*PS: Enviei ao Tedesco depois da palestra do CEP-Macaé,

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1 *PS: Enviei ao Tedesco depois da palestra do CEP-Macaé, Mensagem encaminhada De: jose netto Data: 9 de junho de :55 Assunto: Salário e aposentadoria na Petrobras Carta Aberta à AEPET e Conselheiros PETROS Para: "Fernando Siqueira (A1)" <fsiqueira@aepet.org.br>, pedro Carvalho II <vpresidencia@aepet.org.br>, Paulo Brandão <ptbrandao@terra.com.br>, "Silvio Sinedino (R)" <sinedino@yahoo.com> Senhores Diretores da AEPET Senhores Conselheiros Eleitos da PETROS Reconhecendo o grande esforço da AEPET na melhoria salarial dos empregados, condição para garantir o sucesso da Petrobras nos desafios vislumbrados, gostaria de colaborar na discussão do problema, tecendo alguns comentários sobre a questão salarial e aposentadoria pelo Plano Previdenciário da Petrobras. Números são números, precisam ser lidos pelo que representam. Quanto à distinção salarial Já no AEPET Notícias nº 359, de o de 2009, está publicada uma carta do Sr. Gerente de Remuneração e Recursos da Petrobras, informando que a Petrobras pratica uma política discricionária sobre seus funcionários, dando rendimentos diferenciados em até 210% para um engenheiro com 6 anos de trabalho. No caso desse engenheiro estar com uma função gratificada de gerente ou de consultor, situação em que hoje temos s de 100 num grupo de 600 com 6 anos de Petrobrás, a remuneração sem contar PLR, Gratificação Contingente e Gratificação de Férias integral, chega a aproximadamente R$ 18,300,00. Ressaltamos que aproximadamente 130 empregados desse grupo, aí incluídos alguns que não tem função gratificada, tem remuneração, sem contar PLR, Gratificação Contingente e Gratificação de Férias integral acima de R$ ,00. [...] Um engenheiro da Petrobrás, sem nenhuma função gratificada, sem nenhum adicional de regime, com 6 anos de Companhia, que receba um nível a cada ano (3,8% de aumento real) e que tenha também sido promovido nesse período, recebe hoje R$ 8.695,45 por mês [...], A título de referência, acrescento que um Engenheiro de Petróleo Sênior com 30 anos de experiência e serviços na Petrobras, não distinguido por "função gratificada", RECEBE BEM MENOS QUE R$ ,00/mês.

2 Quanto à questão previdenciária. A despeito da campanha para perda de direito previdenciário feita pela Petrobras/Petros/FUP, denominada REPACTUAÇÃO, desde 2004 o governo está impondo um achatamento nos proventos previdenciários dos aposentados que já chega a s de 30%, que consequentemente se estende aos direitos previdenciários de todos dos concursados pós-1982 ainda não aposentados, pois nossos direitos são calculados sobre este teto previdenciário. Hoje o teto previdenciário está valendo R$ 3.416,54, 6,7 vezes o valor do salário mínimo de R$ 510,00. O direito previdenciário pela PETROS vale no máximo R$ 9.224,65 (90% do salário de participação na Petros, de R$ ,62). 18% superior ao salário de um Engenheiro com 6 anos de trabalho sem contar PLR, Gratificação Contingente e Gratificação de Férias integral Em outras palavras, nos últimos 6 anos perdemos direito a s 30% do valor de nossos futuros proventos da Petros - MESMO OS QUE NÃO ACEITARAM REPACTUAR. O Governo e acionista majoritário da Petrobras está retirando um terço do nosso direito previdenciário somente ao reprimir a reposição inflacionária do teto previdenciário. Especule-se a tendência nos anos que nos faltam... Fonte: Constatações A Petrobras não paga mal aos empregados que o corpo gerencial quer valorizar inclusive aos que fazem parte do corpo gerencial. Há uma forte distinção salarial determinada por indicação, não necessariamente por competência técnica ou contribuição a bons resultados do negócio, como os

