BURNOUT E AUTO-ESTIMA EM ESTUDANTES DE DIREITO

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1 BURNOUT E AUTO-ESTIMA EM ESTUDANTES DE DIREITO BACK, Caroline Moreira PUCPR cmback@gmail.com MOSER, Ana Maria PUCPR ana.moser@pucpr.br AMORIM, Cloves PUCPR cloves.amorim@pucpr.br Resumo Eixo Temático: Formação de Professores Agência Financiadora: Não contou com financiamento A síndrome Burnout pode ser caracterizada como um tipo de estresse ocupacional que engloba três dimensões: (1) exaustão emocional; (2) despersonalização; e (3) baixa realização pessoal no trabalho. Atualmente o Burnout tem sido investigado em diversas categorias profissionais e até em atividades pré-profissionais, buscando-se compreender as variáveis associadas ao desenvolvimento da síndrome. A estrutura trifatorial da síndrome, proposta por Maslach, foi confirmada também em pesquisas com estudantes, apresentando algumas especificidades: a exaustão emocional refere-se ao sentir-se exausto em função dos estudos; a descrença, a uma atitude cínica e distanciada em relação ao estudo; e ineficácia profissional, entendida como a percepção de se estar sendo incompetente como estudante. Participaram deste estudo 76 estudantes matriculados no 2 período noturno do curso de Direito de uma universidade particular de Curitiba-PR, sendo a maioria (57,57%) do sexo feminino e 42,42% do sexo masculino, com idade média de 24,46 anos. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário Maslach Burnout Inventory e Escala de Auto-estima de Rosemberg. Os principais resultados indicaram a presença da síndrome Burnout em 18,42% dos estudantes, predominantemente do sexo feminino (63,6%), sendo a idade média 24,2 anos. Ao analisarem-se os escores apresentados pelos estudantes nas três dimensões separadamente, os participantes, em geral, obtiveram altas pontuações, especialmente nas dimensões Exaustão Emocional e baixa Realização Pessoal, o que indica que esta população pode ser considerada de risco para o desenvolvimento da síndrome no futuro. Observou-se, ainda, associação entre a variável auto-estima e as dimensões do Burnout, encontrando-se correlação entre autoestima baixa e escores indicativos da síndrome. Os resultados alertam para a necessidade de se propor intervenções que contemplem os estudantes mais jovens, em semestres iniciais do curso, promovendo formas mais efetivas de prevenção primária do Burnout em tais populações. Palavras-chave: Burnout, Auto-estima, Direito, Estudantes.

2 3916 Introdução A Síndrome Burnout configura-se como um problema social de significativa relevância, vindo a afetar o indivíduo em seu contexto laboral, sendo desencadeada em resposta aos estressores interpessoais que surgem neste contexto (CARLOTO; NAKAMURA; CÂMARA, 2006). Burnout é um termo que, em inglês, refere-se àquilo que deixou de funcionar devido à falta de energia, sendo, assim, uma metáfora para designar aquilo ou aquele que chegou ao seu limite e, devido à falta de energia, não possui mais condições de desempenho físico e/ou mental (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p.21). Para Carlotto (2002, p.23) o Burnout pode ser definido como: um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais envolvidos com qualquer tipo de cuidado em uma relação de atenção direta, contínua e altamente emocional. Atualmente a definição mais amplamente aceita da síndrome Burnout baseia-se na perspectiva social-psicológica de Maslach e colaboradores, sendo constituída por três dimensões: (1) exaustão emocional; (2) despersonalização; e (3) baixa realização pessoal no trabalho (CARLOTTO, 2002, p.23). De acordo com Maslach, Schaufeli e Leiter (2001) citado por Carlotto (2002, p.25), as dimensões da síndrome podem ser assim caracterizadas: Exaustão emocional, caracterizada por uma falta ou carência de energia, entusiasmo e um sentimento de esgotamento de recursos; despersonalização, que se caracteriza por tratar os clientes, colegas e a organização como objetos; e diminuição da realização pessoal no trabalho, tendência do trabalhador a se autoavaliar de forma negativa. As pessoas sentem-se infelizes consigo próprias e insatisfeitas com seu desenvolvimento profissional. Segundo Benevides-Pereira (2002, p.15), com o crescente interesse científico acerca deste tema, o Burnout deixou de ser atribuído apenas a trabalhadores que realizam atividades assistenciais, sendo esta perspectiva ampliada a outras categorias profissionais e até mesmo em atividades pré-profissionais. Ao ingressar na idade adulta, o indivíduo passa a experimentar uma série de mudanças em toda sua estrutura de vida, sendo levado a tomar diversas e importantes decisões que irão

