Relatório - Plano de Aula 15/04/ :09

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1 Página: 1/29 Disciplina: CCJ TÓPICOS INTERDISCIPLINARES Semana Aula: 10 Direito Penal e Processual Penal (Aula 4/5) Ao final da aula, o aluno deverá ser capaz de: DESCRIÇÃO DO PLANO DE AULA OBJETIVO - compreender as espécies e hipóteses de cabimento dos Recursos; - distinguir, no caso concreto, qual o recurso cabível; - manter-se atualizado acerca das Súmulas do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça sobre os temas da aula. Recursos em matéria criminal TEMA ESTRUTURA DO CONTEÚDO 1- Recursos. Conceito, fundamento constitucional, pressupostos objetivos e subjetivos, efeitos, princípios: reformatio in pejus, reformatio in pejus indireta e reformatio in mellius; 1.1- Recurso em sentido estrito. Taxatividade ou não do rol do artigo 581,CPP; prazos, legitimidade, efeitos (juízo de retratação), as decisões do juízo da execução (Lei 7.210/84) e o recurso de agravo (art. 197, Lei de Execuções Penais); 1.2- Cabimento do recurso de apelação (hipóteses do artigo 593, CPP e 82, Lei 9.099/95). Legitimidade. Prazo para interposição e apresentação das razões. Efeitos da interposição do recurso. Apelação limitada (tantum devolutum quantum appellatum). Apelação da decisão do Tribunal do Júri (a soberania dos veredictos; hipóteses de cabimento; Súmula 713, STF); 1.3- Embargos Infringentes e de Nulidade (Cabimento, Efeitos, Prazos, Legitimidade); Embargos de Declaração (Cabimento, Efeitos do acolhimento, Efeito da interposição do recurso e o prazo para outros recursos); Carta Testemunhável (Cabimento). 1. CONCEITO PROCEDIMENTO DE ENSINO TEORIA GERAL DOS RECURSOS E SUA REFORMA Recurso é o instrumento processual voluntário de impugnação de decisões judiciais, previsto em lei, utilizado antes da preclusão e, na mesma relação jurídica processual, objetivando a reforma, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão judicial anterior. Recurso é instrumento voluntário de impugnação Uma das principais características do recurso é, exatamente, essa voluntariedade. Você recorre se quiser. Ninguém é obrigado a recorrer. Mas se não quiser recorrer, não adianta depois reclamar dos defeitos da decisão. Por isso, uns dizem que o recurso é como se fosse um ônus. Instrumento voluntário de impugnação utilizado antes da preclusão e na mesma relação jurídica processual Isso é importante porque quando você entra com o recurso, você dá continuidade àquele processo na segunda instância, perante os tribunais superiores. É diferente de quando você entra com uma revisão criminal ou habeas corpus. Nesses casos, você faz surgir uma nova relação jurídica processual. O recurso, na verdade, é um desdobramento daquela mesma relação jurídica processual. E com o recurso você busca uma nulidade, um esclarecimento ou a reforma. 2. FUNDAMENTOS Quais são os fundamentos apontados pela doutrina para a previsão dos recursos? E isso é coisa só da doutrina mesmo 1º Fundamento: Falibilidade humana É o primeiro fundamento citado pela doutrina. O juiz pode errar, daí a previsão do recurso, de pelo menos possibilitar a revisão daquela decisão. A partir do momento que você sabe que a sua decisão está sujeita a uma revisão, você vai caprichar mais. O que o juiz menos gosta é a modificação de sua decisão. E isso serve como estímulo para que ele melhore a prestação jurisdicional, de forma que ele tenha a sua decisão mantida pelo tribunal. 2º Fundamento: Inconformismo das pessoas A partir do momento que você possibilita que uma decisão desfavorável a alguém seja apreciada por um tribunal, você pode conseguir, talvez, suavizar o inconformismo da pessoa. Isso é coisa para inglês ver, ou apontar no seu caderno. O juiz condenou a 20 anos, você recorre e o tribunal pode manter o decreto condenatório. Duas decisões, nesse caso, dão um conforto maior.

2 Página: 2/29 3º Fundamento: Duplo grau de jurisdição Isso, sim, algo mais importante. Quando falamos em duplo grau de jurisdição, estamos falando na possibilidade de interposição de um recurso que seja capaz de devolver ao tribunal o conhecimento de toda a matéria de fato, de direito e probatória apreciada na primeira instância. Esse é o conceito de duplo grau. É importante que você não utilize como sinônimo de duplo grau o eu posso recorrer, eu tenho direito ao duplo grau. Isso está errado. Você não pode pensar que pelo fato de você poder recorrer, teria direito ao duplo grau. Não são expressões sinônimas. Quando falamos em duplo grau, falamos em recurso por excelência, em que você tenha ampla liberdade recursal, para devolver ao tribunal, questões de fato, de direito, probatórias, etc. Por isso que, teoricamente, quando falamos, a título de exemplo num RE ou REsp, não são materialização do duplo grau de jurisdição porque quando você interpõe esses recursos, não tem essa liberdade toda, como discutir questões probatórias, etc. A grande discussão sobre duplo grau passa pelo seguinte ponto: onde está previsto o duplo grau? Será que o duplo grau de jurisdição é um princípio expresso da CF? Expresso não. Alguns doutrinadores dizem, no entanto, que o duplo grau seria um principio implícito previsto na CF. E vão extrair o duplo grau de duas regras: ampla defesa e devido processo legal. Princípio expresso da CF não é, mas muitos doutrinadores dizem que o duplo grau seria implícito na CF. Funcionaria como desdobramento do devido processo legal e também da ampla defesa. Art. 5.º, incisos LIV e LV: LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Então, alguns dizem que, como o devido processo legal é uma cláusula aberta, nele deve estar compreendida a possibilidade de recorrer. Alguns doutrinadores extraem do duplo grau desta parte final do art. 5º, LV. Independentemente dessa discussão, a Convenção Americana de Direitos Humanos assegura o duplo grau em seu art. 8º, 2º, h Art. 8º 2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: h) direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. Agora, portanto, pouco nos interessa a discussão sobre a previsão ou não na Constituição porque a verdade é que está prevista na Convenção Americana. Citando essa convenção, automaticamente, você é obrigado a citar o RE , que dá caráter supralegal aos tratados de direitos humanos. Então, o Supremo, depois de muito tempo de firmar o caráter de lei ordinária para os tratados internacionais, modificou esse panorama e dá uma importância muito maior a esses tratados que ocupam uma posição intermediária entre a Constituição Federal e a legislação infraconstitucional. Daí a grande importância que esses tratados têm hoje no ordenamento. Quem não tem direito ao duplo grau de jurisdição? Pessoas com foro por prerrogativa de função não têm direito ao duplo grau de jurisdição. Vale lembrar o caso do promotor Igor. Esse promotor foi condenado por ter matado sua esposa. É um caso mais antigo. Ele à época foi defendido por Márcio Tomás Bastos que foi até o Supremo questionando a possibilidade de recorrer. Ele foi julgado pelo TJ. O Supremo disse que como o foro por prerrogativa de função dele já está previsto na Constituição Federal, não haveria como assegurar a ele o direito de apelação. Luiz Flávio Gomes é contra isso