DIREITO DO CONSUMIDOR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO DO CONSUMIDOR"

Transcrição

1 DIREITO DO CONSUMIDOR Graduação 1

2 UNIDADE 1 TEORIA GERAL DO DIREITO DO CONSUMIDOR O CDC será aplicado em toda relação consumerista. Desta forma, devemos estudar quais são essas relações para estabelecermos qual a que aplicaremos a Lei 8.078/90. Conforme identificaremos no decorrer do presente estudo, haverá sempre relação jurídica de consumo se identificarmos em um pólo o consumidor e noutro o fornecedor, sendo objeto dessa relação o produto ou serviço. Desta forma, se torna inteiramente importante conceituarmos esses institutos para que possamos compreender melhor e, efetivamente, aplicar o CDC. OBJETIVOS DA UNIDADE: Identificar a relação existente entre o consumidor e o fornecedor. Verificar o objeto da relação consumidor e o fornecedor. Identificar os conceitos: consumidor, fornecedor, produto e serviço. Compreender aplicação do Código de Direto do Consumidor. PLANO DA UNIDADE: Histórico. Conceitos de: consumidor, fornecedor, produtos e serviços. Direitos básicos do consumidor. Princípios constitucionais e específicos. Bem-vindo à primeira unidade de estudo.

3 UNIDADE 1 - TEORIA GERAL DO DIREITO DO CONSUMIDOR HISTÓRICO O Código Civil Brasileiro entrou em vigor em 1917, submetido a uma tradição do direito civil europeu do século anterior. Com a fase desenvolvimentista, capitaneada pelo mercado Norte Americano, que do ponto de vista do capitalismo contemporâneo, norteia o controle econômico mundial. Hoje, esse controle denomina-se globalização. Com uma grande produção homogeneizada (standart), em série, possibilitou uma diminuição profunda dos custos e um aumento gigantesco da oferta, atingindo, desta forma, uma grande camada de pessoas que consomem esses produtos. Apesar de chegar com grande atraso, desde a vigência do Código Civil de 1917, somente no final do século, o Projeto de Lei apresentado pelo então Deputado Geraldo Alckmin virou Lei n /90. CONCEITOS DE: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS. O conceito de consumidor nos é dado pelo art. 2º da Lei 8.078/90, que determina ser toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Podemos destacar desse conceito 3 (três) elementos que o compõem. O primeiro é o elemento subjetivo, que é a pessoa física ou jurídica; o segundo é o elemento objetivo, que é a aquisição de produto ou serviço; e o terceiro é o elemento teleológico, que é a finalidade pretendida com a aquisição do produto ou serviço, que é destacado pela expressão destinatário final. A definição dada pelo artigo é considerada pela doutrina como consumidor stricto senso, que se contrapõe aos chamados consumidores equiparados, definidos no parágrafo único do art. 2º e nos arts. 17 (vítimas do evento a doutrina norte-americana os chama de bystander) e 29 (pessoas determináveis ou não-expostas, expostas às práticas nele previstas) da lei. A característica principal dada pela norma para alcançar aquele que será consumidor, de acordo com o legislador, seria a aquisição ou utilização do bem como destinatário final. E isso a lei não define, deixando a cargo da doutrina a solução para a interpretação dessa expressão para, então, se definir o que, efetivamente, quem vem a ser, definitivamente, consumidor.

4 Diante desse impasse, três correntes se formaram a respeito do tema: a teoria finalista; a teoria maximalista; e a teoria finalista mitigada. Para a teoria finalista, a interpretação da expressão destinatário final seria restrita, fundamentando que somente o consumidor, parte mais vulnerável na relação contratual, mereceria amparo da norma. Desta forma, consumidor seria o não-profissional, ou seja, aquele que adquire ou utiliza um produto para uso próprio ou de sua família, não podendo adquirir o produto para revenda ou para uso profissional, pois, caso contrário, seria instrumento de produção e, como tal, seria incluído no preço final do produto, o que não haveria, na lei, a exigida destinação final do produto ou serviço. Diante disso, o destinatário final seria aquele que retira o bem do mercado, ou seja, o que coloca um fim na cadeia de produção e não aquele que adquire um bem para continuar a produzir. Contrapondo-se a esse entendimento, veio a teoria maximalista, defendendo a idéia de que consumidor é visto de maneira bem mais ampla, alcançando um número maior de relação jurídica de direito material. Para os adeptos dessa teoria, o destinatário final seria o destinatário fático, não importando a destinação econômica do bem. Para esses, a definição do art. 2º deve ser interpretado o mais amplamente possível, alcançando um número bem maior de relação jurídica, não importando se pessoa física ou jurídica, tendo ou não fim de lucro quando adquire um produto ou utiliza um serviço. Desta forma, destinatário final seria o destinatário fático do produto, ou seja, aquele que o retira do mercado e o utiliza, o consome, como por exemplo, a concessionária que adquire o veículo do fabricante, para transporte dos clientes, dos funcionários; o advogado que compra o computador para o escritório, etc. Percebemos, pois, que dois são os posicionamentos acerca de consumidor: um restrito (teoria finalista); e outro mais amplo (teoria maximalista). Chegando a meio termo entre a restrição da teoria finalista e a amplitude da teoria maximalista, surge a teoria finalista mitigada, que vem se firmando tanto na doutrina quanto na jurisprudência. Esta teoria adota o entendimento da teoria finalista, mas não na sua concepção, devendo, por sua vez, ser observado a questão da vulnerabilidade. Para essa corrente que defende essa teoria, existem 3 (três) tipos de vulnerabilidades: a técnica; a científica (ou até mesmo jurídica); e a fática (ou socioeconômica). A vulnerabilidade técnica seria aquela na qual o comprador não possui conhecimentos específicos sobre o produto ou serviço, podendo, desta feita, ser mais facilmente iludido no momento da contratação.

