ELEMENTOS DE GESTÃO DA RESILIÊNCIA EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS

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1 ELEMENTOS DE GESTÃO DA RESILIÊNCIA EM CADEIAS DE SUPRIMENTOS Autoria: Marcio G. Santos, Rosane Lúcia Chicarelli Alcântara RESUMO O objetivo do artigo é identificar os elementos de gestão que promovem a resiliência de cadeias de suprimentos. Para tal, uma revisão sistemática de literatura foi conduzida em 22 artigos científicos publicados em alguns dos principais periódicos internacionais de gestão de operações. A resiliência no contexto de cadeias de suprimentos é um campo de pesquisa novo, com oportunidades de pesquisas empíricas no contexto brasileiro. A identificação de fontes de vulnerabilidades e a gestão de elementos como: colaboração, flexibilidade, visibilidade e cultura organizacional são os principais aspectos considerados pela literatura para garantir a resiliência de cadeias de suprimentos. Palavras-chave: Resiliência; Cadeia de Suprimentos; Vulnerabilidades; Robustez 1. INTRODUÇÃO Países, comunidades, organizações e indivíduos estão sujeitos a ambientes diversos e em constante mutação. As ameaças que surgem nesses ambientes, muitas vezes turbulentos, podem variar em intensidade e freqüência, podendo ter origem interna ou externa ao sistema analisado (BRAMRA; DANI e BURNARD, 2011). As cadeias de suprimentos (CS) também estão sujeitas a estas condições. Elas são redes complexas de empresas que sofrem turbulências contínuas (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010), criando um potencial de perturbações imprevisíveis capazes de gerar interrupções no fornecimento de produtos e serviços aos consumidores finais e grandes transtornos para as empresas que as constituem. O termo "cadeia de suprimentos" é utilizado aqui em seu sentido mais amplo, ou seja, como sendo uma "rede de organizações que estão envolvidas, através de ligações a montante e a jusante, nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços a serem entregues aos consumidores finais "(CHRISTOPHER, 1998). Portanto, qualquer evento que afete negativamente o fluxo de materiais e informações entre o fornecedor inicial e o usuário final deve ser considerado como um risco de interrupção na cadeia de suprimentos (JUTTNER; PECK; CHRISTOPHER, 2003). Interrupções podem ter um efeito direto sobre a capacidade de uma organização para obter produtos acabados em um mercado e fornecer serviços críticos para os clientes (JUTTNER, 2005). Segundo Ponomarov e Holcomb (2009 p. 125) as interrupções na cadeia de suprimentos podem surgir a partir de fontes externas, como um desastre natural, e fontes internas, tais como a incapacidade de integrar todas as funções em uma cadeia de suprimentos. Desastres naturais, doenças, pandemias, furacões, tornados, terremotos, tsunamis, incêndios, explosões, chuvas, secas, recessão econômica, falha de equipamentos, erro humano e terrorismo, são exemplos de eventos que podem representar tanto uma ameaça potencialmente imprevisível e grave para a continuidade de uma cadeia de suprimento, quanto podem ocasionar implicações catastróficas para o seu funcionamento. A resiliência de uma cadeia de suprimentos é um fator importante em circunstâncias turbulentas (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010). Os gestores estão se tornando cada vez mais conscientes das vulnerabilidades potenciais das CS em situações de turbulência e da importância da resiliência destas mesmas cadeias. Segundo Pickett (2006), as cadeias de suprimentos devem aprender a antecipar, absorver e superar as perturbações causadas por estas turbulências. 1

2 A gestão estratégica das empresas requer um novo foco na redução de riscos que se estende para além das quatro paredes de uma única empresa (CHRISTOPHER; PECK, 2004). Portanto, gerenciar a resiliência da cadeia de suprimentos é um método pró-ativo que pode complementar e melhorar a tradicional gestão do risco e proporcionar a continuidade dos negócios (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010). Nesse sentido, Christopher e Peck (2004) afirmam que a resiliência da cadeia de suprimentos (Supply Chain Resilience - SCRes) é um campo científico de pesquisa em ascenção. Para Ponomarov e Holcomb (2009), a SCRes é, atualmente, considerada um componente crítico da Gestão de Risco na Cadeia de Suprimentos (SCRM), e uma área de pesquisa relativamente nova e ainda pouco explorada. Pettit; Fiksel e Croxton (2010), consideram a SCRes como um conceito em evolução. Assim, o objetivo desse artigo é identificar os elementos de gestão necessários, que podem ser incorporados nas estratégias corporativas, para a construção de cadeias de suprimentos resilientes, além disso, busca compreender as origens, características e fundamentos epistemológicos dos estudos de resiliência no contexto de cadeias de suprimentos. Este artigo está estruturado em três partes. Inicialmente é discutido o método de pesquisa abrangendo os estágios da revisão sistemática da literatura. No próximo tópico, são apresentados os resultados desta revisão e, por fim, a ultima parte é dedicado às conclusões da pesquisa, suas implicações gerenciais e indicações para pesquisas futuras. 2. MÉTODO A pesquisa discutida neste artigo utiliza mecanismos exploratórios, e utiliza a abordagem de revisão sistemática da literatura baseada nos cinco passos propostos por Denyer e Tranfield (2009). A revisão sistemática é uma metodologia que utiliza como fonte de dados a literatura sobre determinando tema e permite selecionar, avaliar, contribuir, analisar e sintetizar informações. Tal metodologia permite descrever as evidências de forma a permitir conclusões claras a serem alcançadas sobre o que já se conhece e sobre o que não se conhece sobre o assunto em questão (DENYER; TRANFIELD, 2009). Os cinco passos (figura 1) incluem: formulação de pergunta(s) de pesquisa, localização dos artigos científicos, seleção e avaliação dos artigos científicos, análise e síntese e finalmente a apresentação e discussão dos resultados. Cada passo será discutido a seguir. Figura 1 Passos do processo de revisão sistemática da literatura 1. Formulação de pergunta (s) de pesquisa 2. Localização dos estudos 3. Seleção e avaliação dos estudos 4. Análise e síntese 5. Apresentação e conclusão Fonte: Adaptado de Denyer e Tranfield (2009). 2.1 Formulação das perguntas de pesquisa 2

