MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE BENTO GONÇALVES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE BENTO GONÇALVES"

Transcrição

1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE BENTO GONÇALVES CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM VITICULTURA E ENOLOGIA DEGRADAÇÃO DO ÁCIDO MÁLICO DURANTE A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DA UVA CHARDONNAY POR TRÊS DIFERENTES LEVEDURAS DA ESPÉCIE Saccharomyces cerevisae. Daniela Agatti Chesini Bento Gonçalves Outubro, 2005.

2 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE BENTO GONÇALVES CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM VITICULTURA E ENOLOGIA DEGRADAÇÃO DO ÁCIDO MÁLICO DURANTE A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DA UVA CHARDONNAY POR TRÊS DIFERENTES LEVEDURAS DA ESPÉCIE Saccharomyces cerevisae. DANIELA AGATTI CHESINI Orientadora: Larissa Dias de Ávila Supervisores: Daniel Dalla Vale Marcos Gabbardo Trabalho de estágio apresentado como requisito à conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia. Bento Gonçalves, Outubro de

3 AGRADECIMENTOS Aos meus familiares. Meu pai que me iniciou neste mundo do vinho e a ele dedico este trabalho. À minha mãe pelo apoio e amor. Ao meu irmão pelo seu carinho. Ao meu namorado pela paciência e pela força. Aos meus colegas que tanto me ajudaram a passar por esta fase tão difícil e ao mesmo tempo tão envolvente e única. Aos professores do CEFET-BG, em especial a minha orientadora Larissa Dias de Ávila. Ao CEFET-BG, em especial a Marcos Gabbardo, Evandro Ficanha e Remi. A Casa Valduga vinhos finos Ltda, em especial ao Daniel Dalla Valle e Analaura Sobrau. E a todos que me ajudaram nessa caminhada. 3

4 SUMÁRIO Página RESUMO...V ÍNDICE DE FIGURAS...VI ÍNDICE DE TABELAS...VII 1.INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRAFICA Acidez nos mosto e vinhos Fermentação Alcoólica Fermentação Maloalcoólica Fermentação Malolática MATERIAL E METODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO Fermentação Alcoólica Análise Sensorial Acidez total e ph CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA

5 RESUMO DEGRADAÇÃO DO ÁCIDO MÁLICO DURANTE A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DA UVA CHARDONNAY POR TRÊS DIFERENTES LEVEDURAS DA ESPÉCIE Saccharomyces cerevisae. Daniela Agatti Chesini 1 Para diminuir a acidez do vinho podemos utilizar dois processos biológicos, um seria a fermentação malolática através das bactérias e o outro a fermentação maloalcoolica através das leveduras. A degradação do ácido málico é necessária para a estabilização deste vinho e para sua melhora organoléptica. O objetivo deste trabalho é mostrar que a levedura Saccharomyces cerevisae degrada ácido málico durante a fermentação alcoólica, e esta degradação seria suficiente para a estabilização málica do vinho. Com esta degradação de apenas 30 a 40 %, conseguimos reduzir a acidez málica e mantemos um vinho com a acidez necessária para o seu frescor. Vinificou-se a uva Chardonnay com três diferentes leveduras comerciais, e avaliou-se a degradação do ácido málico e posteriormente a análise sensorial. Os resultados obtidos não foram os esperados, pois os níveis de ácido málico não tiveram diferenças significativas entre os tratamentos. Para uma análise mais completa seria necessário avaliar a degradação do ácido málico durante a fermentação alcoólica. 1 Aluna do CEFET-BG, Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia, Av. Osvaldo Aranha, 540, Bento Gonçalves, RS, Brasil. danichesini@yahoo.com.br 5

6 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Esquema da degradação do acido málico pelas leveduras...14 Figura 2 - Esquema contendo nome dos compostos em cada etapa de degradação do acido málico pelas leveduras...15 Figura 3 - Perda de peso (gramas) por intervalo de tempo em dias, para acompanhamento da fermentação alcoólica das três diferentes leveduras comercializadas de uso enológico na Região da Serra Gaúcha. Temperatura de fermentação de 13 C...20 Figura 4 - Avaliação sensorial

7 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Teor de açúcar, acido tartárico e ac. málico em vinho Chardonnay sem fermentação malolática...21 Tabela 2 - Medidas de ph e acidez total do vinho Chardonnay

8 INTRODUÇÃO A uva Chardonnay é originária da Borgonha, França. De película branca e sabor simples a aromático. Produz vinho branco, varietal fino, frutado, de médio envelhecimento ou espumante. Produz vinho branco de características notáveis. Tem uma área cultivada estável no Brasil. Dos novos varietais, é um dos que tem melhores perspectivas de se manter no mercado, pela qualidade do vinho (GIOVANNINI,1999). Devido às condições climáticas da Serra Gaúcha, onde geralmente chove muito no período de maturação e também devido aos tratamentos culturais e adubação, os vinhos brancos finos apresentam elevada acidez. A acidez é característica essencial dos vinhos que contribui para o seu sabor, frescura e capacidade de conservação, a acidez provoca uma sensação de frescor agradável, motivada pelos ácidos do vinho (cítrico, tartárico, málico, lático, succínico). Existem vários componentes ácidos no vinho sem os quais o vinho teria um sabor chato ou mole. Algumas uvas têm uma maior concentração de ácido málico, um ácido que lhe provoca uma sensação de aspereza idêntica à que percebe quando trinca uma maçã ácida e verde. Algumas técnicas de vinificação estão preparadas para reduzir e amaciar esta sensação ácida, entre elas temos a degradação do acido málico pelas leveduras que se chama fermentação maloalcóolica e consiste na degradação do acido málico em etanol, sem sua total degradação, durante a fermentação alcoólica. Peynaud (1938), observou que algumas leveduras do gênero Saccharomyces têm a propriedade de consumir ácido L - Málico em uma proporção de 10 a 25 % do conteúdo total inicial do mosto. O objetivo desse experimento foi avaliar a degradação do ácido málico por diferentes leveduras comerciais durante a fermentação alcoólica. 8

9 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1.Acidez no mosto e vinho Segundo LEPE (1997), nos mostos existem ácidos orgânicos livres e combinados em forma de sais, sais ácidos e alguns ácidos minerais, e outras sustâncias de caráter ácido cujo conjunto constitui a acidez dos mostos. No entanto, no vinho, parte dos ácidos orgânicos se originam dos processos biossintéticos da videira e outra importante fração se forma como conseqüência do metabolismo microbiano de leveduras e bactérias, que intervém na fermentação alcoólica do mosto e processos biológicos posteriores durante o envelhecimento. A composição ácida do mosto é expressa em ph, acidez total, ácido tartárico e ácido málico. O vinho apresenta um ph compreendido entre 2,5 e 4,5, dependendo da cultivar, grau de maturação da uva, espécie de levedura e das condições físico-químicos em que se desenvolveu a fermentação (OLIVIER,1997). O ph pode aumentar ou diminuir com a fermentação alcoólica, enquanto a acidez titulável quase sempre diminuirá. Isso porque o ph está relacionado à quantidade e força dos ácidos presentes. Estes ácidos podem ser fortes ou fracos, mais ou menos dissolvidos, enquanto a acidez titulável não leva em conta sua força, expressando somente a soma dos ácidos livres. Estes, por sua vez, combinam-se com cátions metálicos, diminuindo sua concentração (OLIVIER, 1997). A acidez representa um dos elementos importantes no sabor de vinhos. Para a redução de acidez de um vinho, além do processo de corte com vinho menos ácido, existem processos químicos e biológicos. Por outro lado à elevada acidez málica do mosto e do vinho procedentes de zonas vitícolas frias origina desequilíbrios organolépticos que se fazem presentes no sabor verde e duro deste ácido dicarboxílico. Devido a este efeito, a diminuição da acidez total em vinhos ricos este ácido tem 9

10 constituído um dos processos técnicos mais estudados em enologia, considerando-se a diminuição málica da acidez como uma condição indispensável para suavizar os vinhos verdes de zonas frias e algumas zonas de clima temperado. O ácido málico apresenta-se na uva sob a forma de acido L(-)- málico, de forma molecular (COOH-CHOH-CH 2 -COOH) e peso molecular igual a 134,09 gramas (OREGLIA, 1978). Segundo OREGLIA (1978), é um dos ácidos mais distribuídos no reino vegetal, encontra-se nas folhas e nos frutos. Considera-se um acido frágil, facilmente metabolizado. Está presente em grandes quantidades na uva verde, a qual dá sabor acre. Desaparece pouco a pouco durante a maturação. É considerado o segundo ácido mais importante no mosto. Durante a fotossíntese, o acido málico é formado a partir do ácido fosfo-3 glicérico, o qual em primeiro passo se transforma em ácido fosfo-2 glicérico, este acido é transformado em acido fosfo-enol-pirúvico: o ácido fosfo-enol-pirúvico fixa uma molécula de gás carbônico, e se transforma em acido oxalacético, que por redução se converte em ácido málico. No grão de uva madura, o ácido málico se transforma em glicose, diminuindo a acidez do grão, aumentando relativamente o teor de açúcares. O mecanismo desta transformação segue um processo inverso a que conduz à formação do ácido málico, por carboxilação do ácido fosfo-enol-pirúvico. Segundo PEYNAUD (1982), o acido málico é de importância no vinho, já que é mais facilmente atacado por microrganismos, em comparação com o tartárico ou o succínico. Um vinho rico em ácido málico é considerado sempre biologicamente instável, por ser um substrato facilmente metabolizável por determinadas espécies microbianas, principalmente bactérias lácticas e algumas espécies de leveduras fermentativas (LEPE, 1997). 10

