Justiça, que tenho eu a ver com isso?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Justiça, que tenho eu a ver com isso?"

Transcrição

1 Justiça, que tenho eu a ver com isso? Quando se ouve falar de justiça, o que imediatamente surge no espírito de cada um é a justiça que temos. Ou seja, a justiça que é feita ou não é feita pelos tribunais, aplicando leis emanadas do poder político. Porque, na verdade, há um serviço da justiça que o Estado deve proporcionar, há um sistema de justiça que estabelece os moldes em que o serviço deve ser prestado, há um aparelho de justiça que actualiza a prestação desse serviço, e onde se integram os chamados operadores da justiça: magistrados, advogados, funcionários, polícias, etc. Associada a esta ideia de justiça surge logo a palavra crise. Então, cada vez mais o nosso subconsciente colectivo faz da justiça um problema grave da sociedade, que importa resolver, e muito rapidamente. A justiça é tratada como o pior serviço prestado pelo Estado, e os magistrados descem vertiginosamente no que se diz serem as sondagens sobre a credibilidade das profissões. Já se fala há tantos anos de crise da justiça, e, aparentemente, são tão limitados os progressos feitos para a melhorar, que é legítimo perguntar se aquilo a que chamamos crise, não acaba por ser afinal o modo próprio da dita justiça funcionar. Ou então, ao falar-se da crise da justiça, com uma conotação de conjuntura, sempre interessava eleger a época que se considera como referência, e ver se, e porque é que as coisas estão pior. Mas adiante voltaremos necessariamente ao assunto.

2 Ao lado desta realidade, é sem dúvida possível falar-se de outra, que não tem só, nem tanto a ver, com as exigências feitas ao Estado, sobre o funcionamento da justiça, mas com o contributo que cada um individualmente dá, para que as relações entre as pessoas sejam mais justas, e, indirectamente, para que a necessidade de recurso aos tribunais se mostre menos premente. Estamos habituados a ver a justiça como qualquer coisa que se pede. Mas é possível configurá-la como algo que se proporciona. Esquecemo-nos geralmente desta vertente. Assim, depois de uma passagem pela justiça que se solicita, pelos problemas que aí afloram e convém não escamotear, passaremos a abordar a justiça que podemos fazer. Portanto, o desafio individual que ela constitui, para cada um de nós, enquanto virtude. Justiça em benefício de cada um de nós, mas, também, justiça contributo de cada um de nós. A A JUSTIÇA QUE SE PEDE Na perspectiva da justiça a que temos que recorrer, e que é o trabalho dos tribunais, qualquer abordagem tem que partir de uma constatação, qual seja a da inflação do judiciário. Importa que nos coloquemos numa perspectiva histórica, e, pelo menos a partir de 25 de Abril de 1974, os tribunais, pensados e organizados para tratar de certo número e tipo de casos, viram-se gradualmente a braços com um número exponencial de processos.

3 Houve, em primeiro lugar, uma conjuntura política e social que proporcionou esse estado de coisas, e que teve que ver com a instauração do regime democrático. É evidente que quanto mais policial se apresentar um regime politico mais os conflitos se previnem. Pelo contrário, o maior exercicio das liberdades gera mais conflitualidade, porque esse exercício se faz acompanhar de um défice lamentável do sentido da responsabilidade, e portanto a autoridade do Estado será chamada a intervir, geralmente "ex post", e em sede de tribunal. Mais direitos, e melhor consciência deles, propicia maior recurso a tribunal. Por outro lado, a instauração do Estado-de-Direito democrático imporia sempre uma revisão do equilíbrio de poderes, a pender para o fortalecimento do judiciário. Não nos podemos esquecer de que é próprio de regimes autoritários o ascendente do executivo sobre os outros poderes, reservando-se os tribunais para a conflitualidade entre particulares, só, e nem toda a conflitualidade. Para além desta mutação política, toda a sociedade evolui num sentido que origina o aumento de pendências: A complexização crescente e rápida das relações sociais levou à regulação jurídica de áreas onde não era possível prever, antes, que surgissem conflitos. Vivemos numa época de tolerância e individualismo onde cada vez menos existem padrões éticos generalizadamente aceites, e à luz dos quais parte da conflitualidade poderia ser amortecida. O corpo normativo operativo passou a ser só o que se impõe a todos, igualmente, e pela força. Ou seja, o direito. Assim, a conflitualidade que se ultrapassava antes informalmente é transformada em litigiosa.

4 A sociedade do bem estar dispõe ou quer dispor de serviços para resolver todos os seus problemas. O serviço do judiciário passou a ter procura banalizada. Tal como acontece com certos comités de ética os juizes vêemse, cada vez mais, a ter que se assumir como uma espécie de consciência moral substitutiva. Tudo isto é patente por exemplo no domínio do direito de família. Mas não se julgue que a inflacção de processos se restringe ao domínio privatístico. A actividade do poder legiferante e da Administração são elas também questionadas em tribunal. A actividade política é cada vez menos orientada por ideologias e cada vez mais pragmática e competitiva. Nas nossas democracias, a gestão da coisa pública não pode perder de vista o trabalho das oposições, os escrutinios eleitorais seguintes, e sobretudo, a influência dos meios de comunicação. Há uma procura de equilíbrios e consensos que nem sempre permite a prossecução de objectivos de longo prazo. Os administrados, por outro lado, sentem algum desinteresse pela coisa pública e vêm o poder só como sistemático destino de reivindicações, o que é mau. Por isso é que o Estado-de-Direito surge cada vez mais como um Estado de garantia judiciária, o que é muito mau. Levando este estado de coisas ao limite, chegar-se-ia ao retrato de Antoine GARAPON sobre a realidade francesa, segundo o qual já não é tanto a observância da lei pelo poder que funciona como garantia dos administrados. Estes vão-se conformando com o facto de, pelo menos, poderem recorrer a uma instância independente, onde façam valer aquilo que consideram as promessas não cumpridas, da democracia. Segundo aquele autor, e no tocante à democracia

