COMERCIO INTERNACIONAL, LIBERALIZAÇÃO FINANCEIRA E PROGRESSO TECNOLÓGICO: UMA ABORDAGEM KEYNESIANA E INSTITUCIONALISTA

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1 COMERCIO INTERNACIONAL, LIBERALIZAÇÃO FINANCEIRA E PROGRESSO TECNOLÓGICO: UMA ABORDAGEM KEYNESIANA E INSTITUCIONALISTA Resumo: O presente artigo diferencia os conceitos de abertura comercial e financeiro. Através dos conceitos pós keynesianos e institucionalistas aborda-se como um país pode utilizar a abertura comercial e o aumento das exportações para financiar o desenvolvimento. Demonstra-se como um sistema financeiro menos volátil pode proporcionar que a abertura comercial traga benefícios para o país. Outras instituições também podem ser aprimoradas para que os benefícios da abertura se espalhem e impulsionem o crescimento econômico. Abstract: This paper differentiates financial openness and trade openness. Using the Post- Keynesian and Institutionalist approaches analyses how a country can use its trade opening, and its increase of exports to finance its development. It is showed how a less volatile financial environment can bring benefits when a country becomes more open to the world economy. Other institutions are also analyzed to see which ones are important to impulse and spread the economic growth when openness accentuates. PALAVRAS-CHAVE: LIBERALIZAÇÃO FINANCEIRA, ABERTURA COMERCIAL, DESENVOLVIMENTO KEYWORDS: FINANCIAL LIBERALIZATION, TRADE OPENING, DEVELOPMENT 1

2 COMERCIO INTERNACIONAL, LIBERALIZAÇÃO FINANCEIRA E PROGRESSO TECNOLÓGICO: UMA ABORDAGEM KEYNESIANA E INSTITUCIONALISTA INTRODUÇÃO O mercado, embora muitos imaginem ser um mecanismo natural, é uma construção social. Ainda que hoje esteja presente em grande parte das relações econômicas, o nível em que ele atua é socialmente determinado. O mercado pode ser controlado através de mecanismos políticos, tanto em nível nacional como internacionalmente. Nessa instituição chamada mercado a moeda é fator fundamental, pois é a conexão entre passado, presente e futuro. Para Hodgson, o mercado tipicamente assume uma forma desinstitucionalizada, como se fosse uma interação universal e espontânea entre os seres humanos, não o desenvolvimento de uma cultura comercial especifica. 1 A idéia que o mercado não deveria atuar livremente, e que deveriam ser criadas instituições para diminuir a instabilidade inerente ao mercado e ao capitalismo, esteve muito presente da década de 1940 até início da década de A partir de então predominou a idéia de que o mercado atuando de forma cada vez mais livre, ou seja, num mundo em que bens e capitais tivessem um fluxo livre, levaria a uma trajetória de desenvolvimento e crescimento equilibrado. As chamadas políticas keynesianas e os processos de substituição de importação como mecanismos de desenvolvimento estavam mortos. A escola neoclássica se tornou mainstream na academia. Porém devemos perguntar se o chamado keynesianismo está morto. Uma leitura errada de Keynes, e muito popularizada, é que a única e principal contribuição keynesiana para a política econômica seria uma política fiscal expansionista anti-cíclica para reverter tendências recessivas. Portanto, só poderia ser implementada em momentos de crise e recessão. Porém, Keynes além de teórico também foi um homem prático e, deste modo, tinha clara consciência da necessidade de reformas institucionais que possibilitariam uma economia global capaz de dirimir a instabilidade inerente ao capitalismo. Essa preocupação institucional de Keynes o aproxima dos Institucionalistas, como Veblen. Abordaremos isso adiante. A partir dos anos 1970 se popularizou a idéia de que uma abertura comercial, juntamente com uma abertura financeira, privatizações e uma economia voltada para fora conduziriam a economia automaticamente ao crescimento. Essa idéia não dá o peso necessário às instituições. Para muitos, essa abertura ao livre cambismo criaria, naturalmente, instituições apropriadas para o desenvolvimento. Aqui contrastamos essa idéia com a de que devam ser criadas instituições para que, ao ocorrer a abertura comercial, essa possa se traduzir em desenvolvimento equilibrado. 1 Capitalismo é uma combinação estruturada de instituições, incluindo mercados, firmas capitalistas, estruturas familiares e o Estado.Geoffrey M. Hodgson. How economic forgot history: the problem of historical specificity in social science. New York: Routledge, 2001, pp

