DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO PUNGOÉ

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1 Governo da República de Moçambique Governo da República do Zimbabwe Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO PUNGOÉ Fase II Cenários de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé VOLUME IV RELATÓRIO DA CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL RELATÓRIO FINAL Dezembro de 2005 SWECO & Associates

2 Cliente: Projecto: Título: Sub-título: Estatuto do relatório: Governo da República de Moçambique Governo da República do Zimbabwe Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO PUNGOÉ Fase II Cenários de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé Versão Final Projecto SWECO No: Data: Dezembro de 2005 Equipa do Projecto: SWECO International AB, Suécia (líder) ICWS, Países Baixos OPTO International AB, Suécia SMHI, Suécia NCG AB, Suécia CONSULTEC Lda, Moçambique IMPACTO Lda, Moçambique Universidade Católica de Moçambique Interconsult Zimbabwe (Pvt) Ltd, Zimbabwe Aprovado por: Lennart Lundberg, Director do Projecto SWECO INTERNATIONAL AB

3 O Projecto Pungoé A Estratégia Conjunta para a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Pungoé (EGIRH), abreviadamente designado por Projecto Pungoé, representa um esforço de cooperação entre os Governos do Zimbabwe e de Moçambique para criar uma estrutura para a gestão, desenvolvimento e conservação sustentável e equitativa dos recursos hídricos da bacia do Rio Pungoé, com o objectivo de aumentar os benefícios económicos e sociais resultantes para as populações residentes na bacia. Um elemento chave no desenvolvimento desta estratégia por parte do Projecto, passa pela capacitação para a respectiva implementação e actualização, de forma a facilitar a efectiva gestão participativa por parte das autoridades e das partes interessadas e afectadas (Stakeholders). O Rio Pungoé é um curso de água partilhado entre os dois países. O Projecto Pungoé é financiado pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi), através de um acordo com Zimbabwe e Moçambique. O projecto está a ser implementado, em nome dos dois governos, pelo Departamento de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (DWR), do Ministério de Recursos Rurais, Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e Irrigação (MRRWS&I) no Zimbabwe e da Direcção Nacional de Águas (DNA), do Ministério de Obras Públicas e Habitação em Moçambique. As agências de implementação são: Autoridade Nacional de Águas do Zimbabwe (ZINWA) através do Gabinete do Gestor da Bacia do Save e a Administração Regional de Águas do Centro (ARA-Centro). O Projecto Pungoé teve início em Fevereiro de 2002 e está a ser implementado em quatro fases, nomeadamente: Fase 0 Fase Inicial Fase 1 Fase da Monografia Fase 2 Fase de Cenários de Desenvolvimento Fase 3 Fase de Estratégia Conjunta da GIRH

4 A Fase dos Cenários de Desenvolvimento De acordo com os Termos de Referência, os objectivos da Fase II - Cenários de Desenvolvimento são: Uma avaliação compreensiva da Demanda de Água presente e futura O estudo sobre a demanda de água deve incluir os seguintes sectores: Abastecimento de Água e Saneamento Indústrias e Actividade Mineira Energia Agricultura e Irrigação Pescas Florestas, Turismo e Vida Selvagem Caudais Ambientais e Ecológicos Qualquer outro sector de demanda de água relevante Identificação e análise de futuras transferências de água inter-bacias Avaliação de potenciais oportunidades de abastecimento por águas subterrâneas Identificação e análise de potenciais projectos de recursos hídricos que possam satisfazer as demandas de água previstas Definição do âmbito ambiental dos projectos de recursos hídricos identificados Avaliação das necessidades de um uso sustentável e produtivo da água, incluindo o controlo de cheias, mitigação de secas e controlo da poluição de água Formulação e avaliação de futuros cenários de desenvolvimento dos recursos hídricos com base na demanda de água sectorial e tendo em consideração as perspectivas alternativas de desenvolvimento na bacia do Rio Pungoé e nos países que partilham a bacia Lista de Documentos O Relatório de Cenários de Desenvolvimento inclui os seguintes quatro documentos: Volume I Volume II Volume III Volume IV Relatório Principal Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas Fevereiro Abril 2005 Relatório Técnico Relatório da Capacitação Institucional

5 Volume IV: RELATÓRIO DA CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL ÍNDICE 1 Introdução Antecedentes Capacitação institucional como parte da GIRH Descrição da capacitação institucional realizada no Projecto A CI em função do objectivo e duração do projecto Conceito de CI utilizado no projecto Actividades de CI no Projecto Capacidade institucional da autoridade regional da água em Moçambique Missão da ARA-Centro Capacidade institucional existente Recursos humanos Capacidade técnica Capacidade organizacional Capacidade financeira Capacidade inter-institucional Matriz da CI Capacitação necessária Capacidade institucional da autoridade regional da água no Zimbabwe Missão da ZINWA-Save Capacidade institucional existente Recursos humanos Capacidade técnica Capacidade económica e organizacional Capacidade financeira Capacidade inter-institucional Matriz da CI Capacitação necessária Conclusões sobre a CI em função dos cenários de desenvolvimento ARA-Centro ZINWA-Save Apêndice 1 Visão para a ARA-Centro com base no seminário interno de Junho de 2005 Apêndice 2 Versão preliminar de um enquadramento de gestão para a ARA-Centro

