Marcelo Vidigal Coscarelli Saulo Rodrigo Parreiras Brandão

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1 Marcelo Vidigal Coscarelli Saulo Rodrigo Parreiras Brandão Respostas Hipertróficas Crônicas dos Flexores de Cotovelo, Submetidos a Dois Protocolos Com Diferentes Níveis de Fadiga Monografia apresentada ao Curso de Educação Física do Centro Universitário de Belo Horizonte, como requisito parcial a apresentação do trabalho de conclusão de curso. Área de Concentração: Saúde. Orientador: José Ricardo Claudino Ribeiro. Belo Horizonte MG 1º/2006

2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA Monografia intitulada, Respostas Hipertróficas Crônicas dos Flexores de Cotovelo, Submetidos a Dois Protocolos Com Diferentes Níveis de Fadiga de autoria de Marcelo Vidigal Coscarelli e Saulo Rodrigo Parreiras Brandão orientado e autorizado para defesa, pelo orientador Orientador: Professor José Ricardo Claudino Ribeiro Belo Horizonte, 16 de Maio de 2006

3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA Monografia intitulada, Respostas Hipertróficas Crônicas dos Flexores de Cotovelo, Submetidos a Dois Protocolos Com Diferentes Níveis de Fadiga de autoria de Marcelo Vidigal Coscarelli e Saulo Rodrigo Parreiras Brandão orientado e autorizado para defesa, pelo orientador Orientador: Professor José Ricardo Claudino Ribeiro Professor Professor Professora Alessandra de Magalhães Campos Garcia Coordenadora do Curso de Educação Física Belo Horizonte, 16 de Maio de 2006

4 RESUMO Este trabalho teve como objetivo verificar as respostas hipertróficas dos flexores do cotovelo, submetidos a dois protocolos com diferentes níveis de exigência.. A teoria básica que deu suporte à execução dessa pesquisa foi fundamentada em ACSM (2003), AYESTARÁN e BADILLO (2001), ASCENSÃO (2003), FLECK e KRAEMR (1999), REBEIRO (2005). Com relação às normas de elaboração do trabalho, os parâmetros foram fundamentados em ACSM (2003). A pesquisa caracterizou-se pela investigação do resultado hipertrófico nos flexores de cotovelo em função de dois tratamentos diferentes: fadiga e quebra de ritmo. O conteúdo deste trabalho aborda duas modalidades de tratamento hipertrófico, ajudando na busca de novos métodos e conceitos que visam proporcionar um resultado diferenciado para os praticantes da musculação. A conclusão trás no seu aspecto principal, alinhavada a hipótese previamente estabelecida, a não diferença significativa no resultado hipertrófico dos flexores do cotovelo, submetidos aos dois métodos de treinamento. O resultado obtido demonstra que mais estudos deviriam ser desenvolvidos nesta área, devido a grande quantidade de variáveis que existem inerentes ao processo de hipertrofia sarcoplasmática e ainda em função da pouca disseminação da execução do exercício norteado pelo controle rítmico. Palavras-chave Hipertrofia, Fadiga, Ritmo de Execução, Flexores de Cotovelo.

5 ABSTRACT This work had as objective to verify the hypertrophy answers of the flexors of the elbow, submitted the two protocols with different levels of requirement. The basic theory that supports the execution of this research was based on ACSM (2003), AYESTARÁN and BADILLO (2001), ASCENSION (2003), FLECK and KRAEMR (1999), REBEIRO (2005). With regard to the norms of elaboration of the work, the parameters had been based on ACSM (2003). The research was characterized for the inquiry of the hypertrophy result in the elbow flexors using of two different treatments: fatigue and execution rhythm. The content of this work approaches two modalities of hypertrophy treatment, helping in the search of new methods and concepts that they aim at to provide a result different for the people who workout. The conclusion in its main aspect, tacked the hypothesis previously established, not the significant difference in the hypertrophy result of the elbow flexors, submitted to the two methods of training. The result demonstrates that more studies would be develop in this area, because the great amounts of variables that still exist inherent to the process of sarcoplasmatic hypertrophy and because of the little dissemination of the execution of the exercise guided for the rhythmic control. Key-words hypertrophy, Fatigue, Execution Rhythm, Elbow Flexors.

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Processo de fadiga Figura 2 Participação dos sistemas energéticos durante exercício máximo em diferentes durações Figura 3 Resumo das alterações produzidas TRP triptofano/aan Aminoácidos Neutros através da manipulação dietética Figura 4 Controle do ritmo de execução Figura 5 Variáveis que interferem na hipertrofia... 51

7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Aumento de 1 - RM... 53

8 LISTA DE SIGLAS AACR Aminoácidos de Cadeia Ramificada ACSM American College of Sports Medicine ADP Adenosina Di-Fosfato ATP Adenosina Tri-Fosfato AMP Adenosina Fosfato Ca Cálcio Cl Cloro EMG Eletromiografia FAF Fadiga de Alta Freqüência FBF Fadiga de Baixa Freqüência HT - Hidroxitriptamina IMF Índice Muscular de Força IMP Inosina Monofosfato K Potássio Mg Magnésio Na Sódio NH 3 Amônia PC Fosfocreatina Pi Fosfato RM Repetição Máxima RS Reticulo Sarcoplasmático SNC Sistema Nervoso Central UM Unidade Motora UNI-BH Centro Universitário de Belo Horizonte TPF Triptofano TRP Triptofano

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Dados dos voluntários Tabela 2 Resultado da pesquisa de campo... 50

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVO JUSTIFICATIVA HIPÓTESES REVISÃO DE LITERATURA MÚSCULO ESQUELÉTICO Estrutura do músculo esquelético MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR TIPOS DE FIBRAS Fibras lentas Fibras rápidas UNIDADE MOTORA RECRUTAMENTO DAS UNIDADES MOTORAS FREQÜÊNCIA DE DISPARO HIPERTROFIA ADAPTAÇÃO NEURAL Coordenação Intermuscular Coordenação Intramuscular VARIÁVEIS INTERVENIENTES MECANISMOS DE FADIGA Fadiga Central Fadiga Periférica METODOLOGIA AMOSTRA CRITÉRIOS DE INCLUSÃO INSTRUMENTO PROCEDIMENTOS Pré-Testes Medição da força máxima... 46

