Biblioteca Digital de Participação Social

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Biblioteca Digital de Participação Social"

Transcrição

1 Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Engenharia de Software Biblioteca Digital de Participação Social Autor: Luiz Fernando de Freitas Matos Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Miranda Meirelles Coorientador: Prof. Dr. Fernando Willian Cruz Brasília, DF 2014

2

3 Luiz Fernando de Freitas Matos Biblioteca Digital de Participação Social Monografia submetida ao curso de graduação em (Engenharia de Software) da Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em (Engenharia de Software). Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Miranda Meirelles Coorientador: Prof. Dr. Fernando Willian Cruz Brasília, DF 2014

4 Luiz Fernando de Freitas Matos Biblioteca Digital de Participação Social / Luiz Fernando de Freitas Matos. Brasília, DF, p. : il. (algumas color.) ; 30 cm. Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Miranda Meirelles Coorientador: Prof. Dr. Fernando Willian Cruz Trabalho de Conclusão de Curso Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA, Participação Social. 2. Biblioteca Digital. I. Prof. Dr. Paulo Roberto Miranda Meirelles. II. Prof. Dr. Fernando Willian Cruz. III. Universidade de Brasília. IV. Faculdade UnB Gama. V. Biblioteca Digital de Participação Social CDU 02:141:005.6

5 Luiz Fernando de Freitas Matos Biblioteca Digital de Participação Social Monografia submetida ao curso de graduação em (Engenharia de Software) da Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em (Engenharia de Software). Trabalho aprovado. Brasília, DF, : Prof. Dr. Paulo Roberto Miranda Meirelles Orientador Prof. Dr. Fernando Willian Cruz Coorientador Prof. Dr. Edgard Costa Oliveira Convidado 1 Prof. Msc. Ronald Emerson Scherolt da Costa Convidado 2 Brasília, DF 2014

6

7 Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus, pela iluminação, conhecimento, sobretudo saúde e várias outras coisas para superação das dificuldades. Agradeço a minha família, principalmente aos meus pais, João Batista de Matos Alves e Célia Maria de Freitas Matos, por todo apoio incondicional, carinho, conselhos, educação, e muitas outras coisas dadas durante todas as etapas da minha vida. Todo esse apoio foi responsável pelas oportunidades geradas e permitir realizar o meu futuro. Aos meus irmãos Karla Joyce de Freitas Matos e João Paulo de Freitas Matos por toda a amizade, forças e apoio prestados durante as todos esses anos. Agradeço pela orientação do professor Prof. Dr. Paulo Meirelles pela constâncias das orientações do trabalho de conclusão de curso. Agradeço também pelas oportunidades acadêmicas e profissionais oferecidas durante esse ano e por ter repassado o seu conhecimento técnico durante as disciplinas sobre Métricas de Código-Fonte, git, Ruby, licenças de software, metodologia de trabalho, entre outros, fator fundamental para o meu crescimento profissional. Agradeço ao Prof. Dr. Fernando Willian Cruz, por todo conhecimento repassado durante as disciplinas da graduação de Engenharia de Software. Também agradeço pela aceitação em participar do Projeto do Participa.br e mostrar que é possível ser diferente fazendo um trabalho correto. Pelo orientação em meu trabalho, permitindo explorar horizontes que eu não havia explorado ainda, estendendo ainda mais minha aprendizagem em diferentes aspectos da Engenharia de Software e Ciência da Informação. Agradeço a todos os membros que fazem parte do laboratório LAPPIS, apesar de não estar citando o nome de todos já que são várias pessoas, a troca de experiências e amizades feitas durante esse último ano foram vitais para o meu amadurecimento e ganho de forças para conclusão de mais uma etapa. Agradeço aos meus companheiros de Engenharia de Software: André Cruz, Vinícius Vieira, Guilherme Baufaker, Pedro Chaves, Hialo Muniz, Athos Ribeiro, Ramon Cruz, Matheus Freire, Ítalo Rossi, Guilherme de Lima, Rafael dos Santos, Rafael Queiroz e vários outros que não foram de citados. Agradeço a todos os membros da informática da Justiça Federal, em especial ao Marcelo Pimentel, Sidcley dos Reis e Alberto Rios, que durante o período de estágio me ajudaram a acordar e acreditar novamente que era possível chegar nessa etapa.

8

9 Resumo Este trabalho propõe-se para a construção de uma biblioteca digital distribuída, tomando o portal Participa.br que utiliza o software livre Noosfero, como um provedor de serviços e os mecanismos formais de participação social como provedores de dados, cuja interoperabilidade ocorre por meio do protocolo OAI-PMH. Além da identificação da proposição citada, foram gerados os seguintes resultados preliminares: (i) uma abordagem teórica sobre participação social, (ii) uma introdução sobre o Participa.br, (iii) um explicativo sobre a ferramenta Noosfero, núcleo do portal Participa.br (iv) uma prova de conceito na forma de uma biblioteca digital (centralizada) experimental, alimentada por uma amostra de documentos (v) uma compilação sobre produtos de software livre e soluções tecnológicas para a construção de bibliotecas digitais, e (vi) uma proposta de ampliação das funcionalidades do portal Participa.br para torná-lo um espaço colaborativo de participação social com opção de monitoramento de informações sobre políticas públicas, (vii) um catalogo contendo os mecanismos formais levantados utilizados para um primeiro protótipo. Palavras-chave: bibliotecas digitais, participação social, redes sociais, bibliotecas digitais semânticas.

10

11 Abstract This course conclusion work proposes to build a distributed digital library, taking Participa.br portal that uses free software Noosfero as a service provider and the formal mechanisms of social participation as data providers, whose interoperability occurs via the OAI-PMH. In addition to identifying the aforementioned proposition, the following preliminary results were generated: (i) a theoretical study about social participation, (ii) an introduction to Participa.br, (iii) an explanatory study about the software Noosfero, core of Participa.br (iv) a proof of concept in the form of an experimental digital library (centralized), powered by a sample of documents (v) a compilation of free software products and technology solutions for building digital libraries, (vi) a proposed expansion of the Participa.br portal features to make it a collaborative space for social participation with monitoring option of public policy information, and (vii) a catalog containing the raised formal mechanisms used for a first prototype. Keywords: digital libraries, social participation, social networking, semantic digital libraries.

12

13 Lista de ilustrações Figura 1 Tela Inicial do Participa.br Figura 2 Atual quadro de ferramentas de participação Figura 3 Arquitetura de funcionamento do Noosfero Figura 4 Arquitetura de funcionamento do Ruby On Rails Figura 5 Funcionamento do Model View Controller Figura 6 Relacionamentos entre perfis, ambientes e domínios Figura 7 Relacionamento entre os tipos de perfis Figura 8 Relacionamento entre os tipos de conteúdo do Noosfero Figura 9 Issue tracker do Noosfero Figura 10 Componentes de um artefato digital Figura 11 Modelo conceitual para projeto de bibliotecas digitais Figura 12 Identificação dos principais componentes de uma biblioteca Figura 13 Entregáveis de uma biblioteca Figura 14 Ficha catalográfica considerando as recomendações AACR Figura 15 Exemplo de descrição bibliográfica em formato MARC Figura 16 Exemplo de escrição bibliográfica em formato Dublin Core Figura 17 Modelo de comunicação OAI-PMH entre o portal e os mecanismos Figura 18 Cabeçalho da interface da biblioteca de participação social Figura 19 Rodapé da interface da biblioteca de participação social Figura 20 Menu vertical da biblioteca de participação social Figura 21 Descrição de uma coleção na biblioteca do Participa.br Figura 22 Detalhamento de um coleção na biblioteca digital Figura 23 Descrição de um item na biblioteca do Participa.br Figura 24 Busca simples da Biblioteca Digital Figura 25 Tela de Busca Avaçanda da Biblioteca Digital Figura 26 Tela de busca por Palavras-Chaves Figura 27 Tela de Busca por Palavras-Chaves Figura 28 Tela de Busca por Identificadores Figura 29 Tela de Busca por Coleção Figura 30 Tela de Busca por Tipo de Metadado Figura 31 Tela de Busca por Criador do Conteúdo Figura 32 Tela de Busca por Tags Figura 33 Tela de Busca por Conteúdo Público ou Particular Figura 34 Tela de Busca por Conteúdo Destacado ou Comum Figura 35 Tela de Busca por Conteúdo Sobre Exposição Figura 36 Tela de Resultado da Pesquisa

14 Figura 37 Tela do Item Resultante da Pesquisa Figura 38 Espaço de colaboração semântico e social no Participa.br Figura 39 Contexto evolutivo das bibliotecas Figura 40 Comunidade Temática Figura 41 Fórum de Participação Figura 42 Fórum de Participação Figura 43 Personalização do GreenStone Figura 44 Finalidade do Omeka

15 Lista de tabelas Tabela 1 Metadados Participa com Relação DC para Conselhos, Conferências e Ouvidorias 63 Tabela 2 Metadados Participa para conselhos Tabela 3 Metadados Participa para conferências Tabela 4 Metadados Participa para Ouvidorias Tabela 5 Cronograma para atividades do TCC

16

17 Lista de abreviaturas e siglas AGPL BDD DC DRY FGA HTML HTTP MVC ONG Participa PNUD Rails TCC TDD UnB URI XML GNU Affero General Public License Behavior Driven Development Dublin Core Don t Repeat Yourself Faculdade UnB Gama HyperText Markup Language Hipertext Transfer Model-View-Controller Organização não governamental Portal de Participação Social Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Ruby on Rails Trabalho de Conclusão de Curso Test Driven Development Universidade de Brasília Identificador de Endereços na Internet Extensible Markup Language.

18

19 Sumário 1 Introdução Objetivos Objetivos Gerais Questões de pesquisa Metodologia Organização do Trabalho Sociedade e Participação Social Mecanismos formais de participação regidos em lei Outros Mecanismos formais de participação Ambiente Digital de Participação Social Exemplos de Participação Social Digital A Primeira Experiência Brasileira: Gabinete Digital do RS Stabilize the Debt: Controle o Gasto do Governo Americano Participa.br: O Portal de Participação Social do Governo Brasileiro Método de Desenvolvimento do Participa.br Software Livre Ferramentas de Participação Social Noosfero Noosfero: A Plataforma Utilizada no Participa.br A Arquitetura de Funcionamento do Noosfero A Linguagem de Programação Ruby Extendendo o Ruby para Aplicações Web Através do Framework Rails Arquitetura MVC Plugins: Uma Arquitetura Extensível no Noosfero Arquitetura Lógica do Noosfero Entendendo o Domínio de Funcionamento do Noosfero Desenvolvendo para o Noosfero Bibliotecas Digitais e Interoperabilidade Conceitos Básicos Sobre Bibliotecas Digitais Padrões de metadados para catalogação e sistematização de dados Biblioteca Digital do Participa.br Arquitetura da informação sobre participação social Metadados de participação social Interoperabilidade entre o Participa e canais de participação social... 66

20 6.4 Proposta de interface para a biblioteca digital Possibilidades de integração da biblioteca digital com o Participa Estendendo a Biblioteca Digital do Participa Considereções Finais Cronograma Appendices A Metodologias e Mecanismos de Participação Implementados B Softwares Para Bibliotecas Digitais C Catalogo de Mecanismos Formais de Pariticipação Referências

21 19 1 Introdução A participação popular pode ser compreendida como um processo no qual homens e mulheres se descobrem como sujeitos políticos, exercendo os direitos políticos (ALMEIDA, 2011). Após 2003 o governo passou a enxergar essa iniciativa popular como um mecanismo de concepção, execução e manutenção de novas políticas públicas. Antigamente todas as medidas que era tomadas era definidas apenas por técnicos e ministros (REPúBLICA, 2010). Uma das forma de participação previstas em lei é através dos mecanismos formais de participação criados na Constituição de 1988 e instituídos através de política pública no Decreto 8243/2014, que cria a Política Nacional de Participação Social. Atualmente existem uma gama de mecanismos formais de participação, sejam eles conselhos, conferências, ouvidorias, mesa de diálogos, entre outros, todos eles possuem uma função semelhante: dar voz para o povo demandar, criticar, sugerir, elogiar, fazer políticas públicas, entre outros. Embora exista uma quantidade enorme de informações sobre participação social e mecanismos formais de participação, foi percebido que existem informações desatualizadas, em especial as que estão disponibilizadas em catálogos impressos e em sites. De fato, é evidente a dinâmica dos canais de participação e esse dinamismo provoca o surgimento constante de novidades, com novas definições de agendas de encontros, com mudanças de nomes de gestores participantes, de números de telefone e uma série de outras informações correlatas. Por isso, se faz necessário a criação de um canal centralizado, onde vão estar disponível todas as informações sobre os mecanismos formais de participação. 1.1 Objetivos Objetivos Gerais O objetivo desse trabalho de conclusão de curso é o desenvolvimento de um ambiente de consulta colaborativa, que funcione de maneira descentralizado onde cada instância é responsável pela manutenção de suas informações e que essas todas essas informações sejam centralizadas Questões de pesquisa As questões de pesquisa respondidas por este trabalho são:

22 20 Capítulo 1. Introdução QP1 - Como as bibliotecas digitais garantem a atualização das informações presentes nos mecanismos formais de participação social? QP2 - Bibliotecas digitais descentralizadas potencializam os mecanismos formais de participação social em rede? QP3 - Quais informações dos mecanismos formais de participação devem ser catalogadas? QP4 - Como o Noosfero pode ser integrado com uma biblioteca digital? QP5 - Como integrar as bibliotecas digitais com as ontologias de participação e metodologias propostas? específicos: Baseado nas perguntas acima, este trabalho busca solucionar os seguintes objetivos Objetivos Tecnológicos OT1 - Desenvolvimento de uma biblioteca digital para permitir a disponibilização das informações (textos, vídeos, imagens, áudio, mapas, entre outros) sobre os mecanismos formais de participação atualizadas e descentralizadas; OT2 - Adaptação do Noosfero 1, uma ferramenta para criação de redes sociais para implementar o protocolo OAI-PMH. Esse protocolo vai garantir que as informações sobre os mecanismos formais de participação presentes nas bibliotecas digitais sejam visualizados na própria ferramenta Participa.br. OT3 - Ampliação da biblioteca digital para uma biblioteca digital semântica, utilizando como base ontologias e metodologias já conhecidas a fim de disponibilizar um ambiente mais completo para o usuário; Objetivos Científicos OC1 - Criação de um catalogação sobre os principais mecanismos formais de participação, a fim de fazer um levantamento inicial para criação da biblioteca digital. OC2 - Um estudo inicial sobre a participação social, funcionamento dos mecanismos formais de participação presenciais e virtuais, além de exemplos sobre mecanismos de participação virtual já consolidados. OC3 - Um estudo sobre o funcionamento dos meios de participação social presentes no Participa.br. 1 Mais informações em: <

23 1.2. Metodologia 21 OC5 - Análise das ferramentas livres para desenvolvimento de bibliotecas digitais, a fim de comprovar qual a melhor ferramenta que atende as necessidades levantadas por esse trabalho. 1.2 Metodologia Do ponto de vista metodológico, foi feito um estudo inicial sobre o tema na literatura concernente (em especial nas publicações disponibilizadas pelo IPEA) e nos conteúdos disponibilizados nos sites dos canais de participação social. Além disso, foram feitas entrevistas e reuniões com alguns gestores envolvidos para que pudesse ser obtida uma visão mais clara sobre o assunto e sobre as necessidades de informação. A fim de manter uma solução mais duradoura para o problema da catalogação e organização de conteúdos, foi percebido que a solução mais adequada é a proposição de uma biblioteca digital, na qual as informações que eventualmente sejam alteradas num determinado Conselho, Conferência ou Ouvidoria possam ser automaticamente compartilhadas por todos e devidamente atualizadas no portal Participa.br. Em seguida foram feitos estudos sobre plataformas de software livre voltadas para bibliotecas digitais e foram encontradas algumas soluções interessantes que podem ser adotadas no projeto, as quais estão listadas no Anexo B deste documento. Além disso, como prova de conceito, foi adotado um desses softwares para demonstração de uma possível biblioteca digital construída com um desses produtos e com uma amostra de documentos de participação social (conteúdos listados no Anexo C). A fim de integrar a solução de organização de conteúdos com as consultorias do termo de referência BRA/12/018, foi feita uma proposta para ampliação da biblioteca digital num espaço semântico e social colaborativo, cujas ideias iniciais estão descritas no capítulo Organização do Trabalho Este trabalho está dividido dentro de 7 outros capítulos. No 2 o capítulo é apresentado um breve histórico da sociedade civil e como ela influencia nas decisões dos governante, um breve histórico da participação social no Brasil, assim como os mecanismos formais de participação instituídos pelo Decreto 8243/2014; No 3 o capítulo será apresentado o Participa.br, a plataforma virtual para participação social. Além de uma motivação para utilização de um software livre pelo Participa.br, assim como as ferramentas de participação social.