3 Definir uma pergunta de pesquisa clara é de fundamental importância para direcionar o foco da pesquisa. A principal questão de pesquisa que direciona esse estudo é: quais são os elementos de gestão que caracterizam a resiliência em CS? Para auxiliar no direcionamento da pesquisa outras questões complementares foram definidas: Qual a origem da aplicação do conceito de resiliência em cadeia de suprimentos? Quais ligações teóricas se fazem presentes nesse campo de estudo e qual o perfil epistemológico dos estudos? Como as empresas podem incorporar esses elementos de gestão em suas estratégias corporativas para aumentar a resiliência da cadeia? 2.2 Localização dos estudos O próximo passo da revisão sistemática é a localização dos estudos relevantes para a pesquisa. O objetivo é estabelecer um quadro teórico para a compreensão do campo de estudo de resiliência em cadeia de suprimentos. A pesquisa consultou periódicos científicos nacionais e internacionais indexados nas bases de dados eletrônicas Science Direct, Scopus, SciELO e Web of Science. A escolha dessas bases de dados foi por considerar que elas são amplamente acessíveis em instituições acadêmicas e concentram publicações da área de gestão de operações e negócios consideradas relevantes para a pesquisa. A base de dados SciELO é uma base de dados onde os principais periódicos nacionais estão indexados. Ela foi utilizada para consultar os principais periódicos da área de gestão de operações no Brasil (Revista Produção, Revista Gestão&Produção, RAE, RAC Revista de Administração Contemporânea). As bases de dados Science Direct, Scopus, e Web of Science foram utilizadas para realizar as buscas nos periódicos internacionais. Buscas avançadas foram realizadas nas bases de dados com os termos Resilience AND Supply Chain (Resiliência e Cadeia de suprimentos) e Supply Chain Resilient (Cadeia de suprimentos resiliente) e foram selecionados como Fields (campos de busca nos artigos): Article title, Abstract, Keywords (Título do artigo, Resumo, Palavras-chave). Esta busca resultou em 185 artigos. 2.3 Seleção e análise dos estudos Dado a amplitude dos resultados de busca, uma decisão foi tomada no sentido de tentar reduzir o número de artigos por meio da aplicação de um conjunto de quatro filtros. A tabela 1 sintetiza os passos utilizados na sequência de aplicação dos filtros. No primeiro filtro foi selecionada a área de análise e no segundo filtro determinou-se o tipo de documento. No terceiro filtro algumas palavras-chave foram utilizadas para delimitar a busca resultando num total de 42 artigos, somando-se os resultados de cada base de dados. O quarto filtro consistiu no refinamento do material a ser utilizado para análise. Após a leitura dos títulos e resumos identificou-se artigos que não tinham como foco de análise a resiliência no contexto de cadeia de suprimentos. Esta etapa eliminou 6 artigos. Outros 5 artigos foram eliminados por não estarem disponíveis na íntegra. Nove artigos que constavam na base de dados Scopus também apareceram em pelo menos uma outra base de dados, os quais foram excluídos, Todo este processo resultou em um total de 22 artigos utilizados para a análise. 3

4 Tabela 1 - Sequência da busca e número de artigos resultantes nas bases de dados Pesquisa inicial Filtro 1: Área de análise (Limitar a) Resilience and Supply chain Resultado Engineering Business, Management and Accounting Social Sciences Decision Sciences Bases de dados SciELO Science Direct Scopus Web of Science Filtro 2: Tipo de documento (limitar a) Article Review Supply chain resilience Filtro 3: Palavraschave (limitar a) Filtro 4 Supply chain disruptions Resilience Robustness Disturbance Leitura dos resumos, exclusão de artigos duplicados, download dos artigos para a seleção e avaliação artigos Esta avaliação não considerou trabalhos inéditos (ainda não publicados) ou trabalhos em periódicos não acadêmicos Contexto de classificação para análise da literatura Para conduzir a análise da literatura identificada foi estabelecido um contexto de classificação. Para o contexto de classificação da literatura foram considerados elementos como o foco da pesquisa, fonte do distúrbio, variáveis analisadas, ação da cadeia de suprimento, e características metodológicas. No nível abaixo de cada elemento de classificação existem outras variáveis de análise. Foco da pesquisa: Tem o objetivo de identificar as teorias relacionadas diretamente à resiliência de cadeias de suprimentos. Pode dividir-se em: vulnerabilidade (risco), robustez e resiliência; Fonte do distúrbio: Objetiva identificar a fonte geradora do evento perturbador na cadeia de suprimento, sendo subdividido em: internos à CS (demanda ou fornecimento) e externos à CS. Variáveis analisadas: Busca identificar a abordagem utilizada pelos autores na análise de resiliência em CS. Essa classificação subdivide-se em comportamento e dinâmica, capacidade, estratégia e desempenho; Estratégias da Cadeia de Suprimento: Visa identificar o que a literatura aponta como estratégias que devem ser adotadas pela cadeia de suprimentos perante a ocorrência de eventos perturbadores. Essa classificação subdividiu-se em estratégias de mitigação do risco, estratégias de adaptação e estratégias de antecipação do evento perturbador. Características metodológicas: Procura identificar as características e fundamentos epistemológicos do campo de estudo. Subdividiu-se em abordagem da pesquisa (qualitativa e 4