5 francesa, os tribunais transformaram-se nos locais da exigibilidade, e os magistrados nos guardiões das promessas daquela democracia. Será que a inflação do judiciário responde, só ela, pela tão apregoada crise? É evidente que o sentimento de crise da justiça é entre nós um dado sociologicamente irrefutável. Independentemente da atribuição de causas, das incorrecções de análise, e até do papel da comunicação social em tudo isto, é certo que os cidadãos estão mesmo insatisfeitos. Essa insatisfação não é uma ilusão, embora possa corresponder a uma ideia induzida, ou a um sentimento de contornos pouco claros. Mas, a primeira pergunta que cumprirá fazer é a da dimensão da crise. Importa apurar se a dita crise da justiça é só de hoje e, na negativa, porque é que dela se fala agora como nunca antes tinha ocorrido. De um lado podemos ter a experiência pessoal de alguém cujo caso em tribunal positivamente "não anda". Também pode haver a constatação de que tais casos pessoais se vão generalizando assustadoramente. Mas, como realidade diferente, há uma convicção pessoal da crise que se vai comunicando, crise que se não viveu, e cujos contornos reais se podem desconhecer com precisão. Porque a dimensão da crise, enquanto grau de insatisfação, também pode ser manipulável.

6 Ora, não pode esquecer-se que a insatisfação com a prestação dos tribunais pode representar o sintoma de um acréscimo da qualidade material de vida. Assistimos hoje de um modo geral, e felizmente, ao abaixamento do grau de tolerância às injustiças. Há mais direitos e maior consciência deles. Há um maior poder reivindicativo, pelo menos de certos grupos, já o dissémos. Mas há, sobretudo, a verificação de uma regra que também no campo da justiça se aplicará: quanto menos um mal existe mais custa suportar a que dele resta. Ocorre ainda um fenómeno novo: os casos de justiça são notícia. E, sobretudo, os casos de justiça penal passaram a ser frequentes nos órgãos de comunicação social. Como é bom de ver, os crimes mais noticiados são geralmente os que envolvem figuras com notoriedade pública, que podem ter uma investigação mais complexa, e em que se esgotam todas as possibilidades processuais, com o consequente protelamento do processo. Esses são os processos de que se fala, e os processos de que mais se fala são os processos que mais demoram. Só que dos milhares de processos que têm um tempo de duração razoável, e todos os dias terminam nos nossos tribunais, pouco se diz, porque obviamente não são notícia. Acresce que, na sociedade em que vivemos, há um constante apelo à aquisição de mais e mais bens de consumo. Uma consequência disso é que muitas pessoas vivem acima das sua possibilidades. Não se pode exigir que as pessoas renunciem a padrões de bem estar, relativamente altos, que todos os dias nos oferecem como se fossem perfeitamente acessíveis. O recurso ao crédito é uma saída incentivada por fornecedores de bens e serviços, os quais acabam, frequentemente, por recorrer,

7 eles, ao tribunal, para cobrar as suas dividas. O que dá origem à chamada litigância de massa, responsável por muitos problemas dos nossos tribunais cíveis. Ao lado das queixas contra o serviço da justiça lento, há também um conjunto de razões intrínsecas ao funcionamento da justiça que levam o cidadão a estranhar, a desconfiar, e finalmente a rejeitar, o modo de proceder nas coisas da justiça. Entrámos no século XXI imbuídos de uma cultura de eficácia e sobretudo de rapidez. A produção de bens e serviços está dominada por uma mentalidade científico-tecnológica. E assim nos fomos habituando a exigir precisão, previsibilidade e meios de controlo. Familiarizámo-nos com a mecanização de procedimentos e portanto com a uniformização de procedimentos. Ora, o que é que se observa quanto ao modo de proceder dos tribunais? 1. Assiste-se à produção de decisões que formam uma juris prudência, não uma juris ciência. Está-se portanto perante um tipo de rigor completamente diferente do rigor matemático ou da ciência em geral. 2. Assiste-se a uma certa dose de imprevisibilidade quanto ao conteúdo das decisões, e dai a expectativa em que se encontram normalmente os interessados, ou quem acompanha um processo. A decisão jurisdicional não depende só dos conhecimentos de quem a profere. Quem julga é uma personalidade viva com um passado e uma mundividencia, que se investe todo ele na decisão. Não uma máquina que debita soluções para problemas, a partir dos dados que lhe são fornecidos.

