CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

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1 AULA XI DIREITO PENAL II TEMA: EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PROFª: PAOLA JULIEN O. SANTOS EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 1.2 CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (art. 107 do C.P.) São aquelas que extinguem o direito de punir do estado. As causas extintivas da punibilidade são mencionadas no art. 107 do CP. Existe rol legal não é taxativo, pois causas outras existem no CP e em legislação especial. Cite-se como exemplo o ressarcimento do dano, que, antes do trânsito em julgado da sentença, no delito de peculato culposo, extinguem a punibilidade (Código Penal, art. 312, 3º), o pagamento do tributo ou contribuição social em determinados crimes de sonegação fiscal etc. Analisemos a seguinte causa extintiva da punibilidade prevista no art. 107, I a IX, do Código Penal. 1.3 MORTE DO AGENTE (Inciso I) Extingue-se a punibilidade pela morte do agente, em decorrência do princípio mors omnia solvit (a morte tudo paga) e pelo princípio constitucional de que nenhuma pena passará da pessoa do delinqüente (art. 5º, XLV, 1ª parte CF). Ao referir-se ao agente, a lei inclui o indicado, o réu e o condenado a prova da existência dessa causa extintiva da punibilidade é a certidão do assento de óbito e só a vista dela o juiz pode declarar extinta a punibilidade (art. 62 do CPP). Assim a morte presumida, prevista pelo art. 120 do código civil, não é suficiente para se declare extinta a punibilidade A decisão que decreta a extinção da punibilidade pela morte do agente transita em julgado, e assim, demonstrada a falsidade da prova do óbito, não pode ser ela revista, diante da coisa julgada, inexistente a revisão pró societate em nossa lei. A única medida possível é a ação penal dos agentes pela falsificação e documentos falsos. Entretanto, a entendimento diverso na jurisprudência do STF. A morte do agente não impede a propositura da revisão criminal, que pode der pedida pelo cônjuge ascendente, descendente ou irmão (art. 623 do CPP). Por essa razão, não prejudica também o andamento do processo revisional já iniciado. 1.4 ANISTIA A Anistia "significa o esquecimento de certas infrações penal". (Delmanto, p. 165). "Como se exprime Aurélio Leal: O fim da anistia é o esquecimento do fato ou dos fatos criminosos que o poder público teve dificuldades de punir ou achou prudente não punir. Juridicamente os fatos deixam de existir; o parlamento possa uma esponja sobre eles. Só a história os recolhe "Aplica-se, em regra, a crimes políticos, tendo por objetivo apaziguar paixões coletivas perturbadoras da ordem e da tranqüilidade social; entretanto, tem lugar também nos crimes militares, eleitorais, contra a organização do trabalho e alguns outros. (Noronha, p. 400). Se aplicada a crimes políticos chama-se anistia especial e se incidir sobre delitos comuns, anistia comum. Ela é cabível a qualquer momento: antes ou depois do processo e mesmo depois da condenação. É uma lei, portanto, é concedida pelo congresso nacional. É o mais amplo dos institutos enumerados pelo código, quando se refere às causas de extinção da punibilidade, visto que a anistia colima o esquecimento do crime que, praticamente, desaparece, 1

2 pois a lei da anistia o revoga. Como a anistia é lei, fica "sujeita a interpretação do judiciário. Logo, quando de sua aplicação, a este podem os interessados recorrer. (Noronha, p. 401). A constituição federal disciplina a lei que concede a anistia no Art. 21, XVII e Art. 48, VIII, que possui caráter retroativo e é irrevogável. De acordo com o Art. 5º, XLIII, CF cominado com o Art. 2º. I da Lei nº 8.072, de , a anistia é inaplicável aos delitos que se referem a "prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos". De conformidade com o Art. 5º, XXXVI e XL, da Constituição Federal, após concedida a anistia, não pode ser revogada. Ela possui caráter da generalidade, não abrangendo pessoas e sim fatos, atingindo um maior número de beneficiados. O Art. 187 da Lei de Execução Penais faz referência a anistia nos seguintes termos: "Concedida a anistia, o juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do Ministério Público, por proposta da autoridade administrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade". 