Santos 1 ; Graciela Gonçalves de Almeida 1 ; Daniella de Souza Masson 1 ; Joelson Gonçalves Pereira 2 UFGD/FCBA Caixa Postal 533, 79,804-970-Dourados-MS,

Leia mais

1º Ciclo. Educação Moral e Religiosa Católica 2016/ º Ano. 4º Ano. 1º Ano. 2º Ano

1º Ciclo. Educação Moral e Religiosa Católica 2016/ º Ano. 4º Ano. 1º Ano. 2º Ano 1º Ciclo Religiosa Cultura Cristã e Visão Cristã Ética e Moral A. Compreender o que são o fenómeno religioso e a experiência religiosa. B. Construir uma chave de leitura religiosa da pessoa, da vida e

Leia mais

Lição 5 ATOS 1. Atos destinado a Teófilo período 63 d.c apóstolo Pedro apóstolo Paulo Atos do Espírito Santo que Jesus operou por meio da igreja

Lição 5 ATOS 1. Atos destinado a Teófilo período 63 d.c apóstolo Pedro apóstolo Paulo Atos do Espírito Santo que Jesus operou por meio da igreja Lição 5 ATOS 1. Atos O livro de Atos foi o segundo escrito por Lucas, também destinado a Teófilo. Acredita-se que originalmente não tivesse título, sendo inserido Atos ou Atos dos Apóstolos nos manuscritos

Leia mais

1º Ciclo - Ano letivo 2018 / 2019

1º Ciclo - Ano letivo 2018 / 2019 Compreender o que são o fenómeno religioso e a experiência religiosa. Construir uma chave de leitura religiosa da pessoa, da vida e da história. Identificar o núcleo central do cristianismo e do catolicismo.

Leia mais

temático A obra da salvação Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida. seja, a doutrina da salvação.

temático A obra da salvação Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida. seja, a doutrina da salvação. O4º Trimestre de 2017 Trimestre temático A obra da salvação Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida. OEstudaremos a Soteriologia, ou seja, a doutrina da salvação. www.portalebd.org.br Slide 2 O O

Leia mais

- EPEC: investigação de aspectos de um processo amplo de transformação social, cujo desfecho é a modernidade.

- EPEC: investigação de aspectos de um processo amplo de transformação social, cujo desfecho é a modernidade. Mudança social - EPEC: investigação de aspectos de um processo amplo de transformação social, cujo desfecho é a modernidade. 1. emergência do espírito do capitalismo e superação dos modos de vida tradicionais

Leia mais

1º Ciclo - Ano letivo 2017/2018

1º Ciclo - Ano letivo 2017/2018 1º Ciclo - Ano letivo 2017/2018 A. Compreender o que são o fenómeno religioso e a experiência religiosa. B. Construir uma chave de leitura religiosa da pessoa, da vida e da história. E. Identificar o núcleo

Leia mais

COSMOVISÃO. vivendopelapalavra.com. Por: Helio Clemente

COSMOVISÃO. vivendopelapalavra.com. Por: Helio Clemente COSMOVISÃO vivendopelapalavra.com Por: Helio Clemente Cosmovisão: Palavra de origem alemã que significa visão do mundo ou a forma como uma pessoa vê o mundo, a vida, os homens e os princípios que sustentam

Leia mais

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE FAMÍLIA Ao nascer, o indivíduo é moldado, aprende as regras de convivência, o que pode e não pode fazer. Neste âmbito,

Leia mais

Durkheim SOCIEDADE HOMEM. Anos 70 ROCOCÓ DETERMINA OPERÁRIOS

Durkheim SOCIEDADE HOMEM. Anos 70 ROCOCÓ DETERMINA OPERÁRIOS Durkheim Durkheim SOCIEDADE Anos 70 OPERÁRIOS ROCOCÓ DETERMINA HOMEM Sociologia Ciências naturais Sociologia Objetividade Relações causais Bases estatísticas Tipologia Social Sociedades de: Solidariedade

Leia mais

COPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - SABER E FÉ

COPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - SABER E FÉ Aviso importante! Esta disciplina é uma propriedade intelectual de uso exclusivo e particular do aluno da Saber e Fé, sendo proibida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, exceto em breves citações

Leia mais

MATRIZ CURRICULAR. Filosofia e Religião Eixo Teológico - ET

MATRIZ CURRICULAR. Filosofia e Religião Eixo Teológico - ET MATRIZ CURRICULAR Eixo Teológico - ET Este Eixo contempla as disciplinas que caracterizam a identidade teológica e preparam o aluno para a reflexão e o diálogo com as diferentes teologias nas diferentes

Leia mais

DISCURSO URBANO: SENTIDOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL.