8 3. Assiste-se a uma forma de controlo nos tribunais que também é própria. É que os tribunais são órgãos sujeitos a uma fiscalização levada a cabo, substancialmente, do interior do próprio sistema. As decisões dos tribunais impõem-se, como se sabe, a todos os outros órgãos de soberania, e as decisões que proferem só podem ser fiscalizadas, por via de recurso, através de outros tribunais. Acresce que o escrutínio do trabalho dos magistrados é feito por outros magistrado. 4. No limite, o controle das decisões desemboca no controle sobre o poder dos magistrados, poder que não é obtido directamente pelo voto, e, em termos democráticos, tão só indirectamente legitimado. Daí que, embora entre nós não haja uma verdadeira alternativa a este estado de coisas, nem sempre o poder dos tribunais é aceite facilmente, sobretudo se se sobrepõe a decisões de órgãos eleitos, ou está em causa o julgamento de titulares de cargos, para os quais foram eleitos democráticamente. 5. Nos nossos tribunais perduraram durante tempo demais métodos ultrapassados. Escusado será dizer que o tempo e o espaço, na sua correlação estreita, encurtaram em todo o lado. Há menos tempo para tudo e as distâncias ficaram próximas. Durante décadas, os tribunais não acompanharam essa evolução. Acordou-se tarde, mas ainda bem que se acordou, pelo que a chamada falta de celeridade das instâncias judiciárias é hoje uma preocupação sincera a que se procura pôr cobro. 6. Mas a justiça pode causar ainda, perplexidade, quanto ao seu funcionamento interno, porque não acompanhou a simplificação de rituais, o apagamento das distâncias entre as próprias pessoas, e, até, a dessacralização da sociedade. O funcionamento da justiça, sobretudo no tocante à audiência, mantém conotações cénicas, ou de um autêntico cerimonial litúrgico. A

9 justiça acolhe procedimentos cheios de cargas simbólicas. No ritualismo e no simbolismo cria-se distância e a distância é em muitas situações funcional. Só que isso nem sempre é compreendido. Tecidas todas estas considerações, e a terminar, importa ver na crise da justiça sobretudo uma crise de celeridade. Independência dos juízes e autonomia do MºPº, imparcialide, competência e acessibilidade são exigências de um correcto exercício da justiça que não têm sido objecto de críticas de maior. Do que as pessoas se queixam é de que os processos demoram tempo demais. Têm razão, e por isso aí se tem procurado combater a tão propalada crise. B A JUSTIÇA QUE SE PROPORCIONA. Ao lado daquilo que o Estado nos deve dar, como serviço público da justiça, está aquilo que eu posso fazer, em múltiplos sectores da minha actuação, em prol da justiça. Porque se todos nós podemos ser vítimas de injustiças, também podemos ser causadores de injustiças, e, na medida em que o procuremos evitar, pelo menos damos um contributo para que haja menos processos nos tribunais. Assume então importância para cada um de nós, como regra de actuação, a justiça enquanto virtude moral. Começemos então por uma breve reflexão sobre a mesma. A justiça pertence á ordem das realidades que funcionam para o homem como critério de acção. Ou seja, pertence antes de mais nada ao mundo dos valores, e é,

10 dentro destes, uma virtude moral. Curiosamente, das quatro virtudes chamadas cardeais, enunciadas já por Platão e adoptadas no Cristianismo, ela é, ao lado da prudência, da temperança (ou moderação) e da coragem (ou fortaleza), a única que vale absolutamente. A única que nunca peca por exagero, e, além disso não pode estar ao serviço do bem ou do mal. Está ao serviço de si própria. Sempre e só. Piaget estudou a evolução do sentido de justiça na criança, e chegou à conclusão de que até cerca dos 7, 8 anos, para a criança, a justiça identifica-se com a autoridade parental. Até perto dos 12 anos, a justiça é sinónimo de igualdade, sem excepções, mas, a partir dessa idade, passa a ser encarada como uma virtude que toma nota do caso concreto, se aproxima, pois, da equidade, e conta com uma componente de racionalidade. Todos temos a experiência de reagirmos à actuação de cada qual, considerando que ela não é justa. E no fundo, essa reacção derivará de se não ver explicação, ou motivos, para que se tenha estabelecido uma diferença. Isto significa que há uma primeira abordagem da justiça que assenta da verificação de uma igualdade de tratamento. O mesmo é dizer, que o sentimento de injustiça será desencadeado por situações de desigualdade, para que se não veja uma explicação razoável. Paralelamente, uma outra noção de justiça coincide, simplesmente com a de observância do direito. E não é raro que estas duas acepções se vejam confundidas. É o que acontece sempre que reagimos, dizendo espontaneamente "não há direito!" sem ter no espirito, obviamente.. qualquer norma jurídica. Como refere COMTE-SPONVILLE "A justiça joga-se completarnente neste duplo aspecto, da "legalidade", na cidade, e da "igualdade" entre os indivíduos". Ou, como milhares de anos antes afirmava ARISTÓTELES, "O justo é o que está em conformidade com a lei e respeita a igualdade".