3 Nelson diferencia dois tipos de teorização: a apreciativa e a formal. Embora a teorização formal pareça mais elegante e estilizada, é uma abstração teórica que busca conexões lógicas 2. Já a teorização apreciativa fornece interpretações sobre fatos e guias para explorações mais profundas. Algumas variáveis são focadas enquanto outras são negligenciadas. Normalmente tenta se encontrar argumentos causais, e a expressão verbal é utilizada na tentativa de se explicar fenômenos. 3 A teorização deste artigo é apreciativa. Demonstraremos aqui, a partir de um debate teórico baseado nos conceitos pós-keynesianos e institucionalistas, que países para conseguirem fazer com que os benefícios da abertura comercial ajudem no desenvolvimento devem criar instituições adequadas para isso. Essas instituições devem ter dois objetivos primordiais. Primeiro, criar instituições financeiras capazes de dirimir a instabilidade financeira, endógena ao processo capitalista de desenvolvimento. Após a Introdução, fazemos a diferenciação entre abertura comercial e a financeira e suas conseqüências sobre o investimento na seção Abertura comercial, Financeira e Investimento. Na terceira seção, intitulada Primazia do setor financeiro discutimos formas mais adequadas de dirimir a instabilidade financeira. Além disso, evidenciamos como a abertura comercial também deve propiciar condições para que as inovações sejam absorvidas do exterior, além de permitir que as inovações sejam criadas internamente, facilitando e induzindo o crescimento e o desenvolvimento. Isso deve ser conseguido através de um mix entre abertura e políticas industriais. Desenvolvemos esse raciocínio na quarta seção intitulada Instituições, progresso tecnológico e o papel do governo. A última seção, Conclusão, contém as considerações finais do artigo. ABERTURA COMERCIAL, FINANCEIRA E INVESTIMENTO Como bem demonstra Rodrik, não existe uma relação determinística entre abertura e graus de investimento. Abertura é parte de uma estratégia de desenvolvimento. Para Rodrik: Successful economies have combined a certain degree of openness with policies that are conducive to investment, macroeconomic stability, and prudent management of capital inflows. 4 Este artigo, ao demonstrar a necessidade da diferenciação entre políticas de abertura comercial e de desregulamentação financeira, tenta dar a contribuição para um debate de suma importância no campo do desenvolvimento econômico. A percepção dos perigos da desregulamentação financeira e do ganho de importância da especulação frente à atividade produtiva faz com que esse aspecto não possa ser negligenciado. É patente a necessidade de uma abertura comercial que permita balanços de pagamentos mais equilibrados e inovações que permitam a criação de novos paradigmas tecnológicos. Quase sempre a abertura comercial ocorrida nos países em desenvolvimento foi concomitante com uma liberalização financeira, por isso muitas vezes esses dois conceitos 2 Conforme o método dedutivista lógico de Popper. 3 Richard Nelson. The agenda for growth theory: a different point of view. Cambridge Journal of Economics, 22: , Dani Rodrik. The new global economy and developing countries: Making openness work. Washington: Overseas Development Council, 1999, p. 19 3

4 se misturaram para demonstrar a inexorabilidade dessas duas reformas. Aqui pretendemos separar esses dois aspectos. A liberalização financeira, menor controle sobre o fluxo de capitais, não está necessariamente ligada à abertura comercial. Quando ocorre uma liberalização financeira tem-se um grande aporte de capitais. Parte em forma de investimento estrangeiro direto, que tem relação com exportações, mas também aporte de investimentos de portfólio, os quais não têm nenhuma. No decorrer do artigo discorremos sobre essa diferenciação. Este artigo ao analisar o impacto da abertura comercial e financeira sobre a instabilidade financeira, sobre o aumento da produtividade e sobre o crescimento, tem como pressupostos que crescimento sustentado pressupõe menor instabilidade financeira. Minsky mostra como a instabilidade financeira aumenta a incerteza e diminui os investimentos de longo prazo. Os investidores passam a preferir ganhos mais imediatos, buscando ganhos na esfera financeira em detrimento da esfera produtiva. 5 Para Minsky, assim como para Keynes, além de um grande governo e de um prestamista em última instância, necessários para amortecerem e encurtarem as crises, existe a necessidade de se aperfeiçoar as instituições financeiras para dirimir a instabilidade do sistema capitalista. Esse aperfeiçoamento das instituições pode remontar as idéias dos velhos institucionalistas, como Veblen e Commons. Os velhos institucionalistas diferem das reformas institucionais propostas pela chamada Nova Economia Institucional (Williansom, Coase), pois esta se baseia quase tão somente nos diretos de propriedade e nos custos de transação. Os velhos institucionalistas pensavam as Instituições como algo mais amplo. 