DISCURSO URBANO: SENTIDOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. DISCURSO URBANO: SENTIDOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. Débora Smaha Corrêa (PIBIC/CNPq-UNICENTRO), Maria Cleci Venturini (Orientadora), e-mail: mariacleciventurini@hotmail.com Universidade Estadual

Leia mais

IGREJA. e o Mito da Des-Institucionalização

IGREJA. e o Mito da Des-Institucionalização IGREJA e o Mito da Des-Institucionalização IGREJA e o Perigo da Institucionalização 2ª Conferência de Plantação de Igrejas 13 Estados Brasileiros 20 Denominações Nossa Visão como Chácara Primavera A Comunidade

Leia mais

Comunhão A revista da família Cristã. Uma publicação

Comunhão A revista da família Cristã. Uma publicação Comunhão A revista da família Cristã Uma publicação ApresentAção: Comunhão é a mais expressiva e frequente publicação do país para o segmento evangélico. Um veículo editorial moderno e formador de opinião

Leia mais

Resumo. Palavras-Chave: Neopentecostalismo, Bens simbólicos, Rituais, Mercado religioso.

Resumo. Palavras-Chave: Neopentecostalismo, Bens simbólicos, Rituais, Mercado religioso. Caderno de Cultura e Ciência, Ano VII, v.11, n.1, Dez, 2012 Artigo Científico PAZ, R.M.; SANTOS, C.J.B. Circulação de bens simbólicos: análise preliminar de cultos nas igrejas neopetencostais em Juazeiro

Leia mais

CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12)

CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12) CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12) I. Significado bíblico de comunhão II. Igreja de Cristo e comunhão - Comunhão dos santos III. Comunhão como forma de ser

Leia mais

PROCESSOS DE DISPUTAS TERRITORIAIS E CONFLITOS CULTURAIS ENTRE GRUPOS RELIGIOSOS DE MATRIZ CRISTÃ E AFRICANA NA CIDADE: O CASO DE ANÁPOLIS/GO

PROCESSOS DE DISPUTAS TERRITORIAIS E CONFLITOS CULTURAIS ENTRE GRUPOS RELIGIOSOS DE MATRIZ CRISTÃ E AFRICANA NA CIDADE: O CASO DE ANÁPOLIS/GO PROCESSOS DE DISPUTAS TERRITORIAIS E CONFLITOS CULTURAIS ENTRE GRUPOS RELIGIOSOS DE MATRIZ CRISTÃ E AFRICANA NA CIDADE: O CASO DE ANÁPOLIS/GO Moisés John dos Santos Alves Souza¹* Mary Anne Vieira Silva²

Leia mais

Pensando o Brasil sociologicamente a partir da religião: discussões contemporâneas sobre o catolicismo brasileiro

Pensando o Brasil sociologicamente a partir da religião: discussões contemporâneas sobre o catolicismo brasileiro Pensando o Brasil sociologicamente a partir da religião: discussões contemporâneas sobre o catolicismo brasileiro Autora: Olivia Forat Montero 2º semestre/ 2017 Texto Teórico Introdução A religião é uma

Leia mais

Teologia Sistemática

Teologia Sistemática Teologia Sistemática Patriarcado de Lisboa Instituto Diocesano de Formação Cristã Escola de Leigos 1º Semestre 2014/2015 Docente: Juan Ambrosio Fernando Catarino Tema da sessão Lumen Gentium 1. Aspetos

Leia mais

P L A N I F I CA ÇÃ O ANUAL

P L A N I F I CA ÇÃ O ANUAL P L A N I F I CA ÇÃ O ANUAL DEPARTAMENTO: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR: 290 - EMRC DISCIPLINA: EMRC NÍVEL DE ENSINO: Secundário CURSO: - - - - - - - - - - - - - - - - - ANO: 12º - ANO LETIVO:

