Fisiologia do Sistema Neuromuscular e Exercício Professor Franscisco Navarro

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1 Fisiologia do Sistema Neuromuscular e Exercício Fisiologia do Sistema Neuromuscular e Exercício Professor Franscisco Navarro 1

2 SUMÁRIO O Sistema Nervoso: Uma Visão Geral 3 Funções do Sistema Nervoso 3 Organização do Sistema Nervoso 3 O Sistema Nervoso Periférico pode ser dividido em: 3 Neurônios: Atividade Elétrica 4 Potencial de Repouso da Membrana 5 O Impulso Nervoso 5 Potencial de Ação 5 Lei do TUDO ou NADA 5 Proprioceptores 6 Quimiorreceptores Musculares 6 Reflexo 7 Função Motora Somática 7 Aparelho Vestibular e Equilíbrio 7 COntrole Motor - Encéfalo 8 Tronco Central 8 Cérebro 8 Cerebelo 8 Medula Espinhal 9 Funções Motoras 9 Sistema Nervoso Autônomo 9 O Sistema Nervoso e o Músculo Esquelético 10 Músculo Esquelético 10 Estrutura do músculo esquelético 10 Unidade Funcional Muscular 11 Junção Neuromuscular 11 Contração Muscular 11 Tipos de Fibra Muscular 12 Exercício Físico e Alterações nas Fibras Musculares 12 Exercício Físico e os Tipos de Fibras Musculares 13 Envelhecimento e Alterações Musculares 13 Ações Musculares 14 Velocidade da Contração e do Relaxamento Muscular 14 Regulação da Força 15 Regulação da Força 15 Visão Geral do Sistema Neuromuscular 16 2

3 O SISTEMA NERVOSO: UMA VISÃO GERAL Podemos pensar no sistema nervoso como uma rede integrada, em constante funcionamento, capaz de comunicar-se com extrema rapidez, e garantir a efetividade e funcionamento de diversos sistemas, além de ofertar ajustes necessários para a sobrevivência. de possibilidades, em um ato reflexo ou influir no sistema endócrino para que determinado hormônio seja liberado. Outra função importante é a capacidade de guardar a experiências vividas, discernir sobre o fatos acontecidos e desenvolver uma memória, estes fatos serão o repertório que deverão estabelecer padrões e consequente aprendizado. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO A estrutura desta rede possibilita o bom desempenho dos sentidos, bem como da coordenação, leitura e interpretação das informações que acontecem no meio, isso porque um número grandiosos de células deste sistema estão estruturalmente muito bem organizadas no corpo humano a partir de um comando central. Funções do Sistema Nervoso - Controle do ambiente interno; - Controle dos movimentos; - Ação reflexa da medula espinhal; - Compreensão / Assimilação / Memória / Aprendizado. Dentre as funções do sistema nervoso, a capacidade perceber acontecimentos nos ambientes internos e externos, como a mudança de temperatura ou a dor, estas informações, através de receptores que serão enviadas ao Sistema Nervoso Central (SNC), garantem em grande parte a sobrevivência, a capacidade de se adaptar ao meio. A resposta deste estímulo dá-se com uma variedade grande Para compreensão anatômica o sistema nervoso pode ser dividido em central (SNC), e periférico (SNP). O sistema nervoso central é o constituinte do crânio, o encéfalo e na medula espinhal (cor lilás da figura). O sistema nervoso periférico constitui-se pelos neurônios que estão fora do SNC (cor azul da figura). O Sistema Nervoso Periférico pode ser dividido em: - Porção Sensorial, responsável pela transmissão dos impulsos neuronais dos órgãos do sentido (receptores) ao SNC, tais fibras que realizam tal condução denominam-se fibras aferentes. - Porção Motora, divide-se em: 3