6 Reformas que apenas reforçam o direito de propriedade não são reformas destinadas a diminuir a instabilidade financeira. Portanto, estaremos preocupados em estudar reformas (i) que tenham a preocupação de mitigar as instabilidades inerentes ao processo de desenvolvimento capitalista, hoje atreladas a um processo de integração do mercado mundial, (ii) e que permitam inovações tecnológicas que propiciem aumento de produtividade. Nesse sentido, as idéias de Keynes e dos pós-keynesianos, assim como dos Institucionalistas se aproximam, pois têm em comum a idéia de incerteza. Em um ambiente onde a incerteza está presente e a história importa, como mostram Ferrari e Conceição, as instituições são imprescindíveis para a compreensão dos eventos econômicos. 7 Além de se compreender os eventos econômicos também são fundamentais para moldar esses eventos. Hodgson mostra como os pós-keynesianos, embora tenham como pedra fundamental a obra de Keynes, que tem uma fundação ahistórica e universal, sempre estiveram atentos à importância das especificidades históricas e institucionais. 8 Tomamos como pressuposto que um aumento de produtividade, geração interna de inovações ou absorção dessas é fator fundamental para um crescimento sustentado e um passo básico para o desenvolvimento. Muitas vezes essa geração de inovações tem que ter um impulso em políticas públicas. Isso novamente remonta as idéias de Keynes, pois como 5 Hyman P. Minsky. Stabilizing an Unstable Economy. New Haven: Yale University Press, Para uma discussão sobre os Institucionalistas e sobre a diferença entre velhos institucionalistas e a NEI ver Octávio Augusto Camargo Conceição. A relação entre processo de crescimento econômico, mudança e instituições na abordagem institucionalista. Ensaios FEE, v. 23 Número especial, , Porto Alegre Fernando Ferrai Filho e Octavio Augusto Conceição. A noção de incerteza nos pós-keynesianos e institucionalistas: Uma conciliação possível? XXIX Encontro Nacional de Economia, ANPEC Hodgson (2001), p.228 4

5 o mundo é incerto o governo tem que investir quando e onde o setor privado não o faz. Assim, cria-se um ambiente mais adequado para o investimento privado. O investimento, portanto, não depende da poupança, e sim dos animal spirits, das expectativas dos agentes em relação à demanda e do retorno desse investimento em relação à eficiência marginal do capital. Como a inovação e o aumento da competitividade só surgem com investimento, este se torna essencial ao desenvolvimento. For most developing countries, raising the long-term growth requires an increase in the investment rate. 9 Governos têm que fornecer os ingredientes básicos para que a competitividade de um país aumente. 10 As vantagens comparativas de um país mudam ao longo do tempo. Para que um país tenha maior competitividade, são necessárias ações estatais nesse sentido. Deve se procurar estratégias aonde os países possam se beneficiar do processo inexorável de aumento do comércio global. Esse foi o caminho dos países do Leste Asiático que de maneira gradual foram se abrindo ao mundo externo, conseguindo captar os benefícios dessa abertura. 11 A adoção de uma atitude de abertura total para qualquer tipo de acordo de livre comércio pode não ser a melhor alternativa para um desenvolvimento sustentado. Estratégias que aumentem a competitividade de um país podem e devem ser financiadas pelo aumento de exportações. Como afirma Drache, o Estado não tem mais que escolher entre protecionismo e livre comércio, mas sim sobre o que vai permitir que haja condições para um comércio gerenciado e benéfico para o desenvolvimento interno. 12 Com instituições adequadas e um balanço de pagamentos equilibrado podemos utilizar o crescimento das exportações para impulsionar o crescimento econômico sustentável como propõem os modelos de Thirlwall. 13 Para Rodrik, a abertura permite ao país adquirir idéias, mercadorias e serviços, capital e instituições apropriadas. As exportações permitem que um país tenha acesso às importações, necessárias ao desenvolvimento. Não são um fim, mas um importante meio de se obter condições para o desenvolvimento. 14 Num mundo onde o processo de maior intercâmbio comercial é crescente, um superávit comercial pode e deve ser usado para impulsionar o crescimento. Os estudos que comparam a orientação comercial de um país e sua performance econômica ainda não conseguiram obter medidas adequadas, pois normalmente esses fatores de abertura são demasiadamente correlacionados com outras fontes de mudança na performance econômica. 15 Thirlwall demonstrou que a separação dicotômica entre economias voltadas para fora e para dentro não é a mais apropriada. Os países asiáticos, normalmente usados como exemplos de economias voltadas para fora, muitas vezes se utilizaram de elementos protecionistas. Eles utilizaram medidas como políticas industriais 9 Rodrik,(1999) 10 Robert Boyer and Daniel Drache. States against markets. London: Routledge, 1996, p.4 11 Joseph E. Stiglitz, A Globalização e seus malefícios, São Paulo: Futura, Daniel Drache. From Keynes to K-Mart : Competitiveness in a corporate age. In: States against markets, Routledge: London 1996 edited by Robert Boyer and Daniel Drache 13 A.P. Thirlwall, Trade, the Balance of Payments and exchange rates policy in developing countries, Cheltenham: Edward Elgar, Rodrik, (1999) 15 F. Rodriguez and D. Rodrick. Trade Policy and Economic Growth: A Skeptic s Guide to the Cross- National Evidence B. Bernanke and K. Rogoff (eds), Macroeconomics Annual 2000 Cambridge: MIT Press, 2000 citado em Thirlwall (2003) 5