11 Treinamento de força Pós-Teste ESTIMATIVA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL CUIDADOS ÉTICOS RESULTADO E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 55

12 12 1 INTRODUÇÃO O treinamento de força, também conhecido como treinamento com pesos ou treinamento com cargas, tornou-se uma das formas mais conhecidas de exercícios, tanto para o condicionamento de atletas como para melhorar a forma física de não atletas (FLECK e KRAEMER, 1999). Embora o desenvolvimento tecnológico tenha modificado a necessidade de se estar apto a produzir altos níveis de força para as diversas atividades diárias, a força é ainda uma das características físicas essenciais para a sobrevivência humana (KRAEMER e HAKKINEM, 2004). O treinamento com pesos ou musculação passou por uma extraordinária evolução nos últimos 50 anos. Segundo Fleck e Figueira Jr (2003), nas décadas de 30 e 40 era realizado quase exclusivamente por um pequeno número de atletas, em especial os levantadores de pesos olímpicos e fisiculturistas. Nos anos 50 e 60 os mitos de que o treinamento com pesos poderia prejudicar os ossos e tornar a pessoa mais lenta fisicamente mostraram-se infundados e, cada vez mais atletas passaram a adotá-lo como parte do programa de condicionamento físico geral. Durante as décadas de 70 e 80, o treinamento com pesos passou a ser incluído no programa de condicionamento não apenas de atletas, mas também de adeptos ao fitness de ambos os gêneros. Então, a partir de 1990, em conseqüência dos muitos benefícios para a aptidão física e para a saúde, pessoas de praticamente todas as faixas etárias passaram a praticar o treinamento com pesos, que começou a ser adotado também como atividade recreativa, tanto para crianças quanto idosos. Pelos vários benefícios que proporciona, sem duvida continuará com a popularidade em alta no novo milênio. O aumento na procura por esse tipo de treinamento foi causado, em grande parte, pela capacidade de oferecer vantagens à aptidão física e à saúde, que não podem ser facilmente obtidos pelos programas de treinamento aeróbico ou de flexibilidade. Além disso, a sua prática parece aumentar o desempenho tanto do atleta profissional quanto do amador, resultando em uma aparência saudável, aumentando o tônus muscular, a força, o volume muscular e a densidade mineral óssea, desempenha um importante papel na manutenção da taxa do metabolismo basal e,

13 13 dessa forma, pode ajudar a controlar o peso corporal (FLECK e FIGUEIRA JR., 2003). O princípio da sobrecarga estabelece que, para um tecido ou órgão melhorar sua função, deve ser exposto a uma carga à qual normalmente não esta acostumada. A exposição repetida a uma carga de trabalho esta associada com uma adaptação, por parte do tecido ou do órgão, que resulta em aprimoramento da capacidade funcional. Uma prescrição de exercício específica à intensidade, a duração e a freqüência do treinamento, sendo a interação dessas três variáveis que resulta na sobrecarga cumulativa à qual o tecido ou órgão terá que adaptar-se (ACSM, 2001). A hipertrofia muscular deve-se à hipertrofia de cada fibra muscular isoladamente, devido ao aumento das miofibrilas, das reservas de substrato e, correspondentemente, de sua secção transversal. Entretanto, deve-se notar que os diversos tipos de fibras (tipo I e tipo II) são diferentemente requisitados, de acordo com o tipo de intensidade do treinamento (WEINECK, 1999). A hipertrofia sofre influência tanto dos hormônios quanto da nutrição, sendo as proteínas contráteis e o sarcoplasma renovado a cada sete a quinze dias. Tendendo ser mais efetiva nas fibras do tipo II, porém, verificada também nas fibras do tipo I. este fenômeno parece ser desencadeado conforme a exigência do treinamento, especialmente para os esforços máximos ou até se atingir a fadiga muscular (Ribeiro, 2005). 1.1 Objetivo Verificar as respostas hipertróficas dos flexores do cotovelo, submetidos a dois protocolos com diferentes níveis de exigência. 1.2 Justificativa Uma das recomendações para atividade (teste) entre os não atletas é que seja submáximas; porém, segundo Fleck, (!999) sugere que para uma maior hipertrofia muscular, as atividades sejam máximas (ACSM, 2000). Verificar a implicação no resultado hipertrófico ao se realizar uma série até a quebra de ritmo de execução e até a falha concêntrica (fadiga) na flexão do cotovelo (ACSM, 2003, FLECK e KREAMER, 1999).

14 Hipóteses H 0 : Não há diferença estatisticamente significativa entre a execução de series de flexão de cotovelo até a falha concêntrica (fadiga) e a execução do mesmo exercício até a quebra do ritmo de execução.

15 15 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Músculo Esquelético Segundo Powers e Howley (2000), o corpo humano contém mais de quatrocentos músculos esqueléticos voluntários, os quais representam 40-50% do peso corporal total. Segundo Powers e Howley (2000), O músculo esquelético tem 3 funções principais: (1) produção de força para locomoção e respiração (2) produção de força para sustentação postural e (3) produção de calor para exposição ao frio. As fibras musculares individuais são compostas por centenas de filamentos protéicos denominados miofibrilas. As miofibrilas contêm dois tipos principais de proteína contrátil: (1) actina (parte dos filamentos finos) e (2) miosina (principal componente dois filamentos espessos) (POWERS e HOWLEY, 2000). Os motoneurônios se estendem para fora a partir da medula espinhal e inervam fibras musculares individuais. O local onde o motoneurônio e a célula muscular se encontram é denominado junção neuromuscular. A acetilcolina é o neurotransmissor que estimula a fibra muscular à despolarização, sendo este o sinal para o início do processo contrátil (POWERS e HOWLEY, 2000) Estrutura do músculo esquelético Para Ribeiro (2005) os músculos são subdivididos internamente por camadas de tecidos. O endomísio, o perimísio e o epimísio são fáscias que envolvem, respectivamente, as fibras, os fascículos (que são agrupamentos de fibras ou células musculares) e o músculo. A força gerada por uma unidade musculotendínea é uma combinação da energia gerada pelas pontes transversas com a energia elástica dos tecidos conectivos citados. 2.2 Mecanismo de contração muscular Segundo Ribeiro (2005) o mecanismo de contração muscular segue uma seqüência de eventos que se inicia com o disparo de um impulso elétrico, também denominado de potencial de ação (dependendo da sua magnitude) efetuado por um motoneurônio alfa. Esse mecanismo pode ser interrompido por eventos como: ausência de cálcio; aumento significativo de acidose; ausência de ATP; falta de