4 - Motora Somática responsável pela inervação da musculatura esquelética. - Motora Autônoma responsável pela inervação dos órgãos efetores involuntários. - As fibras nervosas motoras que conduzem impulsos do SNC, denominam-se fibras eferentes. Os neurônios pode ser divididos em: Corpo Celular: centro de operação do neurônio Dendritos: ramificações estendidas do corpo celular. Conduzem impulsos elétricos em direção ao corpo celular. Axônio: transmite a mensagem elétrica do corpo celular em direção a outro neurônio ou a um órgão efetor. Sinapse é o ponto em que se encontra o contato e sinalização entre os neurônios. As células de Schwann, revestem os axônios. Seu núcleo contem mielina e conferem proteção. Entre as células de Schwann existe um espaço, estes são os nódulos de Ranvier. NEURÔNIOS: ATIVIDADE ELÉTRICA Concentração de Íons através da Membrana Celular de um Neurônio Típico Concentração (milimoles/litro) Íon Extracelular Intracelular Sódio (Na+) Cloreto (Cl-) Potássio (K+) Estas células possuem propriedades especializadas de irritabilidade e condutividade, a primeira é a capacidade de resposta a um estímulo, e a segunda a condução do impulso. Os neurônios quando em repouso estão carregados negativamente, causa de uma distribuição disforme de íons carregados. Essa carga negativa é diferente da carga externa e essa diferença confere seu potencial de repouso da membrana. Obs.: Impulso (iniciado por um estímulo) nervoso é o sinal elétrico ao longo do axônio. 4

5 A concentração de sódio no meio extracelular é diferentemente do potássio. Potencial de Repouso da Membrana Fatores Determinantes: A permeabilidade da membrana plasmática aos diferentes íons; A diferença da concentração iônica dos líquidos intra e extracelular. Os íons sódios, potássio e cloreto, intra e extracelulares, estão em concentrações maiores, e com função mais importante no potencial de repouso da membrana. O IMPULSO NERVOSO Potencial de Ação Há um sinal neural quando existe necessidade de transmitir uma mensagem. Esta que é gerada quando um quando um estímulo é suficientemente potente para abrir os canais de sódio, permitindo assim que os íons sódio de difundam para dentro do neurônio, consequentemente esta ação tornará o meio intra celular mais positivo, assim as célula irá se despolarizar, esta que por sua vez atingirá um ponto crítico (limiar), então os canais de sódio se abrem e é criado um potencial de ação ou impulso nervoso. Um mecanismo que garante tal efetividade é a permeabilidade da membrana neural à estes íons, esta é regulada pelas proteínas da membrana, que funcionam como reguladores, pensando na diferença de concentração intra e extracelular e como observado na tabela, as concentrações, o sódio deve entrar e o potássio deverá sair. Assim uma quantidade de íons, mesmo pequena, se movimenta continuamente através da membrana, porém se tal fato continuar poderia ocasionar uma perda do potencial negativo da membrana, mas a bomba de sódio/ potássio que a membrana celular possui, utiliza energia da ATP para manter as concentrações intra e extracelular bombeando o sódio para fora da célula e o potássio para dentro, assim mantendo os gradientes de concentração necessários para a manutenção. A repolarização ocorre logo após a despolarização, devolvendo o potencial de repouso da membrana, assim o nervo estará pronto para uma nova ativação. Lei do TUDO ou NADA 5

6 A Lei do Tudo ou Nada recebe esta nomina devido o fato de que quando há um estímulo neural, a atividade elétrica que percorre o neurônio mantém sua voltagem sem perder efetividade em nenhum momento ao percorrer a extensão do axônio, mantendo a mesma tensão do ponto de início do estímulo. Proprioceptores Principais Tipos: - Terminações Nervosas Livres - Receptores Tipo Golgi - Corpúsculos de Pacini As terminações nervosas livres são os proprioceptores que mais existem no corpo humano, sendo estas, sensíveis ao toque e à pressão, adaptam-se e se ajustam aos estímulos mantendo constante a sinalização. Os Receptores Tipo Golgi ( NÃO os órgãos tendinosos de Golgi ), estão localizados nos ligamentos ao redor das articulações. Os Corpúsculos de Pacini estão localizados nos tecidos periarticulares e se adaptam e muito rápido ao movimento, este fenômeno, auxilia na percepção da amplitude da rotação articular. Quimiorreceptores Musculares Nas junções das sinapses os neurônios se comunicam através de um pequeno intervalo entre estes, tal processo denomina-se transmissão sináptica, para que tal transmissão exista é preciso que exista uma quantidade necessária de neurotransmissores (mensageiro químico utilizado pelos neurônios). Os neurotransmissores são liberados das vesículas sinápticas. Os quimiorreceptores musculares são sensíveis às alterações do ambiente químico ao redor do músculo. Estas alterações químicas são informações que serão enviadas ao Sistema Nervoso Central (SNC). Íons de hidrogênio, dióxido de carbono e de potássio estimulam fortemente esses receptores. Esses quimiorreceptores tem com função fundamental informar ao SNC a taxa metabólica da atividade muscular. 6