6 para alguns setores da economia, controle governamental para diminuir o custo do capital e direcioná-lo, além de políticas para promover as exportações. 16 A abertura e o comércio internacional são fundamentais para a absorção da tecnologia externa e sua posterior difusão dentro dos países em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento necessitam muito dessa tecnologia para o aumento de produtividade. Necessitam também das divisas das exportações para impulsionar o crescimento. A abertura gradual da conta comercial, porém não significa a abertura total da conta de capital. Em um contexto de globalização e onde a atividade financeira passa a se desvincular da atividade produtiva, isso é apenas um convite a sucessivas crises. PRIMAZIA DO SETOR FINANCEIRO Segundo Petrella podemos dividir os fluxos de capital em três categorias principais: (i) fluxos monetários e financeiros ligados ao comércio de bens e serviços, (ii) investimento estrangeiro direto com transferências não só de capital, mas também de capital tecnológico e humano e (iii) investimentos de portfólio e variadas transações financeiras incluindo as especulativas. 17 Como já afirmamos na introdução, os dois primeiros têm relação com a variação das exportações e aumento de competitividade. Já os investimentos de portfólio não têm. São capitais que tentam buscar oportunidades de curto prazo para aferirem os maiores lucros. Podem ser títulos públicos, privados ou instrumentos de derivativos. Até 1980 o dinheiro chegava aos países subdesenvolvidos principalmente através de empréstimos bancários. A partir dos anos 90 começaram a chegar principalmente através de investimentos diretos e de portfólio. Os investimentos de portfólio aumentaram muito mais que os investimentos diretos. Ainda hoje os investimentos diretos e os acordos entre as firmas acontecem na maior parte entre os países desenvolvidos. 18 O investimento estrangeiro direto é mais ligado a transferência de tecnologia e ao longo prazo, portanto menos sujeito à volatilidade. Já investimentos de portfólio são mais ligados ao curto prazo. 19 São, deste modo, mais suscetíveis às mudanças de humor dos investidores. As diversas crises a partir de 1995 mostraram que os governos devem ser mais rigorosos sobre o controle de capitais especulativos. Quando há transferência das atividades produtivas para as atividades especulativas ocorre um aumento da fragilidade sistêmica. Chesnais demonstra como com o desbloqueamento e a desregulamentação de mercados financeiros emergentes, as crises passam a afetar funções essenciais dos sistemas financeiros, propagando-se para diversos 16 Thirlwall (2003). Rodrik também demonstra como os países do leste Asiático mesclaram uma abertura com uma coerente estratégia de investimento doméstica mantendo ou aumentando os animal spirits dos empreendedores. Rodrik (1999); ver também Ha Joon Chang. Kicking away the ladder. Londres: Anthem Press, Stiglitz também chama atenção para esse fato, pois para ele os governos do leste asiático têm tido papel ativo na criação, formação e orientação de mercados, incluindo a promoção de novas tecnologias. Stiglitz (2002), p Ricardo Petrella. Globalization and Internationalization: The dynamics of the emerging world order. In: States against markets, Routledge: London 1996 edited by Robert Boyer and Daniel Drache 18 Petrella (1996) 19 Stephanny Griffith-Jones and Barbara Stallings, New Global financial trends: implications for development In: Global Change, Regional Response. Cambridge: Cambridge University Press, 1995 edited by Barbara Stallings 6