16 16 impulsos elétricos, entre outros. O mecanismo de contração obedece a seguinte seqüência. Potencial de ação; liberação de acetilcolina na fenda simpática; despolarização dos túbulos transversos; liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma; a troponina, por ter afinidade maior com o cálcio do que com a actina, resulta no desvio da tropomiosina que estava acoplada a actina, abrindo sítios de ligação da actina; deslizamento e acoplamento dos filamentos pela ligação forte da actina com a miosina produzida pelo fracionamento de ATP em ADP +Pi, provocando o encurtamento dos sarcômeros, enquanto houver impulso elétrico, ATP e cálcio fora do retículo sarcoplasmático (RIBEIRO, 2005). 2.3 Tipos de fibras Segundo Powers e Howley (2000) os tipos de fibras musculares podem ser divididos em três classes: fibras rápidas tipo II e fibras lentas tipo I baseadas em suas propriedades bioquímicas e contráteis. Existem duas categorias de fibra rápida: Tipo IIa e Tipo IIb. Powers e Howley (2000) afirmam ainda que, embora alguns grupos musculares sejam compostos, predominantemente, por fibras rápidas ou lentas, a maioria dos grupos musculares do corpo contém uma combinação igual de fibras lentas e rápidas. A porcentagem dos tipos de fibras contidos nos músculos esqueléticos pode ser influenciada pela genética, pelos níveis hormonais no sangue e pelos hábitos de exercício do indivíduo. Do ponto de vista prático, a composição da fibra dos músculos esqueléticos possui um papel importante no desempenho de eventos de força e de resistência. Devido às diferenças existentes nas proteínas que fazem parte do mecanismo contrátil, as fibras de contração rápidas (IIa e IIb) podem produzir mais força do que fibras de contração lenta (I). Além disso, as de contração rápida podem produzir potência máxima mais alta. Portanto, um atleta com uma maior proporção de fibras rápidas em sua musculatura, será consequentemente mais forte, mais rápido, mais potente do que uma pessoa que possua predominantemente fibras lentas. Isso pode ser observado com corredores de diferentes modalidades como exemplo os maratonistas, que possuem um alto percentual de fibras lentas, e na outra

17 17 extremidade os corredores de 100m rasos que possuem um alto percentual de fibras de contração rápida (KRAEMER e HAKKINEM, 2004) Fibras lentas As fibras tipo I (também denominadas oxidativas, lentas ou fibras de contração lenta) contém muitas enzimas oxidativas (isto é, um grande volume de mitocôndrias) e são envolvidas por mais capilares do que qualquer outro tipo de fibra. Possuem concentração de mioglobina mais elevada do que as fibras rápidas (tipo II). A alta concentração de mioglobina, o grande número de capilares e a alta atividade enzimática mitocôndria fazem com que essas fibras possuam grande capacidade de metabolismo aeróbico e alta resistência à fadiga. Em termos de propriedades contráteis as fibras do tipo I possuem uma velocidade máxima de encurtamento mais lenta, em comparação com as fibras rápidas (tipo II). Além disso, elas parecem produzir menor tensão específica, em comparação com as fibras rápidas (POWERS e HOWLEY, 2000) Fibras rápidas As fibras tipo IIb ( algumas vezes chamadas de contração rápidas ou glicolíticas rápidas) apresentam um número relativamente pequeno de mitocôndrias capacidade limitada de metabolismo aeróbico e são menos resistentes à fadiga, em relação às fibras lentas. No entanto, essas fibras são ricas em enzimas glicolíticas, as quais lhes provêem uma grande capacidade anaeróbica (POWERS e HOWLEY, 2000). A tensão específica das fibras tipo IIb é similar a das fibras tipo IIa, mas é maior do que a das fibras do tipo I. Além disso, a atividade da ATPase da miosina nas fibras tipo IIb é maior do que nos outros tipos de fibras, resultando na maior velocidade máxima de todos os tipos de fibras (POWERS e HOWLEY, 2000). As fibras tipo IIb são menos eficientes do que todos os outros tipos, em relação aos exercícios de resistência. Essa baixa eficiência se deve a alta atividade da ATPase, que acarreta maior consumo energético por unidade de trabalho realizado (POWERS e HOWLEY, 2000).

18 18 Um segundo tipo de fibra rápida é tipo IIa (também denominada fibra intermediária ou fibra glicolíticas oxidativa rápida). Essas fibras possuem características bioquímicas e de fadiga que se encontram entre as das fibras tipo IIb e tipo I. Por isso, conceitualmente as fibras tipo IIa podem ser vistas como uma mistura das características das fibras tipo I e tipo IIb, no entanto, as fibras tipo IIa são extremamente adaptáveis. Isto é, com o treinamento de endurance, elas podem elevar sua capacidade oxidativa a níveis iguais aos das fibras tipo I (POWERS e HOWLEY, 2000). Para Ribeiro (2005), o treinamento de hipertrofia aumenta a proporção de fibras tipo IIa, ao passo que o treinamento de força máxima favorece um aumento percentual de fibras do tipo IIb. 2.4 Unidade Motora Para que um músculo seja ativado é necessário que haja inervação. O músculo e seus nervos são considerados uma unidade neuromuscular. A função neuromuscular é controlada pelo sistema nervoso central. Um neurônio motor alfa e as fibras musculares que ele inerva são chamados de unidade motora. A unidade motora é o componente funcional básico do sistema neuromuscular (FLECK e KRAEMER, 1999). Segundo Hall (2000), as fibras musculares são organizadas em grupos funcionais de diferentes tamanhos. Um único neurônio motor é capaz de inervar várias fibras musculares formando assim a unidade motora. As fibras de uma unidade motora podem espalhar-se por vários centímetros podendo se encontrar com fibras de outras unidades motoras. Com raras exceções, as unidades motoras estão confinadas a um único músculo e localizadas dentro desse músculo (HALL, 2000). Para Hall (2000), uma única unidade motora pode conter desde menos de 100 a aproximadamente 2000 fibras, dependendo do tipo de movimento que o músculo executa. Os músculos do olho que são extremamente precisos, possuem pequenos números de fibras por unidade motora, já os movimentos mais amplos e vigorosos, como aqueles produzidos pelo gastrocnêmio, representam grandes unidades motoras (HALL, 2000).

