Prof. José Antônio Manfred

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1 DIREITO CIVIL VIII 1 Anotações de sala de aula de Ronaldo Medeiros A leitura das anotações de sala de aula NÃO deve substituir o estudo dos livros constantes na bibliografia indicada pelos professores. Prof. José Antônio Manfred Bibliografia: Maria Helena Diniz, Orlando Gomes, Caio Mario e Silvio Venosa. Bibliografia Complementar: Washington de Barros Monteiro Prova será sem consulta Sucessão: transmissão da titularidade de um direito de uma pessoa para outra. Temos dois tipos de sucessão: sucessão entre vivos e sucessão causa mortis. A sucessão entre vivos se dá quando, por força de um negócio jurídico, se transmite a titularidade de um bem ou de um direito de uma pessoa para outra. Ex: compra e venda de um imóvel; em razão da pessoa ter alienado a casa, ela deixou de ser proprietária da casa, o comprador passou a ser o proprietário. Quando a sucessão se faz entre pessoas vivas, ela se faz de modo derivado, porque houve uma transmissibilidade. A sucessão causa mortis é a sucessão em razão da morte do titular do direito, do titular do patrimônio. É a sucessão causa mortis que será objeto de nosso estudo neste semestre. É a transmissão do patrimônio em razão da morte do titular em favor dos respectivos herdeiros. Direito das sucessões é o conjunto de normas jurídicas regentes para a transmissibilidade patrimonial em decorrência da morte do respectivo titular. Essa transmissibilidade decorrente da morte pode se dar ou por força de lei ou através de um testamento. Art A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. A transmissibilidade se dará por força de lei quando quem morreu não houver feito um testamento, ou se o testamento feito pela pessoa que morreu for declarado nulo ou caduco. Portanto, se a pessoa que faleceu não deixou um testamento, ou se o testamento for declarado nulo, a transmissibilidade se fará de acordo com uma escala legal, uma escala prevista no art CC. O art CC prevê uma escala para o recebimento de uma herança na hipótese de não existir um testamento ou na hipótese do testamento existente for inválido. Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. A transmissibilidade, em regra, é do ativo e do passivo: bens, créditos, haveres e dívidas. A herança é uma universalidade. O patrimônio também é uma universalidade. A pessoa herdeira ou sucessora irá ocupar o lugar de quem faleceu. Portanto, ocupará a posição de quem faleceu seja com respeito aos créditos, aos bens, aos haveres de quem faleceu, como também com relação às dívidas de quem faleceu. O sucessor, em regra, irá ocupar o lugar do finado, irá representar o falecido nas suas titularidades de crédito e débito. As relações jurídicas da pessoa falecida não cessam. O que irá alterar é a representatividade da pessoa falecida. 1

2 2 A sucessão hereditária se baseia em que fundamento, em que origem? O fundamento do direito sucessório é a propriedade, porque é a propriedade que se transmuda, é a propriedade que tem a respectiva titularidade alterada. São relações de propriedade ligadas, no mais das vezes, no direito de família. Portanto, a possibilidade de transferência de bens na sucessão está pautada no direito de propriedade. Na maioria das vezes a sucessão hereditária é feita para pessoas familiares mais próximas do autor da herança. O livro V do código civil prevê a respeito do direito das sucessões. Ele está dividido em títulos: I Da Sucessão em Geral (arts a 1828) II Da Sucessão Legítima III Da Sucessão Testamentária IV - Do Inventário e da Partilha O título I tem a previsão da sucessão em geral. Será estudado nele disposições gerais a respeito da sucessão. Iremos estudar o que é herança, a vocação para a herança, aceitação e renúncia da herança, quem está excluída da sucessão, sucessão legítima, formas de sucessão. O título II trata da sucessão legítima. Iremos estudar a ordem da sucessão hereditária, quem são os herdeiros necessários, os herdeiros legítimos. O título III fala da Sucessão Testamentária. Sucessão testamentária diz respeito à transmissibilidade da herança por força de disposição de última vontade, a pessoa irá determinar quem irá sucedê-la. Depois do casamento, o testamento é o instituto mais solene do direito brasileiro. Para assegurar o máximo possível a autenticidade da manifestação da vontade de quem fez o testamento é que o