3 Srs. já puderam constatar - concentradamente, uma or distinção salarial àqueles que trabalham próximos aos poder, e aos que têm considerável influência em movimentos paredistas. Quando em 02/06/2010 a jornalista Cláudia Siqueira escreve no site Brasil Energia, a respeito da reestruturação organização em andamento na Petrobras: A perda de autonomia das unidades regionais, segundo fontes da petroleira, pretende corrigir um problema antigo da estrutura organizacional da área de E&P, criado a partir de 2000, na gestão de Philippe Reichstul. Com a adoção da Unidade de Negócio sem a devida responsabilização por perdas, criou-se um modelo de competição destrutiva, com foco no resultado individual, e não no corporativo. 02/411764/detalhes-da-mudanca.html a Diretoria da AEPET prestaria um excelente trabalho à categoria se obtiver esclarecimentos junto aos responsáveis pela atual gestão quanto ao entendimento e atribuição os problemas deste modelo de competição destrutiva somente à estrutura organizacional implantada pelo presidente tucano-francês, e não também à política de distinção salarial, também por ele implantada. Porque uma é desastrosa enquanto decidiu-se aprofundar a outra, nestes 7 anos de experiência administrativa. Quanto à aposentadoria, os valores previstos impõem severas perdas de rendimento entre os empregados de nível superior, irônica e obviamente tanto or quanto or o prêmio da função gratificada. Constatando crescimento do número de petroleiros que requerem proventos previdenciários sem requerer aposentadoria, não se deve esperar que os Engenheiros, Geólogos, Técnicos de or remuneração contratados após 1982 requeiram aposentadoria ao tempo final de contribuição previdenciária. Conclusão Exceto por falta de oportunidade de trabalho em tempos de carestia, trabalhar na Petrobras só é atrativo para quem consegue acumular capital, fazendo sobrar salário ao final do mês. Uma vez que campos de petróleo não aparecem próximos aos grandes centros formadores de mão de obra especializada, os salários até poderão ser atrativos para funções atendidas por mão-de-obra local, mas não para contratação de empregados com formação específica superior, como mostra o longo histórico desta atividade extrativista. A estes, o emprego só é atrativo quando, mesmo concursado, receber alguma gratificação pelo costume, por indicação gerencial. Considerando que ter que trabalhar até morrer não é uma opção sedutora, tampouco civilizada, e que a qualidade da aposentadoria (e mesmo a própria instituição aposentadoria) não é s interesse nem compromisso de

4 governo nem empresa, podemos ter severas dúvidas quanto à atratividade da Petrobras aos profissionais inteligentes, de se verem motivados a trabalhar pelo sucesso que empresa e o Governo anunciam massivamente pelos seus meios de comunicação. Tampouco que consiga vir a ser a or empresa de energia do mundo em 2020, como propagam os s otimistas. Ao menos, não na mão de brasileiros. Vestir a camisa tornou-se hoje uma impossibilidade prática, pelas regras vigentes. Assim, a Petrobras está condenada, inequivocamente, a se tornar um grande asilo para Engenheiros e Geólogos que não puderem perder renda, frustrados por não usufruir do direito a proventos previdenciários compatíveis, alguns ainda em cargos gerenciais, outros subordinados a gerentes novatos e inexperientes (como já é, na realidade atual). Empregados que trabalharão até morrer, muito provavelmente criando demandas e custos de serviços geriátricos e mesmo remoção funerária questão de imagem da Companhia, que seguindo o padrão de interpretação corporativa descreverão os resistentes como petroleiros que gostam tanto da Petrobras que nunca quiseram se aposentar... Uma vez entendidas as sérias conseqüências das políticas a que os empregados estão impostos, como se resolverá esta situação? Expulsarão os resistentes? Mas como tudo tem um outro lado, a PETROS estará livre dos problemas de fluxo de caixa que a direção da Petrobras e Sindicalistas do Governo apontaram ao impor a perda de direitos dos Repactuados. Ela terá sempre s dinheiro em caixa que os previstos nos cálculos atuariais. Dinheiro para emprestar a banqueiros, programas de governo, empresas com dificuldades, que são seus verdadeiros beneficiários enquanto os empregados não exercem os direitos previdenciários longa e arduamente comprados. Com a atual expectativa salarial e previdenciária dos não gratificados, é até questionável àqueles cuja aposentadoria não está tão distante, se não vale a pena partir o s rápido possível para o mercado. Cordiais saudações José Netto, Macaé-RJ, em 09 de junho de 2010.

5 Visão atualizada 2013 Teto Previdenciário vs Salário Mínimo 18,00 16,00 14,00 12,00 Valor Teto Prev / Valor SM 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 mar/08; 7,32 jan/10; 6,70 10; 6,54 jan/11; 6,83 mar/11; 6,77 jan/13; 6,13 0,00 /87 88 /88 out/ 89 ago /90 jun/ 91 abr/ 92 jan/ nov set/ jul/ 93 / /96 mar /97 jan/ nov 98 /98 ago /99 jun/ 00 abr/ /02 out/ ago 03 /04 /05 mar /06 jan/ nov set/ jul/ 07 / /10 11 /11 out/ 12 ago jun/ /13 14