24 22 Capítulo 1. Introdução No 4 o capitulo aborda um estudo sobre a arquitetura e funcionamento do Noosfero, a plataforma livre para criação de redes sociais que foi utilizado pelo Participa. Já no 5 o capítulo contém um estudo sobre bibliotecas digitais e interoperabilidade de dados, que serão utilizados para implementação da biblioteca. No 6 o capítulo é apresentado o primeiro protótipo da biblioteca digital de participação social com a utilização de todas as informações levantadas. No 7 o capítulo é proposto uma ampliação das funcionalidades do portal Participa.br para torná-lo um espaço colaborativo de participação social semântico, além de monitoramento de políticas públicas. O trabalho se encerra com os resultados obtidos nessa primeira fase, assim como as restrições encontradas. Também é feita uma análise sobre os levantamentos, além de uma discussão e cronograma para o prosseguimento do trabalho.

25 23 2 Sociedade e Participação Social Bordenave (1983) diz que a sociedade civil 1 em decisões governamentais é um dos principais mecanismos de consolidação da democracia de um país. Isso foi visto no ano de 1984 durante o movimento de Diretas Já 2. Outro fato histórico que teve grande participação social, foi a queda do muro de Berlim que aconteceu no ano de 1989, onde várias pessoas com intuito de passar o muro para ter uma vida melhor, derrubaram o mesmo. A participação também é uma forma de ampliação da crítica social da sociedade. Quanto mais a população faz parte das ações tomadas pelo governo, proporcionalmente o seu senso de crítica sobre os acontecimentos se torna mais maduro, já que a mesma conhece e contribui com as decisões que estão sendo tomadas pelos governantes. Esse aumento no senso crítico da população foi um dos principais fatores do acontecimento ocorrido no ano de 2010, que se estende até os dias atuais, chamado de Primavera Árabe. Esse evento ocorre no Oriente Médio, onde há uma série de manifestações e protestos da sociedade civil em diversos países daquela região. Os manifestantes motivados pela grande corrupção, desemprego, autoritarismo por parte dos governos repressores desses países, desigualdade social, entre outros, se uniram e manifestaram contra as ações o governo. Em alguns países como o Egito os governantes foram depostos, já em outros, como Líbia e Síria os manifestantes e governantes entraram em uma guerra civil. Desde o início da década de 1990 até os dias de hoje a participação popular em diversas frentes vem sendo amparada e institucionalizada em diversos países pelo mundo, tornando-os verdadeiras democracias representativas. (Políticas sociais locais e os desafios da participação citadina. Pedro Jacobi) No Brasil esse fato ocorreu ainda no ano de 1988, onde a Constituição define o Brasil como um Estado Democrático de Direito, atribuindo um novo modelo para gestão pública que trouxe a participação popular como o exercício pleno da cidadania, fazendo com que o cidadão tenha conscientização que ele faz parte da democracia, buscando melhorias do bem estar social para todos (SCUASSANTE, 2009). A Constituição de (1988) prevê três formas de participação social. Essas formas variam de acordo com cada poder da República (SOCIAL, 2008), são eles: Poder Legislativo - Os cidadãos participam através do voto. O voto tem como 1 Sociedade civil é composta por cidadãos, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações 2 Movimento que buscava restabelecer as eleições diretas para presidente da República no Brasil. 3 Disponível em: <

26 24 Capítulo 2. Sociedade e Participação Social objetivo eleger pessoas que vão representar a sociedade na defesas de seus direitos. Como o voto é obrigatório, a participação através do Poder Legislativo acaba se tornando a principal forma de participação social; Poder Judiciário - A participação popular ocorre quando pessoas da sociedade civil são convocadas para participar de um júri, geralmente julgando crimes contra que são dolosos contra a vida (Juri Popular); e Poder Executivo - A participação popular acontece por meio dos mecanismos formais que são regidos em lei (conselhos, conferências, mesas de diálogo, fóruns, etc.). Esses mecanismos serão discutidos mais adiante na seção 2.1. A participação através desse poder acontece de forma mais direta com os gestores de políticas públicas. Segundo Rocha (2011), a Constituição de de 1988 trouxe para o Brasil uma das legislações mais avançadas do mundo, no que diz respeito à proteção aos direitos humanos econômicos, sociais e culturais. No entanto, apesar da Constituição de 1988 ter sido uma das mais avançadas, ainda fica claro que a população ainda desconhece o poder de seus direitos, como por exemplo, muitos cidadãos ainda desconhecem a existência desses mecanismos previstos na Constituição onde ela pode mostrar sua opinião para o governo federal. Bandeira (1999) mostrou outro fator crucial sobre a participação atuante da sociedade civil na vida pública. Ela ajuda para uma boa governança e para o desenvolvimento participativo, consequentemente isso permite a garantia da transparência sobre ações tomadas pelos governantes, juntamente com o combate à corrupção no setor público. A partir do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, o governo passou a dar mais importância para a participação social, que se tornou uma principais formas de governar. Uma prova disso é que no mesmo ano de seu primeiro mandato foram criados vários novos conselhos, e os que existiam foram reformulados para permitir que a sociedade civil estivesse mais presente nos mesmos. O governo também percebeu que a sociedade também é essencial na concepção, execução e manutenção de novas políticas públicas, logo foram criados novos ambientes de participação onde permite que a participação da sociedade civil. Atualmente a participação da sociedade civil na tomada de decisões políticas, construção políticas públicas, demandando soluções para os problemas encontrados no cotidiano e na construção coletiva de soluções possa já é uma realidade. Hoje faz-se necessário adotar medidas para que todos meios de participação consolidados nos períodos atuais, seja compatíveis com a realidade encontrada no mundo tecnológico (redes sociais, participação social através do computador, conferências virtuais, entre outros).

27 2.1. Mecanismos formais de participação regidos em lei 25 Nesse trabalho, destacaremos apenas a participação da sociedade no Poder Executivo, já que o foco desse trabalho é trazer as informações presentes nos mecanismos formais de participação já existentes ou não, para uma plataforma social digital para consulta de todos os mecanismos. 2.1 Mecanismos formais de participação regidos em lei Como visto na seção 2, a Constituição de 1988 garantiu o princípio da participação social para todos os brasileiros, ou seja, a partir dessa data os brasileiros fazem parte na gestão, fiscalização e planejamento de políticas públicas (TRAJANO, 2011). Desde então houve uma crescimento de formas e instâncias de participação de todas as formas e tipos, presentes em todos os lugares do Brasil. Esses formas de participação são lugares de debate onde cidadão comum dialoga com membros da esfera do governo, trazendo demandas, sugestões e críticas que agregam na formulação de novas políticas públicas. As manifestações ocorridas no Brasil durante o período de junho e julho no ano de 2013, tiveram seu início na cidade de São Paulo, onde os manifestantes protestaram contra o aumento da passagem de ônibus 4. Essas manifestações tiveram uma grande repercussão social em diversos estados do Brasil, o qual motivou as pessoas desses estados a saírem para as ruas protestando contra a tarifa do transporte público de suas respectivas cidades. No entanto, a dimensão das manifestações e o número de pessoas na rua foi tão ampla, que outras pautas além da tarifa do transporte público foram colocadas em discussão, como a grande corrupção existente no Brasil, gastos abusivos e desnecessários durante a Copa do Mundo e Copa das Confederações, péssima qualidade dos serviços públicos como saúde, segurança pública, educação, transporte público, entre outros. Essas manifestações trouxeram como reposta, a assinatura do Decreto 8243/2014 pela presidente Dilma Rousseff. Esse decreto cria a Política Nacional de Participação Social, que estimula a participação da sociedade civil nas ações tomadas pelo governo. Esse decreto promove a participação social na formulação, acompanhamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas, além de descrever mecanismos de participação social nas três instâncias de governo: federal, estadual e municipal. Os mecanismos formais de participação tem como objetivo, permitir o acesso do cidadão ao processo decisório, esse mesmo processo que foi extinto durante o período do regime militar. Nas seções abaixo contém uma pequena descrição dos principais mecanismos formais de participação. 4 Maiores informações em: < entenda-os-protestos-em-sp-contra-aumento-das-tarifas-do-transporte.html>

28 26 Capítulo 2. Sociedade e Participação Social Conselhos Instância colegiada temática permanente, instituída por ato normativo, de diálogo entre a sociedade civil e o governo para promover a participação no processo decisório e na gestão de políticas públicas. Os Conselhos criam espaços próprios para discutição de pautas e interesses dos setores sociais, que buscam a melhoria da qualidade e a universalização da prestação de serviços. Segundo a Secretaria Geral da Presidência da República ((REPúBLICA, 2010) existem no total trinta e cinco Conselhos, desses, dezenove Conselhos foram criados no ano 2003 a 2013 e outros dezesseis foram reformulados com o objetivo de ampliar a participação social. Conferências A conferência tem como objetivo reunir membros do governo e sociedade civil para debater um tema em comum. Esse debate gera uma política pública que será o tema utilizados durante os próximos anos. As conferências funcionam como instâncias de construção de direitos ainda não reconhecidos pelo Estado, um exemplo disso é que o relatório da 8 a Conferência de Saúde serviu como insumo para a criação do SUS (Sistema Único de Saúde) na Constituição de Essas conferências podem acontecer em diferentes etapas, sendo elas: regionais, municipais, distritais e estaduais, juntas elas ajudam a propor diretrizes sobre o tema da conferência e ter um direcionamento melhor para a etapa federal. O IPEA 2012 mostrou que as conferências nacionais fazem partes dos principais canais de diálogo entre poder público e sociedade civil e, nos últimos 10 anos, chegou a quase 90 em mais de 40 temas distintos, envolvendo níveis municipal, estadual e nacional, com grande capacidade de mobilização. A ampliação e o aumento no número de conselhos também são significativos na última década, configurando um mecanismo de participação referendado pela Constituição Federal, ainda que com diversos desafios de melhora de representatividade. (SOLAGNA, 2014) Ouvidorias A Ouvidoria é um canal de comunicação entre o cidadão e governo, com o objetivo de receber da sociedade civil sugestões, solicitações, reclamações, denúncias e elogios, a fim de melhorar a gestão pública de seu órgão.

29 2.2. Outros Mecanismos formais de participação 27 Mesas de Dialogo É um mecanismo onde acontece debates e negociação entre participantes da sociedade civil e do governo diretamente envolvidos no intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais; Audiência Pública Mecanismo participativo de caráter presencial, consultivo, aberto a qualquer interessado, com a possibilidade de manifestação oral dos participantes, cujo objetivo é subsidiar decisões governamentais Fóruns Mecanismo para o diálogo entre representantes dos conselhos e comissões de políticas públicas, no intuito de acompanhar as políticas públicas e os programas governamentais, formulando recomendações para aprimorar sua intersetorialidade e transversalidade; mecanismo para o diálogo entre representantes dos conselhos e comissões de políticas públicas, no intuito de acompanhar as políticas públicas e os programas governamentais, formulando recomendações para aprimorar sua intersetorialidade e transversalidade; Consulta Pública A consulta pública é um mecanismo caráter consultivo, aberto a para a participação do público em geral. Ele tem como objetivo principal, receber contribuições sobre determinado assunto, sendo elas físicas (documento escrito) ou digital (ambiente de participação). Essas consultas públicas ajudam na construção de novas políticas públicas. 2.2 Outros Mecanismos formais de participação Existem vários outros mecanismos de participação não citados na seção acima, que são utilizados como fonte de comunicação entre governo e sociedade, porém não são especificados formalmente no DECRETO. Apesar de não fazerem parte do decreto, entende-se que também são importantes serem citados, já que a Constituição Federal de 1988 promoveu a organização e participação social como um direito. Esses mecanismos criam locais em que o direito de participação é garantido através do diálogo entre a membros da sociedade civil e membros da esfera do governo federal. Abaixo citamos os dois principais mecanismos que fazem parte desse conceito:

30 28 Capítulo 2. Sociedade e Participação Social ONG As ONG (Organizações Não Governamentais), também chamadas de Organizações da Sociedade Civil são associações privadas sem fins lucrativos, criadas a partir de um interesse em comum. Essas associações, apesar de não lucrarem com suas ações, desenvolvem atividades que complementam as ações do Estado. Atualmente segundo estudo FASFIL (IBGE, 2012), mostram que existem mais de 290 mil Organizações da Sociedade Civil em funcionamento no Brasil no ano de 2012, muitas delas surgidas após a constituição de Sindicatos Os sindicatos são associações de defesa sobre assuntos em comum de determinado grupo social. Os principais sindicatos reúnem pessoas para tratar sobre assuntos de cunho econômico (conhecidos como sindicatos patronais) ou trabalhista (trabalhadores, transportes, metalúrgicos, policiais, professores, médicos, etc). Os sindicatos têm como objetivo principal a defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos dos seus associados. 2.3 Ambiente Digital de Participação Social Tem-se tornado cada vez mais aceita, nos últimos anos, no Brasil, a ideia de que é necessário criar mecanismos que possibilitem ampliar a participação social, além de tornalá mais próxima comunidade, seja na formulação, no detalhamento e na implementação das políticas públicas. Segundo o (BRASIL, 2014) o ambiente digital para participação social é caracterizado por um tipo mecanismo de interação social que utiliza tecnologias de informação e de comunicação, em especial a internet, para promover o diálogo entre administração pública federal e sociedade civil. 2.4 Exemplos de Participação Social Digital Como visto na seção anterior, a participação Social através de meios digitais surgiu recentemente com a propagação dos meios tecnológicos. Nessa seção será apresentado alguns exemplos de como funcionam as primeiras formas de participação social no Brasil e nos Estados Unidos, que influenciaram diretamente na arquitetura de funcionamento do portal de Participação Social Participa.br, discutido no capítulo 3.

