PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO SANITÁRIA DA AVICULTURA BRASILEIRA
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1 CAMARA SETORIAL DE MILHO, SORGO, AVES E SUÍNOS Brasília, 9 de dezembro de 2004 PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO SANITÁRIA DA AVICULTURA BRASILEIRA ARIEL ANTONIO MENDES Professor Titular da Unesp de Botucatu e Vice Presidente Técnico Científico da UBA arielmendes@fca.unesp.br
2 ANTECEDENTES
3 ANTECEDENTES <2002 Surtos América Central, Estados Unidos, Canadá... Pregação no deserto (problemas dos exportadores...) 2002 Surto no Chile luz vemelha no Brasil 2003 Surto na Holanda aumenta conscientização no setor empresarial 2003 Surtos na Ásia pânico/paranóia Ações concretas: Reunião emergencial da Câmara Setorial (fev/03) Treinamentos Aumento na vigilância (aves comerciais e migratórias) Adequação laboratórios para diagnóstico Programa Regionalização
4 O QUE PODE ACONTECER SE ENTRAR INFLUENZA AVIÁRIA NO BRASIL?
5 IMPACTO ECONÔMICO Perdas econômicas elevadas causadas pelo: Sacrifíco de aves afetadas e na região do perifoco Lucro cessante com o sequestro de carcaças no abatedouro e no porto Lucros cessantes com o despovoamento e impossibilidade de alojamento de aves Perdas com o não cumprimento de contratos de exportação Queda no preço da carne de frango e no consumo interno
6 IMPACTO SOCIAL Sacrifício de Animais Temores relacionados à saúde pública Preocupações sobre bem-estar animal Mudança de rotina
7 IMPACTO POLÍTICO Responsabilidade (busca frenética de culpados) Desencandeamento de ações governa- mentais de controle de focos Preocupação em manter a Credibilidade do país
8 O QUE É REGIONALIZAÇÃO E PORQUE REGIONALIZAR
9 O que é a Regionalização? São procedimentos aplicados por um país, de conformidade com as disposições do Capítulo do Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE, a fim de definir no seu território áreas geográficas de diferente status zoosanitário a efeitos do comércio internacional e de acordo com as recomendações formuladas nos capítulos pertinentes do mencionado Código.
10 O que é a Regionalização? As condições requeridas para preservar o status sanitário de uma região devem ser as apropriadas para a doença considerada e dependerão da epidemiologia da doença, dos fatores meio-ambientais e das medidas de vigilância e controle que se possam aplicar.
11 O que é a Regionalização? A extensão e os limites de uma região serão determinados pela Administração Veterinária com base em fronteiras naturais, artificiais ou legais e serão divulgados pela via oficial. Uma vez definidas, as regiões constituem as unidades geográficas adequadas para a aplicação das recomendações que figuram na Parte 2 do Código Terrestre da OIE.
12 OBJETIVOS DA REGIONALIZAÇÃO Criar condições para contagiosa se estabeleça caso uma doença infecto- em uma região, a mesma fique restrita àquela região, preservando os rebanhos existentes em outras regiões. Preservar o mercado internacional a partir das regiões não afetadas ou comprometidas pela doença.
13 PORQUE REGIONALIZAR? O programa deverá responder as seguintes perguntas: O programa de regionalização por Estados, assegura que em caso de haver doença(s) da lista A em uma região, esta não atingirá as demais regiões? Se a doença ficar restrita a uma região, as chances de controlar um eventual foco serão muito maiores pois as restrições ao trânsito interestadual dificultarão a
14 PORQUE REGIONALIZAR? O programa deverá responder as seguintes perguntas: Frente a um eventual foco de doença em uma região, as demais regiões poderão continuar exportando, sem interrupção de embarque? Espera-se que sim pois o conjunto de medidas a serem implementadas serão fundamentais para que os mercados internacionais reconheçam que estamos realmente frente a regiões sanitariamente distintas.
15 Cenário Otimista Diagnóstico da Doença Comunicação à OIE Erradicação ainda é possível Retomada das Exportações em 6 a 8 meses
16 Cenário Pessimista Demora no Diagnóstico Comunicação OIE de Suspeita Disseminação para várias Regiões Comunicação OIE da Confirmação Cancelamento das Exportações Erradicação deixa de ser viável Controle com Vacinação Perda de Mercados
17 PORQUE REGIONALIZAR? O Programa deverá responder as seguintes perguntas: A estrutura de regionalização proposta pelo Ministério da Agricultura do Brasil, terá as garantias suficientes para atender às recomendações do Código zoosanitário para os animais terrestres, da OIE (Capitulo )? Em princípio sim, pois as restriçòes e o controle de trânsito interestadual de aves e produtos serào semelhantes aos existentes hoje entre países. Além disso, a monitoria soroepidemiológica a ser realizada pelos Estados/Regiões deverão demonstrar a condição de livre de DN e IA
18 Reconhecimento Internacional - OIE Os países importadores deverão reconhecer a existência da região e aceitar a aplicação das medidas apropriadas, recomendadas pelo Código Terrestre, e correspondentes ao status zoosanitário da mesma para a importação e o trânsito pelo seu território das mercadorias que provenham dela.
19 Regionalização por estados ou por regiões? Região Preserva a região frente a eventual Frente a foco um em foco outras em regiões qualquer Estado do Sul, por exemplo, preserva os demais estados da Federação, porém compromete toda a região sul (86,2%) da Exportação. Estado Preserva o estado frente eventual Frente a foco um em foco outras em regiões qualquer Estado da Região Sul, por exemplo, compromete somente o Estado com foco, comprometendo no máximo 32% da exportação brasileira.