legislador colocou tanta formalidade no testamento. O título IV trata de inventário e partilha. Iremos ter a incidência de algumas disposições processuais, pois inventário e partilha estão previstos tanto no código civil quanto no código de processo civil. É possível o inventário extrajudicial em determinadas condições (ex: não envolver menores), caso contrário, será feito judicialmente. O inventário descreve os bens do autor, descreve os herdeiros etc. Ao final será feita a liquidação, a partilha com os herdeiros. A herança é um bem indivisível. A herança é transmitida automaticamente com a morte do titular. Quando a pessoa morre, ela transmite automaticamente seus bens, suas dívidas para seus herdeiros. Existe sucessão a título universal e existe sucessão a título singular. A sucessão a título universal é aquela que diz respeito ou à transmissibilidade do todo patrimonial (deixado por quem faleceu) ou essa sucessão a título universal diz respeito a uma parte ideal. A parte ideal se refere a um quinhão que ainda não é plenamente conhecido. Ex: o pai faleceu e deixou três filhos. Nesta hipótese, caberia a cada filho 1/3. Este 1/3 é a parte ideal. Se fossem cinco filhos, a parte ideal seria 1/5. Diz-se parte ideal porque, somente à frente com a ocorrência da partilha é que irá saber o que efetivamente cabe a cada filho. A sucessão a título singular é aquela que se dá, em regra, a respeito de um bem especificado, individualizado, particularizado. Ex: Tício deixa de herança para Carolina a casa localizada na avenida Brasil, nº 320. A sucessão a título singular faz-se por meio de um testamento chamado legado. Legado vem a ser um meio testamentário pelo qual se transmite por força da morte determinado bem especificado. Quando se está à frente de uma sucessão a título universal, a pessoa que irá suceder ocupará o lugar daquele autor da herança, irá representá-lo. Diferentemente, se estivermos diante de uma sucessão a título singular, o legatário não irá representar aquele que faleceu, porque ele é destinatário de um bem específico. Quem representa aquele que morreu é herdeiro. Portanto, existe diferença entre herdeiro e legatário. Quem recebeu a sucessão a título singular não é herdeiro. 2

3 3 11/02/2010 Doutrinariamente, quanto à fonte da sucessão, a sucessão pode ser: a) Testamentária; b) Legítima. A sucessão testamentária é a decorrente de um ato de disposição de última vontade, ou seja, de um testamento. A sucessão legítima, também chamada de sucessão legal, se dá quando não há testamento ou se o testamento for declarado nulo. A sucessão legítima deve se basear numa escala, de caráter eliminatório, prevista em lei. Esta escala é dada no art para a união estável e no art para o casamento. Ex: Tício chega no advogado e diz que seu pai faleceu. O advogado faz algumas perguntas a Tício e este diz que seu pai não deixou testamento, sua mãe está viva, Tício possui dois irmãos, seus pais eram casados no regime de separação obrigatória de bens. O advogado, com base nestes dados, diz a Tício que haverá uma concorrência entre a mãe de Tício e os três filhos de seu pai (Tício e seus dois irmãos). Aplica-se, assim, o art. 1829, I CC. A liberdade para atestar no Brasil é absoluta? Depende da situação jurídica da pessoa. Se ela for casada, se tiver descendentes, se tiver ascendentes, ela terá que resguardar uma parte para seus herdeiros necessários. Caso não possua herdeiros necessários, aí sim ela terá liberdade absoluta para atestar. Os herdeiros necessários são, conforme art CC: Descendentes; Ascendentes; Cônjuge sobrevivente. Obrigatoriamente deverá haver uma reserva dos bens para os herdeiros necessários na hora de fazer um testamento. Metade dos bens fica garantida para os herdeiros necessários (legítima). Legítima é a porção correspondente à metade dos bens pertencentes aos herdeiros necessários. Os irmãos são herdeiros legítimos, mas não são herdeiros necessários. Portanto, existe diferença entre herdeiro legítimo e herdeiro necessário. Herdeiro legítimo é aquele que consta em um rol legal para receber a herança na falta de um testamento ou caso o testamento seja declarado nulo/inválido. Art Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Art São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Art Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. O patrimônio da pessoa que falecer (autor da herança) pode ser de