31 2.4. Exemplos de Participação Social Digital A Primeira Experiência Brasileira: Gabinete Digital do RS Uma das primeiras experiências de participação social e democrática digital no Brasil foi através do Gabinete Digital do Rio Grande do Sul. O gabinete foi criado em 2011 e tem como seu principal objetivo promover a cultura democrática e o fortalecimento da cidadania promovendo a eficiência e o controle social sobre o Estado, estruturando a relação do Governador com as diversas formas de escuta e participação através das redes digitais. (SUL, 2012). Uma das funções do Gabinete Digital é criar vários canais de diálogo com a sociedade. Esses canais foram criados através de ferramentas participativas, por exemplo, monitoramento de obras, governador pergunta, governador responde, entre outras, o cidadão é estimulado a participar dando suas opiniões, debatendo ideias dadas por outros cidadãos, votando, acompanhando as ações que tomadas pelo governo, entre outras. Muitas dessas ferramentas que foram criadas ajudam ou já ajudaram o governo do Rio Grande do Sul na gestão de políticas públicas. O Gabinete Digital do Rio Grande do Sul criou algumas ferramentas, que são utilizadas pelo cidadão para participar do governo. Governador Pergunta Nessa ferramenta, o governador do estado elabora uma pergunta sobre uma determinada pauta que é definida a cada mês, por exemplo, a pauta do mês de dezembro é o transporte público, o governador solta uma pergunta Como o transporte público pode ser melhorado. Durante duas semanas, as pessoas podem responder a pergunta dando sugestões, elogios, críticas, entre outros, em temas específicos sobre o assunto principal. As melhores propostas são organizadas pelos mediadores, para serem votadas. São dadas mais duas semanas para os participantes votarem nas melhores e mais importantes propostas. As cinquenta participações mais votadas são respondidas de volta pelo governador. Os autores dessas cinquenta propostas são chamados pelo governo para debaterem suas ideias, além de ajudar a formular o documento que será utilizado para priorizar as ações tomadas pelas secretarias do governo do Rio Grande do Sul. Como forma de incentivar as pessoas participarem, o governo oferece prêmios diversos a pessoas que participam, como entrada em estádios de futebol. Agenda Colaborativa Nessa ferramenta os participantes organizam a chegada do governador em seu município enviando demandas e necessidades específicas mais importantes. Após o envio dessas temáticas para a ferramenta, o governador transfere o seu local de trabalho

32 30 Capítulo 2. Sociedade e Participação Social durante um dia para o município escolhido realizando um evento com a população. O governador coloca em pauta do evento, as temáticas com maiores relevâncias no evento. Governador Responde Essa ferramenta tem como objetivo criar um canal de comunicação entre os cidadãos e o governador do estado. Os participantes enviam perguntas ao governador sobre temas variados como saúde, transporte público, andamento de obras, entre outros. Dentro dessas perguntas existe um critério de votação, onde a pergunta mais votada no mês pelos outros participantes é escolhida para ser respondida efetivamente pelo governador. Caso seja de interesse, o participante pode promover a sua pergunta através de outras redes sociais. De olho nas obras Nessa ferramenta os cidadãos acompanham o andamento das obras de todo o governo do estado do Rio Grande do Sul. Quando a mesma é acessada, ela apresenta em lista todas as obras do estado. O usuário pode criar um perfil no sistema caso deseje acompanhar uma obra em especifico, apresentando todos os dados incluindo local da obra, seus respectivos custos, porcentagem de conclusão, uma possível data de término, secretária responsável e empresa contratada para realização. Quando uma obra é selecionada é observada uma espécie de blog, onde o governo mostra as etapas dessa obra, juntamente com fotos que detalham a situação encontrada no momento. A cada uma dessas etapas o cidadão que está acompanhando o andamento pode dar alguma sugestão, elogio ou crítica sobre o andamento da mesma, além de marcar a situação da obra como importante (como o curtir do Facebook) Stabilize the Debt: Controle o Gasto do Governo Americano O Stabilize the debt é um simulador criado pelo The Committe for a Responsible Federal Budget (CRFB) em maio de Nessa ferramenta os participantes são incentivados a controlarem o débito fiscal dos Estados Unidos, controlando os gastos relativos as políticas públicas, gastos com manutenção de tropas no Afeganistão e Iraque, continuação do financiando do programa Joint Strike Fighter (JSF F35), entre outros. O participante tem que manter o débitodos Estados Unidos em 60 O simulador utiliza caixas de seleção em que cada tópico, onde o usuário decide se diminui os gastos de um determinado tópico. Através de uma biblioteca javascript budget_calculator.js, as seleções do usuário são automaticamente calculadas no momento da escolha e o resultado e gráfico são atualizados.

33 31 3 Participa.br: O Portal de Participação Social do Governo Brasileiro O Participa.br - Plataforma Federal da Participação Social é um espaço colaborativo para participação social, escuta das demandas do povo e um espaço de dialogo da sociedade com o governo. A imagem ilustrada pela figura 1 apresenta a página inicial do Participa.br Figura 1 Tela Inicial do Participa.br. Ele tem como um dos seus principais objetivos, a criação de um canal de comunicação e participação entre cidadãos e gestores públicos. O Participa.br é uma ação do Gabinete Digital, que é uma iniciativa online do Governo Federal para ampliar o acesso do cidadão à informação pública, serviços, prestação de contas e participação popular nas decisões (DIGITAL, 2013). O Gabinete Digital foi anunciado pela presidenta Dilma Rousseff como resposta às manifestações ocorridas em todo território brasileiro em junho do ano de 2013, e uma de suas principais funções é realizar uma comunicação direta com

34 32 Capítulo 3. Participa.br: O Portal de Participação Social do Governo Brasileiro a sociedade através das redes sociais. No Participa.br, o cidadão pode se juntar a comunidades com temáticas do seu interesse, como por exemplo, educação, saúde, inclusão digital, entre outras. O Participa.br, permite também que participante crie uma comunidade com o tema de seu interesse, caso não exista. Isso é importante para que os usuários possam utilizar a ferramenta para debater temas que lhe interessem, isto torna a ferramenta mais atrativa. Para isso basta apenas que o usuário crie uma comunidade e alguém que administre ou modere a criação de comunidades na ferramenta do Participa.br aprove a mesma. Uma das características do Participa.br é servir, além de um espaço de consulta pública, também como uma ferramenta para formulação de novas políticas públicas. Quem acessava a página inicial Participa.br durante os dias 19 de março de 2014 a 17 de abril de 2014, participava de um questionário para definição sobre os direitos e princípios fundamentais para garantir o futuro democrático e orientar a governança na internet. O participante respondia 3 perguntas, cada uma com um par de propostas, sem limites de respostas. A cada pergunta o usuário votava na opção que se concordava mais, caso não houvesse nenhuma proposta que ele mais se identificasse ele poderia sugerir novas propostas. O resultado dessa consulta foi enviado como uma Carta Proposta para o Comitê Gestor da Internet, o qual era o gestor do Arena NET Mundial, um evento realizado durante os dias 22 a 24 de abril de 2014 na cidade de São Paulo, com o objetivo de discutir ideias para garantir uma internet livre, colaborativa e democrática 1. Quando o usuário acessa o Participa.br, ele só pode acessar as ferramentas de participação social, se o mesmo estiver registrado na plataforma. O registro é bem simples, necessitando apenas alguns dados como nome de usuário, senha, nome, , entre outros. Após o registro um é enviado para o usuário, este contém o link para ativação do usuário no Participa.br (para evitar criação de spans de usuário). Após a ativação o cidadão já pode fazer comentários e contribuições na plataforma, personalizar o seu perfil, divulgar sua opinião em consultas públicas, manter o seu blog, participar e/ou criar comunidades, etc. 3.1 Método de Desenvolvimento do Participa.br Estudos realizados em (FERREIRA; JúNIOR; SOUZA, 2008) mostram que 40% de todos os softwares vendidos no Brasil são comprados pelo governo. Esse mesmo estudo mostra a grande influência que o governo exerce sobre as aquisições de software feitas em território nacional, incluindo aquisições de softwares feitas por entidades privadas. Esse modelo de aquisição de software encontrado nas três esferas do governo ainda se baseia na contratação do melhor fornecedor do software que fornece o melhor aten- 1 Maiores informações em: <

35 3.1. Método de Desenvolvimento do Participa.br 33 dimento paras necessidades levantadas, essa contratação é feita através do processo licitatório que é o método de aquisição e contratação de produtos que utilizam a verba pública. No inicio de uma contratação, geralmente após a identificação da necessidade. Para essa necessidade geralmente é escolhido uma ferramenta já pronta, que é adaptada para a satisfação dos problemas encontrados. Quando o software é colocado em produção é feito o treinamento dos usuários, juntamente com um contrato de manutenção para garantia da correção de bugs, vulnerabilidade e funcionalidades para outras novas necessidades que vão surgindo. Quando se acaba o contrato, muita das vezes a ferramenta é substituída por outra (da mesma empresa ou não), refazendo novamente o ciclo de vida. Muita das vezes isso acontece, pois a ferramenta é fechada, isto é, somente a empresa que concebeu o software possui o acesso ao código fonte. Isso impossibilita que terceiros possam modificar o código fonte, tornando a compra de uma nova ferramenta uma realidade, sempre que for necessário atender novas necessidades encontradas. Isso gera grande o uso público do dinheiro desnecessariamente. A Secretaria Geral da Presidência da República 2 (SGPR) por meio do projeto Participa.br, buscava criar um legado dentro de um software, e ser pioneira em relação a evolução de um software livre por uma entidade governamental. Durante o período de escolha da ferramenta que seria o núcleo do portal de Participação Social, foi procurado uma ferramenta que além de satisfazer as necessidades demandadas para a construção do Participa.br, também seguisse os princípios do Software Livre (visto na seção 3.1.1). Ou seja, na medida que o Participa.br vai sendo desenvolvido, sua plataforma de desenvolvimento, o Noosfero (discutido no capítulo 4 também acompanha esse desenvolvimento, algo que ainda é pioneiro nas esferas governamentais Software Livre Uma das premissas básicas para a criação do portal de Participação Social Participa.br é em relação a plataforma o qual seria concebida, a primeira regra é que o software deveria ser livre. O Software livre permite aos usuários utilizarem, estudarem, modificarem e realizar a distribuição do mesmo, sem restrições e permitindo aos usuários futuros utilizarem de forma igual (BUCHER, 2013). Meirelles 2013 mostra que o ecossistema do software livre permite a liberdade dos usuários em relação ao uso do mesmo, sem discriminação de uso, de modo colaborativo e processo de desenvolvimento aberto. Esse ecossistema é o responsável pela diferenciação do software dito restrito para o software livre. O ecossistema do software livre é basicamente um resumo dos quatro direitos básicos de liberdade do software livre 2 Disponível em: <

36 34 Capítulo 3. Participa.br: O Portal de Participação Social do Governo Brasileiro aos seus usuários 3 : A liberdade para utilização do software de acordo com o desejo do usuário. A liberdade para o entendimento do funcionamento do software, e adaptá-lo de acordo com as suas necessidades 4. A liberdade de redistribuição do software para qualquer pessoa. A liberdade para evoluir o software, e distribuir as evoluções feitas para o público em geral, de forma a beneficiar todos os utilizadores do mesmo 4. Como dito anteriormente, uma das vantagens do software livre é o fato de seu código fonte ser disponibilizado e consequentemente compartilhado (BUCHER, 2013). Esse é um dos fatores que contribuem para adaptação de um software para um determinado cenário, sem a necessidade de começar um novo projeto. No Participa.br esse fato é importante pois as contribuições realizadas na ferramenta, ajudam no desenvolvimento tanto do Particpa.br, como da ferramenta em si utilizada. No Participa.br outro fator interessante para a utilização de um software livre é a propriedade intelectual de todos os conteúdos presentes na ferramenta, fator muito importante se tratando de uma ferramenta governamental, visto que a transparência das informações é algo bastante imprescindível nos dias atuais. Em softwares proprietário geralmente são assinados termos de compromisso e conduta, fazendo com que a empresa proprietária do software acabe se tornando a dona de todas as informações da rede social. 3.2 Ferramentas de Participação Social De acordo com (SOLAGNA, 2014) o desenho para um portal como o Participa.br não pode ser algo fechado, ou seja, uma plataforma que oferece todas as formas de participação digital de maneira acabada, mas sim fazer com que os atores da sociedade civil utilizem as ferramentas necessárias para fazer o seu modo de participação, lógico dentro das possibilidades oferecidas pelo Participa, isso aumenta possibilidades de influência nas políticas públicas e nas decisões do Estado. Podemos descrever o Participa.br como um arcabouço de ferramentas de participação onde é possível acoplar novas ferramentas e metodologias de participação de acordo com a necessidade de cada gestor. A imagem ilustrada pela figura possui a atual arquitetura de funcionamento dos mecanismos de participação presentes no Participa.br. O funcionamento de cada ferramentas é discutida mais detalhadamente no apêndice. 3 Retirado de < Acesso em Maio de Para satisfazer esse direito de liberdade, o código-fonte do software é um produto indispensável para o mesmo.

37 3.2. Ferramentas de Participação Social 35 Figura 2 Atual quadro de ferramentas de participação. Extraído de (SOLAGNA, 2014)

38

39 37 4 Noosfero Neste capítulo iremos discutir o funcionamento e arquitetura do software livre Noosfero 1, a plataforma de redes sociais que é utilizada como núcleo do portal do Participa.br. Um dos fatores para a utilização de softwares livres no portal do Participa.br é o fato que o desenvolvimento do software ser colaborativo e todo o conteúdo criado é compartilhado, além de não haver propriedade intelectual sobre os conteúdos gerados na rede social, como foi visto na seção Noosfero: A Plataforma Utilizada no Participa.br O Noosfero é uma plataforma livre para criação de redes sociais, que está disponível sob licença AGPL 2 V3. O Noosfero tem como objetivo permitir a criação de uma rede social por parte de um usuário, onde o mesmo pode modificá-lo e personizá-lo de acordo com suas necessidades. No entanto o Noosfero também pode ser adpatado para ser utilizado como um Sistema de Gerenciamento de Conteúdo (CMS), ou até mesmo funcionando em portais de economia solidária. A Colivre 3 (Cooperativa de tecnologias livres) é a criadora/mantenedora do Noosfero, ela é uma cooperativa sediada em Salvador/BA. Essa cooperativa trabalha exclusivamente com softwares livres, dentre eles, manutenção de redes sociais que utilizam o Noosfero, sites em geral, intranets com Wiki, capacitação de usuários, consultorias, entre outros. Atualmente os desenvolvedores da Colivre mantém o repositório do Noosfero, isto é, eles são responsáveis por revisar os códigos que são enviados pela comunidade e integram ao código do Noosfero. O Noosfero é escrito na linguagem de programação Ruby versão (discutido na seção e utiliza framework para aplicações web Ruby on Rails versão 3.2 (mais detalhes na seção Utiliza também os padrões arquiteturais de software Model-View- Controller (MVC), que será discutido na seção e o padrão básico de plugins, discutido na seção A escolha da linguagem Ruby foi decisiva no Noosfero, pois possui uma sintaxe simples, que facilita a manutenibilidade do sistema, característica importante em projetos de software livre que tendem a atrair colaboradores externos a equipe. E o Rails como será visto mais adiante na seção 4.2.2, possui conceitos que auxiliam em sua produtividade. (MEIRELLES, 2013) 1 Maiores informações em: < 2 Licença de software GNU Affero General Public License 3 Maiores Informações em: <

40 38 Capítulo 4. Noosfero 4.2 A Arquitetura de Funcionamento do Noosfero Detalhar alguns dos padrões arquiteturais utilizado no Noosfero é importante para um maior entendimento sobre os elementos essenciais de sua arquitetura e como eles se relacionam, ajudando a evoluir o software de maneira correta, deixando de lado detalhes desnecessários e irrelevantes. Sendo assim, entender a arquitetura de funcionamento do Noosfero é um dos passos iniciais para evolução do Participa.br, e consequentemente atingir os objetivos desta monografia. A arquitetura de software é definida pela estrutura ou estruturas utilizadas pelo sistema, que são os componentes que fazem parte do software, assim como suas relações, além das propriedades que são visíveis externamente e as relações desses componentes (BASS; CLEMENTS; KAZMAN, 1998). Já para Garlan (1995) se resume como a estrutura de todos componentes daquele software, assim como suas relações e especificações que vão desde a concepção, desenvolvimento e evolução durante ao longo do ciclo de vida. Fowler 2006 em seu estudo, mostra que a definição do termo arquitetura em relação a software é bastante confusa e contraditória. Vários autores não concordam sobre uma definição especifica e definem de maneira errônea, então podem existir diversas outras definições na internet. Na figura 3, é apresentado a arquitetura básica de funcionamento do Noosfero. As próximas seções vão explicar algumas decisões que foram tomadas no desenvolvimento do mesmo A Linguagem de Programação Ruby O Ruby é uma linguagem de script, que possui similaridades com o Perl e outras linguagens de script. Ruby possui uma programação interpretada 4 multiparadigma 5 de tipagem dinâmica 6 ou forte 7, desenvolvida no Japão em 1995 por Yukihiro Matz Matsumoto. O criador da linguagem Matz, diz que a linguagem Ruby, tem como um dos principais pontos ser simples, direto ao ponto, extensível e portável, além de ser totalmente livre. Uma das vantagens da linguagem Ruby é o fato dela ser multiplataforma, isto é, ela é capaz de rodar em diversos sistemas operacionais como Windows, Linux e Mac OS. Outra vantagem da linguagem Ruby é o fato dela possuir gemas (gems), que são bibliotecas externas que podem ser reaproveitadas pelos usuários. Essas bibliotecas são fornecidas através de um repositório chamado de RubyGems 8, ou seja, caso o desenvolve- 4 Linguagem executada através de um interpretador 5 Linguagem que possui mais de um paradigma 6 Não exige a declaração do tipo da variável, que pode mudar durante a execução do programa 7 É possível declarar o tipo da variável (inteiros, caractere, entre outros) 8 Informações em: <

