II Simpósio de Sanidade Avícola. 14 e 15 de setembro de 2000 Santa Maria, RS. Anais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "II Simpósio de Sanidade Avícola. 14 e 15 de setembro de 2000 Santa Maria, RS. Anais"

Transcrição

1

2 14 e 15 de setembro de 2000 Santa Maria, RS Anais

3 Exemplares desta publicação podem ser solicitados a: Embrapa Suínos e Aves Br 153 Km 110 Vila Tamanduá Caixa Postal Concórdia SC Telefone: (49) Fax: (49) http: e mail: sac@cnpsa.embrapa.br Tiragem: 300 exemplares Coordenação Editorial: 1 Tânia Maria Biavatti Celant Paulo R. S. da Silveira Paulo Sérgio Rosa SIMPÓSIO DE SANIDADE AVÍCOLA, 2., 2000, Santa Maria, RS. Anais. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, p. 1.Ave doença. congresso. I. Título. CDD c EMBRAPA As palestras foram formatadas diretamente dos originais enviadas em disquete pelos autores.

4 PROMOÇÃO Laboratório Central de Diagnóstico de Patologias Aviárias LCDPA Sala 5151, Prédio 44, Campus UFSM Santa Maria, RS Fone (55) Fax (55) CO-PROMOÇÃO Emp resa Brasileira de Pes quisa A gro pecuári Em brapa Suínos e Aves M in is té rio da Agricultura e do Abastecim ento C a ix a Postal 21, , Co n có rdia, S C Te le fone (49) , Fax (4 9) brapa.br sac@cnpsa.em brapa.br iii

5 APOIO B Bayer BAYER A E R Se é Bayer, é bom. Pro-Reitoria de Extensão COMISSÃO ORGANIZADORA Coordenação: Maristela Lovato Flôres, Prof. Adj. Taylor Marcelo Corrêa Barbosa, Acadêmico Méd. Vet. Colaboradores: Zelia Teresinha Gai, Prof. Ass. Ricardo Hummes Rauber, Acadêmico Méd. Vet. Marcos Adriano Scalco, Acadêmico Méd. Vet. Gislaine Jacobsen, Acadêmico Méd. Vet. Silvandro Antonio Noal, Téc. Lab. Méd. Vet. Cláudio Cros Leite, Méd. Vet. iv

6 APRESENTAÇÃO A equipe organizadora do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais da UFSM e a Embrapa Suínos e Aves, colocam à disposição da comunidade técnico científica este volume que contém as palestras apresentadas no II Simpósio de Sanidade Avícola. Esse evento pretende constituir-se num fórum anual na região Sul, para discusão dos mais novos avanços tecnológicos na detecção, prevenção e tratamento das principais patologias avícolas, visando a difução de programas de sanidade na produção de aves. De forma permanente a avicultura brasileira tem buscado viabilizar soluções para os renovados desafios gerados pelas questões sanitários, as quais exigem a manutenção do debate e da pesquisa em torno das enfermidades avícolas. Cremos que iniciativas como as deste evento, estarão apontando novas questões e, quem sabe, trazendo soluções para os nossos questionamentos. A comissão Organizadora agradece a todos os participantes, colaboradores, patrocinadores e palestrantes, que tornaram possível a realização desse simpósio. Prof a Maristela Lovato Flôres Coordenadora do Evento vi

7 SUMÁRIO Biosseguridade em um programa de melhoramento genético de aves Luiz A.C. Sesti Leucose Mielóide: aspectos anatomopatológicos e diagnóstico através da PCR Roberto Martins Manzan Inibição competitiva no ambiente de produção de frangos Fabio José Paganini Diagnóstico molecular de patologias infecciosas aviárias Nilo Ikuta O uso da Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) na detecção de Salmonella em materiais e produtos de origem avícola Vladimir P. do Nascimento,, Alexandre P. Pontes,, Carlos T. P. Salle,, Hamilton L.S. Moraes,, Cláudio W. Canal,, Luciana R. dos Santos,, Maristela L. Flôres,, Elci L. Dickel,, Laura B. Rodrigues, Joice A. Leão Uso de exclusão competitiva na avicultura no Brasil Rogério Petri Probióticos e prebióticos na avicultura. Edir Nepomuceno da Silva, Raphael Lucio Andreatti Filho Fatores de virulência de escherichia coli de origem aviária APEC Benito Guimarães de Brito Recentes avanços no controle das micoplasmoses Laurimar Fiorentin Vacinas método natural de proteção para Coccidiose Amaro Borges Doença de Gumboro no Brasil Carlos Alberto Friguetto Kneipp Anemia das galinhas: uma doença ainda pouco estudada Cláudio Wageck Canal vii

8 BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES Luiz A.C. Sesti MV, MSc, PhD. Depto. de Serviços Veterinários Agroceres Ross Melhoramento Genético de Aves SA Caixa Postal 400, CEP Rio Claro, SP Brasil e mail: lsesti@agroceres.com.br 1 Introdução O tremendo crescimento e modernização mundial da indústria avícola nas últimas duas décadas tornou claro e evidente a necessidade de uma maior e mais detalhada atenção no que diz respeito á saúde dos plantéis. Principalmente porque o crescimento desta indústria está baseado em um grande aumento no tamanho dos sistemas de produção (granjas ou complexos de granjas e núcleos) com um conseqüente grande aumento na densidade animal em uma determinada área geográfica. Isto se traduz em uma situação ideal para a multiplicação e disseminação de vários patógenos de aves (vírus e bactérias principalmente) e a ocorrência de surtos de enfermidades que acarretam elevados prejuízos econômicos. Um outro aspecto muitíssimo importante na indústria avícola é a preocupação com a saúde pública. Ou seja, os consumidores finais de produtos avícolas e podem ser acometidos por enfermidades causadas por patógenos (bactérias principalmente) presentes nestes produtos. Estes patógenos podem contaminar o produto final de várias maneiras, desde a via vertical, da mãe para a progênie, passando pela contaminação horizontal durante As fases de cria e engorda (frango) e/ou contaminação horizontal durante o processamento no frigorífico. A única maneira de manter rebanhos comerciais livres ou controlados no que diz respeito à presença de agentes de enfermidades de impacto econômico na produtividade e/ou perigosos para a saúde pública (zoonoses) é através da utilização de um programa de biosseguridade que deverá contemplar todos os aspectos gerais da medicina veterinária preventiva bem com conter aspectos exclusivos direcionados a cada sistema de produção em particular. O presente artigo tem como objetivo discutir resumidamente as principais filosofias e conceitos técnicos básicos de programas de biosseguridade para programas de melhoramento genético de aves de corte e sistemas de produção de frangos de corte. A grande maioria dos conceitos discutidos são totalmente indicados para qualquer nível da pirâmide de produção de aves de corte. 1

9 2 Biosseguridade II Simpósio de Sanidade Avícola 2.1 Conceito e Nomenclatura Apropriada Biosseguridade é uma palavra relativamente nova em nosso vocabulário e é encontrada em muito poucos dicionários. Em seu sentido geral ela significa o estabelecimento de um nível de segurança de seres vivos por intermédio da diminuição do risco de ocorrência de enfermidades agudas e/ou crônicas em uma determinada população. Este conceito geral é aplicável à populações de qualquer espécie animal bem como para a espécie humana. Em produção de aves, um Programa de Biosseguridade significa o desenvolvimento e implementação de um conjunto de políticas e normas operacionais rígidas que terão a função de proteger os rebanhos contra a introdução de qualquer tipo de agentes infecciosos, sejam eles vírus, bactérias, fungos e/ou parasitas. Uma vez que ocorra uma quebra na biosseguridade de um sistema de produção e determinado patógeno(s) contamina(m) o(s) rebanho(s) é necessário que o programa de biosseguridade seja redesenhado e adaptado à nova situação de saúde do sistema em questão. Isto é, se for econômica, técnica e legalmente possível conviver com os agentes infecciosos agora presentes no sistema, o programa de biosseguridade deverá preconizar normas (e.g., novas vacinas, diferente fluxo de produção, separação das fases de produção, etc..., etc... ) que possibilitem o máximo controle da multiplicação e disseminação destes agentes bem como um mínimo impacto na produtividade do rebanho. Biosseguridade é um conceito técnico, ou ainda, uma filosofia técnica aplicada à saúde de seres vivos, e no presente caso, a rebanhos da moderna avicultura industrial. Pela especificidade e ao mesmo tempo abrangência de sua conceituação técnica, o termo biosseguridade torna-se muito mais apropriado quando o assunto for saúde animal. Certas ditas expressões técnicas as quais vem sendo utilizadas há muitas décadas, tais como: manejo sanitário, controle sanitário, sanidade animal, sanidade avícola, barreira sanitária, programa sanitário, programa de sanidade e sanidade de rebanho, entre muitas outras variações,.... tornam-se irrelevantes e sem sentido quando as comparamos com o conceito e filosofia de biosseguridade e seus termos correlatos. Senão, vejamos as definições literais destes termos (Novo Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira 1 a Edição, 15 a Impressão Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil página 1268): Sanidade. [Do lat. Sanitate.] S.f. 1. Qualidade ou estado de são. 2. Salubridade; higiene. 3. Normalidade física ou psíquica. Sanitário. [Do fr. Sanitaire.] Adj. 1. Relativo à saúde ou à higiene. 2. Relativo a, ou próprio de banheiro (1): louça sanitária. V. água a, aparelho, bacia a, e vaso. S.m. 3. V. banheiro (2). Tais expressões não expressam a idéia e conceito de saúde animal e medicina veterinária preventiva (ambos claramente relacionados com programas de biosseguridade para sistemas de produção animal) e deveriam ser substituídas por outras mais cientificamente apropriadas e esclarecedoras tais como: 2

10 manejo sanitário, controle sanitário substituídas por Normas de Biosseguridade; sanidade animal substituída por Saúde Animal ou Saúde das Aves, etc..., etc... para outras espécies domésticas; sanidade avícola substituída por Saúde Avícola; barreira sanitária substituída por Norma de Biosseguridade ou Barreira de Saúde Animal; programa sanitário, programa de sanidade substituídas por Programa de Biosseguridade e sanidade de rebanho substituída por Saúde de Rebanho. Um dos exemplos mais típicos de expressões tecnicamente não apropriadas é o muito conhecido Vazio Sanitário o qual, embora seja largamente utilizado, não tem sentido como conjunto de palavras e é impossível de ser definido como tal. Certamente, a grande maioria dos médicos veterinários que trabalham na avicultura sabem que esta expressão significa um determinado período de tempo (dias, semanas, meses), após a retirada de um lote de aves e realizada completa limpeza e desinfecção, durante o qual a(s) instalação(ões) fica(m) completamente vazia(s), sem a presença de qualquer espécie animal. Com absoluta certeza existem outros termos mais apropriados e corretos para expressar este mesmo procedimento de biosseguridade, como por exemplo: vazio das instalações (galpão, granja, etc... ), descanso das instalações, intervalo entre lotes, etc..., etc.... A medicina veterinária, assim como todas as outras ciências correlatas da área biomédica, está em constante evolução não somente sob o ponto de vista técnico mas igualmente sob o ponto de vista filosófico. É essencial que os profissionais desta área saibam reconhecer esta evolução e adaptar-se rapidamente à mesma. Somente deste agindo deste modo é que estes profissionais terão amplas condições de implementar e operacionalizar novos conceitos e procedimentos técnicos a medida que os mesmos forem sendo desenvolvidos e validados. 2.2 Componentes da Biosseguridade Como relatado acima, biosseguridade são procedimentos desenhados para principalmente prevenir a entrada e a disseminação de enfermidades em um sistema de produção de aves. Isto é alcançado via mantença de o menor fluxo possível de organismos biológicos (vírus, bactérias, parasitas, fungos, roedores, animais silvestres, pessoas, etc...., etc....) através das divisas do sistema de produção. Nenhum programa de prevenção de doenças será efetivo sem este procedimento básico. Biosseguridade tem basicamente oito componentes principais que funcionam como elos de uma corrente. Ou seja, um programa de biosseguridade somente alcançará pleno sucesso quando todos os elos desta corrente estiverem firmemente unidos uns aos outros. Cada um destes elos necessita permanente manutenção e revisão para evitar-se pontos de enfraquecimentos na corrente e conseqüente falha na biosseguridade do sistema (Figura 1). 3