5 UNIDADE 1 - TEORIA GERAL DO DIREITO DO CONSUMIDOR Na vulnerabilidade científica (ou jurídica) seria a falta de conhecimentos pertinentes à relação jurídica ou até mesmo jurídico, como por exemplo, falta de conhecimentos matemáticos, financeiros, econômicos e até mesmo de contabilidade. Já na vulnerabilidade fática seria a vulnerabilidade real, em decorrência do poderio econômico, ou seja, pela posição do monopólio, ou em razão da essencialidade do serviço prestado, impondo uma relação contratual de superioridade. Desta forma, de acordo com a visão dessa teoria destinatário final compreendido no art. 2º do CDC, somente poderia ser aquele que se encontra vulnerável, o que somente poderá ser observado no caso concreto pelo juiz, fazendo com que mesmo aquele que não preenche os requisitos de destinatário final e econômico do produto ou serviço pudesse ser abrangido pela tutela especial do CDC. Com relação a fornecedor, o Código de Defesa do Consumidor ao fixar limites a respeito do mesmo, determinou que este seria gênero, o qual comportava as seguintes espécies: produtor, montador, criador, fabricante, construtor, transformador, importador, distribuidor, comerciante e o prestador de serviços, concedendo, desta forma, uma amplitude generalizada ao conceito. No fornecimento de produtos e serviços, podem ser considerados como fornecedores tanto pessoa jurídica quanto a pessoa física. Dessa forma, as pessoas jurídicas de direito público também poderão ser enquadradas como fornecedores, caso haja uma contraprestação direta pelos consumidores (ex.: água, luz, telefone). Os entes despersonalizados também estão inseridos como fornecedores. A relação entre o banco e o cliente é considerada relação de consumo. Este entendimento, inclusive, já foi consolidado através da súm. 297 do STJ o Código de Defesa do Consumidor é aplicável a instituições financeiras. O contrário, encontraremos nos serviços realizados mediante pagamento de tributos, que não se submetem à norma consumerista, uma vez que não há consumidor propriamente dito, mas sim mera contribuição por parte deste. Nas relações entre patrão e empregado, estão fora da relação consumerista, uma vez que possui norma própria (CLT). No mesmo diapasão, encontramos na relação condominial, pois o pagamento realizado serve apenas às despesas de conservação. Entendimento correlato é feito na relação locatícia, uma vez que existe norma específica própria que regulamenta a matéria (L /91). A jurisprudência, por sua vez, pacificou entendimento de que as seguintes matérias não são acobertadas pelo CDC: crédito educativo; cotista

6 de clube de investimento; contrato de prestação de serviços entre Correios e determinada empresa (contrato administrativo). Encontramos, entretanto, divergência de posicionamento no que se refere à prestação de serviços advocatícios. A Segunda Seção, do STJ, que trata de assuntos de direito privado, composta pela 3ª e 4ª Turmas, possuem entendimentos opostos. A 3ª Turma entende que há relação de consumo (STJ, REsp SE, Rel. Min. Antônio Pádua Ribeiro, j ). Já a 4ª Turma, entende que não há relação de consumo (STJ, REsp MS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, j ). O CDC, por sua vez, conceitua produto em seu art. 3, 1 como sendo qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial, dando máxima amplitude. Já serviço é definido no 2, do art. 3, sendo qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração. Segundo o artigo, estariam excluídas do CDC aquelas atividades desempenhadas a título gratuito, como as feitas de favores ou por parentesco. É preciso ter cuidado para verificar se o fornecedor não está tendo uma remuneração indireta na relação. Alguns serviços, apesar de gratuitos, estão abrangidos pelo CDC, uma vez que, fornecedor de alguma forma, está sendo remunerado pelo serviço. É o exemplo da gratuidade de transporte coletivo para os maiores de 65 anos, pois o fornecedor, embora não seja remunerado diretamente por essas pessoas, está sendo remunerado pela coletividade. DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR O art. 6º do CDC elenca uma série de direitos, destacando, entretanto, que se tratam de básicos, o que leva a uma interpretação de que existem outros, mas esses servem de orientação. Dentre os principais, destacamos os seguintes: 1) Igualdade nas contratações O inc. II do art. 6º garante a igualdade nas contratações. É, efetivamente, a garantia expressa do princípio constitucional da igualdade (art. 5º, caput da CRFB). A norma determina que o fornecedor não pode diferenciar os consumidores entre si, oferecendo as mesmas condições a todos os consumidores. Admitem-se, entretanto, certos privilégios a determinados consumidores que necessitam de certa deferência, como por exemplo, idosos, gestantes, deficientes.

7 UNIDADE 1 - TEORIA GERAL DO DIREITO DO CONSUMIDOR 2) Dever de Informar O fornecedor está obrigado a prestar todas as informações acerca do produto e do serviço, suas características, qualidades, riscos, preços, de maneira clara e precisa, não se admitindo falhas, imprecisões e omissões. Esse direito deve ser interpretado de forma sistemática, pois o mesmo é ratificado quando o código protege o consumidor das práticas comerciais, especificamente, da oferta do produto no mercado, no art. 31 do CDC. 3) Proteção contra publicidade enganosa ou abusiva Esse direito está previsto no inc. IV do art. 6º e controlado pelos arts. 36 a 38 e apontado como infração penal prevista nos arts. 67 a 69, todos do CDC. 4) Proibição de práticas abusivas e cláusulas abusivas Essas proteções vêm também nos incs. IV e V do art. 6º proibindo, radicalmente, as condutas abusivas, sendo apresentado um rol, não taxativo, mas exemplificativo, no art. 39 e seguintes do CDC. No que concerne à cláusula abusiva, todas são nulas, conforme se faz verificar nos arts. 51 a 53 do CDC. Uma questão interessante refere-se à interpretação dada por parte da doutrina na parte final do inc. V, quando diz que... ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;, ocorrendo uma desproporcionalidade na execução do contrato. Para essa parte da doutrina trata-se da teoria da imprevisão. Ousamos discordar. Nas relações contratuais, prevalece o princípio da obrigatoriedade da convenção, pelo qual as estipulações deverão ser fielmente cumpridas (pacta sunt servanda - o pacto deve ser cumprido). Nos contratos de pactos sucessivos, ou seja, o de longo prazo, num determinado momento, pode vir acontecer que o equilíbrio econômicofinanceiro do mesmo possa ruir e, diante dessa possibilidade, esse princípio se torna inviável. Principalmente, nos países onde a normalidade econômica não se faz presente, inviabilizando excessivamente os contratantes no cumprimento do contrato. Visando amenizar o rigorismo do princípio da pacta sunt servanda, veio a cláusula rebus sic stantibus, que é uma ressalva ao princípio da imutabilidade, de aplicabilidade excepcional e restrita, intrínseca em todos os contratos a longo prazo, devendo, para tanto, ser requerida pela parte interessada a revisão contratual no que concerne ao ponto que se torna inviável o cumprimento contratual. A teoria da imprevisão tem lugar quando, em um contrato, surgir um acontecimento imprevisto, causando um desequilíbrio e, como conseqüência, uma prestação desproporcional ou onerosidade excessiva para um dos contraentes.