7 países. 20 Precisam ser criados mecanismos de controle desses fluxos de capital. Internacionalmente isso é mais difícil de ser operacionalizado. Portanto os países devem criar isso internamente. Essa é uma idéia antiga. Como já afirmava Keynes: Nada é mais certo que o movimento de fundos de capital devem ser regulados. 21 Com um fluxo de capitais livre, aumentos ou reduções mesmo que pequenos nas taxas de juros nos países centrais causam grandes variações nos fluxos de capital nos países em desenvolvimento. Esse foi o caso do inicio dos anos 90 quando a taxa de juros americana caiu e os capitais se direcionaram para a América Latina buscando maiores oportunidades de lucro. 22 Quando ocorre a necessidade de aportes de capitais decorrentes de uma crise, as instituições financeiras internacionais impõem medidas para os países em desenvolvimento que limitam fortemente a adoção de estratégias de desenvolvimento nesses países. Essa condicionalidade pode ser implícita, ou seja, só há aporte de capital se o país for digno de crédito 23 Como afirma Davidson, os ônus dos ajustamentos quando há desequilíbrios internacionais de balanço de pagamentos acabam caindo sobre aqueles que estão sofrendo com a falta de liquidez. 24 Portanto países com moedas não conversíveis têm que manter um superávit comercial e um maior controle de saída de capitais para não se encontrarem em uma situação de falta de liquidez em moedas conversíveis. Também para que evitem uma desvalorização excessiva que causará uma maior dificuldade em honrar pagamentos e menor capacidade de importar produtos necessários a um aumento de produtividade. Portanto, para Davidson, possuir liquidez é essencial para a continuidade da atividade econômica em um mundo onde o futuro é incerto e estatisticamente imprevisível. 25 Em um mundo cada vez mais integrado e um mercado financeiro mundial cada vez mais volátil esses conceitos se tornam cada vez mais pertinentes. Para Rodrik a habilidade em manter a estabilidade macroeconômica, em face à maior turbulência externa, foi o fator determinante para as variadas performances econômicas nos países em desenvolvimento após Países bem sucedidos combinaram abertura, com políticas voltadas para o investimento, estabilidade macroeconômica e gerenciamento dos fluxos de capitais. 26 Além disso, Thirlwall mostra que como os preços das commodities são mais voláteis isso leva a uma maior instabilidade nas entradas em moeda estrangeira e no balanço de pagamentos dos países em desenvolvimento. Isso dificulta ainda mais o planejamento do investimento por parte desses países. 27 Isso faz com que o controle de capitais seja ainda mais imperativo. 20 François Chesnais, Mundialização financeira e vulnerabilidade sistêmica em François Chesnais. A mundialização financeira. Lisboa: Piaget, John Maynard Keynes. The Collected Writings of John Maynard Keynes. 25, p.25 citado em Paul Davidson. Post Keynesian Macroeconomic Theory. Cambridge: University Press 1994, cap Griffith-Jones and Stallings, (1995) 23 Griffith-Jones and Stallings, (1995) 24 Davidson, (1994),cap Davidson, (1994),cap 6 e13 26 Rodrik, (1999) 27 A.P.Thirwall. Keynes, Economic Development and the Developing Countries in Keynes and Economic Development. edited by A.P.Thirwall, Londres: Macmillan Press,

8 A liberalização financeira tem diversos aspectos: desmantelamento das barreiras para fluxos financeiros entre países (com diminuição ou extinção de impostos e controles), aumento de filiais de bancos em outros países ou compras de bancos em outros países e a criação de novos instrumentos financeiros, o que ajudou o crescimento do mercado de capitais. O tipo de fluxo financeiro é o que vai determinar o seu impacto no desenvolvimento, no crescimento e no aumento de competitividade dos países. A dominância dos mercados financeiros sobre o mercado produtivo gera, como afirmava Keynes, a especulação se sobrepondo à produção e o aumento da instabilidade. Minsky em seu trabalho demonstrou como isso ocorreu nas diversas crises financeiras que abalaram os EUA nas décadas de 1970 e Portanto a dominância do lado financeiro sobre o lado real deve ser revertida para que haja aumento de investimentos, aumento de produtividade, e aumento de competitividade dos países desenvolvidos. A crença de Keynes era de que um sistema de câmbio flexível geraria crenças psicológicas que criariam uma volatilidade adicional na avaliação dos preços no spot market. 29 Assim, hoje se necessita dificultar a variação no fluxo e dificultar a especulação com a moeda local. Como demonstra Stiglitz, em um sistema de taxa de câmbio flexível, onde as forças de mercado determinam os preços dessas moedas, em face a uma crise, quando há um aporte financeiro do governo ou de agências públicas internacionais, esse montante sai do governo e vai para a mão dos especuladores. 