41 4.2. A Arquitetura de Funcionamento do Noosfero 39 Browser Varnish Apache Thin Action Dispatch Model Controller View <<Core do Noosfero>> Active Record DB Figura 3 Arquitetura de funcionamento do Noosfero. Extraído de (BUCHER, 2013) dor necessite realizar uma autenticação para o seu sistema, ele pode reaproveitar alguma gema que cuide da autenticação, diminuindo o reuso de código e aumentando a produtividade Extendendo o Ruby para Aplicações Web Através do Framework Rails O Rails é um arcabouço de desenvolvimento web escrito na linguagem Ruby, ele foi disponibilizado no ano de 2004 por David Heinemeier Hansson. O Rails possui como uma das suas principais premissas facilitar o desenvolvimento de aplicativos, pois sua concepção e arquitetura permitem ao programador uma produtividade maior, isto é, com o Rails é possível criar uma aplicação completa com conexão com banco de dados em

42 40 Capítulo 4. Noosfero pouco tempo. O Ruby on Rails foi utilizado nas primeiras versões do Twitter 9, GitHub 10 e Scribd 11. O Rails utiliza vários princípios em sua arquitetura para orientar desenvolvimento do modo certo ou Rails way, possibilitando o programador focar o seu desenvolvimento no problema do cliente, deixando a parte da estrutura da aplicação por conta do arcabouço. (MENESES, 2014) como: O arcabouço Ruby on Rails influencia em maior produtividade graças a conceitos DRY - Don t Repeat Yourself - É um conceito que evita a duplicação de código fonte, onde propõe que um mesmo trecho de código deve possuir representação único no sistema. Isso garante que uma alteração no software seja realizada em um único local no código, evitando código duplicado e facilitando a manutenibilidade do sistema. Paradigma de Programação Orientado à Convenção Convention Over Configuration - Esse paradigma facilita o desenvolvimento de software, pois diminui o tempo que o programador gasta integrando serviços e configurando todo os seus módulos (banco de dados, ferramentas para teste, entre outros). Nesse paradigma o desenvolvedor pode se preocupar com a lógica de negócio, deixando a lógica de aplicação à cargo do suporte orientado à convenção sobre configuração. REST (REpresentaional State Transfer.) É um estilo arquitetural para aplicações web. Ele propõe princípios (não exclusivos ao REST) que definem como Web Standards como HTTP e URIs devem ser usados. Múltiplos ambientes - No Rails, cada aplicativo possui três ambientes. Um desses ambientes é voltado para o desenvolvimento do software em si, outro para testar o software através de testes e mais uma utilizada para o software entrar em produção. Cada um desses ambientes possuem comportamentos quase iguais, no entanto, cada um utiliza um banco de dados diferente. Devido ao fato do Noosfero ter sido desenvolvido em cima do arcabouço Ruby on Rails, sua arquitetura é altamente ligada a arquitetura do mesmo. Essa arquitetura é ilustrada pela figura 4. 9 O Twitter em suas primeiras versões usava o Ruby on Rails, no entanto por baixo desempenho migrou para Java. Maiores Informações em:< twitter-search-is-now-3x-faster_1656.html> 10 Disponível em: < 11 Disponível em: <

43 4.2. A Arquitetura de Funcionamento do Noosfero 41 Figura 4 Arquitetura de funcionamento do Ruby On Rails. Extraído de (MEJIA, 2011) Nessa figura 4, são observado alguns componentes que fazem parte do Ruby On Rails. Esses componentes são. Action Pack - Esse módulo compõe os gerenciadores dos controladores e vistas do Ruby on Rails, que serão discutidos no módulo Esses dois módulos são responsáveis por receber as requisições do cliente e renderizam a resposta de volta para o cliente. Os três componentes que fazem parte do Action Pack são detalhados abaixo: Action Controller - Responsável por realizar o mapeamento de todas as controladoras (controllers) em uma aplicação Rails. Ele recebe as requisições que chegam através de um navegador (browser), tratando cada ação e enviando para o determinada função. Action View - Quando uma requisição chega, ela é enviada para Action Controller, que trata e chama a Action View para devolver a resposta da requisição. gerencia as views da aplicação. Isto é, ele renderiza as saídas de volta para o

44 42 Capítulo 4. Noosfero cliente dentro de templates em formato HTML e XML por padrão e inclui suporte embutido para Javascript, AJAX, jquery. Action Dispatch - É responsável por trabalhar tratando o protocolo HTTP, fazendo a obtenção dos cabeçalhos, determinando tipos MIME, sessão, cookies e outras atividades. Action Mailer - É responsável por toda a lógica inerente a criação e funcionamento de s, como enviar mensagem de boas vindas, recuperar senha, Envia s baseados em templates criados na Action View, que são renderizados da mesma maneira que uma resposta a uma requisição. ActiveRecord - É um Object-Relational-Mapping, ou seja, uma biblioteca que faz o mapeamento de estruturas relacionais que estão no banco de dados para objetos Ruby diretamente no paradigma de orientação a objeto. Railties - É responsável pela geração automática do código do Ruby, quando por exemplo, é criada alguma aplicação, ou gerado alguma classe de forma automática (através do scaffolding). ActionSupport - É uma coleção de classes úteis utilizados para o desenvolvimento de aplicações Ruby on Rails, incluindo suporte para internacionalização, testes, entre outros Arquitetura MVC O padrão arquitetural MVC (Model View Controller)foi desenvolvido por Trygve Reenskaug nos anos 70. Segundo Fowler (2006), o MVC tem exercido grande influência nos projetos de interface com o usuário, isso inclui o Ruby On Rails. O arcabouço para aplicações web Ruby On Rails apoia a utilização MVC, que sugere que o software deve ser dividido em componentes, separando em camadas de persistência, logica e interface. Isso torna o desenvolvimento do software muito mais organizado, claro e enxuto, facilitando a manutenção e evolução do sistema e com mantém a segurança do software em fases posteriores do seu desenvolvimento (SILVA, 2012). Porém, o baixo acoplamento e alta coesão de um software, com módulos responsáveis só é garantido se houver uma organização do sistema em camadas, garantindo assim a escalabilidade, eficiência e a reusabilidade. Na figura 5, temos a arquitetura de funcionamento da arquitetura MVC.

45 4.2. A Arquitetura de Funcionamento do Noosfero 43 Figura 5 Funcionamento do Model View Controller. Extraído de (MOMIN, 2013) Nessa visão em camadas, (i) o modelo (model) possui informações sobre a regra de negócio, comportamentos e dados que não são utilizados na interface de usuário, (ii) a vista (view) é composta pela saída que é vista pelo usuário do sistema, por exemplo, uma página HTML, (iii) o controlador (controller) é responsável por receber as requisições (entradas) enviadas pelo cliente e decide qual o modelo que deve ser utilizado por aquela requisição e faz com que a vista seja renderizada para o usuário como reposta da requisição. Essa combinação entre vista e controladora é chamada de interface de usuário (FOWLER, 2006). Já o (iv) roteador possui um mapeamento de todas as URLs das requisições, essas URLs são enviadas diretamente para a controladora responsável. No Noosfero a implementação do padrão arquitetural MVC é obedecida, pois o mesmo é inerentes ao arcabouço utilizado Plugins: Uma Arquitetura Extensível no Noosfero O Noosfero também utiliza uma arquitetura extensível através do uso de plugins. Essa arquitetura é interessante, pois como dito anteriormente, o Noosfero implementa a arquitetura de múltiplos ambientes presente no arcabouço Ruby On Rails. Cada um desses ambientes possuem comportamentos que requerem implementações diferentes.

46 44 Capítulo 4. Noosfero Essa arquitetura encoraja a criação de um software modular, ou seja, a criação de módulos específicos para cada função diminuindo o acoplamento, aumentando a coesão e definindo bem as responsabilidades de cada módulo (ROZANSKI; WOODS, 2005). Uma das grandes vantagens em se criar uma aplicação com arquitetura extensível através de plugins, é o fato de o desenvolvedor criarem novas funcionalidades sem ter acesso ao código fonte do software, apenas é necessário somente a API 12 que é fornecida pelo fabricante do software. Apesar disso no Noosfero os plugins são mantidos na linguagem Ruby, através do arcabouço Ruby on Rails e acoplados juntamente com o código principal (núcleo), dentro de uma pasta plugins, isso ajuda no controle de qualidade do código. Quando houver a necessidade de alterar o código do Noosfero, os testes dos plugins são executados para verificar se as mudanças não afetaram seu funcionamento 13. O funcionamento dos plugins é inspirado no paradigma de orientação a eventos, onde núcleo do Noosfero dispara um evento durante a execução de alguma função, e os plugins interessados nesse evento vão sobrescrever o método do core do Noosfero tratando o evento de acordo com sua implementação, funcionando como o padrão de projeto Composite. Os eventos que são chamados pelo pelo Noosfero e implementados em outras partes são chamados de hotspots Arquitetura Lógica do Noosfero Uma das desvantagens do arcabouço Ruby on Rails está em lidar com grande números de usuários, um dos motivos é o péssimo suporte para aplicações multithread 14, como foi visto no caso de estudo do Twitter 9. O Noosfero utiliza uma arquitetura lógica que tenta minimizar o processamento gasto com o carregamento de imagens, páginas, entre outros, através do sistema de Cache inteligente. Outra solução é a utilização de vários núcleos em seu servidor de aplicação, melhorando o tempo de requisição. Outro fator importante a ser ressaltado é que o Noosfero utiliza os pacotes homologados pelos desenvolvedores do Debian na versão stable (estável). Essa medida trás impactos positivos em relação a segurança do software, já que as correções de vulnerabilidades são feitas diretamente nos pacotes disponibilizados pelos desenvolvedores do sistema operacional, que geralmente são mais rápidos. Abaixo são listados alguns componentes da arquitetura lógica do Noosfero. 12 Acrônimo Application Programming Interface, que são padrões definidos por um software para utilização de seus recursos sem a necessidade de entrar na implementação do código fonte do software 13 Maiores informações em: < 14 Softwares que utilizam vários núcleos para processamento

47 4.2. A Arquitetura de Funcionamento do Noosfero 45 Varnish Varnish 15 é um proxy HTTP reverso que armazena o conteúdo (páginas, scripts, folha de scripts e imagens) requisitado no servidor, evitando múltiplas requisições desnecessárias e consequentemente fazendo com que o servidor deixe de consultar e processar o mesmo conteúdo diversas vezes. Em uma instalação padrão o Varnish não é configurado, mas é aconselhado que os servidores utilizados em modo de produção configurem e utilizem o Varnish por causa da melhoria de performance obtida com sua utilzação. Apache O Apache é um servidor web. Sua função na arquitetura do Noosfero é utilizado como servidor de proxy reverso, isto é, ele fica responsável por encaminhar as requisições recebidas para a porta 80 para uma das instâncias do Thin (que por padrão escutam na porta 50000). Thin O Thin é um servidor de aplicações que fica escutando (listening) em uma determinada porta (por padrão 50000). Após a chegada de uma requisição vinda de um cliente, uma instância do thin que está disponível se encarrega de encaminhá-la para o Noosfero que se encarrega de processá-la. O Thin suporta que duas instâncias de escuta sejam colocadas a cada núcleo de processamento do sistema hospedeiro, isso aumenta a performance e diminui o tempo de resposta da aplicação. Memcached O Memcached 16 é um sistema de cache em memória utilizado para melhorar a performance dos sites dinâmicos, cacheando objetos na memória do servidor, diminuindo a quantidade de acessos ao banco de dados. PostgreSQL O PostgreSQL 17 é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional de objetos desenvolvido como software livre. O Noosfero é homologado para uso com o banco de dados PostgreSQL. 15 Maiores informações em: < 16 Informações em: < 17 Disponível em: <

48 46 Capítulo 4. Noosfero 4.3 Entendendo o Domínio de Funcionamento do Noosfero Nessa seção será apresentada o modelo de domínio do Noosfero, essencial para o entendimento do sistema e consequentemente para a evolução do mesmo. Como o Noosfero foi desenvolvido em 2007, o esquema de funcionamento de classes possui uma pequena influência da rede social que havia mais usuários na época, o Orkut 18. Podemos citar como exemplo dessa influência, a aparência e disposição a disposição de alguns botões, o esquema de comunidade, funcionamento de perfis, entre outros. Na figura 6, é explicado o funcionamento geral do Noosfero. Figura 6 Relacionamentos entre perfis, ambientes e domínios. Extraído de (BUCHER, 2013) Como visto na seção 4.2.3, o Ruby on Rails possui suporte para múltiplos ambientes dentro de uma única instalação, ou seja, é possível ter um ou mais ambientes de rede social utilizando uma única instalação do Noosfero, basta que o ambiente criado tenha um domínio (Domain) diferente do primeiro ambiente. No Noosfero, existe uma entidade chamada Perfil (Profile), essa entidade é uma abstração de outras três outras entidades: Pessoas (Person), Comunidade (Community) e Empreendimento (Enterprise), como é visto na figura 7. A abstração consiste isolar elementos em comum dentro de uma classe pai, enquanto as especialidades são responsabilidade das classes filhas. 18 Disponível em: <

49 4.3. Entendendo o Domínio de Funcionamento do Noosfero 47 Figura 7 Relacionamento entre os tipos de perfis. Extraído de (BUCHER, 2013) Figura 8 Relacionamento entre os tipos de conteúdo do Noosfero. Extraído de (BUCHER, 2013) Ainda na figura 7 é encontrada outra abstração no código do Noosfero acontece na classe chamada de organização, que possui o comportamento comum entre comunidades (community) e (enterprise), visto na figura. A classe usuário (user) possui todas as lógicas e implementações relativas a autenticação do usuários, enquanto a classe Person possui lógicas relacionadas a rede social (amigos, manutenção de perfil, etc.), tornando o código mais fácil de ser entendido. Na figura 8 é representado os tipos de conteúdo disponíveis no Noosfero como artigos de texto, fóruns, pastas, artigo usando HTML, blogs de conteúdo, galerias de imagens, arquivos em geral e feeds de notícias. É importante ressaltar que alguns conteúdos que foram implementados no Participa.br, como é o caso do Hub ou trilhas de participação fazem parte de plugins especificos, que estendem os tipos de conteúdo disponíveis.

50 48 Capítulo 4. Noosfero 4.4 Desenvolvendo para o Noosfero Qualquer pessoa pode ajudar o desenvolvimento do Noosfero/Participa.br, pois como foi visto na seção se trata de um Software Livre. O Noosfero disponibiliza uma lista de novas funcionalidades e bugs a serem corrigidos (Issue Tracker) 19, o qual ajuda novos desenvolvedores sobre quais funcionalidades devem ser desenvolvidas. Essa lista é ilustrado pela figura 9. A Coolivre assim como a comunidade do Rails, recomendam que o desenvolvimento do código utilize a técnica de TDD 20, já que trás um código mais simples, melhor entendível e inspira confiança (BECK, 2003). Figura 9 Issue tracker do Noosfero. Após o desenvolvimento da funcionalidade para o código ser incorporado no Noosfero é necessário que o mesmo seja totalmente testado, fato esse garante que a qualidade do código se mantenha a mesma. O Noosfero utiliza testes unitários Teste responsável por testar pequenas porções do software desenvolvidas em busca da garantia que o todo está funcionando e testes funcionais 21 utilizando as ferramentas fornecidas pelo arcabouço Ruby on Rails, discutido na seção Também há testes de aceitação 19 Informações em: < 20 Test Driven Development. Disponível em: < Test_Driven_Development> 21 Testa se o comportamento do software de acordo com os requisitos planejados, colocando entradas aleatórias e esperando saídas planejadas de acordo com o software

51 4.4. Desenvolvendo para o Noosfero 49 utilizando BDD 22 através da ferramenta cumcuber, que permite a escrita de testes em linguagem natural. 22 Behavior Driven Development. Disponível em: < Behavior_Driven_Development>