1.5 EFEITOS DA ANISTIA A anistia é uma das causas de extinção de punibilidade prevista no Art.107, II do Código Penal. Segundo Damásio de Jesus, "a anistia opera Ex. tunc, i.e., para o passado, apagando o crime, extinguindo a punibilidade e demais conseqüências de natureza penal" (Jesus, p. 604). Então, caso o sujeito vier a praticar um novo crime, não será considerado reincidente. Ela "rescinde a condenação, ainda que transitada em julgado". (Führer, p. 118). A anistia "não abrange os efeitos civis". (Führer, p. 118). Caso os efeitos penais de sentença condenatória transitada em julgado, mas os efeitos civis não desaparecem. Portanto, a anistia tem a finalidade primordial de fazer-se olvidar o crime e extinguir a punibilidade, fazendo desaparecer suas conseqüências penais, como por exemplo, afastar a reincidência. De acordo com o Art. 96, parágrafo único, CP, extinta a punibilidade, pela anistia, por exemplo, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. 1.6 FORMAS DE ANISTIA A anistia possui a seguinte classificação quanto a sua forma: a) PRÓPRIA - Concedida antes da condenação, porque é constante com a sua finalidade de esquecer o delito cometido. b) IMPRÓPRIA - Concedida depois da condenação, pois recai sobre a pena. c) GERAL OU PLENA - Cita fatos e atinge todos os criminosos. d) PARCIAL OU RESTRITA - Cita fatos, exigindo uma condição pessoal. e) INCONDICIONADA - A lei não determina qualquer requisito para a sua concessão. f) CONDICIONADA - A lei exige qualquer requisito para a sua concessão. g) ESPECIAL para os crimes políticos. h) COMUM para crimes não políticos. - ACEITAÇÃO DA ANISTIA "A anistia não pode ser recusada, visto seu objetivo ser de interesse público. Todavia, se for condicionado, já o mesmo não acontece: submetida à clemência a uma condição, pode os destinatários recusá-la, negando-se a cumprir a exigência a que está subordinada" (Noronha, p. 401). "Sendo aceita, a anistia não pode ser revogada (Art. 5º, XXXVI, DA CF) mesmo que o 2

3 anistiado não cumpra as condições impostas, podendo responder, eventualmente, pelo ilícito previsto no Art. 359, CP". (Mirabete, p. 366). 1.7 GRAÇA E INDULTO "A graça é espécie da indulgência principis de ordem individual, pois só alcança determinada pessoa". (Noronha, p. 401). O indulto é medida de caráter coletivo, entretanto. "A graça, forma de clemência soberana, destina-se a pessoa determinada e não a fato, sendo semelhante ao indulto individual".(mirabete, p. 366). É tanto que a Lei de Execução Penal passou a tratá-la como indulto individual e regula a aplicação do indulto através do Art. 188 a 193. O indulto coletivo abrange sempre um grupo de sentenciados e normalmente inclui os beneficiários tendo em visto a duração das penas que lhe foram aplicadas, embora se exijam certos requisitos subjetivos (primariedade, etc.) e objetivos (cumprimento de parte da pena, exclusão dos autores da prática de algumas espécies de crimes, etca prática de tortura; tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os crimes definidos como hediondos são insuscetíveis de graça. Porém, podem obter o indulto aqueles que estão gozando os benefícios do sursis ou do livramento condicional. Tanto a graça quanto o indulto são formas de extinção da punibilidade, conforme o Art. 107, II, CP. Ambos só podem ser concedidos pelo Presidente da República, mas ele pode delegar a atribuição a Ministro de Estado ou outras autoridades, não sendo necessário pedido dos interessados, nos termos do Art. 84, inciso XII, parágrafo único, da CF. Geralmente a graça e o indulto só podem ser concedidos "após condenação transitada em julgado, mas, na prática, têm sido concedidos indultos, mesmo antes de a condenação tornar-se irrecorrível".(delmanto, p. 165). Como se vê, a graça e o indulto "apenas extinguem a punibilidade, persistindo os efeitos do crime, de modo que o condenado que o recebe não retoma à condição de primário".