8 O Código Civil de 2002, na Seção IV (Da Resolução por Onerosidade Excessiva), do capítulo II (Da Extinção do Contrato), do Título V (Dos Contratos em Geral), previu tal situação, adotando a cláusula rebus sic stantibus em termos mais adquados, quando no art. 478 determina que Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimento extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Por sua vez, o art. 479 do CC, assevera que A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. O art. 480 do CC, definitivamente, afirma que Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. Não vemos, desta feita, a aplicabilidade da teoria da imprevisão no caso de distorção contratual em virtude da onerosidade excessiva. Até porque, a onerosidade excessiva oriunda de desequilíbrio econômicofinanceiro através de planos governamentais é fato previsível, que culminam na cláusula rebus sic stantibus, através de requerimento da prestação jurisdicional, pleiteando a revisão contratual. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E ESPECÍFICOS O art. 4º do CDC fala sobre a Política Nacional das Relações de Consumo, tendo como objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, ao respeito, à dignidade, saúde e segurança, da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações, e, para isso, a lei estabelece obrigações e princípios que devem ser observados e respeitados, tanto pelo poder público quanto pelos fornecedores nas relações de consumo. Princípios significam normas jurídicas que traçam diretrizes gerais, regras fundamentais, enunciando, de certa forma, a causa ou a razão da conduta imposta. São verdadeiramente, NORMAS DAS NORMAS, ou seja, premissa maior. Na relação de consumo, podemos destacar os seguintes princípios específicos: 1) Princípio da Isonomia (ou Princípio da Vulnerabilidade do Consumidor): Este princípio é internacionalmente reconhecido. É o alicerce básico que envolve o consumidor, servindo de justificativa à sua tutela jurisdicional, uma vez que, na relação de consumo, é este o mais fraco na relação jurídica. O art. 5º da CRFB determina

9 UNIDADE 1 - TEORIA GERAL DO DIREITO DO CONSUMIDOR que todos são iguais perante a lei, entendendo-se daí, no dizer de NELSON NERY JR (Código de Processo Civil Comentado, São Paulo, SP, RT, 1999), que devem os desiguais ser tratados desigualmente na exata medida de suas desigualdades. 2) Princípio de Boa-fé: Este princípio está inserido no art. 4º do CDC, exigindo que as partes, na relação de consumo, atuem com sinceridade, seriedade, veracidade, lealdade e transparência, sem objetivos maldisfarçados de esperteza, lucro fácil e imposição de prejuízo ao outro. 3) Princípio da Transparência e Harmonia na Relação: O caput do art. 4º do CDC determina que a Política Nacional das Relações de Consumo deve haver transparência e harmonia das relações de consumo, devendo deixar de lado o acirramento de ânimos. 4) Princípio da Proibição de Abusos: Sempre que houver abusos praticados na relação de consumo, este deverá ser prontamente proibido, punindo o infrator. 5) Princípio do Incentivo ao Autocontrole: Ao Estado cabe servir de mediador nas relações de consumo, procurando evitar e solucionar os conflitos. Desta feita, deverá incentivar que providências sejam tomadas no sentido de que o produto chegue ao consumidor da melhor maneira possível. Logicamente que esses mecanismos serão custeados pelo fornecedor. Como exemplo, podemos destacar o recall utilizado pelas fábricas automobilísticas. 6) Princípio da Conscientização: Se o que se busca é o equilíbrio das relações de consumo, é necessário que haja, pelas partes, maior conscientização no que toca os seus direitos e obrigações. Havendo conscientização, com toda certeza menor será o conflito. 7) Princípio da Informação (ou transparência): O fornecedor deverá dar o maior número de informações possível ao consumidor sobre o produto ou serviço dado e os riscos que o mesmo poderá sofrer. 8) Princípio da Proteção: Caberá ao Estado criar mecanismos de proteção ao consumidor, agindo diretamente ou criando incentivos à criação de associações protetivas. Não adiantaria absolutamente nada, termos normas e princípios que regulam determinada relação jurídica de que não são cumpridos no meio em que vivemos no seio da coletividade. Pensando nessa possibilidade, o legislador, como não poderia deixar de ser, coloca a disposição do Poder Público, instrumentos protetivos a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, conforme se pode verificar no art. 5º do citado diploma. Destacam-se esses meios protetivos, a assistência jurídica gratuita para o consumidor carente, exercida pela Defensoria Pública de cada Estado, ou até mesmo, advogados nomeados pelos juízes indicados pelos órgãos de classe, a educação formal e informal do consumidor, órgãos oficiais como PROCONS, serviço de atendimento das empresas, institutos de pesos e medidas, vigilância sanitária e o cadastro oficial de empresas idôneas, na forma do art. 44 do CDC.