11 Mas falamos aqui de igualdade de tratamento, e não obviamente igualdade de facto, ou de características, embora as duas acepções tenham entre si uma ponte. Existe uma igualdade de facto entre todos os homens, com o sentido de que os homens normais, num certo núcleo essencial, são iguais. A igualdade de "características" basta-se portanto com uma certa dose de similitude, e não aspira à coincidência das características das pessoas. Aconteceu porém que, para além disso, mas também por isso, se estipulou que todos os homens deviam ser tratados como iguais. Deviam ser tratados, o que significa que se abandonou o terreno descritivo, ou de realidade, e se deu o salto para o âmbito axiológico, se quisermos, normativo. O tratamento "como igual" socorre-se do princípio, também ele normativo, da igual dignidade da pessoa humana. Ancorados naquela similitude fáctica reputada suficiente, e que une os homens todos, a moral e o direito adoptaram o conceito operativo de "igual dignidade humana", o qual acaba por funcionar, simultaneamente, como inspiração e limitação. Tanto para o legislador ou para o aplicador do direito, como para o cidadão em geral. Poderia eleger-se como primeira máxima do justo que cada um obtenha o que lhe for devido. Mas o que é que é devido a cada um? Nada, numa perspectiva de puro estado de natureza. Leia-se, sem as implicações de sociabilidade humana. Como diz SPINOZA na sua Ética "Não há nada na natureza que possa ser considerado coisa de um ou outro mas tudo pertence a todos; portanto, no estado natural não se pode conceber nenhuma vontade de atribuir a cada um o seu, ou de tirar a qualquer um o que lhe pertence; isto é, no estado natural não há nada que

12 possa ser considerado justo ou injusto". Quer como virtude moral a conduzir o relacionamento de indivíduo para indivíduo, quer como ideal organizativo da sociedade, a justiça pressupõe alteridade em termos humanos, pressupõe vida em sociedade, e pressupõe cultura portanto. A justiça é uma decorrencia da sociabilidade que atribui o poder de exigir comportamentos, e impõe deveres ou obrigações. Obrigação vem do latim obligatio. Ob é um prefixo que significa o que está em frente de, a que se junta o termo ligatio, ligação. A sociedade liga-nos ao semelhante e a essa ligação chamou-se obrigação. Ao procurar ser justo, posso encontrar-me numa relação de cidadão para cidadão, ou de particular para particular. Fundamental, é não prejudicar o semelhante evitando um mal que ele não tem que suportar, ou reparando o mal que o fiz suportar. Estamos no domínio da justiça chamada comutativa, do alterum non laedere dos romanos. Mas posso ser membro de uma comunidade, (organizada em Estado, numa empresa, ou como família), e, enquanto tal, ficar investido de um poder específico, portanto numa posição hierárquicamente superior. Caber-me-á então, mais específicamente, e no âmbito das minhas competências, dar a cada um o que lhe é devido. Fala-se aqui da justiça distributiva, do suum quique tribuere Finalmente a relação comunidade - indivíduo pode estabelecer-se, tanto desta para aquele, como no sentido inverso, do cidadão para com a comunidade em que se integra. Se essa comunidade se organiza em Estado e produz normas, a realização da justiça é inseparável da mediação do direito. Assim, o que se pede ao cidadão como contributo para a realização da justiça

13 é sem dúvida o respeito pelas leis que lhe impõem comportamentos. Muitas vezes justificamos a nossa desobediência à lei alegando que ela é injusta. Mas, também geralmente, arvoramo-nos em críticos da lei, sem uma visão global dos interesses em jogo e só centrados na conveniência própria. Mais do que um convite à insurreição, a lei considerada injusta convida é à sua substituição, o que, nos regimes democráticos de hoje se socorre de mecanismos próprios. Já os romanos falavam, a propósito deste ponto, do honeste vivere. Claro que não é possível proceder agora à análise das áreas em que, sociológicamente, o desprezo pela lei e a indiferença pelas situações de injustiça que criamos, são mais alarmantes. Todos as conhecemos. No domínio privatístico, basta pensar na responsabilidade civil por acidentes de viação. Tudo por causa da forma desastrada como conduzimos nas nossas estradas, por causa da autêntica banalização em que se caiu, do desrespeito generalizado do Código da Estrada. Em matéria de dívidas, o compre agora e pague depois é cada vez mais um compro agora e pago se puder, com as inerentes consequências. No domínio das relações de família, as situações de violência saltam à vista. Interessa porém estar também atento à simples prepotência e à discriminação, mais ou menos encapotadas, e de que é vítima, no seu seio, o elo mais fraco.

14 Pense-se no que se passa em matéria de concursos públicos com os favorecimentos indevidos, com a fuga escandalosa ao fisco, com os empenhos, o tráfico de influências, a corrupçãozinha a que sistemáticamente se fecha os olhos. Deixo de lado toda a problemática da insensibilidade social dos patrões, do absentismo e falta de produtividade dos trabalhadores, ou da distibuição da riqueza, em geral, que respeitam à justiça social. Claro que a conflitualidade não vai desaparecer, mas pode ser minorada. - Todos somos portadores de personalidades diferentes e todos nos queremos livres. - Alguns têm uma vontade de domínio que pode ser transformada, diria mesmo, sublimada em poder legítimo, e que no limite deveria confundir-se com serviço. - Todos temos sentimentos egoístas, mais ou menos frequentes, e para os combater é preciso esforço. - Há quem tenha necessidades escandalosamente por satisfazer, e, face à escassez dos bens, reclama partilha. Como, com tudo isto, os conflitos não há-de nunca deixar de acompanhar a convivência entre humanos, então, a pergunta a fazer, é como vencer esses conflitos que existirão sempre, mas pagando, todos nós, o menor preço. - Claro que a conflitualidade se ultrapassou, historicamente e em regra, com recurso à força. Por essa via, os mais fortes dominam os mais fracos, ficando a