(delmanto, p. 165). "Há, porém, certa diferença técnica: a graça é em regra individual e solicitada, enquanto o indulto é coletivo e espontâneo". (Delmanto, p. 165) 1.9 FORMAS DA GRAÇA E DO INDULTO A graça e o indulto podem ser: A) PLENOS: Quando a punibilidade é extinta por completo. b) PARCIAIS: Quando é concedida a diminuição da pena ou sua comutação. A graça é total (ou pena), quando alcança todas as sanções impostas ao condenado e é parcial, quando ocorre a redução ou substituição da sanção, resultando na comutação. O indulto coletivo pode também ser total, quando extingue as penas, ou parcial, quando estas são diminuídas ou substituídas por outra de menor gravidade EFEITOS DA GRAÇA E DO INDULTO Segundo Damásio de Jesus, a graça e o indulto "somente extinguem a punibilidade, substituindo o crime, a condenação irrecorrível e seus efeitos secundários(sobre o caso de indulto ser concedido antes do trânsito em julgado da sentença notória). Assim, vindo o sujeito agradecido ou indultado a cometer novo crime, será considerado reincidente". (Jesus, p. 606). Desse modo, "extinguem-se somente as sanções mencionadas nos respectivos decretos, permanecendo os demais efeitos da sentença condenatória, sejam penais ou civis"(mirabete, p. 367). 3

4 Portanto, a graça e o indulto excluem apenas a punibilidade e não o crime. Além disso, não afastam a reincidência, se já houve sentença com trânsito em julgado ACEITAÇÃO DA GRAÇA E DO INDULTO Nos termos do Art. 739 do CPP, a graça e o indulto não podem ser recusados, salvo quando comutar a pena ou no caso de indulto condicionado, que é aquele que impõe certas condições para sua concessão ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE GRAÇA E INDULTO A graça, sendo o indulto individual, só alcança determinada pessoa, devendo ser, portanto, solicitada, mas isso não impede que seja concedida espontaneamente pelo Presidente da República. Em quanto isso, o indulto é espontâneo e coletivo, recaindo sobre fatos e abrangendo um número muito grande de pessoas DIFERENÇAS ENTRE A ANISTIA, GRAÇA E O INDULTO Damásio de Jesus deixa bem clara a diferença entre estes institutos como pode ser comprovado a seguir: a) A anistia exclui o crime, rescinde a condenação e extingue totalmente a punibilidade; a graça e o indulto apenas extinguem a punibilidade, podendo ser parciais; b) A anistia, em regra, atinge crimes políticos; a graça e o indulto, crimes comuns; c) A anistia pode ser concedida pelo poder legislativo; a graça e o indulto são de competência exclusiva do Presidente da República; d) "A anistia pode ser concedida antes da sentença final ou depois da condenação irrecorrível; a graça e o indulto pressupõem o trânsito em julgado da sentença condenatória". (Jesus, p. 605). 2 - RENÚNCIA A renúncia a qual nos referimos é a renúncia do direito de queixa. A renúncia é qualificada como causa de extinção da punibilidade pelo disposto no Art. 107, inciso V, Primeira parte do Código Penal. É o ato unilateral, é a desistência, a dedicação do ofendido ou seu representante legal do direito de originar a ação penal privada. Por isso, "não cabe a renúncia quando se trata de ação pública condicionada a representação, já que se refere à lei apenas à ação privada". (Mirabete, p. 373). A "renúncia é a desistência de exercer o direito de queixa". (Delmanto, p. 161). 2.1 OPORTUNIDADE DE RENÚNCIA "O direito de queixa só pode ser renunciado antes de proposta a ação penal". (Führer, p. 121). "Isto é, iniciada a ação penal, já não haverá lugar para a renúncia" (Mirabete, p. 374). Nos termos do Art. 103, CP, "salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai o direito de queixa ou de representação se não o exercer dentro do prazo de 6(seis) meses, contados do dia em que veio a saber quem é o autor do crime". Observado o disposto no Art. 29, do CPP, cabe a renúncia nos casos de ação penal privada subsidiaria da pública. "Após a propositura da queixa, poderá ocorrer apenas a perempção e o perdão do ofendido". (Mirabete, p. 374). 2.2 FORMAS DE RENÚNCIA 4