duas espécies: 1 - Legítima ou reserva legal; 2 - Parte disponível. Se o autor da herança não tiver herdeiro necessário ele pode atestar como ele quiser. Por outro lado, se o autor da herança tiver um filho, ele poderá livremente apenas de metade de seu patrimônio (a parte disponível), pois a outra metade obrigatoriamente será de seu filho. Existe exceções à regra de que os herdeiros necessários sempre irão suceder. A primeira exceção está no art e ss. (indignidade) e a outra exceção no art e ss. (deserdação). Nessas duas hipóteses o herdeiro pode ser necessário (um filho, por exemplo), mas não se aplicará a regra de que ao herdeiro necessário se deverá assegurar pelo menos metade. A principal diferença entre a indignidade e a deserdação é que a deserdação se dá através de testamento, enquanto que a indignidade não precisa de testamento. Art São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu 3

4 4 cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. Art A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença. Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão. Art Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão. Art Além das causas mencionadas no art , autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto; IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade. Art Além das causas enumeradas no art , autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta; IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade. Portanto, se um filho agride um pai, o pai pode fazer um testamento deserdando o filho. Quem tiver interesse processual na deserção (aquele que foi beneficiado) tem prazo de 4 (quatro) anos para ajuizar ação provando a causa da deserção. Ex: Tício foi agredido por seu filho em Tício faleceu em 11/02/2010. Em seu testamento, Tício deserdou seu filho que o agrediu, deixando todos seus bens para sua outra filha. A filha de Tício tem, a partir de 11/02/2010, quatro anos para entrar com a ação em procedimento ordinário provando a agressão de seu irmão contra Tício, ou seja, não basta o testamento deixado por Tício. A porção disponível da herança tem uma porção fixa que compreende metade dos bens do testador. Como se sabe que uma sucessão será legítima e não testamentária? Temos quatro situações: 1 - Não há testamento; 2 - O testamento feito foi judicialmente invalidado (nulidade ou anulação); 3 - Caducidade do testamento; 4 - Rompimento do testamento. Art Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. Ter-se-á a caducidade do testamento quando ele for feito mas, antes de morrer o autor da herança, nascer um herdeiro. Se morrer o herdeiro pelo testamento antes de morrer o autor da herança, o testamento caducou. O rompimento do testamento está previsto no art Suponha que José não tinha filhos, não tinha herdeiros necessários, então ele pode fazer um testamento dispondo de tudo. Passados dez anos, nasce um filho dele. Neste caso, como ele fez o testamento e sobreveio um filho, esse testamento perde a eficácia (rompe o testamento). Se José morrer, apesar desse testamento, seu filho herdará tudo. É possível ter ao mesmo tempo sucessão testamentária e sucessão legítima. Basta eu reservar os 50% de meu patrimônio para os herdeiros necessários e dispor do restante através de testamento. 4

5 5 18/02/2010 Sucessão quanto aos efeitos 1. a título universal 2. a título singular Doutrinariamente pode se fazer classificação das sucessões. Quanto aos efeitos, a sucessão pode ser a título universal ou a titulo singular. SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL A sucessão será a título universal ou quando ela disser respeito à transmissão do todo para uma pessoa, ou quando ela disser respeito à transmissão de uma parte ideal cujo teor ainda não se sabe exatamente por enquanto (porque todo patrimônio é transmitido de forma indivisível e somente ao final da partilha se saberá quando cada um irá receber). Ex: pai falece e deixa três filhos. Cada filho terá direito a 1/3 do que deixou. Quando se abre a sucessão ainda não se sabe exatamente a parte que cabe a cada um porque a sucessão é feita de modo indivisível. A sucessão hereditária é feita no momento da abertura da sucessão, e a abertura da sucessão se dá no momento da morte. Portanto, no momento em que a pessoa morre já ocorre automaticamente a transmissão de tudo que tinha para seus herdeiros. Se for um herdeiro