5 quantitativa) e métodos de pesquisa (construção/discussão teórica, estudo de caso, survey e framework). O material foi analisado de acordo com o contexto de classificação. A próxima seção apresenta o quarto passo da revisão sistemática de literatura, ou seja, a análise e discussão da revisão de literatura considerando os objetivos deste artigo. 3. REVISÃO DE LITERATURA Para que este artigo atinja seus objetivos optou-se pela utilização da técnica de revisão sistematica da literatura sobre resiliência em cadeia de suprimentos. Inicia-se a análise a partir da apresentação da definição e escopo de resiliência no contexto de cadeias de suprimentos. 3.1 Definição e escopo de resiliência em cadeias de suprimentos Segundo Bhamra; Dani e Burnard (2011) o termo resiliência é utilizado em diferentes áreas do conhecimento como ecologia, metalurgia básica, psicologia individual e organizacional, gestão estratégica, engenharia de segurança e na gestão da CS (SHEFFI, 2005; PONOMAROV; HOLCOMB, 2009). Estudos em resiliência de CS iniciaram-se no Reino Unido como consequência de protestos relacionados a problemas nos sistemas de transportes em 2000 e do surto de febre aftosa no rebanho bovino ocorrido no início de 2001 (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010). Estes estudos iniciais permitiram as seguintes constatações: i) a vulnerabilidade da CS é uma questão importante para a competitividade dos negócios; ii) existem poucas pesquisas abordando a vulnerabilidade da CS, gerando pouco conhecimento sobre o assunto; iii) é necessário uma metodologia para gerenciar a vulnerabilidade das CS (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010 p. 4). Com base em pesquisas empíricas esses estudos permitiram a Christopher e Peck (2004) desenvolver um framework inicial de resiliência em CS. Para esses autores a resiliência em cadeia de suprimento é uma área nova e inexplorada de pesquisa, uma das quais se apresenta em ascenção (CHISTOPHER; PECK, 2004 p. 3). Paralelamente aos estudos de Cranfield, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) analisaram vários estudos de casos de empresas e cadeias de suprimentos que sofreram interrupções, com foco na identificação de características de vulnerabilidades e respostas de gestão (SHEFFI, 2005). Eles procuraram identificar traços comuns entre estas e àquelas que mantiveram bons níveis de desempenho perante eventos perturbadores (SHEFFI; RICE, 2005). Esses dois grupos de pesquisadores iniciaram os estudos de resiliência em CS a partir da identificação das vulnerabilidades e dos riscos aos quais as cadeias estão submetidas (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010). Os resultados das pesquisas começaram a ser divulgadas em periódicos internacionais a partir de 2003 e estimularam outros grupos de pesquisas a contribuir com a formação deste campo de estudo. Entretanto, não há consenso na definição de resiliência na gestão de CS (SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012). A figura 2 sintetiza os conceitos de resiliência em cadeias de suprimentos identificados na literatura. Observa-se a evolução do conceito de resiliência no escopo da CS. Inicialmente o foco era a capacidade de reação da CS após sofrer uma interrupção (RICE; CANIATO, 2003). Posteriormente, a capacidade de reação alinha-se com a garantia de continuidade dos negócios (CHRISTOPHER; PECK, 2003). Observa-se, claramente, a necessidade do desenvolvimento de estratégias de mitigação de riscos e de adaptação às condições do ambiente. Já na concepção de Ponomarov e Holcomb (2009) o conceito de resiliência em CS deve ir além, ou seja, deve incluir a capacidade da CS de antecipar-se aos eventos 5

6 perturbadores, capazes de gerar interrupções, e caso eles ocorram, a CS deve ser capaz de recuperar-se, rapidamente, garantindo o seu funcionamento sem alterações na sua estrutura. Incluem-se nessa abordagem a necessidade de estratégias de antecipação, além de mitigação e adaptação. Figura 2: Conceito de resiliência em cadeia de suprimentos Autores Ano Conceito Rice: Caniato 2003 habilidade de reagir a uma interrupção inesperada e restaurar as operações normais Chistopher; Peck 2004 habilidade de um sistema em retornar a seu estado original ou mudar-se para um novo estado, mais desejável, após sofrer uma interrupção "a capacidade de adaptação da CS para se preparar para acontecimentos inesperados, responder à perturbações, e Ponomarov; 2009 recuperar-se a partir delas, mantendo a continuidade das Holcomb operações no nível desejado de conexão e controle sobre a estrutura e função" Wieland; Wallenburg 2012 capacidade de uma CS em lidar com mudanças. A resiliência é formada por duas dimensões: agilidade (capacidade reativa) e robustez (capacidade pró-ativa) Nesse avanço conceitual, Wieland e Wallenburg (2012) sintetizam as abordagens ao considerar que duas dimensões formam o conceito de resiliência em CS: agilidade - capacidade de ser reativa (RICE; CANIATO, 2003; CHRISTOPHER; PECK, 2004) e robustez capacidade de ser proativa (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009). A capacidade de ser resiliente esta estruturada ao longo de três fases distintas de interrupção na CS (SHEFFI; RICE, 2005; SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012), quais sejam: Prontidão: A CS deve estar preparada ou disponível para aquilo que foi concebida. Pode a CS continuar a fornecer bens ou serviços a custos razoáveis de acordo com as exigências dos clientes finais? Resposta: A CS deve ser capaz de reagir rapidamente a um estímulo específico. A resposta rápida implica em minimizar o tempo para reagir a perturbações e iniciar a fase de recuperação. Recuperação: A CS deve retornar às suas condições "normais" estáveis ou estado de equilíbrio o mais rápido possível. No geral, a idéia central do conceito de resiliência em CS esta relacionada com a capacidade da CS em garantir a manutenção de suas condições ao longo do tempo (CHRISTOPHER; PECK, 2004; PONOMAROV; HOLCOMB, 2009), a capacidade de recuperação após uma interrupção (RICE, CANIATO, 2003; CHRISTOPHER; PECK, 2004; PONOMAROV; HOLCOMB, 2009) e com a capacidade de antecipar-se a possíveis eventos perturbadores (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; WIELAND; WALLENBURG, 2012). 3.2 Contexto de análise A tabela 2 sintetiza a literatura consultada para essa revisão sistemática de literatura e o contexto de classificação utilizado para analisar o campo de estudo. As discussões a seguir fundamentam-se na análise da respectiva tabela. Para facilitar a compreensão da análise de literatura optou-se por apresentar e discutir os dados em sub-tópicos: origens do campo de estudo, ligações de aportes teóricos que subsidiam o estudo da resiliência em CS e, características e fundamentos epistemológicos do campo de estudo. 6