30 Isso corrobora a tese de que são necessárias reformas institucionais que diminuam a instabilidade e a incerteza e consequentemente a necessidade do aporte financeiro dos tesouros nacionais, ou seja, a utilização do lender-of-last-resort. Como afirma Nasica, os modelos novos-keynesianos de instabilidade financeira negligenciam um aspecto importante da hipótese da fragilidade financeira, que ele denomina de dinâmica institucional 31. Esses modelos consideram que as crises têm um caráter exógeno, enquanto que para Minsky essas crises têm um caráter endógeno. Porém, atualmente até mesmos analistas como Stiglitz, que dão mais importância aos fatores exógenos das crises financeiras, demonstram claramente a necessidade de aprimoramento das instituições que regulam o mercado de capitais mundial. 32 Stiglitz propõe a adoção de medidas como o controle de capital de curto prazo e impostos de saída como os adotados pela Malásia frente à crise Asiática. 33 Stiglitz também advoga melhor controle dos empréstimos nos países desenvolvidos, pois essa falta de controle encorajou o empréstimo de curto prazo que foi uma das principais fontes da instabilidade na Ásia. 34 Essa proposição tem diversos defensores como Tobin (1978 e 1995) que propôs um imposto para capitais de curto prazo. Plihon também defende um 28 Minsky, (1986) 29 Davidson (1994), cap Stiglitz, (2002) 31 Eric Nasica. Finance, Investment and Economic Fluctuations: An analysis in the Tradition of Hyman P. Minsky. Chelteham: Edward Elgar, 2000, cap 7 32 Stiglitz, ( 2002) 33 Stiglitz, (2002), pp Stiglitz, (2002), pp

9 imposto sobre as operações financeiras e maiores travas para o mercado de capitais, limitando a tomada de maior risco pelos mercados. 35 O mercado traz benefícios em termos alocativos. Entretanto, deixado livre e sem instituições que o estabilizem, aumenta-se a instabilidade. Boyer, mostra claramente como o mercado conseguiu atingir conquistas fantásticas em termos alocativos e estáticos, mas não teve a mesma eficiência em termos dinâmicos. 36 Desenvolvimento, aumento de competitividade e inovação são processos dinâmicos aonde o mercado por si só não consegue ser eficiente. Em um ambiente globalizado onde transferências de capitais são feitas instantaneamente o controle se faz mais difícil, porém mais necessário. Com o aumento da complexidade do sistema financeiro internacional, ficou mais difícil para os Bancos Centrais controlarem a oferta monetária, pois ocorre uma rápida obsolescência dos agregados monetários usados para controlar essa oferta. 37 Devem ser criados novos mecanismos para essa tarefa. Passemos agora ao papel do governo no fomento às inovações. INSTITUIÇÕES, PROGESSO TECNOLÓGICO E O PAPEL DO GOVERNO A própria idéia de Schumpeter das quatros fases distintas do desenvolvimento capitalista, onde a recessão e a prosperidade sempre se sucedem uma a outra, contrasta com a idéia neoclássica de uma taxa de crescimento de equilíbrio. Crescimento e inovação não são equilíbrio e sim movimento. Portanto a idéia de desenvolvimento se contrasta com o conceito neoclássico de convergência. A tecnologia nesse processo de desenvolvimento tem papel fundamental. Analisemos as implicações de importação de tecnologia para o desenvolvimento e as noções de crescimento voltado para fora e voltado para dentro. Importação de tecnologia e acumulação local são complementares e importantes para um processo de inovação contínuo. Bell e Pavitt demonstram em seu artigo como a inovação foi importante no desenvolvimento dos países asiáticos. 38 Krugman discorda dessa idéia, afirmando que o crescimento dos chamados tigres asiáticos não se baseou no aumento da produtividade e sim na acumulação de capital. Para ele governos autoritários conseguiram que a taxa de poupança aumentasse, aumentando a mobilização de recursos. 39 Embora possa ter ocorrido um aumento de poupança, o fator que determinou o grande aumento de exportações e o desenvolvimento que se baseou nisto foi o aumento de competitividade. Esse aumento de competitividade só ocorre com a difusão da inovação dentro do país. Os países do leste asiático conseguiram sua mudança de paradigma tecnológico. Como evidenciam Perez e Freeman quando ocorre a mudança de paradigma 35 Dominiq E Plihon, Desequilíbrios mundiais e instabilidade financeira:a responsabilidade das políticas liberais, algumas referências keynesianas em François Chesnais. A mundialização financeira. Lisboa: Piaget, Robert Boyer. State and Market: A new engagement for the twenty-first century? In: States against markets. Routledge: London 1996 edited by Robert Boyer and Daniel Drache 37 Boyer (1996) 38 Martin Bell and Keith Pavitt. Technological Accumulation and Industrial Growth: Contrasts between developed and developing countries. Industrial and Corporate Change, 2 (2): , Paul Krugman. The myth of Asia s miracle. Foreign Affairs, Volume 73, No5, November/December