6 1 Introdução 1.1 Antecedentes As autoridades regionais da água responsáveis pela implementação do Projecto Pungoé, a ARA-Centro em Moçambique e a ZINWA-Save no Zimbabwe, estavam em níveis de desenvolvimento muito diferentes no início do Projecto em A ARA-Centro já estava estabelecida há alguns anos, mas sem estatutos aprovados e com uma capacidade institucional muito limitada devido aos reduzidos recursos económicos e humanos. A ZINWA-Save foi estabelecida recentemente através de uma transferência das autoridades regionais do Departamento de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e das Administrações de Rios em Manicaland. Através de transferência, grande parte da capacidade institucional das autoridades anteriores permaneceu na nova organização. Os recursos humanos e competências técnicas adquiridas ao longo de muitos anos de gestão governamental dos recursos hídricos no Zimbabwe estavam estabelecidos e a nova Lei da Água disponibilizou recursos económicos relativamente bons para a ZINWA-Save através do direito legal de receber rendimentos provenientes das vendas de água bruta. Um elemento chave para uma bem sucedida implementação da gestão integrada dos recursos hídricos na bacia partilhada do Rio Pungoé é a criação de capacidades semelhantes em Moçambique e no Zimbabwe, para a gestão participativa eficaz das autoridades regionais da água. A Capacitação Institucional (CI) é, por isso, uma componente essencial no Projecto Pungoé, que no entanto, devido aos diferentes níveis de desenvolvimento das autoridades dos dois países, deu-se maior ênfase à ARA-Centro em Moçambique. As actividades de CI estão a ser realizadas mais ou menos permanentemente desde o início do projecto. No entanto, o enquadramento de elaboração de relatórios especificado nos Termos de Referência, não inclui nenhum relatório específico sobre a CI, razão pela qual se tem verificado uma divulgação muito limitada destas actividades. Na Fase de Cenários de Desenvolvimento, a capacidade das autoridades regionais da água para implementar e monitorar os projectos de desenvolvimento futuros é uma questão importante. Assim sendo, decidiu-se incluir um relatório separado sobre a capacidade institucional, como parte dos relatórios da Fase II. O objectivo do anexo de CI é de descrever a actual capacidade institucional das autoridades regionais da água: ARA-Centro e ZINWA-Save e de identificar a capacitação futura necessária para a implementação da gestão bilateral dos recursos hídricos na bacia do rio Pungoé. Por conseguinte, o foco deste Relatório não é o de relatar todo o trabalho realizado pelo Consultor, mas sim, o de apresentar linhas de orientação para a capacitação a ser efectuada futuramente no resto do tempo do Projecto Pungoé e em futuros projectos de Page 1-1

7 apoio. No capítulo 1.3 apresenta-se uma descrição geral do trabalho de CI desenvolvido pelo projecto. 1.2 Capacitação institucional como parte da GIRH A Gestão Integrada dos Recursos Hídricos (GIRH) implica uma abordagem inter-disciplinar e conjunta que promova um processo de coordenação inter-sectorial para a gestão dos recursos hídricos. Com vista a atingir a sua sustentabilidade, a estratégia de GIRH deve destacae a participação das partes interessadas e afectadas e a capacitação institucional. Os projectos de CI têm, historicamente, estado limitados a um inventário de funções seguido de uma análise das tecnologias e recursos humanos disponíveis, após o qual é elaborado um programa de capacitação e formação. Este é um bom começo mas, normalmente, não é suficiente. Estão a ser transferidas novas tecnologias e as pessoas recebem formação, mas a capacidade da instituição como um todo não melhora, e o seu desempenho também não. Frequentemente, isto é acompanhado por sérias dúvidas sobre a sustentabilidade da tecnologia transferida e da capacidade criada. Porquê? Porque as razões para o fraco desempenho de uma instituição vão, em geral, para além da falta de tecnologia e de capacidade humana. Alguns exemplos de razões para um desempenho institucional insuficiente, apesar do apoio do projecto, são: Falta de empenho e incentivos para obter resultados Definição pouco clara das funções e responsabilidades Grande rotação de pessoal Financiamento insuficiente e/ou pouco claro Enquadramento institucional pouco claro Factores políticos e macro-económicos A capacidade institucional é a competência das organizações para desempenharem os seus deveres, funções e responsabilidades. Mas é também a capacidade para identificar as mudanças e ir ao encontro dos desafios que inevitavelmente irão surgir com o tempo. Por conseguinte, a capacidade institucional é manter o mesmo nível de resultados ao longo dos tempos. A capacitação institucional não é, por isso, um empreendimento para um tempo específico. Deve ser antes, um processo contínuo de reforçar e disponibilizar a capacidade de cada um dos membros do pessoal e da organização, para que como um todo, possam exercer as suas funções, melhorar o desempenho e produzir resultados. Como parte da implementação da GIRH numa região, o processo de capacitação institucional deve ser iniciado nas autoridades regionais da água. Se a capacidade inicial for insuficiente deve, em primeiro lugar, ser elevada a um nível aceitável e, em seguida, torna-la sustentável através da transferência da compreensão do que a CI representa. Este Page 1-2

8 conhecimento deve estar estabelecido a nível da gestão das autoridades regionais da água, bem como, com de todo o pessoal e das autoridades nacionais. 1.3 Descrição da capacitação institucional realizada no Projecto A CI em função do objectivo e duração do projecto O objectivo global do projecto é, de acordo com os Termos de Referência Desenvolver uma estratégia conjunta para a gestão integrada dos recursos hídricos da bacia do rio Pungoé e desenvolver as capacidades para a respectiva implementação e actualização. Conforme definido durante a Fase Inicial, a estratégia engloba os seguintes elementos chave que permitirão aos dois países gerir e desenvolver a bacia em conjunto: Um plano de desenvolvimento; Capacidade e conhecimentos criados nas organizações de gestão da bacia do rio, nas entidades das partes interessadas e afectadas e nas organizações Não- Governamentais (ONGs) e outras; Infra-estrutura física como escritórios locais e equipamento, e Ferramentas de gestão da informação e bases de dados relacionadas. A interpretação destes elementos chave na capacidade institucional necessária para uma gestão sustentável dos recursos hídricos na bacia do Rio Pungoé é resumida nas seguintes áreas principais de capacitação a existir nas autoridades regionais ARA-Centro e ZINWA- Save: 1. Capacidade de desenvolver e actualizar o plano da bacia do Rio Pungoé; 2. Capacidade para gerir a bacia de acordo com o plano estabelecido; 3. Capacidade para uma cooperação contínua entre os dois estados da bacia; 4. Capacidade de comunicação e envolvimento contínuo das partes interessadas e afectadas na gestão e planeamento da bacia. A Monografia do Pungoé e os cenários de desenvolvimento estudados durante a Fase II criaram os conhecimentos socio-económicos, técnicos e ambientais para a elaboração de um plano de desenvolvimento para a bacia do Rio Pungoé. Este plano será elaborado na Fase de Estratégia no âmbito do projecto. No entanto, a capacidade institucional de monitorização e acompanhamento contínuo deste conhecimento na ARA-Centro e na ZINWA-Save é necessária para garantir futuras actualizações do plano. O ponto 2 referido acima é o desafio maior, uma vez que envolve tarefas como por exemplo a avaliação, gestão e fiscalização de novas infra-estruturas e a aprovação, monitorização e aplicação dos regulamentos de uso da água. Além disso, o Projecto demonstrou a Page 1-3