7 Tabela 2 Contexto de Classificação da literatura analisada Foco da Pesquisa Fonte do distúrbio Estratégias da CS Aspectos Metodológicos Vulnerabilidade Resiliência Robustez Demanda Autor (es) Ano Christopher; Peck 2004 Peck 2005 Sheffi; Rice Jr Juttner 2005 Peck 2006 Tang 2006 Craighead et. Al 2007 Bakshi; Kleindorfer 2009 Ponomarov ; Holcomb 2009 Colicchia; Dallari; Melacini 2010 Pettit; Fiksel; Croxton 2010 Klibi et. Al 2010 VanVactor 2011 Juttner; Maklan 2011 Zhang; Dadkhah; Ekwall 2011 Bhamra; Dani; Burnard 2011 Vlajic; Van der Vorst; Haijema 2012 Spiegler; Naim; Wikner 2012 Ishfaq 2012 Ivanov; Sokolov 2013 Johson; Eliiot, Drake 2013 Leat; Revoredo-Giha 2013 Fonte: Elaborada pelos autores Fornecimento Ambiente Mitigação Adaptação Antecipação Qualitativa Quantitativa Construção teórica Estudo de caso Survey Framework 7

8 Importante observar que as buscas nos periódicos nacionais não resultaram em nenhuma publicação, o que permite inferir que é um campo de pesquisa emergente sem estudos que analisam as cadeias de suprimentos no contexto brasileiro, representando uma oportunidade de pesquisas que contribuam para o desenvolvimento do campo de estudo e para analisar o quanto as cadeias de suprimentos brasileiras são resilientes. Este fato também evidencia que as empresas nacionais teriam dificuldade de encontrar em estudos acadêmicos realizados no Brasil, nas condições locais, informações que permitissem que elas incorporassem estratégias que aumentassem a resiliência das suas cadeias de suprimentos. 3.3 Resiliência em cadeia de suprimentos: principais aportes teóricos. Vulnerabilidade em cadeia de suprimentos A análise da literatura consultada permitiu identificar que o estudo de resiliência em cadeia de suprimentos combina os princípios do conceito de resiliência com estudos de vulnerabilidade da cadeia de suprimentos. Svensson (2002) considera vulnerabilidade como "desvios inesperados da norma e suas consequências negativas." Matematicamente, a vulnerabilidade pode ser medida em termos de "risco", ou seja, como uma combinação da probabilidade de ocorrência de um evento e de sua gravidade potencial (Craighead et al, 2007; Sheffi, 2005). Por sua vez, Christopher e Peck (2004) entendem a vulnerabilidade da cadeia de suprimento como uma exposição a perturbações graves, decorrentes de riscos na cadeia de suprimentos. A definição mais comumente aceita na literatura sobre gestão de risco na cadeia de suprimentos foi proposta por Juttner et al (2003). Eles a definem como "a identificação de potenciais fontes de risco e implementação de estratégias adequadas, por meio de uma abordagem coordenada entre os membros da cadeia de suprimentos em risco, para reduzir a sua vulnerabilidade" (Juttner et al, 2003 p. 201). Peck (2006, p 132) afirma que algo que está "em risco, é vulnerável". Ao abordar a vulnerabilidade da cadeia de suprimentos, os riscos da cadeia de suprimentos são abordados. Juttner et al. (2003) definem fontes de risco, como variáveis relacionadas à cadeia de suprimento ou ambientais que não podem ser previstas com certeza e que têm impacto sobre o desempenho da cadeia de suprimentos. Na mesma linha de pensamento Vlajic; Van der Vorst; Haijema (2012) definem as fontes de vulnerabilidade como características da cadeia de suprimentos ou de seu ambiente que levam à ocorrência de eventos inesperados e, consequentemente, tais eventos são causas diretas ou indiretas de distúrbios. Juttner (2005) sugere a existência de três categorias de riscos que segundo Christopher; Peck (2004) podem ser subdivididos e formar cinco categorias: i) riscos internos às empresas (processo e controle), ii) riscos internos à cadeia de suprimentos (demanda e fornecimento) e, iii) riscos externos à cadeia de suprimentos (ambiente). A resiliência é um método proativo de gestão de cadeias de suprimentos que pode complementar e melhorar a gestão tradicional de risco e planejamento da continuidade dos negócios (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010). Pettit; Fiksel e Croxton (2010) desenvolveram um framework de resiliência em CS partindo de dois pressupostos: (i) as forças de mudanças criam vulnerabilidades nas CS; (ii) controles de gestão criam capacidades na CS. Eles definem vulnerabilidade da CS como fatores fundamentais que fazem uma empresa ser vulnerável a uma perturbação e capacidades da CS como atributos que permitem uma empresa antecipar e superar perturbações (PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010 p. 6). Nesse framework, Pettit, Fiksel e Croxton (2010) identificam as fontes de mudanças em sete categorias de vulnerabilidades: turbulência, ameaças deliberadas, pressões externas, limitação de recursos, sensibilidade, conectividade e perturbações no fornecimento/ demanda. 8