5 A renúncia pode ser expressa ou tácita. A renúncia tácita é regulada pelo Art. 5º do CPP que diz: "A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais". Já a renúncia tácita é regulada pelo Art. 104, parágrafo único, primeira parte, CP, nestes termos: "Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo". Como afirma Júlio Fabbrini Mirabete, a renúncia tanto expressa como tácita "deve tratar-se de atos inequívocos, conscientes e livres, que traduzam uma verdadeira reconciliação, ou o propósito de não exercer o direito de queixa". (Mirabete, p. 374) 2.3 ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A RENÚNCIA 1 - O direito de queixa não pode ser exercida quanto renunciado expressa ou tacitamente (Art. 104, CP). 2 - Não implicam renúncia o fato de receber a ofendida indenização de dano causado pelo crime (Art. 104, parágrafo único, 2ª parte, CP). 3 - "A renúncia ao direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá". (Art. 49, CPP) 4 - Havendo dois ofendidos, a renúncia de um deles não implica a do outro, pois cada um possui seu direito de queixa. 5 - A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos. (Art. 48, CPP) 6 - Na ação penal pública infalível é falar-se em renúncia, podendo a denúncia ser aditada a qualquer tempo para incluir co-autor do delito. 7 - Qualquer meio de prova para o pedido de reconhecimento da renúncia é admitido. 8 - "A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18(dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro". (Art. 50, CPP) 3. PERDÃO "O querelante pode perdoar o querelado, desistindo da ação penal privada, de modo expresso ou tácito". (Führer, p.121). "perdão é a desistência do querelante de prosseguir na ação penal privada que iniciou". (Delmanto, p. 162). Segundo o Art. 107, V, CP, trata-se de causa de extinção de punibilidade. "O perdão do ofendido não se confunde com o perdão judicial, caso em que o CP permite ao juiz deixar de aplicar a pena, tomando em consideração determinadas circunstâncias". (Jesus, p. 611). "O perdão só é cabível na ação penal privada subsidiária da pública, nem à ação penal pública condicionada ou incondicionada (Delmanto, p. 162). 3.1 OPORTUNIDADE DO PERDÃO O perdão só pode ser concedido depois de iniciada à ação penal pública e, de acordo com Art. 106, II, 2º, CP, até o trânsito em julgado da sentença condenatória. "Portanto, mesmo na pendência de recurso extraordinário, ainda há ocasião para o perdão. Antes do início da ação penal não poderá existir perdão, mas renúncia (CP, Art. 104), pois o perdão só é cabível após a instauração da ação". 3.2 FORMAS DO PERDÃO De acordo com o Art. 106, caput e 1º, do CP, o perdão pode ser: 5

6 a) PROCESSUAL - Ocorrendo dentro dos autos. b) EXTRAPROCESSUAL - Ocorrendo fora dos autos c) EXPRESSO - Concedido através de declaração ou termo assinado pelo ofendido, seu representante legal ou procurador especialmente habilitado (CPP, Arts. 50 e 56). d) TÁCITO - Quando resulta da prática de ato incabível com a vontade de prosseguir na ação (CP, Art. 106, II, 1º) Conforme Damásio de Jesus, "o perdão processual é sempre expresso (CPP, Art. 58, parte inicial). O perdão extraprocessual pode ser expresso ou tácito. (Jesus, p.612) 3.3 CONCESSÃO DO PERDÃO Se o ofendido é menor de 18 anos de idade, a concessão do perdão cabe ao seu representante legal. Se o ofendido tiver entre 18 e 21 anos, o direito de perdão pode ser exercido por ele ou por seu representante. (CPP, Art. 52). Caso haja pluralidade de ofendidos, o perdão concedido por um não prejudicar o direito do outro. (CP, Art. 106, II) 3.4 ACEITAÇÃO DO PERDÃO "Ao contrário da renúncia, o perdão é um ato bilateral, não produzindo efeito se o querelando não aceita (Art. 107, inciso V e 106, inciso III). (Mirabete, P.375) A exigência da aceitação do perdão se justifica porque o perdão é bilateral e o querelado pode ter o interesse de provar a sua inocência. Então, o perdão não basta ser concedido: é mistério que seja aceito. O artigo 58, CPP, estabeleceu: "concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de 3 (três) dias, se o aceite, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importava aceitação". Esse dispositivo mostra que a aceitação pode ser expressa ou tácita. Nestes termos, podemos classificar a aceitação do perdão da seguinte forma: a) PROCESSUAL - Quando realizada nos autos da ação penal. b) EXTRAPROCESSUAL - Feita fora dos autos da ação penal. c) EXPRESSA - Quando o querelante, nos autos, declara aceitar o perdão. É constante de declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. d) TÁCITA - Quando consiste em ato praticado pelo querelado incompatível com a vontade de não aceitar o perdão e no caso do Art. 58, caput e parágrafo único do CPP, supra citado. 