11 2.2.Fermentação Alcoólica Segundo NAVARRE (1997) o fenômeno químico essencial da fermentação alcoólica é a transformação do açúcar em álcool etílico. A fermentação alcoólica consiste na transformação do açúcar em álcool (CH 3 - CH 2 -OH) e dióxido de carbono (CO 2 ), como produtos principais, além de pequenas quantidades de um grande número de produtos secundários (OLIVIER, 1997). Segundo ÁVILA (2002), sendo a glicose mais pesada que o etanol, os enólogos podem seguir o progresso de uma fermentação pela medida da densidade do mosto. A densidade do mosto diminui progressivamente até entre 0,991 e 0,996. A fermentação alcoólica pode ser divida em quatro fases: fase de latência, exponencial, estacionária e morte das leveduras. Essas fases estão relacionadas com a temperatura de fermentação. Na fase de latência, do 1º ao 4 dia da inoculação das leveduras, a densidade não diminui, pois não há consumo suficiente de glicose. Sua duração depende da temperatura que, quanto mais baixa for, pode aumentar a fase de latência. Nesta fase não aumenta o número de células, mas sim, o seu tamanho, as células estão fisiologicamente ativas e há síntese de novas enzimas para se adaptarem ao novo meio. Na fase exponencial, do 5 ao 11 dia após a inoculação, a densidade cai rapidamente, o que indica a atividade máxima das células. Esta fase dura até o final do crescimento celular com aumento ordenado em todos os constituintes de cada célula, uniformidade em termos de composição química, atividades metabólicas e fisiológicas. Pico da atividade e eficiência fisiológica. Na fase estacionária, a partir do 12 dia após a inoculação, a velocidade de fermentação diminui com a metabolização das últimas moléculas de glicose. As leveduras já não proliferam, permanecendo em número constante. Durante toda esta fase, a atividade das leveduras continua diminuindo progressivamente, apesar de que, na maioria dos casos, se conserva uma alta taxa de viabilidade. Há acúmulo de produtos metabólicos tóxicos ou exaustão dos nutrientes, e algumas células morrem, enquanto outras se dividem. 11

12 Com o acúmulo adicional de produtos metabólicos inibitórios e falta de nutrientes essenciais ocorre à morte das leveduras. A taxa de morte é acelerada, o número de células viáveis diminui de forma exponencial. A fermentação realizada a baixas temperaturas, apresenta um sensível melhoramento nas características sensoriais do vinho. Produz-se maior rendimento de álcool, aromas mais agradáveis e pronunciados e paladar fino, vinhos mais ricos em dióxido de carbono, melhor coloração, menor conteúdo de glicerina e menor formação de ácidos voláteis (GAROGLIO, 1981). Considera-se a fermentação a baixa temperatura uma técnica para a elaboração de vinhos brancos, pois estes resultariam com coloração menos intensa. As leveduras de mostos refrigeradas têm melhores condições de vida, pois ocorre uma fermentação lenta, as células se mantêm em melhor possibilidade nutritiva e reprodutiva (GAROGLIO, 1981). Segundo Ávila (2002), como conseqüência da influencia sobre o crescimento e o processo fermentativo das leveduras, a temperatura influi na velocidade de fermentação, rendimento em etanol, no metabolismo de produtos secundários e na acumulação de receptores de SO 2. Quanto mais alta a temperatura, mais rápido é o inicio da fermentação e menor é o grau alcoólico obtido, a população máxima das leveduras é inferior sob temperaturas elevadas. A multiplicação das leveduras é maior sob temperaturas mais baixas. Sob temperaturas elevadas, as leveduras suportam menos o etanol, assimilam mal os compostos nitrogenados e se reproduzem mal. 2.3 Fermentação Maloalcoolica As duas vias biológicas possíveis de desacidificação málica, são a fermentação malolática e a fermentação maloalcoolica, e ambas condicionam a acidez e a aromaticidade do vinho. 12

13 Um dos processos é o da utilização da levedura Schizosaccharomyces, que degrada o ácido málico em etanol. Por este motivo é chamado de fermentação maloalcóolica. A fermentação malolática constitui em outro processo, provocado por bactérias lácticas. O ácido L(-) - málico é facilmente metabolizado pela levedura e bactéria, e como sua influencia no sabor é muito marcante, sua transformação parcial ou total em ácido lático ou etanol, não só traz mais suavidade, mas também contribui para novos aromas, geralmente agradáveis, dependendo da própria vinífera, da região vitivinícola e dos microorganismos que causam a transformação. PEYNAUD (1982) considera que o desaparecimento do ácido málico durante a fermentação maloalcóolica é devido à separação dos átomos de hidrogênio e, posterior descarboxilação do ácido oxalacético a etanal, que atua como aceptor de hidrogênio e se transforma em álcool. Observou que as leveduras comumente encontradas nos vinhos como Saccharomyces, Kloeckera reduzem o teor de ácido málico de 16 a 37%. Segundo ZAMBONELLI (2003), a capacidade de provocar fermentação maloalcoolica é possível na Saccharomyces cerevisae pelo engajamento do ácido málico por parte da célula realizada somente por difusão passiva. Esta capacidade é possuída por todas as cepas de S. cerevisae, mas com diferente intensidade, que pode ser um objeto de estudo e posterior seleção. Diferentemente da Schizosaccharomyces que possui um sistema enzimático de transporte do ácido L-málico. A cepa de S. cerevisae provoca uma diminuição do ácido L-málico que se expressa em diferentes percentuais, não sendo constantes. Esta diminuição pode ser superior a 50% quando a concentração inicial do composto é inferior a 2 g/l. Conforme CARRAU (1978), para as células que possuem a carboxilase, como as leveduras, pode-se formular a seguinte hipótese: o ácido pirúvico provindo do ácido málico seria descarboxilado em acetaldeído e o acetaldeído formado seria reduzido a álcool. Em um primeiro estágio, segundo LEPE (2004), o ácido málico é transformado em ácido pirúvico (figura 1), em presenças de íons de Manganês, graças à enzima 13

14 málica. Posteriormente, o ácido pirúvico se integra nas reações da fermentação alcoólica, ocorrendo em primeiro lugar uma descarboxilação a acetaldeído e após uma redução a álcool. Figura 1. Esquema da degradação do acido málico pela levedura. Fonte: LEPE, J. A. S. Microbiologia Enológica: Fundamentos de Vinificacion. Madrid, Ediciones Mundi-Prensa, 3 edición,

15 Conforme ZAMBONELLI (2003), figura 2 a formação direta do etanol a ácido málico por dupla descarboxilação direta foi uma hipótese da Mayer e Temperli (1963). Figura 2. Esquema contendo nome dos compostos em cada etapa. Fonte: ZAMBONELLI, C. Microbiologia e Biotecnologia dei Vini, I Processi Biologici e le Tecnologie della Vinificazione. Bologna, 3 edizione, Edagricole,

16 2.4 Fermentação malolática A fermentação malolática é o processo metabólico de descarboxilação do ácido L- málico em acido L- Láctico e dióxido de carbono (CO 2 ). É realizada por bactérias lácticas, presentes naturalmente em vinhos, e outras bebidas alcoólicas que apresentem alto teor de ácido málico. É o principal meio de reduzir a acidez, o que a torna um processo de importância crucial em elaboração de vinhos. Esta fermentação apresenta outros benefícios à qualidade do vinho, bem como efeitos indesejáveis em determinados casos (ÁVILA, 2002). Segundo PEYNAUD (1982), a fermentação malolática pode provocar uma diminuição de 1,0 a 3,0 g/l na acidez titulável de vinhos novos, e o ph pode aumentar de 0,1 a 0,3 em unidade. Esta redução da acidez é muito superior àquela correspondente a precipitação de bitartaratos. A redução da acidez causa uma melhora gustativa considerável, o aumento da qualidade se deve: - A diminuição dos índices ácidos, pois uma grama de acido málico produz 0,67 gramas de ácido láctico devido a perda de um grupamento carboxila do ácido málico na forma de dióxido de carbono. - A substituição do ácido málico, que apresenta sabor pronunciado, pelo ácido láctico, o qual é menos agressivo às papilas gustativas. A fermentação malolática nem sempre é benéfica, e pode ser responsável por alterações indesejáveis às propriedades sensoriais e a cor do vinho. 16

17 3. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi executado na Vinícola do Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves, na cidade de Bento Gonçalves-RS. As análises foram realizadas na Vinícola Casa Valduga Vinhos Finos e Embrapa Uva e Vinho. Com a chegada da uva realizaram-se análises de densidade, açúcar e acidez total. Em seguida a uva foi prensada em uma prensa pneumática e transferiu-se o mosto para um tanque onde se adicionou 30mg/L de dióxido de enxofre, após duas horas inoculouse enzima pectolítica sendo a dose de 2g/hL, para ocorre a clarificação do mosto. Após este processo, 90 litros do mosto foi transferido para um recipiente onde se adicionou o equivalente a 55 g/l de sacarose, para elevar a graduação alcoólica, conforme cálculo a partir da análise de açúcares. Com o intuito de manter a acidez equilibrada, o vinho estabilizado, mas sem a necessidade de perder seus aromas frutados e seu frescor, utilizaram-se três diferentes leveduras secas ativas oferecidas no mercado, sendo uma delas utilizada com o propósito de degradar entre 20 e 30 % de ácido málico. Observouse a curva de fermentação alcoólica destas leveduras da espécie Saccharomyces cerevisae, a degradação de ácido málico e a diferença organoléptica dos tratamentos submetidos ou não a fermentação maloláctica, isto para obtermos parâmetros de comparação. Neste estágio do experimento temos 3 tratamentos com 6 repetições cada: Tratamento 1 levedura Saccharomyces cerevisae Maurivin B da empresa Coatec, tratamento 2 levedura Saccharomyces cerevisae Cru Blanc da empresa Coatec, tratamento 3 levedura Saccharomyces cerevisae Ceppagè Chardonnay da empresa Filtrare Representações. Características das leveduras utilizadas neste trabalho: Canadivin Cru-Blanc: Levedura especialmente para vinhos brancos de superior qualidade. Nos vinhos finos brancos, quando fermentados em barricas, produz aromas 17

18 finos com notas de mel e vanilina. Permite também valorizar as variedades neutras exalando os aromas. Empresa Coatec. Maurivin B: A levedura vínica tem a capacidade de metabolizar acido málico durante a fermentação. Este consumo começa primeiro com a difusão de ácido málico dentro da célula. Uma vez dentro da célula, o ácido é descarboxilado passa a formar piruvato e logo depois acetaldeído. Este acetaldeído é reduzido logo em etanol. Levedura não floculante de vigor médio, apresentando uma melhor capacidade de fermentação em mostos com ph elevado, conseguindo desdobrar cerca de 30-40% do ácido málico. Deste modo, recomenda-se o uso desta levedura na produção de vinhos tintos. Empresa Coatec. Cepage Chardonnay:Levedura vínica para fermentar Chardonnay, realça notavelmente as características típicas da variedade. Contribui com a fineza e a complexidade dos aromas. Para inoculação das leveduras o mosto foi dividido em três recipientes, pesou-se 27 kg de mosto para cada recipiente, onde foram inoculadas as leveduras conforme indicação dos fabricantes. O mosto de cada recipiente foi distribuído em 6 garrafões com capacidade de ml cada. Para uma maior precisão pesou-se mg de mosto utilizando-se uma balança digital de 4 dígitos. Após, esses garrafões foram transferidos para uma câmera fria, onde a temperatura permaneceu entre 12 e 13 C. A partir de então a fermentação foi controlada diariamente com a pesagem dos garrafões, para acompanhar a degradação do açúcar que, com o acompanhamento do peso dos garrafões pode-se montar uma curva de fermentação para avaliação das três diferentes leveduras. Após verificar a estagnação no peso dos garrafões por três dias consecutivos, considerou-se que a fermentação estava concluída. Realizou-se uma cromatografia de papel, onde se constatou que nenhum dos tratamentos havia zerado o ácido málico. Depois da fermentação alcoólica, o experimento foi dividido em 6 tratamentos com 3 repetições cada, sendo que os tratamentos 1, 2 e 3 foram divididos em dois cada um, onde metade das repetições sofreram fermentação malolática e a outra metade não sofreram fermentação maloláctica. 18

19 Os tratamentos que não sofreram fermentação maloláctica foram clarificados com a adição de 10g/hL de albumina de ovo e após sofreram uma estabilização tartárica, ficando em uma câmera a 0 C por 7 dias, sendo posteriormente engarrafado. Enquanto isso, os tratamentos destinados à fermentação maloláctica foram acompanhados por cromatografia de papel. Após 20 dias de espera pela fermentação malolática espontânea observou-se que seria necessária a inoculação de bactérias. Foi adicionado então, mosto de Chardonnay que estava realizando fermentação malolática, pois a inoculação de bactéria láctica comercial elevaria o custo do projeto. Após 15 dias com acompanhamento da cromatografia de papel observou-se a degradação total do ácido málico. O vinho sofreu clarificação e estabilização conforme realizado com aqueles que não sofreram fermentação malolática. Após a estabilização do vinho realizou-se análise sensorial com a presença de 9 profissionais do setor vinícola, e as seguintes análises físico-químicas: Álcool: a amostra foi destilada no Destilador da Gibertini, e a leitura foi realizada no Densimatic Gibertini conectado ao computador. ph: foi feita medição pelo peagâmetro. Acidez Total: a amostra foi preparada e posta para leitura no Quik Gibertini. Açúcar: método Feling A e B. Ácido Málico e Tartárico: por cromatografia líquida. O delineamento experimental realizado foi inteiramente casualizado, composto de três tratamentos e seis repetições na fase da fermentação alcoólica, logo após tivemos 6 tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram submetidos a analise de variância, e na constatação de diferenças significativas, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. 19

20 4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1Fermentação Alcoólica A fermentação alcoólica foi acompanhada diariamente através da pesagem dos garrafões e controle de temperatura que ficou constante entre 12 e 13 C. O tempo de fermentação alcoólica foi de 43 dias. A figura 1, nos mostra a relação da perda de peso em relação aos dias. O intervalo de tempo foi de 3 dias, a perda de peso total correspondeu ao valor estimado de 10% do peso inicial do garrafões, em torno de 450 gramas. Fermentação Alcoólica Perda de peso (gramas) MB CRU CEPA Intervalo de tempo (dias) Figura 3. Perda de peso (gramas) por intervalo de tempo em dias, durante a fermentação alcoólica das três diferentes leveduras comerciais. Temperatura de fermentação de 13 C. MB: Levedura Maurivin B, CRU: Levedura Cru Blanc, CEPA: Levedura Ceppage Chardonnay. Observa-se neste gráfico que as três leveduras tiveram um bom arranque de fermentação, sendo que a levedura Ceppagè Chardonnay teve uma fermentação mais lenta se comparada com as outras duas. 20

21 Ao final da fermentação percebeu-se que a levedura Ceppagè Chardonnay ficou com maior quantidade de açúcar residual (Tabela 1), embora o grau alcoólico entre os tratamentos foram iguais estatisticamente. Isso talvez pelo fato da temperatura de fermentação ter sido baixa ou devido a fisiologia da levedura. Os dados obtidos para o grau alcoólico do vinho foi de Maurivin B 12,89 %(v/v), Cepagge Chardonnay 12,81%(v/v) e Cru Blanc foi de 12,73%(v/v), sendo estatisticamente iguais. O objetivo do trabalho era avaliar a degradação do ácido málico pelas três diferentes leveduras utilizadas, os resultados não foram significativos, já que não se obteve uma variação significativa na degradação do ácido málico. variância. As concentrações de ácido tartárico não foram diferentes pela análise de Tabela 1: Teor de açúcar, ácido tartárico e ácido málico em vinho Chardonnay sem fermentação malolática. Leveduras Teor de açúcar (g/l) Ac. Tartárico (g/l) Ac. Málico (g/l) CEPA 2,89 a 2,51 ns 1,82 ns CR 1,65 b 2,59 1,79 MB 1,51 b 2,78 1,99 Mosto 212,5 2,52 2,06 * Médias acompanhadas de letras minúsculas na coluna são diferentes pelo teste Tukey a 5% de significância. Os dados de ácido tartárico e málico referentes ao mosto foram obtidos após o congelamento da amostra. O que revela um índice de ácido tartárico menor do que no vinho, devido à precipitação tartárica ocorrida pela formação de cristais quando a mesma foi congelada. Já para análise do ácido málico era necessária a diluição da 21