10 Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! Analisado, compreendido e entendido esses principais conceitos, que irão identificar uma relação jurídica de consumo e, por conseguinte, aplicar a Lei 8.078/90, adentraremos na unidade seguinte estudando exatamente os atos praticados por quem fomenta o produto colocando-o a disposição do consumidor.

PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. Conceitos.

PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. Conceitos. PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR Conceitos www.markusnorat.com Conceito de A Constituição Federal determina ao Estado promover a defesa ao consumidor, mas não define quem seria esse sujeito

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Contratos, requisitos e princípios.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Contratos, requisitos e princípios. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (Aula 26/02/2018) Contratos, requisitos e princípios. Introdução ao estudo dos contratos. Código de Hamurábi de 2093

Leia mais

AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO

AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO Prof. Thiago Gomes QUESTÃO DO DIA Julispeterson, sabendo das dificuldades para conseguir atendimento médico na rede pública, resolveu adquirir um plano

Leia mais

Direitos Básicos do Consumidor

Direitos Básicos do Consumidor Direitos Básicos do Consumidor No artigo 6º no Código de Defesa do Consumidor são trazidos os direitos básicos do consumidor, ou seja, aqueles que são direitos fundamentais ao consumidor, que servirão

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR LEI 8.078/90 PROFº SARMENTO TUTELAS DO CDC CONCEITOS E PRINCÍPIOS CIVIL (ART. 8º AO 54) ADMINISTRATIVA (ART. 55 AO 60) CRIMINAL (ART. 61 AO 80) JURISDICIONAL (ART. 81 AO 104) FUNDAMENTOS

Leia mais

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente?

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente? Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professora: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 22 De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma

Leia mais

AULA 02: RELAÇÃO DE CONSUMO

AULA 02: RELAÇÃO DE CONSUMO AULA 02: RELAÇÃO DE CONSUMO Prof. Thiago Gomes QUESTÃO DO DIA José Eurico conheceu Mariclécia pela rede social Facebook e combinaram seu primeiro encontro no Shopping Compre Tranquilo. Para facilitar o

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. RENAN FERRACIOLLI

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. RENAN FERRACIOLLI XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF. RENAN FERRACIOLLI XXII EXAME DE ORDEM ELEMENTOS SUBJETIVOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Elementos da relação jurídica de consumo CONSUMIDOR FORNECEDOR

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (Aula 31/08/2017) Contratos, requisitos de validade, princípios. Conceito de contrato: convergência de declarações

Leia mais

AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO

AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO AULA 03: POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO Prof. Thiago Gomes QUESTÃO DO DIA Julispeterson, sabendo das dificuldades para conseguir atendimento médico na rede pública, resolveu adquirir um plano

Leia mais

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula 02 Tema: Princípios constitucionais de proteção ao consumidor 1 CONCEITO DE CONSUMIDOR Artigo 2º da Lei n. 8.078/90 Consumidor é toda pessoa

Leia mais

1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos.

1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos. 1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos. Contrato é a convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas para constituir, regular, anular ou extinguir, entre elas, uma relação jurídico-patrimonial.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Direitos básicos do Consumidor Tatiana Leite Guerra Dominoni* 1. Arcabouço protetivo mínimo de direitos consumeristas. O Direito das Relações de Consumo cria um feixe de direitos

Leia mais

Atendimento e Legislação

Atendimento e Legislação Atendimento e Legislação Consumidor Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Atendimento e Legislação LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Dispõe sobre

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI

XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI XXIII EXAME DE ORDEM ELEMENTOS SUBJETIVOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Elementos da relação jurídica de consumo CONSUMIDOR FORNECEDOR

Leia mais

Direito do Consumidor Prof. Aline Baptista Santiago

Direito do Consumidor Prof. Aline Baptista Santiago Direito do Consumidor Prof. Aline Baptista Santiago A disciplina de Direito do Consumidor será cobrada juntamente com Direito Civil em 22 das 100 questões da prova objetiva. Com base na ementa da disciplina

Leia mais

Direito Civil. Da Extinção do Contrato. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Da Extinção do Contrato. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Da Extinção do Contrato Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Aula Civil XX LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte IX Prof. Francisco Saint Clair Neto CLÁUSULAS QUE OBRIGUEM O CONSUMIDOR A RESSARCIR OS CUSTOS DE COBRANÇA DE SUA OBRIGAÇÃO, SEM QUE IGUAL DIREITO LHE SEJA CONFERIDO CONTRA O

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica O CONTRATO DE ADESÃO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO. Letícia Mariz de Oliveira Advogada

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica O CONTRATO DE ADESÃO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO. Letícia Mariz de Oliveira Advogada TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica O CONTRATO DE ADESÃO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO Letícia Mariz de Oliveira Advogada Numa economia de escala, cada vez mais globalizada, diante da necessidade de simplificação

Leia mais

E-commerce e o Direito do Consumidor

E-commerce e o Direito do Consumidor E-commerce e o Direito do Consumidor Palestrante: Felipe Gustavo Braiani Santos Advogado atuante no direito do consumidor, formado pela UCDB, especializando em Direito Processual Civil pela UNISC. Servidor

Leia mais

Política Nacional de Relações de Consumo

Política Nacional de Relações de Consumo CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Política Nacional de Relações de Consumo www.markusnorat.com Introdução: Conceitos Consumidor Conceito de Consumidor A Constituição Federal determina ao Estado promover

Leia mais

Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL

Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL TÓPICOS AULA 02 CONTRATO ATÍPICO AUTOCONTRATO PRINCÍPIOS CONTRATUAIS INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS CONTRATOS ATÍPICOS (425 CC/2002): AUTOCONTRATO (ou contrato

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR. Odon Bezerra Cavalcanti Sobrinho