15 sociedade mais ou menos próxima da lei da selva. Nesse estado de coisas não há valores, normas, justiça, etc. Só que a lei do mais forte não caracteriza propriamente uma convivência humanizada, civilizada, para já não dizer cristianizada. E não é em retrocessos que estamos propriamente interessados. - Claro que os conflitos têm que continuar a ser ultrapassados, evitando-se o confronto directo entre os descontentes, e apelando para a decisão de um terceiro que é em regra um tribunal. Estamos a falar do tal serviço de justiça que se pede ao Estado. - Mas não tenhamos dúvidas de que o sistema de justiça estará sempre aquém do que é necessário para resolver todos os conflitos da sociedade. Em primeiro lugar, porque só se ocupa de violações de normas jurídicas e muitos dos conflitos surgem por outras razões. Em segundo lugar porque, mesmo no campo do direito, nunca a oferta dos tribunais poderá acompanhar uma procura que está constantemente a crescer. Parece então indispensável que a conflitualidade se previna, e que quando surja se possa resolver por composição de interesses. Se procurarmos ser mais justos nas nossas próprias relações os avanços serão um facto. É esta a justiça que podemos proporcionar. Será tudo? Poder-se-á ir bem mais longe, se instalarmos e aperfeiçoarmos uma cultura que preze, antes do mais, uma convivência não só pacífica mas sobretudo solidária.

16 Uma cultura que seja de concórdia (não forçosamente de concordância), e de fraternidade. Liberdade todos a querem. Igualdade todos a defendem. Na fraternidade pouco se fala. E no entanto Pedindo-se alguma renúncia a todos, acabam por se obter vantagens para o maior número. Com o sacrifício razoável da liberdade de cada um, estarão criadas as condições para a felicidade possível de todos os demais. Curiosamente, Portugal apresenta-se como um país que se reclama da religião católica em termos altamente maioritários. E no entanto, se os princípios ditos evangélicos fossem levados à prática, por certo que a conflitualidade diminuiria, e talvez houvesse menos necessidade de recorrer aos tribunais. Talvez que se não sentisse tanto a propalada crise da justiça. Krisis, para os gregos, significava pensamento, e mais concretamente pensamento crítico.

17 Um pensamento crítico sobre a justiça, nas duas acepções apontadas, é uma óptima oportunidade para que se progrida, em coerência com os princípios de que nos reclamamos. Lisboa, 21 de Maio de 2009 José Souto de Moura Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa Igreja de São Roque Largo Trindade Coelho Lisboa Instituição Órgãos Sociais Serviços à Comunidade História Heráldica Loja Contactos Website desenvolvido

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Ética no exercício da Profissão

Ética no exercício da Profissão Titulo: Ética no exercício da Profissão Caros Colegas, minhas Senhoras e meus Senhores, Dr. António Marques Dias ROC nº 562 A nossa Ordem tem como lema: Integridade. Independência. Competência. Embora

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

Senhor Presidente da Assembleia, Senhoras e Senhores Deputados, Senhor Presidente, Senhora e Senhores membros do Governo.

Senhor Presidente da Assembleia, Senhoras e Senhores Deputados, Senhor Presidente, Senhora e Senhores membros do Governo. Intervenção proferida pelo Deputado Luís Henrique Silva, na Sessão Plenária de Novembro de 2006 Senhor Presidente da Assembleia, Senhoras e Senhores Deputados, Senhor Presidente, Senhora e Senhores membros

Leia mais

fui acompanhando pelo site da DHL o estado da encomenda. Como se pode aferir na figura

fui acompanhando pelo site da DHL o estado da encomenda. Como se pode aferir na figura Boa Tarde! Venho pelo presente documento proceder a uma reclamação inerente ao serviço de entrega com a referência 1369403490, expedida no dia 24/12/2016. Assim que a encomenda foi expedida, fui acompanhando

Leia mais

Empreendedorismo e Segurança Jurídica. António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL

Empreendedorismo e Segurança Jurídica. António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL Empreendedorismo e Segurança Jurídica António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL Empreendedorismo a criação/investimento num ambiente de risco acrescido.. Empreendedorismo

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA - ÉTICA E CIDADANIA UM ESTUDO DOS PROCESSOS CONTRA DEPUTADOS DA CLDF. Aluna: ANA MARIA DE SOUZA RANGEL

PROJETO DE PESQUISA - ÉTICA E CIDADANIA UM ESTUDO DOS PROCESSOS CONTRA DEPUTADOS DA CLDF. Aluna: ANA MARIA DE SOUZA RANGEL CÂMARA DOS DEPUTADOS DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA E REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR PROJETO DE PESQUISA - ÉTICA E CIDADANIA

Leia mais

I ENCONTRO NACIONAL DAS EMPRESAS DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Lisboa, 5 de Junho de 2012

I ENCONTRO NACIONAL DAS EMPRESAS DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Lisboa, 5 de Junho de 2012 I ENCONTRO NACIONAL DAS EMPRESAS DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Lisboa, 5 de Junho de 2012 Intervenção do Presidente da Direcção da APEGAC Associação Portuguesa da Empresas de Gestão e Administração

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

O GOVERNO. Art.º 182º da Constituição da República Portuguesa

O GOVERNO. Art.º 182º da Constituição da República Portuguesa O GOVERNO Art.º 182º da Constituição da República Portuguesa «O Governo é o órgão de condução da política geral do país e o órgão superior da Administração Pública.» 1 Pela própria ideia que se retira

Leia mais

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

O que fazer para transformar uma sala de aula numa comunidade de aprendizagem?