52

53 51 5 Bibliotecas Digitais e Interoperabilidade Nesse capitulo será apresentados conceitos sobre bibliotecas digitais, uma das soluções encontradas para catalogação dos mecanismos formais de participação. 5.1 Conceitos Básicos Sobre Bibliotecas Digitais Uma biblioteca digital não é simplesmente uma coleção digital com ferramentas para manutenção das informações. Uma biblioteca digital é composta por um ambiente que possui coleções, serviços e pessoas apoiando um ciclo de vida de disseminação, uso e preservação do dado, informação e conhecimento. De fato, as bibliotecas digitais vêm ganhando destaque por serem capazes de agregar valor aos serviços providos pelas bibliotecas tradicionais (não virtuais). Mediante o uso de protocolos que garantem interoperabilidade (como o Z e o OAI-PMH 2 ) e de padrões para descrição de metadados estruturais, descritivos, administrativos e de preservação (RODRIGUES, 2003), as bibliotecas digitais tornaram-se suporte essencial para armazenamento, indexação, recuperação e distribuição de objetos digitais pela Internet. De acordo com a definição provida pela ARL 3, uma biblioteca digital é uma entidade que possui as seguintes características: (i) serve a vários usuários; (ii) é dirigida à tecnologia; (iii) é interligada com outras bibliotecas; (iv) é universalmente acessível; (v) não é limitada à digitalização de objetos impressos existentes; e (vi) pode ser provida de conteúdos multimídia que existam apenas em um ambiente digital. Por sua vez, bibliotecas digitais não são apenas bibliotecas com conteúdo definido, mas entidades que têm uma variedade de propósitos e funções, dentre eles: (i) preservar objetos de informação; (ii) implantar melhorias na acessibilidade de materiais informacionais; (iii) integrar vários formatos de informação, sejam eles textuais, imagens e vídeos numa única coleção; e (iv) prover ferramentas de educação. Os objetos comportados em bibliotecas digitais representam artefatos que podem ou não terem sido captados do mundo real e existem modelos estabelecidos para a definição desses artefatos, como a proposição feita por (KURAMOTO, 2014), e que está ilustrada na figura 10. Segundo (ARMS, 2000), ele ressalta que uma biblioteca digital é tão boa quanto assim for a sua interface, pois ela melhora a comunicação e reduz o esforço necessário para 1 Disponível em < 2 Informações disponíveis em < 3 ARL ou Association of Research Libraries é uma organização composta por inúmeras instituições de pesquisa na área de Ciência da Informação principalmente Estados Unidos e Canadá, cujo objetivo é promover pesquisas, recomendar padrões e integrar as instituições envolvidas. Mais informações podem ser encontradas no endereço

54 52 Capítulo 5. Bibliotecas Digitais e Interoperabilidade compreender a organização estrutural e espacial dos conteúdos, localizar objetos digitais específicos no sistema e nas telas, além de proporcionar uma navegação fácil. Figura 10 Componentes de um artefato digital. Adaptado de (KURAMOTO, 2014) Um objeto digital é a unidade básica de informação de uma biblioteca digital, em conjunto com os seus metadados e demais atributos, conforme está descrito na Figura 10. Ainda de acordo com a figura 10, os artefatos digitais devem possuir: (i) uma assinatura digital como forma de certificação do produto; (ii) uma identificação do tipo de conteúdo que possui; (iii) os metadados descritivos, estruturais e administrativos; (iv) os direitos de acesso; (v) um controle de acessos e, finalmente (vi) uma identificação única. Abaixo é descrito cada um desses componentes: Identificação - Cada item tem que possui um identificador único, que é uma propriedade que distingue um objeto dos demais. Esse identificador pode ser um campo incremental, algum número de identificação único (CPF ou CNPJ), as iniciais do artefato (slugs), entre outros. Transações - É responsável por identificar e guardar em um arquivo de log (registros), número de acessos a determinado artefato digital, quais itens do artefato digital foram acessados, etc. Propriedades - Elas identificam quais são as diretivas de acesso para determinado artefato digital, no caso o artefato pode ser visualizado publicamente ou ter uma lista de determinados usuários que podem acessar o mesmo. Também identifica as permissões de controle a esse item artefato (ler, editar, deletar). A propriedade identifica também qual será o caminho utilizado para se chegar a determinado artefato digital e como é feita a divisão do mesmo. Os métodos de acesso devem ser

55 5.1. Conceitos Básicos Sobre Bibliotecas Digitais 53 compatíveis com a forma de representação e devem atender a um público variado. Portanto, interfaces amigáveis (sistemas IHC Interactive Human-Computer) para os diferentes tipos de usuário precisam ser contemplados. Metadados - Os metadados descrevem as características de um artefato digital 4. Conteúdo - O conteúdo é algo que faz parte de um artefato digital. Um artefato digital pode ser composto de vários tipos de conteúdo (áudio, vídeo, imagem, textos, etc.). Assinatura - A assinatura digital garante a autenticidade daquele artefato digital. Ele garante que o item acessado possui veracidade em suas informações, além de garantir também que as informações acessadas pelo usuários são integras (nada foi perdido). Para uma prova de conceito da versão da biblioteca digital do Participa.br que será vista na subseção 6.4, a identificação é composta por um campo que auto incrementa a cada novo canal de participação cadastrado. As transações são compostas pelos logs de acesso do próprio apache, que fornece os dados de acesso dos usuários 5. As propriedades de acesso definidas para os itens são (i) público - qualquer usuário pode acessar o item e (ii) privada - somente usuários permitidos em uma lista podem acessar o item. Os Metadados serão explicados na subseção 6.2, onde será feita uma relação com os metadados DC, com os metadados do Participa.br. Em relação ao tipo de conteúdo, somente os no formato de texto digital(hmtl, TXT e PDF) foram relevados, no entanto, já foi levantado que existem conselhos e conferências que disponibilizam vídeos e áudios de suas reuniões. A assinatura digital não foi disponibilizada nessa primeira prova de conceito, já que serão feitas futuras reuniões com os gestores da SGPR com vistas de verificar a necessidade de implementação de assinaturas. De acordo com o que está apresentado na figura 11, o projeto de interface é parte integrante do modelo conceitual do sistema, juntamente com o projeto funcional que especifica as funções a serem oferecidas aos usuários e ao projeto dos metadados associados aos dados que especificam a estrutura e a organização e descrição do conteúdo (ARMS, 2000, pp )(FERREIRA; SOUTO, 2006, pp. 190). 4 Visto mais detalhadamente adianta, na seção Os logs do Apache não fornece detalhes sobre os acessos sobre cada artefato digital, isso será implementado

56 54 Capítulo 5. Bibliotecas Digitais e Interoperabilidade Figura 11 Modelo conceitual para projeto de bibliotecas digitais. Extraído de (ARMS, 2000, p. 144) Para o caso dos canais de participação social, esse modelo também pode ser usado como referência, dada a variedade de possibilidades de acesso, tipos de usuários e formas de representação dos artefatos digitais. Tais possibilidades impactam diretamente na construção das interfaces de acesso, dando origem a paradigmas que permitem expressões de busca diferenciadas. Ainda de acordo com esse o modelo ilustrado pela figura 11 faz-se documentar todas as fases de implementação uma biblioteca completa. Apesar dessas documentação ficar escondida dos usuários, elas ajudam a criar um sistema com os módulos (busca, navegação, catalogação e demais) totalmente integrados, além de ajudar os usuários com uma sistema mais harmônico e robusto, consequentemente, tendo uma confiança na utilização do sistema pelo usuário. As figuras 12 e 13 representam os sistemas compostos pela arquitetura e os entregáveis de uma arquitetura, respectivamente.

57 5.1. Conceitos Básicos Sobre Bibliotecas Digitais 55 Figura 12 Identificação dos principais componentes de um site. Adaptado de (ROSENFELD; MORVILLE, 2002) De acordo com a figura 12, representa a arquitetura de informação de um sistema. Se faz necessário ter uma documentação sobre a arquitetura de informação do sistema para os usuários terem um melhor entendimento, facilitando a interação do usuário com a biblioteca. Um sistema de busca não é composto somente por uma interface bonita ou um bom motor de busca, mas por todo um conjunto integrado. O usuário tem que ser capaz de pesquisar qualquer tipo de conteúdo e ordena-lo de forma que achar melhor e os resultados precisam ser apresentados de forma satisfatória. Para isso é necessário catalogar os artefatos digitais, pois isso ajuda na indexação da pesquisa, assim como ampliar o sistema para permitir o vocabulário semântico. Também é necessário planejar o esquema de navegação da biblioteca, deixando os menus organizados para que facilite a utilização do site pelo usuário.

58 56 Capítulo 5. Bibliotecas Digitais e Interoperabilidade Figura 13 Entregáveis de uma biblioteca. Adaptado de (ROSENFELD; MORVILLE, 2002) A figura 13 mostra os entregáveis de uma biblioteca, são utilizados para um entendimento melhor do sistema a ser produzido. Os Blueprints, também chamados de mapa do site são uma espécie do funcionamento de toda a arquitetura de informação presente no site. Eles mostram as relações de caminho entres as páginas e seus componentes. Os Wireframes descrevem uma página individual, mostrando todos os conteúdos e arquitetura da informação relacionados com a página através de um protótipo. Esse protótipo pode dizer quais informações podem ser informadas para o usuário e servir de insumo para o sistema final. Os vocabulários controlados permitem que um item seja encontrado através de palavras relacionadas, isso ajuda o cliente em interfaces de busca. Um exemplo de vocabulário controlado é um tesauro 6. O esquema de metadados, explicado mais detalhadamente na seção 5.2 ajudam a catalogar melhor os objetos digitais, fazendo com que a indexação de busca seja melhor. Nesse primeiro trabalho, foram levantados alguns metadados com base no catálogo de mecanismos formais, disponível no Anexo C. O produto de cada catalogação gerou um primeira versão do esquema de metadados, que é visto na seção 5sub:metadadospbr. Apesar de não ser necessariamente um Wireframe, o primeiro protótipo da biblioteca digital de participação social visto na seção 6.4 pode ser entendido como um, já que apresenta uma interface inicial onde há a exibição de conteúdos para os usuários. 6 Maiores informações em: <

59 5.2. Padrões de metadados para catalogação e sistematização de dados Padrões de metadados para catalogação e sistematização de dados Na biblioteconomia, o metadado é dado estruturado que compartilha diversas características similares para a catalogação e descrevem as características de um determinado recurso informacional. Um registro de metadados consiste em um número predefinido de elementos que representam atributos específicos de um objeto e cada elemento pode estar associado a um ou mais valores. Os esquemas de metadados devem possuir (independente da área de conhecimento) um número limitado de elementos, o nome de cada elemento e o significado de cada elemento. Dentre os benefícios de metadados na web, pode-se citar os seguintes: (i) são estruturados e formam a base para o desenvolvimento de sistemas de busca, (ii) podem ser convertidos para outros formatos, ou seja, interoperar com diferentes protocolos de busca e recuperação, (iii) tornam mais fácil a extração de conteúdo por engines de busca (SEOs) e (iv) facilitam o gerenciamento do sistema de informação (com os metadados administrativos) porque ajudam a avaliar quando os recursos devem ser revistos ou removidos da base de dados. Em relação agrupamento dos elementos de metadados de um recursos computacional (classificação), podem ser classificados em: Descritivos Passíveis de uso por sistemas de busca. Por exemplo o título, a descrição, URI, autor, idioma, formato de arquivo; De assunto (Relacionados à atividade de indexação) descrevem o conteúdo do documento, tais como as palavras-chave, os códigos e sistemas de classificação, termos do tesauro ou cabeçalho de assuntos; e Administrativos que facilitam a organização e administração do sistema de informação. Exemplos incluem o responsável pela manutenção do documento, data de adição do documento, data de expiração, dentre outros. Do ponto de vista do grau de dificuldade de uso dos padrões, os metadados, podem ser classificados em formatos de bandas um, dois e três (FEITOSA, 2006). Os formatos de metadados de banda um envolvem a indexação automática de texto integral, e em geral é feito por softwares proprietários, portanto não acessíveis para manipulação. Os formatos de banda dois permitem a descrição que não exige grande especialidade para sua aplicação enquanto os formatos de banda três são aqueles que provêem uma descrição mais especializada, geralmente descrita segundo padrões estabelecidos, como o AACR2 (vide exemplo na figura 14).

60 58 Capítulo 5. Bibliotecas Digitais e Interoperabilidade Figura 14 Ficha catalográfica considerando as recomendações AACR2 Percebe-se que as descrições são para especialistas na área de catalogação e são feitas com domínio sobre os formatos e sobre as regras de classificação associadas. Um exemplo de catalogação na banda três está apresentado na figura 15, com a descrição de um registro no formato MARC, de uso comum por profissionais da área da Biblioteconomia. Figura 15 Exemplo de descrição bibliográfica em formato MARC Em função das características citadas, para o catalogação dos dados do Participa.br sugere-se a utilização dos formatos de banda 2, mais especificamente o Dublin Core,

61 5.2. Padrões de metadados para catalogação e sistematização de dados 59 que deve ser tomado como referência para criação de qualificadores para os conteúdos de participação social. O Dublin Core é interessante porque envolve um conjunto de dados padronizados para descrição de recursos na web. Caracteriza-se por sua utilidade e flexibilidade na representação dos dados e contém 15 elementos na sua composição básica, conforme exemplo descrito na figura 16. Esse padrão é acordo conceitual sobre termos de fácil uso e não necessita ser especializado no processo de catalogação para descrição dos recursos na web. Figura 16 Exemplo de escrição bibliográfica em formato Dublin Core

62

63 61 6 Biblioteca Digital do Participa.br Nesse capítulo será apresentado alguns resultados dos levantamentos iniciais sobre os mecanismos formais de participação, além de apresentar um primeiro protótipo sobre a biblioteca digital do Participa.br. Para esse primeiro protótipo, os metadados considerados serão apresentados na seção 6.2. Mais adiante uma proposta para interoperabilidade do Participa.br (Noosfero) e a biblioteca digital através de um plugin que implementa o protocolo OAI-PMH é visto na seção 6.3. Já o primeiro protótipo da biblioteca digital de participação social é visto na seção 6.4. Também constam recomendações e sugestões sobre preservação de artefatos digitais visando uma sobrevida maior, e beneficiando não somente documentos textuais, mas todo e qualquer tipo de informação multimídia (áudio, vídeo, imagem, etc.). 6.1 Arquitetura da informação sobre participação social Atualmente não existe um lugar centralizado para os usuários buscarem informações sobre os mecanismos formais de participação. Cada órgão possui seu próprio repositório de informações, disponibilizados em diversas formatos digitais, sendo elas: planilhas, documentos, páginas HTML, entre outros. Muito desses órgãos disponibilizam informações desatualizadas e incompletas, outros já disponibilizam os dados de formas estruturadas e completas como no caso do Conselho Nacional de Saúde. Aliado ao crescente número de mecanismos formais de participação durante a última década, ficou evidente que encontrar informações sobre esses mecanismos se torna dispendioso. Por isso é necessário criar um canal onde os usuários possam acessar todos os dados de maneira centralizada, e que as informações sobre os mecanismos formais possam estar sempre atualizadas, tudo isso dentro do Participa.br. Para criação desse canal centralizado para disponibilização dos mecanismos formais de participação foi feito um primeiro levantamento. Esse levantamento levou em consideração as informações disponibilizadas nos diversos portais dos canais de participação (mais especificamente sobre conselhos, conferências e ouvidorias) e nas entrevistas que foram realizadas durante o período de confecção da primeira versão desta monografia. Após esse levantamento inicial, foi notado que os sites são muito heterogêneos e que a estrutura assumida por cada canal é peculiar àquele site. De um modo geral, as informações de participação social incorporam páginas web e arquivos textos com a maior parte das informações. Além dessa forma, muitos sites contém arquivos multimídia contendo áudio, vídeo e imagens como documentários sobre as reuniões dos conselhos,

64 62 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br palestras, entre outros, que podem ser colocados para visualização dos usuários. É importante ressaltar que, num primeiro momento, para apresentação do protótipo, foram considerados apenas alguns objetos digitais construídos especialmente para essa biblioteca digital cujos conteúdos são exatamente as informações essenciais do canal de informação, tais como o URL, os dados do gestor e outras informações relevantes. Portanto, esse foi o nível de granularidade definido para o objeto digital nesse primeiro protótipo de biblioteca digital. 6.2 Metadados de participação social A fim de atender ao propósito dessa pesquisa, foi feito um levantamento nos principais mecanismos formais de participação, a fim de identificar quais seriam os metadados relevantes a serem incluídos na biblioteca digital do Participa.br. Além desse levantamento em sites, alguns gestores foram consultados para que opinassem sobre que tipo de informações eles gostariam de ver respondidas com a biblioteca digital. O resultado desse levantamento permitiu elencar os metadados que estão apresentados nas Tabelas 1 a 4 para conselhos, conferências e ouvidorias, considerados os principais canais de participação para efeito de teste da biblioteca digital que está sendo proposta. Na tabela abaixo serão apresentados os metadados significativos para conselhos, conferências e ouvidorias que tem uma correlação com metadados do padrão Dublin Core.