9 Essas vulnerabilidades devem ser contrabalanceadas com controles gerenciais que criam capacidades na CS tais como: flexibilidade em compras, flexibilidade em cumprimento de pedidos, capacidade, eficiência, visibilidade, adaptabilidade, antecipação, recuperação, dispersão, colaboração, organização, posição de mercado, segurança e solidez financeiras. Segundo Sheffi e Rice (2005) a construção de uma cadeia resiliente deve ser uma iniciativa estratégica que muda a maneira como a cadeia opera. Para esses autores reduzir a vulnerabilidade significa reduzir a probabilidade de uma ruptura, aumentando a resiliência, ou seja, a capacidade de ela se recuperar caso uma ruptura aconteça. A seguir será apresentado o conceito de robustez em cadeia de suprimentos e a dificuldade em distinguir os conceitos de resiliência e robustez em cadeia de suprimentos. Robustez e resiliência em cadeia de suprimentos A capacidade de manter, executar e recuperar (adaptar) a estratégia planejada, com o desempenho esperado é uma propriedade objetiva importante de uma cadeia de suprimentos (IVANOV; SOKOLOV, 2013 p. 316). Esta propriedade está relacionada pela maioria dos autores com a resiliência da cadeia de suprimentos (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; SHEFFI, 2005; JUTTNER; MAKLAN, 2011). Neste ponto o principal desafio das organizações é implementar estratégias de resiliência que ofereçam proteção adequada contra ameaças sem reduzir a eficácia da CS em situações normais de negócios. Asbjørnslett (2008 Apud SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012 p. 6169) afirma que um sistema é robusto, ou resiliente, com respeito a uma ameaça, se a ameaça não for capaz de produzir quaisquer efeitos letais no sistema (nesse contexto entendido como uma CS). De acordo com Asbjørnslett (2008), o que diferencia um sistema robusto de um sistema resiliente é que o primeiro tem a capacidade de resistir a uma perturbação e reter o mesmo estado anterior. O último tem a capacidade de se adaptar e alcançar uma nova situação estável. A última definição está mais de acordo com a definição de resiliência proposta por Christopher e Peck (2004). Considerando robustez em diferentes campos de pesquisas e áreas de atuação Vlajic; Van der Vorst; Haijema (2012) entendem que uma CS só é robusta, se sua estrutura não for alterada em razão de um evento perturbador e que a robustez da CS só pode ser prejudicada por interrupções. Além disso, dependendo da estrutura da CS vários tipos específicos de eventos inesperados podem comprometer sua robustez tornando-a mais vulnerável. Nesse sentido, alguns autores (SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012; IVANOV; SOKOLOV, 2013) entendem que uma CS robusta deva ser concebida para manter o desempenho, mesmo no caso de perturbações, ou seja, uma CS capaz de responder a pequenas variações rotineiras. Enquanto que uma CS resiliente deva manter a eficiência da produção, ou seja, capaz de responder a grandes variações (perturbações) que geram interrupções e ser capaz de retornar a um estado de estabilidade semelhante ao anterior, melhor, ou próximo dele. Tang (2006) resume as principais estratégias que podem tornar uma CS robusta. Segundo ele, tais estratégias devem ser capazes de ajudar a empresa a reduzir custos e / ou melhorar a satisfação do cliente em circunstâncias normais bem como permitir que uma empresa sustente suas operações durante e depois de uma grande ruptura, contribuindo para a resiliência da CS. (Figura 3). As estratégias robustas na cadeia de suprimentos induz as empresas a desenvolverem planos contingencias quando um distúrbio ocorre, essas empresas se tornarão menos vulneráveis se elas reduzirem sua exposição ao risco e aumentarão a resiliência da CS da qual faz parte (Tang, 2006). A figura 4 permite compreender que o campo de estudo de resiliência no contexto de CS fundamenta-se na identificação das vulnerabilidades da CS, compreendida como o grau de 9

10 sensibilidade da cadeia (o grau em que a cadeia é afetada ou alterada devido à perturbações), sua capacidade de resposta (robustez e/ou resiliência) às ameaças (riscos) e o grau de exposição da CS a eventos perturbadores. Figura 3 Estratégias Robustas em Cadeia de Suprimentos Estratégias Robustas Definição Utilizar os conceitos de design de produto ou de processos, como a 1) Postergação padronização, uniformização, design modular e reversão de operações, para atrasar o ponto de diferenciação do produto Certificar-se que a cadeia de suprimentos pode continuar a 2) Estoque estratégico funcionar sem problemas diante de uma interrupção no fornecimento 3) Base de fornecimento flexível Para mitigar o risco associado com a fonte exclusiva Alguns produtos são produzidos em casa, enquanto outros produtos 4) Fabricar e Adquirir são externalizadas para outros fornecedores 5) Incentivos econômicos à oferta Para obter a flexibilidade de mudança de produção entre os fornecedores, o comprador pode fornecer certos incentivos econômicos para cultivar outros fornecedores 6) Transporte flexível Transporte multi-modal; Multiplos transportadores; múltiplas rotas. 7) Gestão de receitas via dinâmica de precificação e promoção 8) Planejamento de variedades 9) Sobreposição silenciosa de produtos Fonte: Adaptado de Tang (2006). Uma forma eficaz de gerenciar a demanda quando a oferta de um determinado produto é interrompido O conjunto de produtos em exposição, a localização de cada um dos produtos nas prateleiras e o número de parâmetros para influênciar a escolha e a procura dos consumidores por cada produto. Novos produtos são lançados, lentamente no mercado, sem qualquer anúncio formal Figura 4 - Ligações entre Vulnerabilidade, Robustez e Resiliência em CS. AMBIENTE EXTERNO Vulnerabilidade Grau de sensibilidade ao risco Capacidade de resposta Grau de exposição ao risco CADEIA DE SUPRIMENTOS Robustez Resiliência Fonte: Elaborado pelos autores (Adaptado de Gallopín (2006); Baseado em Bhamra; Dani; Burnard, (2011); Vlajic; Van der Vorst; Haijema (2012); Asbjørnslett (2008); Zhang; Dadkhah; Ekwall (2011)). 10