7 Reflexo FUNÇÃO MOTORA SOMÁTICA O arco reflexo é uma via onde um sinal é conduzido por um receptor até o SNC e este sinal é devolvido de volta ao órgão efetor da via motora. No caso dos músculos esqueléticos, o ato reflexo pode ocorrer em resposta a um estímulo sem que haja ativação dos centros cerebrais superiores. O mecanismo do reflexo é mais um dos diversos que garantem a sobrevivência do indivíduo, este tem o objetivo de fornecer uma resposta rápida frente a uma situação de risco, como no caso de um indivíduo se queimando ao tocar involuntariamente uma chama acesa. O reflexo é controlado por um nervo sensorial (receptor da dor), envia um impulso nervoso à medula espinhal, interneurônios localizados na medula espinhal, que excitados estimulam neurônios motores, e ainda provocam despolarização de neurônios motores específicos, estes que controlam os músculos flexores necessários para realizar o movimento. A porção motora somática do sistema nervoso periférico é responsável pela transmissão de mensagens neurais da medula espinhal às fibras musculares esqueléticas. Essas mensagens são os sinais para que a contração muscular ocorra. O Neurônio somático que inerva as fibras musculares esqueléticas é denominado motoneurônio, ou motoneurônio alfa. O corpo celular dos motoneurônios são encontrados na medula espinhal. O axônio do motoneurônio deixa a medula espinhal como um nervo espinhal até o músculo que ele é responsável pela inervação que quando chega a tal músculo se divide em ramos colaterais, cada ramo que inerva apenas uma fibra muscular, quando um motoneurônio é ativado, todas as fibras musculares recebem estímulo para sua contração, porém, o número de fibras inervadas por um motoneurônio não é igual, havendo variação entre cada músculo. Aparelho Vestibular e Equilíbrio Localizado no ouvido interno o aparelho vestibular, tem como função o equilíbrio, que se dá através através de alterações da posição da cabeça, com isso receptores sensíveis captam tais mudança, a interpretam e sinalizam ao Sistema Nervoso Central. 7

8 Os movimentos da cabeça geram um estímulo dos receptores do aparelho vestibular, este será transmitido ao cerebelo e aos núcleos vestibulares, que se localizam no tronco cerebral. Cerebral citamos o bulbo, a ponte e o mesencéfalo, como as principais. A manutenção do tônus postural é de fundamental importância para a locomoção, sendo esta uma das principais funções desta região do sistema nervoso, conferindo responsividade contra a ação da gravidade, influenciando na postura ereta normal. Cérebro Um indivíduo que apresente qualquer complicação no aparelho vestibular estará comprometendo sua função na prática esportiva, principalmente no desporto onde tal capacidade seja bastante exigida. O cérebro é fonte de diversos estudos com objetivo de compreender seu funcionamento, integração e resposta. Divido em hemisfério direito e esquerdo, e com a camada mais externa denominada córtex cerebral, apresenta uma rede de extrema complexidade de neurônios. A organização de movimentos complexos, o armazenamento das experiências aprendidas e a recepção de informações sensoriais são funções do córtex. CONTROLE MOTOR - ENCÉFALO Tronco Central - Bulbo - Ponte - Mesencéfalo O Tronco Cerebral, localizado no interior do crânio, apresenta diversas funções como o controle cardiorrespiratório e também por determinados reflexos de alta complexidade. Dentre as estruturas do Tronco O córtex motor depende da interação com regiões subcorticais como o cerebelo para que o controle e processamento das informações relacionadas ao movimento coordenado ocorra de forma qualitativa. Cerebelo - Movimento - Coordenação - Monitoração L o c a l i z a d o posteriormente à ponte e do bulbo, desempenha importante papel no controle do movimento, coordenação e monitoração dos movimentos complexos. 8