9 necessidade da gestão ambiental e das cheias na bacia do rio Pungoé, o que exige mais, em termos de capacidade, às autoridades regionais da água. Com excepção da grande necessidade de recursos humanos e de gestão, o contexto do ponto 2 abrange também o desenvolvimento de infra-estruturas institucionais como escritórios locais, equipamentos, ferramentas, veículos, etc. O processo de participação das partes interessadas e afectadas foi realçado no Projecto Pungoé e registou um progresso importante especialmente em Moçambique onde se estabeleceu o Comité da Bacia do Pungoé (Ver Volume 2). No entanto, o processo participativo em Moçambique está na sua fase inicial e é necessário um foco contínuo nesta área de capacidade para atingir uma situação sustentável. De modo semelhante, o estabelecimento da Comissão Conjunta dos Recursos Hídricos em 2002 e a realização de reuniões regulares entre as autoridades da água de Moçambique e do Zimbabwe ao longo do projecto, criaram uma boa base para uma cooperação futura entre os dois estados da bacia. No entanto, é necessário uma estruturação adicional das questões legais através de um acordo bilateral para uma futura gestão sustentável deste rio internacional. Em vista das exigências de capacidade acima referidas, é de notar que em ambos os países, e especialmente em Moçambique, a capacidade institucional de implementar e actualizar a estratégia de GIRH estará para além do horizonte do projecto actual. O objectivo específico da componente de CI do projecto é, por isso, de estabelecer as fundações para um processo de CI que se pode sustentar a si próprio e pode continuar após o projecto actual Conceito de CI utilizado no projecto A capacitação institucional no Projecto Pungoé foi concebida de acordo com as linhas apresentadas inicialmente por Len Abrams no seu estudo The Threshold Concept (Figura 1.1). A noção central do conceito de CI é que a capacidade de uma organização para cumprir o seu mandato legal e institucional depende do estado das três seguintes áreas principais nas quais deve existir capacidade. 1. o nível das capacidades ou dos recursos humanos (pessoal com a devida formação e nível de experiência adequado), representado pelo círculo interno na Figura o nível da capacidade da organização ou dos recursos (equipamento, recursos financeiros, informação), representada pela área entre o interior e o segundo círculo, que representa a fronteira da organização; 3. o ambiente mais geral ou a região, fora do segundo círculo concêntrico no qual a organização deve funcionar, que representa o nível de capacidade institucional de influências exteriores como o enquadramento legal-institucional, o ambiente económico geral e outros serviços de apoio. Page 1-4

10 A noção geral avançada pelo conceito threshold é que se existe falta de capacidade em qualquer uma das áreas críticas, a organização não poderá desempenhar as suas funções com sucesso, independentemente de existir ou não capacidade suficiente noutras áreas. Figura 1.1 Conceito Threshold de Capacitação Institucional, Len Abrams Actividades de CI no Projecto Os consultores desenvolveram sempre um processo participativo, envolvendo as pessoas interessadas, de modo que o projecto fosse ao encontro das suas necessidades. Isto foi garantido através da participação diária do chefe de equipa que é residente permanente na cidade da Beira. Além disso, realizaram-se actividades específicas de CI do projecto com o apoio de especialistas da equipa do consultor em questões de gestão, económicas, técnicas e legais. As actividades de capacitação são apresentadas na Tabela 1.1 abaixo. Page 1-5

11 Tabela 1.1 Actividades de CI no Projecto Pungoé. Desenvolvimento dos Recursos Humanos Cursos de formação no estrangeiro em hidrologia operacional Cursos de formação detalhada em: Modelação hidrológica SIG Seminários técnicos sobre: Recursos hídricos Demanda de água Cenários de desenvolvimento Formação prática no trabalho em: Concepção e manutenção de redes hidrométricas Medições de caudal hidrológico Medições da qualidade da água Medição de águas subterrâneas Análise de cheias Hidro-informática Concepção de páginas de Internet Participação das partes interessadas e afectadas (Stakeholders) Gestão de contas Cursos da língua Inglesa* Organização e Desenvolvimento de Recursos Elaboração de: Monografia da Bacia do Rio Pungoé Estratégia de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé** Apoio a: Formulação dos regulamentos internos da ARA-Centro* Introdução de licenças de água e imposto sobre a água para a ARA-Centro* Visão/plano de negócios para a ARA-Centro* Plano dos Limites da Bacia Hidrográfica para a ZINWA- Save*** Financiamento de: Veículos Computadores e acessórios Mudança e reabilitação do novo escritório na ARA-Centro* Equipamento adquirido incluindo formação: Software do modelo hidrológico de Pitman e de HBV Software ESRI ArcGIS SPG Estações hidrométricas novas/reabilitadas Equipamento de medição do caudal para a elaboração de curvas de vazão* Medidores da qualidade da água Rádios para transmitir avisos de cheias * Software desenvolvido: Base de dados hidrometeorológicos** Base de dados das partes interessadas e afectadas* Página da bacia do Pungoé Sistema de contabilidade para a ARA-Centro* Estudos especiais: Avaliação das actividades informais de mineração de ouro Modelação da intrusão de água salina Desenvolvimento Institucional Acordos bilaterais sugeridos para: Partilha dos recursos hídricos** Troca de dados** Relações institucionais bilaterais melhoradas através de: Reuniões regulares da Comissão de Direcção do Projecto (PSC) Reuniões regulares (uma vez por mês) da Comissão de Gestão do Projecto (PMC) Seminários bilaterais do projecto Cursos de formação conjuntos de modelação hidrológica e SIG Contactos das partes interessadas e afectadas através do: Estabelecimento da Comité da Bacia do Pungoé* Seminários de consulta dos cenários de desenvolvimento Seminários finais Melhor cooperação com os institutos nacionais: Transferência de dados hidrometeorologicos da DNA para a ARA-Centro* Reuniões regulares sobre a gestão da ARA-Centro, entre a DNA e a direcção da ARA- Centro* Cursos de formação conjuntos para o pessoal das autoridades regionais e nacionais Apoio à incorporação dos novos estatutos na organização da ARA- Centro* * Actividades relacionadas apenas com Moçambique ** Actividades por concluir *** Actividades relacionadas apenas com o Zimbabwe Page 1-6