DIREITO DO CONSUMIDOR. Odon Bezerra Cavalcanti Sobrinho DIREITO DO CONSUMIDOR Odon Bezerra Cavalcanti Sobrinho Contrato Proteção Contratual CONCEPÇÃO TRADICIONAL DE CONTRATO X NOVA REALIDADE DAS RELAÇÕES CONTRATUAIS Visão Histórica: Delineada especialmente

Leia mais

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR RELAÇÃO DE CONSUMO Histórico: - Estado Liberal (séc. XVIII e XIX) - liberdade para o Estado + liberdade para o particular - Revolução Industrial Diminuiu possibilidade

Leia mais

Aula 18 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Aula 18 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Página1 Curso/Disciplina: Direito Civil Contratos Aula: Revisão dos Contratos. Professor (a): Aurélio Bouret Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 18 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS - Extinção dos Contratos

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 28/08/2017) Contratos, requisitos de validade, princípios. Conceito de contrato: convergência de declarações

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR. Direitos Básicos. Profa. Roberta Densa

DIREITO DO CONSUMIDOR. Direitos Básicos. Profa. Roberta Densa DIREITO DO CONSUMIDOR Direitos Básicos Profa. Roberta Densa Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento

Leia mais

} CONCEITO: } C.A.B.M: é um tipo de avença entre a administração e. } H.L.M: é o ajuste que a administração pública, agindo

} CONCEITO: } C.A.B.M: é um tipo de avença entre a administração e. } H.L.M: é o ajuste que a administração pública, agindo Prof. Marcia Alves } CONCEITO: } C.A.B.M: é um tipo de avença entre a administração e terceiros na qual, por força da lei, de cláusulas pactuadas ou do tipo de objeto, a permanência do vínculo e das condições

Leia mais

CONTRATOS DE CONSUMO. Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas

CONTRATOS DE CONSUMO. Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas CONTRATOS DE CONSUMO Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas APLICAÇÃO DO CDC AOS CONTRATOS ENTRE EMPRESÁRIOS O Código de Defesa

Leia mais

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA 1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS. GUIA DE ESTUDO 1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS (Artigo 421 e seguintes

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR. Profª Maria Bernadete Miranda

DIREITO DO CONSUMIDOR. Profª Maria Bernadete Miranda DIREITO DO CONSUMIDOR Profª Maria Bernadete Miranda SAGRADAS ESCRITURAS Nas Sagradas Escrituras, desde os tempos do Jardim do Éden, já aparece o primeiro problema sobre o consumo de uma fruta. A Maçã que

Leia mais

LEI Nº 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991

LEI Nº 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991 LEI Nº 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991 Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 13/06/2018)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 13/06/2018) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 13/06/2018) Elementos complementares das obrigações. Arras ou sinal. Arras/sinal são sinônimos,

Leia mais

Olá, amigos e amigas do Plenus,

Olá, amigos e amigas do Plenus, 1 Olá, amigos e amigas do Plenus, Este é o seu Caderno Estratégico. Este material é uma coletânea das questões mais importantes de provas objetivas específicas da matéria que será objeto de sua Sinopse

Leia mais

Política Nacional das Relações de Consumo

Política Nacional das Relações de Consumo PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR Política Nacional das Relações de Consumo www.markusnorat.com Política Nacional das Relações de Consumo A política nacional das relações de consumo é tratada

Leia mais

A ONEROSIDADE EXCESSIVA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

A ONEROSIDADE EXCESSIVA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 1 A ONEROSIDADE EXCESSIVA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Publicado em Revista da EMERJ, Rio de Janeiro, v. 6, n.21, p. 155-165, 2003. Idem Revista de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio

Leia mais

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI 8078/ 90 PROFESSOR MAURICIO SOARES Banca: FCC Assunto: Conceito de Consumidor e Fornecedor. Lei 8078/90 No tocante aos conceitos de Consumidor, Fornecedor, Produtos e

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA REVISÃO CONTRATUAL DE AUMENTOS ABUSIVOS DOS PLANOS DE SAÚDE

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA REVISÃO CONTRATUAL DE AUMENTOS ABUSIVOS DOS PLANOS DE SAÚDE REVISÃO CONTRATUAL DE AUMENTOS ABUSIVOS DOS PLANOS DE SAÚDE A lei que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde é a 9.656, de 03 de julho de 1998. Plano Privado de Assistência à

Leia mais

Sumário 1 Noções Gerais 2 Conceitos 3 Direito do Consumidor

Sumário 1 Noções Gerais 2 Conceitos 3 Direito do Consumidor Sumário 1 Noções Gerais 1.1 Introdução à matéria: defesa e proteção ao consumidor 1.2 Breve histórico do movimento consumerista 1.3 Preocupação supraestatal 1.4 Tratamento constitucional 1.5 Consumerismo:

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AUMENTO ABUSIVO DAS MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AUMENTO ABUSIVO DAS MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE AUMENTO ABUSIVO DAS MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE 1 1. Conceito do contrato de plano de saúde O contrato de plano privado de assistência à saúde é o pacto firmado entre a administradora, a operadora

Leia mais

Teoria Geral dos Contratos Empresariais

Teoria Geral dos Contratos Empresariais Teoria Geral dos Contratos Empresariais AULA 3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL. INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS. CONTRATOS TÍPICOS E ATÍPICOS, UNILATERAIS, BILATERAIS E PLURILATERAIS,

Leia mais

Ponto 3 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL

Ponto 3 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL Ponto 3 1 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL 2 CONCEITO DIREITO COMERCIAL É O RAMO DO DIREITO QUE REGULA AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DE MERCADO 3 AS FONTES DO DIREITO COMERCIAL - A LEI (norma jurídica)

Leia mais

DIREITO CIVIL. Contratos emgeral. Noções eprincípios do Direito Contratual. Prof. Vinicius Marques

DIREITO CIVIL. Contratos emgeral. Noções eprincípios do Direito Contratual. Prof. Vinicius Marques DIREITO CIVIL Contratos emgeral Noções eprincípios do Direito Contratual Prof. Vinicius Marques Conceito clássico: é o negócio jurídico bilateral que visa à criação, modificação ou extinção de direitos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A adequada e eficaz prestação dos serviços públicos. A interrupção da prestação dos serviços essenciais e suas conseqüências Marcelo Azevedo Chamone* I) Serviços públicos sob incidência

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta: PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015 Altera o art. 8º da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre o dever do fornecedor de higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento

Leia mais

DIREITO CIVIL III - CONTRATOS CONTRATOS TEORIA GERAL DOS. Interpretação Contratual (Hermenêutica) 24/09/09 Prof a. Esp.