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E TEOLOGIA COORDENAÇÃO DE TCC SEGUNDA FEIRA 27/11/2017

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E TEOLOGIA COORDENAÇÃO DE TCC SEGUNDA FEIRA 27/11/2017 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E TEOLOGIA COORDENAÇÃO DE TCC CALENDÁRIO DE APRESENTAÇÕES TCC TEOLOGIA (2º SEMESTRE/2017) SEGUNDA FEIRA 27/11/2017 ALUNO: RICARDO F. DA

Leia mais

Ser e estar na igreja

Ser e estar na igreja Ser e estar na igreja Segundo a Revista Época de 25 de maio de 2009 estima-se que em 2020 50% da população brasileira poderá ser evangélica. E se a previsão se cumprir, o aumento no número de fiéis ajudará

Leia mais

Durkheim. Durkheim. Tipologia Social. Sociologia. Consciência Coletiva. Divisão Social do Trabalho SOCIEDADE HOMEM

Durkheim. Durkheim. Tipologia Social. Sociologia. Consciência Coletiva. Divisão Social do Trabalho SOCIEDADE HOMEM Durkheim Durkheim SOCIEDADE Anos 70 OPERÁRIOS ROCOCÓ DETERMINA HOMEM Ciências naturais Tipologia Social Sociedades de: Solidariedade Mecânica (SSM): arcaicas Solidariedade Orgânica (SSO): avançadas Objetividade

Leia mais

O primeiro e o último Adão

O primeiro e o último Adão O primeiro e o último Adão O ritualismo, o formalismo e o legalismo são ferramentas utilizadas para caracterizar devoção religiosa. Criam mecanismos para medirem e serem medidos e forçam outros a seguirem

Leia mais

livros REVISTA USP São Paulo n. 103 p

livros REVISTA USP São Paulo n. 103 p livros REVISTA USP São Paulo n. 103 p. 141-143 2014 139 Livros 140 REVISTA USP São Paulo n. 103 p. 141-143 2014 A atualidade de émile léonard Francisca Jaquelini de Souza Viração Protestantismo e História:

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - As etapas francesa e americana constituem o chamado constitucionalismo clássico, influenciado por pensadores

Leia mais

COPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - SABER E FÉ

COPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - SABER E FÉ Aviso importante! Esta disciplina é uma propriedade intelectual de uso exclusivo e particular do aluno da Saber e Fé, sendo proibida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, exceto em breves citações

Leia mais

por Elen Cristina Dias de Moura * [elencdm e Gina Amoroso Corsi ** [gina.amoroso

por Elen Cristina Dias de Moura * [elencdm e Gina Amoroso Corsi ** [gina.amoroso SILVA, Vagner Gonçalves da et al. Intolerância religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007, 323 p., ISBN 978-85-314-1022-2

Leia mais

SOCIOLOGIA AULA 02 INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA PROFESSOR FELIPE

SOCIOLOGIA AULA 02 INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA PROFESSOR FELIPE SOCIOLOGIA AULA 02 INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA PROFESSOR FELIPE WWW.PROFELIPESSOR.WORDPRESS.COM SOCIOLOGIA SOCIO (Sociedade); LOGIA (estudo). A sociologia é uma ciência que se desenvolveu como resposta ao

Leia mais

Propor a fé numa pluralidade de caminhos

Propor a fé numa pluralidade de caminhos L. M. FIGUEIREDO RODRIGUES Coordenador Propor a fé numa pluralidade de caminhos Índice Apresentação 9 Desafios contemporâneos ao Cristianismo 11 João Manuel Duque 1. Era do indivíduo 12 2. O mundo como

Leia mais

ASSEMBLEIA GERAL DOS BISPOS

ASSEMBLEIA GERAL DOS BISPOS PASTORAL DO DÍZIMO ASSEMBLEIA GERAL DOS BISPOS A 53ª Assembleia Geral dos Bispos (CNBB 2015) e 54ª Assembleia Geral dos Bispos (CNBB -2016) discutem profundamente sobre o tema do Dízimo e fazem emendas

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE BARTOLOMEU DE GUSMÃO ESCOLA JOSEFA DE ÓBIDOS

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE BARTOLOMEU DE GUSMÃO ESCOLA JOSEFA DE ÓBIDOS AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE BARTOLOMEU DE GUSMÃO ESCOLA JOSEFA DE ÓBIDOS ANO LETIVO 2015/2016 INFORMAÇÃO EXAME DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DO 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DISCILINA DE HISTÓRIA 1. OBJETO