12 Em termos do tempo dispendido, a maioria da capacitação dos recursos humanas foi realizada através de formação ao longo do trabalho diário. No entanto, em muitos casos, esta formação limita-se a uma breve introdução a cada área de especialidade. Infelizmente, existe um conflito e risco inerente entre a capacitação e a obtenção de progressos e resultados num projecto desta natureza. A GIRH implica uma abordagem abrangente o que significa que é necessário envolver um grande número de especialistas diferentes em missões mais curtas. Este foi o caso durante a fase da monografia do Projecto Pungoé. Por outro lado, a capacitação institucional requer que os consultores trabalhem junto ao cliente durante um longo período de tempo, de forma a haver progressos. No entanto, o chefe de equipa, que reside na Beira, tem encorajado a formação dos técnicos através do trabalho corrente, em algumas áreas chave, especialmente em Moçambique. As áreas principais foram a hidrometria, em particular a medição de caudais e o inventário e mobilização das partes interessadas e afectadas. O chefe de equipa tem desempenhado também um papel de apoio na incorporação dos novos estatutos da ARA-Centro, na formulação dos regulamentos internos, bem como a introdução do sistema de licenças de água e de recolha de taxas de água dos principais consumidores na parte moçambicano da bacia do rio Pungoé. Para além do suporte do chefe de equipa, foi fornecido formação mais detalhada em duas áreas essenciais para uma autoridade regional da água: modelação hidrológica e SIG. Vários membros da ARA-Centro, ZINWA-Save, DNA e DWR / ZINWA receberam formação nestes assuntos em cursos de longa duração. Os cursos foram organizados em módulos de 1-2 semanas, intercalados com um período de cerca de um mês, para prática individual e compilação de duvidas. O pessoal chave na ARA-Centro, entre os quais o actual Director, participaram também num curso intensivo de 5 semanas em Hidrologia Operacional na Suécia. Este curso fornece conhecimentos gerais sobre áreas fundamentais de operação para uma autoridade de gestão de recursos hídricos, tanto em termos de capacidades técnicas como de gestão. A participação das partes interessadas e afectadas teve um especial destaque em Moçambique. Apesar de não se poder aplicar uma formação específica para esta área, dedicou-se muito tempo a visitar as partes interessadas e afectadas no terreno e a organizar seminários e consultas com estas entidades. O pessoal da ARA-Centro participou em todas estas visitas de campo, tendo desenvolvido as suas capacidades nesta área, para além do estabelecimento da necessária ligação entre as autoridades da água e as partes interessadas e afectadas. A capacitação dos recursos e da organização foi desenvolvida principalmente através da elaboração da Monografia e da formulação dos cenários de desenvolvimento para a bacia do Rio Pungoé. Os relatórios destes estudos são uma fonte de informações fundamental, para que as autoridades da água possam cumprir bem a sua missão a médio e longo prazo. Page 1-7

13 A curto prazo, o financiamento de infra-estruturas essenciais como veículos de campo, computadores, impressoras, scanners, etc fortaleceu a capacidade de organização da ARA- Centro e da ZINWA-Save. No entanto, os estatutos e a recolha das taxas de água são as actividades mais importantes para suportar a ARA-Centro a longo prazo. A formação em modelação, SIG e as actividades intensivas relativas às partes interessadas e afectadas em Moçambique estão associadas à transferência de software, que eleva a capacidade de organização das autoridades da água. Está em curso a preparação de um sistema de base de dados para todos os dados hidrometereológicos na ARA-Centro. As reuniões e seminários regulares realizados em ligação ao Projecto Pungoé promoveram as relações entre as diferentes autoridades da água nos dois países, bem como a nível regional e nacional. A Comissão de Gestão do Projecto (PMC), da qual são membros os Directores da ARA- Centro e da ZINWA-Save e o Chefe da Equipa de Projecto, reúne-se mensalmente para discutir as questões relacionadas com o Projecto Pungoé e em particular, com a bacia do rio Pungoé. As reuniões da Comissão de Direcção do Projecto (PSC) têm a participação das autoridades nacionais, da DNA e da ZINWA/ DWR e permitem a troca de contactos bilaterais entre as autoridades da água dos dois países. O facto da ARA-Centro e da ZINWA-Save serem as principais instituições da água conhecidas pelas partes interessadas e afectadas na bacia do rio Pungoé é uma componente importante na capacitação institucional. O processo de estabelecimento do Comité de Bacia do Pungoé em Moçambique aumentou, por isso significativamente, a capacidade institucional da ARA-Centro. Os seminários e consultas das partes interessadas e afectadas em ambos os países sobre a monografia e cenários de desenvolvimento, melhoraram as possibilidades das autoridades da água interagirem de futura com as partes interessadas e afectadas, tendo em vista uma gestão integrada dos recursos hídricos da bacia do Rio Pungoé. A ZINWA-Save tem recebido menos apoio em termos de organização e capacitação institucional em comparação com a ARA-Centro. Isto deve-se ao facto da capacidade institucional da ZINWA-Save ser, em geral, boa. A ZINWA-Save e o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé são organizações estabelecidas e com enquadramento legal claramente definido na Lei da Água no Zimbabwe. A capacidade técnica em termos de medições de caudal e redes hidrométricas na ZINWA foi recentemente apoiada por um projecto financiado pela Asdi, razão porque teve menos necessidade de equipamento. Page 1-8