65 6.2. Metadados de participação social 63 Metadado DC Descrição Nome dc.title Nome do Conselho Órgão vinculado dc.creator Órgão o qual aquele canal formal faz parte. Assuntos relacionados dc.subject Palavras chaves que relacionam ao canal formal. Descrição dc.description Uma pequena descrição, finalidade ou objeto o qual aquele canal formal está ligado. Date dc.date Data de criação do canal de participação. Tipo dc.type Tipo de caráter que o canal de participação possui (representativa, consultiva, deliberativa, participativa, etc.). Site dc.identifier URL/URI do canal de participação. Sítio Eletrônico onde se encontra a página do canal formal de participação. Linguagem dc.language Linguagem utilizada descrição do canal formal de participação (previsão para outras linguagens no futura.) Canais Semelhantes dc.relation Define ligação entre canais formais. Licença de utilização dc.rights Tipo de licença para divulgação do conteúdo daquele canal. Tabela 1 Metadados Participa com Relação DC para Conselhos, Conferências e Ouvidorias Na tabela 2 estão os metadados definidos que não possuem qualquer relação com o Dublin Core. Ou seja, são metadados locais que não serão interoperáveis fora do contexto dos canais de participação social que estiverem conectados à rede de bibliotecas digitais planejada para o Participa (essa discussão será feita mais adiante na seção 7).

66 64 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br Metadado pbr.sigla pbr.competencia pbr.composicao pbr.escolha pbr.mandato pbr.legislacao pbr.endereco pbr.dtreuniao Descrição Sigla do mecanismo formal de participação Competências e atribuições a qual o conselho responde, geralmente regidas em lei. Composição entre os membros de um conselho, também geralmente são regidas em lei (Por exemplo: membros da sociedade civil, membros da esfera pública). Forma de escolha dos membros (Por exemplo: votação, indicação, etc.). Nome das pessoas que estão fazendo parte do conselho em um determinado tempo. Todas as leis (Leis, decretos, portarias, etc.) que estão relacionados aquele conselho. Esse metadado possui informações sobre o endereço físico a qual aquele conselho está instalado (Bairro, Cidade, CEP, Rua, etc.) e também inclui informações sobre telefone e do conselho. Data de reuniões, audiências, etc. Tabela 2 Metadados Participa para conselhos Na tabela 3 estão apresentados os metadados significativos para conselhos e que tem uma corelação com metadados do padrão Dublin Core.

67 6.2. Metadados de participação social 65 Metadado pbr.sigla pbr.competencia pbr.tema pbr.composicao pbr.legislacao pbr.endereco pbr.dtreuniao Descrição Sigla do mecanismo formal de participação Competências e atribuições a qual o conferência responde, geralmente regidas em lei. Tema central daquela conferência. É composto pelos membros que fizeram parte da edição daquela conferência. Todas as leis (Leis, decretos, portarias, etc.) que estão relacionados aquela conferência. Esse metadado possui informações sobre o endereço físico a qual aquele conselho está instalado (Bairro, Cidade, CEP, Rua, etc.) incluso informações sobre telefone e do conselho. Possui a data de reuniões, audiências, etc. Tabela 3 Metadados Participa para conferências Na tabela 4 contém metadados locais para catalogação de informações sobre ouvidorias. Assim como nas conselhos e conferências, alguns significados são compatíveis. Metadado pbr.sigla pbr.competencia pbr.responsaveis pbr.legislacao pbr.endereco Descrição Sigla do mecanismo formal de participação Competências e atribuições a qual a ouvidoria responde, geralmente regidas em lei. Nome das pessoas responsáveis pela ouvidoria. Todas as leis (Leis, decretos, portarias, etc.) que estão relacionados com aquela ouvidoria. Informações sobre o endereço físico a qual aquele conselho está instalado (Bairro, Cidade, CEP, Rua, etc.) incluso outras informações, como telefone e do conselho. Tabela 4 Metadados Participa para Ouvidorias Em versões futuras dessa biblioteca digital serão tratados objetos multimídia tais como filmes e fotos para que esses também possam ser localizados na biblioteca digital. Além disso, pretende-se criar um thesaurus, e um vocabulário controlado para melhorar o proecesso de busca indexada. Do ponto de vista das consultas, foram pensadas inicialmente

68 66 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br a apresentação dos canais formais com base nos seguintes alternativas de chegada às informações dos canais formais: Relação de canais formais por tipo (conferência, conselho, ouvidoria, etc). Relação de canais formais por ordem alfabética (independente do tipo de canal formal). Relação de canais formais por ordem cronológica de criação. Relação de canais formais pela origem (por ministério, por exemplo). Relação de canais formais por região/estado Relação de canais formais por assunto (mais social, mais ligado a questões políticas, etc.). Os dados dos canais formais serão apresentados em níveis para facilitar o acesso às informações. No primeiro nível sugere-se a apresentação dos metadados essenciais, como o índice geral, o link para tela principal do canal de participação e outras informações essenciais como o nome e a eventual sigla do canal. No segundo nível será aberto um detalhamento maior contendo as informações essenciais que foram recuperadas das páginas de rosto de cada canal. Nesse caso, aparecem informações sobre a legislação essencial, sobre os coordenadores e seus dados de acesso (telefone, endereço, etc). Será dada ainda a opção de apresentação de um terceiro nível, onde for necessário, com a informação completa do site recuperada e inserida dentro da biblioteca digital. Dessa forma, o usuário pode realizar consultas de formas variadas e poderá inclusive chegar na página web do canal sem precisar passar pelos passos anteriores. 6.3 Interoperabilidade entre o Participa e canais de participação social Como prova de conceito, num primeiro momento foi elaborado um protótipo de biblioteca digital na versão centralizada com uso de software livre, mais especificamente de algum dos softwares levantados e listados no Anexo B deste documento (maiores detalhes sobre essa construção estão descritas na seção 6.4). No entanto, em função da dinâmica de modificação das informações de participação social, é importante assumir a estratégia de se criar um modelo de interação entre os canais de participação social e o portal Participa.br, considerando os primeiros como provedores de dados e o portal como um provedor de serviços, como está representado na figura 17.

69 6.3. Interoperabilidade entre o Participa e canais de participação social 67 Figura 17 Modelo de comunicação OAI-PMH entre o portal e os canais de participação. Extraído de (OLIVEIRA, 2009) Nessa figura, os canais de participação conteriam em seus portais, um módulo de biblioteca digital que seria elaborado como produto dessa monografia e distribuído para eles via promoções feitas pelos gestores responsáveis pelo acompanhamento dos canais formais, por exemplo. Com esse módulo acoplado, os canais de participação passam a ter um site pré-configurado e pronto para comportar informações relevantes de uso interno e externo, pelo preenchimento de metadados ou informações tais como telefones de contato, nomes dos conselheiros, reuniões, atas de reuniões e outras informações em formatos variados que possam e necessitem ser catalogadas localmente. Por outro lado, o portal Participa terá acoplado a si um módulo da biblioteca digital que o tornará um provedor de serviços capaz de interagir com os provedores de serviço e coletar metadados essenciais sobre cada um desses provedores de dados, por meio do protocolo de harvesting OAI-PMH. Dessa forma, o Participa poderá auxiliar os canais de participação na organização de seus conteúdos de informação e, ao mesmo tempo, poderá ser um provedor de informações atualizadas sobre os diversos canais de participação, uma vez que as colheitas de dados nos provedores podem ser feitas em qualquer instante desejado. Vale lembrar que o OAI-PMH foi preferido em relação aos outros padrões, como é o caso do Z39.50, porque permite escalabilidade e uma maior liberdade de troca de informações e uma interoperabilidade com baixo grau de envolvimento entre as partes, preservando, dessa forma, a autonomia de cada um dos canais de participação. No caso do

70 68 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br OAI-PMH, este padrão foi escolhido já como padrão a ser utilizado para implementação. No entanto, para viabilizar essa solução, é importante que, após definida a interface da biblioteca digital, haja uma campanha de distribuição dessas bibliotecas entre os canais de participação interessados, preferencialmente criando-se elementos de motivação que incentivem a adoção máxima desse ambiente de organização de conteúdos e interoperabilidade. 6.4 Proposta de interface para a biblioteca digital Tomando como referência os levantamentos de software descritos no Anexo B deste documento e nos softwares apresentados na sub-seção seguinte, foi elaborada uma ideia inicial sobre uma biblioteca digital de participação social na intenção de prover, numa estrutura única, os requisitos de sistematização e catalogação colocados na descrição desse produto. Dentre os softwares testados (vide Anexo B deste documento), houve dúvidas entre se utilizar o Greenstone ou o Omeka como infra-estrutura básica para construção da biblioteca digital de participação social e do protótipo que seria apresentado nesse documento. Por esse motivo, foram feitas customizações nesses dois ambientes a fim de identificar elementos que pudessem balizar a escolha, tais como facilidade de uso, características relevantes para o contexto da biblioteca, dentre outros. As funcionalidades do Greenstone, do Omeka e dos demais softwares testados estão melhor descritas no Anexo B deste documento. Além disso, outros softwares de bibliotecas digitais foram investigados e estão listados nesse mesmo Anexo. No protótipo de biblioteca digital foram inseridas todas as informações consideradas relevantes e de acordo com as definições que foram listadas no Capítulo 5. No Anexo C foram colocados apenas alguns exemplos de canais de participação para que se possa ter uma ideia do material disponível. A eficiência de localização e busca de dados sobre participação pode ser experimentada com uso deste protótipo de biblioteca digital criado. Protótipo das telas Para o protótipo apresentado aqui, o Omeka foi escolhido por ser bastante simples em questões de configuração e customização, pois utiliza tecnologias recentes como CSS3 e HTML5 em várias partes de seus temas. No entanto, na versão final desse trabalho pretende-se avaliar outros ambientes para garantir a melhor escolha para o produto de catalogação.

71 6.4. Proposta de interface para a biblioteca digital 69 Informações gerais Foi definido um cabeçalho de acordo com e-mag (2013), que é uma série de passos e recomendações para que os portais brasileiros sejam implementados de forma padronizada, de fácil implementação, coerente com as necessidades brasileiras e em conformidade com os padrões internacionais. A primeira versão do e-mag foi disponibilizada para consulta pública em 18 de janeiro de 2005 e a versão 2.0 já com as alterações propostas, em 14 de dezembro do mesmo ano. Atualmente, o e-mag encontra-se na versão 3.1 (última versão em dezembro de 2013). Ainda de acordo com e-mag (2013) foi formulado um cabeçalho, a imagem ilustrada na figura 18 mostra o mesmo. Figura 18 Cabeçalho da interface da biblioteca de participação social. No menu existem várias opções de acessibilidade, que ajudam os usuários portadores de necessidades acessar de forma mais facilitada a biblioteca de mecanismos formais de participação. Para rodapé apresentado na figura 19 foi utilizado o padrão que há no portal Participa.br, visto que a idéia é fazer que o usuário não perceba que ele está utilizando outro software. Como complemento do rodapé, existe uma referência para o site oficial do Brasil, outra referência para o site Secretaria Geral da Presidência da República, além da referência ao software utilizado (Omeka) e a licença que está sendo utilizada. Figura 19 Rodapé da interface da biblioteca de participação social. A figura 20, possui um menu vertical onde os usuários possam acessar as funções com mais rapidez e facilidade.

72 70 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br Figura 20 Menu vertical da biblioteca de participação social. Uma das vantagens do Omeka é a personalização desse menu. Através do painel de administração é possível adicionar e remover opções do menu vertical. Existem vários tipos de customização para o menu vertical, entre eles, podemos adicionar links para visualizar todos os itens disponíveis da biblioteca (Ver itens), assim como especificar todos os itens de uma só coleção (Conselhos, Conferências e Ouvidorias). Uma página sobre, que vai conter todas as informações sobre a biblioteca digital e uma busca avançada, onde o usuário vai poder realizar uma busca mais refinada. Página inicial A página inicial contém uma descrição sobre a biblioteca digital. Na figura 21 é apresentada uma sugestão inicial de como funcionará a biblioteca de mecanismos formais de participação do Participa.br, assim como uma descrição de cada parte da página. Figura 21 Descrição de uma coleção na biblioteca do Participa.br.

73 6.4. Proposta de interface para a biblioteca digital 71 1 Título da biblioteca Nessa parte é informado o título da biblioteca. Esse título é informado através do painel de administração da ferramenta. 2 Descrição da biblioteca Contém uma pequena descrição do objetivo daquela biblioteca para que o usuário possa entender mais sobre a mesma. 3 Menu Slider em jquery Esse menu funciona como acesso rápido para que os usuários possam acessar as coleções de canais formais (Conferência, Conselhos e Ouvidorias). Caso sejam adicionados novos canais formais, o menu alterna entre eles. 4 Itens em Destaques Local onde os canais que estão tendo algum tipo de evento naquele determinado dia/semana/mês, pode ser colocado reuniões, encontros, mutirões, entre outros. 5 Exposição em Destaque Local onde ficam exposta exposições. Uma exposição é composta por itens que possuem assuntos correlatos, por exemplo, é possível juntar o Conselho Nacional de Saúde, a Conferência Nacional de Saúde e a Ouvidoria do Ministério da Saúde e criar uma exposição chamada saúde. 6 Itens Adicionados Recentemente Nesse etapa, podemos visualizar os itens que acabaram de ser atualizados, isso também ajuda o usuário a perceber a movimentação do portal em relação a atualizações. 7 Listagem de um item na biblioteca Nessa listagem os usuários podem verificar o item brevemente. No entanto ao clicar no título é possível acessar o item e todas as suas informações. Acesso a um item O acesso a um item é realizado acessando uma coleção. que quando acessado, apresenta todos os itens que compõe aquela coleção são apresentadas na sua forma resumida, conforme será visto na figura 23

74 72 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br Figura 22 Detalhamento de um coleção na biblioteca digital. Ao acessar um item da coleção acessada, são informados todos os metadados cadastrados para aquele item. No caso da biblioteca de mecanismos formais de participação, serão informados todos os dados cadastrados do respectivo mecanismo, seja ele conselho, conferência, mesa de diálogo, entre outros. O padrão da ferramenta é informar primeiramente: (i) os metadados do tipo Dublin Core que foram cadastrados e (ii) metadados customizados da ferramenta. Essas informações podem ser visualizadas na figura da figura 23. O Omeka fornece plugins para enriquecer a visualização. Com isso é possível adicionar geolocalização através do Google Maps, pré-visualização de documentos no estilo Google Docs e Microsoft OneDrive 1, além de extração de PDFs em textos pesquisáveis. Adicionalmente, pode-se enriquecer a visualização da página através do plugin Exhibit Builder 3.0, que é disponibilizado na parte de plugins do Omeka 2. Através desse plugin é possível definir um esqueleto para a visualização dos items sem a necessidade de intervir no código fonte, logo é possível definir um esqueleto para a catalogação de um canal formal e replicar nos demais. 1 Maiores maiores detalhes em <Vhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Microsoft_OneDrive.> 2 Maiores maiores detalhes em <

75 6.4. Proposta de interface para a biblioteca digital 73 Figura 23 Descrição de um item na biblioteca do Participa.br. Buscas A biblioteca fornece duas opções de busca, entre elas, uma busca simples e outra avançada na qual o usuário pode fazer uma busca mais refinada do que se está pesquisando. Em relação à busca simples, essa pode ser feita diretamente na barra superior do portal, como ilustrado na figura Figura 24 Busca simples da Biblioteca Digital.