11 Nesse sentido, identificando os pontos de vulnerabilidades da CS, bem como os riscos internos e/ou externos à CS, a sua capacidade de respostas, à eventos inesperados capazes de causar perturbações na cadeia, pode ser classificado como robustez ou resiliência. Entretanto, observa-se que enquanto alguns autores entendem que robustez e resiliência são sinônimos (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; SHEFFI; RICE Jr, 2005) outros autores (SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012; VLAJIC; VAN der VORST; HAIJEMA, 2012; IVANOV; SOKOLOV, 2013) entendem que existem diferenças conceituais e estratégicas entre elas, embora sejam complementares. O próximo tópico apresenta as características e o perfil epistemológico das pesquisas em resiliência no contexto de CS. 3.4 Características e perfil epistemológico do campo de estudo Foco das pesquisas Observando a tabela 2 verifica-se que os estudos sobre resiliência em CS iniciaramse na identificação das vulnerabilidades da cadeia. Esses estudos foram se desenvolvendo na tentativa de estabelecer estratégias que permitissem às CS serem resilientes frente a eventos perturbadores. Somente a partir de 2009 as pesquisas começaram a ser desenvolvidas tendo como foco principal a resiliência da cadeia. Por ser um campo de pesquisa emergente ainda não é clara a distinção entre os conceitos de resiliência e robustez no contexto de CS, sendo utilizadas como sinônimos em alguns estudos (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009) e conceitos distintos mas complementares em outros (CHRISTOPHER; PECK, 2004). Fonte de ameaças Inicialmente as pesquisas mantinham o foco na identificação da vulnerabilidade da cadeia considerando os aspectos internos, ou seja, concentravam-se nos riscos inerentes ao fornecimento e a demanda da CS. Posteriormente, alguns autores começaram a investigar os riscos externos à CS, considerando o ambiente externo como principal fonte de ameaças (distúrbios) à cadeia de suprimentos. Considerando que os riscos externos à CS são mais difíceis de serem previstos e muitas vezes impossíveis de serem controlados, algumas pesquisas (TANG, 2006; SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012; IVANOV; SOKOLOV, 2013) começaram a focar o estudo da resiliência no desenvolvimento de estratégias robustas que permitam à CS ser mais resistente aos eventos perturbadores. Assim, pode-se observar facilmente as ligações existentes entre esses três campos de estudos e a interdependência entre eles nas pesquisas analisadas. Estratégias da CS Observa-se nos estudos cujo foco central de análise é a vulnerabilidade da CS, (CHRISTOPHER; PECK, 2004; PECK, 2005; SHEFFI, RICE Jr, 2005; JUTTNER, 2005; PECK, 2006; CRAIGHEAD et. al, 2007; VLAJIC; VAN der VORST; HAIJEMA, 2012), a literatura apresenta a mitigação como estratégia a ser adota pela CS. Tais estratégias estão relacionadas com a identificação dos riscos internos à CS (fornecimento e demanda). Poucos fornecedores para determinados produtos ou variações na demanda de produtos decorrentes da sazonalidade de consumo ou de mudanças no ciclo de vida dos produtos são pontos a serem considerados como vulneráveis. Quando a resiliência passa a ser o foco da análise, uma das abordagens reside em estratégias de adaptação, aos eventos que causaram instabilidade, ou recuperação, após sofrer interrupções no funcionamento da CS (TANG, 2006; PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; 11

12 JUTTNER; MAKLAN, 2011; BHAMRA; DANI; BURNARD, 2011; IVANOV; SOKOLOV, 2013). Planejamento colaborativo com fornecedores, estratégias de postergação e incentivos econômicos para atrair fornecedores potenciais são algumas das estratégias sugeridas. A outra abordagem da resiliência consiste em desenvolver estratégias de antecipação. Alguns autores sugerem que a CS deve desenvolver habilidades gerenciais para se preparar para a ocorrência de eventos inesperados. Flexibilidade nos processos logísticos com uso de múltiplos meios de transportes e rotas (ISHFAQ, 2012), rede de aliança com fornecedores estratégicos (TANG, 2006), redução no lead time (TANG, 2006), planejamento colaborativo (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; JUTTNER; MAKLAN, 2011), planos contingenciais (SPIEGLER; NAIM; WIKNER, 2012), seleção e certificação de fornecedores (VLAJIC; VAN der VORST; HAIJEMA, 2012) e implantação de uma cultura de gestão de riscos (ZHANG; DADKHAH; EKWALL, 2011) são estratégias apontadas para melhorar a resiliência da CS. Perfil epistemológico do campo de estudo Observa-se a predominância de pesquisas qualitativas, utilizando-se principalmente discussão/construção teórica e construção de framework teórico. Apenas 7 (sete) dos 22 (vinte e dois) artigos analisados utilizaram estudos de casos como método de pesquisa para identificar variáveis do fenômeno estudado. Apesar de um trabalho ter utilizado o método survey (JUTTNER, 2005), ele é caracterizado como quantitativo exploratório, aliado com discussões qualitativas em grupos de gestores de CS. Esse perfil epistemológico de pesquisas comprova que o campo de estudo é novo, necessitando de mais estudos, que identificam variáveis ou, que se proponham a testar as variáveis já identificadas na literatura, por meio de pesquisas empíricas utilizando-se estudos de casos ou survey para analisar como essas variáveis se comportam em diferentes setores de CS. 4. CONCLUSÃO O objetivo principal desse artigo foi identificar os elementos necessários, que podem ser incorporados nas estratégias corporativas, para a construção de cadeias de suprimentos resilientes. Observa-se a emergência do campo de estudo e as diferenças conceituais de resiliência no contexto de cadeia de suprimentos. As ligações dos aportes teóricos de vulnerabilidade (risco) e robustez constituem o campo de pesquisa de resiliência em cadeia de suprimentos. Apesar do número crescente de publicações sobre resiliência em cadeia de suprimentos, há poucos estudos com aplicação empírica. A maioria dos estudos existentes têm fornecido informações mais qualitativas sobre o problema e concentram-se mais na identificação de fontes de riscos e na determinação de estratégias de mitigação e contingência. Enquanto alguns autores consideram a resiliência como elementos formativos, ou seja, antecedentes à resiliência da cadeia de suprimentos (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; JUTTNER; MAKLAN, 2011) outros os veem como elementos constituintes da própria resiliência (CHRISTOPHER; PECK, 2004; PECK, 2005). Considerando os elementos de gestão encontrados na literatura (Figura 5), diversas estratégias podem ser incorporadas pelas empresas para aumentarem a resiliência de suas cadeias de supriementos. Muitos autores apontam a diversificação de fornecedores e a colaboração como uma estratégia para lidar com as interrupções (CHRISTOPHER; PECK, 2004; SHEFFI; RICE Jr, 2005; PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; PETTIT; FIKSEL, CROXTON, 2010; JUTTNER; MAKLAN, 2011; ZHANG; DADKHAH; EKWALL, 2011). O acesso a uma ampla base de suprimento permite às empresas injetar em CS adicionais e 12