porque, para ele, mesmo nesses casos em que o sujeito é julgado pelo tribunal, seria possível que o STF, de modo a viabilizar o duplo grau, pudesse aceitar uma apelação. Porém, sabemos que em relação ás competências do Supremo, vem a ideia da taxatividade. Se não estiver previsto no art. 102, não há como querer criar regra a partir de uma interpretação extensiva. Cuidado com um caso interessante: no caso do Mensalão, você tem perante o STF quarenta acusados. Eu pergunto: todos eles têm foro por prerrogativa de função? Não. Aí surge uma questão interessante. Imaginando que um desses quarenta, ano tenha foro, por que motivo está respondendo perante o STF? Por dois motivos: ou ele está lá por conta da conexão ou ele está lá em cima por conta da continência. Detalhe importante: tanto a conexão quanto a continência são formas modificativas da continência previstas no CPP (arts. 76 e 77). E olha o detalhe importante: imaginando que amanhã os 40 sejam julgados e condenados, eles não terão direito ao duplo grau de jurisdição. E você pode pensar o seguinte: em relação aos deputados e senadores e todos os demais que tenham no Supremo o seu juiz natural, não há controvérsia porque é a própria CF que atribui a competência ao Supremo nesses casos. Agora o grande problema é quando você pensa naqueles que estão sendo julgados no Supremo por força da conexão e continência, por força de uma norma processual penal, do CPP, cujo status é de lei ordinária. Julgados pelo STF, esses indivíduo não terão direito ao duplo grau por conta de uma norma com status de lei ordinário, estarão sendo privados ao duplo grau prevista na Convenção Americana de Direitos Humanos. Essa é uma discussão que ainda vai chegar ao Supremo. Sobre esse assunto, a Súmula 704: STF Súmula nº DJ de 13/10/ Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. A Súmula 704 foi firmada antes do RE Então, à época dessa Súmula, o STF entendia que os tratados internacionais tinham status

3 Página: 3/29 de lei ordinária. Hoje isso mudou. Resta saber se essa Súmula 704, confrontada com a garantia do duplo grau de jurisdição prevista na Convenção Americana de Direitos Humanos vai subsistir. Então, esse é o ponto que ainda precisa ser analisado pelo Supremo em relação à garantia do duplo grau de jurisdição. Esses são os fundamentos dos recursos 3. PRESSUPOSTOS OU REQUISISTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL. Vamos tratar desse assunto extremamente importante. Sobre esse tema, o primeiro ponto importante é o seguinte: na hora de analisar um recurso, o tribunal não passa imediatamente ao mérito. Antes disso, o tribunal precisa verificar se alguns pressupostos estão presentes. Quando falamos em recurso, falamos em juízo a quo (contra o qual se recorre) e juízo ad quem (para o qual se recorre). Geralmente, são juízos distintos, mas não obrigatoriamente. No caso dos embargos de declaração, juízo a quo e ad quem serão o mesmo juízo. Mas, em regra, as funções desses juízos são exercidas por tribunais distintos. A quem cabe analisar os pressupostos de admissibilidade recursal? Tanto o juízo a quo quanto o ad quem. E é óbvio que o juízo ad quem não fica vinculado à decisão do juízo a quo. Quando os pressupostos recursais estão presentes, o seu recurso será conhecido. O aluno não pode confundir conhecimento e não conhecimento do recurso interposto. E não pode confundir provimento com desprovimento. São expressões distintas que não podem ser misturadas. Quando eu falo que o recurso foi conhecido, significa dizer que os pressupostos de admissibilidade recursal estão presentes. Quando, por sua vez, eu digo que o recurso não foi conhecido, significa dizer que um (ou uns) dos pressupostos de admissibilidade recursal não está presentes. Se um pressuposto não está presente e se o recurso não foi conhecido, automaticamente, encerrou-se aqui. Se o recurso foi conhecido, aí uma das possibilidades será o provimento ou a negativa de provimento. A ideia de provimento está sempre ligada ao mérito recursal. Quando você tem o recurso provido, significa que aquilo que você pediu ao tribunal, foi dado. Quando você tem o seu recurso negado provimento, significa que o que você pediu o tribunal não acolheu. *Competência para o julgamento da revisão criminal Quem julga a revisão criminal? Em regra, são os tribunais. O detalhe interessante é o seguinte: pensando numa prova, vamos pensar em um juiz de SP. Há uma decisão condenatória com trânsito em julgado: Se a decisão foi dada por um juiz de primeira instância de SP, quem julga a revisão criminal, será o TJ. A decisão que transitou foi do TJ/SP. Quem vai julgar? Aqui é o próprio TJ. Não é o STJ e nem o STF. O aluno confunde a competência para julgar a revisão criminal com a competência para julgar o HC. No HC o processo sobe. Na revisão criminal, não. Aos tribunais compete o julgamento da revisão criminal de seus próprios julgados. Não com os mesmos desembargadores. Serão outros. Contra a decisão do TJ/SP, a parte entrou com RE para o Supremo Quem julga a revisão criminal agora? Olha o detalhe importante: você tem que se perguntar o seguinte: esse RE chegou a ser conhecido pelo STF? Se eu interpus um RE que sequer foi conhecido (não houve prequestionamento, não foi demonstrada a repercussão geral), a consequência é que a decisão que foi mantida, estabilizada, foi a decisão do TJ/SP. Então, quem julga a revisão criminal é o TJ/SP. E se o RE foi conhecido? Nesse caso, quem julga a revisão criminal? Agora que o RE foi conhecido, você ainda precisa responder o seguinte: o que é objeto de impugnação na revisão criminal. Isso porque o RE é um recurso que não tem fundamentação livre. Você só pode devolver ao Supremo aquilo que consta da CF. Será que o que está sendo impugnado na revisão criminal foi apreciado pelo supremo? Se a resposta foi sim, a decisão do Supremo teria substituído a decisão do TJ nesse ponto. Assim, quem é que vai julgar a revisão criminal? Aí seria o próprio Supremo. Caso o objeto da revisão criminal não tenha sido apreciado pelo Supremo, muda a história porque se é assim, o que foi mantido foi a decisão do TJ/SP que é a quem compete o julgamento da revisão criminal. Então, anotem: 1ª Hipótese: Caso o recurso extraordinário sequer seja conhecido, ao tribunal de origem caberá o julgamento da revisão criminal. 2ª Hipótese: Caso o RE seja conhecido, a competência para o julgamento da revisão criminal depende daquilo que foi objeto de impugnação: Se o objeto da impugnação da revisão criminal tiver sido apreciado pelo Supremo no julgamento do RE, ao próprio Supremo caberá o julgamento da revisão criminal; caso contrário, a competência será do tribunal de origem. Quando o RE não é conhecido, significa que um dos efeitos do recurso não aconteceu: a substitutividade. Quando o recurso é conhecido, a decisão dada pelo tribunal substitui a decisão anterior. Se o recurso foi conhecido, vai depender do caso concreto. Se o objeto de impugnação da revisão tiver sido apreciado pelo Supremo, significa dizer que o Supremo substituiu a decisão do TJ. E ao Supremo caberá o julgamento da revisão criminal do seu próprio julgado. Caso o objeto não tenha sido apreciado pelo Supremo, quem vai julgar é o próprio TJ.