11 PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE Auditoria e Atualização Educação Continuada Isolamento Controle de Tráfico / Fluxo Erradicação de Doenças Monitoramento Higienização Quarentena, Vacinação, Medicação Figura 1 A cadeia de componentes básicos de um programa de biosseguridade Isolamento Refere-se ao confinamento dos animais dentro de uma área controlada. Localização do Sistema de Produção É o fator mais importante para a prevenção da ocorrência de algumas doenças, principalmente aquelas transmitidas pelo ar (aerossóis, poeira, etc... ). O sistema de produção deverá ser localizado com base em informações sobre: densidade animal da área (deve ser a menor possível); tipo de produção (cria/recria/produção juntos ou cada uma das fases separadas; incubatório; e granja de engorda de frangos); clima (variações de temperatura durante as estações do ano): ventos predominantes na região, os quais podem determinar a que distâncias certos agentes patogênicos podem ser transmitidos; existência de barreiras físicas naturais (morros, florestas naturais, etc... ). Cercas e Barreiras Físicas A construção de cercas perimetrais (para cada núcleo e para toda a área da granja na caso de aves) e a colocação de avisos de entrada proibida são muito importantes para o controle do isolamento do rebanho. Além dos avisos de entrada proibida também devem ser colocados avisos na entrada principal do sistema de produção que informem claramente que as aves alojadas neste sistema são criadas sob um rígido programa de biosseguridade e que visitas não oficialmente autorizadas são totalmente proibidas. 4

12 As cercas perimetrais das instalações deverão ser totalmente à prova de pessoas e animais domésticos e silvestres. Os galpões devem ser telados com telas à prova de pássaros silvestres e roedores. É recomendável a implantação de barreiras físicas (plantação de árvores) ao redor de cada núcleo. No entanto, é muito importante que esta barreira seja grande o suficiente para verdadeiramente agir como uma barreira. Ou seja, meia dúzia de linhas de árvores apenas não pode ser considerada uma barreira eficaz. Uma sugestão, seria a plantação de uma barreira de árvores de rápido crescimento (e.g., pinus ou eucaliptus) com um largura de aproximadamente 50 metros. As linhas devem ser desencontradas para não permitir passagem direta de vento por entre as árvores Controle de Tráfico / Fluxo Refere-se ao controle do tráfico e direção do fluxo de animais, pessoas entrando ou saindo do sistema de produção. Em sistemas de produção de aves este fluxo deve, idealmente, obedecer ao conceito de áreas limpas e áreas sujas (Figura 2). ÁREA SUJA APOIO CENTRAL Á RE A LIMPA ÁREA SUJA Figura 2 Conceito de áreas limpas e áreas sujas em sistemas de produção de aves de corte (matrizes pesadas). Todas as pessoas, veículos, máquinas e equipamentos entrando na granja deverão entrar pela área de apoio central após seguir todos os procedimentos de banho, troca de roupa, limpeza e desinfecção e dirigir-se a um dos núcleos de aves através da estrada limpa ou área limpa. Após a visita, estes veículos e pessoas retornam ao apoio central através da estrada suja ou área suja. Se porventura outro núcleo tiver que ser visitado, todo o procedimento será repetido. 5

13 Trânsito/Fluxo de Animais O trânsito de animais dentro do sistema de produção deverá sempre seguir a hierarquia do material genético pertencente ao sistema, ou seja, este trânsito deverá ser sempre, sem exceções, do topo para a base da pirâmide de produção (Figura 3). Esta política é mandatória para animais pertencentes ao próprio sistema e/ou para animais vindos de fora (lotes avós e/ou matrizes de reposição). Fluxo Obrigatório de Animais, Veículos Pessoas e Materiais GP Linhas Puras GRANJA E INCUBATÓRIO DE BISAVÓS GRANJA E INCUBATÓRIO DE AVÓS Nível 1 Nível 2 Nível 3 GRANJA E INCUBATÓRIO DE MATRIZES Nível 4 GRANJA DE ENGORDA DE FRANGOS Nível 5 Figura 3 Pirâmide genética e de fluxo de produção de em avicultura de corte (matrizes pesadas) dividida em diversos níveis da hierarquia do programa de melhoramento genético: Nível 1. é o ápice da pirâmide (GP = Granja de Pedigree). E é o nível onde os rebanhos das linhas puras (Elite) são mantidos para sua própria reprodução e melhoramento genético. Os ovos destas linhas puras são incubados no incubatório de bisavós. Nível 2. consiste de rebanhos onde é realizada a multiplicação de avós através do cruzamento de bisavós. No incubatório de bisavós podemos ter o nascimento de linhas puras, bisavós e avós. Nível 3. onde é realizada a multiplicação de matrizes através do cruzamento de diferentes linhas de avós. No incubatório de avós nascem as matrizes. Nível 4. Onde é realizada a produção de frangos de corte. No incubatório de matrizes nascem os frangos de engorda. Nível 5. Consiste nas chamadas granjas de frango, onde serão engordados e terminados para abate aqueles frangos nascidos no incubatório de matrizes (Nível 4). 6

14 Poder Multiplicador O poder multiplicador de enfermidades transmitidas verticalmente de uma pirâmide de produção em um sistema de produção de aves domésticas de corte é imenso (Tabela 1). Tabela 1 Poder multiplicador da pirâmide de produção de aves domésticas Níveis da Pirâmide de Produção Poder Multiplicador 1- Granja de Pedigree (linhas puras) 1 e 10 (linha genética pura) 2- Granja e Incubatório de Bisavós 150 Bisavós 3- Granja e Incubatório de Avós Avós 4- Granja e Incubatório de Matrizes Matrizes 5- Granja de Frangos de Corte Frangos de Corte 6- CONSUMIDOR FINAL 67 mil ton de carne de frango No topo da pirâmide (nível 1) encontra-se a granja de melhoramento genético e multiplicação de linhas genéricas puras (linhas macho e fêmea). Normalmente, em programas de melhoramento genético de matrizes pesadas, cada uma destas populações de linhas puras estão divididas em vários grupos de acasalamento consistidos cada um de um macho e 10 fêmeas. Durante o período (normalmente 6 8 semanas) em que as aves de um destes grupos está contribuindo (ovos férteis) para o programa de melhoramento genético, aproximadamente 15 bisavós são produzidas por cada fêmea de linha pura do grupo de acasalamento, totalizando um número de 150 bisavós (nível 2). Cada uma destas, durante sua vida reprodutiva normal, irá produzir em torno de 40 avós o que perfazerá um total de 6 mil avós (nível 3). Do mesmo modo, estas avós irão multiplicar e produzir um total de 294 mil matrizes pesadas (49 matrizes por avó; nível 4) as quais por sua vez produzirão aproximadamente 40 milhões de frangos de corte (143 pintos de um dia por matriz menos 4% de mortalidade até o abate; nível 5). Ao abate destes frangos, serão produzidas em torno de 67 mil toneladas de carne de frango (peso vivo médio ao abate de 2,4 kg com 70% de rendimento de carcaça; nível 6). É portanto, bastante evidente que qualquer microorganismo patogênico sendo transmitido verticalmente ao longo desta pirâmide de produção poderá causar grandes prejuízos econômicos aos produtores e indústria. Além disso, se o patógeno transmitido verticalmente for de importância na saúde pública (zoonoses; e.g., salmonelas), as perdas para o mercado avícola poderão ser multiplicadas várias vezes pelo impacto da opinião pública e diminuição do consumo de produtos avícolas. 7

15 Trânsito/Fluxo de Pessoas Um período de tempo longe do contato com aves e outros animais domésticos, laboratórios veterinários e frigoríficos deve, obrigatoriamente, ser obedecido por todos aqueles não funcionários que estarão adentrando o sistema de produção e entrando em contato direto com as aves. Um mínimo de 48 horas é recomendado. O importante é que durante este tempo de descanso a pessoa tome pelo menos dois banhos completos e troque toda a roupa pelo menos duas vezes. Aqueles que porventura tenham estado em contato com um rebanho suspeito de estar contaminado com ou sem sintomatologia clínica deverão, dependendo da enfermidade presente no rebanho visitado anteriormente, passar por um período de descanso de 72 a 120 horas antes de visitarem outro sistema de produção. Alguns outros aspectos também muito importantes com relação ao fluxo de pessoas são: manter registro escrito de todos os visitantes. Este registro deve conter a data e motivo da visita, data do último contato do visitante com qualquer espécie de aves e data do último contato com laboratórios veterinários de diagnóstico; sempre ter contato com animais mais jovens primeiro (lotes, núcleos); nunca visitar um lote sem problemas após visitar outro lote suspeito de estar doente; nunca visitar mais de dois/três núcleos/lotes por dia; nunca visitar sistemas de produção de espécies animais diferentes no mesmo dia; nunca visitar qualquer sistema de produção sem um planejamento detalhado das tarefas que serão executadas durante a visita para que esta seja a mais rápida e objetiva possível; visitas sociais JAMAIS devem ser admitidas em qualquer sistema de produção. Granjas de aves ou de suínos NÃO SÃO, sob qualquer hipótese, locais de passatempo e visitas não técnicas e/ou comerciais; qualquer funcionário de um sistema de produção deve ter autoridade para barrar a entrada de QUALQUER visitante sem a devida permissão; funcionários do sistema de produção SÃO PROIBIDOS, por força de contrato de trabalho específico, de possuírem em suas casas galinhas de fundo de quintal e qualquer outra espécie de aves, seja ornamental ou seja doméstica; seguir estritamente os procedimentos de limpeza e desinfecção preconizados para o fluxo de pessoas, veículos, materiais e equipamentos. 8