3 3917 refletir em sua vida futura. Dentre estas decisões, uma das mais importantes, sem dúvida, é a escolha profissional e o universo novo que se abre ao jovem a partir da exposição a um novo ambiente como a universidade (FILIZATTI, 2003, p.93). As demandas encontradas na vida acadêmica, tal como se dá no ambiente de trabalho exigem do indivíduo uma série de capacidades, como desenvolvimento de responsabilidades, capacidade de lidar com incertezas e pressões, habilidades para lidar com desentendimentos e críticas, entre outros (SARRIERA; CÂMARA; BERLIM, 2000, p.04). Para Cushway (1992) citado por Carlotto e Câmara (2006, p.168), o início do Burnout pode ocorrer durante o período de preparação para o trabalho, na fase acadêmica, podendo prosseguir durante a vida profissional. Assim, vêm surgindo pesquisas interessadas em compreender o fenômeno Burnout em estudantes, ou seja, atividades pré-profissionais (Martinez e Pinto, 2005, p.23) sendo que a estrutura trifatorial da síndrome, proposta por Maslach foi confirmada também em pesquisas com estudantes, apresentando algumas especificidades: a exaustão emocional refere-se ao sentir-se exausto em função dos estudos; descrença, ou seja, uma atitude cínica e distanciada em relação ao estudo; e ineficácia profissional, aqui entendida como a percepção de se estar sendo incompetente como estudante (BORGES; CARLOTTO, 2002, p.47). Para Mosquera, Stöbaus, Jesus e Hermínio (2006, p.03) no ensino superior, além do conhecimento, trabalha-se com aspectos da subjetividade e da afetividade humana. A partir da relação dos estudantes com a realidade do curso as limitações de sua atuação e conhecimento começam a ser percebidas e, em consequência, é comum que muitos deles se sintam impotentes na etapa de formação (BORGES; CARLOTTO, 2004, p. 47). Nesse sentido, diversos estudos têm procurado compreender os fatores envolvidos no desenvolvimento de Burnout em estudantes, especialmente os da área da saúde, verificando alta prevalência de estresse entre os estudantes e correlação entre Burnout e variáveis sociodemográficas (MARTÍNEZ; PINTO, 2002; BORGES, CARLOTTO, 2004; SOUZA; MENEZES, 2005; CARLOTTO; NAKAMURA; CÂMARA, 2006; MUSSO; VARGAS; TORRES; CANTO; MELÉNDEZ; BALLOQUI; CORNEJO, 2008). Conforme sugere Moysés (2004 p.45-47) existe alta correlação entre o desempenho acadêmico e a variável auto-estima, encontrando-se baixos índices de auto-estima associados a baixo desempenho estudantil. Além disso, a autora salienta que há associação entre baixa