só, receberá tudo após a partilha; se for mais de um herdeiro, cada um receberá uma fração proporcional. Uma situação é a situação de herdeiro. Outra situação diferente é a de legatário. Herdeiro e legatário não são a mesma coisa. O herdeiro é aquele que recebe a título universal. Sucessão a título universal é aquela que transmite ou o todo a uma única pessoa ou, havendo mais de um herdeiro, uma parte ideal para cada um dos herdeiros. Diz-se parte ideal porque ainda não é possível saber quanto cada herdeiro irá receber, só será possível saber ao final da partilha. SUCESSÃO A TÍTULO SINGULAR Quando a sucessão for a título singular, não se irá transmitir tudo para um só, e não irá se transmitir em partes ideais. Quando a sucessão for a título singular ela irá dizer respeito a uma coisa determinada 1, um bem especificada. O legado se faz por meio de testamento. Normalmente a sucessão a título singular se dá quando quem morreu possui mais de um bem, de forma que ele pode destinar um bem específico e determinado para alguém através de testamento. DIFERENÇA ENTRE HERDEIRO E LEGATÁRIO HERDEIRO: representa o autor da herança (ocupa o lugar do autor da herança) LEGATÁRIO: não representa o autor da herança O herdeiro é aquele que irá suceder a título universal. Ele irá suceder no todo se for o único herdeiro, ou irá suceder em parte ideal se tiverem outros herdeiros. O legatário é aquele que sucede a título singular, sucede num bem determinado (ou em alguns bens determinados). O herdeiro recolhe (ou sucede em) patrimônio 2. Se o sujeito é o único herdeiro, ele recolhe todo o patrimônio, que irá envolver todos os bens, todos os direitos, todas as dívidas etc. Caso haja mais de um herdeiro, cada um irá recolher uma parte ideal do patrimônio. Essa parte ideal que cabe a cada um envolve os bens, direitos, créditos, bem como as dívidas. O herdeiro representa o autor da herança. Ele ocupa o lugar do autor da herança. Se o autor da herança tinha três filhos como herdeiros, cada um irá representá-lo. Já o legatário não representa o autor da herança, ele não ocupa o lugar do autor da herança porque o legatário fará jus apenas àquilo que foi destinado a ele, àquele bem 1 na sucessão a título universal nós não estaremos diante de uma coisa determinada 2 Patrimônio é uma universalidade, envolve débitos e créditos. 5

6 6 específico e determinado que foi destinado a ele. Portanto, quem irá responder pelas dívidas são os herdeiros, e não o legatário. SUCESSÃO LEGÍTIMA e SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Fonte legítima : quando não houver testamento; se o testamento não disser respeito ao todo quando o testamento for anulado caducidade do testamento rompimento do testamento testamentária Sucessão legítima: sempre a título universal Sucessão testamentária a) a título universal b) a título singular Quando nos depararmos com uma sucessão, devemos primeiramente verificar se existe testamento. Se não houver testamento, a sucessão será legítima. Mas temos outras hipóteses de a sucessão ser legítima. O art CC traz uma escala de ordem de sucessão legítima. Rompimento do testamento Temos o rompimento do testamento quando uma pessoa que imaginava não ter herdeiros faz o testamento para outrem. Depois que o autor do testamento morreu, descobre-se que ele tinha um filho (ou outro herdeiro qualquer). Neste hipótese, rompe-se o testamento. A sucessão testamentária é a que ocorre através de um testamento. O art traz os herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge. Havendo herdeiros necessários, o autor da herança não poderá dispor de forma absoluta, pois 50% do patrimônio deverá ser reservado para seus herdeiros necessários. Não podemos confundir herdeiros legítimos com herdeiros necessários. Nem todo herdeiro legítimo é herdeiro necessário. Ex: irmão é herdeiro legítimo, mas não é herdeiro necessário. Se o sujeito possui apenas seu irmão como herdeiro, ele não é obrigado a deixar 50% de seu patrimônio para seu irmão, ele poderá dispor de tudo que tem, e não deixar nada para seu irmão. Portanto, se a pessoa não tiver herdeiros necessários, ela poderá atestar tudo, ainda que tenha herdeiros legítimos. A sucessão legítima será sempre a título universal. Quem for sucessor legítimo sempre recolherá (receberá) a título universal. Já a sucessão testamentária poderá ser a título universal ou a título singular. A sucessão testamentária será a título singular quando se dispuser no testamento de um bem especificado, determinado. Mas nada impede que no testamento haja também disposição a título universal. Ex: a pessoa faz o testamento deixando um automóvel VW Gol, placa ABC1234 para Tício. A mesma pessoa faz testamento deixando o restante do seu patrimônio disponível para a Entidade São Francisco de Assis. 6