16 Trânsito / Fluxo de Veículos Todos os veículos utilizados em um sistema de produção (caminhões, camionetas, tratores, etc... ) devem, idealmente, serem exclusivos para cada sistema de produção. Veículos externos são proibidos de adentrar o perímetro interno das granjas, bem como motoristas externos não podem entrar em contato direto com animais (aves) e funcionários do sistema Higienização Refere-se aos procedimentos de limpeza e desinfecção recomendados para o sistema de produção, bem como para o programa de controle de vetores e disposição de animais mortos. A redução da carga microbiana (também conhecida por pressão de infecção ) nas instalações e ambiente do sistema de produção irá diminuir em muito o risco de ocorrência de doenças no rebanho. Além disso, a realização rotineira de um processo de higienização detalhado e efetivo é condição sine qua non não só para a mantença de um alto nível de saúde no rebanho como também para a erradicação de enfermidades presentes no sistema. Pessoas (funcionários e visitantes) Todas as pessoas adentrando o sistema de produção deverão tomar banho e trocar toda a roupa na entrada principal do sistema de produção, geralmente chamada de apoio central. No caso de granjas de aves, um segundo banho e muda de roupa deverá ocorrer no área de apoio do núcleo a ser visitado. À saída do núcleo, outro banho deverá ser tomado e a roupa a ser vestida será aquela que foi utilizada no trânsito até o núcleo. Veículos, Materiais e Equipamentos Todo e qualquer veículo (caminhões, tratores, etc... ), materiais de consumo (caixas, material de construção para manutenção das instalações, etc..., etc... ) e equipamentos (seringas, comedouros, etc..., etc... ) devem ser totalmente limpos e desinfetados no apoio central do sistema de produção e novamente à entrada de cada núcleo. Recomenda-se a construção de um sistema de fumigação à entrada principal da granja e à entrada de cada núcleo. Para veículos que tenham estado em áreas externas ao sistema de produção, recomenda-se um período de descanso de 8 12 horas ao sol após completa limpeza com água e detergente seguida por desinfecção. A atividade letal de desinfetantes contra vírus, bactérias, fungos e parasitas irá depender de sua composição química e composição estrutural do microorganismo a ser eliminado. Para escolher-se o produto desinfetante a ser utilizado, as seguintes importantes características devem ser analisadas: custo; eficácia espectro de ação contra os diferentes tipos de microorganismos; 9

17 atividade na presença de matéria orgânica. Embora às vezes ocorra, nunca se deve desinfetar qualquer tipo de superfície que contenha matéria orgânica. Para isto, deve-se lavar as superfícies completamente com detergente antes da desinfecção; toxicidade para homens e animais; atividade residual; corrosividade para tecidos e metais; atividade na presença de sabão (detergente); solubilidade (acidez, alcalinidade, ph); tempo de contato necessário para uma efetiva desinfecção. NENHUM desinfetante age instantaneamente. TODOS eles necessitam de algum tempo de contato com o microorganismo para eliminá-lo. Alimento (ração pronta, matérias primas) Investigações científicas conduzidas em vários países da América e Europa demonstram claramente que o alimento administrado aos animais pode ser uma maiores, senão a maior (para alguns patógenos em particular), fonte de contaminação de rebanhos de aves domésticas comerciais (salmonelas, clostridium, E. coli, etc... ). Estatísticas disponíveis mostram que aproximadamente 4% de todas as matérias primas utilizadas em rações de aves estão contaminadas com algum sorotipo (patogênico ou não) de salmonela. Portanto, é praticamente impossível implementar um controle da contaminação por salmonelas em rebanhos de suínos e aves sem a implementação conjunta de procedimentos técnicos efetivos de desinfecção de matérias primas e/ou rações prontas. Um controle consistente e efetivo da contaminação por salmonelas em rações e matérias primas é dependente da habilidade de descontaminar o alimento e prevenir sua recontaminação. Vários produtos comerciais contendo ácidos orgânicos (principalmente os ácidos propiônico e fórmico e seus sais) com ou sem a presença de formaldeído tem sido usado com sucesso para reduzir a contaminação bacteriana no alimento de aves e suínos. Estes produtos podem inclusive ajudar a prevenir a recontaminação do alimento na fábrica de ração e durante o transporte e armazenamento. Existem ainda outros produtos comerciais a base de ácidos orgânicos os quais ainda possuem aldeídos, terpenos naturais e surfactantes. Estas substâncias podem ter um efeito sinergístico na atividade bactericida do produto comercial. Tradicionalmente, o controle de salmonela em rações de aves tem sido tentado através de processos de fabricação de rações, como por exemplo, a peletização. Entretanto, o tempo de exposição à temperatura padrão de peletização (alguns segundos a o C) não permite, sob qualquer hipótese, uma descontaminação total bem como não evita a multiplicação de células bacterianas ainda presentes no alimento após a peletização. Além disso, a recontaminação do alimento quando de sua passagem pelo resfriador pode facilmente ocorrer. 10

18 Para uma total descontaminação do alimento deve ser utilizada uma combinação de temperatura, umidade e tempo de exposição ao calor. Um exemplo desta combinação é o processo de tratamento térmico da ração utilizado pela Agroceres Ross para descontaminação de todas as rações para aves produzidas na fábrica de seu sistema de produção: Temperatura Umidade Relativa Tempo de exposição R 85 o C mínimo R 15 17% R 12 minutos mínimo Este tratamento, quando apropriadamente realizado, assegura a eliminação total de enterobactérias e salmonelas. Além disso, o alimento descontaminado deve ser submetido a um rigoroso programa de biosseguridade para a prevenção da recontaminação durante o período pós-tratamento (armazenamento na fábrica de ração R carregamento no caminhão R transporte até a granja R descarregamento na granja R armazenamento na granja) até o momento da ingestão de alimento pelas aves. Água e Controle de Vetores / Portadores de Agentes Infecciosos Sistemas de desinfecção de água via produtos químicos (e.g., cloro), via raios ultra-violeta, ou adição de ácidos orgânicos devem ser implementados para prevenir a introdução de vários patógenos via água de bebida (influenza, doença de Newcastle, Pasteurela, Salmonelas, etc... ). Roedores, pássaros silvestres, insetos (e.g., moscas, cascudinho) e mamíferos silvestres e domésticos constituem um importante reservatório de patógenos para aves. Estes animais são um grande risco de entrada de agentes de enfermidades nos rebanhos via eliminação direta do agente no meio ambiente e conseqüente contaminação lateral. Todas as instalações devem ser à prova de roedores e pássaros e um efetivo programa de eliminação e controle de roedores e insetos deve ser implementado. Disposição de Animais Mortos Carcaças de animais mortos dentro do sistema de produção constituem também um grande risco de entrada de enfermidades nos rebanhos, seja via a atração de vetores (insetos, roedores, etc... ) e/ou pelo aumento da pressão e infecção ambiental com uma conseqüente quebra no equilíbrio com a imunidade de rebanho. A melhor maneira de se dispor de animais mortos é via incineração. Se o método não é disponível, é necessária a construção de fossas sépticas no perímetro das instalações Quarentena, Vacinação e Medicação Referem-se aos processos mais diretos de controle e prevenção de enfermidades. Quarentena é o período de observação clínica e investigações diagnósticas, realizado em um local afastado do sistema de alojamento definitivo dos animais, durante o qual o animal é observado e testado para a presença de determinadas enfermidades. Somente após o período de quarentena é que os animais seriam introduzidos no local 11

19 definitivo de alojamento. Em aves, o conceito muda um pouco na prática. Na realidade, em lotes de bisavós, avós e/ou matrizes de corte pode-se considerar toda a fase de cria e recria (0 a semanas de idade) das aves como uma quarentena. Pois a qualquer momento durante este período, se o lote for confirmado como positivo para certos patógenos (e.g., Micoplasma gallisepticum / synoviae, Salmonela pullorum / gallinarum / enteritidis / typhimurium) não será permitido que ele entre em produção e o lote será abatido e substituído. Já para lotes de aves importadas, o período de quarentena poderá, dependendo das exigência legais, passar por sua definição clássica mencionada acima. A duração de uma quarentena pode variar bastante dependendo da enfermidade a ser prevenida e dos testes diagnósticos disponíveis. Programas de vacinação são parte muito importante de qualquer programa de biosseguridade. As vacinas a serem utilizadas irão variar muito de acordo com a região e o tipo de sistema de produção em questão. No entanto, alguns aspectos são essenciais para desenhar-se um programa de vacinação efetivo e tecnicamente correto para aves: bom conhecimento da epidemiologia e patogenia das enfermidades de importância econômica e de saúde pública; pressão de infecção destas enfermidades na região onde serão alojados os animais; utilizar o menor número possível de diferentes tipos de vacinas e JAMAIS utilizar vacinas desnecessárias ou de necessidade duvidosa, não comprovada cientificamente. Isto só é benéfico para os laboratórios que as produzem; utilizar sempre vacinas produzidas por laboratórios idôneos e que possuam bom controle de qualidade do produto final; nenhum tipo de vacina utilizada em aves previne em 100% a infecção e colonização do animal pelos agentes etiológicos das enfermidades; mesmo para aquelas vacinas capazes de conferir um alto nível de proteção, muito desta efetividade é geralmente perdida através erros cometidos durante o armazenamento e administração das vacinas; existem enfermidades emergentes contra as quais não existem vacinas disponíveis; Sempre ocorrerá o aparecimento de cepas variantes de um mesmo patógeno, contra as quais as vacinas disponíveis podem conferir muito pouca ou nenhuma proteção. Em sistemas de produção de aves de reprodução (bisavós, avós e/ou matrizes de corte) existe uma certa quantidade de tipos de vacinas consideradas obrigatórias no Brasil, (e.g., doença de Marek, bouba, coccidiose, bronquite infecciosa, doença de Newcastle, doença de Gumboro e encéfalomielite aviária). É essencial verificar-se antes da utilização de qualquer vacina, se o uso da mesma não é controlado oficialmente pelo Ministério da Agricultura. 12

20 Medicações em doses terapêuticas são excelentes ferramentas no controle de surtos de enfermidades bacterianas e/ou na prevenção de problemas bacterianos secundários em surtos de doenças virais. Mas, devem ser consideradas procedimentos emergenciais dentro de um programa de biosseguridade. Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos em doses terapêuticas irá propiciar o aparecimento / seleção de cepas de microorganismos resistentes à cada droga em particular. O uso de antibióticos como medida preventiva em pintos de um dia de idade é totalmente contra indicado, salvo em situações epidemiológicas emergenciais. 2.3 Monitoramento refere-se aos procedimentos diagnósticos realizados rotineiramente nos rebanhos com o objetivo de confirmar a presença ou ausência de determinados patógenos em um rebanho e também para a avaliação da imunidade conferida pelas vacinas aplicadas. Os principais objetivos deste monitoramento seriam: estabelecer e registrar o nível atual de saúde do rebanho; assegurar a efetividade do programa de vacinas; estabelecer a efetividade do programa de bioseguridade; disparar um processo efetivo de investigação quando um problema é detectado; obedecer legislação em vigor (e.g., Plano Nacional de Sanidade Avícola-PNSA). Existem várias maneiras de se monitorar a efetividade de um programa de biosseguridade. A utilização de dados de desempenho dos rebanhos tais como: mortalidade, índices de produtividade e condenações ao abate; são de valor para o monitoramento. É necessário lembrar que estes dados podem ser também afetados por fatores de manejo e nutrição. O nível de saúde dos rebanhos deve ser monitorado através de testes de sorologia, bacteriologia e, quando possível, virologia. Deve-se também monitorar todos os outros possíveis meios de contaminação do rebanho tais como, água (presença de coliformes fecais, análise físico-química), alimento (presença de enterobactérias e salmonelas) e funcionários do sistema (presença de salmonelas em suabes retais). Os principais meios diagnósticos de monitoramento da saúde do rebanho são: 1. inspeções clínicas de rotina e visitas veterinárias aos rebanhos; 2. sorologias R Soroaglutinação Rápida, ELISA, e HI (inibição da hemoaglutinação); 3. bacteriologia em amostras coletadas dos animais e do meio-ambiente; 4. cultivo virológico em cultura de células de embrião de galinha; 5. PCR R Polymerase Chain Reaction = Reação em Cadeia da Polimerase, para detecção de segmentos específicos do genoma de um determinado patógeno em amostras coletadas diretamente do animal, ou amostras de cultura bacteriana ou ainda de amostras ambientais e de alimento. 13