3.5 EFEITOS DO PERDÃO ACEITO NO CONCURSO DE AGENTES. Nos termos do Art. 51, CPP e Art. 106, I e III, CP, "quando há dois ou mais querelados, o perdão concedido a um deles se estende a toda, sem que produza, entretanto, efeitos em relação ao que o recusa". (Jesus, p. 613). Nesse caso, é extensível a todos os querelados o perdão concebido a um deles, pois o direito de queixa é indivisível. 3.6 EXTENSÃO DO PERDÃO Se o perdão for concedido a um dos querelados, estende-se aos demais (CP, Art. 106, I). Todavia, quando há mais de um querelante, o perdão dado por um deles não prejudica o direito dos outros ofendidos de prosseguir a ação (CP, Art. 106, II). "(Delmanto, p. 163). 6

7 4. PEREMPÇÃO DA AÇÃO PENAL - a perempção é apresentada no art. 107, IV, 3ª figura, do CP, como causa extintiva da punibilidade. Segundo Damásio de Jesus, "perempção deriva de perimir, que significa extinguir ou "pôr termo" a alguma coisa". "Perempção é a perda, causada pela inércia processual do querelado, do direito de continuar a movimentar a ação penal exclusivamente privada." A perempção, porém, não se aplica à ação penal privada subsidiária da pública. Para Mirabete, "perempção é a perda do direito de prosseguir na ação penal privada, ou seja, a sanção jurídica cominada ao querelante em decorrência de sua inércia." (Mirabete, p.371). Damásio de Jesus conceitua a perempção da seguinte forma: "Perempção é a perda do direito de demandar querelado pelo mesmo crime em fase, de inércia do querelante, diante do que o Estado perde o jus puniendi. "Só quando a ação é exclusivamente privada é que pode ocorrer a perempção". Se a queixa é subsidiária (Cód. Penal, art. 102, 3º), não existe perempção porque a inércia do queixoso fará com que o Ministério Público retome a ação, como parte principal (Cód. Processo Penal, art. 29). Com maior razão, não tem ela lugar na ação pública. (Noronha, p.406). Conforme o entendimento do STF, a perempção é declarada quando implica desídia, descuido, abandono da causa pelo querelante. Só cabe a perempção após iniciada a ação penal privada. Antes, incide a prescrição, decadência ou a renúncia. Com relação à contagem dos prazos de perempção, Celso Delmanto se posiciona da seguinte forma: "Domina a opinião de que ela se faz na forma do CPP, art. 798, 1º, e não pela indicada no CP, art. 10. Em nosso entendimento, a perempção é de direito material, sendo-lhe inaplicável as normas de contagem processual. Por isso, o seu prazo de ser computado pela regra geral, pois, embora a perempção tenha conotações processuais, ela é causa de extinção da punibilidade, não podendo, assim, fugir à sua natureza material. 4.1 CASOS DE PEREMPÇÃO DE AÇÃO PENAL A perempção é regulada pelo art. 60 do Código de Processo Penal, que especifica os diversos casos de perempção em quatro incisos. Com isso, vejamos o que diz esse artigo: Art. 60- "Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal": I - quando, iniciada esta, o querelante deixa de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguintes; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixou de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - "quando sendo a querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor." "Além das hipóteses, previstas no artigo 60 do CPP, entende-se ainda com caso de perempção a morte do querelante nos delitos que são objeto de ação privada personalíssima, como nos casos 7