DIREITO CIVIL III - CONTRATOS CONTRATOS TEORIA GERAL DOS. Interpretação Contratual (Hermenêutica) 24/09/09 Prof a. Esp. DIREITO CIVIL III - CONTRATOS TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Interpretação Contratual (Hermenêutica) 24/09/09 Prof a. Esp. Helisia Góes CONCEITOS RELEVANTES INTERPRETAR é estender ou explicar o sentido, as

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte III Prof. Francisco Saint Clair Neto PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR (ART. 4º, INC. I, DA LEI 8.078/1990) CAPÍTULO II Da Política Nacional de Relações de Consumo

Leia mais

Projeto de Lei nº de (Do Sr. Marcos Rotta)

Projeto de Lei nº de (Do Sr. Marcos Rotta) Projeto de Lei nº de 2016 (Do Sr. Marcos Rotta) Dispõe sobre a proibição de imposição da cobrança de consumação mínima em casas noturnas, bares, boates, restaurantes e congêneres e dá outras providências

Leia mais

A INCIDÊNCIA DO CDC NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

A INCIDÊNCIA DO CDC NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS A INCIDÊNCIA DO CDC NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Leonardo de Almeida Bitencourt Procurador Federal da AGU O CDC faz inúmeras referências à prestação de serviços públicos, notadamente no seu art.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR Art. 48 {ADCT}. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa

Leia mais

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula 03 Tema: Princípios infraconstitucionais de proteção ao consumidor 1 CONCEITO DE FORNECEDOR Art. 3º da Lei n. 8.070/90 Fornecedor é toda pessoa

Leia mais

Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO DE DOAÇÃO SIMPLES UNILATERAL

Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO DE DOAÇÃO SIMPLES UNILATERAL Turma e Ano: CAM MASTER B 2015 Matéria / Aula: Direito Civil Obrigações e Contratos Aula 10 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO

Leia mais

Etec Gino Rezaghi Cajamar Prof. Wilson Roberto

Etec Gino Rezaghi Cajamar Prof. Wilson Roberto 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS CONSTANTES DO CDC Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, ou seja, é qualquer pessoa que compra um produto

Leia mais

Da Extinção dos Contratos *

Da Extinção dos Contratos * Da Extinção dos Contratos * Antonio Augusto de Toledo Gaspar Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de São Gonçalo O tema, a despeito da sua importância, não vinha expressamente tipificado no CC/16,

Leia mais

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula 04 Tema: Princípios infraconstitucionais de proteção ao consumidor 1 CONSUMIDOR. PRÁTICA ABUSIVA. CLÁUSULAS ABUSIVAS EM CONTRATO DE ADESÃO A

Leia mais

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria Módulo Direito Sanitário 1 Responsabilidade do Fato do Produto ou do Serviço Artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor O fabricante, o produtor,

Leia mais

Cód. barras: STJ (2012) Sumário

Cód. barras: STJ (2012) Sumário Cód. barras: STJ00094885 (2012) Sumário I - Introdução ao estudo do Direito do Consumidor... 1 1. Breve incursão histórica... 1 2. Autonomia do Direito do Consumidor... 5 3. A posição do direito do consumidor

Leia mais

A extinção dos Contratos de Compra e Venda em tempos de Crise

A extinção dos Contratos de Compra e Venda em tempos de Crise Crise imobiliária e o Direito A extinção dos Contratos de Compra e Venda em tempos de Crise Rubens Leonardo Marin 27/04/2017 Plano de aula As extinções contratuais e suas formas Crise no mercado imobiliário

Leia mais

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes

Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes Tropa de Elite - Polícia Civil Legislação Penal Especial Código de Defesa do Consumidor - Parte Criminal Liana Ximenes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Código

Leia mais

RESCISÃO CONTRATUAL DO PLANO DE SAÚDE POR INADIMPLÊNCIA

RESCISÃO CONTRATUAL DO PLANO DE SAÚDE POR INADIMPLÊNCIA AULA 54 RESCISÃO CONTRATUAL DO PLANO DE SAÚDE POR INADIMPLÊNCIA Função social do contrato Função social do contrato é a relação dos contratantes com a sociedade, pois produz efeitos perante terceiros.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR J STJ00097418 PAULO R. ROQUE A. KHOURI Advogado, Professor, Mestre em Direito Privado pela Universidade de Lisboa DIREITO DO CONSUMIDOR Contratos, Responsabilidade Civil e Defesa do Consumidor em Juízo

Leia mais

O clube não é relação de consumo, a academia sim - no caso da responsabilidade objetiva se houve o dano ou o nexo.