21 Um programa de biosseguridade efetivo deve portanto, conter um programa de amostragem para monitoramento sorológico e bacteriológico dos rebanhos. Algumas principais enfermidades a serem monitoradas sorologicamente no Brasil são: soroconversão vacinal (bronquite infecciosa, doença de Newcastle, doença de Gumboro, encéfalomielite aviária, anemia infecciosa das galinhas) micoplasmas gallisepticum e synoviae; salmonela pullorum, enteritidis e typhimurium síndrome da queda da postura; anemia infecciosa das galinhas; pneumovírus aviário; vírus da leucose aviária; influenza (recomendável quando o rebanho recebe aves de reposição importadas); reticuloendoteliose Erradicação/Controle de Doenças Refere-se ao fato de que, em determinadas situações, o programa de biosseguridade pode ser modificado e adaptado com o objetivo de erradicação ou controle de enfermidade(s) presente(s) nos rebanhos ou nos sistemas de produção. Nestas situações as normas de monitoramento da saúde do rebanho (testes diagnósticos a serem utilizados) deverão ser direcionadas para os patógenos a serem erradicados ou controlados. Além disso, as normas de biosseguridade para fluxo de pessoal, veículos e equipamentos, limpeza e desinfecção das instalações deverão ser adaptadas baseadas nas informações da epidemiologia e patogenia dos agentes em questão. Exemplos de doenças bacterianas que podem ser erradicadas são as micoplasmoses e salmoneloses aviárias Auditoria e Atualização referem-se aos procedimentos de monitorização dos aspectos operacionais de um programa de biosseguridade, bem como a necessidade de permanente atualização dos procedimentos. De uma maneira geral, programas de biosseguridade são elaborados por médicos veterinários os quais não serão aqueles a implantarem o programa operacionalmente. Normalmente, os responsáveis pela implantação e operacionalização do programa de biosseguridade são os técnicos e funcionários envolvidos com a produção dos rebanhos do sistema. Portanto, é essencial que os aspectos operacionais do programa sejam rotineiramente auditados para se ter certeza de que todas as normas estão implantadas apropriadamente e para evitar-se o surgimento e perpetuação de erros de rotina. Ou seja, erros que não percebidos por aqueles envolvidos com as tarefas de rotina. Aspectos básicos da auditoria do programa de biosseguridade: ser realizadas por médicos veterinários treinados para tal. De preferência por aqueles que estiveram envolvidos na elaboração do programa; 14

22 direcionada a todos os pontos chave do sistema: instalações dos animais (isolamento, infra-estrutura, etc... ); alimento pronto e suas matérias primas; incubatórios; e qualidade do sistema e práticas de transporte; datas das auditorias não devem seguir uma rotina nem devem ser anunciadas com antecedência; deve ser criado um sistema de escore de biosseguridade que permita acompanhar a evolução do trabalho daqueles responsáveis pelo sistema sendo auditado Educação Continuada Refere-se ao processo permanente de treinamento e educação em biosseguridade de todos aqueles envolvidos com o sistema de produção. Pessoas são os elementos chave para o sucesso de um programa de biosseguridade. Todos, indistintamente, devem entender perfeitamente porque biosseguridade é importante e com fazê-la. Este entendimento deve, obrigatoriamente, começar pelo mais altos níveis administrativos do sistema (presidente e diretoria), passar por todas as outras áreas gerenciais (técnicas e comerciais) e descer até os níveis operacionais mais simples do sistema de produção. É evidente que o nível de argumentação e complexidade técnica deve ser adaptado para o nível cultural daqueles em treinamento, mas sempre deixando bem claro a importância da biosseguridade e a importância de cada um em implementá-la para a sobrevivência da empresa. A educação continuada deve ser realizada sob a forma de palestras (duas a três ao ano) com amplo uso de modernos recursos audio visuais. É muito importante incentivar a participação da audiência para que todos possam expressar claramente como eles vêem biosseguridade em sua rotina de trabalho do dia a dia. De maneira rápida, mas enfática, todos os principais aspectos de um programa de biosseguridade devem ser relembrados nestes treinamentos. Um programa de biosseguridade pode ser comparado com um programa de qualidade total, ou seja, ambos exigem muita disciplina, constante treinamento e, principalmente, mudança comportamental de todos envolvidos. 3 Conclusões Surtos de doenças podem causar perdas econômicas substanciais à avicultura e suinocultura intensivamente exploradas devido principalmente à: efeitos diretos e indiretos na produção; qualidade e aceitabilidade de reprodutores (avós e matrizes) pelos produtores; qualidade e aceitabilidade do produto final (carne de aves) pelos consumidores finais. 15

23 Procedimentos de biosseguridade com qualidade total, os quais são efetivos em proteger os rebanhos, são relativamente baratos para serem implantados. Além disso, podem ser extremamente efetivos em manter bons níveis de produtividade e em facilitar a comercialização e a confiança dos consumidores nos produtos finais. O futuro sucesso e prosperidade das modernas avicultura industrial dependerá em grande parte da efetividade e qualidade dos programas de biosseguridade implementados. Estes terão a tarefa de lidar com os novos desafios e requerimentos técnicos originados por surtos de enfermidades endêmicas e epidêmicas. O aspecto mais importante na implantação, operacionalização e manutenção de um programa de biosseguridade é a disciplina de todos aqueles envolvidos em todos os passos. Uma única pessoa parte de um grupo de apenas um único elo da corrente de biosseguridade (Figura 1) a qual não tenha a disciplina e o treinamento apropriado é mais do que suficiente para causar a falha do programa e, consequentemente, perda de todo o investimento realizado. Biosseguridade É DISCIPLINA E COMPROMETIMENTO 4 Referências Bibliográficas Agroceres Ross Melhoramento Genético de Aves SA (1995) Manual de Biosseguridade (1995) Rio Claro, SP, Brasil. CALNEK, BW; Barnes, HG; Beard, CW; McDougald, LR & Saif, YM (editors) Diseases of Poultry (10 th edition, 1997) Iowa State University Press, Ames, Iowa, USA. JORDAN, FTW & Pattison, M (editors) Poultry Diseases (4 th edition, 1996) W.B. Saunders Company Ltd, London, UK. PATTISON, M (editor) The Health of Poultry (1993) Longman - Veterinary Health Series, Longman Scientific & Technical Longman Group UK Limited, Essex, England, UK RITCHIE, BW; Harrison, GJ & Harrison, LR (editors) Avian Medicine: principles and application (1999), HBD International Inc., Delray Beach, Florida, USA RUDD, K (1999) Poultry Reality Check Needed. The Poultry Informed Professional. Issue 25, May Athens, GA, USA. SAINSBURY, D (2000) Poultry Health and Management: chickens, ducks, turkeys, geese, quail (4 th Edition), Blackwell Science, Oxford, England, UK SESTI, LAC (1996) Bioseguridade na disseminação de material genético. Anais, XV PANVET Congresso Panamericano de Ciências Veterinárias Outubro 1996, Campo Grande, MS. Seminário S11, páginas S a S SESTI, LAC & Soares, RB (1998) A situação da Leucose Mielóide no mundo. II Encontro de Avicultura de Corte da Região de Descalvado. Anais, 12 de Novembro de 1998, Descalvado, SP. SESTI, LAC & Sobestiansky (1999; 2 a Edição) A Função da Medicina Veterinária na Suinocultura Moderna. Goiânia, GO, Brasil. 16

24 LEUCOSE MIELÓIDE: ASPECTOS ANATOMOPATOLÓGICOS E DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DA PCR Roberto Martins Manzan Mestrando Depto. Patologia FMVZ/USP e mail: robertomanzan@yahoo.com Introdução Leucose Mielóide é uma enfermidade neoplásica que acomete galinhas e tem como agente etiológico o Vírus da Leucose Aviária subgrupo J (VLA J). No ano de 1999 a Leucose Mielóide causou perdas consideráveis em lotes de reprodutores e ainda não foi encontrada a solução 19. Tais perdas são resultantes do baixo peso corporal das aves 22, baixo índice de conversão alimentar e mortalidade 9, atingindo índices de 0,5 a 1,5% acima da normal a cada semana 5. Pelo fato de a Leucose Mielóide ser uma enfermidade recente e de grande relevância na avicultura mundial, torna-se importante o conhecimento das lesões produzidas nos tecidos e células, acrescentando informações que servirão de auxílio para o diagnóstico da enfermidade. No Brasil alguns estudos têm sido realizados nas áreas de epidemiologia 7, diagnóstico molecular do vírus 6, 8 e outras provas diagnósticas 3. Terminologia Existe uma certa confusão nos termos utilizados para denominar esta doença. Leucose ou Leucemia Mielóide? Mielocitoma/mielocitomatose ou mieloblastose? Estes por sua vez são sinônimos de Leucose Mielóide? O termo Leucose Mielóide tem sido amplamente utilizado para designar a doença neoplásica causada pelo Vírus da Leucose Aviária subgrupo J (VLA J). O termo Leucemia Mielóide também é correto e mais atual, porém pouco utilizado em Medicina Veterinária. Mielocitomatose ou mielocitoma são sinônimos de Leucose Mielóide por apresentarem as mesmas características anatomopatológicas, porém foram utilizados primeiramente para designar a doença neoplásica causada por cepas laboratoriais de vírus do grupo leucose/sarcoma aviário (MC29, MH2, CMII e OK10) 15. Agora, mieloblastose é uma doença neoplásica das células da medula óssea causada por outras cepas laboratoriais de vírus do grupo leucose/sarcoma aviário (AMV BAI A e E26) 15 e que apresentam características anatomopatológicas distintas da Leucose Mielóide. 17