4 Página: 4/29 Os pressupostos recursais são de duas naturezas: objetiva e subjetiva Pressupostos de Natureza OBJETIVA a) Cabimento É o primeiro pressuposto recursal de natureza objetiva. Deve haver previsão legal de recurso contra a decisão. Esse é o primeiro passo. Ao se depararem com uma determinada decisão, a primeira pergunta simples, imediata é: a lei prevê recurso contra essa decisão? O melhor exemplo: decisões interlocutórias no processo penal são recorríveis ou irrecorríveis? Qual é a regra? Decisões interlocutórias comportam recurso? Cuidado com isso porque decisões interlocutórias no processo penal são irrecorríveis, salvo se listadas no art O aluno precisa ter esse cuidado porque o art. 581, do CPP, traz algumas decisões interlocutórias que são recorríveis. Tem recurso contra o indefiro do juiz chato quanto à pergunta que você quis fazer em audiência? Na verdade, não há recurso contra isso. O máximo que você pode é fazer constar da audiência a sua irresignação, o seu protesto. Amanhã, você já pode abordar esse assunto a título de preliminar em apelação. Primeiro você tem que se perguntar se é cabível o recurso. E mesmo que determinada decisão seja irrecorrível, a depender do caso específico, você pode abordar tal decisão em sede de preliminar de outro recurso. Você não tem recurso contra o indeferimento de pergunta, mas nada impede que você diga, em preliminar de apelação, que o juiz, ao indeferir a sua pergunta estaria incorrendo em cerceamento de defesa e, como vimos, a falta de defesa constitui nulidade absoluta. Então, essa é a ideia. b) Adequação Para cada decisão que comporte recurso, um único recurso será cabível. Se há recurso contra a decisão, o caminho subsequente, será verificar o recurso adequado. Há um único recurso previsto em lei para cada decisão recorrível. Cuidado com esse pressuposto porque ele acaba sofrendo uma certa mitigação pela aplicação do princípio da fungibilidade recursal. Por conta disso, o que vai acontecer? Por força do princípio da fungibilidade, um recurso errado será conhecido como recurso correto. Você, ao invés de entrar com a apelação, entrou com o RESE, mas por conta do princípio da fungibilidade, apesar de você ter ingressado com o recurso equivocado, o tribunal irá apreciá-lo como o recurso correto. O princípio da fungibilidade traz dois requisitos para que seu recurso errado seja conhecido como correto: o 1º Requisito Não pode decorrer de erro grosseiro Não adianta você entrar com um recurso de revista ao invés de uma apelação. Ao invés de entrar com RESE, você entra com RE. Aí é erro grosseiro. o 2ª Requisito Que haja boa-fé O que é boa-fé no âmbito recursal? O recurso errado deve ter sido interposto no prazo do recurso correto. Os tribunais, na hora da aplicação do princípio da fungibilidade, para verificar se foi equívoco ou má-fé, eles olham o prazo. Se estiver adequado, em prol da ampla defesa, admitem o recurso. O princípio da fungibilidade está previsto no art. 579, do CPP: Art Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. Parágrafo único - Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. Melhor exemplo disso é o caso da suspensão condicional do processo pelo juiz de ofício. Aí há uma discussão. Alguns entendem que seria caso de apelação e outros entendem que seria caso de RESE. A doutrina prefere dizer apelação; a jurisprudência, RESE. Diante dessa divergência, sem saber direito qual é o recurso, aplica-se o princípio da fungibilidade. c) Tempestividade O recurso deve ser interposto no prazo legal sob pena de preclusão temporal. Eu, advogado de defesa, perdi meu prazo. E agora? Meu cliente está sem possibilidade de recorrer. No processo penal, o acusado tem legitimidade autônoma e distinta da de seu advogado. Por isso, na hora da sentença condenatória, os dois têm que ser intimados. Não basta a intimação do advogado. Até o réu revel precisa ser intimado da sentença condenatória. Isso por causa da preocupação do código com a autodefesa. Então, se você, como advogado de defesa tiver perdido seu prazo, não se preocupe tanto. Basta que você oriente o seu cliente que, ao ser intimado, ele interponha recurso. O acusado tem legitimidade autônoma para recorrer. Lembre-se que em alguns recursos no âmbito criminal e é o que acontece na apelação e no RESI, há a possibilidade de ingressar somente com uma petição de interposição e, só depois, apresentar as razões recursais. Qual é o prazo fatal aqui? Observação importante: a tempestividade nos casos de recursos que podem ser apresentados separadamente é aferida a partir da interposição. Razões recursais apresentadas fora do prazo, isso é considerado mera irregularidade. O que é importante na hora de aferir a tempestividade, é a data da interposição. E o que vale como prova da data da interposição? Será que eu preciso de algum