O clube não é relação de consumo, a academia sim - no caso da responsabilidade objetiva se houve o dano ou o nexo. 1 Direito Civil Sala 207 UNIP Professor: Glauco Bauab Boschi Direito Civil IX - 04 de novembro Teoria das Obrigações Obrigação de fim - é aquela que o devedor tem a obrigação de alcançar o resultado prometido.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Breves Comentários sobre a Função Social dos Contratos Alessandro Meyer da Fonseca* O Código Civil, composto de uma parte geral e cinco partes especiais, estabelece as regras de

Leia mais

Direito do Consumidor. Informativos STF e STJ (agosto/2017)

Direito do Consumidor. Informativos STF e STJ (agosto/2017) Direito do Consumidor Informativos STF e STJ (agosto/2017) Professor Rafael da Mota www.masterjuris.com.br INFORMATIVO 608 TEMA: Prestação de serviço de TV a cabo. Cláusula de fidelização. Cobrança proporcional

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Cláusulas Abusivas Parte IV Prof. Francisco Saint Clair Neto CLÁUSULAS QUE TRANSFIRAM RESPONSABILIDADES A TERCEIROS (ART. 51, INC. III, DO CDC) Art. 51. São nulas de pleno direito,

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Princípios Gerais Parte V Prof. Francisco Saint Clair Neto PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA (ART. 4º, INC. III, DA LEI 8.078/1990) Constante da longa redação do seu art. 4º, inciso III.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Cláusulas Abusivas Parte XI Prof. Francisco Saint Clair Neto CLÁUSULAS QUE ESTEJAM EM DESACORDO COM O SISTEMA DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR (ART. 51, INC. XV, DO CDC) Mais uma vez, o

Leia mais

9º Congresso de Fundos de Investimento ANBIMA

9º Congresso de Fundos de Investimento ANBIMA 9º Congresso de Fundos de Investimento ANBIMA 10.5.2017 Responsabilidade dos Agentes Análise da jurisprudência Rubens Vidigal Neto Agenda Responsabilidade no âmbito administrativo Responsabilidade no âmbito

Leia mais

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO...

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... Sumário PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... 17 1. JURISDIÇÃO... 17 1.1. Conceito de jurisdição... 17 1.2. Princípios da jurisdição... 17 1.3. Espécies de Jurisdição... 19 1.4. Competência... 21

Leia mais

TÍTULO: CONFLITO ENTRE A TEORIA DA IMPREVISÃO E TEORIA DA BASE DO NEGÓCIO JURÍDICO

TÍTULO: CONFLITO ENTRE A TEORIA DA IMPREVISÃO E TEORIA DA BASE DO NEGÓCIO JURÍDICO TÍTULO: CONFLITO ENTRE A TEORIA DA IMPREVISÃO E TEORIA DA BASE DO NEGÓCIO JURÍDICO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO

Leia mais

Direito Civil IV Aula 22. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Civil IV Aula 22. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Civil IV Aula 22 Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Aula 22 07/10/2015 Início 2º Bimestre. Atributos do Contrato: Existência, Validade e Eficácia complexidade nem todo

Leia mais

O PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

O PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR O PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Andréia FERRARI 1 Daniel Goro TAKEY 2 RESUMO: O princípio da vulnerabilidade do consumidor é considerado fundamental para as relações de

Leia mais

AS CARACTERÍSTICAS DAS CLÁUSULAS DE FORÇA MAIOR, DA CLÁUSULA HARDSHIP E SUAS DIFERENÇAS

AS CARACTERÍSTICAS DAS CLÁUSULAS DE FORÇA MAIOR, DA CLÁUSULA HARDSHIP E SUAS DIFERENÇAS AS CARACTERÍSTICAS DAS CLÁUSULAS DE FORÇA MAIOR, DA CLÁUSULA HARDSHIP E SUAS DIFERENÇAS No presente artigo serão abordadas as características e as diferenças entre a cláusula de força maior e a cláusula

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 32 CONTRATO DE ADESÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 32 CONTRATO DE ADESÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR AULA 32 CONTRATO DE ADESÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR 1 Art. 54 do Código de Defesa do Consumidor Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente

Leia mais

TEORIA GERAL DO DIREITO CONTRATUAL

TEORIA GERAL DO DIREITO CONTRATUAL TEORIA GERAL DO DIREITO CONTRATUAL Autonomia da vontade. Intervenção estatal. Regimes jurídicos de direito privado dos contratos no Brasil. Princípios do Direito Contratual. Classificação dos contratos.

Leia mais

Aula: Contratos Empresariais

Aula: Contratos Empresariais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Aula: Contratos Empresariais Professor VINICIUS MARQUES DE CARVALHO. O contrato empresarial como instrumento jurídico de organização da empresa: a empresa societária e não societária

Leia mais

PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO DO PLANO DE SAÚDE

PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO DO PLANO DE SAÚDE Aula n. 67 PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO DO PLANO DE SAÚDE 1 Políticas Nacional de Relações de Consumo Artigo 4º do CDC A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento

Leia mais

Sumário Capítulo 1 Introdução ao direito do ConsumIdor Introdução... 1

Sumário Capítulo 1 Introdução ao direito do ConsumIdor Introdução... 1 Sumário Capítulo 1 Introdução ao Direito do Consumidor... 1 1.1. Introdução... 1 1.1.1. Origem histórica... 2 1.1.2. A proteção constitucional do direito do consumidor... 5 Capítulo 2 A Relação Jurídica

Leia mais

CONSERTO DE PRODUTOS PERDA DA POSSE/PROPRIEDADADE DO PRODUTO PELO ABANDONO PRÁTICA COMERCIAL ABUSIVA.