25 Etiologia O grupo de doenças leucose/sarcoma compreende uma variedade de neoplasias, benignas ou malignas, causadas por diferentes retrovírus aviários pertencentes à família Retroviridae 13. Dentro desta família inclue-se o Vírus da Leucose Aviária (VLA) que acometem galinhas, classificados nos subgrupos A, B, C, D, E e J. Com base nos mecanismos naturais de transmissão, os VLA podem ser classificados em exógenos (subgrupos A, B, C, D e J) e endógeno (subgrupo E), e destes apenas os vírus exógenos são patogênicos 15. O Vírus da Leucose Aviária subgrupo J (VLA J) foi diagnosticado primeiramente na Inglaterra em e nos últimos anos tem sido identificado em plantéis avícolas em muitas regiões do mundo. Nos Estados Unidos constatou-se uma grande incidência desse vírus em lotes de reprodutores de linhagem pesada 4, e no Brasil, a ocorrência de VLA J também tem sido relatada 2, 7, 18. Epidemiologia O VLA J pode disseminar-se pelas vias vertical e horizontal. A transmissão vertical ocorre na passagem do vírus da galinha para o albúmen do ovo e daí para o embrião resultando em pintos imunotolerantes com frequente ocorrência de tumores 23. A transmissão horizontal ocorre por contato de direto de ave a outras através de excreções e secreções, geralmente há produção de anticorpos e o aparecimento de tumores é raro 16. Patogenia O VLA J possui acentuado tropismo para células da linhagem mielomonocítica da medula óssea, e isto lhe confere a habilidade em causar Leucose Mielóide 1. O vírus transforma células mielomonocíticas no estágio final de diferenciação, mielócito ou monócito 16. As células infectadas são transformadas gradualmente em células neoplásicas, as quais migram para colonizar outros órgãos, produzindo tumores de diversos tipos 15. A Leucose Mielóide manifesta-se comumente em aves de linhagem pesada e com idade acima de 17 semanas (inicio da maturidade sexual) 16. O VLA J apresenta alta incidência em lotes de reprodutoras de linhagem pesada 14. Apesar de experimentalmente o VLA J ter causado tumores em poedeiras comerciais do tipo leghorn 13, não se tem relatos da sua ocorrência a campo. Aspectos macroscópicos As lesões macroscópicas da Leucose Mielóide são tumores de coloração brancoamarelada, nodulares ou difusos, encontrados no esterno, fígado e costelas, algumas vezes acometendo o baço, rins, timo e gônadas 16. Foi observado, em galinhas com Leucose Mielóide, células tumorais na medula óssea de vários ossos (cabeça, costela, 18

26 vértebras, esterno, fêmur, úmero) e nas partes ossificadas da cartilagem da laringe e traquéia 5. No esterno, os mielócitos acumularam no periósteo e nos músculos adjacentes. As lesões mais comuns da Leucose Mielóide são: múltiplos focos puntiformes de coloração esbranquiçada distribuídos, difusamente, pelo parênquima hepático, esplênico, renal e no ovário. Foi relatado casos de tumores em timo, cloaca, ovário, pâncreas, mesentério e músculo peitoral, em que a lesão assumiu aspecto nodular e as formações tumorais não ultrapassaram 0,5 cm de diâmetro 10. Também verificou-se na glândula da membrana nictante acentuado aumento de volume, superfície irregular, coloração branca, e na face ventral da pele da região cervical, evidenciou-se a presença de nódulo ulcerado, de consistência firme com 1 cm de diâmetro 10. Histopatologia O aspecto macroscópico pode fornecer indicações sobre a natureza do tumor, mas a histopatologia é essencial para um diagnóstico adequado 17. Histologicamente o tumor consiste de uma massa de mielócitos uniformes com pouco estroma, as células tumorais são similares aos mielócitos normais porém com núcleos grandes, nucléolo evidente e citoplasma preenchido com grânulos acidófilos 15. O VLA J pode interagir com outros vírus causadores de tumor, principalmente com o Vírus da Doença de Marek 11, 24, por isso o diagnóstico virológico não estabelece por si só a causa do tumor, tornando-se necessário a identificação histopatológica para indicar sua causa provável 17. Diagnóstico através da PCR (reação de polimerase em cadeia) A técnica da PCR permite o diagnóstico de microorganismos através da detecção de genes contidos no ácido nucléico destes agentes, sendo assim uma técnica altamente específica. Com isso atualmente ela tem sido amplamente aplicada para diagnóstico de doenças aviárias de impacto econômico. Foram desenvolvidas técnicas de PCR para VLA J através da detecção do RNA viral ou do provírus (DNA produzido na síntese viral e que está integrado ao genoma da célula infectada) em materiais como soro sangüíneo, leucócitos e órgãos tumorais 19, 20. No Brasil esta técnica tem sido aplicada para detecção do VLA J, demonstrando bons resultados. 2, 7, 8. 1 Referências Bibliográficas 1- ARSHAD, S.S.; et al. Tropism of subgroup J avian leukosis virus as detected by in situ hybridization. Avian Pathology, v.28, p , BRENTANO, L. Resultados de diagnóstico do vírus da leucose J em galinhas de corte. In: SIMPÓSIO SOBRE ONCOVÍRUS AVIÁRIOS, Concórdia, Anais. Concórdia, EMBRAPA, 1999, p

27 3- BRENTANO, L.; ZANELLA, J.R.C. Leucose aviária subtipo J: importância e diferentes metodologias para o diagnóstico e erradicação. Avicultura Industrial, março, p.34 36, FADLY, A.M. Myelocitomatosis: na emerging disease of broiler breeder chickens. In: Proceedings of the Forty Seventh Western Poultry Disease Conference, Sacramento, Kenett Square, American Association of Avian Pathologists, 1998, p FADLY, A.M. & SMITH, E.J. Isolation and some characteristics of a subgroup J-like Avian Leukosis Virus associated with Myeloid Leukosis in meat-type chickens in the United States. Avian Diseases, v.43, n.3, p , FONSECA, A.S.K. et al. Diagnóstico molelular do vírus da leucose aviária subgrupo J. In: CONFERÊNCIA APINCO 98 DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, Campinas, Anais. Campinas, FACTA, 1998, p FONSECA, A.S.K. et al. Estudo da prevalência do vírus da leucose aviária - subgrupo J em linhagens comerciais de corte. In: CONFERÊNCIA APINCO 99 DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, Campinas, Anais. Campinas, FACTA, 1999, p FONSECA, A.S.K. et al. Detecção e diferenciação molecular de subgrupos exógenos do Vírus da Leucose Aviária ALV. Revista Brasileira de Ciência Avícola, suplemento 2, p.103, HUNTON, P. Leukosis J virus still major threat. World Poultry, v.15, n.7, p.34 36, MANZAN, R.M. et al. Leucose mielóide: localizações atípicas dos tumores e detecção do VLA J através da PCR. Revista Brasileira de Ciência Avícola, suplemento 2, p.84, McKAY, J.C. A poultry breeder s approach to avian neoplasia. Avian Pathology, v. 27, p.74 75, PAYNE, L.N. Avian leukosis/sarcoma. In: McFERRAN, J.B.; McNULTY, M.S. Virus infection of birds. Amsterdan: Elsevier Science Publishers, p PAYNE, L.N. et al. Myeloid leukaemogenicity and transmission of the HPRS-103 strain of avian leukosis virus. Leukemia, v.6, p , PAYNE, L.N. et al. Host range of Rous sarcoma virus pseudotype RSV (HPRS 103) in 12 avian species: support for a new avian retrovirus envelop subgroup designated J. Journal of Genneral Virology, v.73, p , PAYNE, L.N.; FADLY, A.M. Leukosis/sarcoma group. In: CALNEK, B.W. et al. Diseases of Poultry. 10. ed. Ames: Iowa State University Press, p PAYNE, L.N. HPRS 103: a retrovirus strikes back. The emergence of subgroup J avian leukosis virus. Avian Pathology, v.27, p. S36 S45, PAYNE, L.N.; McKAY, J.C. Diagnóstico diferencial de las leucosis aviares y el linfoma de la enfermedad de Marek y los procedimientos para erradicar los virus exógenos de la leucosis aviar. In: XVI Congreso Latinoamericano de Avicultura, Lima, Anais. Lima, Associación Latinoamericana de Avicultura, 1999, p SILVA, E.N. Aspectos clínicos da leucose aviária (subgrupo J) em matrizes pesadas no Brasil. In: CONFERÊNCIA APINCO 98 DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, Campinas, Anais. Campinas, FACTA, 1998, p

BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES

BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE AVES Luiz A.C. Sesti MV, MSc, PhD. Depto. de Serviços Veterinários Agroceres Ross Melhoramento Genético de Aves SA Caixa Postal 400, CEP 13500-970

Leia mais

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO ZOOTECNICO DA AVICULTURA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO ZOOTECNICO DA AVICULTURA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU BIOSSEGURIDADE EM UM PROGRAMA DE MELHORAMENTO ZOOTECNICO DA AVICULTURA Aluno: Carlos Felipe Staub Trabalho de conclusão de curso apresentado

Leia mais

LEUCOSE MIELÓIDE: ASPECTOS ANATOMOPATOLÓGICOS E DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DA PCR

LEUCOSE MIELÓIDE: ASPECTOS ANATOMOPATOLÓGICOS E DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DA PCR LEUCOSE MIELÓIDE: ASPECTOS ANATOMOPATOLÓGICOS E DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DA PCR Roberto Martins Manzan Mestrando Depto. Patologia FMVZ/USP e mail: robertomanzan@yahoo.com Introdução Leucose Mielóide é uma enfermidade

Leia mais

BIOSSEGURIDADE EM AVICULTURA

BIOSSEGURIDADE EM AVICULTURA BIOSSEGURIDADE EM AVICULTURA INTRODUÇÃO Alto índice de produtividade Nutrição Manejo Genética Saúde animal Desenvolvimento e tecnificação Saúde animal INTRODUÇÃO BIOSSEGURIDADE Brasil Destaque na produção

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET446 Doenças de Aves

Programa Analítico de Disciplina VET446 Doenças de Aves Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 4 Períodos

Leia mais

Anemia Infecciosa das Galinhas

Anemia Infecciosa das Galinhas Anemia Infecciosa das Galinhas Leonardo Bozzi Miglino Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2010 Histórico: Isolado e descrito no Japão (1979), chamado de agente da anemia das

Leia mais

BIOSEGURIDADE em rebanhos suinícolas. Mínimo de Doenças ou Alto Estatus de Saúde. Alto Estatus de Saúde. Alto Estatus de Saúde BIOSSEGURIDADE

BIOSEGURIDADE em rebanhos suinícolas. Mínimo de Doenças ou Alto Estatus de Saúde. Alto Estatus de Saúde. Alto Estatus de Saúde BIOSSEGURIDADE Universidade Federal do Paraná AZ-044 Suinocultura BIOSEGURIDADE em rebanhos suinícolas Prof. Marson Bruck Warpechowski BIOSSEGURIDADE Segurança de seres vivos através da diminuição do risco de ocorrência

Leia mais

SALMONELOSES EN AVICULTURA

SALMONELOSES EN AVICULTURA SALMONELOSES EN AVICULTURA Recente recolhimento de ovos comerciais nos EUA Mais de 500 mi de ovos Mais de 1000 casos humanos relacionados Salmonelas Enterobactéria Bactéria gram negativa Trato intestinal

Leia mais

Desafios e Oportunidades

Desafios e Oportunidades Workshop sobre PEDV ABEGS, ABCS, Embrapa Suínos e Aves e MAPA Desafios e Oportunidades Janice Reis Ciacci Zanella 28 de março de 2014 Brasília, DF Biossegurança Cumprir os passos que assegurem práticas

Leia mais

Atualização sobre salmonelas fatores de risco e disseminação

Atualização sobre salmonelas fatores de risco e disseminação Atualização sobre salmonelas fatores de risco e disseminação ANGELO BERCHIERI JUNIOR FCAV-Unesp, Jaboticabal-SP E-mail: berchier@fcav.unesp.br Brasília, 2014 Gênero Espécie Subespécie enterica 2.610 sorovares.