8 de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (art. 236) e adultério (art. 240)- REVOGADO. Mirabete, p.373). 5. RETRATAÇÃO DO AGENTE (REVOGADO) A retratação do agente extingue a sua punibilidade nas hipóteses admitidas em lei. Retratar-se, no caso, é retirar o que disse, confessar que errou, dando-se a reparação ao ofendido e demonstração de arrependimento. Cabe a retratação nos crimes de calúnia e difamação (art. 143), em todos os crimes de honra praticados através da imprensa (art. 26 da Lei nº 5250, de ). Justificam-se as previsões legais para a incidência da retratação quer pela preferência que se deve dar á reparação moral concebida á vitima em algumas hipóteses, quer pelo restabelecimento de verdades em outras. É a retratação assim, ato jurídico pelo qual o agente do crime reconhece o erro praticado e as denúncias coram judicem. 5.1 CASAMENTO DA VÍTIMA O casamento da vítima com o agente, e a constituição da família regular, a livrava da desonra e lhe concedia a reparação do mal que lhe causou o autor de determinados crimes contra os costumes constituindo-se, pois, em causa extintiva da punibilidade. Essa causa extintiva da punibilidade foi revogada pela Lei n / DECADÊNCIA A decadência é prevista na art. 107, IV como causa de extinção da punibilidade. Segundo E. Magalhães de Noronha, "Decadência é a perda do direito de ação, por não havê-lo exercido o ofendido durante o prazo legal." (Noronha, p.384). "É a perda do direito de ação penal privada ou de representação, pelo não exercício no prazo legal. (Führer, p. 120). "A decadência pode atingir tanto o direito de oferecer queixa (na ação penal de iniciativa privada), como o de representar (na ação penal pública condicionada), ou ainda, o de suprir a omissão do Ministério Público (dando lugar à ação penal privada subsidiária )."(Delmanto, p.158). Existem duas formas de se dar a decadência: uma direta, se manifestando nos casos de ação privada, nos quais ocorre a decadência do direito de queixa; e outra indireta, nos casos de ação penal pública, nos quais o Promotor de Justiça não pode atuar e quando desaparecido o direito de delatar. "A decadência extingue o direito" do ofendido, pois este tem a faculdade de representar ou não contra seu ofensor (disponibilidade da ação penal); já o Ministério Público não tem essa disponibilidade, mas a obrigação (dever) de propor a ação penal quando encontrar os pressupostos necessários. 6.1 PRAZO DE DECADÊNCIA DO DIREITO DE QUEIXA OU DE REPRESENTAÇÃO É fatal e improrrogável o prazo de decadência, não estando sujeito a interrupções ou suspensões. A regra geral é a estabelecida pelo art. 103, do Código Penal Brasileiro que diz: "Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não exercer dentro do prazo de seis meses, contados do dia em que veio, a saber, quem é o autor do crime, ou, no caso do 3º, do artigo 100 deste código, do dia em que se esgota o prazo do oferecimento da denúncia." 8

9 "Na hipótese de ação penal privada subsidiária (CP, art. 100, 3º), o prazo de seis meses conta-se do dia em que se esgota o prazo para o Ministério Público oferecer denúncia (CPP, Arts. 38 e 46). (Delmanto, p.158). Há exceções ao prazo normal da decadência, como por exemplo, nos crimes de imprensa, o prazo de decadência é de três meses, contados da data da publicação ou transmissão de acordo com a Lei nº 5.250/76, art. 41, 1º. De acordo com o art. 10 do Código penal conta-se o dia do início do prazo; regra também estabelecida para a contagem do prazo de decadência. O inquérito policial, a interpelação judicial e o pedido de explicações não interrompem nem suspendem o prazo de decadência. Diz o art. 34 do código de Processo Penal que: "Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal." A súmula 594, do STF veio confirmar a regra estabelecida pelo Código de Processo Penal ao estabelecer que: "Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente pelo ofendido ou seu representante legal". Se o ofendido for menor de 18 anos, o direito de queixa ou representação pertence ao seu representante legal. Estas regras se referem a titularidade do direito de queixa ou de representação e decadência. "Para a declaração da decadência é indispensável prova inequívoca no sentido de que o ofendido, apesar de ciente da autoria, não atuou no prazo legal". (Mirabete, p.369). 