O que fazer para transformar uma sala de aula numa comunidade de aprendizagem? Rui Trindade Universidade do Porto Portugal trindade@fpce.up.pt I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA UNDIME/MG Belo Horizonte 11 de Abril de 2012 O que fazer para transformar uma sala de aula numa comunidade de

Leia mais

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS REGULAMENTO ÉTICO ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua Dom Cristóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa Tel: 21 303 32 00 Fax: 21 303 32 01 e-mail: erse@erse.pt www.erse.pt Regulamento Ético

Leia mais

Senhor Presidente e Senhores Juízes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Senhores Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Administrativo,

Senhor Presidente e Senhores Juízes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Senhores Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Administrativo, Intervenção do Presidente do Supremo Tribunal Administrativo Conselheiro Manuel Fernando dos Santos Serra por altura da visita de uma Delegação do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias Supremo

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Comissão Europeia Direcção-Geral da Justiça B-1049 Bruxelas JUST-CIVIL-COOP@ec.europa.eu N/Ref. Ent.13561 de 25/07/2012

Comissão Europeia Direcção-Geral da Justiça B-1049 Bruxelas JUST-CIVIL-COOP@ec.europa.eu N/Ref. Ent.13561 de 25/07/2012 Comissão Europeia Direcção-Geral da Justiça B-1049 Bruxelas JUST-CIVIL-COOP@ec.europa.eu N/Ref. Ent.13561 de 25/07/2012 ASSUNTO: Resposta da Ordem dos Advogados de Portugal à Consulta Pública sobre Prazos

Leia mais

Financiamento do Desporto

Financiamento do Desporto Financiamento do Desporto Para abordar o tema do financiamento do desporto no momento actual e suas prospectivas é conveniente recordarmos as Opções do Plano e o Programa do Governo. De igual modo, consubstanciando

Leia mais

3º Bimestre Pátria amada AULA: 127 Conteúdos:

3º Bimestre Pátria amada AULA: 127 Conteúdos: CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA I 3º Bimestre Pátria amada AULA: 127 Conteúdos: Elaboração de cenas e improvisação teatral de textos jornalísticos.

Leia mais

AMAJUM. No próximo dia 7 de outubro, o povo brasileiro retorna às urnas, desta vez para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

AMAJUM. No próximo dia 7 de outubro, o povo brasileiro retorna às urnas, desta vez para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. No próximo dia 7 de outubro, o povo brasileiro retorna às urnas, desta vez para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Produção: Ação conjunta: Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso Parceiro:

Leia mais

nossa vida mundo mais vasto

nossa vida mundo mais vasto Mudar o Mundo Mudar o Mundo O mundo começa aqui, na nossa vida, na nossa experiência de vida. Propomos descobrir um mundo mais vasto, Propomos mudar o mundo com um projecto que criou outros projectos,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 29 Discurso na cerimónia de premiação

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 21 Discurso na cerimónia de instalação

Leia mais

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Ciências da Comunicação Pesquisa de Marketing Docente Raquel Ribeiro Classes sociais Ainda são importantes no comportamento

Leia mais

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II O seguinte exercício contempla um processo com três estágios. Baseia-se no Inquérito de Satisfação Fase II, sendo, por isso, essencial compreender primeiro o problema antes de começar o tutorial. 1 1.

Leia mais

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento A única coisa a ter medo, é do próprio medo The only thing you have to fear is fear itself (Franklin D. Roosevelt) Alguma vez deixou de

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa.

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa. DOCUMENTO DE CONSULTA: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA (2011-2014) 1 Direitos da Criança Em conformidade com o artigo 3.º do Tratado da União Europeia, a União promoverá os

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Émile Durkheim 1858-1917

Émile Durkheim 1858-1917 Émile Durkheim 1858-1917 Epistemologia Antes de criar propriamente o seu método sociológico, Durkheim tinha que defrontar-se com duas questões: 1. Como ele concebia a relação entre indivíduo e sociedade

Leia mais

Direito das Obrigações I 2.º ano A 6 de Janeiro de 2015 2 horas (Correção)

Direito das Obrigações I 2.º ano A 6 de Janeiro de 2015 2 horas (Correção) I Bento e Carlos celebraram um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel. De acordo com o disposto no art. 410.º, n.º 2, o contrato-promessa deve ser celebrado sob a forma escrita, uma vez que o

Leia mais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer multiplicar parcerias internacionais entrevista novo mba do norte [ JORGE FARINHA COORDENADOR DO MAGELLAN MBA] "É provinciano pensar que temos que estar na sombra

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

22/05/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de protocolos de intenções no âmbito do Programa Saneamento para Todos Palácio do Planalto, 22 de maio de 2006 Primeiro, os números que estão no

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DIREITO À IGUALDADE, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA RELIGIÃO OU NACIONALIDADE Princípio I - A criança desfrutará

Leia mais

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Mediação Familiar Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Altera a Organização Tutelar de Menores, nomeadamente através da introdução de novos artigos de que destacamos aquele que se refere à mediação Artigo 147.º

Leia mais

3. Quais são as restrições existentes, se as houver, quanto ao tipo de provas que podem ser obtidas através de videoconferência?