19 Recrutamento das Unidades Motoras A unidade funcional básica do sistema neuromuscular é a unidade motora. Uma unidade motora é composta de um neurônio motor, que parte do sistema nervoso central para o músculo até um ponto em que seus axônios se dividem e se concentram à superfície das fibras musculares. O neurônio e as fibras por ele inervadas são chamados de unidade motora. Cada uma dessas unidades motoras pode conter dezenas ou até centenas de fibras musculares, cada músculo pode possuir centenas de unidades motoras. Para produzir uma determinada ação muscular, o cérebro recruta certo percentual de unidades motoras contidas em um músculo. Portanto, aumentar ou diminuir a quantidade de força produzida pelo o músculo, consiste em aumentar ou diminuir o recrutamento de unidades motoras (KRAEMER e HAKKINEM, 2004). Nem todas as unidades motoras de um determinado músculo têm a mesma chance de serem ativadas em um determinado nível de força, uma vez que um determinado músculo do corpo possua um misto de diferentes tipos de unidades motoras com capacidades específicas. Algumas delas são mais adequadas para produzir forças de altas intensidades em uma freqüência rápida sendo assim chamadas de fibras rápidas. Existem outras unidades motoras que tem características de resistência são especializadas em produzir força repetidamente por longo período de tempo e são conhecidas como fibras lentas. O principio do tamanho determina que, em nível mais baixo de ações musculares, somente as unidades motoras lentas serão recrutadas; entretanto, à medida que aumentamos a força, um número maior de unidades motoras rápidas será recrutado (WILMORE e CONSILL, 2001). Além disso, é sabido também que em treinamentos explosivos para atletas de velocidade/potência, as unidades motoras rápidas podem ser recrutadas primeiro e as lentas inibidas, de forma a otimizar o desempenho das ações musculares rápidas (KRAEMER e HAKKINEM, 2004). Segundo Kraemer e Hakkinem (2004), o percentual de tipos de fibras musculares assim como o número e tamanho das fibras encontradas nos músculos de um atleta, ditará, em parte, as capacidades de força, potência, velocidade e resistência

20 20 aeróbica disponíveis sob recrutamento das unidades motoras. Baseado no princípio do tamanho o treinamento de força recruta ambos os tipos de fibras lentas e rápidas. Para Fleck e Kraemer (1999) a ativação das fibras musculares numa unidade motora deve ocorrer recrutando todas as unidades motoras ou então essa ativação das musculares não ocorre também conhecido como lei do tudo ou nada. Porém os músculos não se comportam dessa maneira, pois, para Fleck e Kraemer (1999), algumas unidades motoras podem ser ativadas no músculo, enquanto outras não. Sem este fenômeno, haveria pouco controle do corpo em relação à quantidade de força a ser produzida em função da carga a ser superada e, como conseqüência, um baixo controle dos movimentos corporais (FLECK e KRAEMER, 1999). Para Carrol et al. apud Souto Maior e Alves (2003), o recrutamento das unidades motoras é determinado, geralmente, pelo tamanho do motoneurônio, que se destaca por agrupar um número aproximado de 10 a 180 fibras por unidade motora de fibras lentas, e 300 a 800 fibras por unidade motora de fibras rápidas (WILLMORE e COSTILL, 1999). Uma das características do maior recrutamento dos motoneurônio é conhecido como principio do tamanho. Desta forma, o início do treinamento de força não estabelece a habilidade de recrutar uma porcentagem elevada de suas unidades motoras, e estas habilidades são fatores determinantes na aquisição de força muscular (FLECK e KRAEMER, 1997; SALE, 1987). Van Cutsen et al. (1998), observaram em seu estudo que, cinco homens realizando dez séries do exercício de dorsoflexão, durante doze semanas, recrutaram de forma ordenada (princípio do tamanho) as unidades motoras nas primeiras semanas de treinamento, passando a um maior recrutamento nas semanas seguintes (antes do treinamento 5,2% depois do treinamento 32,7%). O princípio do tamanho proporciona uma base anatômica para o recrutamento ordenado de unidades motoras específicas, a fim de produzir uma contração muscular uniforme, apresentando o recrutamento dos motoneurônio de forma crescente, do menor para o maior, (BEAR et al., 2002; FLECK et al, 1996; SALE, 1987). Em recente estudo. Aagaard et al. (2002) estudaram 14 homens destreinados, participantes durante 14 semanas de treinamentos de força, que envolveu exercícios intensos para o músculo solear, em que as medidas foram avaliadas por meio do dinamômetro isocinético. A conclusão destacou que a movimentação do motor central aumentou e ocorreu maior excitabilidade dos motoneurônio. Em outro estudo, Larson e Tesch (1998) descrevem que atletas,

21 21 porém, destreinados especificamente em relação ao treinamento de força, não realizaram tensão máxima no recrutamento de unidades motoras durante o início do treinamento. Um outro mecanismo que representa a adaptação neural é o aumento da estimulação de unidades motoras durante o treinamento de força (graduação de força). Este mecanismo é definido pelo fato de que, quanto maior o estímulo perto da tensão máxima, maior será o número de fibras mobilizadas para realizar aquela força determinada (SALE, 1992; 1987; ACSM, 2002; ENOKA e FLUGLEVAND, 1993) consequentemente um aumento na taxa de recrutamento dos motoneurônio (FLECK et al., 1996; CARROLL et al., 2001) apud Souto Maior e Alves (2003). De acordo com a literatura, os aumentos na atividade gravada através da eletromiografia (EMG) foram medidos depois do treinamento de força, em comparação à atividade do EMG antes do programa de treinamento, indicando que mais unidades motoras foram recrutadas (ENOKA, 1997; MCCOMAS, 1994). Assim, as unidades motoras se tornam ativas sob a influência dos impulsos que saem dos motoneurônios, mediante os quais as fibras musculares se contraem. A taxa dos impulsos do sistema nervoso aumentada faz com que as unidades motoras possam gerar mais força, tornando-se um outro exemplo da adaptação neural (VERKHOSHANSKI, 2001) apud Souto Maior e Alves (2003). 2.6 Freqüência de Disparo Segundo Ribeiro (2005), freqüência de disparo é a quantidade de vezes por unidade de tempo que os impulsos elétricos são enviados à junção neuromuscular. Para Sale apud Ribeiro (2005), uma unidade motora pode aumentar sua tensão gerada pelo aumento da quantidade de impulsos de disparados por segundo. Para cada tipo de fibra existe uma freqüência de disparo. Essa capacidade é treinada preferencialmente com cargas elevadas. Para Kreamer e Hakkinem (2004) as fibras musculares são ativadas por uma serie de impulsos elétricos transmitidos pelo neurônio. Aumentando essa freqüência de impulso, aumenta-se também a força que aquela a unidade motora é capaz de expressar em um determinado exercício.