Leia mais

Sociedade Civil Organizada Global. Prof. Diego Araujo Azzi BRI/CECS

Sociedade Civil Organizada Global. Prof. Diego Araujo Azzi BRI/CECS Sociedade Civil Organizada Global Prof. Diego Araujo Azzi BRI/CECS 2018.3 Aula 6 (03/10) Novos movimentos sociais e classes sociais Leitura base: EVERS, Tilman. Identidade: a face oculta dos novos movimentos

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS DE EMRC 8.º ANO

PLANO DE ESTUDOS DE EMRC 8.º ANO DE EMRC 8.º ANO Ano Letivo 2015 2016 PERFIL DO ALUNO O aluno, no final do 8.º ano, deve atingir as metas abaixo indicadas, nos seguintes domínios: Religião e Experiência Religiosa Construir uma chave de

Leia mais

OS EVANGÉLICOS E A PROSPERIDADE: UMA ANÁLISE INTERDISCURSIVA 73

OS EVANGÉLICOS E A PROSPERIDADE: UMA ANÁLISE INTERDISCURSIVA 73 Página 467 de 658 OS EVANGÉLICOS E A PROSPERIDADE: UMA ANÁLISE INTERDISCURSIVA 73 Saulo Oliveira Martins* (UESB) Edvânia Gomes da Silva ** (UESB) RESUMO: Este artigo parte de pressupostos teórico-metodológicos

Leia mais

Elas têm em comum: todas mencionam uma situação de conflito e se aparentam pelo vocabulário, estilo e teologia. Mas também têm diferenças:

Elas têm em comum: todas mencionam uma situação de conflito e se aparentam pelo vocabulário, estilo e teologia. Mas também têm diferenças: CARTAS JOANINAS 1 João, 2 João e 3 João Nas nossas Bíblias, as epístolas joaninas encontram-se entre as epístolas chamadas católicas (universais), porque são dirigidas às comunidades cristãs como um todo.

Leia mais

PERFIL E OPINIÃO DOS EVANGÉLICOS NO BRASIL INSTITUTO DATAFOLHA DEZEMBRO DE 2016

PERFIL E OPINIÃO DOS EVANGÉLICOS NO BRASIL INSTITUTO DATAFOLHA DEZEMBRO DE 2016 PERFIL E OPINIÃO DOS EVANGÉLICOS NO BRASIL INSTITUTO DATAFOLHA DEZEMBRO DE 2016 Três em cada dez (29%) brasileiros com 16 anos ou mais atualmente são evangélicos, dividindo se entre aqueles que podem ser

Leia mais

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação. CURRÍCULO MÍNIMO 2013 EJA - Educação de Jovens e Adultos FILOSOFIA

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação. CURRÍCULO MÍNIMO 2013 EJA - Educação de Jovens e Adultos FILOSOFIA Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação CURRÍCULO MÍNIMO 2013 EJA - Educação de Jovens e Adultos FILOSOFIA Apresentação O Currículo Mínimo tem como objetivo estabelecer orientações

Leia mais

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010 MATRIZES E SUAS CERCANIAS: UM ESTUDO HISTÓRICO A PARTIR DE LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA Tatiane Tais Pereira da Silva Universidade Estadual Paulista UNESP Bauru tatisilva@fc.unesp.br Resumo: Essa investigação

Leia mais

Série IGREJA QUE AGRADA A DEUS. Tem ESPERANÇA AMOR

Série IGREJA QUE AGRADA A DEUS. Tem ESPERANÇA AMOR Série A IGREJA QUE AGRADA A DEUS Tem FÉ ESPERANÇA AMOR I Co 13.13 O QUE É UMA IGREJA? Três coisas, na verdade, permanecerão: fé esperança e amor e a maior delas é o amor O amor é a evidência maior de maturidade

Leia mais

MODERNIDADE LÍQUIDA. Zygmunt Bauman. Ten Ferdinanda Sociologia 3º Ano

MODERNIDADE LÍQUIDA. Zygmunt Bauman. Ten Ferdinanda Sociologia 3º Ano MODERNIDADE LÍQUIDA Zygmunt Bauman Ten Ferdinanda Sociologia 3º Ano Trajetória Sociólogo polonês; nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznán. Faleceu em 09 de Janeiro de 2017 aos 91 anos. Principiou

Leia mais

Uma Europa sem Deus. Geoval Jacinto da Silva*

Uma Europa sem Deus. Geoval Jacinto da Silva* Uma Europa sem Deus Geoval Jacinto da Silva* Michael H. Weninger (editor). Uma Europa sem Deus. A união européia e o diálogo com religiões, igreja e comunidades confessionais. Portugal, Edições 70, 2009,

Leia mais

Religiões Proféticas

Religiões Proféticas Religiões Proféticas O QUE É RELIGIÃO? Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes sobrenaturais. É uma

Leia mais

Capacete de um chefe saxão

Capacete de um chefe saxão Capacete de um chefe saxão Fivela de ouro (séc. VI, Museu Britânico, A Europa no início do século VI Londres, Inglaterra). 2 Fim do Império Romano do Ocidente Guerras civis. Descrédito do Imperador. Fixação

Leia mais

HISTÓRIA DA IGREJA NA AMÉRICA LATINA METODOLOGIA - CEHILA. Vanildo Luiz Zugno

HISTÓRIA DA IGREJA NA AMÉRICA LATINA METODOLOGIA - CEHILA. Vanildo Luiz Zugno HISTÓRIA DA IGREJA NA AMÉRICA LATINA METODOLOGIA - CEHILA Vanildo Luiz Zugno TEXTOS AZZI, Riolando. A questão metodológica: a proposta do CEHILA como historiografia ecumênica. In: DREHER, Martin N. (Org.).

Leia mais

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008 Página 1 de 6

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008 Página 1 de 6 GT ESPIRITISMO E CATOLICISMO POPULAR. Fábio Fidelis de Oliveira. UFRN/ CCHLA-PPGCS A presente abordagem, tópico de uma pesquisa desenvolvida junto ao programa de pós-graduação em ciências sociais desta

Leia mais

O que é a Escatologia Bíblica?

O que é a Escatologia Bíblica? O que é Bíblica? a Escatologia O que é a Escatologia Bíblica? Por Daniel Conegero Escatologia é a divisão da Teologia Sistemática que estuda as profecias bíblicas sobre o futuro. É por isso que a escatologia

Leia mais

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO A PRIMEIRA INFÂNCIA NA CRECHE: DO QUE TRATAM AS TESES E DISSERTAÇÕES EM EDUCAÇÃO NO PERÍODO DE 1997 A 2011? Angélica Aparecida Ferreira da Silva UnB Introdução O interesse por pesquisas sobre a infância,

Leia mais

Igreja eletrônica e midiatização

Igreja eletrônica e midiatização Igreja eletrônica e midiatização Rafaela Barbosa i Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS/RS) E-mail: byrafaela_barbosa@hotmail.com. GOMES, Pedro Gilberto. Da Igreja eletrônica à sociedade em

Leia mais

ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA

ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA Avaliação da unidade III Pontuação: 7,5 pontos 2 Questão 01 (1,0) As religiões orientais desenvolveram-se

Leia mais

A História do Culto Cristão

A História do Culto Cristão A História do Culto Cristão Uma Breve análise da adoração cristã à luz do seu desenvolvimento litúrgico no decorrer dos séculos Rev. Mauro Renato Rio, 25 de Julho de 2008 Igreja Presbiteriana de Vila Califórnia

Leia mais

PROGRAMA DE CONTEÚDOS 2014

PROGRAMA DE CONTEÚDOS 2014 C O L É G I O L A S A L L E Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Rua Guarani, 000 - Fone (045) 35-336 - Fax (045) 3379-58 http://www.lasalle.edu.br/toledo/ DISCIPLINA: PROFESSOR(A): E-MAIL: PROGRAMA

Leia mais

A finalidade pastoral do Código de Direito Canônico. Tiago Nascimento Nigro. Pe. Luiz Henrique Bugnolo

A finalidade pastoral do Código de Direito Canônico. Tiago Nascimento Nigro. Pe. Luiz Henrique Bugnolo 1 A finalidade pastoral do Código de Direito Canônico Tiago Nascimento Nigro Pe. Luiz Henrique Bugnolo Faculdade Católica de Filosofia e Teologia de Ribeirão Preto. Durante o período de elaboração do novo

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Nome da Evolução do Pensamento Administrativo I Semestre 1º Estudo da administração, suas áreas e funções, o trabalho do administrador e sua

Leia mais