4 3918 auto-estima e diversos comportamentos prejudiciais ao contexto acadêmico, entre eles agressividade e violência. Com relação a estudantes de outras áreas ainda são poucos os estudos que fornecem base para investigações acerca do risco e prevalência de Burnout nesta faixa populacional. Entretanto, de acordo com Chehuen Neto, Sirimarco, Baratti, Marques e Pitondo (2008, p.198) alguns estudos (EATON et. al, 1990; BECK et. al. 1995) concluíram que os advogados apresentavam as maiores taxas de depressão em relação a outras profissões, bem como níveis de depressão e ansiedade de cinco a quinze vezes maiores em relação à população em geral. Desse modo, percebe-se a importância de compreender o desenvolvimento da síndrome Burnout em estudantes de direito, assim como verificar a existência de associação entre a auto-estima dos acadêmicos e as dimensões relacionadas ao Burnout. Método Participantes Participaram do estudo 76 estudantes do 2 período noturno do curso de Direito de uma universidade de Curitiba-PR, sendo que destes, 57,57% do sexo feminino e 42,42% do sexo masculino, com idade média de 24,46 anos. Instrumentos Inventário Maslach Burnout Inventory (MBI traduzido por NEFASB). É composto por 22 questões auto-aplicáveis por meio de uma escala tipo lickert. As questões avaliam as três dimensões da Síndrome Burnout: Realização Pessoal no trabalho, Exaustão Emocional e Despersonalização. Escala de Auto-estima (Rosemberg, 1989) adaptada para a população brasileira (ASSIS; AVANCI, 2004). É composta de 10 itens (escala tipo lickert), que visam analisar globalmente a atitude positiva ou negativa de si mesmo. Procedimentos Primeiramente foram explicados aos estudantes os objetivos do estudo, bem como os procedimentos para aplicação dos instrumentos e os que quisessem participar identificariamse por meio de um código de três letras e três números para depois poderem receber o

5 3919 feedback. Os formulários foram respondidos ambos no mesmo dia. A análise dos dados foi feita por meio do pacote estatístico SPSS Resultados e Discussão A partir dos dados obtidos com a aplicação do MBI, foi possível perceber que apenas 14 estudantes, (18,42%) do total apresentaram pontuações para serem diagnosticados como portadores de Burnout, sendo destes, a maioria (63,6%) do sexo feminino e um terço (36,3%) do sexo masculino, com idade média de 24,2 anos. Estes participantes apresentaram altos escores nas dimensões Despersonalização e Exaustão Emocional e baixos escores em Realização Pessoal. Segundo Benevides-Pereira (1998, p.51) diversos estudos (Maslach; Schaufelli; Leiter, 2001; González, 1995) vêm demonstrando maior prevalência da Síndrome Burnout em jovens, especialmente antes dos 30 anos e, de acordo com os autores, tal fato pode estar relacionado a pouca experiência que levaria à insegurança ou mesmo o choque face à realidade encontrada no trabalho. Nesse sentido, Ballone (2005) aponta os primeiros anos da carreira profissional como os mais vulneráveis ao desenvolvimento da síndrome. Para Borges e Carlotto (2004, p.47), os estudantes durante o processo de ensinoaprendizagem devem adaptar-se às constantes mudanças sociais, como a evolução tecnológica e a do conhecimento humano, sendo que tais adaptações podem ser causadoras de estresse para os mesmos. Com relação ao gênero, Benevides-Pereira (1998, p.52) afirma que não há consenso entre os autores em relação a haver maior incidência entre homens ou mulheres. Na tabela 01 encontram-se as freqüências e porcentagens dos escores obtidos pelos estudantes nas três dimensões do Burnout, separadamente.