13 Figura 5 - Principais elementos de gestão da Resiliência em CS Elementos Descrição Autor (es) Colaboração Cultura Capacidade de trabalhar de forma eficaz com fornecedores e clientes na busca por benefícios mútuo da cadeia de suprimentos ( Previsão colaborativa, gestão de clientes, Comunicações, adiamento de encomendas, gestão do ciclo de vida do produto, partilha de risco com parceiros) Criar uma cultura organizacional para gestão de riscos e vulnerabilidades: autonomia de decisões e resolução de problemas nos níveis operacional e estratégico. Christopher; Peck, 2004; Sheffi; Rice Jr, 2005; Ponomarov; Holcomb, 2009; Pettit; Fiksel, Croxton, 2010; Juttner; Maklan, 2011; Zhang; Dadkhah; Ekwall, 2011; Christopher; Peck, 2004; Sheffi; Rice Jr, 2005; Zhang; Dadkhah; Ekwall, Densidade Flexibilidade Integração Velocidade (agilidade) Visibilidade Redundância Densidade da cadeia de suprimentos conota o espaço geográfico de nós dentro de uma cadeia de suprimentos, com densidade da cadeia de suprimentos sendo inversamente proporcional ao espaçamento geográfico "Ser capaz de dobrar facilmente sem quebrar". Flexibilidade garante que as alterações causadas pelo evento de risco pode ser absorvido pela cadeia de suprimentos por meio de respostas eficazes enfatiza a importância da interação de aspectos logísticos, de montante a jusante na cadeia. Interação de pedidos, estoques, transporte e distribuição para facilitar a transparência da cadeia de suprimentos significa "velocidade de movimento, ação ou operação, rapidez e agilidade e é definida como a capacidade da cadeia de suprimento para responder às mudanças imprevistas do ambiente (riscos) O conhecimento dos ativos operacionais (identidade, estrutura, localização) e do ambiente (identificação das fontes de vulnerabilidades - riscos) da cadeia de suprimentos. é o conceito familiar de manter alguns recursos em reserva para ser usado em caso de uma interrupção. As formas mais comuns de redundância são estoque de segurança e o uso deliberado de vários fornecedores. Craighead et. al, Christopher; Peck, 2004; Peck, 2005; Sheffi; Rice Jr, 2005; Pettit; Fisel, Croxton, 2010; Juttner; Maklan, 2011; Zhang; Dadkhah; Ekwall, 2011; Ishfaq, Ponomarov; Holcomb, Christopher; Peck, 2004; Juttner; Maklan, Peck (2005); Pettit; Ponomarov; Holcomb, 2009; ; Pettit; Fiksel; Croxton, 2010; Juttner; Maklan, 2011; Zhang; Dadkhah; Ekwall, 2011 Sheffi; Rice Jr, 2005 Fonte: Elaborada pelos autores 13

14 mudar rapidamente o volume de produção em caso de uma interrupção (SHEFFI, 2006; TANG, 2006). A construção de uma rede de fornecedores e a criação de uma cultura empresarial de gestão de riscos (CHRISTOPHER; PECK, 2004; SHEFFI; RICE Jr, 2005; ZHANG; DADKHAH; EKWALL, 2011) são estratégias que podem ser combinadas com acordos contratuais flexíveis, inspeções e qualificações de fornecedores, além de estratégias de compra (terceirização) ou de fabricação para dividir a produção em diferentes fábricas (SHEFFI, 2006). Outra abordagem estratégica para garantir o reabastecimento sem interrupção consiste em planejar e organizar os estoques para garantir a disponibilidade do produto (SHEFFI; RICE Jr, 2005) e, garantir o acesso a capacidade de transporte utilizando-se múltiplas rotas (PONOMAROV; HOLCOMB, 2009). Embora os estoques redundantes implicam em maiores custos às empresas, eles podem garantir a recuperação rápida em caso de uma interrupção (SHEFFI, 2006; TANG, 2006). Além disso, é fundamental utilizar-se de vários meios de transporte, várias operadoras com vários canais de distribuição (TANG, 2006). Em alguns casos, as empresas podem até mesmo optar por manter uma frota de transporte dedicada para garantir maior controle e redução dos custos de re-planejamento (Sheffi, 2006). Por fim, vários autores (PECK, 2005; PETTIT; FIKSEL; CROXTON, 2010; PONOMAROV; HOLCOMB, 2009; JUTTNER; MAKLAN, 2011; ZHANG; DADKHAH; EKWALL, 2011) pontuam a visibilidade da CS como elemento importante da resiliência. Nesse sentido, identificar as empresas mais vulneráveis na estrutura da CS e compartilhar conhecimentos e informações são estratégias que podem contribuir para aumentar a resiliência de toda a CS. Por se tratar de um campo de pesquisa emergente várias são as possibilidades de pesquisas futuras que contribuam para o desenvolvimento do campo de estudo: Aplicação empírica de diferentes frameworks para validação do modelo teórico; Identificar os processos de negócios que melhor contribuam para a resiliência da cadeia de suprimentos; Verificação empírica em CS de sucesso para analisar a influência dos elementos da resiliência na gestão da CS e, consequentemente, na melhoria do seu desempenho. Desenvolver modelos de avaliação da resiliencia em CS e aplicação em diferentes contextos (setores, países) para verificar como os elementos se comportam em função do tipo de CS. Uma vez que esse artigo não possui intenção em esgotar o assunto abordado, considera-se como limitações da pesquisa o recorte adotado para identificação e seleção do material a ser analisado, sem aprofundar as discussões ligadas à gestão do risco. Além disso, o contexto de classificação utilizado para análise baseia-se em critérios intencionais definidos pelos autores. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKSHI, N.; KLEINDORFER, P.: Co-opetition and Investment for Supply-Chain Resilience. Production and Operations Management. Vol, 18, nº 6, pp , BHAMRA, R.; DANI, S.; BURNARD, K.: Resilience: the concept, a literature review and future directions. International Journal of Production Research. Vol, 49, nº 18, pp ,