20 Como dividir as regiões Nas condições brasileiras, entende-se que a melhor maneira será seguindo as diversas políticas dos Estados. ESTADOS EXPORTADORES CARNE DE FRANGO Estados Exportações (ton) Partic. (%) Exportações (ton) Partic. (%) Santa Catarina , ,2 Rio Grande do Sul , ,5 Paraná , ,2 São Paulo , ,4 Goiás , ,2 Minas Gerais , ,7 Mato Grosso do Sul , ,4 Mato Grosso , ,4 Outros , Total * * 100
21 VIGILÂNCIA ATIVA PARA DNC E IA
22 CRITÉRIOS PARA TRÂNSITO INTERESTADUAL
23 Material Genético (aves de pedigree, bisavós, avós e matrizes de um dia) Permitir o trânsito interestadual acompanhado dos certificados sanitários oficiais que atestem que as aves são provenientes de granjas registradas e certificadas pelo PNSA e que o plantel de origem foi testado para doença de Newcastle e Influenza Aviária nos últimos sessenta dias.
24 Material Genético (ovos férteis de aves de pedigree, bisavós, avós e matrizes) Permitir o trânsito interestadual acompanhado dos certificados sanitários oficiais. Nas barreiras interestaduais, a carga deverá sofrer uma fumigação (com formol-permanganato) dentro do veículo de transporte.
25 Aves comerciais de um dia para corte e postura (inclui galinhas, perus, patos, codornas, avestruz etc...) Permitir o trânsito interestadual desde transportada em veículo cadastrado e que a carga seja acompanhada de certificados oficiais que atestem que as aves são provenientes de granjas registradas e certificadas pelo PNSA e que o plantel de origem foi testado para doença de Newcastle e Influenza Aviária nos últimos sessenta dias.
26 Ovos férteis para produzir as aves comerciais descritas no item anterior Permitir o trânsito interestadual desde que a carga seja transportada em veículo cadastrado e acompanhada de certificados oficiais que atestem que os ovos são provenientes de granjas registradas e certificadas pelo PNSA. Nas barreiras interestaduais a carga deverá sofrer uma fumigação dentro do veículo de transporte.
27 Frangas matrizes e frangas de postura comercial recriadas Permitir o trânsito interestadual desde que a carga seja acompanhada de certificados oficiais que atestem que as aves são provenientes de granjas registradas e controladas pelo PNSA (mesmos requisitos das granjas matrizeiras) e que as mesmas foram testadas para as doenças controladas pelo PNSA no máximo 30 dias antes da emissão do GTA
28 Aves destinadas para abate (aves de corte ou descarte). Proibir o trânsito interestadual.
29 Vísceras de aves in natura, penas resíduos de incubatório in natura,, cama de aviário e esterco de poedeiras. Proibir o trânsito interestadual
30 Ovos para consumo Permitir o trânsito interestadual em embalagens novas e desinfetadas acompanhado de certificados sanitários dos lotes que deram origem aos mesmos.
31 Produtos beneficiados (carcaças, miúdos e produtos industrializados) Permitir o trânsito interestadual acompanhado de certificados sanitários do Serviço de Inspeção Federal
32 Ações para a implementação da regionalização Pré-requisito fundamental Os s poderes púbicos, Estaduais e Federal, devem priorizar econômica e politicamente a Defesa Sanitária Animal.
33 Ações para a implementação da regionalização nos Estados/Regiões 1.Possuir cadastro eletrônico e geo-referenciado de todas as propriedades avícolas comerciais. 3.Implementação de GTA específico para o setor avícola. 5.Revisão do sistema de credenciamento de veterinários. 7.Implementação de programas eficientes de fiscalização nas fronteiras Estaduais. 9.Definição de corredores sanitários de trânsito. 11.Implementação de programas de vigilância epidemiológica e seguimento epidemiológico contínuo a nível Estadual.
34 Ações para a implementação da regionalização 7. Implementação de programas permanentes de auditoria do sistema de controle no estado. 3. Profissionais ligados a avicultura (públicos e privados) devidamente capacitados para identificar e encaminhar suspeitas. 5. Formação de Grupos Especiais de Assistência de Suspeita e Emergência Sanitária GEASES s. 7. Que o Estado conte com sistema laboratorial com possibilidade de realizar sorologia para IA e DNC num curto espaço de tempo. 11. Criação de um Fundo Nacional de Indenização.
35 5. Pleitear o reconhecimento internacional. Próximos passos p para implementação do programa de regionalização 1. Consolidar a vontade da avicultura brasileira em se regionalizar (Consenso( obtido no Workshop realizado pela UBA dia 21/09/09,, em São Paulo). 2. Definir os critérios e as ações a serem implementadas (Reunião no MAPA,, em Brasília, dias 13 e 14 de outubro/2004 e dias 7 e 8 de dezembro/2004). 3. Implementar as ações a nível Estadual/Regional. 4. Realizar auditorias internas para validação do programa.
36 Reflexão Final A implementação de um programa de regionalização poderá ser a solução que permitirá a sobrevivência da avicultura brasileira pois não podemos conviver com o risco de sofrer um impacto econômico fulminante causado por um evento sanitário que poderá ocorrer a milhares de quilômetros de distância de onde está situada a nossa produção
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