9 É responsável por movimentos balísticos, o que é conferido pela interação com o córtex motor, mediada por determinadas conexões. Quando lesionado o cerebelo gera déficit motor, havendo perda de controle dos movimentos e tremores abruptos nos movimentos que exigem velocidade. MEDULA ESPINHAL A função motora normal sofre influência do reflexos medulares. Esta estrutura influi diretamente e significamente no controle dos movimentos ao preparar os centros medulares para a realização do movimento desejado. FUNÇÕES MOTORAS Para que um indivíduo desempenhe em gesto motor específico, uma série de comando e integrados do sistema nervoso são exigidos. Contudo a prática, e o treinamento deverão ofertar coordenação destes estímulos conferindo maior qualidade no movimento. O gesto motor voluntário tem início nas áreas de associação do córtex (não o motor), este que gera um sinal, sem refinamento e precisão, do movimento planejado à partir de um estoque de sub-rotinas armazenadas, tal informação é enviada ao cerebelo e aos gânglios da base, destes o sinal é enviado através do tálamo até o córtex motor, que envia um sinal ao neurônios medulares e em seguida ao músculo esquelético. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO A medula é responsável por refinar os movimentos, oferece qualidade e perfeição para tal. Contudo para que o movimento seja realmente qualitativo é preciso que haja interação entra a medula e outros centros de controle superiores. Tal sistema é de fundamental importância para o controle do ambiente interno. Os nervos motores autônomos inervam órgãos efetores, como a musculatura lisa e a cardíaca, além de apresentar responsividade à emoções. O sistema Nervoso Autônomo é dividido em: Simpático, em geral tende a inervar um órgão, como no caso do sistema cardíaco, estimulando-o e, Parassimpático, em geral inerva um órgão, referindo-se ao mesmo sistema citado, inibindo-o. Obs.: A maioria dos órgãos são inervados por órgãos simpáticos e parassimpáticos. 9

10 O SISTEMA NERVOSO E O MÚSCULO ESQUELÉTICO A relação do sistema nervoso com os músculos esqueléticos, além de fundamental é de caráter direto, pois as características desta inervação, e a efetividade neuromuscular garantem o trabalho, este manifestado em maiores ou menores magnitudes. Iniciaremos nossa abordagem pelo tecido conjuntivo, o qual separa cada músculo, mantendo-os em sua posição e recebe o nome de fazia muscular. Mais internamente circunda um feixe de fibras musculares (fascículo) e recebe o nome de perimísio, e mais internamente ainda, circunda cada fibra muscular, recebendo o nome de endomísio. E abaixo deste ainda existe mais uma camada de tecido conjuntivo envolvendo cada fibra, denomida como lamina externa ou membrana basal. No exercício físico esta relação sofrerá adaptações de acordo com as características estabelecidas no programa de treinamento conferindo maior resposta. Músculo Esquelético - Quantidade: mais 400 em todo o corpo humano. - Representam 40 a 50% do peso total do organismo. - Função: produção de calor, produção de força para a locomoção, respiracão e manutenção postural. Existem mais de 400 músculos esqueléticos no corpo humano, e estes representam 40 a 50% do peso corporal total do organismo. Tem como função a produção de calor, produção de força para a locomoção, respiração e, alem disso, também são responsáveis pela manutenção da postura do individuo. Os músculos se fixam nos ossos através dos tendões, que são tecidos conjuntivos bastante resistentes. Cada músculo e ligado através de um tendão a um osso fixo (origem) e sua extremidade oposta a outro osso que se movimenta durante a contração muscular (inserção). Durante a contração muscular ocorre aumento ou diminuição dos ângulos articulares, caracterizando então a extensão e a flexão, respectivamente. ESTRUTURA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO A estrutura dos músculos esqueléticos e composta por vários tipos de tecido, como células musculares (também chamadas de fibras musculares), tecido conjuntivo, tecido nervoso e sangue. - Sarcolema - Sarcoplasma: - Organelas - Reticulo Sarcoplasmatico - Miofibrilas -> Actina -> Miosina ** Celulas Satélites O músculo esquelético contem muitas organelas que estão presentes nos outro tipos de células, como mitocôndrias, lisossomos, entre outras. Mas tem uma diferença bastante importante quanto a sua estrutura, que e o fato da célula muscular ser multinucleada. Alem disso tem a forma estriada, devido a alternância de bandas claras e escuras ao longo da fibra. Estas bandas fazem parte da unidade funcional do músculo, e vai ser abordada mais tarde. 10