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos II Código da Disciplian: VET247 Curso: Medicina Veterinária Semestre de oferta da disciplina: 8 P Faculdade responsável: Medicina

Leia mais

SALMONELOSES AVIÁRIAS

SALMONELOSES AVIÁRIAS SALMONELOSES AVIÁRIAS TIFO AVIÁRIO: o Mais comum em aves adultas o Diarreia amarelo-esverdeada, queda de postura e podem morrer em poucos dias o Transmissão por diversas vias, podendo ser também vertical.

Leia mais

Biossegurança: Um Investimento Essencial

Biossegurança: Um Investimento Essencial Leia esta memória no APP e em lpncongress.com Programa Proceedings Sponsors Revista avinews 89 A. Gregorio Rosales Consultor avícola privado Diretor Técnico do LPN Congress Biossegurança: Um Investimento

Leia mais

Material de apoio para a disciplina Avicultura CAP.5 MANEJO DE PINTINHOS

Material de apoio para a disciplina Avicultura CAP.5 MANEJO DE PINTINHOS Material de apoio para a disciplina Avicultura CAP.5 MANEJO DE PINTINHOS Rio Branco AC Maio de 2014 0 1. AQUISIÇÃO DOS PINTINHOS Os pintinhos devem ser adquiridos de incubatórios registrados no MAPA, livres

Leia mais

Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA

Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 56/07 Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA Importância

Leia mais

19/11/2009. Doenças Neoplásicas. Doença de Marek. Doença de Marek Leucose Reticuloendoteliose. 1907, Marek:

19/11/2009. Doenças Neoplásicas. Doença de Marek. Doença de Marek Leucose Reticuloendoteliose. 1907, Marek: DOENÇAS NEOPLÁSICAS Tatiana Brognolli d Aquino de Sousa Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2009 Doenças Neoplásicas Doença de Marek Leucose Reticuloendoteliose Causam alta

Leia mais

SEGURANÇA ALIMENTAR NA AVICULTURA

SEGURANÇA ALIMENTAR NA AVICULTURA INTRODUÇÃO SEGURANÇA ALIMENTAR NA AVICULTURA Nos dias de hoje, é indiscutível a necessidade do controle da presença de microrganismos nas rações de aves, devido principalmente às mudanças recentes nas

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Registro da Doença de Marek, Leucose aviária e Doença Infecciosa da bolsa na Região do Triângulo Mineiro, no período de 1999 a 2003 Eliane de Sousa

Leia mais

DOENÇA DE NEWCASTLE PRODUÇÃO, NUTRIÇÀO & SANIDADE ANIMAL. PROF. MSc MARCOS FABIO P N S A. IFRJ -

DOENÇA DE NEWCASTLE PRODUÇÃO, NUTRIÇÀO & SANIDADE ANIMAL. PROF. MSc MARCOS FABIO P N S A. IFRJ - DOENÇA DE NEWCASTLE PROF. MSc MARCOS FABIO MED.VET COORDENADOR AVICULTURA E FÁBRICA DE RAÇÃO IFRJ - marcosfabiovet@uol.com.br É uma doença de origem asiática, e foi relatada pela primeira vez por Kraneveld

Leia mais

Avicultura Frango de Corte Nome Frango de Corte Informação Produto Tecnológica Data Agosto Preço - Linha Avicultura Informações.

Avicultura Frango de Corte Nome Frango de Corte Informação Produto Tecnológica Data Agosto Preço - Linha Avicultura Informações. 1 de 5 10/16/aaaa 10:59 Avicultura Nome Informação Produto Tecnológica Data Agosto -2000 Preço - Linha Avicultura Informações Resenha resumidas sobre Autor(es) João Ricardo Albanez - Zootecnista Avicultura

Leia mais

Instrução Normativa nº56/07 e nº59/09

Instrução Normativa nº56/07 e nº59/09 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Defesa agropecuária Departamento de Saúde Animal Coordenação Geral de Combate às Doenças Coordenação de Sanidade Avícola Instrução Normativa

Leia mais

DOENÇA DE NEWCASTLE. Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de Fonte: OIE.

DOENÇA DE NEWCASTLE. Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de Fonte: OIE. INTRODUÇÃO DOENÇA DE NEWCASTLE A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos

Leia mais

BIOSSEGURANÇA E REGISTRO DE GRANJAS DE POSTURA COMERCIAL

BIOSSEGURANÇA E REGISTRO DE GRANJAS DE POSTURA COMERCIAL BIOSSEGURANÇA E REGISTRO DE GRANJAS DE POSTURA COMERCIAL III ENCONTRO DE CAPACITAÇÃO E INOVAÇÃO - OVOS RS EDIÇÃO ESPECIAL ADESÃO AO SIF FLÁVIO CHASSOT LOUREIRO FISCAL ESTADUAL AGROPECUÁRIO PROGRAMA ESTADUAL

Leia mais

GESTÃO SANITÁRIA E OUTRAS MEDIDAS PARA O CONTROLE DE SALMONELLA. ANGELO BERCHIERI JUNIOR FCAV-Unesp, Jaboticabal-SP

GESTÃO SANITÁRIA E OUTRAS MEDIDAS PARA O CONTROLE DE SALMONELLA. ANGELO BERCHIERI JUNIOR FCAV-Unesp, Jaboticabal-SP GESTÃO SANITÁRIA E OUTRAS MEDIDAS PARA O CONTROLE DE SALMONELLA ANGELO BERCHIERI JUNIOR FCAV-Unesp, Jaboticabal-SP e-mail: angelo.berchieri@unesp.br Porto Alegre, 2018 GESTÃO SANITÁRIA E OUTRAS MEDIDAS

Leia mais

Material de apoio para a disciplina Avicultura CAP.3 RAÇAS E LINHAGENS

Material de apoio para a disciplina Avicultura CAP.3 RAÇAS E LINHAGENS Material de apoio para a disciplina Avicultura CAP.3 RAÇAS E LINHAGENS Rio Branco AC I/2015 0 1. Raças e Linhagens de Galinhas para Criações Comerciais e Alternativas no Brasil Existe um grande número

Leia mais

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 10, DE 11 DE ABRIL DE 2013 O SECRETÁRIO SUBSTITUTO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições

Leia mais

A experiência da indústria avícola brasileira no controle de Salmonella

A experiência da indústria avícola brasileira no controle de Salmonella A experiência da indústria avícola brasileira no controle de Salmonella III Simpósio Internacional de Inocuidade de Alimentos (ABRAPA) Raphael Lucio Andreatti Filho FMVZ - UNESP TENDÊNCIA MUNDIAL PARA

Leia mais

Produção de aves e ovos de maneira tecnificada com maior proximidade do natural.

Produção de aves e ovos de maneira tecnificada com maior proximidade do natural. Avicultura caipira? Produção de aves e ovos de maneira tecnificada com maior proximidade do natural. Essa atividade representa muitas vezes a viabilidade econômica de uma propriedade. Avicultura caipira

Leia mais

Centro de Educação Superior do Oeste - CEO

Centro de Educação Superior do Oeste - CEO CURSO: Zootecnia ANO/SEMESTRE: 2012 / 2 DISCIPLINA: Produção Zootécnica de Monogástricos; PZDM FASE: 7ª Fase CARGA HORÁRIA: 75 h TURNO: MATUTINO PROFESSOR (A): Diovani Paiano; Marcel M. Boiago CRÉDITOS:

Leia mais

FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE

FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Agronomia Medicina Veterinária e Zootecnia Laboratório de Patologia Veterinária FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE MATERIAL PARA EXAMES LABORATORIAIS

Leia mais

CLOSTRIDIOSES EM AVES

CLOSTRIDIOSES EM AVES CLOSTRIDIOSES EM AVES Instituto Biológico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola Greice Filomena Zanatta Stoppa CLOSTRIDIOSE Infecções provocadas por toxinas ou bactérias do gênero

Leia mais

(seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos).

(seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos). a arte de incubar parte 4 sala de pintos (seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos). Os manejos de Sala de Pintos dependem da

Leia mais

Jean Berg Alves da Silva HIGIENE ANIMAL. Jean Berg Alves da Silva. Cronograma Referências Bibliográficas 09/03/2012

Jean Berg Alves da Silva HIGIENE ANIMAL. Jean Berg Alves da Silva. Cronograma Referências Bibliográficas 09/03/2012 Jean Berg Alves da Silva Médico Veterinário UFERSA (2001) Dr. Ciências Veterinárias UECE (2006) Professor do Departamentos de Ciências Animais da UFERSA HIGIENE ANIMAL Jean Berg Jean Berg Alves da Silva

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURIDADE NO CONTROLE E ERRADICAÇÃO DAS DOENÇAS QUE ACOMETEM OS SUÍNOS

A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURIDADE NO CONTROLE E ERRADICAÇÃO DAS DOENÇAS QUE ACOMETEM OS SUÍNOS BIOSSEGURIDADE A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURIDADE NO CONTROLE E ERRADICAÇÃO DAS DOENÇAS QUE ACOMETEM OS SUÍNOS Maria Nazaré Simões Lisboa Medica Veterinária Consuitec Campinas - São Paulo Brasil nazare@consuitec.com.br

Leia mais

MANEJO DE MATRIZES PARTE I

MANEJO DE MATRIZES PARTE I FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS AVÍCOLAS Disciplina de Avicultura LAVINESP/FCAV MANEJO DE MATRIZES PARTE I Prof. Edney Pereira da Silva Jaboticabal

Leia mais

PORTARIA INDEA Nº 02, DE

PORTARIA INDEA Nº 02, DE PORTARIA INDEA Nº 02, DE 05-01-2018 DOE 05-01-2017 Altera, inclui e revoga alínea, incisos, parágrafos e artigos da Portaria Conjunta SEDRAF/INDEA-MT Nº 003/2014 de 06 de fevereiro de 2014. O PRESIDENTE

Leia mais

Biosseguridade para Granjas de suínos - Produtores

Biosseguridade para Granjas de suínos - Produtores Biosseguridade para Granjas de suínos - Produtores Nelson Morés mores@cnpsa.embrapa.br Avisulat 2016 23 de novembro de 2016 BIOSSEGURANÇA PARA REBANHOS SUÍNOS DEFINIÇÃO: É o conjunto de fatores ou medidas

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET343 Saúde Aviária

Programa Analítico de Disciplina VET343 Saúde Aviária 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 3 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 1 2

Leia mais

A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo.