15 COLICCHIA, C; DALLARI, F; MELACINI, M.: Increasing supply chain resilience in a global sourcing context. Production Planning & Control: the Management of Operations, vol, 21, nº 7, p , CRAIGHEAD, C. W.; BLACKHURST, J.; RUNGTUSANATHAM, M. J.: HANDFIELD, R. B.: The Severity of Supply Chain Disruptions: Design Characteristics and Mitigation Capabilities. Decision Sciences. Vol, 38, nº 1, CHRISTOPHER, M.: Logistics and Supply Chain Management, Pitman Publishing, London, CHRISTOPHER, M.: PECK, M.: Building the Resilient Supply Chain. The International Journal of Logistics Management. Vol, 15, nº 2, DENYER, D.;TRANFIELD, D. Producing a systematic review. In BUCHANAN, D. A; BRYMAN, A. (Eds). The sage handbooks of Organizational research Methodos. London: Sage Publications, p , ISHFAQ, R.: Resilience through flexibility in transportation operations. International Journal of Logistics: Research and Applications. Vol, 15, nº 4, pp , IVANOV, D.; SOKOLOV, B.: Control and system-theoretic identification of the supply chain dynamics for planning, analysis and adaptation of performance under uncertainty. European Journal of Operational Research. Vol, 224, nº 2, pp , JOHNSON, N; ELLIOTT, D; DRAKE, P.: Exploring the role of social capital in facilitating supply chain resilience. Supply Chain Management: Na International Journal, vol, 18, nº 3, p , JUTTNER, U.: Understanding the business requirements from a practitioner perspective. The International Journal of Logistics Management. Vol, 16, nº 1, pp , JUTTNER, U.; MAKLAN, S.: Supply chain resilience in the global financial crisis: an empirical study. Supply Chain Management: An International Journal. Vol, 16, nº 4, pp , JUTTNER, U.; PECK, H.;CHRISTOPHER, M.: Supply chain risk management: outlining an agenda for future research. International Journal of Logistics: Research and Applications. Vol. 6 No. 4, pp , KLIBI, W.; MARTEL, A.; GUITOUNI, A.: The design of robust value-creating supply chain networks: A critical review. European Journal of Operational Research. Vol, 203, nº 2, pp , LEAT, P.; REVOREDO-GIHA, C. Risk and resilience in agri-food supply chain: the case of the ASDA PorkLink supply chain in Scotland. Supply Chain Management: An International Journal, vol, 18, nº 2, p , PECK, H.: Drivers of supply chain vulnerability: na integrated framework. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management. Vol, 35, nº 4, pp , PECK, H.: Reconciling supply chain vulnerability, risk and supply chain management. International Journal of Logistics: Research and Applications. Vol, 9, nº2, pp , PETTIT, T. J.: FIKSEL, J.; CROXTON, K. L.: Ensuring Supply Chain Resilience: Development of a Conceptual Framework. Journal of Business Logistics. Vol, 31, nº 1, PICKETT, C.: Prepare for Supply Chain Disruptions Before they Hit. Logistics Today. Vol. 47, No. 6, pp , PONOMAROV, S. Y.: HOLCOMB, M. C.: Understanding the concept of supply chain resilience. The international Journal of Logistics Management. Vol, 20, nº 1, pp , SHEFFI, Y.: RICE JR, J. B.: A Supply Chain View of the Resilient Enterprise. Fall Research Feature. Vol, 47, nº 1,

16 SPIEGLER, V. L. M.; NAIM, M.: WIKNER, J.: A control engineering approach to the assessment of supply chain resilience. International Journal of Production Research. Vol, 50, nº 21, pp , TANG, C. S.: Robust strategies for mitigating supply chain disruptions. International Journal of Logistics: Research and Applications. Vol, 9, nº1, pp , TRANFIELD, D.; DENYER, D.; SMART, P.: Towards a methodology for developing evidence informed management knowledge by means of systematic review. British jornal of Management, V. 14, VLAJIC, J.: van der VORST, J. G. A. J.; HAIJEMA, R.: A framework for designing robust food supply chains. International Journal Production Economics. Vol, 137, pp , ZHANG, D. DADKHAH, P.; EKWALL, D.: How robustness and resilience support security business againgst antagonistic threats in transport network. J Transp Secur. Vol, 4, pp ,

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