7 PRESCRIÇÃO Prevêem o artigo 107, IV do Código Penal, duas espécies básicas de prescrição: a prescrição da pretensão punitiva (art. 109, CP) e a prescrição da pretensão executória (art. 110, caput, CP). Entretanto, as duas espécies de prescrição podem ocorrer de quatro formas diferentes, são elas: A prescrição da pretensão punitiva propriamente dita (art. 109, CP); A prescrição subseqüente/superveniente/intertemporal à sentença condenatória (art. 110, 1º c/c art. 109, CP) antes do trânsito em julgado da sentença final; A prescrição retroativa (art. 110, 1º e 2º c/c art. 109 CP); e A prescrição da pretensão executória (art. 110, caput, CP) com trânsito em julgado da sentença final condenatória. 7.1 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA Aplica-se ás leis especiais às regras da prescrição previstas no art. 109 do CP, se estas não se dispuserem de modo diverso (art. 12). Assim, aplicam-se integralmente os dispositivos do Código Penal á Lei de Contravenções Penais, de abuso de autoridade, de Tóxicos, de Economia Popular, de crimes eleitorais etc. Quanto aos crimes definidos na Lei de Imprensa, a prescrição da pretensão punitiva ocorrerá dois anos após a data de publicação ou transição incriminada (art. 41 da Lei nº 5250 de ). Nos crimes falimentares, a prescrição opera-se em dois anos (art. 199 do Decreto-lei nº 7661 de ). Produz antes a sentença penal condenatória galgar foros de definitividade. O reconhecimento da pretensão punitiva encontra-se, de modo geral, lastreado na pena máxima abstratamente cominada. Não obstante, é possível que a prescrição anterior ao trânsito em julgado da sentença condenatória tenha por base pena concreta prescrição superveniente e prescrição retroativa. Quando a prescrição da pretensão punitiva baseia-se na pena em abstrato, deve-se considerar para efeitos de contagem o prazo prescricional, limite máximo previsto para a pena privativa de liberdade cominada ao delito perpetrado (art. 109, caput, CP). 9

10 Exemplo: se o agente pratica o delito previsto no art. 317 do Código Penal (corrupção passiva), cuja pena máxima é de oito anos de reclusão, o prazo da prescricional da pretensão punitiva será de doze anos (art. 109, III CP). Mas o agente incide na causa especial de aumento de pena constante do 1, em que a pena é aumentada de um terço, o referido prazo será de dezesseis anos (art. 1089, II CP). 7.2 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA Quando a sentença condenatória transita em julgado para as ambas a partes, surge o título penal, que deve ser executado dentro de certo lapso de tempo, variável de acordo com a pena aplicada. Perde ele sua força executiva se não for exercitado pelos órgãos estatais o direito dele decorrente, verificando-se então a prescrição da pretensão executória, também denominada prescrição de pena, prescrição da execução. Assim, se a pena não for executada no prazo legal, fica ela extinta, restando apenas os demais efeitos da condenação, regidos por normas próprias. A competência para decretar a prescrição da pretensão executória é do juiz encarregado da execução. Pode ser reconhecido em pedido de habeas corpus desde que o interesse comprove de imediato a incoerência de causa interruptiva. Consagrando a antiga interpretação jurisprudencial, a lei prevê nos parágrafos do art. 110, também a prescrição punitiva com base na pena concretizada na sentença. Com a prescrição da pretensão executória (ou da condenação), desaparece o direito CE execução da sanção penal imposta. Transitada em julgado a sentença condenatória, a prescrição regula-se pela pena in concreto, observando o dispositivo no artigo 109 do Código Penal. Ou seja, irrecorrível a sentença condenatória, o curso do lapso prescricional terá por base a pena aplicada, segundo os prazos fixados naquele diploma, os quais aumentam de um terço se o condenado é reincidente (art. 101, caput, CP). Exemplo: na hipótese de prática do delito epigrafado no artigo 272 do Código Penal (falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios), que comina pena de reclusão, de quatro a oito anos, e multa, tem se que o prazo da prescrição da pretensão punitiva é de doze anos (art. 109, III, CP). Condenado o agente a quatro anos de reclusão, o prazo de prescrição da pretensão executória será de oito anos (art. 109, IV CP), início a partir do trânsito em julgado da sentença condenatória. 10

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