11 A membrana plasmática da célula muscular fica abaixo da lamina externa e é denominada de sarcolema, enquanto e o citoplasma de sarcoplasma. Este contem as organelas já comentadas, as proteínas contrateis e também o reticulo sarcoplasmático, que e uma rede de canais que correm paralelamente ao sarcomero e armazenam cálcio (estrutura muito importante na contração muscular). As miofibrilas são estruturas filiformes, estão presentes no sarcoplasma e contem as proteínas contrateis: miosina (filamento espesso) e actina (filamento fino). As miofibrilas podem ainda ser subdivididas em segmentos menores chamados de sarcomero que são a unidade funcional do músculo esquelético. As células satélites são células indiferenciadas e localizam-se entra a lamina externa e o sarcolema. Apos a lesão muscular estas células se diferenciam em células musculares a fim de repor as células lesionadas. Alem disso, durante o exercício de forca estas células se dividem e contribuem com os núcleos para as fibras musculares existentes, o que aumenta a capacidade destas fibras em produzir proteínas, auxiliando no crescimento muscular. UNIDADE FUNCIONAL MUSCULAR Os sarcomeros são a unidade funcional do músculo esquelético, pois e a estrutura que contem as proteínas responsáveis pela contração muscular. No sarcomero existe ainda uma região da miosina que não e sobreposta pela actina, denomida de zona H. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR - Medula espinhal -> Neurônios motores - Neurônios Motores + Células Musculares = Unidade Motora - Fenda neuromuscular - Junção Neuromuscular - Placa Motora Da medula espinhal saem os neurônios motores que vão em direção as células musculares. Os neurônios motores e as células musculares inervadas por eles formam o que denominamos de unidade motora. O neurônio motor não entra em contato direto com as fibras musculares, existe um espaço chamado de fenda neuromuscular e a região deste encontro entre as fibras musculares e o neurônio motor e denominado junção neuromuscular. O mecanismo da contração muscular inicia-se quando o impulso nervoso chega ao neurônio motor, o qual libera acetilcolina na junção neuromuscular. Esta se liga aos receptoras de acetilcolina na placa motora (bolsa formada pelo sarcolema na junção neuromuscular), aumentando a permeabilidade ao sódio na membrana, resultando na despolarização desta e inicio do processo de contração muscular. Lembrando que esta despolarização e chamada de potencial da placa motora e e sempre suficientemente grande para ultrapassar o potencial de repouso e iniciar a contração muscular. CONTRAÇÃO MUSCULAR Este são separados entre si por uma fina camada de tecido conjuntivo denominada linha Z e contem os filamentos de miosina, que se localizam principalmente na porção escura do sarcomero, denominada de banda A, e os filamentos de actina, que se localizam principalmente na porção clara, denominada banda I. 11