3. Quais são as restrições existentes, se as houver, quanto ao tipo de provas que podem ser obtidas através de videoconferência? Itália 1. É possível a obtenção de provas através de videoconferência com a participação de um tribunal do Estado-Membro requerente ou directamente por um tribunal desse Estado-Membro? Em caso afirmativo,

Leia mais

Uma globalização consciente

Uma globalização consciente Uma globalização consciente O apelo a uma globalização mais ética tornou se uma necessidade. Actores da globalização como as escolas, devem inspirar por estes valores às responsabilidades que lhes são

Leia mais

6º Congresso Nacional da Administração Pública

6º Congresso Nacional da Administração Pública 6º Congresso Nacional da Administração Pública João Proença 30/10/08 Desenvolvimento e Competitividade: O Papel da Administração Pública A competitividade é um factor-chave para a melhoria das condições

Leia mais

Índice Descrição Valor

Índice Descrição Valor 504448064 Índice Descrição Valor 1 Missão, Objectivos e Princípios Gerais de Actuação 11 Cumprir a missão e os objectivos que lhes tenham sido determinados de forma económica, financeira, social e ambientalmente

Leia mais

CONTROLE SOCIAL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO Marcos Ferreira* TEXTO DE APOIO PARA DEBATE Não há assunto na sociedade brasileira que receba mais epítetos sobre sua importância, urgência e centralidade na vida

Leia mais

Do Latim civitas = condição ou direitos de cidadão ; de cives = homem que vive em cidade ; urbes = área urbanizada; Do Grego polis = cidade-estado;

Do Latim civitas = condição ou direitos de cidadão ; de cives = homem que vive em cidade ; urbes = área urbanizada; Do Grego polis = cidade-estado; Do Latim civitas = condição ou direitos de cidadão ; de cives = homem que vive em cidade ; urbes = área urbanizada; Do Grego polis = cidade-estado; Utiliza-se para designar uma dada entidade políticoadministrativa;

Leia mais

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 8/B/2004 Data: 17-06-2004 Entidade visada: Ministra da Justiça Assunto: Código das Custas Judiciais Prazo de validade dos cheques. Decreto n.º 12 487, de 14 de Outubro de 1926 Prazo de reclamação

Leia mais

DIREITO AO ESQUECIMENTO NA INTERNET / / LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (CASO PORTUGUÊS)

DIREITO AO ESQUECIMENTO NA INTERNET / / LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (CASO PORTUGUÊS) DIREITO AO ESQUECIMENTO NA INTERNET / / LIBERDADE DE INFORMAÇÃO (CASO PORTUGUÊS) Cartagena das Índias, 15 de Outubro de 2013 Carlos Campos Lobo Índice Enquadramento Direito ao esquecimento Quadro normativo

Leia mais

1. Tradicionalmente, a primeira missão do movimento associativo é a de defender os

1. Tradicionalmente, a primeira missão do movimento associativo é a de defender os A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO NA DINAMIZAÇÃO DA ACTIVIDADE EMPRESARIAL 1. Tradicionalmente, a primeira missão do movimento associativo é a de defender os interesses das empresas junto do poder

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

Declaração Política. (Em defesa da Liberdade e da Democracia)

Declaração Política. (Em defesa da Liberdade e da Democracia) Declaração Política (Em defesa da Liberdade e da Democracia) O maior dos Presidentes americanos, Abraham Lincoln, definiu, uma vez, a democracia e a liberdade como o governo do povo, pelo povo e para o

Leia mais

COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE

COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE 23 3 COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE Por que você deve dar este estudo Nas duas semanas anteriores, conversamos sobre dois aspectos de nossa missão comunitária que envolve: (a) olhar para

Leia mais

A evolução da espécie humana até aos dias de hoje

A evolução da espécie humana até aos dias de hoje 25-11-2010 A evolução da espécie humana até aos dias de hoje Trabalho elaborado por: Patrícia da Conceição O aparecimento da espécie humana não aconteceu de um momento para o outro. Desde as mais antigas

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR As crianças precisam atravessar diversos estágios no aprendizado de brincar em conjunto, antes de serem capazes de aproveitar as brincadeiras de grupo.

Leia mais

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

18/11/2005. Discurso do Presidente da República Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de entrega de certificado para os primeiros participantes do programa Escolas-Irmãs Palácio do Planalto, 18 de novembro de 2005

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Empreendedorismo Social 10 de Janeiro 2012

Empreendedorismo Social 10 de Janeiro 2012 Empreendedorismo Social 10 de Janeiro 2012 É um grande prazer estar aqui convosco no lançamento do Prémio de Empreendedorismo Social Damião de Góis. Queria felicitar-vos pela iniciativa e desejar o maior

Leia mais

Entrevista A2. 2. Que idade tinhas quando começaste a pertencer a esta associação? R.: 13, 14 anos.