22 22 Durante a execução de um exercício voluntário máximo observa-se uma freqüência de disparo maior quando comparados aos exercícios isométricos máximos (KREAMER e HAKKINEM, 2004). Para Kreamer e Hakkinem (2004), a alta freqüência de impulsos resultará em uma taxa aumentada de desenvolvimento de força e essa alta freqüência é registrada durante ações balísticas máximas. Segundo Ribeiro (2005), cargas acima de 85% de 1 RM na maior velocidade possível, permitem o desenvolvimento da força pela coordenação intramuscular. Segundo Enoka apud Ribeiro (2005), o tamanho do grupamento muscular influencia na freqüência de disparo (quanto maior mais sensível). Para Ribeiro (2005), o bíceps braquial da maioria dos indivíduos atinge seu recrutamento máximo com 50% da carga máxima, acima desse percentual a melhora vai ser na freqüência de disparo. A freqüência de disparo tem importante papel no treinamento de qualquer atleta ou praticantes de atividades com pesos, uma vez que na utilização de movimentos explosivos, ou seja, produzir a maior força possível no menor tempo, podem ser melhorados com o aumento da freqüência de disparo (AYESTARÁN e BADILLO, 2001). As conseqüências práticas para o treinamento da freqüência de disparo complementando (AYESTARÁN e BADILLO, 2001). A força máxima e/ou rápida situa-se em freqüências e porcentagens de recrutamentos importantes. Deve-se utilizar, portanto, cargas pesadas para alcançar essas freqüências elevadas (50 a 60 Hz) e recrutar fibras do tipo 2A e 2B. É igualmente necessário desenvolver uma força importante em um tempo muito curto; portanto, deve-se elevar cargas pesadas muito rapidamente, o que exigira freqüências ainda mais elevadas (até 100Hz). Devem-se utilizar movimentos explosivos; pois com eles, com ou sem cargas adicionais, pode-se conseguir, em tempos muito breves (100 ms), freqüências

23 23 que chegam até 150 Hz. Com isso, consegue-se a manifestação mais alta de força, em função da resistência a ser vencida, e o IMF máximo. Portanto, as cargas muito pesadas ou do tipo explosiva parecem interessantes para melhorar a freqüência de estímulo e recrutamento das unidades motoras das UMs no esportista. O treinamento isométrico produz o recrutamento máximo e a freqüência de estímulo mínima para que cada alcance sua força máxima; mas, dadas as discrepâncias entre esse sistema e o de caráter concêntrico explosivo, na prática nunca deveria ser utilizado o regime isométrico sozinho, mas, sim, uma combinação de ambos por meio do ciclo de treinamento: isso obrigaria o músculo experimentar estímulos diferentes, o que levaria a uma adaptação superior. (AYESTARÁN e BADILLO, 2001). 2.7 Hipertrofia Segundo Ribeiro (2005) a hipertrofia é um aumento da área de seção transversal das fibras musculares, principalmente nas fibras tipo II, aumentando os filamentos de actina e miosina e da adição de novos sarcômeros. Para Platonov (2004), a hipertrofia das fibras musculares do tipo I está relacionada ao aumento de tamanho e do número das miofibrilas e à densidade das mitocôndrias, comporta um aumento de peso específico na massa muscular das fibras do tipo I, e como conseqüência, um aumento um aumento da resistência e uma diminuição das capacidades de velocidade dos músculos. Por outro lado, a hipertrofia das fibras do tipo II conduz um aumento de seu peso específico no músculo em comparação com as fibras do tipo I e ajuda a aumentar a potência muscular (DE VRIES e HOUSH, 1994 apud PLATONOV, 2004). Nesse caso, o caráter da carga determina quais são as fibras musculares que sofrem as mudanças mais importantes. A hipertrofia muscular está relacionada com uma série de mudanças, dentro das quais cabe citar o aumento dos filamentos de miosina e do número de miofibrilas e de capilares sanguíneos na fibra (PLATONOV, 2004).

24 24 A hipertrofia deve acontecer somente com estímulos em, exercícios com números de repetições entre 8 a12, com uma intensidade média de 40-60% da força máxima em pessoas não treinadas e 60-80% da força máxima em pessoas treinadas (WEINECK, 2003). Velocidade dos movimentos: movimentos lentos e sem interrupção para que haja crescimento máximo da massa muscular; ou ainda velocidade moderada. Séries: 3 a 5 para iniciantes, 5 a 8 para atletas de bom desempenho. Pausas entre as séries: 1 a 2 minutos. (weineck, 2003), contrapondo o autor (Kraemer 2004) sugere que o grau de hipertrofia final pode ser obtido pela realização de repetições múltiplas 6 a 12 em cada série até a falha concêntrica, com curtos períodos de recuperação entre as séries. Para Fleck e Kraemer (1999) a hipertrofia pode variar de músculo para músculo. Kreamer et al, (1995) apud Fleck e Kraemer (1999) complementam afirmando que o total de crescimento depende do tipo de fibra muscular e do padrão de recrutamento. O sarcoplasma nas fibras musculares está constantemente mudando e se renovando a cada 7-15 dias segundo Goldspink (1992). O treinamento de força influencia este processo afetando a qualidade e quantidade de proteínas contráteis que são produzidas. Segundo Fleck e Kraemer (1999), para se obter hipertrofia muscular é necessário um treino de força pesado para que mudanças nos tipos de proteínas contráteis, comecem a aparecer após algumas sessões de treinamento. Estudos com jovens estudantes demonstraram que após nove semanas de treinamento com cargas em diferentes exercícios realizados três vezes por semana utilizando dez a doze repetições demonstraram um aumento significativo de capilares nas fibras tanto do tipo I quanto as do tipo II. O treinamento teve eficácia no aumento da seção transversa (hipertrofia) dos músculos trabalhados (MC CALL et al., 1996). Conforme o passar do treinamento, a quantidade de proteínas contráteis começa a aumentar, aumentando também a área da seção transversa das fibras musculares (FLECK e KRAEMER, 1999).