14 2 Capacidade institucional da autoridade regional da água em Moçambique 2.1 Missão da ARA-Centro A missão da ARA-Centro é descrita no artigo 2 dos estatutos aprovados em Agosto de De acordo com os estatutos, a ARA-Centro é responsável pelas seguintes funções na sua área de jurisdição: a. A preparação, implementação e revisão dos planos de ocupação hidrológica das bacias sob sua jurisdição. b. A administração e controlo do domínio público hídrico na sua área de jurisdição. c. O licenciamento dos usos da água e das descargas de efluentes, incluindo a respectiva monitoria. d. A aprovação e fiscalização de novas infra-estruturas hidráulicas. e. Declarar a caducidade das licenças e concessões e sua extinção ou revogação. f. O planeamento, concepção e construção de obras hidráulicas, bem como respectiva operação e manutenção. g. Prestação de serviços técnicos relacionados com as especialidades dos técnicos da ARA- Centro fornecendo assessoramento aos órgãos locais do Estado e a outras entidades públicas e privadas. h. Desenvolver e manter operacional a rede hidrológica para colher e manter actualizados os dados hidrológicos necessários para a administração das bacias hidrográficas. i. Resolver conflitos entre os utentes. j. Aplicar sanções, como eliminar ou demolir obras hidráulicas e usos da água não autorizados, bem como encerrar fontes de contaminação. k. Propor a definição de zonas de protecção previstas na lei. l. Identificar e registar os usos tradicionais das águas comuns. m. Quaisquer outras atribuições que por lei lhe forem atribuidas. Para além do mencionado acima, os estatutos oferecem as seguintes directrizes gerais: A ARA-Centro deve prestar um serviço público visando uma utilização racional e económica dos recursos hídricos, a protecção do ambiente e a satisfação dos utentes, de acordo com o Artigo 8 da Lei da Água (Lei 16/91, de 3 de Agosto). A ARA-Centro deve promover a participação dos utentes na tomada de decisões relevantes relacionadas com a gestão dos recursos hídricos e a coordenação e troca de informações necessárias para a gestão integrada dos recursos hídricos. Page 2-1

15 A ARA-Centro deve estar organizada de forma a promover uma operação eficiente, harmoniosa e descentralizada para garantir um serviço de alta qualidade. A ARA-Centro deve estar organizada em Unidades da Bacia para a administração das bacias. A missão e directrizes dão ênfase à gestão integrada dos recursos hídricos a nível da bacia. Através das Unidades da Bacia, os recursos hídricos devem ser geridos de forma participativa para as bacias principais sob a jurisdição da ARA-Centro. As directrizes salientam a promoção da participação das partes interessadas e afectadas como parte da gestão integrada dos recursos hídricos. Comum a quase todas as funções da ARA-Centro é a necessidade de monitorizar e manter os dados hidrometereológicos e de qualidade da água. Estes dados são fundamentais para o planeamento, licenciamento, projecto de infra-estruturas e prestação de serviços como por exemplo, no aviso de cheias. Uma das tarefas centrais da ARA-Centro é, deste modo, a operação e manutenção das redes hidrometereológicas, bem como a manutenção e actualização das bases de dados. De acordo com os estatutos, a ARA-Centro deve prestar serviços e exercer autoridade sobre as questões relacionadas com os recursos hídricos. Ambas estas funções requerem a interacção com as partes interessadas e afectadas das respectivas bacias. Neste contexto, a criação e manutenção de um registo de utentes de água e de outras partes interessadas é essencial para a ARA-Centro. O registo das partes interessadas permite a recolha de taxas de água e multas, bem como a possibilidade de divulgar informações e receber contribuições para fins de planeamento. Os estatutos apresentam ainda missões relacionadas infraestruturas hidráulicas. A ARA- Centro deve, para além de aprovar obras hidráulicas como autoridade, ser também responsável pelo planeamento, concepção, construção, operação e manutenção de infraestruturas hidráulicas. 2.2 Capacidade institucional existente Recursos humanos Actualmente, a ARA-Centro tem 15 técnicos mais o pessoal de apoio. O pessoal técnico está listado na Tabela 2.1. O pessoal de apoio inclui motoristas, pintores, serventes, guardas, jardineiros etc. Além disso, a ARA-Centro tem observadores para efectuarem nas estações as medições de precipitação e do nível da água. A Tabela 2.1 especifica as qualificações necessárias para o pessoal da ARA-Centro. Uma comparação entre as duas tabelas revela que o núcleo do pessoal tem as qualificações adequadas. Seis membros, incluído o Director e os Chefes de Departamento, têm graus correspondentes a um diploma universitário ou superior (um Mestrado em Ciências). O Page 2-2

16 pessoal de gestão tem ainda experiência de trabalho nas áreas relevantes superior aos cinco anos exigidos. O lado negativo é a falta de pessoal chave com diplomas universitários e especialização em hidrologia ou engenharia hidráulica. Tabela 2.1 Nome Pessoal técnico na ARA-Centro Cargo Sr. Manuel Fobra Sr. Marcos Mponda Sr. Gilberto Waya Sr. António Melembe Sr. Carlitos Omar Sr. Rui Fonseca Sr. Angelo Pereira Sr. Arnane Bizeque Sr. João Mahumane Sr. Daniel Nhantumbo Sr. Arlindo Rodolfo Sr. Bimo Zava Sr. António Maineque Sra. Delmira Maineque Sr. Jorge Andifoi Engenheiro Geofísico, Director da ARA-Centro Hidrogeólogo, Chefe do Dept. Técnico Economista, Chefe do Dept. Administração Engenheiro Civil Geógrafo Engenheiro Civil Biólogo (qualidade da água e ambiente) Técnico Hidráulico Técnico Hidrométrico Técnico Técnico de Mecânica Electricista Operador de Rádio Contabilista Contabilista Uma observação importante a retirar da Tabela 2.1, é que o número de pessoal é muito pequeno quando comparado com os requisitos dos estatutos. A ARA-Centro tem três bacias bilaterais principais, incluindo também o rio Save, e uma vasta área a cobrir. É extremamente difícil, com o número actual de pessoal, operar e manter a rede hidrometeorológica e o processo de participação activa das partes interessadas e afectadas, em toda a área de jurisdição da ARA-Centro. Uma vez que, na maioria dos casos, o número de pessoal para cada área de especialização é apenas de um ou dois, a possibilidade de apoio é muito limitada. Consequentemente, a base de conhecimentos torna-se muito frágil. Se, por alguma razão, o pessoal chave estiver em falta, o conhecimento institucional na respectiva área será seriamente reduzido e pode prejudicar certas actividades relacionadas com essa área de especialização. Page 2-3

17 O Departamento Técnico tentou lidar com a questão do número limitado de pessoal através da criação de quatro áreas sectoriais (hidrometria, relações com os utentes de água, hidrogeologia e SIG e modelação). Os grupos sobrepõem-se em termos de pessoal, o que significa que um sector específico não está dependente da participação de apenas um membro chave do pessoal. Tabela 2.2 Especificações da qualificação do pessoal da ARA-Centro (Fonte: Memorando Interno 2004) Cargo Nível de qualificação* Experiência de trabalho Nível de Inglês* Director Nível Superior 5 anos Domínio Secretária do Director Nível Básico - Conhecimentos sólidos Departamento Técnico Chefe de Departamento Nível Superior 5 anos Conhecimentos da língua Engenheiro Civil Nível Superior - Conhecimentos da língua Engenheiro Hidráulico Nível Superior - Conhecimentos da língua Hidrogeólogo Nível Superior - Conhecimentos da língua Hidrólogo Nível Superior - Conhecimentos da língua Geógrafo Nível Superior - Conhecimentos da língua Técnico Hidráulico Nível Superior - Conhecimentos básicos Técnico dos recursos hídricos Nível Médio - Conhecimentos básicos Técnico de Mecânica Nível Médio - Conhecimentos básicos Técnico de Hidrometria Nível Básico - Conhecimentos básicos Técnico Assistente de Hidrometria Nível Elementar - - Electricista Nível Elementar - - Operador de Rádio Nível Elementar - - Departamento Administração e Finanças Chefe de Departamento Nível Superior 5 anos Conhecimentos da língua Economista Nível Superior - Conhecimentos da língua Contabilista Nível Médio - Conhecimentos básicos Assistente administrativo Nível Básico - Conhecimentos básicos * Dados em Português No início do projecto, os conhecimentos gerais de hidrologia e modelação hidrológica eram limitados na ARA-Centro. Os engenheiros de nível superior (seniores) a trabalhar na área de hidrologia possuíam um conhecimento geral de hidrologia e da modelação, mas utilizavam modelos hidrológicos a um nível muito limitado. Verificava-se a mesma situação relativamente à utilização de sistemas de informação geográfica (SIG). Page 2-4

18 A formação em modelação hidrológica e em SIG, bem como os cursos de formação no estrangeiro em hidrologia operacional, aumentaram consideravelmente os conhecimentos gerais sobre hidrologia e SIG. No entanto, os conhecimentos básicos limitados e o número de pessoal prejudicaram uma situação que poderia ser melhor uma vez que ninguém tem tempo suficiente para aprofundar os conhecimentos nestas áreas. Só se obtém um conhecimento sustentável em hidrologia aplicada, modelação hidrológica e SIG com experiência prática ao longo do tempo. Infelizmente, não se tem verificado tal disponibilidade de tempo para membros individuais do pessoal da ARA-Centro durante o projecto e, por isso, a situação não pode ser considerada sustentável. O pessoal da ARA-Centro salientou também este facto em questionários e em reuniões da CDP onde foram solicitados cursos adicionais de repetição em modelação hidrológica e SIG. No início do projecto, a situação em termos de medição do caudal nos rios era semelhante, devido aos conhecimentos deficientes e à falta de equipamento. Neste caso, a formação (principalmente no trabalho) elevou também, consideravelmente, a capacidade dos técnicos e a ARA-Centro tem agora uma equipa capaz de realizar medições de caudal sem apoio externo. Mesmo que o número de pessoal actualmente seja inadequado para mais do que uma equipa, o conhecimento da técnica de medição do caudal está distribuído por várias pessoas, o que sugere uma situação razoavelmente sustentável. No entanto, a formação no trabalho na monitoria da qualidade da água tem sido muito limitada em termos de resultados. A capacidade dos técnicos nas medições de qualidade da água permanecem baixa na ARA-Centro. As razões principais são de novo os conhecimentos básicos limitados bem como o tempo limitado para o pessoal da ARA-Centro se debruçar sobre a qualidade da água. Devido à necessidade premente de medições do caudal nas bacias do Rio Pungoé, a formação no trabalho incidiu nesta área, em detrimento da monitoria da qualidade da água. As medições da qualidade da água são ainda mais difíceis porque a capacidade de análise dos laboratórios é muito limitada na Beira. No entanto, a recente contratação de um biólogo pode permitir um aumento na capacidade de monitoria da qualidade da água. Uma área de especialização que começou praticamente do zero no início do projecto foi a relação das partes interessadas e afectadas (stakeholders). No entanto, através da formação contínua no trabalho, o pessoal chave na ARA-Centro estabeleceu uma boa rede de contactos com os utentes de água e outras partes interessadas. Assim sendo, o pessoal da ARA-Centro pode, sem apoio externo, orientar actualmente grande parte do processo de participação das partes interessadas e afectadas Capacidade técnica A capacidade técnica da ARA-Centro está relacionada principalmente com o desenvolvimento e manutenção das bases de dados hidrometereológicos e com a possibilidade de utilizar estes dados para a elaboração de valores de projecto, previsões, mapas, etc. Page 2-5

19 A Tabela 2.3 lista a rede hidrometeorológica actualmente em funcionamento na bacia do rio Pungoé. Para além destas estações, a ARA-Centro opera também várias estações no sistema hidrográfico do rio Buzi. O número de estações é bastante reduzido, considerando a dimensão da rede hidrográfica da bacia do rio Pungoé. Antes de 1975 encontravam-se operacionais cerca de 75 estações de precipitação e 20 estações de escoamento, bastando diferente da situação actual. No entanto, o número actual de estações em funcionamento pode-se admitir suficiente para o objectivo geral de monitorar os recursos hídricos na bacia do rio Pungoé e de fornecer dados para os modelos para o cálculo dos valores de projecto ou para os sistemas de aviso de cheias/secas. No entanto, o aspecto fundamental é que, as estações possam produzir dados fiáveis e que os dados observados sejam combinados com uma capacidade de modelação hidrológica na ARA-Centro. Tabela 2.3 Estações hidrométricas e de precipitação em funcionamento na bacia do Pungoé em Moçambique Nome da estação Número da estação Curva vazão de Comunicação por rádio Níveis de água / Escoamento Pungoé Sul E65 Actualizada Sim (roubado) Nhacangara E70 Parcialmente actualizada - Nhazónia E72 Actualizada Sim Ponte da Estrada da Gorongosa E651 Versão preliminar - Metuchira E74 - Ponte do Pungoé E67 Nenhuma - Precipitação Dondo Metuchira Vila Manica Pungoé Sul Nhazónia Catandica Macossa Chitengo Gorongosa P96 P1272 P93 P375 P1273 P862 P502 P373 P812 Durante o Projecto Pungoé, registou-se uma melhoria significativa, no que diz respeito à fiabilidade dos dados produzidos. A capacidade de medição de caudais aumentou Page 2-6