5 Página: 5/29 despacho do juiz na minha petição de interposição? O que vale é a data do protocolo. É o protocolo que vai dizer a data da interposição. Antigamente era importante o despacho do juiz (antes da informatização). Daí o art. 575, que se assemelha à Súmula 428, do Supremo: Art Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos funcionários, não tiverem seguimento ou não forem apresentados dentro do prazo. STF Súmula nº DJ de 8/7/1964 Não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora despachada tardiamente. Hoje em dia isso está superado e o que vale é a data do protocolo. *Prazos recursais importantes no processo penal Prazo de 48 horas Qual é o recurso cujo prazo é de 48 horas? É a carta testemunhável. Quando cai isso em prova, cai texto da lei, é imperdoável não saber isso. Ela está prevista no art. 639, do CPP: Art Dar-se-á carta testemunhável: I - da decisão que denegar o recurso; II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. A carta testemunhável será aplicada quando o seu recurso não tiver seguimento, ou quando o juiz não conhecer, mas desde que não haja outro recurso contra isso. Se a sua apelação não é conhecida, cabe RESE. A carta testemunhável tem aplicação subsidiária. A quem se dirige a carta? Olha o que diz o art. 640, CPP: Art A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas. Para que esse prazo seja contado em horas, da intimação deve constar o horário. Por uma questão lógica. Mas, dificilmente, do mandado de intimação, aparece a hora. Geralmente, no mandado de intimação não consta hora. Esse prazo somente será contado em 48 horas se do mandado constar a hora da intimação. Caso contrário, o prazo será contado em dias. Prazo de 2 dias Embargos de declaração em primeira ou segunda instância. Prazo de 5 dias A maioria dos recursos criminais é de 5 dias: Apelação RESE Protesto por novo júri Ele ainda pode ser cobrado. Isso ainda vai cair em prova. Cai uma questão hoje, em relação ao crime praticado antes, etc. Agravos Correição parcial Embargos de declaração nos juizados Roc para o STF e STJ Prazo de 10 dias A apelação nos juizados e embargos infringentes de nulidade. Prazo de 15 dias Recurso Extraordinário e Recurso Especial Prazo de 20 dias RESE contra lista dos jurados *Prazo em dobro para recorrer O MP não tem prazo em dobro para recorrer. Só tem prazo em dobro para recorrer: Defensoria Pública e a jurisprudência estende aos Advogados dativos.

6 Página: 6/29 Outro detalhe importante: a defensoria pública e o advogado dativo têm direito à intimação pessoal. Recordando esse assunto, o art. 44, I da Lei Complementar 80/94, modificada esse ano. O inciso I Art. 44. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública da União: I receber, inclusive quando necessário, mediante entrega dos autos com vista, intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição ou instância administrativa, contando-se-lhes em dobro todos os prazos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009). Sobre esse prazo em dobro, cuidado com o prazo em dobro da Defensoria Pública no âmbito do Juizado Especial Criminal Federal pelo seguinte. Eu li um artigo que dizia que o fato de a Defensoria Pública ter prazo em dobro violaria o princípio da isonomia, na medida em que o MP não teria esse mesmo prazo. Sustentar que a defensoria não deve ser prazo em dobro é ignorar a situação prática da defensoria. Esse prazo em dobro está previsto na LC 80/94, em seu art. 44, I. Até aí tudo bem. A Lei /01 (Lei dos Juizados Especiais Federais), em seu art. 9º Art. 9º Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias. Muito cuidado com esse artigo porque o defensor está acostumado com prazo em dobro e aí cai no art. 9º. Será que mesmo nos Juizados Especiais Federais Criminais o defensor tem prazo em dobro ou não? Há o entendimento, segundo o qual, por força do art. 9º, nem mesmo a defensoria pública teria prazo em dobro nos Juizados Especiais Federais porque, na verdade, primando pela celeridade, o legislador quis por fim para esses prazos diferenciados, seja para autarquias, seja para defensoria pública. Você vai ser perguntado soabre isso na prova da defensoria. E dá para concordar com isso? E lógico que não vai concordar e, como fundamento, vai usar a lei complementar, dizendo que a prerrogativa para a defensoria pública está prevista na LC 80/94, ao passo que a restrição veio de uma lei ordinária. Por esse motivo, não seria possível que se restringisse tal prerrogativa. E, além disso, a LC 80 foi alterada esse ano (2009) e ela prevê o prazo em dobro. Daí poder entender que essa regra do art. 9º seria válido para as autarquias, por exemplo. Porém, a defensoria pública, por força de uma lei complementar, alterada no ano de 2009 continua tendo direito ao prazo em dobro. *Intimação por meio de publicação em final de semana Eu ainda estou falando sobre tempestividade. Imagine que o advogado constituído seja intimado de uma sentença condenatória/absolutória num sábado e ele tem prazo de 5 dias para apelar. Quando vence o prazo? Preste atenção porque prazo processual começa a contar do dia útil subsequente, mas aqui o detalhe é que quando a intimação é feita em fim de semana, você deve considerá-la feita no primeiro dia útil subsequente. Por mais que eu tenha sido intimado no sábado, e é como se ela tivesse sido feita na segunda. Assim, o prazo só começa a contar na terça, terminando no sábado. Neste caso, o prazo vence na segunda, se não for feriado. Se a intimação se der por publicação em finais de semana, considera-se feita no primeiro dia útil subsequente. *Interposição de recurso por meio de fax Você tem um prazo de 5 dias para juntar aos autos o original. E esse prazo é contado a partir de qual momento? Antes se entendia que eram cinco dias contados do envio do fax. Hoje em dia prevalece que os cinco dias são contados após o encerramento do prazo recursal. O prazo de 5 dias deve ser contado do término do prazo assinalado para a prática do