10 tecnológico em um país, mudam-se as vantagens comparativas deste, ocorre uma mudança no padrão de consumo e muda-se a localização do investimento, que se desloca de um setor para o outro. O período de transição de um paradigma tecnológico para outro é um período de profunda mudança estrutural, institucional e social. 40 Quando o avanço tecnológico de um ramo é rápido, os países que são mais eficientes em alcançar o avanço técnico têm uma vantagem competitiva, ainda que tenham preços de fatores mais elevados. Á medida que o ritmo do avanço técnico se reduz, a perícia tecnológica conta menos e os altos custos dos fatores impõe uma penalidade maior. 41 A mudança de paradigma tecnológico altera o fluxo de investimento internacional, o comércio e os pagamentos internacionais. 42 Quando um país consegue atingir e dominar o paradigma tecnológico de fronteira, passa a conseguir um maior saldo em sua balança comercial e se existe as instituições apropriadas dentro desse país ele pode entrar em ciclo de desenvolvimento sustentado. Em um ambiente de constante inovação e havendo as instituições apropriadas aflora no empresariado o animal spirits, o que vai possibilitar aumento do investimento e, por conseguinte, maiores inovações. Ao contrário dos países desenvolvidos, que geram inovação, a tecnologia chega aos países em desenvolvimento através da difusão. Para Bell e Pavitt os países em desenvolvimento, que dependem muito da difusão, têm que criar capacidade para gerenciar a mudança técnica. 43 Ou seja, há necessidade de se criar instituições adequadas para que as inovações sejam incorporadas e que se possa produzir conhecimento e mais inovações, adaptadas às necessidades locais. O treinamento nesse aspecto é importante e nisso o governo tem papel fundamental. São necessárias instituições de treinamento, aprendizagem e pesquisa que possam capacitar para que as inovações difundidas naquele país sejam adequadamente utilizadas. O processo de importação de tecnologia e de acumulação local são processos complementares. A adoção de regulamentação, padronização, pesquisas ou educação e treinamento adequada por parte do governo, possibilita que essa complementaridade seja virtuosa. A diminuição dos riscos de se gerar inovação também é importante papel do governo. Para Petrella, há quatros princípios nos quais o setor privado deseja que o Estado atue para que haja uma maior inovação. 44 Primeiramente, (i) uma infra-estrutura básica de pesquisa, de apoio à universidade, de disseminação de informação tecnológica e cientifica e transferência tecnológicas. Isso permite uma maior facilidade na difusão de inovações importadas ou criadas internamente. (ii) O governo também deve dar incentivos fiscais para investimento em P&D e inovação tecnológica. Em países em que o capital interno não é grande o suficiente e o animal spirits dos empresários não é tão desenvolvido o governo deve dar incentivos para que haja investimento em P&D. (iii) O governo também deve garantir que inovações nacionais tenham um mercado interno através de contratos públicos. Isso pode ser traduzido por políticas industriais em setores chave. Ou seja, cria-se através de subsídios, reserva de mercado ou tarifas especiais em setores onde se necessita a 40 Christopher Freeman and Carlota Perez. Structural crises of adjustment, business cycles and investment behaviour. In: Giovanni Dosi. Technical Change and Economic Theory. London, Printer Publishers, Richard R. Nelson e Sydney G. Winter. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Editora da Unicamp, 2005, p Freeman and Perez (1988) 43 Bell and Pavitt, (1993) 44 Petrella (1996) 10

11 inovação interna. (iv) Além disso, prescinde-se de apoio político (regulatório, comercial, diplomático e político) para que essas inovações sobrevivam no mercado internacional. Rodrik indica que estudos empíricos demonstram que ao invés do que se pensa, o IDE não tem um grande efeito direto sobre o crescimento, pois o investimento se direciona para países que já são mais produtivos e mais lucrativos. 45 È o investimento doméstico que faz a economia crescer e não a economia global. 46 Governo deve investir em infraestrutura, melhorando a percepção do setor privado e majorando os animal spirits. 47 Os países têm que usar o comércio internacional para conseguir divisas e tecnologia para poderem direcionar o investimento para um aumento de produtividade. Esse direcionamento tem que ter o governo como facilitador. Nelson e Winter, diferenciando a teoria evolucionária 48 da ortodoxa, mostram que na evolucionária não se busca uma teoria ótima e sim políticas que deveriam ser evitadas e outras que parecem mais promissoras, e centrar a atenção nessas últimas. Isso demonstra a aceitação da racionalidade limitada pois as falhas de mercado são onipresentes. 49 Os programas de apoio governamental nas atividades de P&D têm sido fundamentais para a pesquisa e o desenvolvimento pós Segunda Guerra, pois P&D é uma atividade separada da produção. Trata-se de uma atividade extremamente incerta. 