76 74 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br Nesse caso, o usuário pode fazer sua busca diretamente no cabeçalho da biblioteca digital do Participa, que contém as informações sobre redes sociais e opções de acessibilidade, além da "barra Brasil". Quando o usuário digita algo, o sistema realiza essa pesquisa comparando a palavra digitada com todos os textos dos canais formais (incluindo arquivos, caso seja escolhido o plugin), contendo a palavra pesquisada. Essa pesquisa, no entanto, não filtra nenhum tipo de metadado. A partir da barra vertical da biblioteca de canais formais do Participa.br é possível acessar a busca avançada, em que os usuários podem realizar busca filtrando os metadados, escolhendo determinada coleção (ouvidoria, conselho, conferência, etc.), entre outros. Existe uma série de combinações que podem ser feitas para que o usuário consiga encontrar o seu conteúdo de maneira mais fácil. No caso do servidor de testes utilizados para fazer essa biblioteca, a busca está disponível no endereço: /items/search. Nas figuras que se seguem estão representadas as telas com sugestões de funcionamento da busca, assim como a descrição de cada filtro de busca. Figura 25 Tela de Busca Avaçanda da Biblioteca Digital. Essa busca oferece diversos filtros para que o usuário ache somente o que está pro-

77 6.4. Proposta de interface para a biblioteca digital 75 curando. Nesses filtros, o usuário pode detalhar a busca por palavras-chaves, coleção, por qual usuário subiu o conteúdo, entre outros. Esses filtros estão detalhados e apresentados nas figuras 25 a 35. Figura 26 Tela de busca por Palavras-Chaves. A busca por palavras-chaves é uma ou mais palavras que resumem os temas principais de um texto. Essas palavras-chaves são um resumo da descrição de cada canal formal na Biblioteca Digital. Por exemplo, caso o usuário decida pesquisar sobre saúde ou qualquer coisa que remeta ao tema saúde, a biblioteca digital vai apontar para o Conselho Nacional de Saúde e demais relacionados com as palavras pesquisadas. Ela é semelhante a busca simples. Figura 27 Tela de Busca por Palavras-Chaves. O filtro de campos específicos é utilizado para o usuário filtrar um metadado específico e verificar: (i) se contém o texto pesquisado, (ii) não contém, (iii) se é vazio, (iv) se não é vazio ou (v) procurar se é exatamente aquela palavra que o usuário está pesquisando. É possível por exemplo, um usuário pesquisar o nome exato de uma pessoa e verificar se ele compõe a gestão de um conselho. Pode-se também verificar se o endereço físico de um mecanismo formal está correto. Também é possível colocar vários filtros, basta para isso adicionar mais campos a sua busca.

78 76 Capítulo 6. Biblioteca Digital do Participa.br Figura 28 Tela de Busca por Identificadores. É também possível fazer busca por identificadores. Nessa caso, cada entrada na biblioteca digital, seja ela um conselho, ouvidoria, conferências, entre outros, é atribuído um ID único. Esse ID é observado quando se acessa um registro na biblioteca. Analisando o endereço da página ao acessar items/show/1 e o número no final do endereço que significa o ID daquele registro. Podemos fazer uma pesquisa filtrando apenas os ID s que nos interessam. Por exemplo, queremos os 30 primeiros itens, ou um intervalo entre 20 e 30. Uma outra busca possível é por coleção, conforme apresentado na figura 29, no qual se escolhe qual tipo de canal formal se quer que seja pesquisado. Por exemplo, pode-se pesquisar por somente Conselhos, Conferência, Ouvidoria, ONG s, entre outros. Figura 29 Tela de Busca por Coleção. Isso ajuda caso o usuário deseje procurar sobre a Conferência Nacional de Saúde e não sobre o Conselho Nacional de Saúde, apesar dos dois terem temas semelhantes. Figura 30 Tela de Busca por Tipo de Metadado. A busca por tipo funciona como uma busca por metadados definidos pelo administrador da Biblioteca Digital. Nas seções anteriores, foram definidos um conjunto de

79 6.4. Proposta de interface para a biblioteca digital 77 metadados para o Participa, como metadados de conselho, metadados de conferência e metadados de ouvidoria. Nessa busca por tipo, é possível escolher cada tipo desses citados anteriormente, conforme apresentado na figura 30. Figura 31 Tela de Busca por Criador do Conteúdo. No filtro apresentado na figura 31, é possível selecionar o usuário que criou aquele conteúdo. Por exemplo, pode-se escolher os conteúdos criados pelo Ministério da Saúde, logo teremos o Conselho Nacional de Saúde, Conferência Nacional de Saúde e a Ouvidoria do Ministério da Saúde. Figura 32 Tela de Busca por Tags. Na figura 32, existe uma busca por tag, ou seja, um conjunto de palavras-chaves (relevante) ou termos associados com um registro na biblioteca digital. Nessa busca podese escolher uma série de palavras-chaves que são relacionadas ao conteúdo que está send pesquisado. A maioria dessas tags são definidas na descrição de cada canal formal. Nessa busca, pode-se realizar a busca do Conselho Nacional de Educação através das tags relacionadas para esse conteúdo: educação, ensino, escola, aprendizado, entre outros. Figura 33 Tela de Busca por Conteúdo Público ou Particular.

Política Nacional de Participação Social

Política Nacional de Participação Social Política Nacional de Participação Social Apresentação Esta cartilha é uma iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência da República para difundir os conceitos e diretrizes da participação social estabelecidos

Leia mais

COLIVRE Cooperativa de Tecnologias Livres www.colivre.coop.br contato@colivre.coop.br Telefone: (71) 3011-2199 CNPJ: 07.970.

COLIVRE Cooperativa de Tecnologias Livres www.colivre.coop.br contato@colivre.coop.br Telefone: (71) 3011-2199 CNPJ: 07.970. Razões para usar Noosfero como plataforma de rede social da USP COLIVRE Cooperativa de Tecnologias Livres www.colivre.coop.br contato@colivre.coop.br Telefone: (71) 3011-2199 CNPJ: 07.970.746/0001-77 Contato:

Leia mais

Anexo I Formulário para Proposta

Anexo I Formulário para Proposta PLATAFORMA CGI.br Solicitação de Propostas SP Anexo I Formulário para Proposta Data: 05/07/2013 Versão: 1.1 Plataforma CGI.br Solicitação de Propostas - SP Anexo I Formulário para Proposta 1. Estrutura

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

O QUE É O SITE MUNÍCIPIOS?

O QUE É O SITE MUNÍCIPIOS? O QUE É O SITE MUNÍCIPIOS? Apresentação Histórico Estratégia de comunicação e políticas para promoção do municipalismo forte e atuante A atuação da Confederação Nacional de Municípios na comunicação pública

Leia mais

TUTORIAL DO ALUNO. Olá, bem vindo à plataforma de cursos a distância da Uniapae!!!

TUTORIAL DO ALUNO. Olá, bem vindo à plataforma de cursos a distância da Uniapae!!! TUTORIAL DO ALUNO Olá, bem vindo à plataforma de cursos a distância da Uniapae!!! O Moodle é a plataforma de ensino a distância utilizada pela Uniapae sendo a unidade de ensino para rápida capacitação

Leia mais

1ª CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MIGRAÇÕES E REFÚGIO. Maio 2014 - São Paulo, Brasil PASSO A PASSO PARA CONFERÊNCIAS LIVRES COMIGRAR

1ª CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MIGRAÇÕES E REFÚGIO. Maio 2014 - São Paulo, Brasil PASSO A PASSO PARA CONFERÊNCIAS LIVRES COMIGRAR 1ª CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MIGRAÇÕES E REFÚGIO Maio 2014 - São Paulo, Brasil PASSO A PASSO PARA CONFERÊNCIAS LIVRES COMIGRAR MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA José Eduardo Cardozo SECRETARIA EXECUTIVA Márcia

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

ANTONIO CARLOS NARDI

ANTONIO CARLOS NARDI ANTONIO CARLOS NARDI QUE DEMOCRACIA QUEREMOS? A conquista do estado democrático de direito na década de 1980 no Brasil, após longo período burocrático-autoritário, trouxe o desafio de construção de uma

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 Objeto da contratação Consultor sênior Título do Projeto Projeto BRA 07/010 Designação funcional Duração do contrato Consultoria por produto 04 meses Data limite para envio

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

Articulação da Participação Social e Processos Formativos Voltados ao Desenvolvimento Rural

Articulação da Participação Social e Processos Formativos Voltados ao Desenvolvimento Rural Universidade Federal da Paraíba - UFPB / Centro de Ciências Agrárias - CCA / Campus II Areia, Paraíba - 27 a 30 de outubro de 2014. Articulação da Participação Social e Processos Formativos Voltados ao

Leia mais

As publicações da Confederação Nacional de Municípios CNM podem ser acessadas, na íntegra, na biblioteca online do Portal CNM: www.cnm.org.br.

As publicações da Confederação Nacional de Municípios CNM podem ser acessadas, na íntegra, na biblioteca online do Portal CNM: www.cnm.org.br. 2015 Confederação Nacional de Municípios CNM. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons: Atribuição Uso não comercial Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 4030 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL Nº

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 4030 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL Nº Impresso por: RAFAEL DE SOUZA RODRIGUES DOS SANTOS Data da impressão: 10/08/2015-14:35:04 SIGOEI - Sistema de Informações Gerenciais da OEI TERMO DE REFERÊNCIA Nº 4030 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA

Leia mais

e-ouv Passo-a-passo Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal Junho, 2015 Controladoria-Geral da União

e-ouv Passo-a-passo Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal Junho, 2015 Controladoria-Geral da União e-ouv Passo-a-passo Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal Junho, 2015 Sumário 1. Acesso ao sistema... 3 2. Funcionalidades do sistema... 5 3. Como tratar manifestações... 14 3.1 Detalhar...

Leia mais

O Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social

O Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social II Fórum de Informação em Saúde IV Encontro da Rede BiblioSUS O Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social Maria de Fátima Ramos Brandão Outubro/2007 1 Apresentação O Projeto Casa Brasil Modelos

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS EDITAL SAL/MJ Nº 03, DE 14 DE JANEIRO DE 2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS EDITAL SAL/MJ Nº 03, DE 14 DE JANEIRO DE 2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS EDITAL SAL/MJ Nº 03, DE 4 DE JANEIRO DE 205 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO Projeto BRA/07/004 Seleciona: Consultor para identificação das melhores

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA SE-003/2011

TERMO DE REFERÊNCIA SE-003/2011 TERMO DE REFERÊNCIA SE-003/2011 Objeto da contratação Consultor na área jurídica Título do Projeto Projeto BRA 07/010 Designação funcional Duração do contrato Consultoria por produto 3 meses Data limite

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Er REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art 1º O Fórum da Agenda 21 Local Regional de Rio Bonito formulará propostas de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável local, através

Leia mais

PPS - Processo de Proposta de Solução Versão 1.3.1

PPS - Processo de Proposta de Solução Versão 1.3.1 PPS - Processo de Proposta de Solução Versão 1.3.1 Banco Central do Brasil, 2015 Página 1 de 13 Índice 1. FLUXO DO PPS - PROCESSO DE PROPOSTA DE SOLUÇÃO... 3 2. SOBRE ESTE DOCUMENTO... 4 2.1 GUIA DE UTILIZAÇÃO...

Leia mais

Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento Unidade de Apoio a Projetos Especiais. durante o Estágio Probatório.

Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento Unidade de Apoio a Projetos Especiais. durante o Estágio Probatório. Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento Unidade de Apoio a Projetos Especiais REGULAMENTO 001, DE 10 DE OUTUBRO DE 2013. Regula o Monitoramento da Inserção e das Atividades

Leia mais

Valorizando ideias e experiências participativas que promovam o direito humano à educação REGULAMENTO

Valorizando ideias e experiências participativas que promovam o direito humano à educação REGULAMENTO REGULAMENTO 1. O RECONHECIMENTO PÚBLICO DE OLHO NOS PLANOS 1.1. O Reconhecimento Público é uma ação da iniciativa De Olho nos Planos, composta pelos seguintes parceiros: Ação Educativa, UNICEF, Campanha

Leia mais

Política do Programa de Voluntariado Corporativo GRPCOM ATITUDE

Política do Programa de Voluntariado Corporativo GRPCOM ATITUDE Política do Programa de Voluntariado Corporativo GRPCOM ATITUDE O Programa de Voluntariado Corporativo GRPCOM ATITUDE visa fortalecer a missão de desenvolver a nossa terra e nossa gente e contribuir para

Leia mais

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações Campanha Mundial "Construindo Cidades Resilientes: Minha cidade está se preparando! Plataforma Temática sobre Risco Urbano nas Américas Chamada sobre boas práticas e inovação no uso de Sistemas de Informação

Leia mais

SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO

SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO Marco Túlio dos Santos(mtuliods@hotmail.com) Thales Macieira(monteiro_macieira@yahoo.com.br) Richardson Mendes(richardsonmendes407@gmail.com) Resumo: O artigo a seguir tem

Leia mais

DECRETO Nº 55.867, DE 23 DE JANEIRO DE 2015

DECRETO Nº 55.867, DE 23 DE JANEIRO DE 2015 Secretaria Geral Parlamentar Secretaria de Documentação Equipe de Documentação do Legislativo DECRETO Nº 55.867, DE 23 DE JANEIRO DE 2015 Confere nova regulamentação ao Conselho Municipal de Segurança

Leia mais

Local e data: Brasília/DF, ------- de ------------------ de 2013. Assinatura do Consultor:

Local e data: Brasília/DF, ------- de ------------------ de 2013. Assinatura do Consultor: Projeto PNUD BRA/12/018 Documento com as propostas de wireframes, telas e userstories para o tema padrão do portal contendo definições, orientações e códigos. Consultor (a): Fabiano Rangel Cidade Contrato

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

1. II Conferência Nacional de Cultura II CNC e Pré-conferências setoriais

1. II Conferência Nacional de Cultura II CNC e Pré-conferências setoriais 1. II Conferência Nacional de Cultura II CNC e Pré-conferências setoriais Nos dias 11 a 14 de março, o Ministério da Cultura e seus órgãos vinculados realizarão II Conferência Nacional de Cultura (II CNC).

Leia mais

Mobilização e Participação Social no

Mobilização e Participação Social no SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Mobilização e Participação Social no Plano Brasil Sem Miséria 2012 SUMÁRIO Introdução... 3 Participação

Leia mais

34 respostas. Resumo. 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? 2. Como tomou conhecimento desta oficina? 1 of 7 15-06-2015 17:22

34 respostas. Resumo. 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? 2. Como tomou conhecimento desta oficina? 1 of 7 15-06-2015 17:22 opensocialsciences@gmail.com 34 respostas Publicar análise Resumo 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? Estudante d Estudante d Professor e Professor ou Trabalho e Funcionário Profissional

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Projeto BVS-SP-4 Fontes de informação de apoio a tomadores de decisão em saúde pública (15 de outubro de 1999)

Projeto BVS-SP-4 Fontes de informação de apoio a tomadores de decisão em saúde pública (15 de outubro de 1999) BIREME/OPAS/OMS BVS Saúde Pública Projeto BVS-SP-4 Fontes de informação de apoio a tomadores de decisão em saúde pública (15 de outubro de 1999) 1. Introdução Este documento descreve o projeto para a pesquisa

Leia mais

Escola de Políticas Públicas

Escola de Políticas Públicas Escola de Políticas Públicas Política pública na prática A construção de políticas públicas tem desafios em todas as suas etapas. Para resolver essas situações do dia a dia, é necessário ter conhecimentos

Leia mais

INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA ÁGUA E ESGOTO

INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA ÁGUA E ESGOTO INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA ÁGUA E ESGOTO Paulo Mailson Vieira da Mota Graduando em Sistemas de Informação e Técnico em Informática, Analista de TI do SAAE de Iguatu-CE. Endereço

Leia mais

Objetivo da Contratação. Nosso número Antecedentes (breve histórico justificando a contratação)

Objetivo da Contratação. Nosso número Antecedentes (breve histórico justificando a contratação) Objetivo da Contratação Nosso número Antecedentes (breve histórico justificando a contratação) TERMO DE REFERÊNCIA - CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA Projeto BRA/11/008 Edital 09/2014 DADOS DA CONSULTORIA Contratar

Leia mais

EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2015

EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2015 EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2015 1. DO OBJETO 1.1. O presente edital tem por objeto realizar uma chamada pública nacional para seleção de projetos que contribuam para o empoderamento das mulheres

Leia mais

Grupo Projeção. Portal Acadêmico. - Ambiente do Aluno -

Grupo Projeção. Portal Acadêmico. - Ambiente do Aluno - Grupo Projeção Portal Acadêmico - Ambiente do Aluno - Março / 2011 1 Índice Apresentando o Portal Acadêmico: Ambiente do Aluno... 3 Iniciando no ambiente do Aluno... 4 Meu Perfil... 6 Avisos... 6 Processos

Leia mais

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA José Ivo dos Santos Pedrosa 1 Objetivo: Conhecer os direitos em saúde e noções de cidadania levando o gestor a contribuir nos processos de formulação de políticas públicas.