ato processual, e não do recebimento do material por meio de fax (STF RHC 86952). *Prazo recursal do MP A intimação do MP, da mesma forma que acontece com a defensoria pública, é pessoal. O MP é intimado via carrinho de compra. O funcionário vai lá, estaciona o carrinho. Quando o carrinho dá entrada no MP, o que o promotor faz se o carrinho chega na quinta-feira ou na véspera de feriado? Chegou lá numa quinta-feira, o carrinho lotado e o promotor vai entrar de férias na segunda. O que o promotor faz? Quando você tem férias, nos 5 dias úteis anteriores às férias, o promotor não recebe autos. Isso por força de uma regulamentação. Mas voltando ao carrinho. O promotor bota o carrinho dentro do armário e fecha pro substituto olhar. Na medida em que o MP tem intimação pessoal, pode manipular o prazo da intimação. Os tribunais foram obrigados a dizer o seguinte: tudo bem que você tem direito à intimação pessoal, mas isso não significa a sua liberdade para apor o ciente no dia que você quiser. Então, anote: O prazo recursal do MP e agora também da Defensoria Pública (também vai receber a intimação com vista dos autos e não por mandado como era antigamente) começa a contar a partir do momento da entrega dos autos no setor administrativo, pouco importando a data em que o promotor/defensor aponha o seu ciente na decisão (STF: HC ). *Interposição de recursos e início do prazo recursal na Justiça Militar No júri, você é julgado por um conselho de sentença. Na justiça militar você também é julgado por um conselho (4 militares + 1 juiz). No júri a sentença sai que dia? E na justiça militar? No tribunal do júri, a sentença sai no mesmo dia. Sua publicação se dá em plenário, com

7 Página: 7/29 a sua leitura. Depois de colher o veredicto dos jurados, o juiz presidente, já vai elaborar e fazer a leitura da sentença (art. 493, CPP): Art A sentença será lida em plenário pelo presidente antes de encerrada a sessão de instrução e julgamento. (Alterado pela L ) Se a sentença no júri é lida em plenário, o prazo começa a fluir daí, a partir deste momento. Na Justiça Militar, a sentença pode ser lida na própria sessão de julgamento ou dentro do prazo de 8 dias. Essa é uma questão interessante para DPU porque no júri a sentença já existe em plenário. 5 dias depois o prazo expira. Na Justiça Militar é um pouco diferente porque a sentença pode ser lida no mesmo dia ou dali a 8 dias. Na Justiça Militar, se o caso é mais complexo, na hora do julgamento você sabe se o réu foi condenado porque os 5 dizem se condenam ou não. Aí o juiz, diante do caso mais complexo, diz que o réu foi condenado e marca a leitura da sentença para dali a 8 dias. Nesse caso, o prazo recursal começa a contar a partir da leitura. Mas em um caso mais simples, em que o conselho dá a decisão e o juiz já profere a sentença, o prazo começa a contar da leitura (Art. 443, do CPPM): Art Se a sentença ou decisão não for lida na sessão em que se proclamar o resultado do julgamento, se-lo-á pelo auditor em pública audiência, dentro do prazo de oito dias, e dela ficarão, desde logo, intimados o representante do Ministério Público, o réu e seu defensor, se presentes. *Intimação por precatória No processo penal, o prazo é contado da efetiva intimação e não da juntada do mandado aos autos (Súmula 710, do STF): STF Súmula nº DJ de 13/10/ No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. d) Inexistência de fato impeditivo A doutrina vai dizer que quando você interpõe o recurso, alguns fatos podem impedir o conhecimento do recurso. Os dois exemplos de fato impeditivo são: a renúncia ao direito de recorrer e o não recolhimento do acusado à prisão nos casos em que a lei o exige. Renúncia Ocorre quando a parte abre mão do seu direito de recorrer. A renúncia se dá ante da interposição do recurso. A desistência se dá depois. Sobre a renúncia, duas questões interessantes: 1ª Questão: O MP pode renunciar ao direito de recorrer? Há uma divergência na doutrina: Pacelli Por força do princípio da indisponibilidade da ação penal pública, o MP não pode renunciar ao direito de recorrer. Denílson Feitosa Por meio de uma interpretação a contrario sensu do art. 576, o MP pode renunciar ao direito de recorrer. Art O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. Eu penso o seguinte: o MP é obrigado a recorrer? Não. Mesmo que você tenha sucumbido, você não é obrigado a recorrer. Vai que o juiz faz um tratado na sentença, você leu e se convenceu. Se você não quiser recorrer, coloque isso nos autos. Isso porque a corregedoria pode pegar. Você não é obrigado a recorrer, mas vale a pena colocar isso nos autos, quando for intimado: diante dos argumentos lançados, o MP, modificando seu entendimento, acha que deve ser mantida a sentença absolutória. 2ª Questão: Divergência entre acusado e seu defensor: qual vontade prevalece? Prevalece a vontade de quem tem interesse em recorrer. Quando há o recurso exclusivo da defesa, o acusado não pode ser prejudicado. Ou a situação dele melhora ou fica do jeito que estava. Por isso que a jurisprudência, acompanhando o raciocínio da doutrina diz isso: se há divergência, que prevaleça a vontade de quem quer recorrer. Esse raciocínio acaba encontrando respaldo em duas súmulas do Supremo: 705 e 708: STF Súmula nº DJ de 13/10/ A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. STF Súmula nº DJ de 13/10/ É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.

8 Página: 8/29 Se o réu não tem advogado nos autos e você julga a apelação, significaria que o réu estaria em defeso. Não recolhimento do acusado à prisão Art. 393, I; revogados 2.º e 3.º do art. 408; art. 585; revogado art. 594; art Todos esses artigos diziam o quê: foi condenado, não tem bons antecedentes e não é primário. Consequência: recolhimento à prisão. Art São efeitos da sentença condenatória recorrível: I - ser o réu preso ou conservado na prisão, assim nas infrações inafiançáveis, como nas afiançáveis enquanto não prestar fiança; II - ser o nome do réu lançado no rol dos culpados. O inciso II, diga-se de passagem, sempre foi considerado não recepcionado. Só que o inciso I durante muito tempo esteve em pleno vigor. Entendia-se que não haveria problema algum você ser recolhido à prisão caso não fosse primário, não tivesse bons antecedentes e fosse condenado em primeira instância. Confirmando esse raciocínio, vamos olhar a súmula 09, do STJ: STJ Súmula nº 9 - DJ A exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia constitucional da presunção de inocência. Durante muito tempo, isso valeu. Ou seja, se o indivíduo não fosse recolhido à prisão, tendo o juiz condicionado o conhecimento de sua apelação ao recolhimento à prisão, caso ele não se apresentasse, qual seria a consequência? Seria um fato impeditivo do conhecimento do recurso. Tudo isso muda em No HC 88420, do Supremo, finalmente reconhece o duplo grau de jurisdição previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos. Então, o Supremo, a partir desse julgado, modificando o entendimento anterior, passou a entender, considerando que a Convenção Americana, cujo status é supralegal, prevê o duplo grau de jurisdição, não há como estabelecer uma espécie de pedágio para aquele que tem interesse em recorrer. Então, a partir da premissa fixada nesse julgado, todos aqueles dispositivos legais acabaram caindo por terra. O que você precisa ficar atento nessa evolução cronológica? Primeiro, à Sumula 347, do STJ que, claramente modifica o teor da Sumula 09, e passa a dizer o seguinte: o conhecimento da apelação do réu independe de sua prisão. São coisas distintas. Uma coisa é o recolhimento à prisão e outra coisa é a legitimidade e a possibilidade de você recorrer. Não dá para condicionar o conhecimento de um recurso ao recolhimento do acusado à prisão. STJ Súmula nº 347 DJe 29/04/ O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão. Além da Súmula 347, vale a pena ficar atento às alterações trazidas pelas Leis e , já amplamente trabalhadas com vocês ao longo do Intensivo II, que modificaram alguns pontos do CPP, dentre os quais, o art. 387, único. Parágrafo único. O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser interposta. (Acrescentado pela L ) Ou seja, claramente, a reforma atentou para o duplo grau de jurisdição. Entendendo, portanto, que não é possível condicionar a apelação ao recolhimento à prisão. Também o art. 413, 3º, que fala sobre o recolhimento da prisão na hora da pronúncia, que não é mais automático. 3º O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. E também precisamos lembrar do art. 492, I, e que fala sobre a sentença condenatória no júri que já não mais impõe à prisão. Art Em seguida, o presidente proferirá sentença que: (Alterado pela L ) I - no caso de condenação: (Alterado pela L ) e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; Então, hoje posso mandar prender? Posso. Desde que o faça à luz das hipóteses da prisão preventiva. O que não se admite é que se recolha à prisão como condição de admissibilidade recursal. E não se esqueça que leis especiais também prevêem o recolhimento à prisão para apelar. E você, já sabendo que o CPP já estava incompatível com a Convenção Americana, essas leis especiais também seriam incompatíveis nesse ponto. Os artigos são os seguintes: Art. 9.º, da Lei Art. 59, da Lei

9 Página: 9/29 Art. 3.º 9.613/98 (Lei de Lavagem) Art. 2º, 3º, da Lei 8.072/90 Todos esses dispositivos são incompatíveis com a Convenção Americana dos Direitos Humanos. Hoje, concorde você ou não, não dá mais para condicionar o recurso ao recolhimento à prisão. Hoje, diante de tudo o que foi dito, podemos entender que não se pode mais impedir que o recurso seja conhecido pelo não recolhimento do acusado à prisão. Isso é hoje mera referência histórica. e) Inexistência de fato extintivo É o último pressuposto de admissibilidade recursal. São duas as hipóteses: desistência e deserção. Desistência Sobre a desistência, ela não se confunde com a renúncia porque se dá após a interposição do recurso. Quanto à possibilidade do MP desistir, inexiste. Art. 576, do CPP: Art O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. Cuidado com o exemplo interessante que é o seguinte: imaginem que o MP 01 interpôs a apelação. O que acontece? Ele estava saindo de férias e quando os autos retornam para a apresentação das razões recursais, o MP 01 já está de férias. E vem para o MP 02 apresentar razões recursais. Isso acontece na prática. Se por acaso esse promotor de justiça não concordar com a apelação, pode desistir? Cuidado com isso! Eu já vi dizerem que o MP 02, por força de sua independência funcional, não seria obrigado. Nesse caso, não é assim porque se ele não apresenta as razões recursais ele estaria, de maneira indireta, desistindo de recurso interposto pelo seu colega. Prevalece, neste caso que, mesmo não concordando, como não pode haver desistência, o MP 02 estaria obrigado a apresentar razões recursais. Conceito: Desistência é a manifestação da vontade de não prosseguir com o recurso já interposto. Deserção Em relação à deserção, cuidado porque o aluno costuma achar que a única hipótese de deserção seria da fuga e tem mais de uma: 1ª Hipótese de deserção: Falta de preparo do recurso do querelante em crimes de exclusiva ação penal privada. Crime contra a honra. Se você está processando criminalmente alguém, o juiz absolve e você apela, tem que pagar custas. Se não paga, deserção. Se esse recurso é do querelante em crime de exclusiva ação penal privada, e o querelante não paga as custas, a conclusão será uma só: não conhecimento. Será um fato extintivo que impede o conhecimento do recurso (art. 806, 2º) 2º - A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz, importará renúncia à diligência requerida ou deserção do recurso interposto Pressupostos SUBJETIVOS Quais são os pressupostos subjetivos de admissibilidade recursal? São dois: legitimidade e interesse. a) Legitimidade recursal A análise desse ponto tem início pelo art. 577, do CPP. Art O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. Parágrafo único - Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. De acordo com o art. 577, têm legitimidade recursal: MP Querelante, leia-se advogado do querelante Réu Advogado de defesa Lembre-se que o réu, no processo penal, tem capacidade postulatória autônoma da de seu advogado para interpor recursos. Isso em razão da preocupação com a liberdade de locomoção. Para que ele, réu, não seja prejudicado, as razões são apresentadas por um advogado (para não prejudicar a defesa). Aí você consegue conciliar a autodefesa (quando ele entra com o recurso) com a defesa

10 Página: 10/29 técnica, que é quando o advogado apresenta as razões. De modo a preservar ampla defesa, no recurso de interposição do réu, não é ele que apresenta as razões. Outro detalhe importante é o seguinte: não podemos nos esquecer do assistente da acusação, que não está mencionado no art como vimos na reforma processual penal, ele tem recebido cada vez mais importância. O assistente pode recorrer? Lembrar que o recurso do assistente é subsidiário. Esse é um primeiro ponto. Em quais hipóteses ele poderia recorrer? O assistente pode entrar com uma carta testemunhável? Pela leitura do CPP, verá que o assistente pode recorrer nas seguintes hipóteses: Contra a impronúncia Contra a absolvição Contra a decisão extintiva da punibilidade. Art Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no Art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. Esse dispositivo claramente diz que o recurso do assistente é subsidiário. É só se o MP não observar. Quando você concilia isso com o art. 584, 1º, você chega à conclusão que os recursos previstos no código para o assistente são esses, contra a impronúncia, absolvição e decisão extintiva da punibilidade. E a carta testemunhável, pode? Vamos ver o art. 584, 1º: 1º - Ao recurso interposto de sentença de impronúncia (QUE AGORA MUDOU, AGORA É APELAÇÃO) ou no caso do nº XVIII do Art. 581 (QUANDO O JUIZ JULGA EXTINTA A PUNIBLIDADE, QUE É O INCISO VIII), aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598. A carta testemunhável não está prevista aí. Não há nada no CPP falando sobre carta testemunhável pelo assistente. Mas aí é o raciocínio lógico e uma questão de bom-senso. O CPP não prevê a interposição de carta testemunhável pelo assistente. Porém, se eu posso entrar com uma apelação contra a absolvição, aí é questão de bom-senso. Imagine que eu, assistente, apele contra a absolvição e o juiz não queira conhecer da minha apelação. Qual o recurso cabível contra decisão que denega apelação? RESE. Dizer que o assistente não pode entrar com esse RESE é negar o direito de apelação no outro caso. Apesar do CPP somente mencionar a legitimidade recursal nessas três hipóteses, sempre que um outro recurso funcionar como desdobramento daquele, será possível a interposição pelo assistente. O assistente pode entrar com o RE? Pode, desde que em desdobramento a uma dessas três hipóteses. STF Súmula nº O assistente do Ministério Público não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas-corpus. Essa súmula parte do pressuposto que o HC está ligado à liberdade de locomoção. Se a pessoa foi posta em liberdade ou não, o assistente não tem nada a ver com isso. O interesse da vítima não teria nada a ver com isso, por isso, ele não poder recorrer extraordinariamente. Esse é o raciocínio da Súmula 208. Hoje, o que tem acontecido com muitos casos de HC: ele é muito usado buscando o trancamento de processo. Se o meu processo está sendo trancado, imagine que eu sou vítima. O tribunal, em HC, determina o trancamento do processo. Esses trancamento seria quase que como uma decisão absolutória. E isso repercutiria no meu interesse patrimonial. E por que o assistente poderia recorrer? STF Súmula nº /12/ O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, parágrafo 1º e 598 do Código de Processo Penal. É o que eu disse: em desdobramento àquelas três hipóteses, o assistente do MP pode recorrer, inclusive extraordinariamente. Prazo para interposição do recurso do assistente: Se o assistente já estava habilitado, prazo de 5 dias; se não estava habilitado, o prazo é de 15 dias. Em ambas as hipóteses, o prazo começa a contar depois do decurso do prazo do MP. Somente quando caracterizada a inércia do MP é que poderá entrar com o seu. Súmula 448, do STF trata do tema: STF Súmula nº DJ de 8/10/ O prazo para o assistente recorrer, supletivamente, começa a correr imediatamente após o transcurso do prazo do Ministério Público. (Revisão Preliminar pelo HC RTJ 68/604*) Sobre legitimidade recursal, é isso que nos interessa. Vamos ao próximo pressuposto subjetivo. b) Interesse recursal Sobre esse tema, tamanha a sua importância, você vai dar uma olhada no CPP, especificamente no art. 577, único: Art O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor.

11 Página: 11/29 Parágrafo único - Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. Para ingressar com o recurso, você precisa demonstrar interesse de recorrer. O interesse recursal, grosso modo, deriva de uma situação de sucumbência. E o que significa sucumbir? É uma situação de desvantagem jurídica oriunda da emergente decisão recorrida. Isso é interesse. É você demonstrar que se de alguma forma você não entrar com o recurso, os efeitos da sentença que recairão sobre você serão desfavoráveis. Sobre isso, o que há de interessante a ser comentado? O acusado pode recorrer contra sentença absolutória? Isso é tranquilo. Ele vai poder recorrer, buscando a modificação do fundamento da absolvição. Você tem que pensar nisso e ficar bem atento aos reflexos civis da sentença absolutória. Então, você já sabe que alguns fundamentos fazem coisa julgada no cível. Outros não. Eu fui absolvido porque o juiz entendeu não haver dolo suficiente. Ora, eu não quero ser absolvido por falta de dolo, mas por legítima defesa real e, nesse caso, há interesse recursal de minha parte. MP pode recorrer em favor do acusado? Também é outra pergunta muito tranquila. MP pode recorrer em favor do acusado. Sore isso não há a menor dúvida, na medida em que ao MP incumbe a defesa dos interesses individuais indisponíveis, dentre eles a liberdade de locomoção. Portanto, não há problema algum em o MP recorrer em favor do acusado. Mas espera passar no estágio probatório. Vai que você pega um corregedor xiita que não entende isso. Recurso do MP na ação penal privada pode acontecer? Em favor do querelado e do acusado, o MP tem interesse recursal. Porém, caso o querelante não recorra de sentença absolutória em crime de ação penal exclusivamente privada, ao MP não será permitido recorrer. E isso por força do princípio da disponibilidade da ação penal privada. Estando diante de uma sentença absolutória, se o próprio querelante que é o titular da ação penal, não está recorrendo, é porque ele, de certa forma, estaria demonstrando que não teria mais interesse naquela persecução penal. Nesse caso, se o MP recorresse, é como se estivesse assumindo para si a acusação. E não faria o menor sentido. Por isso, nesse caso, o MP não teria interesse recursal. 4. EFEITOS DOS RECURSOS 4.1. Efeito Devolutivo Sobre esse efeito já fizemos menção e vem consagrado na fórmula em latim: tantum devolutum quantum appellatum. O conhecimento do tribunal fica delimitado por aquilo que foi objeto de impugnação. A partir do momento em que houve um recurso, até por força da inércia da jurisdição, é preciso observar exatamente aquilo que foi objeto da impugnação. O juiz substituiu pena de 4 anos por restritiva de direitos. Ora, se o MP impugna tão-somente a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, não seria dado ao tribunal majorar essa pena porque senão estaria violando esse efeito devolutivo. O importante é o seguinte: em regra, onde se analisa o efeito devolutivo? O objeto de impugnação é delimitado, em regra, pela petição de interposição. Quando você entra com o recurso tende a limitar o recurso na própria petição de interposição. Você, como promotor de justiça vai dizer: O MP, não se conformando com a decisão que substituiu a privativa por restritiva, vem interpor apelação. A partir do momento que você delimitou na posição de interposição, acabou o assunto. E quando você não delimita na petição de interposição, ou seja, você entra com a petição, mas o faz de maneira genérica, sem delimitar o objeto? Quando o recorrente não delimita o objeto de impugnação na petição de interposição, prevalece que se devolve a integralidade da matéria ao tribunal. Há o entendimento segundo o qual se você não faz menção alguma na petição de interposição, você poderia fazer nas razões recursais. Mas há um outro entendimento, que parece prevalecer, que se você não delimita na petição da interposição, a integralidade da matéria estaria sendo devolvida ao tribunal. Em se tratando de recurso de apelação no júri, porém (art. 593, III), é possível que o recorrente delimite o objeto de impugnação nas razões recursais (STF HC 93942) Art Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;

12 Página: 12/29 c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Essa questão no júri, só pra você entender, é que no júri você tem o recurso de fundamentação vinculada. Ficaria complicado se entender que você devolveu ao tribunal todo o conhecimento da matéria. Então, no júri, se você entra com a petição de interposição e depois, nas razões, delimita, o tribunal fica delimitado. Nesse julgado que você anotou, o cidadão foi julgado pelo júri por dois crimes: tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo e foi absolvido pelos dois. Quando o MP entra com a apelação, o faz dizendo: decisão manifestamente contrária à prova dos autos. À primeira vista, ele só apontou a hipótese de cabimento. Porém, nas razões recursais, o MP delimita e manifesta nas razões recursais, tão-somente o seu inconformismo em relação à absolvição pelo porte ilegal de arma de fogo. Nas razões, o MP não fala nada sobre a absolvição por tentativa de homicídio. Quando o tribunal julga a apelação, ele determina que o cidadão fosse julgado novamente, tanto pelo porte, quanto a tentativa de homicídio. O que o Supremo decide? Ele diz que nas razões recursais, o MP somente impugnou a absolvição em relação ao porte. Como não foi impugnada a absolvição em relação à tentativa de homicídio, não era possível querer julgá-lo novamente por isso. Então, o Supremo, nesse HC, diz que o cidadão, então, só poderia ser julgado pelo porte ilegal, sob pena de violação a esse primeiro efeito, chamado efeito devolutivo Efeito Suspensivo Consiste no impedimento da eficácia da decisão recorrida em virtude da interposição do recurso. O efeito devolutivo é inerente a qualquer recurso. É inimaginável você dizer que um recurso não teria efeito devolutivo. Já o efeito suspensivo não. Quando se fala que um efeito tem efeito suspensivo, isso significa dizer que o simples fato de você ingressar com um recurso vai impedir que a decisão surta seus efeitos. Pensem na apelação prevista no CPP. Ela tem efeito suspensivo ou não? É preciso saber que sentença é essa. Imagine um sujeito que estava preso e foi absolvido pelo juiz que lhe deu uma sentença absolutória. Contra essa sentença, o MP apelou. A apelação contra sentença absolutória não tem efeito suspensivo. Se você dissesse que essa apelação teria efeito suspensivo, isso significaria que o indivíduo permaneceria preso, o que é um verdadeiro absurdo. E o contrário? Ele estava solto. Foi condenado em primeira instância. Essa apelação tem efeito suspensivo? Tem. Não tivesse ela efeito suspensivo, o que significaria? Que ele seria preso. O efeito da apelação depende do tipo de sentença. A apelação contra sentença absolutória não é dotada de efeito suspensivo; a apelação contra sentença condenatória é dotada de efeito suspensivo (arts. 596 e 597). Art A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente em liberdade. Art A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo o disposto no Art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional de pena. Essa parte final do art. 597 você pode entender que está revogada, não só em relação à CADH (Convenção Americana de Direitos Humanos) como também pelos novos dispositivos do CPP. O Supremo, recentemente, entendeu que apesar de os recursos extraordinários não serem dotados de efeito suspensivo, sentença condenatória sem trânsito em julgado não pode ser executada provisoriamente, somente sendo possível o recolhimento à prisão, se fundado em motivos de natureza cautelar (HC julgado importante que representa mudança de orientação do STF). INFORMATIVO 534 HC Ofende o princípio da não-culpabilidade a execução da pena privativa de liberdade antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, ressalvada a hipótese de prisão cautelar do réu, desde que presentes os requisitos autorizadores previstos no art. 312 do CPP. Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, concedeu habeas corpus, afetado ao Pleno pela 1ª Turma, para determinar que o paciente aguarde em liberdade o trânsito em julgado da sentença condenatória. Tratava-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do STJ que mantivera a prisão preventiva do paciente/impetrante, ao fundamento de que os recursos especial e extraordinário, em regra, não possuem efeito suspensivo v. Informativos 367, 371 e 501. Salientou-se, de início, que a orientação até agora adotada pelo Supremo, segundo a qual não há óbice à execução da sentença quando pendente apenas recursos sem efeito suspensivo, deveria ser revista. Esclareceu-se que os preceitos veiculados pela Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal, artigos 105, 147 e 164), além de adequados à ordem constitucional vigente (art. 5º, LVII: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória ), sobrepõem-se, temporal e materialmente, ao disposto no art. 637 do CPP, que estabelece que o recurso extraordinário não tem efeito suspensivo e, uma vez arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira instância para a execução da sentença. Asseverou-se que, quanto à execução da pena privativa de liberdade, dever-se-ia aplicar o mesmo entendimento fixado, por ambas as Turmas, relativamente à pena restritiva de direitos, no sentido de não ser possível a execução da sentença sem que se dê o seu trânsito em julgado. Aduziu-se que, do contrário, além da violação ao disposto no art. 5º, LVII, da CF, estarse-ia desrespeitando o princípio da isonomia. HC 84078/MG, rel. Min. Eros Grau, (HC-84078) Vale a pena ficar atento a isso. Entendia-se que a partir do momento que o TJ e o TRF confirmasse a sua condenação, você poderia ser recolhido à prisão. Dizia-se que pelo fato de os recursos extraordinário e especial não serem dotados de efeito suspensivo, poderia ser

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