Entrevista A2. 2. Que idade tinhas quando começaste a pertencer a esta associação? R.: 13, 14 anos. Entrevista A2 1. Onde iniciaste o teu percurso na vida associativa? R.: Em Viana, convidaram-me para fazer parte do grupo de teatro, faltava uma pessoa para integrar o elenco. Mas em que associação? Na

Leia mais

Utilização do SOLVER do EXCEL

Utilização do SOLVER do EXCEL Utilização do SOLVER do EXCEL 1 Utilização do SOLVER do EXCEL José Fernando Oliveira DEEC FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO MAIO 1998 Para ilustrar a utilização do Solver na resolução de

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV Simulado 02 de Matemática Financeira Questões FGV 01. Determine o valor atual de um título descontado (desconto simples por fora) dois meses

Leia mais

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO)

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Parte: 1 Prof. Cristóvão Cunha Objetivos de aprendizagem

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DE CONSUMIDORES, FCRL

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DE CONSUMIDORES, FCRL COMENTÁRIOS DA FENACOOP PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR As cooperativas de consumo são, nos termos da Constituição e da Lei, entidades legítimas de representação dos interesses e direitos dos

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Metodologia da Investigaça

Leia mais

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates 11.02.2009 1. A execução da Iniciativa para o Investimento e o Emprego A resposta do Governo à crise económica segue uma linha de

Leia mais

Orientações para Palestras

Orientações para Palestras Orientações para Palestras Caro Palestrante, confeccionamos este documento para ajudá-lo a fazer uma apresentação memorável. Sinta-se à vontade para enviar contribuições de modo que possamos aperfeiçoá-lo.

Leia mais

Açores precisam de mudança de políticas. Senhora e Senhores Membros do Governo,

Açores precisam de mudança de políticas. Senhora e Senhores Membros do Governo, Açores precisam de mudança de políticas 18 de Junho de 2015 Isto está que não se aguenta disse recentemente, na ilha Terceira, o presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo. E assim juntou a

Leia mais

POSIÇÃO DA UGT SOBRE A ACTUAÇÃO DO FMI EM PORTUGAL

POSIÇÃO DA UGT SOBRE A ACTUAÇÃO DO FMI EM PORTUGAL POSIÇÃO DA UGT SOBRE A ACTUAÇÃO DO FMI EM PORTUGAL O crescimento económico e a redução do desemprego são hoje os grandes desafios que a Europa enfrenta. Em Portugal, a situação económica e social é hoje

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra. Senhor Representante de Sua Excelência o Presidente da República, General Rocha Viera, Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados? Ministério da Saúde Conselho Nacional de Saúde Voluntário em Pesquisa: O que é uma pesquisa, afinal de contas? Eu, um sujeito de pesquisa? Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Leia mais

Eleição. para o Presidente da República

Eleição. para o Presidente da República Eleição para o Presidente da República O que é uma eleição? Uma eleição é quando votamos na melhor pessoa para defender os nossos interesses. Podemos decidir votar numa pessoa porque concordamos com as

Leia mais

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO 5.11.05 O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO Luiz Carlos Bresser-Pereira Primeira versão, 5.11.2005; segunda, 27.2.2008. No século dezessete, Hobbes fundou uma nova teoria do Estado que

Leia mais

OS LEILÕES COMO INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO ECONÓMICA * Novembro, 2004.

OS LEILÕES COMO INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO ECONÓMICA * Novembro, 2004. OS LEILÕES COMO INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO ECONÓMICA * POR: RUTE MARTINS SANTOS Novembro, 2004. Este documento está protegido pelo direito de autor nos termos da lei portuguesa, do direito comunitário e

Leia mais

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,...

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,... Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,... 0) O que veremos na aula de hoje? Um fato interessante Produtos notáveis Equação do 2º grau Como fazer a questão 5 da 3ª

Leia mais

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA Proclamada pela Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), de 20 de Novembro de 1959 PREÂMBULO CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, a sua

Leia mais

POR UNANIMIDADE 06 (seis) meses

POR UNANIMIDADE 06 (seis) meses ACLARAÇÃO DO LAUDO ARBITRAL DO TRIBUNAL ARBITRAL AD HOC DO MERCOSUL CONSTITUÍDO PARA DECIDIR A CONTROVÉRSIA ENTRE A REPÚBLICA DO PARAGUAI E A REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI SOBRE A APLICAÇÃO DO IMESI (IMPOSTO

Leia mais

Ana Beatriz Bronzoni

Ana Beatriz Bronzoni Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal de Viçosa Viçosa (MG) - CEP 36570-000 CNPJ: 07.245.367/0001-14 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Universidade Federal

Leia mais

A organização dos meios humanos na empresa

A organização dos meios humanos na empresa António Malta A organização dos meios humanos na empresa 1. Para poder desempenhar a sua função económica geral produção de bens ou prestação de serviços a empresa tem necessariamente que contar com uma

Leia mais

STC5 Redes de informação e comunicação

STC5 Redes de informação e comunicação STC5 Redes de informação e comunicação João Paulo Ferreira Técnico de organização de eventos Modulo: STC5 Redes de informação e comunicação Formador: Hélder Alvalade 0 Índice Introdução... 2 Desenvolvimento...

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates 1º ano do Ensino Fundamental I O que você gosta de fazer junto com a sua mã e? - Dançar e jogar um jogo de tabuleiro. - Eu gosto de jogar futebol

Leia mais

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento Disciplina: Professor: Custódio Nascimento 1- Análise da prova Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Neste artigo, farei a análise das questões de cobradas na prova do ISS-Cuiabá, pois é uma de minhas

Leia mais

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia? Entrevista A13 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Há 4 anos. 1 Qual é a sua função no lar? Encarregada de Serviços Gerais. Que tarefas desempenha no seu dia-a-dia? O contacto directo

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais