BACTERIOCINAS: MECANISMO DE AÇÃO E USO NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "BACTERIOCINAS: MECANISMO DE AÇÃO E USO NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS"

Transcrição

1 BACTERIOCINAS: MECANISMO DE AÇÃO E USO NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS Denys SCHULZ* Murilo Anderson PEREIRA* Raquel Regina BONELLI* Márcia Menezes NUNES* Cleide Rosana Vieira BATISTA* RESUMO: Alguns microrganismos possuem a capacidade de produzir substâncias que podem influenciar no desenvolvimento de outros microrganismos. Desde os anos 50 é relatada a habilidade de várias espécies de bactérias do gênero Bacillus de produzir substâncias com atividade antimicrobiana, dentre essas são relatadas a subtilisina, as proteases e as termolisinas. Em se tratando de antimicrobianos a maior ênfase é dada as bacteriocinas. Essas são definidas como peptídios antimicrobianos que destroem ou inibem o crescimento de outras bactérias taxonomicamente relacionadas com a cepa produtora. Muitas bactérias ácido-láticas produzem uma grande diversidade de bacteriocinas, sendo a nisina a única bacteriocina reconhecida pelo FDA (Food and Drug Administration) e usada como conservador alimentar. Muitas bacteriocinas têm sido caracterizadas bioquimicamente e geneticamente. Embora sejam conhecidas, a função estrutural, a biossíntese e modo de ação de algumas bacteriocinas, muitos aspectos desses compostos ainda permanecem desconhecidos. Esse artigo descreve uma revisão sobre síntese, estrutura e mecanismo de ação de bacteriocinas bem como suas aplicações em alimentos. Alguns dados de toxicidade também são relatados. PALAVRAS-CHAVE: Antimicrobianos; bacteriocinas; conservação de alimentos. Introdução A contaminação de alimentos é um problema sério uma vez que, causa grandes índices de morbidade. Abre-se então, a necessidade de desenvolver-se alternativas de conservação para que aliadas às tecnologias existentes, seja possível disponibilizar para população alimentos de qualidade cada vez melhor e mais seguros sob o ponto de vista microbiológico e toxicológico. 32 Segundo Jack et al. 31, a maioria, senão todas as bactérias, é capaz de produzir várias substâncias no curso de seu crescimento in vitro, que podem ser inibitórias tanto para si quanto para outras bactérias. Essas substâncias po- derão exercer efeito bactericida ou bacteriostático. Tais substâncias incluem: toxinas; enzimas bacteriolíticas como lisostafina, fosfolipase A e hemolisinas; subprodutos das vias metabólicas primárias como ácidos orgânicos, amônia e peróxido de hidrogênio e vários outros metabólitos secundários; substâncias antibióticas como garamicina, valinomicina e bacitracina, que são sintetizadas por complexos multienzimáticos (sua biossíntese, ao contrário dos agentes tidos como bacteriocinas, não é diretamente bloqueada por inibidores ribossomais da síntese de proteínas); bacteriocinas (são proteínas antimicrobianas ou complexos protéicos, usualmente um peptídeo, ativos contra espécies bacterianas). Até o presente, a nisina consiste na única bacteriocina utilizada comercialmente como agente natural de conservação de alimentos. 45 Do ponto de vista industrial, as bacteriocinas e outros agentes antimicrobianos naturais são muito interessantes justamente pelo apelo de "segurança" que sugerem. Com a mudança das exigências do consumidor, este será um atributo cada vez mais valorizado. Diante disso, tudo indica que conservadores naturais, particularmente em adição ou combinação sinergística com outros fatores e técnicas; que já estão em uso, terão um papel importante em um futuro próximo, principalmente se estes agentes tenham nos alimentos a mesma ação efetiva verificada em ensaios laboratoriais. 24 Bacteriocinas: peptídeos antimicrobianos de bactérias As primeiras bacteriocinas descritas foram as colicinas, que são ativas contra Escherichia coli. 26 Atualmente são conhecidas muitas outras bacteriocinas produzidas por microrganismos Gram-positivos, patogênicos ou não. 61 A nisina é uma bacteriocina produzida por certas linhagens de Lactococcus lactis, cujo nome é derivado do termo "N-inhibitory substances"(nis) adicionado ao sufixo INA. 11, 12 De acordo com Harris et al. 27, essa bacteriocina foi *Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos - CAL - Centro de Ciências Agrárias - CCA - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Itacorubi Florianópolis - SC - Brasil. 229

2 descrita pela primeira vez por Rogers 57, como uma substância inibidora do crescimento do Lactobacillus bulgaricus. Posteriormente, chegou-se a conclusão de que a nisina inibe o crescimento de bactérias Gram-positivas e o crescimento 13, 34 de esporos de Clostridium e Bacillus. A classificação das bacteriocinas de bactérias ácidoláticas investigadas até o momento diferem em seus espectros de atividade, características bioquímicas e determinantes genéticos. Entretanto, a maioria delas possui baixa massa molecular (3 a 10 kda), alto ponto isoelétrico, e contém regiões hidrofílicas e hidrofóbicas. 14 Klaenhammer 35 propôs que, baseadas na sua estrutura primária, peso molecular, estabilidade ao calor e organização molecular as bacteriocinas de bactérias ácido-láticas podem ser subdivididas em 4 grupos: classe I - lantibióticas, caracterizadas pela presença de lantionina e b-metil lantionina; classe II - pequenas (<10 kda) e relativamente estáveis ao calor, são peptídeos de membrana ativa que não contêm lantionina, subdivididos em: (a) peptídeos ativos contra Listeria, com seqüência N-terminal definida (classe IIa); (b) complexos, que requerem dois diferentes peptídeos para que tenham atividade (classe IIb); (c) e peptídeos com tiol ativado, que requerem resíduos de cisteína reduzidos para que sejam ativos (classe IIc); classe III - grandes (>30 kda), proteínas termolábeis; e classe IV - bacteriocinas complexas que contêm porções 11, 34 lipídicas ou de carboidratos além da porção protéica. Em função das semelhanças observadas nas suas características, essa classificação acabou sendo adotada também para substâncias produzidas por outras bactérias 21, 36, 48 Gram-positivas. Segundo Jack 31, tem sido sugerido que um subgrupo de "peptídeos ativos contra Listeria " poderia ser estabelecido entre as bacteriocinas não lantibióticas, baseado na presença de uma seqüência particular de sete aminoácidos que aparentemente estão relacionados à sua atividade contra esse microrganismo (classe IIa). Existem outras propostas de classificação de bacteriocinas de bactérias láticas e a pesquisa na área de bacteriocinas é muito dinâmica, devendo ser necessário algum tempo até que um sistema de classificação definitivo seja obtido. 14 de lantionina e b-metil lantionina. 29 De acordo com Havarstein et al. 28, o transporte dos peptídeos para o ambiente externo é carreado por um efluxo dependente de ATP de complexos protéicos associados à membrana. Quanto à sua atividade, as bacteriocinas podem variar conforme a espécie bacteriana sensível e o ambiente em que se encontram. 46 De maneira geral, as bacteriocinas podem promover um efeito letal bactericida sem lise celular 67, com lise celular 37 37, 46, 67 ou com efeito bacteriostático. A maioria das bacteriocinas de bactérias ácido-láticas caracterizadas, parece ter um mecanismo de ação comum, no qual elas dissipam a força próton-motriz (FPM), com modificações no potencial de membrana ( ) e no gradiente de concentração de H + ( ph). Tais efeitos, em microrganismosalvo, levam à formação de poros na membrana citoplasmática, 7, 11, 43, 54 conforme Figura 1. Bacteriocinas da classe I Bacteriocinas são geralmente moléculas catiônicas, anfipáticas, compostas por 12 a 45 resíduos de aminoácidos. A estrutura de vários lantibióticos tem sido elucidada através de ressonância magnética nuclear. 43, 54 Moll et al. 43 e Montville e Chen 44 apresentaram, dois modelos que oferecem mecanismos alternados para a formação dos poros. Ambos os modelos propõem que, inicialmente, a nisina liga-se à membrana-alvo através de algum grau de interação eletrostática. No primeiro, a nisina liga-se como um monômero, insere-se nas bi-camadas de lipídeos e os monômeros inseridos agregam-se lateralmente para formar poros. 53,59 No segundo, a formação dos poros é causada por uma perturbação local na camada lipídica que ocorre quando as moléculas de nisina se ligam. 15 A nisina é então atraída para a membrana por um componente da FPM. A orientação das moléculas não muda relativamente aos grupos lipídicos, portanto, o peptídeo não entra em contato com a parte hidrofóbica da membrana. Em vez disso, os resíduos hidrofóbicos da nisina são superficialmente inseridos na parte externa da bicamada lipídica. Os dois modelos descritos são apresentados na Figura 1. Síntese, estrutura e mecanismo de ação de bacteriocinas Segundo demonstrado em estudos sobre nisina (L. lactis), pediocina (P. acidilactici), subtilisina (B. subtilis) e outras bacteriocinas conhecidas, as bacteriocinas de bactérias Gram-positivas são formadas, primeiramente, como precursores com pequena atividade biológica. 17, 50 Nes et al. 50 relataram que todas as bacteriocinas até então conhecidas são sintetizadas como pré-peptídeos com uma seqüência N-terminal que dirige seu transporte para fora da célula e é removida antes que uma bacteriocina ativa possa ser detectada. Na região C-terminal, em alguns casos, o polipeptídeo precursor sofre modificações pós-tradução. Estas modificações incluem: desidratação de resíduos de serina e/ou treonina específicos, o que resulta na formação de 2,3-dideidroaminoácidos; e adição de grupos tióis de resíduos de cisteína as ligações duplas de alguns desses aminoácidos, o que gera resíduos 230 Representação esquemática da nisina mostrando domínios N e C-terminais conectados por uma região flexível. A. face hidrofílica está representada como escura e a hidrofóbica clara. B. Modelo de Ojcius e Young 53 e Sahl 59 C. Modelo de Driessen et al. 15 Fonte: Montville e Chen 44 FIGURA 1 - Modelos propostos para a formação de poros na célula-alvo pela ação da nisina.

3 Bacteriocinas da classe II As bacteriocinas da classe II possuem espectro limitado de atividade e parecem ter sua ação mediada por algum tipo de receptor. 41 De acordo com Moll et al. 43, a natureza de tais "receptores" ainda não foi elucidada. Sabe-se, contudo, que as bacteriocinas da classe II também dependem de fosfolipídios aniônicos para a interação inicial com a membrana. 9 Moll et al. 43 destacam ainda que, curiosamente, da mesma forma que para as bacteriocinas da classe I, também as da classe II são anfipáticas. A hidrofobicidade de várias delas aumenta gradualmente da parte N-terminal para a C- terminal da molécula, enquanto a hidrofobicidade da extremidade C-terminal diminui levemente. Esta orientação é invertida em comparação ao sugerido para a nisina por Van den Hooven 64. Quanto à ação das bacteriocinas da classe II após estarem ligadas à membrana, sabe-se que: as bacteriocinas da classe IIa dissipam a FPM; 7 as bacteriocinas da classe IIb parecem formar poros relativamente específicos sendo algumas condutoras de cátions monovalentes, como a lactococcina G e outras, condutoras de ânions, como a plantaricina JK. 43 Bacteriocinas das casses III e IV Embora alguns estudos tenham indicado substâncias semelhantes às bacteriocinas com alta massa molecular e termolábeis e com porções glicídicas ou lipídicas, poucas são as bacteriocinas classificadas por seus pesquisadores como 33, 40, 52, 62 pertencentes aos grupos III e IV de Klaenhammer. Riley 55 trata das piocinas, um grupo de bacteriocinas produzidas por Pseudomonas aeruginosa. As piocinas têm sido classificadas em 3 tipos, baseadas nas suas estruturas: R, F e S. Contudo, tem sido sugerido que as piocinas heterogêneas R e F são fagos defeituosos, uma vez que suas estruturas são facilmente sedimentadas por ultracentrifiugação, resistem a tratamento por proteases e, quando visualizadas em microscópio eletrônico, apresentam-se similares a certos pedaços de bacteriófagos. As piocinas S, mais homogêneas, formam um grupo de proteínas simples e de baixo peso molecular, são sensíveis a proteases, não sedimentáveis e não analisáveis sob microscópio eletrônico. 55 Segundo Jack et al. 31, as bacteriocinas termolábeis de alta massa molecular (classe III de Klaenhammer) incluem muitas enzimas extra-celulares bacteriolíticas (hemolisinas e muramidases) que podem mimetizar as atividades fisiológicas das bacteriocinas. Estes autores destacam ainda, com relação ao grupo IV, que a simples sensibilidade a enzimas glicolíticas e lipolíticas não é suficiente para caracterizar uma bacteriocina como "complexa"; esta determinação deveria ser feita através de análises químicas dos antimicrobianos purificados. O número significativo de revisões publicadas exclusivamente sobre bacteriocinas dos tipos I e II de Klaenhammer é uma prova incontestável de que a maioria das pesquisas desenvolvidas a respeito desses antimicrobianos, até então, relaciona-se a essas duas subclasses. 43,44 Detecção, extração e identificação de bacteriocinas A maioria das antibioses entre bactérias é, primeiramente, resultado de estudos envolvendo a combinação de diferentes cepas bacterianas em meio ágar através de métodos de antagonismo indiretos (em inglês, deferred) ou diretos. 61 Infelizmente, o termo "bacteriocina" tem sido usado, às vezes, prematuramente, logo depois dos primeiros indícios de interações inibitórias. Jack et al. 31 levantaram algumas falhas no reconhecimento e nomenclatura de substâncias desta natureza: pediocina PA-1 e pediocina AcH são peptídeos quimicamente idênticos, lactococina A e diplococina de diferentes subespécies de Lactococcus lactis são o mesmo peptídeo e o mesmo ocorre com curvacina A e sakacina A de Lactobacillus curvatus e Lactobacillus sakei. Ainda de acordo com Jack et al. 31, exemplos de procedimentos inadequados na pesquisa de bacteriocinas incluem: predições da natureza protéica baseadas somente na inativação da atividade bactericida por enzimas proteolíticas; estimativa da massa molecular somente a partir de dados obtidos em cromatografia em gel; relatos do espectro inibitório baseados não no uso do produto antimicrobiano purificado, mas no resultado da determinação da atividade inibitória total de cepas produtoras quando crescidas em meio ágar. Outra falha, com relação à determinação do espectro de atividade, é o uso de poucas cepas representativas e bem caracterizadas. Avaliando outro aspecto, um estudo de Krier et al. 38 provou que o metabolismo das bactérias pode variar muito conforme a temperatura e o ph do meio de cultura, causando oscilações também na cinética de produção de bacteriocinas. Portanto, pode-se concluir que é muito importante para a pesquisa desses antimicrobianos manter controle sobre o sistema em que as bactérias produtoras estão crescendo, seja alimentar ou não. Portanto, para que se possa estudar as propriedades químicas e biológicas das bacteriocinas é necessária a obtenção de quantidades relativamente grandes destes peptídeos em uma forma pura e concentrada. Existem métodos simples de detectar diferentes agentes causadores de efeitos inibitórios e estes devem ser aplicados antes que o antagonismo seja atribuído a bacteriocinas. 31 Tais métodos incluem, principalmente: uso de catalase no meio onde será detectada a atividade ou incubação da cepa produtora em anaerobiose para eliminar a atividade do peróxido de hidrogênio; e neutralização do ph do sobrenadante que contém o agente 1, 39, 45, 51, 68 antimicrobiano. Para a extração de substâncias semelhantes a bacteriocinas, a maioria dos métodos utiliza precipitação com sulfato de amônio (0 a 20%) a partir do meio de cultura após 18, 47 o crescimento da cepa produtora, mas já livre de células. Entretanto, essa técnica utilizada isoladamente não proporciona um bom produto final, uma vez que muitas outras proteínas do meio podem também ser precipitadas e o rendimento não é muito alto. 5 Para purificação adicional de bacteriocinas precipitadas, especialmente na determinação de composição e seqüência de aminoácidos, os pesquisadores têm utilizado 231

4 várias técnicas de cromatografia. 16,21,69 Eijsink et al. 16 salientam também que, para estudos comparativos, é absolutamente essencial o uso de bacteriocinas purificadas, uma vez que torna-se cada vez mais evidente o fato de que bactérias podem produzir mais 3, 63 de uma substância da mesma natureza. Bacteriocinas em alimentos Com a emergência de microrganismos psicrófilos em alimentos, o desenvolvimento de novas tecnologias e a procura dos consumidores por alimentos naturais, as bacteriocinas e/ou seus microrganismos produtores têm sido reconhecidos como uma fonte potencial de bioconservadores para alimentos. 45 Segundo Ross et al. 58, o potencial de aplicação de uma determinada bacteriocina pode ser predito por suas propriedades. Características como estabilidade à temperatura, ph e espectro de ação estão entre as mais importantes para tal previsão. A fim de obter bacteriocinas comercialmente úteis, muitos laboratórios têm feito pesquisas detalhadas com cepas isoladas de vários alimentos. 18,49,66 A atividade das bacteriocinas no alimento pode ser afetada por diversos fatores, como por exemplo: mudança na solubilidade e na carga eletrostática das bacteriocinas; ligação das bacteriocinas aos componentes do alimento; inativação das bacteriocinas por proteases; mudanças na parede ou na membrana celular dos microrganismos-alvo como resposta a fatores ambientais. 22 Blom et al. 6 descrevem os fatores que podem influenciar na difusão das bacteriocinas em alimentos tais como concentração de sal, ph, nitrito e nitrato, fase aquosa disponível para difusão, conteúdo lipídico e superfície lipídica disponível para solubilização. Esses autores destacam ainda que a distância que a molécula de bacteriocina precisa percorrer para alcançar a célula-alvo e o número dessas células com relação à quantidade do antimicrobiano são considerações importantes a serem feitas na predição de sua atividade. Um estudo de Van Schaik et al. 65 demonstrou que Listeria monocytogenes adaptadas a ambientes ácidos são mais resistentes à ação de bacteriocinas, provavelmente, a algumas modificações que ocorrem na sua membrana celular. Essa pesquisa chama atenção para o fato de que sistemas de resistência devem ser considerados quando a nisina é utilizada em alimentos minimamente processados. A eficácia da ação de diferentes bacteriocinas já foi testada em vários alimentos, principalmente produtos cárneos 8, 23, 42, 51 e laticínios, com relativo sucesso. No entanto, a autorização para que uma dada bacteriocina seja regulamentada para uso em alimentos depende dos alimentos nos quais ela será usada e seu propósito nos mesmos. O uso de bacteriocinas purificadas, microrganismos produtores de bacteriocinas, ou expressão genética de bacteriocinas em microrganismos produtores de alimentos nos Estados Unidos está sob jurisdição da Food and Drug Administration (FDA) e são regulamentados como ingredientes alimentares sob o Federal Food, Drug and Cosmetic Act (FFDCA). No FFDCA, as substâncias são reconhecidas como seguras (substances generally recognaized as safe - GRAS) por especialistas qualificados. A decisão é baseada em pesquisas científicas ou no fato de tais agentes já estarem presentes historicamente sem problemas em alimentos. 19 Baseados nesse segundo critério, Stoffels et al. 60 argumentam que, uma vez que as bacteriocinas produzidas por bactérias ácido-láticas são freqüentemente isoladas de alimentos fermentados, elas podem simplesmente por isso serem aceitas como GRAS. A idéia da utilização de nisina em alimentos foi sugerida pela primeira vez por Hirsch 30, depois de realizar um experimento com linhagens de Lactococcus lactis subsp. lactis na fabricação do queijo suíço, obtendo como resultado a inibição do estufamento tardio causado pelo Clostridium butyricum e Clostridium tyrobutyricum. 13,56 A nisina foi reconhecida como aditivo alimentar pela Organização de Alimentos e Agricultura/Organização Mundial de Saúde (FAO/OMS) em 1969, com o limite máximo de ingestão de Unidades Internacionais/kg de peso corpóreo. Diversos países permitem o uso de nisina em produtos como leite, queijo, produtos lácteos, tomates e outros vegetais enlatados, sopas enlatadas, maionese e alimentos infantis. No Brasil, a nisina é aprovada para uso em todos os tipos de queijo no limite máximo de 12,5 mg/kg e nosso país é pioneiro na utilização dessa bacteriocina em produtos cárneos, sendo permitida sua utilização na superfície externa de salsichas de diferentes tipos. O produto pode ser aplicado como solução de ácido fosfórico grau alimentício. 14, 58 Comercialmente, a nisina produzida pela "Applin e Barrett" recebe a denominação de Nisaplin, cuja composição é: Nisina (1,026 UI/mg), cloreto de sódio (74,7%), proteína (17,12%), umidade (1,7%), carboidratos (59,3%), gorduras (traços), chumbo (0,15 ppm), arsênio (<0,5 ppm), zinco (9,2 ppm) e cobre (0,5 ppm). Esse concentrado é atualmente comercializado no Brasil pelo Grupo B.V., sendo considerado por Delves-Broughton 13 como bactericida. Segundo informações fornecidas pelo grupo B.V., 100 mg de Nisaplin possuem 2,5 mg de nisina (2,5%). O teor mínimo de nisina em 1 mg de Nisaplin é de Unidades Internacionais (UI), ou seja, 1 UI de nisina corresponde a 0,025 g de nisina. O fabricante do Nisaplin recomenda o uso de 10 a 20 g de Nisaplin (250 a 500 mg de nisina) por 100 kg de produto final, dependendo do shelf-life desejado assim como da condição microbiológica da matéria-prima. A utilização de nisina no controle de Listeria monocytogenes ATCC 7644 foi estudada em queijo "Cottage" por Benkerroum e Sandine 2 quando conduziram dois experimentos. O primeiro deles, envolveu duas séries de 3 amostras cada, contendo uma mistura estéril de 250 g de queijo e 50 ml de creme pasteurizado (leite com 12% de gordura) cada uma. A primeira amostra de cada série foi destinada à adição de nisina e Listeria monocytogenes, perfazendo uma concentração final de 2,55x10 3 UI/g e 3,5x10 5 células/g de queijo, respectivamente. A outra amostra designada de controle positivo teve somente adição da bactéria estudada, enquanto que a terceira delas serviu como controle negativo. Dessas amostras, uma das séries foi incubada a 4 o C e a outra a 37 o C. O segundo experimento realizado foi diferente do anterior pela não esterilização da mistura e pela temperatura de incubação, que só ocorreu a 4 o C. Os dados obtidos 232

5 revelaram que em ambos os casos, com ou sem esterilização, a presença de Listeria monocytogenes não foi detectada depois de 24 horas nas condições estudadas, permitindo aos autores concluírem que a adição da nisina não somente inibiu o crescimento, mas também eliminou esse microrganismo. Toxicidade de bacteriocinas Os principais estudos toxicológicos sobre bacteriocinas relatados até o momento referem-se aos testes realizados para a aprovação do uso da nisina como bioconservador em alimentos. Estudos de toxicidade aguda, sub-crônica, crônica, de resistência cruzada e sensibilidade alérgica indicaram que a nisina é segura para o consumo humano com uma dose diária aceitável (IDA) de 2,9 mg/pessoa/dia. 20 Sabendo-se que a nisina é consumida por via oral, realizaram-se estudos dos efeitos da nisina sobre a microbiota oral. A partir destes estudos constatou-se que um minuto após o consumo de leite achocolatado contendo nisina foi possível detectar apenas 40% de sua atividade quando comparada a um controle de saliva. Em contraste o mesmo estudo mostrou que quando o leite achocolatado tinha penicilina a saliva apresentava atividade antimicrobiana por um tempo maior. 10 Outro estudo mostrou o efeito das enzimas gástricas sobre a nisina, o peptídeo antimicrobiano é inativado pela tripsina e a partir disto concluiu-se que a ingestão da nisina não interfere sobre a microbiota gastrintestinal. 25 A bacteriocina com maior uso comercial é a nisina, entretanto a segurança de outras bacteriocinas com potencial aplicado em alimentos tem também sido avaliada. A pediocina PA-1 (AcH) foi injetada tanto em ratos como em camundongos e o teste imunológico mostrou que a pediocina não é imunogênica para ambos animais. Este peptídeo é também susceptível à proteólise por tripsina e quimiotripsina. 4 Conclusões As bacteriocinas, em geral, são uma das opções em um mosaico de possíveis mecanismos para controlar bactérias patogênicas e deteriorantes em alimentos. Porém, é importante lembrar que as substâncias antimicrobianas dificilmente poderão substituir as boas práticas de fabricação fundamentais para a produção de alimentos seguros. SCHULZ, D.; PEREIRA, M.A.; BONELLI, R.R.; NUNES, M.M.; BATISTA, C.R.V. Bacteriocins: mechanism of action and use in food preservation. Alim. Nutr., Araraquara, v. 14, n.2, p , ABSTRACT: Some microorganisms have the ability to produce substances that may influence the development of others microorganisms. The ability of various bacterial species of the genus Bacillus to produce substances with antimicrobial activity has been reported since the 1950's. Among these substances are subtilisin, proteases and thermolysins. With respect to antimicrobial agents, more emphasis is placed on bacteriocins, which are defined as antimicrobial peptides that destroy or inhibit the growth of other bacteria taxonomically related to the producing strain. Many lactic acid bacteria produce a wide variety of bacteriocins, with nisin being the only bacteriocin recognized by the Food and Drug Administration and being used as a food preserver. Many bacteriocins have been characterized biochemically and genetically. Although the structural function, the biosynthesis and the mode of action of some bacteriocins are known, many aspects of these compounds are still unknown. The present paper is a review of the synthesis, structure and mechanism of action of bacteriocins and of their applications to foods. Some toxicity data are also reported. KEYWORDS: Antimicrobial agents; bacteriocins; food conservation. Referências bibliográficas 1. ALI, D. et al. Characterization of diacetin B, a bacteriocin from Lactococcus lactis subsp. lactis bv. diacetylactis UL720. Can. J. Microbiol., Ottawa, v. 41, n. 9, p , Sept BENKERROUM, N.; SANDINE, W. E. Inhibitory action of nisin against Listeria monocytogenes. J. Dairy Sci., v. 71, n. 12, p , BHUGALOO-VIAL, P. et al. Purification and amino acid sequences of piscicocins V1a and V1b, two class IIa bacteriocins secreted by Carnobacterium piscicola V1 that display significantly different levels of specific inhibitory activity. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 62, n. 12, p , Dec BHUNIA, A. K. et al. Antigenic property of pediocin AcH produced by Pediococcus acidilactici H. J. Appl. Bacteriol., v. 69, p , BHUNIA, A. K.; JOHNSON, M. C.; RAY, B. Direct detection of antimicrobial peptide of Pediococcus acidilactici in sodium dodecyl sulfate-polyacrylamide gel electrophoresis. J. Ind. Microbiol., v. 2, p , BLOM, H. et al. A model assay to demonstrate how intrinsic factors affect diffusion of bacteriocins. Int. J. Food Microbiol., Amsterdam, v. 38, n. 2-3, p , Sept BRUNO, M. E. C.; MONTVILLE, T. J. Common mechanistic action of bacteriocins from lactic acid bacteria. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 59, n. 9, p , Sept BUYONG, L.; KOK, J.; LUCHANSKY, J. B. Use of a genetically enhanced, pediocin-producing starter culture Lactococcus lactis subsp. lactis MM217, to control Listeria monocytogenes in cheddar cheese. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 64, n. 12, p , Dec CHEN, Y.; LUDESCHER, R. D.; MONTVILLE, T. J. Eletrostatic interactions, but not the YGNGV consensus 233

6 motif, govern the binding of pediocin PA-1 and its fragments to phospholipid vesicles. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 63, n. 12, p , Dec CLAYPOOL, L. et al. Residence time of nisin in the oral cavity following consumption of chocolate milk containing nisin. J. Dairy Sci., v. 49, p , CLEVELAND, J. et al. Bacteriocins: safe, natural antimicrobials for food preservation. Int. J. Food Microbiol., v. 71, p. 1-20, DAVIES, E. A. et al. Research note: the effect of ph on the stability of nisin solution during autoclaving. Lett. Appl. Microbiol., v. 27, n. 3, p , DELVES-BROUGHTON, J. Nisin and its application as a food preservative. J. Soc. Dairy Technol., v. 43, n. 3, p , DE MARTINIS, E. C. P., ALVES, V. F., FRANCO, B. D. G. M. Fundamentals and perspectives for the use of bacteriocins produced by lactic acid bacteria in meat products. Food Rev. Int., v. 18, n. 2/3, p , DRIESSEN, A. J. M et al. Mechanistic studies of lantibioticinduced permeabilization of phospholipid vesicles. Biochemistry, Washington, v. 34, n. 5, p , Feb EIJSINK, V. G. H. et al. Comparative studies of class IIa bacteriocins of lactic acid bacteria. Appl. Environ. Microbiol., New Jersey, v. 64, n. 9, p , ENTIAN, K D.; VOS, W. M. de. Genetics of subtilin and nisin: biosyntheses of lantibiotics Antonie Leeuwenhoek, Dordrecht, v. 69, n. 2, p , Feb FARIAS, M. E.; HOLGADO, A. A. P. R.; SESMA, F. Bacteriocin production by lactic acid bacteria from regional cheeses : inhibition of foodborne pathogens. J. Food Prot., Milano, v. 57, n. 11, p , FIELDS, F. O. Use of bacteriocins in food : regulatory considerations. J. Food Prot., Washington, v.1, p , Abr FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Nisin preparation: affirmation of GRAS status as direct human food ingredient. Fed. Register, v. 53, p , Apr FURMANEK, T. et al. Identification, characterization and purification of the lantibiotic staphylococcin T, a natural gallidermin variant. J. Appl. Microbiol., Oxford, v. 87, n. 6, p , Dec GÄNZLE, M. G.; WEBER, S.; HAMMES, W. P. Effect of ecological factors on the inhibitory spectrum and activity of bacteriocins. Int. J. Food Microbiol., Amsterdam, v. 46, n. 3, p , Feb GIRAFFA, G.; CARMINATI, D.; TARELLI, G. T. Inhibition of Listeria innocua in milk by bacteriocin-producing Enterococcus faecium 7C5. J. Food Prot., Des Moines, v. 58, n. 6, p , June GOULD, G. W. Industry perspectives on the use of natural antimicrobials and inhibitors for food applications. J. Food Prot., Bedford, p , Abr HARA, S. et al. An investigation of toxicity of nisin with a particular reference to experimental studies of its oral administration and influences by digestive enzymes. J. Tokyo Med. Coll., v. 20, p , HARDY, K. G. Colicinogeny and relates phenomena. Bacteriol. Rev., v. 39, p , HARRIS, L. J.; FLEMING, H. P.; KLAENHAMMER, T. R. Developments in nisin research. Food Res. Int., v. 25, n. 1, p , HAVARSTEIN, L. S.; DIEP, D. B.; NES, I. F. A family of bacteriocin ABC transporters carry out proteolytic processing of their substrates concomitant with export. Mol. Microbiol., Oxford, v. 16, n. 2, p , Apr HEIDRICH, C. et al. Isolation, characterization and heterologous expression of the novel lantibiotic epicidin 280 and analysis of its biosynthetic gene cluster. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 64, n. 9, p , Sept HIRSCH, A. et al. A note on the inhibition of an anaerobic sporeformer in Swiss-type cheese by a nisin-producing Streptococcus. J. Dairy Res., v. 18, p. 205, JACK, R. W.; TAGG, J. R.; RAY, B. Bacteriocins of grampositive bacteria. Microbiol. Rev., v. 39, n. 2, p , JAY, J. M. Modern food microbiology. 6 th ed. London : Aspen Publ., p. 33. JOERGER, M. C.; KLAENHAMMER, T. R. Characterization and purification of halveticin J and evidence for a chromosomally determined bacteriocin produced by Lactobacillus helveticus 481. J. Bacteriol., Washington, v. 167, n. 2, p , Aug KLAENHAMMER, T. R. Bacteriocins of latic acid bacteria. Biochimie, v. 70, p , KLAENHAMMER, T. R. Genetics of bacteriocins produced by latic acid bacteria. FEMS Microbiol. Lett., Amasterdam, v. 12, n. 1-3, p , Sept KLEIN, C.; ENTIAN, K. D. Genes involved in selfprotection against the lantibiotic subtilin produced by Bacillus subtilis ATCC Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 60, n. 8, p , Aug KOJIC, M. et al. Bacteriocin producing strain of Lactococcus lactis subsp. diacetylactis S50. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 57, n. 6, p , June KRIER, F.; REVOL-JUNELLIS, A. M.; GERMAIN, P. Influence of temperature and ph on production of two bacteriocins by Leuconostoc mesenteroides subsp. FR52 during batch fermentation. Appl. Microbiol. Biotechnol., v. 50, n. 3, p , LEWUS, C. B.; KAISER, A.; MONTVILLE, T. J. Inibition of food-borne bacterial pathogens by bacteriocins from lactic acid bacteria isolated from meat. Appl. Environ. Microbiol., Nebraska, v. 57, n. 6, p , LEWUS, C. B.; SUN, S.; MONTVILLE, T. J. Production of an amylase-sensitive bacteriocin by an atypical Leuconostoc paramesenteroides strain. Appl. Environ. Microbiol., New Jersey, v. 58, p , McAULIFFE, O. et al. Lacticin 3147, a broad-spectrum bacteriocin which selectively dissipates the membrane potential. Appl. Microbiol. Biotehnol., New York, v. 64, n. 2, p , Feb McMULLEN, L. M., STILLES, M. E. Potential for use of bacteriocin-producing lactic acid bacteria in the preservation of meats. J. Food Prot., Washington, p ,

7 43. MOLL, G. N.; KONINGS, W. N.; DRIESSEN, A. J. M. Bacteriocins: mechanism of membrane insertion and pore formation. Antonie Leeuwenhoek, Netherlands, v. 76, n. 1, p , Nov MONTVILLE, T. J.; CHEN, Y. Mechanistic action of pediocin and nisin: recent progress and unsolved questions. Appl. Microbiol. Biotehnol., New York, v. 50, n. 5, p , Nov MORENO, I.; LERAYER, A. L. S.; LEITÃO, M. F.F. Detection and characterization of bacteriocin-producing Lactococcus lactis strains. Rev. Microbiol., São Paulo, v. 30, n. 2, p , Apr./June MORENO, I. et al. Efeito e modo de ação das bactericinas produzidas por Lactococcus lactis subsp. lactis ITAL 383, ATCC e CNRZ 150 contra Listeria innocua LIN 11. Ciênc. Tecnol. Alim., Campinas, v. 19, n. 1, p , jan./ abr NACLERIO, G. et al. Antimicrobial activity of a newly identified bacteriocin of Bacillus cereus. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 59, n. 12, p , Dec NAVARATNA, M. A. D. B.; SAHL, H G.; TAGG, J. R. Twocomponent anti-staphylococcus aureus lantibiotic activity produced by Staphylococcus aureus C55. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 64, n. 12, p , Dec NAVARRO, L. et al. Bacteriocin production by lactic acid bacteria isolated from Rioja red wines. J. Appl. Microbiol., Oxford, v. 88, n. 1, p , Jan NES, I, F. et al. Biosynthesis of bacteriocins in lactic acid bacteria. Antonie Leeuwenhoek, Dordrecht, v. 70, n. 2-4, p , Oct NIELSEN, J. W.; DICKSON, J. S.; CROUSE, J. D. Use of a bacteriocin produced by Pediococcus acidilactici to inhibit Listeria monocytogenes associated with fresh meat. Appl. Environ. Microbiol., Nebraska, v. 56, n. 7, p , OHMOMO, S. et al. Purification and some characteristics of enterocin ON-157, a bacteriocin produced by Enterococcus faecium NIAI 157. J. Appl. Microbiol., Oxford, v. 88, n. 1, p , Jan OJCIUS D. M.; YOUNG, J. D. E. Cytolytic pore-forming proteins and peptides - is there a common structural motif. Trends in Biochem. Sci., Oxford, v. 16, n. 6, p , June PAPAGIANNI, M. Ribosomally synthesized peptides with antimicrobial properties: byosynthesis, structure, function, and applications. Biotechnol. Adv., Thessaloniki, v. 21, n. 1, p , RILEY, M. Molecular mechanisms of bacteriocin evolution. Ann. Rev. Gen., v. 35, p , ROBERTS, R. F.; ZOTTOLA, E. A.; MICKAY, L. L. Use of nisin-producing starter culture suitable for Cheddar cheese manufacture. J. Dairy Sci., v. 75, n. 9, p , ROGERS, L. A. The inhibitory effect of Streptococcus lactis on Lactobacillus bulgaricus. J. Bacteriol., v. 16, n. 2, p , ROSS, R. P. et al. Developing applications for lactococcal bacteriocins. Antonie Leeuwenhoek, Dordrecht, v. 76, n. 1, p , Nov SAHL, H. G. Pore formation in bacterial membranes by cationic lantibiotics. In: JUNG, J.; SAHL, H. G. (Ed.) Nisin and novel lantibiotics. Leiden: Escom, p STOFFELS, G. et al. Purification and characterization of a new bacteriocin isolated from Carnobacterium sp. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 58, n. 5, p , May TAGG, J. R.; DAJANI, A. S.; WANNAMAKER, L. W. Bacterocins of gram-positive bacteria. Bacteriol. Rev., v. 40, p , TOBA, T.; YOSHIOKA, E.; ITOH, T. Acidophilucin A, a new heat-labile bacteriocin produced by Lactobacillus acidophilus LAPT Lett. Appl. Microbiol., Oxford, v. 12, n. 4, p , VAN BELKUN, M. J. et al. Organization and nucleotide sequences of two lactococcal bacteriocin operons. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 57, n. 2, p , Feb VAN DEN HOOVEN, H. W. Structure elucidation of the lantibiotic nisin in aqueous solution and in membranelike environments f. Tese [Doutorado] - University of Nijmegen, Netherlands. 65. VAN SCHAIK, W.; GAHAN, C. G. M.; HILL, C. Acidadapted Listeria monocytogenes displays enhanced tolerance against the lantibiotics nisin and lacticin J. Food Prot., Des Moines, v. 62, n. 5, p , May VAUGHAN, E. E. et al. Isolation from food sources, of lactic acid bacteria that produced antimicrobials. J. Appl. Bacteriol., Oxford, v. 76, n. 2, p , Feb VENEMA, K. et al. Mode of action of lactococcin B, a thiol activated bacteriocin from Lactococcus lactis subsp. lactis. Appl. Environ. Microbiol., Washington, v. 59, n. 4, p , Out VILLANI, F. et al. Antagonistic activity of lactic acid bacteria isolated from natural whey starters for waterbuffalo mozzarella cheese manufacture. Italian Journal of Food Science, v.1, n. 3, p , ZAMFIR, M. et al. Purification and characterization of a bacteriocin produced by Lactobacillus acidophilus IBB 801. J. Appl. Microbiol., Oxford, v. 87, n. 6, p , Dec