50 Como afirmam Perez e Freeman às vezes a mudança tecnológica pode ter efeito contrário e num ambiente de instabilidade pode diminuir a confiança dos empresários. 51 Dosi demonstra como adaptações e descobertas geram uma variedade de interações coletivas, dentro e fora do mercado, que funcionam como mecanismos de seleção, fazendo com que ocorra crescimento diferenciado e até o desaparecimento de organizações. 52 O impacto e a direção dessas mudanças dependerá das instituições presentes no país. Em um ambiente incerto existe o risco inerente ao processo de tomada de decisão de investimento. Como o investimento em pesquisa e inovação é ainda mais incerto o governo tem que fornecer condições adequadas, pois nos países em desenvolvimento os empresários não são tão propensos ao risco. Num contexto de incerteza, inerente ao processo capitalista, as instituições têm que ser aprimoradas no sentido de diminuir a incerteza e dirimir a instabilidade para incentivar o investimento. CONCLUSÃO O presente artigo pretendeu demonstrar primeiramente que a abertura comercial não deve necessariamente estar presente junto a uma liberalização financeira, a uma ausência 45 Rodrik (1999) 46 Rodrik (1999) 47 Rodrik, (1999) 48 O pensamento evolucionário tem grande proximidade com a corrente neo-institucionalista e com Veblen. Ver Conceição (2002), p Nelson e Winter, (2005), p Nelson e Winter, (2005), p Freeman and Perez, (1988) 52 Giovanni Dosi, Opportunities, Incentives and the Collective Patterns of Technological Change, Economic Journal, 107, September 1997, in Innovation, Organization and Economic Dynamics: Selected Essays, Cheltenham: University Press,

12 completa de controle de capitais. Ao contrário, um maior controle do fluxo de capitais permite que a abertura comercial traga benefícios para os países em desenvolvimento. Os países do leste Asiático são frequentemente apontados como exemplos bem sucedidos de países que se liberalizaram, se modernizaram e obtiveram sucesso no desenvolvimento. Contudo, esses países mesclaram abertura comercial com diversas políticas públicas, de incentivo às exportações e de direcionamento de pesquisas. Ao mesmo tempo a falta de um controle de capitais adequado prejudicou esses países como a crise asiática demonstrou em fins dos anos À luz das idéias pós-keynesianas e institucionalistas, mostramos que um sistema financeiro desregulamentado aumenta a incerteza e diminui o nível de investimento, variável fundamental para um crescimento e desenvolvimento no longo prazo. São essenciais instituições que mitiguem esta instabilidade e que permitam a geração de inovações, gerando aumento de produtividade e conseqüente aumento de exportações e maior crescimento. Como a incerteza é inerente ao processo capitalista de desenvolvimento e as crises financeiras têm causas predominantemente endógenas, devemos criar instituições que diminuam os efeitos dessas oscilações. Em um contexto de instabilidade financeira, que é sempre agravada por uma maior desregulamentação financeira o animal spirits dos empresários diminui e, por conseguinte, o investimento. Instituições adequadas permitem que o governo consiga criar condições para que os animal spirits dos empresariados floresça e se aumente a taxa de investimento. Em um ambiente de menor instabilidade financeira, uma abertura comercial gradual concomitante com investimentos de longo prazo permite que o país mude seu paradigma tecnológico. Isso aumenta a competitividade e conseqüentemente aumenta as exportações. Assim cria-se um círculo virtuoso de aumento das exportações, aumento de produtividade e desenvolvimento econômico. A alternativa a esse esquema é uma abertura comercial e financeira abrupta que aumenta a instabilidade, principalmente dos países em desenvolvimento. As diversas crises financeiras do final da década de 1990 e inicio do ano 2000, mostram que esse pode não ser o melhor mix de políticas públicas. A criação de políticas públicas que aceitem a instabilidade como inerente ao capitalismo, levem em conta a idéia de incerteza e a importância das instituições se faz imprescindível em um contexto de maior integração econômica. BIBLIOGRAFIA BELL, Martin and PAVITT, Keith. Technological Accumulation and Industrial Growth: Contrasts between developed and developing countries. Industrial and Corporate Change, 2 (2): , 1993 BOYER, Robert. State and Market: A new engagement for the twenty-first century? In: States against markets. Routledge: London 1996 edited by Robert Boyer and Daniel Drache BOYER, Robert and DRACHE, Daniel. States against markets. London: Routledge, 1996 CHANG, Ha Joon. Kicking away the ladder. Londres: Anthem Press,

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