12 Nos filamentos de miosina existem pontes cruzadas que se estendem como braços em direção a actina. Essa ligação pode ser fraca (repouso muscular) ou forte, porem a contração só ocorre no estagio de ligação forte, e é devida ao deslizamento do filamento de actina sobre o filamento de miosina. Esse deslizamento promove o encurtamento da fibra muscular e também a geração de forca, caracterizando a contração muscular. A energia para que ocorra contração muscular e proveniente da degradação do ATP pela enzima miosina ATPase, esse processo energiza as pontes cruzadas da miosina para que ocorra o deslizamento das fibras. A interrupção da contração ocorre com ausência do impulso nervoso na junção neuromuscular, com consequente remoção do cálcio para dentro do reticulo sarcoplasmático e assim na haverá mais disponibilidade dos sítios ativos na actina para ligações fortes. TIPOS DE FIBRA MUSCULAR As fibras musculares são classificadas com base na histoquímica ou bioquímica. A maioria dos músculos esqueléticos e composta por uma combinação equilibrada de fibras, entretanto essa composição pode ser influenciada pela genética, níveis hormonais no sangue, e exercícios físicos. E importante lembrar que esta composição influencia no desempenho de atividade de forca e endurance. E importante dizer que um ciclo de contração simples encurta um músculo somente em 1% de seu comprimento em repouso, portanto, para que os músculos que tem seu encurtamento em ate 60% e necessário que esse ciclo seja repetido diversas vezes. Já foi dito anteriormente que a contração muscular ocorre devido ao deslizamento da actina sobre a miosina. Agora vamos explicar mais a fundo este mecanismo. O filamento de actina e formado por tropomiosina e troponina. Quando o músculo esta em repouso a tropomiosina bloqueia os sítios ativos da actina, impedindo a ligação forte entre a actina e a miosina. A despolarização da célula muscular atinge o reticulo sarcoplasmático, o qual libera cálcio para se unir a troponina, assim ocorre uma mudança de posição da tropomiosina com exposição dos sítios ativos da actina, possibilitando uma ligação forte entre a actina e miosina e consequente contração muscular. O ciclo de contração pode ser repetido enquanto houver cálcio disponível para se ligar a troponina e ATP para gerar energia. A falha em um destes mecanismos gera distúrbio na homeostasia muscular e fadiga. Tipo I Estas também são denominadas fibras de contração lenta, contem grande volume de mitocôndrias, altas concentrações de mioglobina e são envolvidas por mais capilares do que qualquer outro tipo de fibra. Estas características conferem grande capacidade de metabolismo aeróbio e alta resistência a fadiga. Tipo IIa Também denominada fibra intermediaria, embora sejam de contração rápida, pois possui características de contração e fadiga que se encontram entre as fibras tipo IIb e Tipo I. São extremamente adaptáveis e com o treinamento físico podem elevar sua capacidade oxidativa. Tipo IIb São fibras de contração rápida, apresentam metabolismo aeróbio limitado e menos resistência a fadiga. Porem tem uma grande capacidade anaeróbica, maior eficiência ao manifestar forca, bem como menor tempo de contração para este. EXERCÍCIO FÍSICO E ALTERAÇÕES NAS FIBRAS MUSCULARES Estímulo (Treinamento Físico) - Alteração do Tamanho - Alteração da Composição Bioquímica - Alterações na Resposta 12

13 O exercício físico é capaz de alterar o tamanho e a composição bioquímica de uma fibra muscular esquelética, assim como a inatividade também pode alterar tais características em função da ausência de estímulos. As primeiras adaptações ao treinamento de força é o aumento da força e do tamanho da musculatura, devido ao aumento da fibra muscular, e às adaptações neurais. EXERCÍCIO FÍSICO E OS TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES Estudos demonstram que os exercícios físico pode alterar os tipos de fibras musculares esqueléticas, seja o treinamento de endurance como o resistido (trabalho com pesos). As alterações do exercício físico nos tipos de fibras são pequenas e não resultam em um conversão completa de fibras do Tipo IIb para o tipo I, no treinamento resistido gera redução da porcentagem das fibras tipo IIb e um aumento da porcentagem de fibras tipo IIa. Estudos apontam que o treinamento adaptações em fibras do Tipo IIb para Tipo I precisa antes ser convertida em Tipo IIa o que demonstra a progressão desta alterações. Atletas de potência possuem alta porcentagem de fibras rápidas, já os de endurance possuem alta porcentagem de fibras lentas. Composição de Fibras Musculares Esporte % de Fibras Lentas (tipo I) % de Fibras Rápidas (Tipo IIb e IIa) Corredores de Distância Corredores de Curta Distância Halterofilistas Não Atletas ENVELHECIMENTO E ALTERAÇÕES MUSCULARES de 10% na massa muscular: anos de 40% na massa muscular: anos 13

14 O envelhecimento é fortemente associado a perda de força muscular (sarcopenia), essa diminuição ocorre com uma perda mais lenta em que 10% da massa muscular é perdida entre os 25 e os 50 anos, e uma diminuição rápida, com perda de 40% do 50 aos 80 anos, essa diminuição ocorre principalmente em fibras musculares rápidas mais notável naquelas do Tipo IIb, consequentemente perda de tamanho e força também são observados, tal quadro é bastante característico nos idosos sedentários, causa da inatividade, da carência de estímulos que possam geram aumento ou manutenção da massa muscular. 1) Isométrica 2) Isotônia - Concêntrica - Excêntrica Contudo mesmo que seja observada sarcopenia no envelhecimento, a capacidade do músculo esquelético de responder ao treinamento físico não é alterada. AÇÕES MUSCULARES O termo ação muscular é utilizado para descrever o trabalho, e precede os tipos de contrações musculares. A ação isométrica ocorre em detrimento da contração muscular sem que haja aumento ou diminuição do ângulo articular, ou seja, o trabalho é estático, o que não significa que seja mais ou menos intenso, tal característica é dependente de demais variáveis. VELOCIDADE DA CONTRAÇÃO E DO RELAXAMENTO MUSCULAR Diferente desta tipo de contração citamos o ação isotônica, ou dinâmico, pois neste caso existe variação do ângulo articular na ação muscular, este trabalho pode ser concêntrico ou excêntrico. Uma ação muscular que acarreta encurtamento muscular com movimento de uma parte do corpo é denominada ação concêntrica. Uma ação excêntrica ocorre quando um músculo é ativado e produz força, mas o músculo alonga Um contração simples ocorre, após um estímulo, este por exemplo, o resultado de um descarga em um nervo que atende tal fibra muscular. Para compreender os períodos de uma contração podemos entender que em primeiro lugar, imediatamente após o estímulo, existe um período de latência breve (com duração de alguns milissegundos) antes do início do encurtamento muscular. 14