20 consideravelmente. O equipamento técnico para a medição do caudal (Tabela 2.4) foi actualizado e o pessoal recebeu formação para a sua utilização. Isto permitiu um grande número de medições de caudal na época chuvosa anterior, o que resultou na possibilidade de actualizar as antigas curvas de vazão, para as estações em funcionamento. Assim sendo, apesar de ser necessário realizar medições regulares do caudal para aumentar a fiabilidade dos cálculo dos caudais, a ARA-Centro produz actualmente, dados de escoamento nestes locais, com qualidade razoável. No entanto, a manutenção das estações hidrométricas bem como a realização de medições de caudal estão ainda restringidas pela capacidade limitada de transporte. Os veículos 4x4 da ARA-Centro são velhos, com excepção dos veículos fornecidos pelo presente projecto (Tabela 2.4). As estradas estão em más condições nas zonas rurais, o que causa grande desgaste aos carros. Mesmo a nova carrinha fornecida pelo Projecto Pungoé já teve várias avarias após os seus três anos em funcionamento. Os custos da manutenção dos carros são muito elevados e, em especial, os veículos mais antigos da ARA-Centro estão frequentemente avariados. No entanto, a qualidade dos dados hidrometeorológicos está relacionada com a fiabilidade do trabalho dos leitores e do sistema de comunicação de dados. Já se verificaram problemas com leitores que não apresentam os dados. Este problema está relacionado, frequentemente, com pagamentos atrasados ou verbas em dívida. Existem duas estações de escoamento com rádios VHF permanentes para a comunicação directa com os escritórios da ARA-Centro na Beira (Tabela 2.4). Infelizmente, o rádio da E65 foi roubado e não foi ainda substituído. Na ausência de rádio, os dados são normalmente recolhidos com periodicidade trimensal pelo pessoal da ARA-Centro. No entanto, a limitação de meios de transporte mencionada acima causa, por vezes, atrasos na recolha de dados. Relativamente à capacidade de modelação hidrológica, a ARA-Centro tem os programas necessários (Tabela 2.4). No entanto, não existe actualmente um procedimento funcional para a modelação, incluindo uma base de dados hidrometereológicos actualizada regularmente. O conhecimento individual e a experiência em modelação necessita também de melhorias adicionais conforme discutido no capítulo anterior. A Tabela 2.4 indica que existe equipamento básico para a medição da qualidade da água. No entanto, não se confia o equipamento a um leitor, o que significa que o equipamento é apenas utilizado pela ARA-Centro em ligação a outras actividades de campo. Não existe nenhum procedimento padrão ou programa regular para a monitoria da qualidade da água e por isso, os dados são compilados de forma pontual. Em termos de computadores, a ARA-Centro fez recentemente a sua actualização nos escritórios da Beira. Por isso, não há falta de computadores na ARA-Centro. Page 2-7

21 Tabela 2.4 Principal equipamento técnico e programas existente na ARA-Centro Equipamento Número Comentários TRANSPORTE Veículos 4x4 4 Apenas um totalmente operacional Motas 3 Problemas com documentação do seguro EQUIPAMENTO HIDROMÉTRICO DE CAMPO Barcos 3 1 barco de borracha, 1 para mar aberto Motores 2 Tamanho pequeno e médio Eco- sonda 1 Sensores para níveis de água 3 subterrânea Estação total 1 Equipamento de nivelamento 1 Escalas Hidrométricas 150 EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DO CAUDAL Conjunto grande de medição do caudal para medições em suspensão 1 Incluindo micromolinetes e pesos extra para grandes caudais Conjunto médio de medição do caudal para medições com guincho ou haste 1 Incluindo micromolinetes e pesos/hastes extra para caudais médios e baixos Guinchos 2 EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA Sensor (ph, DO, condutividade) 1 Com avaria Titrator Digital (dureza e cloreto) 1 Colorímetro (nitrogénio e fósforo) 1 Medidor da turbidez 1 EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÕES Estações principais de rádio VHF 2 Estações básicas de rádio VHF 6 Rádio portátil VHF 1 Estações de radio portáteis GP300 4 Estação de Base HF (Kenwood) 1 Estação HF portátil (Barrett) 1 COMPUTADORES E ACESSÓRIOS PC e monitores >10 Scanner A3 1 PROGRAMAS DE COMPUTADOR Programas padrão MS >10 Licença do modelo hidrológico de 1 Pitman Licença do modelo hidrológico HBV 1 Licença ArcGIS 1 Base de dados das partes 1 interessadas e afectadas Page 2-8

22 2.2.3 Capacidade organizacional A ARA-Centro é uma instituição estatal com autonomia administrativa e financeira, sob a tutela do Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH), através da Direcção Nacional de Águas (DNA). A ARA-Centro recebe financiamento do Orçamento Geral do Estado, através do orçamento da DNA, mas está previsto sua sustentabilidade financeiramente, através da recolha de tarifas de água e outras taxas dos utentes de água. A partir de 2005, a ARA-Centro terá orçamento próprio, passando a prestar contas directamente ao Ministério das Finanças. A ARA-Centro tem a seguinte estrutura de organização e pessoal técnico: Conselho de Gestão Director Geral Conselho Fiscal Departamento Técnico Departamento Financeiro Chefe do Departamento (Engenheiro Civil) Chefe do Departamento (Economista) 1 Engenheiro Civil 1 Contabilista 1 Hidrogeólogo 1 Assistente 1 Geógrafo 1 Biólogo 1 Técnico Hidráulico 1 Técnico de Hidrometria 1 Técnico Page 2-9