A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo. iara.trevisol@embrapa.br A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo. Coronaviridae, gênero Coronavírus. Três grupos compõem o gênero Coronavírus, o

Leia mais

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA-SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL-CGAL

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA-SDA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO LABORATORIAL-CGAL CEDISA - CENTRO DE DIAGNÓSTICO DE SANIDADE ANIMAL Nome Empresarial: CENTRO DE DIAGNÓSTICO DE SANIDADE ANIMAL - CEDISA CNPJ: 07.677.948/0001-25 Endereço: Rodovia BR 153 Km 110 Bairro: Vila Tamanduá CEP:

Leia mais

Publicado em: 08/11/2018 Edição: 215 Seção: 1 Página: 4 Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete do Ministro

Publicado em: 08/11/2018 Edição: 215 Seção: 1 Página: 4 Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete do Ministro Publicado em: 08/11/2018 Edição: 215 Seção: 1 Página: 4 Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete do Ministro INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 29 DE OUTUBRO DE 2018 O MINISTRO DE

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURIDADE NA CRIAÇÃO DE FRANGOS NO SISTEMA AGROECOLÓGICO

PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURIDADE NA CRIAÇÃO DE FRANGOS NO SISTEMA AGROECOLÓGICO ISSN 0100-8862 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves Ministerio da Agricultura e do Abastecimento Caixa Postal 21, 89700-000, Concórdia, SC Telefone:

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: PRODUÇÃO DE AVES NA MEDICINA VETERINÁRIA Código da Disciplina: VET246

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: PRODUÇÃO DE AVES NA MEDICINA VETERINÁRIA Código da Disciplina: VET246 PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: PRODUÇÃO DE AVES NA MEDICINA VETERINÁRIA Código da Disciplina: VET246 Curso: MEDICINA VETERINÁRIA Semestre de oferta da disciplina: 7 período Faculdade responsável: MEDICINA

Leia mais

04, 05 e 06 de outubro de 2004 Balneário Camboriú, SC, Brasil

04, 05 e 06 de outubro de 2004 Balneário Camboriú, SC, Brasil 5. Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição ANAIS 04, 05 e 06 de outubro de 2004 Balneário Camboriú, SC, Brasil 5. Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição ANAIS 04,

Leia mais

ANÁLISE GENÉTICA MOLECULAR DE SALMONELAS DE SURTOS DE TIFO AVIÁRIO E PULOROSE NO BRASIL. Professores-pesquisadores ULBRA

ANÁLISE GENÉTICA MOLECULAR DE SALMONELAS DE SURTOS DE TIFO AVIÁRIO E PULOROSE NO BRASIL. Professores-pesquisadores ULBRA Anais Expoulbra 20 22 Outubro 2015 Canoas, RS, Brasil ANÁLISE GENÉTICA MOLECULAR DE SALMONELAS DE SURTOS DE TIFO AVIÁRIO E PULOROSE NO BRASIL Nathalie S. Zanetti 1, Sílvia D. Carli 1, Diéssy Kipper 1,

Leia mais

Código Sanitário para Animais Terrestres Versão em português baseada na versão original em inglês de Versão não oficial (OIE)

Código Sanitário para Animais Terrestres Versão em português baseada na versão original em inglês de Versão não oficial (OIE) DOENÇAS DE AVES CAPÍTULO 2.7.1 Doença Infecciosa Da Bursa (Doença de Gumboro) Artigo 2.7.1.1. Para fins do Código Sanitário, o período de incubação da doença infecciosa da bursa é de 7 dias. Os padrões

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina ZOO424 Avicultura

Programa Analítico de Disciplina ZOO424 Avicultura 0 Programa Analítico de Disciplina ZOO Avicultura Departamento de Zootecnia - Centro de Ciências Agrárias Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 0 Períodos

Leia mais

VACINAS EM AVES. Prof. Esp. Walderson Zuza

VACINAS EM AVES. Prof. Esp. Walderson Zuza VACINAS EM AVES 1 Prof. Esp. Walderson Zuza DOENÇAS Doenças dependem da resistência dos animais (vacinações), mas dependem da quantidade e virulência dos agentes de doenças. A maioria dos agentes de doença

Leia mais

NORMA DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA, PARA O SETOR AVÍCOLA

NORMA DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA, PARA O SETOR AVÍCOLA Versão 12/06/17 NORMA DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA, PARA O SETOR AVÍCOLA Prezados Senhores, Como é de conhecimento público, há uma crise sanitária impactando diversos polos de produção avícola no mundo, com

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina ZOO434 Produção Avícola

Programa Analítico de Disciplina ZOO434 Produção Avícola 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Zootecnia - Centro de Ciências Agrárias Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 4 0 4 Períodos - oferecimento:

Leia mais

Encefalomielite Aviária

Encefalomielite Aviária Patologia Aviária Encefalomielite Aviária Prof. Bruno Antunes Soares 1. Importância Doença infecto contagiosa Acomete aves de até 3 semanas de idade Enterotropismo e Neurotropismo Ataxia e Tremores Aves

Leia mais

Desafios da Defesa para Melhoria da Sanidade Avícola. Ellen Elizabeth Laurindo Fiscal Federal Agropecuário SEDESA/SFA-PR

Desafios da Defesa para Melhoria da Sanidade Avícola. Ellen Elizabeth Laurindo Fiscal Federal Agropecuário SEDESA/SFA-PR Desafios da Defesa para Melhoria da Sanidade Avícola Ellen Elizabeth Laurindo Fiscal Federal Agropecuário SEDESA/SFA-PR A IMPORTÂNCIA DO MERCADO BRASILEIRO DE AVES AS PROJEÇÕES INDICAM ELEVADAS TAXAS DE

Leia mais

PEDv: Epidemiologia, Diagnóstico, Controle e Prevenção

PEDv: Epidemiologia, Diagnóstico, Controle e Prevenção PEDv: Epidemiologia, Diagnóstico, Controle e Prevenção Cesar A. Corzo Gerente Servicios Técnicos en Salud Latino América PIC Março 28, 2014 Brasilia - DF Hoje Sabemos muito pouco Estamos aprendendo a medida

Leia mais

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 13 DE MAIO DE 2008

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 13 DE MAIO DE 2008 Instrução Normativa Nº 18, DE 13 DE MAIO DE 2008 Situação: Vigente Publicado no Diário Oficial da União de 14/05/2008, Seção 1, Página 14 Ementa: Estabelece os procedimentos para importação de animais

Leia mais

ALTERNATIVA A ANTIMICROBIANOS É VACINAÇÃO E HIGIENE AMBIENTAL

ALTERNATIVA A ANTIMICROBIANOS É VACINAÇÃO E HIGIENE AMBIENTAL ALTERNATIVA A ANTIMICROBIANOS É VACINAÇÃO E HIGIENE AMBIENTAL INTRODUÇÃO Os antibióticos podem ser definidos como um produto do metabolismo microbiano que é capaz de matar ou inibir o crescimento de outros

Leia mais

Cristiano Kloeckner Kraemer Médico Veterinário Consultor Técnico

Cristiano Kloeckner Kraemer Médico Veterinário Consultor Técnico Cristiano Kloeckner Kraemer Médico Veterinário Consultor Técnico 18/10/2010 NOSSA EMPRESA Multimix Nutrição Animal: 100% Nacional com sede em Campinas SP. - Presente no mercado a 24 anos - Foco em nutrição

Leia mais

Aula 02 Produção de Matrizes

Aula 02 Produção de Matrizes Avicultura Aula 02 Produção de Matrizes Prof. Dr. Bruno Antunes Soares Sumário 1. A Matriz de Corte 2. Ambiência e Instalações 3. Equipamentos 4. Fase de Criação das Aves do Matrizeiro 1. Fase Inicial

Leia mais

Circular UBABEF nº 016/ de abril de 2013

Circular UBABEF nº 016/ de abril de 2013 Circular UBABEF nº 016/2013 15 de abril de 2013 Aos Associados Ref.: PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURIDADE DA UBABEF Prezados Senhores, Agências de notícias de todo o mundo e a OIE dão conta da ocorrência de

Leia mais

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DAS AVES. Aula 7 Profa Me Mariana Belloni

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DAS AVES. Aula 7 Profa Me Mariana Belloni ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DAS AVES Aula 7 Profa Me Mariana Belloni ALIMENTAÇÃO O objetivo econômico da alimentação das aves produtoras de carne e de ovos é a conversão de alimentos para animais em alimentos

Leia mais

NORMA DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA, PARA O SETOR AVÍCOLA. A ABPA recomenda medidas de biosseguridade em todos os elos da cadeia produtiva.

NORMA DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA, PARA O SETOR AVÍCOLA. A ABPA recomenda medidas de biosseguridade em todos os elos da cadeia produtiva. Versão 20/12/17 NORMA DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA, PARA O SETOR AVÍCOLA A ABPA recomenda medidas de biosseguridade em todos os elos da cadeia produtiva. Recomendamos a RESTRIÇÃO de visitas de pessoas procedentes

Leia mais

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A) Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A) Disciplina : Microbiologia Curso: Nutrição Professora: Adriana de Abreu Corrêa (adrianacorrea@id.uff.br) DOENÇAS TRANSMITIDAS POR

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA Nº 56, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA Nº 56, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007 INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA Nº 56, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007 DOU 06.12.2007 O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 2º, do Decreto nº 5.741,

Leia mais

CONTROLE SANITÁRIO PARA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO: REBANHOS COMERCIAIS E DE SELEÇÃO. Dra. DANILA FERNANDA R. FRIAS

CONTROLE SANITÁRIO PARA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO: REBANHOS COMERCIAIS E DE SELEÇÃO. Dra. DANILA FERNANDA R. FRIAS CONTROLE SANITÁRIO PARA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO: REBANHOS COMERCIAIS E DE SELEÇÃO Dra. DANILA FERNANDA R. FRIAS INTRODUÇÃO BRASIL 5º MAIOR PAÍS EXTENSÃO TERRITORIAL 20% ÁREA PASTAGENS VARIEDADE

Leia mais

Melhoramento Genético de Suínos

Melhoramento Genético de Suínos Melhoramento Genético de Suínos Melhoramento Genético de Suínos Indispensável na evolução da suinocultura; Objetivo geral do melhoramento: Aumentar a freqüência de genes e/ou genótipos desejáveis; Ferramentas;

Leia mais

SALMONELOSES AVIÁRIAS

SALMONELOSES AVIÁRIAS SALMONELOSES AVIÁRIAS Instituto Biológico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola Greice Filomena Zanatta Stoppa Salmonella spp 1874 - Salmonella typhi foi a primeira espécie a ser

Leia mais

ANEXO I PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXO I PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ANEXO I PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º A presente Instrução Normativa define os procedimentos

Leia mais

Análise de Tecnologias Prática. Renan Padron Almeida Analista de Tecnologia

Análise de Tecnologias Prática. Renan Padron Almeida Analista de Tecnologia Análise de Tecnologias Prática Renan Padron Almeida Analista de Tecnologia Agenda Caracterização de Tecnologias Perfil Tecnológico Comunicação de Invenção Matriz de Priorização Agenda Caracterização de

Leia mais

1 de 5 30/7/ :17

1 de 5 30/7/ :17 1 de 5 30/7/2009 09:17 "Doenças Avícolas" - Qual é a mais preocupante? 4/6/2002 O Avisite publica sua primeira reportagem interativa, fruto da escolha dos internautas através de uma enquete. O tema Doenças

Leia mais

Capítulo 4. Cortina amarela e azul, programas de luz quase contínuo e intermitente, na produção de frangos de corte

Capítulo 4. Cortina amarela e azul, programas de luz quase contínuo e intermitente, na produção de frangos de corte Capítulo 4 Cortina amarela e azul, programas de luz quase contínuo e intermitente, na produção de frangos de corte Paulo Giovanni de Abreu Valéria Maria Nascimento Abreu Arlei Coldebella Fátima Regina

Leia mais

PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO SANITÁRIA DA AVICULTURA BRASILEIRA

PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO SANITÁRIA DA AVICULTURA BRASILEIRA CAMARA SETORIAL DE MILHO, SORGO, AVES E SUÍNOS Brasília, 9 de dezembro de 2004 PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO SANITÁRIA DA AVICULTURA BRASILEIRA ARIEL ANTONIO MENDES Professor Titular da Unesp de Botucatu