REVISTA AGROGEOAMBIENTAL - ABRIL 2010 MICROORGANISMOS E SEUS METABÓLITOS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

REVISTA AGROGEOAMBIENTAL - ABRIL 2010 MICROORGANISMOS E SEUS METABÓLITOS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS REVISTA AGROGEOAMBIENTAL - ABRIL 2010 MICROORGANISMOS E SEUS METABÓLITOS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Flávia De Floriani Pozza Rebello 1, Arlene Gaspar 2 1 Professora M.Sc da IF Sul de Minas -

Leia mais

OBTENÇÃO DE UM EXTRATO BRUTO DE Bacillus amyloliquefaciens E SUA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E HEMOLÍTICA*

OBTENÇÃO DE UM EXTRATO BRUTO DE Bacillus amyloliquefaciens E SUA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E HEMOLÍTICA* Alim. Nutr., Araraquara v.16, n.3, p. 233-237, jul./set. 2005 ISSN 0103-4235 OBTENÇÃO DE UM EXTRATO BRUTO DE Bacillus amyloliquefaciens E SUA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E HEMOLÍTICA* Denys SCHULZ** Murilo

Leia mais

ATIVIDADE ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS LÁCTICAS DE LEITES FERMENTADOS COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA, MG

ATIVIDADE ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS LÁCTICAS DE LEITES FERMENTADOS COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA, MG 81 ATIVIDADE ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS LÁCTICAS DE LEITES FERMENTADOS COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA, MG Natália Parma Augusto de Castilho 1, Adriano França da Cunha 2, Felício Alves Motta 1, Gilmara Cláudia

Leia mais

Bioconservação de Alimentos

Bioconservação de Alimentos PESQUISA Bioconservação de Alimentos Aplicação de bactérias láticas e suas bacteriocinas para a garantia da segurança microbiológica de alimentos Elaine Cristina Pereira De Martinis Professora doutora

Leia mais

ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS COM POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE ANTIMICROBIANOS

ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS COM POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE ANTIMICROBIANOS ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS COM POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE ANTIMICROBIANOS C. K. SILVA 1, A. P. MANERA 1 e C. C. MORAES 1 1 Universidade Federal do Pampa, Curso de Engenharia de Alimentos E-mail para contato:

Leia mais

AVALIAÇÃO ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJO DE COALHO ARTESANAL PRODUTORAS DE BACTERIOCINAS

AVALIAÇÃO ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJO DE COALHO ARTESANAL PRODUTORAS DE BACTERIOCINAS AVALIAÇÃO ANTAGONISTA DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJO DE COALHO ARTESANAL PRODUTORAS DE BACTERIOCINAS E. F. COSTA. 1 ; M. S. F. LIMA. 1,2 ; A. L. F. PORTO. 1,2 ; M. T. H. CAVALCANTI 1,2 1

Leia mais

BACTERIOCINAS COMO ALTERNATIVA NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS BACTERIOCINS AS A FOOD PRESERVATION ALTERNATIVE

BACTERIOCINAS COMO ALTERNATIVA NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS BACTERIOCINS AS A FOOD PRESERVATION ALTERNATIVE BACTERIOCINAS COMO ALTERNATIVA NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS Cybelle Pereira de Oliveira Profª. Assistente da UFCG/CCTA - Campus Pombal, Pb. Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia

Leia mais

ESTUDO DE RESISTÊNCIA A CLORETO DE SÓDIO DE BACTERIOCINA DE Lactobacillus sakei

ESTUDO DE RESISTÊNCIA A CLORETO DE SÓDIO DE BACTERIOCINA DE Lactobacillus sakei Revista CSBEA v. 4, n. 1 (2018) 81 ESTUDO DE RESISTÊNCIA A CLORETO DE SÓDIO DE BACTERIOCINA DE Lactobacillus sakei Camila Ramão Contessa 1, Nathieli Bastos de Souza 2, Guilherme Battú Gonçalo 3, Luciano

Leia mais

ALINE DIAS PAIVA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE BOVICINA HC5 POR ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS

ALINE DIAS PAIVA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE BOVICINA HC5 POR ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS ALINE DIAS PAIVA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE BOVICINA HC5 POR ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa

Leia mais

ARYÁDINA MARA RIBEIRO DE SOUZA

ARYÁDINA MARA RIBEIRO DE SOUZA ARYÁDINA MARA RIBEIRO DE SOUZA ATIVIDADE DAS BACTERIOCINAS BOVICINA HC5 E NISINA SOBRE O CRESCIMENTO E A RESISTÊNCIA TÉRMICA DE Alicyclobacillus acidoterrestris EM SUCOS DE FRUTAS Dissertação apresentada

Leia mais

ESTABILIDADE TÉRMICA DE BACTERIOCINA PRODUZIDA POR Lactobacillus sakei

ESTABILIDADE TÉRMICA DE BACTERIOCINA PRODUZIDA POR Lactobacillus sakei ESTABILIDADE TÉRMICA DE BACTERIOCINA PRODUZIDA POR Lactobacillus sakei CONTESSA, C. R.¹, SOUZA, N. B.¹, GONÇALO, G. B.¹, ALMEIDA, L.¹, MANERA, A. P.¹, MORAES, C. C.¹ 1 Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

Leia mais

Fighting bacteria using selective drugs for membranes

Fighting bacteria using selective drugs for membranes Universidade de Lisboa Faculdade de Ciências Departamento de Química e Bioquímica Fighting bacteria using selective drugs for membranes Versão Pública Susana Filipa Almeida Dias Dissertação Mestrado em

Leia mais

AGENTES ANTIMICROBIANOS QUÍMICOS E NATURAIS

AGENTES ANTIMICROBIANOS QUÍMICOS E NATURAIS AGENTES ANTIMICROBIANOS QUÍMICOS E NATURAIS Agentes antimicrobianos são agentes químicos que inibem o crescimento de microorganismos. O cloreto de sódio (sal de cozinha) é o mais antigo agente antimicrobiano.

Leia mais

02/07/2010. Importância. Pesquisas. Agente Antimicrobiano. Biofilmes. Agentes Quimioterápicos (Antimicróbicos) Antibióticos. Saúde.

02/07/2010. Importância. Pesquisas. Agente Antimicrobiano. Biofilmes. Agentes Quimioterápicos (Antimicróbicos) Antibióticos. Saúde. Importância Saúde Economia Pesquisas Novos compostos Resustência Biofilmes Importância na terapêutica antimicrobiana Agente Antimicrobiano Composto químico que mata ou inibe o crescimento de microrganismos,

Leia mais

INTERAÇÃO DA PEDIOCINA COMERCIAL E DE CULTURAS LÁCTICAS INICIADORAS 1. INTRODUÇÃO

INTERAÇÃO DA PEDIOCINA COMERCIAL E DE CULTURAS LÁCTICAS INICIADORAS 1. INTRODUÇÃO INTERAÇÃO DA PEDIOCINA COMERCIAL E DE CULTURAS LÁCTICAS INICIADORAS 1 BEHNCK, Priscila Costa da Silva; 1 MELLO, Michele Brauner; 1 SILVA, Gabrielle Peverada de Freitas; 2 MOTTA, Amanda de Souza; 3 JANTZEN,

Leia mais

MICROBIOLOGIA DO QUEIJO ARTESANAL PRODUZIDO NA REGIÃO DE ÉVORA MICROBIOLOGY OF THE ARTISANAL CHEESE PRODUCED IN THE REGION OF ÉVORA

MICROBIOLOGIA DO QUEIJO ARTESANAL PRODUZIDO NA REGIÃO DE ÉVORA MICROBIOLOGY OF THE ARTISANAL CHEESE PRODUCED IN THE REGION OF ÉVORA UNIVERSIDADE DE ÉVORA MICROBIOLOGIA DO QUEIJO ARTESANAL PRODUZIDO NA REGIÃO DE ÉVORA MICROBIOLOGY OF THE ARTISANAL CHEESE PRODUCED IN THE REGION OF ÉVORA Maria Eduarda Marques Madeira da Silva Potes Dissertação

Leia mais

Caracterização molecular de Enterococcus spp. resistentes à vancomicina em amostras clínicas, ambientes aquáticos e alimentos

Caracterização molecular de Enterococcus spp. resistentes à vancomicina em amostras clínicas, ambientes aquáticos e alimentos 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas Programa de Pós-Graduação em Farmácia Área de Análises Clínicas Caracterização molecular de Enterococcus spp. resistentes à vancomicina em

Leia mais

Challenge testing and shelf-life studies

Challenge testing and shelf-life studies Challenge testing and shelf-life studies 20 Junho 2008 Gonçalo Almeida e Tim Hogg Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa Segurança Alimentar Garantir que os alimentos não apresentam

Leia mais

UM CONSERVANTE ALIMENTÍCIO

UM CONSERVANTE ALIMENTÍCIO NISINA UM CONSERVANTE ALIMENTÍCIO N A T U R A L A nisina é a bacteriocina com maior uso comercial, sendo a única reconhecida pela FDA e usada como conservante alimentício. CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS Com

Leia mais

Bacillus amyloliquefaciens COMO POTENCIAL BIOCONSERVANTE DE ALIMENTOS: DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE PROTEÍNAS E AMINOGRAMA*

Bacillus amyloliquefaciens COMO POTENCIAL BIOCONSERVANTE DE ALIMENTOS: DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE PROTEÍNAS E AMINOGRAMA* Alim. Nutr., Araraquara v. 16, n. 1, p. 65-70, jan./mar. 2005 ISSN 0103-4235 Bacillus amyloliquefaciens COMO POTENCIAL BIOCONSERVANTE DE ALIMENTOS: DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE PROTEÍNAS E AMINOGRAMA* Denys

Leia mais

ESPECTRO DE AÇÃO DAS BACTERIOCINAS PRODUZIDAS POR BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJOS COLONIAIS

ESPECTRO DE AÇÃO DAS BACTERIOCINAS PRODUZIDAS POR BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJOS COLONIAIS ESPECTRO DE AÇÃO DAS BACTERIOCINAS PRODUZIDAS POR BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJOS COLONIAIS K. Pegoraro 1, M.J. Sereno 2, T.H. Bellé 3, V. C. Barcellos 4, L.S. Bersot 5 1 Departamento de Ciências

Leia mais

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias Antimicrobianos: Resistência Bacteriana Prof. Marcio Dias Resistência Capacidade adquirida de resistir aos efeitos de um agente quimioterápico, normalmente que um organismo é sensível. Como eles adquiriram:

Leia mais

Fatores que influenciam no crescimento. microbiano

Fatores que influenciam no crescimento. microbiano Fatores que influenciam no crescimento microbiano Fatores Intrínsecos 1. Atividade da água (Aa) 2. Potencial Hidrogeniônico ph 3. Potencial de Oxido-Redução - Eh 4. Conteúdo de nutrientes 5. Constituintes

Leia mais

ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO EXTRATO BRUTO DE Bacillus amyloliquefaciens FRENTE A DIFERENTES INDICADORES*

ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO EXTRATO BRUTO DE Bacillus amyloliquefaciens FRENTE A DIFERENTES INDICADORES* Alim. Nutr., Araraquara v.17, n.1, p.73-77, jan./mar. 2006 ISSN 0103-4235 ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO EXTRATO BRUTO DE Bacillus amyloliquefaciens FRENTE A DIFERENTES INDICADORES* Denys SCHULZ* Cleide Rosana

Leia mais

FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS DE CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM ALIMENTOS

FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS DE CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM ALIMENTOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS DE CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM ALIMENTOS SOBREVIVÊNCIA DOS MICRORGANISMOS EM UM ALIMENTO Fatores Intrínsecos; Atividade de Água (Aa); ph; Potencial de Oxidorredução;

Leia mais

Palavras chave: peptídeo; estrutura 3D; SDS micelas

Palavras chave: peptídeo; estrutura 3D; SDS micelas Estudo estrutural por RMN de 1 H de peptídeos bioativos isolados da secreção cutânea de Hypsiobas albopunctatus e Leptodactylus labyrinthicus Eliane Santana FERNANDES *1, Luciano Morais LIÃO 1, Aline Lima

Leia mais

DROGAS ANTIMICROBIANAS

DROGAS ANTIMICROBIANAS DROGAS ANTIMICROBIANAS HISTÓRICO 1495: Mercúrio (SÍFILIS) 1630 : Quinino (MALÁRIA) 1905 Paul Ehrlich composto 606 (Salvarsan) 1910: Salvarsan para tratamento da sífilis-paul Ehlrich 1928: Penicillina -

Leia mais

Membrana Plasmática. Célula 01/11/2016. Moléculas Orgânicas. Membrana Celular - Função. Proteínas. Lipídeos

Membrana Plasmática. Célula 01/11/2016. Moléculas Orgânicas. Membrana Celular - Função. Proteínas. Lipídeos Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Moléculas Orgânicas Curso Engenharia Química Disciplina Bioquimica Membrana Plasmática Prof: Tatiane da Franca Silva

Leia mais

Estudos da bacteriocina produzida por Lactobacillus plantarum B391 para potencial utilização na Indústria

Estudos da bacteriocina produzida por Lactobacillus plantarum B391 para potencial utilização na Indústria Daniela Sofia Pinto Morgado Loureiro Estudos da bacteriocina produzida por Lactobacillus plantarum B391 para potencial utilização na Indústria Mestrado em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar Trabalho

Leia mais

USO DE ANTIBIÓTICOS COMO PROMOTORES DE CRESCIMENTO E SEUS IMPASSES

USO DE ANTIBIÓTICOS COMO PROMOTORES DE CRESCIMENTO E SEUS IMPASSES USO DE ANTIBIÓTICOS COMO PROMOTORES DE CRESCIMENTO E SEUS IMPASSES Em Animais Domésticos Barbara do Prado Verotti Graduanda de Medicina Veterinária 2011 História da descoberta Muitas culturas da antiguidade

Leia mais

Isolamento e identificação de bactérias láticas supostamente bacteriocinogênicas em leite e queijo

Isolamento e identificação de bactérias láticas supostamente bacteriocinogênicas em leite e queijo [T] Isolamento e identificação de bactérias láticas supostamente bacteriocinogênicas em leite e queijo [I][I] Isolation and identification of supposedly bacteriocinogenic lactic acid bacteria from milk

Leia mais

Probióticos Definição e critérios de seleção

Probióticos Definição e critérios de seleção Probióticos Definição e critérios de seleção Prof. Flaviano dos Santos Martins Laboratório de Agentes Bioterapêuticos Departamento de Microbiologia ICB-UFMG Definição FAO/WHO micro-organismos vivos que

Leia mais

Atividade antimicrobiana de bactérias ácido-lácticas isoladas de queijos de coalho artesanal e industrial frente a microrganismos indicadores

Atividade antimicrobiana de bactérias ácido-lácticas isoladas de queijos de coalho artesanal e industrial frente a microrganismos indicadores Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, supl. 2, p.245-250, 2005 Atividade antimicrobiana de bactérias ácido-lácticas isoladas de queijos de coalho artesanal e industrial frente a microrganismos indicadores

Leia mais

Henrique Guimarães Fernandes Médico Veterinário - Departamento de Nutrição da Vaccinar

Henrique Guimarães Fernandes Médico Veterinário - Departamento de Nutrição da Vaccinar ACIDIFICANTES Henrique Guimarães Fernandes Médico Veterinário - Departamento de Nutrição da Vaccinar INTRODUÇÃO Os ácidos orgânicos englobam aqueles ácidos cuja estrutura química se baseiam no carbono.

Leia mais

1. INTRODUÇÃO. G.D. Funck 1, J.L. Marques 2, W.P. Silva 1,2, A. Fiorentini 1

1. INTRODUÇÃO. G.D. Funck 1, J.L. Marques 2, W.P. Silva 1,2, A. Fiorentini 1 MODELAGEM DA PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ANTIMICROBIANAS DE ORIGEM PROTEICA (BACTERIOCIN-LIKE) POR Lactobacillus curvatus P99 EM RESPOSTA A CONDIÇÕES DE ph, TEMPERATURA E TEMPO DE INCUBAÇÃO G.D. Funck 1, J.L.

Leia mais

EXTRAÇÃO, SEPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO ENZIMÁTICA

EXTRAÇÃO, SEPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO ENZIMÁTICA EXTRAÇÃO, SEPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO ENZIMÁTICA EQB4383 _ Enzimologia Industrial Etapas de Extração, Separação e Purificação Enzimáticas remoção de material insolúvel separação dos produtos purificação e

Leia mais

RELATÓRIO S0BRE A PESQUISA DAS ACTIVIDADES ANTI-BACTERIAIS E ANTI- FÚNGICAS DA PREPARAÇÃO "Herba Sept Strong"

RELATÓRIO S0BRE A PESQUISA DAS ACTIVIDADES ANTI-BACTERIAIS E ANTI- FÚNGICAS DA PREPARAÇÃO Herba Sept Strong Instituto de Pesquisas Biológica "Sinisa Stankovic" Universidade em Belgrado Bul. despota Stefana 142 Diretor; 011-2078-399 Tel: 011-2078-300 Fax: 011-2078-433 www.ibiss.bg.ac.rs No. 01-318_ INSTITUTE

Leia mais

Isolamento, Seleção e Cultivo de Bactérias Produtoras de Enzimas para Aplicação na Produção mais Limpa de Couros

Isolamento, Seleção e Cultivo de Bactérias Produtoras de Enzimas para Aplicação na Produção mais Limpa de Couros Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química Departamento de Engenharia Química Laboratório de Estudos em Couro e Meio Ambiente Isolamento, Seleção e Cultivo

Leia mais

Purificação de Proteínas

Purificação de Proteínas Aula de Bioquímica I Tema: Purificação de Proteínas Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail:

Leia mais

Documentos recuperados

Documentos recuperados Artigo de divulgação [000932739] Motta, Amanda de Souza da. A importância da ocorrência de bactérias psicotróficas no leite. In: Jornal cadeia do leite, Porto Alegre Vol. 9, n. 50 (jun. 2014), p. 5. [000906118]

Leia mais

Biofilmes Bacterianos

Biofilmes Bacterianos Biofilmes Bacterianos Biofilmes Bactérias isoladas x Bactérias em associação Biofilmes: Comunidades de bactérias aderidas a superfícies sólidasou semi-sólidas, envoltas por uma matriz de polímeros extracelulares

Leia mais

Caracterização de Queratinase para Valorização Biotecnológica de Resíduos de Penas

Caracterização de Queratinase para Valorização Biotecnológica de Resíduos de Penas Sara Raquel Rebelo Pavão Caracterização de Queratinase para Valorização Biotecnológica de Resíduos de Penas Universidade dos Açores Departamento de Biologia Ponta Delgada 2015 ÍNDICE RESUMO INTRODUÇÃO

Leia mais

AUDECIR GIOMBELLI. FATORES DE PATOGENICIDADE DE Listeria monocytogenes DE AMBIENTES DE LATICÍNIOS, DE ALIMENTOS E DE HUMANOS

AUDECIR GIOMBELLI. FATORES DE PATOGENICIDADE DE Listeria monocytogenes DE AMBIENTES DE LATICÍNIOS, DE ALIMENTOS E DE HUMANOS AUDECIR GIOMBELLI FATORES DE PATOGENICIDADE DE Listeria monocytogenes DE AMBIENTES DE LATICÍNIOS, DE ALIMENTOS E DE HUMANOS Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências

Leia mais

Disciplina Fisiologia veterinária I (VET 302)

Disciplina Fisiologia veterinária I (VET 302) Disciplina Fisiologia veterinária I (VET 302) Prof. Bruna Waddington de Freitas Médica Veterinária bruna.freitas@ufv.br 1 Bibliografia Básica REECE, W. O. Dukes Fisiologia dos Animais Domésticos. 12 a

Leia mais

Estabilidade do produto

Estabilidade do produto Estabilidade do produto A estabilidade e a segurança de embutidos cárneos são relacionadas com atividade de água, ph e temperatura de armazenagem Grupos de produtos Aw ph Temperatura de armazenagem Facilmente

Leia mais

Capítulo 3 Desenvolvimento de um cultivo iniciador para salames a partir da microbiota natural isolada de salames artesanais

Capítulo 3 Desenvolvimento de um cultivo iniciador para salames a partir da microbiota natural isolada de salames artesanais Capítulo 3 Desenvolvimento de um cultivo iniciador para salames a partir da microbiota natural isolada de salames artesanais Teresinha Marisa Bertol Angela Maria Fiorentini Maristela Cortez Sawitzki Jane

Leia mais

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE Funções das membranas celulares Definem limites externos das células Dividem compartimentos Regulam o trânsito das moléculas Manutenção do equilíbrio com o meio Participam

Leia mais

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas ANTIBIÓTICOS 1 INTRODUÇÃO: História: Penicillium notatum Antibiose S. aureus Ser Vivo x Ser Vivo Antibiótico Fungo x Bactéria Quimioterápicos Antibiótico Sir Alexander Fleming 1909 Arsenobenzóis 1935 -

Leia mais

PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE PROTEÍNAS

PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE PROTEÍNAS CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DISCIPLINA BIOQUÍMICA Profas. Roziana Jordão e Alexandra Salgueiro PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE PROTEÍNAS I Objetivos Caracterizar a presença de proteínas; Verificar experimentalmente

Leia mais

11/03/2018 INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS

11/03/2018 INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. No Inicio, a alimentação era baseada nos abundantes recursos da natureza. O homem passou a plantar, criar animais e produzir seus alimentos.

Leia mais

DTA por Bacillus cereus

DTA por Bacillus cereus 1 CARACTERISTICAS GERAIS DO B. cereus: Bastonete Gram Positivo Esporulado; Facultativo; Grupo B. cereus exceto B. anthracis Amplamente distribuído na natureza; Presente na microbiota intestinal do homem

Leia mais

Staphylococcus aureus

Staphylococcus aureus Intoxicação Estafilocócica Agente causador: Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus Uma das causas mais prevalentes de gastrenterites ao redor do mundo Intoxicação clássica ingestão de 1 ou mais toxinas

Leia mais

Atividade antimicrobiana de Lactobacillus acidophilus, ARTIGOS contra / ARTICLES microrganismos patogênicos veiculados por alimentos

Atividade antimicrobiana de Lactobacillus acidophilus, ARTIGOS contra / ARTICLES microrganismos patogênicos veiculados por alimentos Atividade antimicrobiana de Lactobacillus acidophilus, ARTIGOS contra / ARTICLES microrganismos patogênicos veiculados por alimentos Atividade antimicrobiana de Lactobacillus acidophilus, contra microrganismos

Leia mais

FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO NOS ALIMENTOS

FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO NOS ALIMENTOS Conceito: Alimentos in natura possuem uma microbiota própria. 1 esta localizada na sua superfície Ovo esta relacionada com a sua origem Atum Conceito: Alimentos in natura possuem uma microbiota própria.

Leia mais

PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS A PARTIR DE AMOSTRAS DE LEITE CRÚ DE BÚFALA PARA APLICAÇÃO EM ALIMENTOS

PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS A PARTIR DE AMOSTRAS DE LEITE CRÚ DE BÚFALA PARA APLICAÇÃO EM ALIMENTOS PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS A PARTIR DE AMOSTRAS DE LEITE CRÚ DE BÚFALA PARA APLICAÇÃO EM ALIMENTOS A.S. Motta 1, J.I.B. Gonçalves 2, M.M. Gomes 3 1 Departamento Microbiologia, Imunologia e Parasitologia

Leia mais

Métodos de Purificação de Proteínas Nativas

Métodos de Purificação de Proteínas Nativas Métodos de Purificação de Proteínas Nativas Disciplina: Métodos de Análise e Purificação de Proteínas Prof. Dr. Marcos Túlio de Oliveira Créditos a Ms. Flávia Campos Freitas Vieira e Prof. Pisauro. Métodos

Leia mais

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS Prof. Dra. Susana Moreno 1 Antibióticos Uma das mais importantes descobertas da medicina moderna Salva milhões de vidas ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS 3 Antibióticos Beta Lactâmicos

Leia mais

PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO

PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO Transferência horizontal de material genético Bactérias são haplóides Adquirem material genético de outras bactérias por: Transformação Transdução

Leia mais

Macromolécula mais abundante nas células

Macromolécula mais abundante nas células PROTEÍNAS Origem grego (protos) primeira, mais importante A palavra proteína que eu proponho vem derivada de proteos, porque ela parece ser a substância primitiva ou principal da nutrição animal, as plantas

Leia mais

Injúria microbiana. Talita Schneid Tejada. Pelotas, outubro de 2008

Injúria microbiana. Talita Schneid Tejada. Pelotas, outubro de 2008 Injúria microbiana Talita Schneid Tejada Pelotas, outubro de 2008 Artigo base: Uma revisão sobre injúria microbiana alimentar e métodos de recuperação V.C.H. Wu Food Microbiology 25 (2008) 735-744 Objetivo

Leia mais

Profª Drª Maria Luiza Poiatti Unesp - Campus de Dracena

Profª Drª Maria Luiza Poiatti Unesp - Campus de Dracena Profª Drª Maria Luiza Poiatti Unesp - Campus de Dracena luiza@dracena.unesp.br Probióticos: Definição Probiótico significa a favor da vida Segundo a FAO/WHO, Microrganismos vivos que ao serem administrados

Leia mais

Rastreabilidade e Segurança Alimentar: Importância dos métodos de Biologia Molecular

Rastreabilidade e Segurança Alimentar: Importância dos métodos de Biologia Molecular Rastreabilidade e Segurança Alimentar: Importância dos métodos de Biologia Molecular 1 SGS MOLECULAR? Especialistas em Biologia Molecular, desde 2003 Biopremier Nasceu após a aquisição da Biopremier em

Leia mais

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II. Probióticos. Por que devemos consumí-los diariamente?

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II. Probióticos. Por que devemos consumí-los diariamente? 15 de maio de 2013 Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II Probióticos Por que devemos consumí-los diariamente? Prof. Fabricio Rochedo Conceição fabricio.rochedo@ufpel.edu.br

Leia mais

Membrana Celular. Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de...

Membrana Celular. Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de... Membrana Celular Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de... Descrever a estrutura da membrana celular incluindo seus componentes e sua organização espacial Explicar as funções das membranas

Leia mais

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE Funções das membranas celulares Definem limites externos das células Dividem compartimentos Regulam o trânsito das moléculas Manutenção do equilíbrio com o meio Participam

Leia mais

Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas

Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Drogas antimicrobianas: mecanismo de ação Um aspecto do controle do crescimento dos microrganismos envolve a utilização de fármacos no tratamento de

Leia mais

ULISSES NUNES DA ROCHA TRANSPORTE ELETROCINÉTICO E DINÂMICA DOS EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO SOBRE A SUPERFÍCIE CELULAR E ADESÃO DE BACTÉRIAS

ULISSES NUNES DA ROCHA TRANSPORTE ELETROCINÉTICO E DINÂMICA DOS EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO SOBRE A SUPERFÍCIE CELULAR E ADESÃO DE BACTÉRIAS ULISSES NUNES DA ROCHA TRANSPORTE ELETROCINÉTICO E DINÂMICA DOS EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO SOBRE A SUPERFÍCIE CELULAR E ADESÃO DE BACTÉRIAS Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das

Leia mais

Origem grego (protos) primeira, mais importante

Origem grego (protos) primeira, mais importante PROTEÍNAS Origem grego (protos) primeira, mais importante A palavra proteína que eu proponho vem derivada de proteos, porque ela parece ser a substância primitiva ou principal da nutrição animal, as plantas

Leia mais

Antimicrobianos. Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira

Antimicrobianos. Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira Antimicrobianos Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira t: @professor_leo i: @professorleonardo Histórico Alexander Flemming Descobridor da Penicilina, 1928 Penicillium chrysogenum Maioria dos antimicrobianos

Leia mais

Nutrição e metabolismo. microbiano. Nutrição e Metabolismo. microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano

Nutrição e metabolismo. microbiano. Nutrição e Metabolismo. microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano. Nutrição e metabolismo microbiano Nutrição e Metabolismo 1. Introdução 3. Cultivo e crescimento bacteriano 1. Introdução Origem dos seus precursores retirados do meio sintetizados a partir de compostos mais simples O que contém uma célula

Leia mais

Comparação da atividade microbiana entre Nuosept 91 e biocidas à base de BIT (Benzoisotiazolinona), em aplicações de slurries e emulsões

Comparação da atividade microbiana entre Nuosept 91 e biocidas à base de BIT (Benzoisotiazolinona), em aplicações de slurries e emulsões Comparação da atividade microbiana entre Nuosept 91 e biocidas à base de BIT (Benzoisotiazolinona), em aplicações de slurries e emulsões Como já se sabe, os microorganismos são seres que crescem e se proliferam

Leia mais

Estrutura Primária de Proteínas: Sequenciamento de Aminoácidos

Estrutura Primária de Proteínas: Sequenciamento de Aminoácidos UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP FARMÁCIA BIOQUÍMICA 015N Reatividade de Compostos Orgânicos II Estrutura Primária de Proteínas: Sequenciamento de Aminoácidos Beatriz In Soon Chang (9328183) João Gabriel

Leia mais

[notificada com o número C(2017) 4975] (Apenas faz fé o texto em língua inglesa)

[notificada com o número C(2017) 4975] (Apenas faz fé o texto em língua inglesa) 26.7.2017 L 194/65 DECISÃO DE EXECUÇÃO (UE) 2017/1387 DA COMISSÃO de 24 de julho de 2017 que autoriza a colocação no mercado de uma preparação enzimática de prolil oligopeptidase produzida com uma estirpe

Leia mais

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Culturas de bactérias lácticas com propriedades probióticas e tecnológicas para aplicação como bioconservantes Vanessa Cristina

Leia mais

Nutrição bacteriana. José Gregório Cabrera Gomez

Nutrição bacteriana. José Gregório Cabrera Gomez Nutrição bacteriana José Gregório Cabrera Gomez jgcgomez@usp.br Nutrição microbiana Quais os compostos químicos que constituem uma célula? 5 Nutrição microbiana De onde as bactérias captam estes elementos?

Leia mais

COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE PROTEÓLISE DE QUEIJOS ARTESANAIS DAS REGIÕES DO CERRADO E ARAXÁ

COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE PROTEÓLISE DE QUEIJOS ARTESANAIS DAS REGIÕES DO CERRADO E ARAXÁ COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE PROTEÓLISE DE QUEIJOS ARTESANAIS DAS REGIÕES DO CERRADO E ARAXÁ Comparison of proteolysis index of artisanal cheeses from regions of Cerrado and Araxá Denise SOBRAL 1 Maximiliano

Leia mais

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE PROBIÓTICA DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJO MINAS ARTESANAL DA REGIÃO DE ARAXÁ-MG

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE PROBIÓTICA DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJO MINAS ARTESANAL DA REGIÃO DE ARAXÁ-MG AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE PROBIÓTICA DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DE QUEIJO MINAS ARTESANAL DA REGIÃO DE ARAXÁ-MG M.T. Ribeiro 1*, L.S.Silva 1, J.G.Silva 2, L.M.P. Luiz 2, M.R. Souza 2, A.M. Silva

Leia mais

Abordagens experimentais para caracterização, fracionamento, purificação, identificação e quantificação de Proteínas.

Abordagens experimentais para caracterização, fracionamento, purificação, identificação e quantificação de Proteínas. Abordagens experimentais para caracterização, fracionamento, purificação, identificação e quantificação de Proteínas Rafael Mesquita Estabilidade das proteínas A estabilidade das proteínas pode ser afetada

Leia mais

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil ConScientiae Saúde SSN: 1677-1028 conscientiaesaude@uninove.br Universidade Nove de Julho Brasil Rosa Moreno, Cláudia; Franco, Bernadette D.G.M. Bacteriocinas de bactérias lácticas ConScientiae Saúde,

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ CAMPUS LIMOEIRO DO NORTE MESTRADO EM TECNOLOGIA DE ALIMENTOS MARIA GILNARA LIMA BANDEIRA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ CAMPUS LIMOEIRO DO NORTE MESTRADO EM TECNOLOGIA DE ALIMENTOS MARIA GILNARA LIMA BANDEIRA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ CAMPUS LIMOEIRO DO NORTE MESTRADO EM TECNOLOGIA DE ALIMENTOS MARIA GILNARA LIMA BANDEIRA BIOCONSERVAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO QUEIJO COALHO ELABORADO

Leia mais

Determinação da compatibilidade de desenvolvimento de culturas bacteriocinogênicas e fermento láctico

Determinação da compatibilidade de desenvolvimento de culturas bacteriocinogênicas e fermento láctico Ciência e Tecnologia de Alimentos ISSN 0101-2061 Determinação da compatibilidade de desenvolvimento de culturas bacteriocinogênicas e fermento láctico Determination of the growth compatibility between

Leia mais

CONTROLE DE MICRORGANISMOS. Prof. João Batista de Almeida e Silva

CONTROLE DE MICRORGANISMOS. Prof. João Batista de Almeida e Silva CONTROLE DE MICRORGANISMOS Prof. João Batista de Almeida e Silva Considerações Gerais ESTERILIZAÇÃO Destruição de todos os microrganismos presentes, incluindo os esporos Efeitos distintos Ação ANTIMICROBIANA

Leia mais

Bacteriocinas em alimentos: uma revisão

Bacteriocinas em alimentos: uma revisão Braz. J. Food Technol., v. 11, n. 2, p. 120-127, abr./jun. 2008 Bacteriocins in food: a review Autores Authors Maristela da Silva do NASCIMENTO Instituto de Tecnologia de Alimentos Centro de Ciência e

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICRIBIOLOGIA AGRÍCOLA E DO AMBIENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICRIBIOLOGIA AGRÍCOLA E DO AMBIENTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICRIBIOLOGIA AGRÍCOLA E DO AMBIENTE PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÂO DE UMA BACTERIOCINA PRODUZIDA POR Bacillus

Leia mais

Membranas Biológicas

Membranas Biológicas UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC BIOQUÍMICA BIO0001 Membranas Biológicas Prof Karine P. Naidek Outubro/2016 Membranas Biológicas Membranas

Leia mais

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TECNOLÓGICO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS ISOLADAS DE LEITE CRU DE BÚFALA REFRIGERADO

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TECNOLÓGICO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS ISOLADAS DE LEITE CRU DE BÚFALA REFRIGERADO AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TECNOLÓGICO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS ISOLADAS DE LEITE CRU DE BÚFALA REFRIGERADO A.S. Motta 1, I. Emerim 2, M.M Giacon 2, M.M Jantzen 3 1 Departamento Microbiologia, Imunologia e Parasitologia

Leia mais

SUMÁRIO SUMÁRIO... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... ÍNDICE DE ANEXOS... RESUMO... ABSTRACT INTRODUÇÃO... 1

SUMÁRIO SUMÁRIO... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... ÍNDICE DE ANEXOS... RESUMO... ABSTRACT INTRODUÇÃO... 1 SUMÁRIO Página SUMÁRIO... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... ÍNDICE DE ANEXOS... i iii iv iv RESUMO... ABSTRACT... v vii 1. INTRODUÇÃO... 1 1.1 Métodos para detecção de E. sakazakii... 20 2. OBJETIVOS...

Leia mais

ALINE DIAS PAIVA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE BOVICINA HC5 POR ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS

ALINE DIAS PAIVA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE BOVICINA HC5 POR ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS ALINE DIAS PAIVA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE BOVICINA HC5 POR ENSAIOS IMUNOENZIMÁTICOS Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Antibioticos e resistência bacteriana a drogas Controle de população microbiana in vivo Controle do crescimento

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DEPARTAMENTO Engenharia de Alimentos

Leia mais

CRESCIMENTO DE CEPAS DE STREPTOCOCCUS THERMOPHILUS E LACTOBACILLUS DELBRUECKII SUBSP. BULGARICUS EM MEIOS DE CULTURA INDUSTRIAIS

CRESCIMENTO DE CEPAS DE STREPTOCOCCUS THERMOPHILUS E LACTOBACILLUS DELBRUECKII SUBSP. BULGARICUS EM MEIOS DE CULTURA INDUSTRIAIS CRESCIMENTO DE CEPAS DE STREPTOCOCCUS THERMOPHILUS E LACTOBACILLUS DELBRUECKII SUBSP. BULGARICUS EM MEIOS DE CULTURA INDUSTRIAIS Maicon Toldi 1, Tábata Iasmine Kappler 2, Rosângela Uhrig Salvatori 3 Resumo:

Leia mais

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE CREME TIPO FRAÍCHE OBTIDO A PARTIR DE SORO DE LEITE BOVINO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE CREME TIPO FRAÍCHE OBTIDO A PARTIR DE SORO DE LEITE BOVINO AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE CREME TIPO FRAÍCHE OBTIDO A PARTIR DE SORO DE LEITE BOVINO Ana Flávia de Melo Cândido 1, Yaroslávia Ferreira Paiva 1, Willian Bonner Monteiro Dos Santos1, Janailson da Costa

Leia mais

DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE. Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal para Branqueamento da Pele

DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE. Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal para Branqueamento da Pele DIRECÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE Análise Laboratorial de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal para Branqueamento da Pele Nº de amostras Enquadramento No âmbito da monitorização do mercado nacional

Leia mais

Predição de modificações em proteínas

Predição de modificações em proteínas Predição de modificações em proteínas Modificações de proteína Ao representarmos uma proteína como uma seqüência de caracteres representando os seus aminoácidos (estrutura primaria) estamos representando

Leia mais

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa Metabolismo: integração entre catabolismo e anabolismo Assimilação ou processamento da mat. Orgânica Síntese de Substâncias Estágio 1

Leia mais

Cerca de 99% dos átomos no corpo humano são de H, O, C e N. Oxigenio 63% Hidrogenio 25.2% Carbono 9.5% Azoto 1.4%

Cerca de 99% dos átomos no corpo humano são de H, O, C e N. Oxigenio 63% Hidrogenio 25.2% Carbono 9.5% Azoto 1.4% Cerca de 99% dos átomos no corpo humano são de H, O, C e N Oxigenio 63% Hidrogenio 25.2% Carbono 9.5% Azoto 1.4% Tipos de ligação covalente mais comuns em biomoleculas As reacções bioquímicas utilizam

Leia mais

Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de...

Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de... Membrana Celular Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de... Descrever a estrutura da membrana relacionando seus componentes e sua organização espacial Explicar como a natureza química (anfipatia)

Leia mais