25 25 Para que se tenha uma quantidade significativa de hipertrofia é necessário um treinamento por um período mais longo, pois para Fleck e Kraemer (1999), programas de curto prazo (4 a 8 semanas) podem não resultar em mudanças muito grandes no tamanho dos músculos. De acordo com o tipo de treinamento as fibras do tipo IIb são estimuladas, começando um processo de transformação em direção as fibras do tipo IIa que são as que mais geram hipertrofia muscular, devido à mudança na qualidade das proteínas e pela expressão de diferentes quantidades e combinações de tipos de mtpaases (FLECK e KRAEMER, 1999). A transformação do tecido muscular com o exercício pesado de força é uma função do programa e das mudanças subseqüentes nas proteínas contráteis. Todas as fibras parecem hipertrofiar-se, mas não na mesma extensão. Parece que com as fibras do tipo II o processo envolve um aumento na taxa de síntese protéica, e com as fibras musculares do tipo I uma diminuição na taxa de degradação (GOLDSPINK, 1992 apud FLECK e KRAEMER, 1999). programas pesados de treinamento de força em seres humanos parecem hipertrofiar tanto fibras do tipo I quanto fibras do tipo II (PATTON et al., 1995; STARON et al., 1991, apud FLECK e KRAEMER, 1999). As fibras do tipo II conseguem maiores ganhos relativos quando comparadas às fibras musculares do tipo I, tanto em seres humanos como em animais (EDGERTON, 1978; GONYEA e SALE, 1982; PATTON et al. 1995, apud FLECK e KRAEMER, 1999). A hipertrofia e a transformação do tipo de fibra tipo II e os capilares por unidade de área de fibra são afetados pelo tipo de ação muscular e pelo voluma de treinamento (FLECK e KRAEMER, 1999). O padrão de recrutamento neural e a quantidade de tecido muscular recrutado determinam se ocorrem mudanças apenas celulares ou no músculo todo. Quando uma quantidade suficiente de músculo é afetada, a composição do corpo será alterada no indivíduo treinado em força. A quantidade de massa muscular obtida e a transformação de fibra decorrente de um programa de treinamento de força também serão afetadas pelo potencial genético do indivíduo (FLECK e KRAEMER, 1999). 2.8 Adaptação Neural

26 26 Um estímulo muscular é desenvolvido na parte superior do cérebro e é transmitida ao córtex motor, onde um estímulo para a ativação do músculo é enviado ao controlador de nível mais baixo (medula espinhal ou tronco cerebral). Daí a mensagem é passada para unidade motora para que seja ativada a musculatura que está sendo solicitada em um determinado exercício (FLECK e KRAEMER, 1999). As unidades motoras ativadas satisfazem uma quantidade de força que necessita ser superada. O cérebro através de feedback ajusta a quantidade de unidades motoras a serem mobilizadas para a execução ou superação de uma determinada força ( FLECK e KRAEMER, 1999). Varias adaptações decorrentes do treinamento de força podem ser observados nas comunicações entre as muitas partes do sistema neuromuscular. As diferenças na ativação neural dos programas de treinamento de força variadas podem produzir distintos tipos de adaptações, tal como aumentos em força com pouco aumento de hipertrofia muscular ( FLECK e KRAEMER, 1999). O grau em que uma pessoa pode, voluntariamente, ativar os músculos - fluxo neural voluntário máximo pode depender da ativação do músculo em questão, do tipo e tempo (velocidade) da ativação e do estado de treinamento do indivíduo. Além disso, a co-ativação dos músculos antagonistas exerce um papel especifico na determinação da produção de força final dos agonistas envolvidos (KREAMER e HAKKINEM, 2004). Inúmeros fatores, como o tipo e a intensidade de diversos exercícios e a duração do período do treinamento de força determinam a natureza e a amplitude das adaptações funcionais e estruturais no sistema neuromuscular induzidas pelo treinamento (KREAMER e HAKKINEM, 2004). Para Souto Maior e Alves (2003), a força é caracterizada pela habilidade do sistema nervoso de ativar os músculos envolvidos em movimentos específicos. Em conseqüência, os ganhos de força originam-se dentro do sistema nervoso pelo fato da ocorrência das adaptações neurais (MORITANI e DEVRIES, 1979; ENOKA, 1997; MCCOMAS, 1994; CARROLI et al., 2001). A adaptação neural pode ser mal interpretada ou negligenciada, ao projetar programas de treinamento. Quando um indivíduo começa a treinar com pesos, a adaptação preliminar que experimentará

27 27 será a neurológica. Enoka (1988) discute que os ganhos da força nas primeiras sessões de treinamento com pesos não se deve, necessariamente, a ganhos estruturais no tamanho do músculo, mas não sem a ocorrência das adaptações neurais. O aumento inicial de força muscular se deve primariamente ao aumento da aprendizagem motora ao invés da hipertrofia muscular. Seguindo essas conclusões o ACSM (2000) estudou através de grupos de pessoas destreinados para executarem oito semanas de treinamento com peso e observaram que com o passar do treinamento, os sinais eletromiográficos aumentavam cada vez mais com o passar da pesquisa e esse aumento da atividade eletromiográfica provocava aumentos da força máxima nos indivíduos conclui-se que os aumentos de força muscular se devem muito mais pelas adaptações neurais do que pela hipertrofia muscular nessa fase inicial de treinamento com pesos, uma vez que com o passar das sessões de treinamento, o aumento de força muscular é dada pela hipertrofia muscular. Destaca-se também a importância de se treinar através da amplitude muscular, pois este tipo de exercício apresenta um efeito predominantemente de maior ativação neural, com isso beneficiando a velocidade angular (BABAULT et al., 2003). Assim Sale, apud Souto Maior e Alves (2003), afirmam que existe uma relação do aumento de força muscular através da adaptação neural e a hipertrofia Coordenação Intermuscular Para Ribeiro (2005), a coordenação intermuscular é a inteiração cooperativa entre músculos agonistas, antagonistas, estabilizadores e neutralizadores, para a execução de um determinado movimento com maior eficiência mecânica. A coordenação intermuscular é uma variável que parece ser maior quando medida no meio em que foi desenvolvida (Princípio de Especificidade). Para Ribeiro, (2005) à medida que a técnica de um movimento vai sendo aprimorado, com o passar do treinamento e pelas repetições desse mesmo movimento há um fenômeno progressivo de adaptação dos músculos antagonistas a um determinado movimento, reduzindo a magnitude das contrações que estes têm que gerar em função da ação dos agonistas.

28 28 Um dos métodos mais utilizados para medir a atividade de um músculo na contração muscular é a eletromiografia. Esse método pode auxiliar na quantificação da atividade muscular que esta sendo exercida por uma determinada musculatura. (RIBEIRO, 2005). A maior parte dos ganhos durantes as semanas iniciais de treinamento de força em homens e mulheres não treinados acontece por causa das adaptações das vias neurais facilitadoras e/ou inibidoras que agem em diversos níveis do sistema nervoso. Isso também é verdade para atletas que não tenham participado anteriormente de um programa de força. Com o treinamento de força altera a quantidade e a qualidade da ativação: aumentando a ativação dos agonistas e/ou redução na co-ativação dos antagonistas e/ou aumentando a co-ativação dos sinergistas (KREAMER e HAKKINEM, 2004). Um aumento na ativação máxima dos agonistas é, sem dúvida, um fenômeno desejável que ocorre durante o treinamento de força em atletas submetidos a tal. O sinal eletromiografico teve um aumento após sessões periódicas de treinamento de força esse fenômeno sugere que o numero de unidades motoras recrutadas e/ou sua freqüência de disparo aumentaram. O treinamento também pode levar a diminuição na co-ativação dos antagonistas, contribuindo para o desenvolvimento de força dos músculos agonistas (KREAMER e HAKKINEM, 2004) Coordenação Intramuscular A coordenação intramuscular consiste em melhorar os processos que facilitam a produção de força como, recrutamento, freqüência de estímulos, sincronização e atividade reflexa do músculo, bem como a redução dos mecanismos inibidores da tensão muscular máxima. Quando se escolhe essa via para o desenvolvimento da força, o objetivo do treinamento é ensinar o esportista a recrutar todas as unidades motoras necessárias para uma freqüência ótima a fim de conseguir a contração máxima. A freqüência de estímulo é um mecanismo complementar a esse recrutamento, com isso, a combinação de ambos permite a gradação da força: diante de um mesmo recrutamento, com mais freqüência de estímulo, maior é a produção de força e potência e mais rapidamente consegue-se a força máxima (AYESTARÁN e BADILLO, 2001).

29 29 Segundo Ribeiro (2005), com o treinamento de força, as Unidades Motoras de um músculo são ativadas forma mais coordenada, necessitando de uma ativação menor para produzir a mesma força. Um aumento gradual da força ocorre em função de um recrutamento crescente de um número cada vez maior de unidades motoras, sendo estas cada vez mais fortes e finalmente encontram-se as unidades motoras mais fortes, as fibras IIb (WEINECK 1999). Para Souto Maior e Alves (2003), a coordenação intramuscular surge como um dos fatores decorrentes da adaptação neurogência e vem mais uma vez elucidar a função representada pelas unidades motoras nesse processo. A melhora da ativação das unidades motoras é justamente o que permite uma das primeiras alterações adaptativas no sistema neuromuscular (BACURAL et al., 2001). Quanto à melhoria das funções neuromusculares, Weineck (1999) destaca que o aumento da capacidade de um músculo em mobilizar um maior número de unidades motoras causa o aumento da capacidade de se desenvolver força de contração. Segundo Souto Maior e Alves (2003), a ocorrência da coordenação intramuscular se dá na fase da adaptação neural, quando se verifica o aumento da solicitação das unidades motoras. A justificativa para esse fato é que indivíduos não treinados não são capazes de recrutarem todas as unidades motoras exigidas para um determinado movimento ou exigência, em comparação a atletas treinados. Em se tratando de indivíduos treinados e destreinados Weineck (1999) mostra que os treinados são capazes de ativar simultaneamente mais unidades motoras de um músculo. Ao contrario, indivíduos não treinados não conseguem ativar todas as suas unidades motoras ativando assim só um percentual de suas fibras, ou seja, fibras musculares ativáveis conseguindo então um menor nível de força em relação aos indivíduos treinados. 2.9 Variáveis Intervenientes Segundo Shimidtbleicher apud Ribeiro (2005), o ritmo de execução sofre influência do comprimento e tensão do músculo. Este modelo tem como finalidade ilustrar a relação da força gerada em função do tempo que esta tem para se manifestar. Conforme a magnitude da intensidade nosso sistema muscular precisa de um

30 30 determinado tempo para recrutar as unidades motoras necessárias para uma determinada geração de força. Assim, podemos perceber a importância do controle da velocidade com que um movimento será executado. Para Ribeiro (2005), o ritmo de execução por si só não determina a condição de trabalho muscular. Deve-se, porém, considerar a quantidade de energia despendida para um movimento ao tentarmos inferir sobre o recrutamento das unidades motoras. Em estudos realizados, Barbosa e Chagas (1999), estudaram a influência do ritmo de execução nas equações preditivas de 1-RM. Em seu estudo, quinze homens e quinze mulheres foram submetidos a um protocolo de repetições máximas, controlando-se o ritmo de execução das fases excêntricas e concêntricas de forma que cada fase fosse executada em 6 segundos, implicando um tempo de doze segundos para cada repetição. Os resultados encontrados foram diferentes dos valores de outros estudos. As diferenças são explicadas por diversos fatores; entretanto, os autores sugeriram que o ritmo de execução foi determinante para justificar as diferenças encontradas. Segundo Fleck e Kraemer (1999), com o treinamento de força, o músculo esta mais forte em todas as velocidades de movimento desde uma ação isométrica ate uma ação realizada em velocidade máxima. Porém, existe discordância entre os estudiosos e treinadores com relação à velocidade ou ritmo ótimo na execução de um determinado exercício. Segundo Fleck e Kraemer (1999), a velocidade na qual o treinamento é realizado aponta para algumas conclusões importantes. Se o programa de treinamento prescreve apenas uma velocidade de movimento, essa deve ser uma velocidade intermediária. Qualquer velocidade de treinamento aumenta a força em uma extensão acima ou abaixo da velocidade de treinamento. O treinamento específico de velocidade pode ser necessário para o desempenho ótimo em alguns esportes que necessitam dessa especificidade Mecanismos de Fadiga

31 31 A fadiga muscular tem-se revelado como um dos tópicos centrais na investigação em fisiologia do exercício. Uma das principais características do sistema neuromuscular é a sua capacidade adaptativa crônica, uma vez que o sujeito pode adaptar-se às exigências funcionais, a um estímulo como à imobilização, o treinamento ou perante o efeito do envelhecimento. Da mesma forma, consegue adptar-se a alterações agudas, tais como as associadas ao exercício prolongado ou intenso, sendo uma das mais conhecidas o fenômeno habitualmente referido como fadiga muscular (ASCENSÃO et al., 2003). A incapacidade do músculo esquelético de gerar elevados níveis de força muscular ou manter esses níveis no tempo designa-se por fadiga neuromuscular (ASCENSÃO et al., 2003). A fadiga muscular pode ser definida como qualquer redução da capacidade do sistema neuro-múscular de gerar força. O mecanismo responsável pela capacidade da geração de força vai variar de acordo com a demanda da atividade. A fadiga ocorre quando existe uma depleção de substratos metabólitos envolvidos na contração muscular (MARTIN et al., 2001). Os mecanismos de fadiga pode ser desencadeados por uma serie de fatores, tais como tipo de músculo envolvido em uma ação motora, duração de uma contração muscular nível de sobrecarga e tipo de tarefa realizada (ENOKA, et al. apud GARCIA et al., 2004). A fadiga muscular depende do tipo, duração e intensidade do exercício, da tipologia das fibras musculares recrutadas, do nível de treinamento do sujeito e das condições ambientais da realização do exercício e ela tem sido associadas ao declínio de força muscular gerada durante e após os exercícios sub-máximos e máximos (ASCENSÃO et al., 2003).

32 32 Figura 1 Processo de fadiga (adaptado de Lehmann et al. apud Rossi e Tirapegui, 1999). Este fenômeno encontra-se ainda relacionado com determinadas alterações de alguns parâmetros eletromiograficos (EMG), nomeadamente durante contrações musculares isométricas e dinâmicas máximas e sub-máximas, bem como com a variação das concentrações intra e extracelulares de alguns metabólicos e íons. A fadiga tem sido igualmente sugerida como um mecanismo de proteção contra possíveis efeitos deletérios da integridade da fibra muscular esquelética. Outros estudos sobre fadiga têm sido realizados no âmbito da recuperação funcional de sujeitos com patologias ou lesões em determinadas estruturas do sistema nervoso e em patologias neuromusculares (ASCENSÃO et al., 2003). Estudos com diferentes níveis de fadiga 25, 50 e 75% de 1RM, demonstraram que a velocidade de condução dos potenciais de ação das unidades motoras, sofreu modificações em diferentes níveis de carga de trabalho. A 50 e 75% do RM foi observado uma queda abrupta da velocidade de condução de potencial de ação de

33 33 unidades motoras em comparação a 25% do RM. Esses resultados mostram que a redução do ph intracelular, fundamental na permeabilidade da membrana celular e que pode ser decorrente de uma diminuição no aporte sangüíneo pelo aumento no tempo e no nível de contração (GARCIA et al., 2004). A fadiga envolve uma complexidade de mecanismos relacionados com sustentação de uma contração muscular, comprimento do músculo, alterações bioquímicas no interior da célula muscular, duração da contração, nível de sobrecarga, tipo de tarefa executada e motivação. Estas variáveis poderão conduzir a diferentes tipos de estratégias sobre o padrão de recrutamento e variação em freqüência dos potenciais de ação de unidades motoras (ENOKA et al., GANDEVIA, MURTHY et al. apud GARCIA et al., 2004). Tanto a fadiga central como a periférica podem ocorrer em indivíduos que se exercitam em alta intensidade (DAVIS, BAILEY, apud ROSSI, TIRAPEGUI, 2004). As modificações nutricionais envolvendo principalmente carboidratos, proteínas e aminoácidos, podem, junto com outros fatores, alterar a neuro-quimica cerebral (DAVIS, BAILEY, apud ROSSI, TIRAPEGUI, 2004). Assim a fadiga central pode ser tanto relacionada à nutrição como certas desordens como depressão, síndrome prémenstrual, insônia (LIEBERMAN et al. apud ROSSI, TIRAPEGUI, 2004). As alterações do ph, da temperatura e do fluxo sanguíneo, acúmulo de produtos do metabolismo celular, particularmente dos resultantes da hidrólise do ATP (ADP, AMP, IMP, Pi, NH 3 ), a perda da homeostasia do íons Ca+, o papel da cinética de alguns iãos nos meios intra e extracelulares nomeadamente, o K, Na, Cl, Mg, a lesão muscular, principalmente induzida pelo exercício com predominância de contrações excêntricas e o estress oxidativo têm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga muscular (ASCENSÃO et al., 2003).

34 34 Figura 2 Participação dos sistemas energéticos durante exercício máximo em diferentes durações (adaptado de Mccardle et al. apud Rossi e Tirapegui, 1999). Para Santos, Dezan e Sarraf (2003), a fadiga muscular pode ser classificada conforme o período de sua aparição em aguda, subaguda, e crônica. A fadiga aguda pode ser caracterizada como uma alteração na produção de força esperada em conseqüência da deterioração de um ou vários processos responsáveis pela exitação-contração-relaxamento muscular ocasionando uma diminuição da freqüência de ativação muscular, podendo ocorrer em nível de neurônio ou do motoneurônio como conseqüência de diferentes fatores: Hipoglicemia substancias tóxicas como o íon de amônia e alterações na captação de aminoácidos para a síntese de neurotransmissores. É possível que haja uma diminuição do neurotransmissor (acetilcolina) ou uma falha na propagação do pontecial de ação pela atuação da acetilcolina sobre a membrana pós-simpática. Existindo assim uma alteração na propagação do potencial de ação desde a via nervosa (SANTOS, DEZAN e SERRAF 2003). Para Ascensão et al. (2003), o papel da fadiga neuromuscular na variação da proprioceptividade e do controle motor tem sido, também, a par da influência da idade, só sexo dos sujeitos e da manifestação dos padrões de ativação e coativação de alguns grupos musculares. A fadiga muscular pode resultar de alterações da

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