22 amostra antes do congelamento, o que não foi realizado devido a falta de conhecimento deste fato. Se analisarmos estes valores observamos que a Maurivin B apresentou teor alcoólico maior, talvez por ter degradado um pouco do ácido málico em etanol, algo insignificante para uma análise de variância, mas que pode ser um indício de que ocorreu degradação do ácido málico em etanol. 4.2Análise Sensorial As amostras foram analisadas sensorialmente tanto intensidade aromática quanto qualidade gustativa, sendo que neste item avaliou-se essencialmente a acidez. Na figura 4 podemos verificar as notas obtidas para cada grupo de amostras. Foram analisadas somente 12 amostras, das quais feitas à mediana. Foram analisadas 2 amostras de cada tratamento, sendo descartadas as amostras que tiveram acidez volátil superior à 1,4 g/l. Escala de pontos Análise Sensorial Amostras Intensidade Aromática Qualidade Gustativa Figura 4. Avaliação sensorial. Os valores apresentados são as medianas das amostras degustadas. 1- Levedura Maurivin B que realizou fermentação maloláctica. 2- Levedura Maurivin B que não realizou fermentação maloláctica. 3- Levedura Cru Blanc que realizou fermentação maloláctica. 4- Levedura Cru Blanc que não realizou fermentação maloláctica. 5- Levedura Cepage Chardonnay que realizou fermentação maloláctica. 6-Levedura Cepage Chardonnay que não realizou fermentação maloláctica. 22

23 Intensidade de aroma varia de 0 a 11 e a qualidade gustativa varia de 0 a 15. As amostras que realizaram fermentação maloláctica obtiveram menor intensidade aromática e maior desequilíbrio em boca. Isso se deve ao fato da dificuldade que houve de ocorrer a fermentação malolática espontaneamente. Fato que levou essas amostras sofrerem a oxidação rapidamente, visto que o vinho estava distribuído em pequenos volumes. Se compararmos a qualidade gustativa, notamos que os tratamentos com a levedura Cru Blanc sem a realização da fermentação malolática tiveram a melhor pontuação em relação à qualidade gustativa. Se analisarmos a curva de fermentação podemos notar que esta levedura foi a que obteve uma degradação do açúcar em álcool constante. Se avaliarmos a análise de ácido málico notamos que esta levedura foi a que mais degradou acido málico durante a fermentação alcoólica. Já na intensidade aromática a levedura que obteve melhor pontuação foi a Ceppagè Chardonnay sem fermentação malolática. Se compararmos a curva de fermentação foi a levedura que degradou mais lentamente o açúcar em álcool. 4.3 Acidez total e ph Conforme mencionado no decorrer deste trabalho podemos verificar que com a fermentação malolática houve um aumento no ph, em torno de 0,2 unidades (Tabela 2). E tiveram uma diminuição no ph se comparadas ao mosto. A acidez total diminuiu significativamente se comparada a acidez total do mosto. Notamos que nos tratamentos em que foi feito fermentação malolática ocorreu um aumento na acidez total, em relação aos que não fizeram, ao contrário do que esperávamos, talvez devido ao aumento da acidez volátil, causada pela demora da fermentação malolática. A levedura Maurivin B foi que se diferenciou neste caso, mantendo o valor próximo às amostras que não sofreram fermentação malolática. 23

24 Tabela 2: Medidas de ph e acidez total do vinho Chardonnay. ph Acidez Total (g/l ácido tartárico) Levedura Com malolática MB 3,55 a 4,12 b CR 3,55 a 5,02 a CEP 3,53 a 5,14 a A Sem malolática MB 3,31 b 4,06 b CR 3,31 b 4,38 b CEP A 3,30 b 4,30 b * Médias acompanhadas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de significância. 24

25 CONCLUSÃO A partir deste trabalho pode-se concluir que: -As amostras fermentadas com a levedura comercial Ceppagè Chardonnay apresentaram uma melhor pontuação na intensidade aromática. Sendo a que ficou com o maior valor de açúcar residual, e sua fermentação alcoólica foi a mais lenta. -As amostras fermentadas com a levedura Cru Blanc apresentaram uma qualidade gustativa com maior pontuação, talvez pelo fato de que a degradação do açúcar em álcool tenha ocorrido com maior rapidez na fase inicial e diminuído durante a fase final. -Comparando as curvas de fermentação da levedura Maurivin B com a levedura Cru Blan, elas tiveram o mesmo ritmo na transformação de açúcar em álcool, sendo que a levedura Cru Blan apresentou a maior pontuação na intensidade aromática e a Maurivin B a menor pontuação, se compararmos as três diferentes leveduras. Observação: devemos levar em consideração que a levedura Maruvin B é indicada pelo fabricante para ser usada na vinificação de tintos. - A levedura Maurivin B foi aquela que teve maior diminuição na acidez total, causada pela degradação do ácido málico. Como sugestões para continuidade da pesquisa, alguns pontos carecem de maior estudos, tais como: -Acompanhar a degradação parcial do ácido málico durante a fermentação alcoólica, para obter dados mais concretos sobre a evolução da degradação málica, já que este trabalho apenas quantificou a degradação total do ácido málico. 25

26 -Acompanhar a evolução dos ácidos málico, lático e acético durante a fermentação malolatica, com o objetivo de verificar as alterações de concentração durante o processo. BIBLIOGRAFIA ÁVILA, Larissa Dias de. Enologia II. Polígrafo didático do Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia. Bento Gonçalves: CEFET-BG, 2002,31 p. CARRAU, J. L. Novos Enfoques em Microbiologia Enológica. Coordenado por Juan Luis Carrau e Rita M. Callegari Basso, Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul. 1978, pg 95 a107. GAROGLIO, P. G. Nuovo Enologia. Enciclopédia Vitivinicola Mondlala. Edozopni AEB, Instituto Artigianelli, Bréscia , 386 pg. GIOVANNINI, E. Produção de uvas - para vinho, suco e mesa, 2 edição, LEPE, J. A. S. Leveduras Vínicas Funcionalidad y Uso em Bodega. Madrid, Ediciones Mundi-Prensa, 1997, pg 151 a 167. LEPE, J. A. S. Microbiologia Enológica: Fundamentos de Vinificacion. Madrid, Ediciones Mundi-Prensa, 3 edición, 2004, pg343 a , pg 308. NAVARRE, C. Técnicas de Produção de Vinho. Portugal, Coleção Euroagro, OLIVIER, M. N. Evolução da acidez na fermentação alcoólica das uvas tintas Cabernet Sauvignon e Isabel e da branca Trebbiano. Santa Maria, UFSM, pg 06 a 16,

27 OREGLIA, F. Enología Teórico-Práctica. Buenos Aires:Ediciones Instituto Salesiano de Artes Graficas, 1978, 731p. PEYNAUD, E. Enologia e Técnica Del Vino. Italia p. Edizioni AEB BRESCIA. PEYNAUD, E. Conhecer e trabalhar o vinho. LTC Editora Portuguesa de Livros Técnicos e Científicos, Lisboa, pg 50 a 55, ZAMBONELLI, C. Microbiologia e Biotecnologia dei Vini, I Processi Biologici e le Tecnologie della Vinificazione. Bologna, 3 edizione, Edagricole, 2003, pg 211 a

Porque deve efetuar análises ao seu vinho?

Porque deve efetuar análises ao seu vinho? Porque deve efetuar análises ao seu vinho? O aumento de produção de vinho tem vindo a implicar a necessidade de um rigoroso controlo de qualidade e segurança alimentar. Assim, a melhor forma de assegurar

Leia mais

CARACTERÍSTICAS ANALÍTICAS DE VINHOS BRANCOS DAS VARIEDADES ARINTO E FERNÃO PIRES ELABORADOS NO NORDESTE BRASILEIRO

CARACTERÍSTICAS ANALÍTICAS DE VINHOS BRANCOS DAS VARIEDADES ARINTO E FERNÃO PIRES ELABORADOS NO NORDESTE BRASILEIRO CARACTERÍSTICAS ANALÍTICAS DE VINHOS BRANCOS DAS VARIEDADES ARINTO E FERNÃO PIRES ELABORADOS NO NORDESTE BRASILEIRO GEISIANE BATISTA NUNES VASCONCELOS 1 ; JULIANE BARRETO DE OLIVEIRA 1 ; FERNANDA DA SILVA

Leia mais

2 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO. Giuliano Elias Pereira Celito Crivellaro Guerra Aline Camarão Telles Biasoto Gildo Almeida da Silva

2 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO. Giuliano Elias Pereira Celito Crivellaro Guerra Aline Camarão Telles Biasoto Gildo Almeida da Silva 2 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO Giuliano Elias Pereira Celito Crivellaro Guerra Aline Camarão Telles Biasoto Gildo Almeida da Silva 1.1 Elaboração de vinhos tintos 1.1.1 Decisão sobre a data da

Leia mais

ELABORAÇÃO DE VINHOS

ELABORAÇÃO DE VINHOS ELABORAÇÃO DE VINHOS Raul Luiz Ben Enológo Especialista em Vitivinicultura Embrapa Uva e Vinho - Bento Gonçalves/RS Pelotas, 27 de Fevereiro de 2013 QUALIDADE E COMPOSIÇÃO DA UVA PARA ELABORAÇÃO DE VINHO

Leia mais

Vinhos brancos. - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação

Vinhos brancos. - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação Vinhos brancos - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação XIV Curso de Prova de Vinhos Vinhos Brancos António Luís Cerdeira Vinhos Verdes Vinificação em branco Recepção Desengace Esmagamento

Leia mais

Vinificação em ausência de oxigênio

Vinificação em ausência de oxigênio Vinificação em ausência de oxigênio Prof. Marcos Gabbardo Enólogo Vinhos de Jerez; Vinhos Laranja; Vinhos Gelo; Vinhos tradicionais; Vinhos Chablis. Introdução Origem Nova Zelândia e Austrália; Vinhos

Leia mais

Tecnologia de Bebidas Fermentadas. Thiago Rocha dos Santos Mathias

Tecnologia de Bebidas Fermentadas. Thiago Rocha dos Santos Mathias Tecnologia de Bebidas Fermentadas Thiago Rocha dos Santos Mathias thiago.mathias@ifrj.edu.br Tópicos Introdução aos Bioprocessos Tecnologia da cerveja Tecnologia do vinho Tecnologia da cachaça Introdução

Leia mais

Tipos de Vinho e Métodos de Vinificação

Tipos de Vinho e Métodos de Vinificação Disciplina LAN 1616 Tecnologia de Bebidas Tipos de Vinho e Métodos de Vinificação Thiago Sfreddo Hunoff Mestrando em Ciência e Tecnologia de Alimentos Piracicaba, 28 de março de 2017 Fonte: ExpoVinis

Leia mais

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS Prof. Ana Rita Rainho TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS Fermentação www.biogeolearning.com 1 Fluxo de energia nos sistemas biológicos A energia radiante é captada pelos seres fotossintéticos

Leia mais

Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos

Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos Ciência e Tecnologia de Alimentos Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos Prof. Angelita Leitão 1º semestre 2017 O que é fermentação? È um processo de transformação de uma substância

Leia mais

FERMENTAÇÕES. Via metabólica de degradação da glicose

FERMENTAÇÕES. Via metabólica de degradação da glicose FERMENTAÇÕES A fermentação é um processo metabólico realizado por alguns microrganismos para a obtenção de energia a partir de nutrientes. Este processo é, por isso, um processo catabólico. Do ponto de

Leia mais

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AÇÚCAR E BEBIDAS

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AÇÚCAR E BEBIDAS Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Alimentos CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AÇÚCAR E BEBIDAS Profª ANGELITA MACHADO LEITÃO 2º/2017 O QUE É BEBIDA? Todo o alimento que naturalmente tem a forma líquida BEBIDA

Leia mais

A C I D E Z V O L Á T I L EM V I N H O S O PROBLEMA

A C I D E Z V O L Á T I L EM V I N H O S O PROBLEMA A C I D E Z V O L Á T I L EM V I N H O S O PROBLEMA Por: Paulo Cameira dos Santos Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Quinta do Marquês Av. da República 2784-505 Oeiras Portugal E-mail:

Leia mais

Introdução. O vinho, talvez tenha sido descoberto por acaso...

Introdução. O vinho, talvez tenha sido descoberto por acaso... Introdução O vinho, talvez tenha sido descoberto por acaso... Composição da Uva PELE Bons taninos ENGAÇO Corantes Taninos adstringentes. t Componentes importantes. Leveduras na superfície SEMENTES Taninos

Leia mais

Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Alimentos Tecnologia do Açúcar e Bebidas BEBIDA FERMENTO DESTILADA CONHAQUE

Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Alimentos Tecnologia do Açúcar e Bebidas BEBIDA FERMENTO DESTILADA CONHAQUE Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Alimentos Tecnologia do Açúcar e Bebidas BEBIDA FERMENTO DESTILADA CONHAQUE Angelita Machado Leitão 2º/ 2017 Bebidas feitas a partir do destilado de vinho, as mais

Leia mais

LEVEDURAS CHALLENGE. São 3 as características que distinguem a gama de leveduras Challenge:

LEVEDURAS CHALLENGE. São 3 as características que distinguem a gama de leveduras Challenge: LEVEDURAS São as características que distinguem a gama de leveduras Challenge: Segurança: o primeiro requisito que devem possuir as leveduras seleccionadas para a gama Challenge é assegurar uma fermentação

Leia mais

Parâmetros de Qualidade para a Aguardente de Medronho e Licores

Parâmetros de Qualidade para a Aguardente de Medronho e Licores Parâmetros de Qualidade para a Aguardente de Medronho e Licores Medronho Instituto Superior de Engenharia Ex - Escola Superior de Tecnologia Universidade do Algarve Diversas instituições uniram-se para

Leia mais

ELABORAÇÃO DE VINAGRE UTILIZANDO MEL DE ABELHA (APIS MELLIFERA) EXCEDENTE DE PRODUÇÃO

ELABORAÇÃO DE VINAGRE UTILIZANDO MEL DE ABELHA (APIS MELLIFERA) EXCEDENTE DE PRODUÇÃO ELABORAÇÃO DE VINAGRE UTILIZANDO MEL DE ABELHA (APIS MELLIFERA) EXCEDENTE DE PRODUÇÃO Anaeli ZAPPAROLI 1, Fabiana Bortolini FORALOSSO 2, Álvaro Vargas JUNIOR 3, Nei FRONZA 3, Ingrid GUIMARÃES 3, Josiane

Leia mais

Tecnologia da Fabricação de Etanol

Tecnologia da Fabricação de Etanol Tecnologia da Fabricação de Etanol 2 3 Fermentação alcoólica fermento (leveduras) Açúcares do etanol + CO 2 caldo de cana T=32º C, ph=4,5 (Mosto) Calor Biomassa Energia (ATP) Etanol Açúcares Glicose Frutose

Leia mais

Defeitos do vinho. Desvio específico à uma norma aceita

Defeitos do vinho. Desvio específico à uma norma aceita Defeitos do vinho Desvio específico à uma norma aceita 1 O vinho é um produto sensível e perecível. A falta de cuidados na produção, com o armazenamento e manuseio da bebida podem prejudicar sua qualidade,

Leia mais

DO BRASIL. CATÁLOGO DE PRODUTOS vinhos & espumantes

DO BRASIL. CATÁLOGO DE PRODUTOS vinhos & espumantes DO BRASIL CATÁLOGO DE PRODUTOS vinhos & espumantes O espumante Retrato revela toda a intensidade da uva Chardonnay e do terroir da Serra Gaúcha. As uvas do espumante Retrato provem exclusivamente do vinhedo

Leia mais

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO CINÉTICO DE BEBIDAS FERMENTADAS A BASE DE FRUTAS

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO CINÉTICO DE BEBIDAS FERMENTADAS A BASE DE FRUTAS ANÁLISE DO COMPORTAMENTO CINÉTICO DE BEBIDAS FERMENTADAS A BASE DE FRUTAS N. F. GONÇALVES 1, C. C. G. SILVA 1, T. T. S. SANTOS 1, M. C. ADEBAL 1 1 Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Exatas

Leia mais

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Biologia 1. Moléculas, células e tecidos - Fotossíntese e respiração - Respiração celular Fermentação Organismos que só vivem na presença

Leia mais

Biologia. Respiração Celular. Professor Enrico Blota.

Biologia. Respiração Celular. Professor Enrico Blota. Biologia Respiração Celular Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia RESPIRAÇÃO CELULAR A bioenergética é o estudo dos processos do metabolismo celular de produção e quebra de energia

Leia mais

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE PARA FERMENTADOS ACÉTICOS

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE PARA FERMENTADOS ACÉTICOS ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE PARA FERMENTADOS ACÉTICOS 1.ALCANCE 1.1.Objetivo: Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que deverão

Leia mais

03/02/2016. Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, MÉTODOS FÍSICOS

03/02/2016. Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, MÉTODOS FÍSICOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, Disciplina: Análise de Alimentos CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos MÉTODOS FÍSICOS Densimetria Densidade é

Leia mais

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 08 CÉLULAS: RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 08 CÉLULAS: RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 08 CÉLULAS: RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA Como pode cair no enem A biodigestão anaeróbia, que se processa na ausência de ar, permite a obtenção de energia e materiais que podem

Leia mais

1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 Fermentação e actividade enzimática

1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 Fermentação e actividade enzimática Unidade 4 Produção de alimentos e sustentabilidade 1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 1 Qual é a importância dos microrganismos na indústria alimentar? Queijo Os microrganismos são essenciais

Leia mais

INFLUÊNCIA DE ENZIMA PECTOLÍTICA NO PERFIL FÍSICO- QUÍMICO DO VINHO BRANCO ELABORADO COM UVA ITÁLIA NO VALE DO SÃO FRANCISCO

INFLUÊNCIA DE ENZIMA PECTOLÍTICA NO PERFIL FÍSICO- QUÍMICO DO VINHO BRANCO ELABORADO COM UVA ITÁLIA NO VALE DO SÃO FRANCISCO INFLUÊNCIA DE ENZIMA PECTOLÍTICA NO PERFIL FÍSICO- QUÍMICO DO VINHO BRANCO ELABORADO COM UVA ITÁLIA NO VALE DO SÃO FRANCISCO William Santos PAIM 1 ; Eliane Bráz CARVALHO 1 ; Alexandre Ferreira dos SANTOS

Leia mais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Precursor de intermediários metabólicos em várias reações

Leia mais

Fabricação de Cerveja - Fermentação -

Fabricação de Cerveja - Fermentação - A fermentação é talvez a fase mais critica de todo o processo cervejeiro. É durante a fermentação que o mosto se transforma em cerveja. A levedura cervejeira assimila os açúcares existentes no mosto e

Leia mais

Vanessa de Souza OLIVEIRA (1); Adonilde Marta MARTINS (1); Bruna Carla Reis DINIZ (1); Alexandre Ferreira dos SANTOS (2)

Vanessa de Souza OLIVEIRA (1); Adonilde Marta MARTINS (1); Bruna Carla Reis DINIZ (1); Alexandre Ferreira dos SANTOS (2) Caracterização físico-química de vinho tinto elaborado com a variedade Syrah proveniente do vinhedo didático do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Vanessa de Souza

Leia mais

Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq. LAN 1458 Açúcar e Álcool

Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq. LAN 1458 Açúcar e Álcool Universidade de São Paulo USP Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição - LAN LAN 1458 Açúcar e Álcool Agentes da fermentação alcoólica, bioquímica

Leia mais

PODA ANTECIPADA DA VIDEIRA ENG. AGRÔNOMO E TECNÓLOGO EM VITICULTURA E ENOLOGIA: PAULO ADOLFO TESSER

PODA ANTECIPADA DA VIDEIRA ENG. AGRÔNOMO E TECNÓLOGO EM VITICULTURA E ENOLOGIA: PAULO ADOLFO TESSER PODA ANTECIPADA DA VIDEIRA ENG. AGRÔNOMO E TECNÓLOGO EM VITICULTURA E ENOLOGIA: PAULO ADOLFO TESSER Horti Serra Gaúcha, maio 2015. ÉPOCAS DE PODA SECA E SUA INFLUÊNCIA NA BROTAÇÃO, PRODUÇÃO E QUALIDADE

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Profª Eleonora Slide de aula Condições de anaerobiose Glicose 2 Piruvato Ciclo do ácido cítrico Condições de anaerobiose 2 Etanol + 2 CO 2 Condições

Leia mais

CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO. Prof. João Batista de Almeida e Silva Escola de Engenharia de Lorena-USP

CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO. Prof. João Batista de Almeida e Silva Escola de Engenharia de Lorena-USP CINÉTICA DO CRESCIMENTO MICROBIANO Prof. João Batista de Almeida e Silva Escola de Engenharia de Lorena-USP Hidrólise Glicose 8 ATP Piruvato 6 ATP Produtos de Fermentação ( lactato, álcoois, ácidos, etc.)

Leia mais

Módulo 8 Enografia Nacional

Módulo 8 Enografia Nacional Módulo 8 Enografia Nacional Imigração Italiana O marco da vitivinicultura no Brasil. Trazidas da Ilha da Madeira, as primeiras mudas de videira aportaram no Brasil em 1532, sendo introduzidas na Capitania

Leia mais

PRODUÇÃO DE FERMENTADO ALCOÓLICO A PARTIR DE ABACAXI (Ananas Comosus L.)

PRODUÇÃO DE FERMENTADO ALCOÓLICO A PARTIR DE ABACAXI (Ananas Comosus L.) PRODUÇÃO DE FERMENTADO ALCOÓLICO A PARTIR DE ABACAXI (Ananas Comosus L.) Diana Cléssia Vieira Belchior 1 ; Wéllida Patrícia Aviz Teixeira 1 ; Wancicléia de Jesus Monteiro 1 ; Althiéris de Souza Saraiva

Leia mais

Ciência para Vida - Curso de Degustação Embrapa

Ciência para Vida - Curso de Degustação Embrapa Ciência para Vida - Curso de Degustação Embrapa Celito Crivellaro Guerra Mauro Celso Zanus Conceito de qualidade Vinho de qualidade é aquele que possui bom equilíbrio entre suas características organolépticas

Leia mais

Evolução das características físico-químicas de vinhos Syrah no Submédio do Vale

Evolução das características físico-químicas de vinhos Syrah no Submédio do Vale 245 Evolução das características físico-químicas de vinhos Syrah no Submédio do Vale Evolution of physicochemical characteristics of Syrah wines from the São Francisco river Valley Bruna Carla Reis Diniz¹;

Leia mais

Bioquímica Fermentação. Profª. Ana Elisa Matias

Bioquímica Fermentação. Profª. Ana Elisa Matias Bioquímica Fermentação Profª. Ana Elisa Matias Respiração Celular X Fermentação Nos organismos aeróbios constitui o segmento inicial da degradação da glicose, sendo essencialmente prosseguida pelo processo

Leia mais

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Centro de Ciências Agrárias campus Araras II CURSO DE MONITORAMENTO TEÓRICO E PRÁTICO DA FERMENTAÇÃO ETANÓLICA. UNESP - UFSCAR METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS

Leia mais

Enzimas na indústria de alimentos e bebidas

Enzimas na indústria de alimentos e bebidas s na indústria de alimentos e bebidas s são proteínas obtidas através da utilização da moderna biotecnologia. Elas são catalisadores naturais presentes nos grãos de café, consequentemente, a adição de

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

ESTUDOS ENOLÓGICOS Adega Experimental da EVAG 2006 António Luís Cerdeira / Maria José Pereira

ESTUDOS ENOLÓGICOS Adega Experimental da EVAG 2006 António Luís Cerdeira / Maria José Pereira ESTUDOS ENOLÓGICOS Adega Experimental da EVAG 2006 António Luís Cerdeira / Maria José Pereira Jornadas Técnicas, EVAG, 14 Dezembro 2006 Vinificação de diferentes castas (Arinto, Loureiro, Trajadura, Alvarinho,

Leia mais

Fatores Físicos e Químicos que Influenciam a Fermentação Alcoólica

Fatores Físicos e Químicos que Influenciam a Fermentação Alcoólica Fatores Físicos e Químicos que Influenciam a Fermentação Alcoólica CLÓVIS PARAZZI. Universidade Federal de São Carlos. Centro Ciências Agrárias -Araras SP. FERMENTAÇÃO ÁLCOÓLICA PRINCIPAIS FATORES QUE

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO

PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO Conservação e Rotulagem de Alimentos 3º Módulo Profª Vivian Pupo de Oliveira Machado ASSEPSIA Recipiente de transporte e de manipulação sujos, falta de cuidado

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS FERMENTATIVOS. Professora: Erika Liz

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS FERMENTATIVOS. Professora: Erika Liz INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS FERMENTATIVOS Professora: Erika Liz Características necessárias de microrganismos para aplicação industrial Apresentar elevada eficiência na conversão de nutrientes, de forma a

Leia mais

Gama Prolie: 360º de Protecção

Gama Prolie: 360º de Protecção Gama Prolie: 360º de Protecção A gama PROLIE é uma gama inovadora de produtos à base de polissacáridos de levedura desenvolvida pela Enartis para serem utilizados durante a fermentação alcoólica de mostos

Leia mais

Bolsista, Embrapa Semiárido, Petrolina-PE, 2

Bolsista, Embrapa Semiárido, Petrolina-PE,   2 INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE COLHEITA DO PORTA-ENXERTO E DA VARIEDADE SOBRE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE SUCOS DE UVAS ELABORADOS NO NORDESTE DO BRASIL GILDEILZA GOMES SILVA 1 ; JULIANE BARRETO DE OLIVEIRA

Leia mais

Profª. Me. Erika Liz

Profª. Me. Erika Liz Profª. Me. Erika Liz Tipos de fermentações: Alcoólica Láctica Acética Vinagre é o produto obtido exclusivamente da fermentação acética do vinho. A palavra vinagre significa "vinho azedo" (vin acre) e nada

Leia mais

Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Submédio do Vale do São Francisco, Brasil

Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Submédio do Vale do São Francisco, Brasil 254 Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Submédio do Vale do São Francisco, Brasil Physico-Chemical

Leia mais

Comparação Físico-Química de Vinhos da Variedade Syrah (Vitis vinifera L.) Elaborados em Dois Ciclos no Mesmo Ano, em Região Semiarida Tropical

Comparação Físico-Química de Vinhos da Variedade Syrah (Vitis vinifera L.) Elaborados em Dois Ciclos no Mesmo Ano, em Região Semiarida Tropical 260 Comparação Físico-Química de Vinhos da Variedade Syrah (Vitis vinifera L.) Comparação Físico-Química de Vinhos da Variedade Syrah (Vitis vinifera L.) Elaborados em Dois Ciclos no Mesmo Ano, em Região

Leia mais

Mauro Zanus e Giuliano Pereira Pesquisador Enologia Embrapa Uva e Vinho e

Mauro Zanus e Giuliano Pereira Pesquisador Enologia Embrapa Uva e Vinho e Caracterização sensorial qualitativa e quantitativa da cor, aroma e paladar dos vinhos finos do Vale do Submédio São Francisco Mauro Zanus e Giuliano Pereira Pesquisador Enologia Embrapa Uva e Vinho mauro.zanus@embrapa.br

Leia mais

Produção de alimentos e sustentabilidade

Produção de alimentos e sustentabilidade Bio12 Unidade 4 e sustentabilidade Como produzir maiores quantidades de alimentos para resolver os problemas de alimentação? Capítulo 1.1. Fermentação e atividade enzimática Que fatores condicionam a atividade

Leia mais

IPV.ESA ,5 Volume de Trabalho Total (horas): 165 Total Horas de Contacto: 60 T TP P PL Competências

IPV.ESA ,5 Volume de Trabalho Total (horas): 165 Total Horas de Contacto: 60 T TP P PL Competências Unidade Curricular: Tecnologia dos Vinhos Área Científica: Ciência e Tecnologia dos alimentos Curso / Ciclo: Engenharia Alimentar - 1º Ciclo Docente Responsável: António Manuel Santos Tomás Jordão Ano

Leia mais

Metabolismo celular. É o conjunto de todas as reacções químicas que ocorrem numa célula.

Metabolismo celular. É o conjunto de todas as reacções químicas que ocorrem numa célula. FERMENTAÇÃO Metabolismo celular 3 É o conjunto de todas as reacções químicas que ocorrem numa célula. Metabolismo celular 4 Anabolismo reacções de síntese de moléculas complexas a partir de moléculas simples.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ LAN 1616 - TECNOLOGIA DE BEBIDAS SIDRA Ac. Felipe R. Pereira Ac. Gustavo S. Lago Ac. Thiago Uemura INTRODUÇÃO A sidra é a bebida

Leia mais

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO SUCO DE UVA DA CULTIVAR ISABEL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMERCIALIZAÇÃO

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO SUCO DE UVA DA CULTIVAR ISABEL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMERCIALIZAÇÃO CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO SUCO DE UVA DA CULTIVAR ISABEL NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMERCIALIZAÇÃO DANIELA DAMBRÓS 1 ; GIULIANO ELIAS PEREIRA 2 ; SELMA CAVALCANTI

Leia mais

Fermentação. Profa. Dra. Enny Fernandes Silva

Fermentação. Profa. Dra. Enny Fernandes Silva Fermentação Profa. Dra. Enny Fernandes Silva Fluxograma Meio de cultura (fonte de N2, C, PO4) Natural: caldo de cana, melaço, água de maceração de milho Artificial Esterilização ph Diluição Com ou sem

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

Funcional de Saccharomyces cerevisiae durante fermentação

Funcional de Saccharomyces cerevisiae durante fermentação Bioenergética e Genética Funcional de Saccharomyces cerevisiae durante fermentação vinária durante a (Functional Genomics and Bioenergetics of Saccharomyces cerevisiae during winemaking) 100º Curso de

Leia mais

Metabolismo energético das células

Metabolismo energético das células Metabolismo energético das células Medicina Veterinária Bioquímica I 2º período Professora: Ms. Fernanda Cristina Ferrari Como a célula produz energia? Fotossíntese Quimiossíntese Respiração Adenosina

Leia mais

Vida: uma evolução química

Vida: uma evolução química Vida: uma evolução química Eis as questões... Se a vida não surge espontaneamente, então, qual teria sido a origem dos primeiros seres vivos? Em outras palavras, como teria surgido a vida na Terra? A hipótese

Leia mais

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E SENSORIAIS DO VINHO ROSADO CABERNET SAUVIGNON NO VALE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E SENSORIAIS DO VINHO ROSADO CABERNET SAUVIGNON NO VALE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E SENSORIAIS DO VINHO ROSADO CABERNET SAUVIGNON NO VALE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO Bruna Carla Reis DINIZ (1); Adonilde Marta MARTINS (1); Vanessa de Souza

Leia mais

Augusto Adolfo Borba. Miriam Raquel Moro Conforto

Augusto Adolfo Borba. Miriam Raquel Moro Conforto AUTORIA: EDIÇÃO DE CONTEÚDO: EDIÇÃO: CRÉDITOS DAS IMAGENS DE ABERTURA: Augusto Adolfo Borba Elvira Sampaio Miriam Raquel Moro Conforto Shutterstock/Sebastian Kaulitzki; istockphoto.com/henrik Jonsson;

Leia mais

METABOLISMO CELULAR PROCESSOS E MOLÉCULAS ESPECÍFICAS 06/08/2015. Oxidação: ocorre a saída de um átomo H; Redução: envolve o ganho de um átomo H.

METABOLISMO CELULAR PROCESSOS E MOLÉCULAS ESPECÍFICAS 06/08/2015. Oxidação: ocorre a saída de um átomo H; Redução: envolve o ganho de um átomo H. METABOLISMO CELULAR É o conjunto de reações químicas que ocorrem na célula para que ela possa desempenhar suas atividades. + Pi + Energia As moléculas de não podem ser estocadas, desse modo, as células

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE AGROINDÚSTRIAS, ALIMENTOS E NUTRIÇÃO Tecnologia de bebidas

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE AGROINDÚSTRIAS, ALIMENTOS E NUTRIÇÃO Tecnologia de bebidas UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE AGROINDÚSTRIAS, ALIMENTOS E NUTRIÇÃO Tecnologia de bebidas HIDROMEL Piracicaba Maio,2017 MILA PESSOTTO SALUA DE

Leia mais

Sinopse das funções orgânicas

Sinopse das funções orgânicas Sinopse das funções orgânicas - Funções orgânicas oxigenadas: Álcoois - 7ª Aula- E.M. 1 1- Propriedades Físicas dos Álcoois Os álcoois possuem pontos de ebulição muito mais altos que éteres ou hidrocarbonetos

Leia mais

ESTUDO DA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA PRODUÇÃO CASEIRA DE VINHOS DE UVAS DOS CULTIVARES RUBI

ESTUDO DA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA PRODUÇÃO CASEIRA DE VINHOS DE UVAS DOS CULTIVARES RUBI ESTUDO DA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA PRODUÇÃO CASEIRA DE VINHOS DE UVAS DOS CULTIVARES RUBI E. CALZETTA 1, J. R. de MELO 2 e R. G. MARQUES 1 1 Faculdade de Telêmaco Borba,

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO

METABOLISMO ENERGÉTICO CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE INFORMÁTICA E ELETROMECÂNICA - 2º ANO DICIPLINA: BIOLOGIA METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO E FERMENTAÇÃO Prof.ª Carla Pereira Nascimento METABOLISMO ENERGÉTICO Todo ser vivo

Leia mais

Análise físico-química de uvas e mostos. José Carvalheira EVB/LQE-DLAL

Análise físico-química de uvas e mostos. José Carvalheira EVB/LQE-DLAL Análise físico-química de uvas e mostos José Carvalheira EVB/LQE-DLAL 06-09-2016 Análise físico-química de uvas e mostos Objectivo Parâmetro Composição em açúcares: Teor de açúcares (Glucose e Frutose)

Leia mais

!!!! Grande Escolha Herdade Fonte Paredes 2012 Regional Alentejano Vinho Branco! Região: Alentejo. Colheita: Castas: 100% Chardonnay.

!!!! Grande Escolha Herdade Fonte Paredes 2012 Regional Alentejano Vinho Branco! Região: Alentejo. Colheita: Castas: 100% Chardonnay. Grande Escolha Herdade Fonte Paredes 2012 Regional Alentejano Vinho Branco Colheita: 2012 Castas: 100% Chardonnay. Prova organoléptica: Cor citrina. Excelente intensidade e complexidade aromática lembrando

Leia mais

CITOLOGIA IV (UECE/ENEM) Profa Eduarda de Souza

CITOLOGIA IV (UECE/ENEM) Profa Eduarda de Souza CITOLOGIA IV (UECE/ENEM) Profa Eduarda de Souza Alimentos e Energia Ligações químicas Metabolismo Metabolismo capacidade de transformar substâncias de acordo com o interesse Anabolismo: produção de novas

Leia mais

Ciência Rural ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil

Ciência Rural ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil Ciência Rural ISSN: 0103-8478 cienciarural@mail.ufsm.br Universidade Federal de Santa Maria Brasil Antenor Rizzon, Luiz; Miele, Alberto Acidez na vinificação em tinto das uvas Isabel, Cabernet Sauvignon

Leia mais

Tecnologia de Alimentos Fermentados. Mestrado em Engenharia Alimentar

Tecnologia de Alimentos Fermentados. Mestrado em Engenharia Alimentar Tecnologia de Alimentos Fermentados Mestrado em Engenharia Alimentar Leveduras Fermentação Alcoólica 2 CO 2 + 2 (CH 3 CH 2 OH) E a energia? Densidade mosto 1.100 vinho.990 Glucose + 6 O 2 6 CO 2 + 6 H

Leia mais

Princípios de conservação Atividade de água

Princípios de conservação Atividade de água Universidade Federal de Pelotas Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial Tecnologia Agroindustrial I Fundamentos de Tecnologia Agroindustrial Princípios de conservação Atividade de água Profa

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE DOCENTE: Dr. José Ribamar Silva Conceituação: D MATÉRIA ORGÂNICA. Todo material de origem vegetal ou animal que se encontre no solo independentemente de seu estado de decomposição.

Leia mais

Novas metodologias na análise de vinhos

Novas metodologias na análise de vinhos Novas metodologias na análise de vinhos A. S. Curvelo-Garcia Estação Vitivinícola Nacional - INIAP (Portugal) Metodologias recentes Metodologias recentes Automatização da análise Evolução dos equipamentos

Leia mais

acompanhamento científico

acompanhamento científico acompanhamento científico tipagem molecular de leveduras: caracterização da colecção enológica porto dorit-elisabeth th schuller 12 abril 2007 comissão de viticultura da região dos vinhos verdes A evolução

Leia mais

NOTA TÉCNICA ACIDEZ TOTAL VINHOS DOP PORTO 2013 / 2018

NOTA TÉCNICA ACIDEZ TOTAL VINHOS DOP PORTO 2013 / 2018 NOTA TÉCNICA ACIDEZ TOTAL VINHOS DOP PORTO 2013 / 2018 Introdução / enquadramento Os ácidos são constituintes fundamentais do vinho, provêm da uva (tartárico, málico cítrico, oxálico, fumárico, ) mas também

Leia mais

Selecção de um sistema para avaliar rapidamente a recuperação da actividade fermentativa das LSA

Selecção de um sistema para avaliar rapidamente a recuperação da actividade fermentativa das LSA OPTIMIZAÇÃO DA REHIDRATAÇÃO DAS LEVEDURAS SECAS ACTIVAS: INFLUENCIA DOS PARAMETROS DE REHIDRATAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DA ACTIVIDADE FERMENTATIVA DE DIFERENTES ESTIRPES Virginie SOUBEYRAND**, Anne JULIEN**,

Leia mais

a) Escreva os nomes das substâncias presentes nos frascos A, B e C. A B C

a) Escreva os nomes das substâncias presentes nos frascos A, B e C. A B C PROVA DE QUÍMICA 2ª ETAPA do VESTIBULAR 2006 (cada questão desta prova vale até cinco pontos) Questão 01 Foram encontrados, em um laboratório, três frascos A, B e C, contendo soluções incolores e sem rótulos.

Leia mais

PRODUÇÃO ARTESANAL DE HIDROMEL 1 INTRODUÇÃO

PRODUÇÃO ARTESANAL DE HIDROMEL 1 INTRODUÇÃO PRODUÇÃO ARTESANAL DE HIDROMEL Alex Bento Barbosa¹, Edson Aparecido Martins² 1 Discente na Faculdade de Tecnologia de Botucatu, abentob@globomail.com 2 Prof. Esp. curso de Tecnologia em Agronegócio da

Leia mais

Biologia Prof. Edgard Manfrim

Biologia Prof. Edgard Manfrim Metabolismo Celular conjunto de reações químicas que ocorrem no organismo. Energia Reagentes Produtos Metabolismo Celular A energia necessária para a realização de reações químicas do organismo vem da

Leia mais

EFEITO DE DIFERENTES FORMAS DE PREPARO DO INÓCULO E DE CONCENTRAÇÕES DOS NUTRIENTES NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR Saccharomyces cerevisiae UFPEDA 1238

EFEITO DE DIFERENTES FORMAS DE PREPARO DO INÓCULO E DE CONCENTRAÇÕES DOS NUTRIENTES NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR Saccharomyces cerevisiae UFPEDA 1238 EFEITO DE DIFERENTES FORMAS DE PREPARO DO INÓCULO E DE CONCENTRAÇÕES DOS NUTRIENTES NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR Saccharomyces cerevisiae UFPEDA 1238 Lima, D. A. (1), Luna, R. L. N. (1), Rocha, J. M. T. S.

Leia mais

Fatores que influenciam no crescimento. microbiano

Fatores que influenciam no crescimento. microbiano Fatores que influenciam no crescimento microbiano Fatores Intrínsecos 1. Atividade da água (Aa) 2. Potencial Hidrogeniônico ph 3. Potencial de Oxido-Redução - Eh 4. Conteúdo de nutrientes 5. Constituintes

Leia mais

FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA

FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA aaa a Fotossíntese (Fase Bioquímica) Fase escura Prof. Leonardo Cury Bento Gonçalves, RS 1 Reações Fase bioquímica da Fotossíntese Reações do Carbono (Fase Escura) 2 !

Leia mais

Atividade extra de Química sobre o vírus influenza A (H 1 N 1 ) e a ação do álcool-gel

Atividade extra de Química sobre o vírus influenza A (H 1 N 1 ) e a ação do álcool-gel Atividade extra de Química sobre o vírus influenza A (H 1 N 1 ) e a ação do álcool-gel 1) Fatec/jun-09O alcoolismo é um grave problema de saúde pública no Brasil, assim como em vários outros países. Estima-se

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA Professor (es): ANA PAULA ANDRÉ BARROS e DAYNARA APARECIDA RODRIGUES GONÇALVES Curso: VITICULTURA E ENOLOGIA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Professor (es): ANA PAULA ANDRÉ BARROS e DAYNARA APARECIDA RODRIGUES GONÇALVES Curso: VITICULTURA E ENOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA Professor (es): ANA PAULA ANDRÉ BARROS e DAYNARA APARECIDA RODRIGUES GONÇALVES Titulação: MESTRAS Curso: VITICULTURA E ENOLOGIA Turma: VE09 Período de Execução: 13/11/2017 a 18/04/2018

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 3. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 3. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte 3 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte III - Fermentação láctica e alcoólica: I Conceitos fundamentais; II Tipos de fermentação; III Diferença

Leia mais

Revisão Específicas. Química Monitores: Luciana Lima e Rafael França 02-08/11/2015. Material de Apoio para Monitoria

Revisão Específicas. Química Monitores: Luciana Lima e Rafael França 02-08/11/2015. Material de Apoio para Monitoria Revisão Específicas 1. As conchas marinhas não se dissolvem apreciavelmente na água do mar, por serem compostas, na sua maioria, de carbonato de cálcio, um sal insolúvel cujo produto de solubilidade é

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Professor Dr. Joel Gustavo Teleken Palotina (PR), 15 de maio de 2014. SUMÁRIO 1) BIORREATORES 2) PROCESSO BIOETANOL 3) DESTILAÇÃO

Leia mais

10.2 Parâmetros de qualidade da água

10.2 Parâmetros de qualidade da água 10-3 m 1 m 10.2 Parâmetros de qualidade da água Sistema de Abastecimento de Água Partículas dissolvidas Dureza (sais de cálcio e magnésio), ferro e manganês não oxidados Partículas coloidais Coloidais:

Leia mais

FUVEST 2015 (Questões 1 a 6)

FUVEST 2015 (Questões 1 a 6) (Questões 1 a 6) Provas de Vestibular 1. O metabissulfito de potássio (K 2 S2O 5 ) e o dióxido de enxofre (SO 2 ) são amplamente utilizados na conservação de alimentos como sucos de frutas, retardando

Leia mais

POTENCIAL FERMENTATIVO DE FRUTAS CARACTERÍSTICAS DO SEMIÁRIDO POTIGUAR

POTENCIAL FERMENTATIVO DE FRUTAS CARACTERÍSTICAS DO SEMIÁRIDO POTIGUAR POTENCIAL FERMENTATIVO DE FRUTAS CARACTERÍSTICAS DO SEMIÁRIDO POTIGUAR BEZERRA, C. R. R. A. 1, MEDEIROS, V. C. 3, PINHEIRO, A. D. T. 2 1 Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Engenharia

Leia mais

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria O efeito da cana de vinhaça na fermentação alcoólica Silvio Roberto Andrietta Introdução Para determinar

Leia mais

Respiração celular, Fermentação e fotossíntese. 1) Numa comunidade terrestre ocorrem os fenômenos I e II, esquematizados abaixo.

Respiração celular, Fermentação e fotossíntese. 1) Numa comunidade terrestre ocorrem os fenômenos I e II, esquematizados abaixo. Respiração celular, Fermentação e fotossíntese 1) Numa comunidade terrestre ocorrem os fenômenos I e II, esquematizados abaixo. Analisando-se o esquema, deve-se afirmar que a) somente as plantas participam

Leia mais

NOTA TÉCNICA ACIDEZ TOTAL VINHOS DOP DOURO 2008 / 2015

NOTA TÉCNICA ACIDEZ TOTAL VINHOS DOP DOURO 2008 / 2015 NOTA TÉCNICA ACIDEZ TOTAL VINHOS DOP DOURO 2008 / 2015 Introdução / enquadramento Os ácidos são constituintes fundamentais do vinho, provêm da uva (tartárico, málico cítrico, oxálico, fumárico, ) mas também

Leia mais