Leia mais

BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA DE CORTE Avaliação de Risco para Construção de Novos Aviários

BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA DE CORTE Avaliação de Risco para Construção de Novos Aviários BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA DE CORTE Avaliação de Risco para Construção de Novos Aviários V AVISULAT 2016 Avicultura Produtores Taís Oltramari Barnasque Auditora Fiscal Federal Agropecuária Serviço de

Leia mais

MANUAL DE MANEJO DAS POEDEIRAS COLONIAIS DE OVOS CASTANHOS. Embrapa 051 (Produção em parques)

MANUAL DE MANEJO DAS POEDEIRAS COLONIAIS DE OVOS CASTANHOS. Embrapa 051 (Produção em parques) MANUAL DE MANEJO DAS POEDEIRAS COLONIAIS DE OVOS CASTANHOS Embrapa 051 (Produção em parques) 1 Características das poedeiras Embrapa 051 As poedeiras coloniais Embrapa 051 são galinhas híbridas, resultantes

Leia mais

INFLUENZA SUÍNA 1. Eduarda Almeida 2, Quezia Neu 2, Flavio Vincenzi Junior 3 ; Patrícia Diniz Ebling 4

INFLUENZA SUÍNA 1. Eduarda Almeida 2, Quezia Neu 2, Flavio Vincenzi Junior 3 ; Patrícia Diniz Ebling 4 INFLUENZA SUÍNA 1 Eduarda Almeida 2, Quezia Neu 2, Flavio Vincenzi Junior 3 ; Patrícia Diniz Ebling 4 Palavras-chaves: Biosseguridade, biossegurança, doença emergente, zoonose. INTRODUÇÃO A suinocultura

Leia mais

Visão geral sobre manejo reprodutivo em codornas Machos e Fêmeas

Visão geral sobre manejo reprodutivo em codornas Machos e Fêmeas Aula USP FMVZ VRA Reprodução de Aves 11/07/2014 Visão geral sobre manejo reprodutivo em codornas Machos e Fêmeas Prof. D.Sc. DMV - Roberto de A. Bordin Setor de Nutrição, Produção, Sanidade e Agronegócio

Leia mais

MANEJO DE MATRIZES. Avicultura Allan Reis Troni

MANEJO DE MATRIZES. Avicultura Allan Reis Troni Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Avicultura - 9070 MANEJO DE MATRIZES Allan Reis Troni allan_troni@yahoo.com.br 1 2 Assuntos Abordados Características de Matrizes

Leia mais

Patologia Aviária SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA EDS-76

Patologia Aviária SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA EDS-76 Patologia Aviária SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA EDS-76 Sindrome da Queda de Postura / EDS-76 Queda de postura em poedeiras vermelhas e reprodutoras pesadas; Presença de ovos com cascas finas Ovos sem casca,

Leia mais

Enfermidades Micóticas

Enfermidades Micóticas Enfermidades Micóticas Msc. Larissa Pickler Departamento de Medicina Veterinária Universidade Federal do Paraná Disciplina de Doenças das Aves Curitiba Paraná Brasil 2011 Enfermidades Micóticas Infecções

Leia mais

BEM-ESTAR EM AVES. DEFINIÇÃO OIE (World Organization For Animal Health)

BEM-ESTAR EM AVES. DEFINIÇÃO OIE (World Organization For Animal Health) Flávia Bornancini Borges Fortes Médica Veterinária, MsC. CRMV 8269 Fiscal Estadual Agropecuário Programa Estadual de Sanidade Avícola Seminário de Responsabilidade Técnica Sanidade Animal e Saúde Pública

Leia mais

Workshop PED MAPA, ABCS e Embrapa. Percepções da agroindústria: Desafios e oportunidades

Workshop PED MAPA, ABCS e Embrapa. Percepções da agroindústria: Desafios e oportunidades Workshop PED MAPA, ABCS e Embrapa Percepções da agroindústria: Desafios e oportunidades Mário Sérgio Assayag Jr., M.V., D.Sc. Março/2014 » Doença entérica de maior importância econômica já reportada» Introdução

Leia mais

Principais medidas sanitárias preventivas em uma granja de suínos Abordando medidas simples e práticas. Tiago Silva Andrade Médico Veterinário

Principais medidas sanitárias preventivas em uma granja de suínos Abordando medidas simples e práticas. Tiago Silva Andrade Médico Veterinário Principais medidas sanitárias preventivas em uma granja de suínos Abordando medidas simples e práticas Tiago Silva Andrade Médico Veterinário Suinocultura moderna Bem-Estar Animal Sanidade Genética Nutrição

Leia mais

Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo

Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo Diarréia Epidêmica Suína PED é causada por um coronavírus (PEDV) PEDV causa diarréia e vômito em suínos de todas as idades Mortalidade

Leia mais

Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia Aula 5. Professora Me Mariana Belloni 06/09/2016

Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia Aula 5. Professora Me Mariana Belloni 06/09/2016 Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia Aula 5 Professora Me Mariana Belloni 06/09/2016 CRIAÇÃO E MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Limpeza e Desinfecção das Instalações Remoção de toda matéria

Leia mais

O PAPEL DO EXERCÍCIO NA INDUÇÃO DA MIOPATIA DORSAL CRANIAL (MDC) EM FRANGOS DE CORTE

O PAPEL DO EXERCÍCIO NA INDUÇÃO DA MIOPATIA DORSAL CRANIAL (MDC) EM FRANGOS DE CORTE I Mostra de Iniciação Científica I MIC 30/09 e 01/10 de 2011 Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia Concórdia SC INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE CAMPUS CONCÓRDIA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA O PAPEL

Leia mais

INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE AVES

INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DE AVES MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Defesa agropecuária ria Departamento de Saúde Animal Coordenação Geral de Combate às s Doenças Coordenação de Sanidade Avícola INFORMAÇÕES

Leia mais

Avicultura e Ornitopatologia

Avicultura e Ornitopatologia Avicultura e Ornitopatologia Aula 01 e 02 Avicultura e Ornitopatologia Aula 01: Introdução à Avicultura Prof. Bruno Antunes Soares Médico Veterinário - UFLA Mestre em Imunologia e Doenças Infecciosas -

Leia mais

Checklist de Biossegurança Prática

Checklist de Biossegurança Prática Checklist de Biossegurança Prática 09/11/2017 Membros Oficiais IEC Avian Influenza Global Expert Group Propósito da Checklist de Biossegurança da IEC Esta Checklist de Biossegurança IEC é projetada para

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONCURSO ADAF - EDITAL 2018

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONCURSO ADAF - EDITAL 2018 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONCURSO ADAF - EDITAL 2018 Ao se matricular no curso combo (...) Legenda: Conteúdo disponível no curso combo em vídeo aulas + material complementar. Conteúdo disponível no curso

Leia mais

Depoimento sobre diagnóstico molecular

Depoimento sobre diagnóstico molecular Gumboro Doença Infecciosa da Bolsa de Fabrício (DIB) causa altos prejuízos econômicos aos produtores. A doença de Gumboro ou Doença Infecciosa da Bolsa de Fabrício (DIB) é uma infecção viral aguda, altamente

Leia mais

Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais

Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais O Mormo é uma doença infecto-contagiosa que acomete os Equinos e Asininos e tem como agente causador a bactéria Burkholderia mallei; Mormo é uma Zoonose porque

Leia mais

AULA 03 SISTEMA E REGIME DE CRIAÇÃO

AULA 03 SISTEMA E REGIME DE CRIAÇÃO AULA 03 SISTEMA E REGIME DE CRIAÇÃO III.1 - SISTEMA EXTENSIVO DE CRIAÇÃO DE SUÍNOS 1. Não há preocupação com a produtividade, os animais não são identificados; 2. Não existe controle reprodutivo; 3. Suínos

Leia mais

Manejo sanitário na truticultura

Manejo sanitário na truticultura Manejo sanitário na truticultura Encontro Nacional da ABRAT. Itamonte, 29 de novembro de 2008 Delton J. Pereira Júnior Promotor Técnico Aquacultura Não há doença ou não existe o diagnóstico? Principais

Leia mais

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) PROTOCOLO ENTRE O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A ADMINISTRAÇÃO GERAL DE SUPERVISÃO DE QUALIDADE, INSPEÇÃO E QUARENTENA DA REPÚBLICA POPULAR DA

Leia mais

Noções de Melhoramento genético animal

Noções de Melhoramento genético animal Noções de Melhoramento genético animal Diferenças entre populações podem ser de origem: - Genética ou de Ambiente Renata de F.F. Mohallem renataffm@yahoo.com.br Melhoramento Genético - Mudanças na frequência

Leia mais

Laringotraqueíte Infecciosa das Galinhas

Laringotraqueíte Infecciosa das Galinhas Laringotraqueíte Infecciosa das Galinhas Patologia Aviária Prof. Bruno Antunes Soares 1. Importância LTI doença viral aguda do trato respiratório Altas perdas econômicas: alta morbidade e mortalidade,

Leia mais

Art. 4º Ficam revogadas a Instrução Normativa SDA nº 44, de 23 de agosto de 2001, e a Instrução Normativa SDA nº 78, de 3 de novembro de 2003.

Art. 4º Ficam revogadas a Instrução Normativa SDA nº 44, de 23 de agosto de 2001, e a Instrução Normativa SDA nº 78, de 3 de novembro de 2003. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA PORTARIA Nº 297, DE 15 DE JUNHO DE 2010 Nota: Portaria em Consulta Pública O SECRETÁRIO SUBSTITUTO DE DEFESA AGROPECUÁRIA,

Leia mais

SALMONELOSE EM MATRIZES PRODUTORAS DE FRANGOS DE CORTE COMERCIAIS - RELATODE CASO. LORENCINI, Vagner¹; BASSANI, Milena Tomasi 2 ;

SALMONELOSE EM MATRIZES PRODUTORAS DE FRANGOS DE CORTE COMERCIAIS - RELATODE CASO. LORENCINI, Vagner¹; BASSANI, Milena Tomasi 2 ; SALMONELOSE EM MATRIZES PRODUTORAS DE FRANGOS DE CORTE COMERCIAIS - RELATODE CASO 1 NOETZOLD, Thiago Luiz¹; FREITAS, Camila Rodrigues de¹; MAZUTTI, Jose Carlos¹; LORENCINI, Vagner¹; BASSANI, Milena Tomasi

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia L 280/5

Jornal Oficial da União Europeia L 280/5 24.10.2007 Jornal Oficial da União Europeia L 280/5 REGULAMENTO (CE) N. o 1237/2007 DA COMISSÃO de 23 de Outubro de 2007 que altera o Regulamento (CE) n. o 2160/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho

Leia mais

Avaliação da curva de crescimento de frangos de corte e índices zootécnicos no sistema de produção do IFMG campus Bambuí

Avaliação da curva de crescimento de frangos de corte e índices zootécnicos no sistema de produção do IFMG campus Bambuí Avaliação da curva de crescimento de frangos de corte e índices zootécnicos no sistema de produção do IFMG campus Bambuí Chrystiano Pinto de RESENDE 1 ; Everto Geraldo de MORAIS 2 ; Marco Antônio Pereira

Leia mais