15 A segunda fase da contração é a fase de contração, a qual dura aproximadamente 40 milissegundos. Finalmente, o músculo retorna ao seu comprimento original durante a fase de relaxamento, o qual dura aproximadamente 50 milissegundos e, portanto, é a mais longa das três fases. (1) número e tipos de unidades motoras recrutadas (2) comprimento inicial do músculo (3) natureza da estimulação neural das unidades motoras Contudo para que haja contração, uma fibra muscular individual deve receber uma quantidade adequada de estimulo. As fibras rápidas contraem durante um período de tempo menor que as fibras lentas. A explicação para essa observação é a seguinte: a velocidade de encurtamento é maior nas fibras rápidas que nas fibras lentas porque o retículo sarcoplasmático das fibras rápidas libera Ca++ numa maior velocidade e porque as fibras rápidas possuem uma maior atividade de ATPase em comparação com as fibras lentas. A Comprimento abaixo do ideal Poucas interações das pontes cruzadas = desenvolvimento de tensão reduzida B Comprimento ideal Interação máxima das pontes cruzadas = desenvolvimento de tensão máxima C Comprimento acima do ideal Não ocorrem interações das pontes cruzadas = não há desenvolvimento de tensão REGULAÇÃO DA FORÇA - Quimiorreceptores - Fuso Muscular - Órgãos Tendinosos de Golgi Os receptores musculares, quimiorreceptores, fusos musculares e órgão tendinosos de Golgi. A maior atividade de ATPase resulta numa maior metabolização do ATP e numa liberação mais rápida de energia necessária para a contração. REGULAÇÃO DA FORÇA A quantidade de força gerada estabelece relação com o número de pontes cruzadas de miosina que entram em contato com a actina. A quantidade de força exercida durante a contração muscular de um grupo de músculos depende de três fatores principais: As alterações do ph muscular, do potássio extracelular, e das tensões de O2 e de CO2, são enviadas ao Sistema Nervoso Central pelos quimiorreceptores. Os fusos musculares contêm terminações nervosas que respondem às dinâmicas do comprimento muscular e sobre o comprimento estático do músculo. Estas resposta são medidas por terminações nervosas sensoriais primárias e secundárias. A estrutura e disposição anatômica dos fusos musculares conferem eficácia nestas respostas. 15

16 Localizados nos tendões os órgãos tendinosos de Golgi monitoram a tensão produzida pela contração muscular, essa informação é enviada à medula óssea através de neurônios sensoriais. Tal mecanismo confere segurança na ação muscular. maior ou menor manifestação das capacidades frente a magnitude e necessidade do devido estímulo. VISÃO GERAL DO SISTEMA NEUROMUSCULAR O Sistema Nervoso, é organizado a fim de garantir efetividade nos estímulos frente às respostas do organismo ao meio, bem como ofertar sinais para administrar milhares de processos e informações que são recebidas a todo tempo. Uma série de órgão e células interagem e garantem tal funcionamento, de forma efetiva, cada qual, com determinada função, estas executadas através de vias específicas, organizadas e integradas. Assim estabelece relação com os músculos esqueléticos, tal integração garante uma série de movimentos bem estabelecidos e coordenados, sendo estes realizados em As características da resposta deste podem ser influenciadas pelo treinamento físico, através de alterações que conferem adaptações biopositivas ou mesmo bionegativas, contudo é importante lembrar que para todo estímulo haverá resposta. 16

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