CONSERTO DE PRODUTOS PERDA DA POSSE/PROPRIEDADADE DO PRODUTO PELO ABANDONO PRÁTICA COMERCIAL ABUSIVA. CONSERTO DE PRODUTOS PERDA DA POSSE/PROPRIEDADADE DO PRODUTO PELO ABANDONO PRÁTICA COMERCIAL ABUSIVA. Plínio Lacerda Martins Titular da Promotoria de Justiça do Consumidor da Cidade de Juiz de Fora MG

Leia mais

Profª. Tatiana Marcello

Profª. Tatiana Marcello Profª. Tatiana Marcello facebook.com/professoratatianamarcello facebook.com/tatiana.marcello.7 @tatianamarcello CONTEÚDOS: ATENDIMENTO: Resolução nº 3.849, de 25/3/2010 (REVOGADO) Resolução CMN nº 4.433,

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte I Prof. Francisco Saint Clair Neto ANALISAREMOS AS CLÁUSULAS ABUSIVAS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ANÁLISE DO ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 51 DA LEI 8.078/1990 E SUAS DECORRÊNCIAS

Leia mais

DOS CONTRATOS NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO DE 2002: PRINCÍPIOS BASILARES

DOS CONTRATOS NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO DE 2002: PRINCÍPIOS BASILARES 18 DOS CONTRATOS NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO DE 2002: PRINCÍPIOS BASILARES RESUMO SILVEIRA, Susani Trovo¹ GRAUPPE, Stefanie Alessandra² LUCATELLI, Isabella³ O objetivo principal do trabalho é, de forma

Leia mais

Direito Civil IV Aulas 04/05/06. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Civil IV Aulas 04/05/06. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Civil IV Aulas 04/05/06 Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Características dos Contratos. Espécie de Negócio Jurídico; Bilateral ou plurilateral; Auto-regulamentação

Leia mais

Conceito. obrigação tanto crédito como débito

Conceito. obrigação tanto crédito como débito OBRIGAÇÕES Conceito Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. (CRG) obrigação tanto crédito

Leia mais

COMPLEXO JURÍDICO DAMÁSIO DE JESUS UNIDADE CAMPO GRANDE/MS PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL PROF. HEITOR MIRANDA GUIMARÃES

COMPLEXO JURÍDICO DAMÁSIO DE JESUS UNIDADE CAMPO GRANDE/MS PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL PROF. HEITOR MIRANDA GUIMARÃES COMPLEXO JURÍDICO DAMÁSIO DE JESUS UNIDADE CAMPO GRANDE/MS PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL PROF. HEITOR MIRANDA GUIMARÃES Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1.990 Código de Proteção e

Leia mais

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula 02 Tema: Princípios constitucionais de proteção ao consumidor 1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR Princípio da dignidade

Leia mais

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO...

PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... Sumário PARTE GERAL CAPÍTULO I JURISDIÇÃO E AÇÃO... 19 1. JURISDIÇÃO... 19 1.1. Conceito de jurisdição... 19 1.2. Princípios da jurisdição... 19 1.2.1. Investidura... 19 1.2.2. Indelegabilidade... 20 1.2.3.

Leia mais

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Contratos de Consumo Contrato de adesão - Não é ilegal - Claro, legível, esclarecedor - Fonte 12 - Interpretação mais favorável ao consumidor Compra fora do

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Prof. Antero Arantes Martins. On line Aula 2

DIREITO DO TRABALHO. Prof. Antero Arantes Martins. On line Aula 2 DIREITO DO TRABALHO Prof. Antero Arantes Martins On line Aula 2 DIREITO DO TRABALHO AULA 2 PRINCÍPIOS, CONCEITO E FONTES DO DIREITO DO TRABALO Prof. Antero Arantes Martins PRIMEIRA PARTE PRINCÍPIOS Princípios.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR (aplicação do CDC) Parte I Prof. Francisco Saint Clair Neto A aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) aos serviços públicos é hoje uma exigência que consta expressamente

Leia mais

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação.

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. PLANO DE CURSO 2014/02 Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III PROFESSORA: IVANA BONESI RODRIGUES LELLIS TURMA: 4º AM / BM

Leia mais

CURSO DE DIREITO DO CONSUMIDOR

CURSO DE DIREITO DO CONSUMIDOR RONALDO ALVES DE ANDRADE Mestre e doutor em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP. Iniciou sua carreira jurídica como advogado e, em 1989, sua carreira na magistratura,

Leia mais

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS TEORIA GERAL DOS CONTRATOS CONCEITO. Segundo o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, assim define-se contrato: Contrato é o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir direitos. Constitui

Leia mais

ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR

ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR Podemos afirmar que o consumo é parte fundamental do cotidiano humano. Independente da origem ou classe social, todos nós somos forçados eventualmente a consumir

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte VII Prof. Francisco Saint Clair Neto CLÁUSULAS QUE IMPONHAM REPRESENTANTE PARA CONCLUIR OU REALIZAR OUTRO NEGÓCIO JURÍDICO PELO CONSUMIDOR (ART. 51, INC. VIII, DO CDC) Conforme

Leia mais

O contrato administrativo mescla, portanto, características do contrato privado e do regime jurídico de direito público.

O contrato administrativo mescla, portanto, características do contrato privado e do regime jurídico de direito público. A noção de contrato administrativo deriva da ideia de contrato do direito privado. Assim, iniciando o estudo pelas características de um contrato de direito privado, temos algumas de suas características

Leia mais

Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça

Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça Superior Tribunal de Justiça INFORMATIVO 619 TERCEIRA TURMA TEMA: Ação civil pública. Vício do produto. Reparação em 30 dias. Dever de sanação do comerciante,

Leia mais

Consumidor. Informativos STF e STJ (fevereiro/2018)

Consumidor. Informativos STF e STJ (fevereiro/2018) Consumidor Informativos STF e STJ (fevereiro/2018) Professor Rafael da Mota Mendonça www.masterjuris.com.br INFORMATIVO 617 QUARTA TURMA TEMA: Serviços de TV por assinatura. Ponto extra e aluguel de equipamento

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO MARATONA DO PONTO CESPE. Prof. Luiz Antonio Lima

DIREITO ADMINISTRATIVO MARATONA DO PONTO CESPE. Prof. Luiz Antonio Lima DIREITO ADMINISTRATIVO MARATONA DO PONTO CESPE Prof. Luiz Antonio Lima MARATONA DO PONTO CESPE Foco na Banca CESPE Jurisprudência atualizada Aulas ao vivo (1h40 min de aula + 20 min de Chat) Elaboração

Leia mais