Leia mais

Participação Social no Governo Federal

Participação Social no Governo Federal PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL SECRETARIA NACIONAL DE ARTICULAÇÃO SOCIAL Participação Social no Governo Federal Gerson Luiz de Almeida Silva Secretário Nacional de Articulação Social 1. Visões

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar

Leia mais

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015 XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015 Modelo 2: resumo expandido de relato de experiência Resumo expandido O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DA 5ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DAS CIDADES CAPITULO I DOS OBJETIVOS E FINALIDADES

REGIMENTO INTERNO DA 5ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DAS CIDADES CAPITULO I DOS OBJETIVOS E FINALIDADES REGIMENTO INTERNO DA 5ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DAS CIDADES CAPITULO I DOS OBJETIVOS E FINALIDADES Art. 1º São objetivos da 5ª Conferência Estadual das Cidades: I - propor a interlocução entre autoridades

Leia mais

Curso de Especialização em SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Curso de Especialização em SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Curso de Especialização em SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ÁREA DO CONHECIMENTO: Educação NOME DO CURSO: Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização em Supervisão e Orientação Educacional.

Leia mais

CENTRAL DE SERVIÇOS APOIADA EM SOFTWARE LIVRE

CENTRAL DE SERVIÇOS APOIADA EM SOFTWARE LIVRE CENTRAL DE SERVIÇOS APOIADA EM SOFTWARE LIVRE Juliano Flores Prof. Wagner Walter Lehmann Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Gestão de Tecnologia da Informação (GTI0034) Prática do Módulo

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA - CONSULTOR POR PRODUTO TOR/FNDE/DTI/MEC

Leia mais

Organização dos Estados Ibero-americanos. Para a Educação, a Ciência e a Cultura

Organização dos Estados Ibero-americanos. Para a Educação, a Ciência e a Cultura Organização dos Estados Ibero-americanos Para a Educação, a Ciência e a Cultura TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO 1. Projeto: OEI/BRA/09/004 - Aprimoramento da

Leia mais

Central Cliente Questor (CCQ) UTILIZANDO A CCQ - CENTRAL CLIENTE QUESTOR

Central Cliente Questor (CCQ) UTILIZANDO A CCQ - CENTRAL CLIENTE QUESTOR Central Cliente Questor (CCQ) O que é a Central Cliente Questor? Já é de seu conhecimento que os Usuários do sistema Questor contam com uma grande ferramenta de capacitação e treinamento no pós-venda.

Leia mais

Reunião de Abertura do Monitoramento 2015. Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO

Reunião de Abertura do Monitoramento 2015. Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO Reunião de Abertura do Monitoramento 2015 Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO Roteiro da Apresentação 1. Contextualização; 2. Monitoramento; 3. Processo de monitoramento;

Leia mais

Consultoria para avaliar a atividade de monitoramento e implementação do Programa Brasil Quilombola

Consultoria para avaliar a atividade de monitoramento e implementação do Programa Brasil Quilombola Consultoria para avaliar a atividade de monitoramento e implementação do Programa Brasil Quilombola 1. Programa: Atividade do Programa Interagencial para a Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia.

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

PLANO NACIONAL DE DANÇA

PLANO NACIONAL DE DANÇA PLANO NACIONAL DE DANÇA I APRESENTAÇÃO II - DIRETRIZES E AÇÕES II HISTÓRICO DO SETOR NO PAÍS III DIAGNOSE DE POTENCIAL E PONTOS CRÍTICOS DO SETOR IV DADOS DO SETOR PARA O SISTEMA DE INFORMAÇÕES E INDICADORES

Leia mais

Por que criar mecanismos de gênero nos órgãos governamentais?

Por que criar mecanismos de gênero nos órgãos governamentais? Presidência da República Secretaria de Políticas para as Mulheres Seminário de Capacitação dos Mecanismos de Gênero no Governo Federal Por que criar mecanismos de gênero nos órgãos governamentais? Lourdes

Leia mais

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Elias S. Assayag eassayag@internext.com.br Universidade do Amazonas, Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005 Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito

Leia mais

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO EDITAL 004/2011 - PROJETO BRA/06/032 CÓDIGO: CLASSE MÉDIA O Projeto BRA/06/032 comunica que

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS EDITAL SAL/MJ Nº 04, DE 14 DE JANEIRO DE 2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS EDITAL SAL/MJ Nº 04, DE 14 DE JANEIRO DE 2015 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS EDITAL SAL/MJ Nº 04, DE 4 DE JANEIRO DE 205 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO Projeto BRA/07/004 Seleciona: Consultor para identificação das melhores

Leia mais

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL 1 SUMÁRIO DIAGNÓSTICO GERAL...3 1. PREMISSAS...3 2. CHECKLIST...4 3. ITENS NÃO PREVISTOS NO MODELO DE REFERÊNCIA...11 4. GLOSSÁRIO...13 2 DIAGNÓSTICO GERAL Este diagnóstico é

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Novas Regras Básicas para Estrutura e Funcionamento do FBEI

Novas Regras Básicas para Estrutura e Funcionamento do FBEI 1 Novas Regras Básicas para Estrutura e Funcionamento do FBEI 1. Finalidade O FBEI é uma instância de organização e articulação interinstitucional, suprapartidária, que agrega diversos órgãos, organizações

Leia mais

Apresentação Plano de Integridade Institucional da Controladoria-Geral da União (PII)

Apresentação Plano de Integridade Institucional da Controladoria-Geral da União (PII) PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Secretaria-Executiva Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Plano de Integridade Institucional (PII) 2012-2015 Apresentação Como

Leia mais

ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO Andrelisa Goulart de Mello Universidade Federal de Santa Maria andrelaizes@gmail.com Ticiane

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Manual com normas para solicitação de produção e publicação de material informativo jornalístico no site, lista de

Leia mais

PORTAL EAD.SEDUC MANUAL DO USUÁRIO

PORTAL EAD.SEDUC MANUAL DO USUÁRIO PORTAL EAD.SEDUC MANUAL DO USUÁRIO Versão 1.1 Apresentação Seja-bem vindo ao EAD.SEDUC, o Portal de Educação a Distância da Secretaria da Educação do Ceará. Criado para concentrar as ações de formação

Leia mais

Tutorial Moodle Visão do Aluno

Tutorial Moodle Visão do Aluno Tutorial Moodle Visão do Aluno A P R E S E N T A Ç Ã O A sigla MOODLE significa (Modular Object Oriented Dynamic Learning Environment), em inglês MOODLE é um verbo que descreve a ação ao realizar com gosto

Leia mais

COORDENAÇÃO DE ENSINO A DISTÂNCIA - EaD

COORDENAÇÃO DE ENSINO A DISTÂNCIA - EaD COORDENAÇÃO DE ENSINO A DISTÂNCIA - EaD TUTORIAL MOODLE VERSÃO ALUNO Machado/MG 2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 4 2. EDITANDO O PERFIL... 5 2.1 Como editar o perfil?... 5 2.2 Como mudar a senha?... 5 2.3

Leia mais

Participação Social como Método de Governo. Secretaria-Geral da Presidência da República

Participação Social como Método de Governo. Secretaria-Geral da Presidência da República Participação Social como Método de Governo Secretaria-Geral da Presidência da República ... é importante lembrar que o destino de um país não se resume à ação de seu governo. Ele é o resultado do trabalho

Leia mais

Redução de impacto ambiental no consumo diário de líquidos. TERMO DE ABERTURA

Redução de impacto ambiental no consumo diário de líquidos. TERMO DE ABERTURA Redução de impacto ambiental no consumo diário de líquidos. TERMO DE ABERTURA Preparado por Cassius Marcellus de Freitas Rodrigues Versão: 1.1 Renata Rossi de Oliveira Aprovado por 17/09/12 Nome do Projeto:

Leia mais

Sistema de Gestão de Recursos de Aprendizagem

Sistema de Gestão de Recursos de Aprendizagem Sistema de Gestão de Recursos de Aprendizagem Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle) - - Atualizado em 29/07/20 ÍNDICE DE FIGURAS Figura Página de acesso ao SIGRA... 7 Figura 2 Portal de Cursos... 8

Leia mais

REGULAMENTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

REGULAMENTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO REGULAMENTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 - O presente regulamento tem por finalidade estatuir a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do Curso

Leia mais

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS TERMOS DE REFERÊNCIA Versão 17/07/2012 No âmbito de um processo

Leia mais

PROJETO CIDADÃO EM REDE: DE CONSUMIDOR A PRODUTOR DE INFORMAÇÃO SOBRE O TERRITÓRIO PLANO DE TRABALHO

PROJETO CIDADÃO EM REDE: DE CONSUMIDOR A PRODUTOR DE INFORMAÇÃO SOBRE O TERRITÓRIO PLANO DE TRABALHO PROJETO CIDADÃO EM REDE: DE CONSUMIDOR A PRODUTOR DE INFORMAÇÃO SOBRE O TERRITÓRIO PLANO DE TRABALHO CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TECNOLÓGICA PRODEB-UFBA PRODEB/DSS Diretoria de Sistemas e Serviços UFBA/LCAD

Leia mais

Plano de Gerenciamento do Projeto

Plano de Gerenciamento do Projeto Projeto para Soluções Contábeis 2015 Plano de Gerenciamento do Projeto Baseado na 5ª edição do Guia PMBOK Brendon Genssinger o e Elcimar Silva Higor Muniz Juliermes Henrique 23/11/2015 1 Histórico de alterações

Leia mais

Programa: Programa Interagencial para a Promoção da Igualdade de Gênero e Raça

Programa: Programa Interagencial para a Promoção da Igualdade de Gênero e Raça TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA PARA ACOMPANHAR O SEMINÁRIO - REFERÊNCIAS CURRICULARES PARA A LEI 10.639/03, REGISTRAR E SISTEMATIZAR AS CONTRIBUIÇÕES E PROPOSIÇÕES LEVANTADAS DURANTE

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS ALUNO VERSÃO 1.0

MELHORES PRÁTICAS ALUNO VERSÃO 1.0 MELHORES PRÁTICAS ALUNO VERSÃO 1.0 APRESENTANDO O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM Um ambiente virtual de aprendizagem é um sistema para gerenciar cursos a distância que utilizam a Internet, ou para complementar

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ CONTROLADORIA E OUVIDORIA GERAL DO ESTADO - CGE

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ CONTROLADORIA E OUVIDORIA GERAL DO ESTADO - CGE GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ CONTROLADORIA E OUVIDORIA GERAL DO ESTADO - CGE Termo de Referência para Contratação de Serviço de Consultoria (Pessoa Jurídica) para Reestruturação do Portal da Transparência

Leia mais

Curso de Especialização em GESTÃO ESCOLAR INTEGRADA E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Curso de Especialização em GESTÃO ESCOLAR INTEGRADA E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Curso de Especialização em GESTÃO ESCOLAR INTEGRADA E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ÁREA DO CONHECIMENTO: Educação. NOME DO CURSO: Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização em Gestão Escolar Integrada e

Leia mais

Novas Formas de Aprender e Empreender

Novas Formas de Aprender e Empreender Novas Formas de Aprender e Empreender DÚVIDAS FREQUENTES 1. Sobre o Prêmio Instituto Claro, Novas Formas de Aprender e Empreender 1.1. O que é o Prêmio? O Prêmio Instituto Claro Novas Formas de Aprender

Leia mais

PLANO DE TRABALHO Rede Nacional de Jovens Líderes

PLANO DE TRABALHO Rede Nacional de Jovens Líderes PLANO DE TRABALHO Rede Nacional de Jovens Líderes pág. 1 VISÃO GERAL Objetivo 1 - No âmbito da seção escoteira, apoiar a correta aplicação do método escoteiro, em especial as práticas democráticas previstas

Leia mais

Manual Geral do OASIS

Manual Geral do OASIS Manual Geral do OASIS SISTEMA DE GESTÃO DE DEMANDA, PROJETO E SERVIÇO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO OASIS Introdução Esse manual tem como objetivo auxiliar aos usuários nos procedimentos de execução do sistema

Leia mais

MECANISMOS PARA GOVERNANÇA DE T.I. IMPLEMENTAÇÃO DA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza

MECANISMOS PARA GOVERNANÇA DE T.I. IMPLEMENTAÇÃO DA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza MECANISMOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA GOVERNANÇA DE T.I. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza CICLO DA GOVERNANÇA DE TI O CICLO DA GOVERNANÇA DE TI O Ciclo da Governança de T.I. ALINHAMENTO

Leia mais

Apresentação e objetivo da pesquisa. Uso dos dados e Forma de citação

Apresentação e objetivo da pesquisa. Uso dos dados e Forma de citação Apresentação e objetivo da pesquisa A pesquisa Trajetórias e práticas políticas no serviço público resulta de parceria entre o IPOL/UnB, a ENAP e o IPEA. Foi realizada, em sua primeira bateria, com os

Leia mais

Proposta Revista MARES DE MINAS

Proposta Revista MARES DE MINAS SATIS 2011 Proposta Revista MARES DE MINAS 21/03/2011 A SATIS Índice 1 A Satis 1 A Proposta 1 Serviços 2 Mapa do Site 2 SEO 3 Sistema de gerenciamento de conteudo 4 Cronograma e Prazos 5 Investimento 6

Leia mais

MANUAL DE UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM AVA

MANUAL DE UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM AVA MANUAL DE UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM AVA Sejam bem-vindos ao Núcleo de Educação a Distância da FFCL! Esse Manual tem por objetivo auxilia-los na forma de utilização do AVA. COMO FAÇO

Leia mais

Curso de Especialização EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Curso de Especialização EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Curso de Especialização EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ÁREA DO CONHECIMENTO: Educação Gestão Educacional NOME DO CURSO: Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização em Administração

Leia mais

SOFTWARES LIVRES PARA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA. Nome Expositor: Adriano Almeida Órgão: Secretaria Executiva de Transparência Púbica da PMJP

SOFTWARES LIVRES PARA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA. Nome Expositor: Adriano Almeida Órgão: Secretaria Executiva de Transparência Púbica da PMJP SOFTWARES LIVRES PARA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA Nome Expositor: Adriano Almeida Órgão: Secretaria Executiva de Transparência Púbica da PMJP 2015 A SETRANSP Criada em 2005, tem como missão estabelecer os fundamentos

Leia mais

ESTATUTO DAS COMUNIDADES DE PRÁTICA - COPs NO PODER EXECUTIVO ESTADUAL

ESTATUTO DAS COMUNIDADES DE PRÁTICA - COPs NO PODER EXECUTIVO ESTADUAL ESTATUTO DAS COMUNIDADES DE PRÁTICA - COPs NO PODER EXECUTIVO ESTADUAL RESOLUÇÃO SEPLAG no. xx/xxxx Disciplina o funcionamento das Comunidades de Prática CoPs no âmbito do Poder Executivo Estadual, vinculadas

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº. 199 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011.

RESOLUÇÃO Nº. 199 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011. RESOLUÇÃO Nº. 199 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011. O CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS, no uso de suas atribuições legais e considerando o Parecer nº.

Leia mais

O Portal da Prefeitura de Assunção foi construído levando em conta: Livre acesso sem necessidade de cadastro prévio ou senha.

O Portal da Prefeitura de Assunção foi construído levando em conta: Livre acesso sem necessidade de cadastro prévio ou senha. Prefeitura Municipal de Assunção MANUAL PRÁTICO DE NAVEGAÇÃO APRESENTAÇÃO Este é o Manual de Navegação da Prefeitura Municipal da cidade de Assunção - PB. Tem linguagem simples e é ilustrado para que você,

Leia mais

FENASAN XXI Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente XXI Encontro Técnico AESABESP 11.08.10

FENASAN XXI Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente XXI Encontro Técnico AESABESP 11.08.10 FENASAN XXI Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente XXI Encontro Técnico AESABESP 11.08.10 Gustavo Justino de Oliveira Pós Doutor em Direito Administrativo Universidade de Coimbra Professor de Direito

Leia mais

Relatório de comunicação digital da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis Janeiro a Julho/2012

Relatório de comunicação digital da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis Janeiro a Julho/2012 Relatório de comunicação digital da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis Janeiro a Julho/2012 Índice Apresentação...2 Público-alvo...2 Plataformas utilizadas: Ning...3 Twitter...4 Facebook...5

Leia mais

Curso de ESPECIALIZAÇÃO EM MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE

Curso de ESPECIALIZAÇÃO EM MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE Curso de ESPECIALIZAÇÃO EM MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE ÁREA DO CONHECIMENTO: Administração Meio Ambiente. NOME DO CURSO: Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização em Meio

Leia mais