6 3920 Realização Pessoal Exaustão Emocional Despersonalização Total M F Total M F Total M F Alto % 16,66% 27,27% 72,72% 71,21% 40,42% 59,57% 40,90% 37,03% 62,96% Médio % 9,21% 57,14% 42,85% 19,69% 30,76% 69,23% 14,47% 45,45% 54,54 Baixo % 72,72% 43,75% 56,25% 9,09% 83,33% 16,66% 42,42% 46,42% 53,57% Tabela 01 Freqüências e Porcentagens de cada Dimensão do Burnout. Ao observarem-se os dados apresentados na tabela 01, pode-se perceber que a maioria dos participantes apresentou baixos níveis de Realização Pessoal (72,72%), bem como altos níveis de Exaustão Emocional (68,42%). Com relação aos gêneros, observa-se que as mulheres apresentaram os menores índices em Realização Pessoal (56,25%), bem como as maiores pontuações nas outras duas dimensões que compõem a síndrome, sendo 59,57% em Exaustão Emocional e 62,96% em Despersonalização. Estes resultados indicam um número elevado de estudantes que apresenta baixos índices de Realização Profissional e altos índices de Exaustão Emocional, o que segundo Martinez, Pinto e Silva (2000) sinalizam o sentimento de estar exausto devido às demandas exigidas pelo curso, bem como de sentirem-se incompetentes na realização de suas atividades acadêmicas. Benevides-Pereira (1998, p.52) ressalta que comumente têm-se encontrado resultados que apontam para escores maiores em Exaustão Emocional em mulheres e em Despersonalização em homens, o que foi comprovado apenas em parte neste estudo, já que os participantes do sexo feminino apresentaram índices mais elevados em ambas as dimensões. A autora comenta que uma explicação para isto pode ser encontrada nas mudanças culturais nos papéis sociais entre os gêneros atualmente, em que mulheres têm assumido cada vez mais o papel de provedora da família, muitas vezes, cumprindo jornadas duplas de trabalho e ainda estudando à noite, como pode ser o caso de muitas participantes deste estudo (BENEVIDES-PEREIRA, 1998, p.52).

7 3921 Na tabela 02 encontram-se as freqüências e porcentagens dos índices obtidos pelo total dos participantes e pelos participantes que apresentam a Síndrome Burnout em relação à variável Auto-estima. Total de Estudantes Estudantes com Burnout Elevada 13 0 % 17,10% 0% Média % 71,05% 100% Baixa 09 0 % 11,84% 0% Tabela 02: Freqüências e porcentagens do total de participantes e dos participantes com Burnout na variável auto-estima. Ao analisarem-se os resultados apresentados na tabela 02 foi possível constatar que a maioria dos participantes (71,05%) apresentou um índice de auto-estima média. Dentre os estudantes que apresentaram a Síndrome Burnout, 100% dos mesmos obtiveram escore médio de autoestima. Conforme Branden (2001, p.10) a auto-estima média indica flutuação entre sentir-se adequado ou inadequado como pessoa, sendo esta inconsistência manifesta no comportamento, o que acaba reforçando a incerteza. Assim, os escores de auto-estima apresentados tanto pelos participantes em geral, como por aqueles que apresentaram Burnout indicam que os mesmos, ao apresentarem uma auto-estima flutuante entre baixa e elevada, tornam-se mais suscetíveis ao surgimento do Burnout, já que diversos estudos (GIM-MONTE; PEIRÓ, 1997; SCHAUFELLI; ENZMANN, 1998; MASLACH; SCHAUFELLI; LEITER, 2001) têm comprovado associação entre variáveis relacionadas à auto-percepção e o surgimento do Burnout, assim, uma auto-estima elevada estaria relacionada a menores pontuações nas dimensões Exaustão Emocional e Despersonalização do MBI, sugerindo que pessoas com auto-estima elevada possuiriam menores chances de apresentarem a síndrome, e vice-versa. Na tabela 03 encontram-se as freqüências e porcentagens dos escores da variável autoestima em comparação às três dimensões da Síndrome Burnout, separadamente.

8 3922 Total RP1 RP2 RP3 EE1 EE2 EE3 DE1 DE2 DE3 Elevad a % 17,10% 84,62% 0% 15,38% 79,92% 15,38% 7,69% 76,92% 7,69% 15,38% Média % 71,05% 70,37% 10,96% 16,66% 7,40% 18,51% 74,07% 31,48% 16,66% 51,85% Baixa % 11,84% 88,88% 0% 11,11% 33,33% 44,44% 22,22% 77,77% 11,11% 11,11% Tabela 03: Frequências e Porcentagens dos Índices de Auto-estima em relação às três dimensões do Burnout separadamente. (n = 76) A partir dos dados apresentados na tabela 03, observa-se que há correlação entre autoestima elevada e baixos níveis de exaustão emocional (79,92%); auto-estima média e altos níveis de exaustão emocional (74,07%) e despersonalização (51,85%); auto-estima baixa e baixos índices de realização profissional (88,88%) e Despersonalização (77,77%). Apesar de que os menores índices de Despersonalização tenham aparecido nos participantes com autoestima média (77,77%), os valores apresentados pelos participantes com auto-estima elevada também foram altos (76,92%). Para Rosse et. al. (1991) citado por Silveira, Vasconcellos, Cruz, Kiles, Silva, Castilhos e Gauer (2005) o nível de auto-estima deveria somar-se aos fatores relacionados à avaliação do Burnout, pois, segundo o autor, o indivíduo com baixa auto-estima apresenta-se comumente menos efetivo nos relacionamentos interpessoais. A auto-estima média, predominante nos estudantes que apresentaram pontuações indicativas de Burnout neste estudo, pode ser entendida conforme o conceito de Mruck (1998) de pseudo auto-estima, ao se referir àquele indivíduo que apresenta deficiência no merecimento, bem como distorções na percepção e na conduta. São pessoas incapazes de demonstrar satisfação com seus sucessos, necessitando constantemente demonstrar sua valia. Segundo Branden (2001, p.11), quanto mais elevada a auto-estima, maiores as chances de a pessoa ser criativa em seu trabalho e, com isso, maior a probabilidade de obter sucesso profissional. Moysés (2001, p.45-47) faz uma revisão acerca de estudos publicados acerca de autoestima e desempenho estudantil, demonstrando que a maioria deles correlaciona baixos níveis de auto-estima com índices baixos de desempenho em estudantes, bem como a uma série de

9 3923 variáveis que influenciam o contexto da aprendizagem, como desistência e comportamento desviante, como agressividade e violência. Nesse sentido, outros estudos (RAMOS; MANGA; MORAN, RAMIRÉZ; HERNANDÉZ, 2007). têm observado alta correlação entre baixos índices de auto-estima e cansaço emocional em estudantes de curso superior Os autores comentam que há estreita associação entre cansaço emocional e a personalidade, já que instabilidade emocional, baixo auto-conceito e baixa auto-estima seriam preditores do desenvolvimento da síndrome (RAMOS; MANGA; MORAN, 2005). Assim, observa-se que os resultados obtidos estão de acordo com o que sugere a literatura, à medida que houve associação entre baixa auto-estima e as dimensões características do Burnout, ao passo que auto-estima elevada mostrou-se como um fator protetivo para o desenvolvimento da síndrome. Conclusão Os resultados obtidos no presente estudo indicam a presença da síndrome Burnout já nos semestres iniciais do curso de Direito, predominantemente entre estudantes jovens, do sexo feminino. Embora apenas 18, 42% do total dos estudantes tenha apresentado as pontuações necessárias para diagnóstico de Burnout, ou seja, baixos índices de Realização Pessoal, bem como altos índices de Exaustão Emocional e Despersonalização, pode-se perceber que, ao se analisar as pontuações apresentadas pelos estudantes nas três dimensões separadamente, os participantes, no geral, obtiveram altas pontuações, especialmente no que diz respeito à Exaustão Emocional e baixa Realização Pessoal, o que indica que esta população pode ser considerada de risco para o desenvolvimento da síndrome futuramente. Além disso, observou-se a associação entre a variável auto-estima e as dimensões do Burnout, encontrando-se correlação entre auto-estima baixa e escores indicativos da Síndrome, enquanto que uma elevada auto-estima demonstrou desempenhar um papel protetivo para o desenvolvimento da mesma. Assim, os resultados obtidos demonstram a importância de se pensar em intervenções que venham a contemplar os estudantes mais jovens, em semestres iniciais do curso a fim de promover uma forma mais efetiva de prevenção primária desta síndrome.

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