23 O Conselho de Gestão (CG) funciona como o conselho de administração da ARA-Centro. O CG tem nove membros em representação dos Ministérios das Obras Públicas e Habitação, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Indústria e Comércio, dos Recursos Minerais e Energia, dos Governos das Províncias de Manica e Sofala, das organizações de utentes e dos Comités de Bacia (dois membros). O Conselho Fiscal é uma comité de auditoria, assessor do Conselho de Gestão e do Director Geral e com autoridade para contratar auditores independentes. Os estatutos da ARA-Centro foram finalmente aprovados em Agosto de 2004, mas os regulamentos internos não foram ainda finalizados. A capacidade da ARA-Centro melhorou claramente com o novo Director em termos de capacidade técnica e administração interna. No entanto, existem ainda circunstâncias que afectam negativamente a motivação do pessoal e a eficácia do trabalho. Para além do financiamento escasso (ver abaixo), existem algumas falhas de gestão e de organização que devem ser abordados: Informação interna/envolvimento do pessoal Planeamento e gestão estratégica Planeamento de trabalho e gestão de desempenho. Informações internas Existe, entre o pessoal, uma falta de informação geral sobre o papel da ARA-Centro, o desenvolvimento e desempenho esperado, etc. Não se tem realizado reuniões regulares de carácter informativo com a gestão e o pessoal para explicar e discutir questões relevantes para a ARA-Centro. Envolver o pessoal, pelo menos duas vezes por ano, em tais reuniões será uma forma importante de melhorar a dedicação do pessoal. Planeamento e gestão estratégica A missão da ARA-Centro, fornecer aos utentes de água, água bruta com boa qualidade é de facto uma missão estratégica de importância vital para o meio regional. A capacidade da ARA-Centro para cumprir a sua missão no futuro exige um planeamento cuidadoso a longo prazo das necessidades para o desenvolvimento dos recursos e capacidades. O actual planeamento do orçamento anual deve ser apoiado por um planeamento estratégico de médio e longo prazo. O Relatório de Monitoria de 2003 já identificava a necessidade de um processo de planeamento estratégico regular, de forma a abordar e estar melhor preparado para as incertezas persistentes e as sérias limitações aos vários níveis. Page 2-10

24 Como um primeiro passo possível no desenvolvimento de um processo de planeamento estratégico, a ARA-Centro, com a assistência do Projecto, organizou um seminário em Junho de 2005 acerca da Visão da ARA-Centro em dez anos: Visão da ARA-Centro 2015 (ver apêndice 1). Os participantes, pessoal técnico e administrativo de nível superior/sénior, concordou sobre a necessidade da introdução de um planeamento de três anos, para poder vigiar e acompanhar o desenvolvimento previsto da ARA-Centro. De facto, tal plano de três anos abrangeria as questões principais, normalmente abordadas num plano de negócios. Como complemento aos estatutos e aos regulamentos internos, a ARA-Centro deve, eventualmente, desenvolver directrizes de gestão em termos de um Enquadramento de Gestão (ver o exemplo delineado no apêndice 2). Planeamento do trabalho e gestão de desempenho O Director preparou a descrição das funções de todo o pessoal e estes foram convidados a fazer comentários sobre as mesmas. Após a finalização da descrição das funções, o Director espera que o pessoal prepare planos de trabalho individuais anuais. A actual descrição das funções descreve os cargos existentes. São um bom ponto de partida, mas devem conter também tarefas relacionadas com o desenvolvimento da ARA- Centro. Cada descrição das funções deve incluir também as principais áreas de desempenho para o cargo em questão. Isto permitirá à gestão e ao pessoal chegar a um acordo sobre os objectivos de desempenho que devem ser atingidos nos planos de trabalho individuais anuais. Além disso, pode ser necessário elaborar manuais de procedimentos, aquando da finalização do processo de descrição das funções. A ARA-Centro pode basear-se na experiência da ARA-Sul, quer a nível de planos de trabalho anuais quer a nível de manuais de procedimentos. Descrição das Funções de Contabilista Actualmente, existem dois contabilistas mas apenas uma descrição de funções. As actividades comerciais na descrição existente das funções de Contabilista poderiam ser separadas para formar a definir um novo cargo (Contabilista Comercial) com o objectivo de controlar a facturação do uso da água e a recolha de taxas. Esta alteração poderia fazer parte da intenção geral de impulsionar as actividades comerciais. No entanto, é de notar que o pessoal do Departamento Técnico deve identificar clientes novos e começar as discussões iniciais com os utentes. Page 2-11

25 2.2.4 Capacidade financeira A natureza dupla das actividades da ARA-Centro (em parte instituição governamental e em parte instituição comercial) cria alguns requisitos específicos em termos da gestão financeira, contabilidade e financiamento, conforme se apresenta de seguida com mais detalhe. Contabilidade e Gestão Financeira O facto da ARA-Centro estar dependente de subsídios do governo central, bem como da recolha de tarifas de água dos operadores comerciais que utilizam água bruta proveniente de origem superficial ou subterrânea, significa que o sistema de gestão financeira e de contabilidade deve ser capaz de lidar com as regras e regulamentos do governo central relativamente ao manuseamento de fundos do governo, bem como, com a gestão das taxas recolhidas dos clientes de água bruta. Embora o manuseamento de fundos possa não ser muito diferente entre estas duas fontes, os requisitos de contabilidade e prestação de contas diferem substancialmente. Uma forma de resolver este problema seria operar dois sistemas distintos de contabilidade e de gestão financeira. No entanto, esta abordagem de sistema duplo não é muito racional e devem ser consideradas alternativas, como parte dos esforços de capacitação. Os desenvolvimentos nesta área podem ser resumidos como se segue: O Primavera é um sistema de contabilidade concebido em português e que foi testado e utilizado na DNA e nas empresas de água, para uma possível aplicação mais ampla. A ARA-Centro foi considerada como um candidato adequado para uma possível aplicação mais ampla. Também se avançaram planos para a introdução deste sistema na ARA- Centro. No entanto, isto não aconteceu ainda devido a várias razões, incluindo mudanças de pessoal e a limitação da utilização do Primavera na DNA a grandes empresas de recursos hídricos. Uma recente abordagem directa ao fornecedor do sistema Primavera para instalar o programa na ARA-Centro resultou numa recomendação para não se instalar este sistema devido à complexidade da nova versão. Em discussões com a ARA-Centro, sugeriu-se que o sistema de contabilidade em uso na ARA Sul, o Intersystem, poderia ser também considerado para a ARA-Centro. Isto foi investigado como parte das actividades de CI e decidiu-se que o sistema não deveria ser adquirido de momento uma vez que o sistema tem custos de manutenção mensal bastante elevados e não é adequado para o tipo de relatórios a apresentar ao Governo. Em vista dos desenvolvimentos delineados acima, o Consultor concebeu um sistema de gestão financeira e elaboração de relatórios de contabilidade baseado na folha de cálculo do Excel para a ARA-Centro. O sistema produz relatórios que cumprem os requisitos de contabilidade do Governo. O sistema foi testado, actualizado para as transacções terminarem em finais de Setembro de 2004 e posteriormente instalado nesse ano. O Page 2-12

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