7 7 24/02/2010 ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA A abertura da sucessão coincide com o momento do óbito. Imediatamente após o óbito já se transmite posse, domínio, débitos. A herança se transmite automaticamente. É possível sucessão hereditária por meio de contrato? Em regra não, pois, conforme art CC, a sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. De acordo com o art. 426 CC, não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Existe uma exceção, prevista no art CC, que diz que é válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários. Portanto, é possível haver partilha por ato entre vivos. Ex: pai ajusta antes de sua morte a forma de partilha com os vivos. Há os chamados direitos de família puros, que não são passíveis de transmissão hereditária. Ex: poder familiar. O pai morreu, extingue-se aquele direito. O mesmo ocorre com a tutela e a curatela, que não se transmitem. A abertura da sucessão coincide com o término da personalidade a morte conforme o art. 6º CC. Como provar a morte da pessoa? Existem situações em que não é possível provar a morte da pessoa por uma certidão de óbito. O art. 7º CC trata da morte presumida (que é diferente da ausência). Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. O reconhecimento da morte de Ulisses Guimarães se deu com base no art. 88 da Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/??). Na morte presumida nós temos a certeza da morte, enquanto que na ausência nós temos certeza do desaparecimento. Quais as consequências da (decretação) da morte? Abertura da sucessão, herança para os herdeiros, legado para os legatários etc. Onde se abrirá o inventário? Segundo o art CC, a sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. E se a pessoa tiver domicílios diferentes? Neste caso, poderá se abrir o inventário em qualquer desses domicílios. Já vimos que a sucessão é aberta no momento da morte e que a herança é transmitida como um todo, independentemente de quantos sejam os herdeiros. Até que seja decidida a partilha, o que se tem é um condomínio entre os herdeiros, ou seja, uma propriedade em comum entre os herdeiros. Relembrando o art. 80 CC, considera-se como bens imóveis o direito à sucessão aberta. Desta forma, se o herdeiro for casado e quiser renunciar à herança, ele necessitará do consentimento do outro cônjuge? Embora não haja comunicabilidade (pois a herança é pessoal) deve haver a anuência do outro cônjuge, porque se trata de um bem imóvel. A maioria dos acórdãos está neste sentido. Só em uma hipótese a renúncia à herança não dependerá do consentimento do outro cônjuge, que é quando o regime de bens for o da separação absoluta (que é diferente da separação obrigatória, como visto no semestre passado). Outro dado importante é a respeito da capacidade e da incapacidade para suceder. Capacidade para suceder vem a ser uma aptidão que a pessoa tenha para receber os bems deixados pelo de cujus no tempo da abertura da sucessão. Os requisitos para receber/recolher os bens (capacidade para suceder) são: 7

8 8 1) Morte do autor da herança; 2) Sobrevivência do sucessor; 3) É preciso que o sucessor pertença à espécie humana; 4) Na sucessão testamentária é possível contemplar-se sucessores ainda não concebidos, na forma dos arts e 1800 CC. O art. 1799, I CC diz que podem ser chamados a suceder os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão. Ex: José, solteiro, faz testamento dizendo que deixa seus bens para os filhos que Augusto vier a ter. Após a morte de José, haverá um prazo de 2 (dois) anos para que sejam concebidos os filhos de Augusto, conforme art. 1800, 4º CC. Decorrido o prazo de 2 (dois) anos sem que Augusto conceba os filhos, os bens reservados caberão aos herdeiros legítimos (salvo disposição em contrário). 5) É preciso que se tenha o título jurídico de herdeiro, que pode faltar na hipótese de indignidade. A indignidade é pena civil que priva o herdeiro da herança. O legatário também pode ser considerado índigo. A indignidade tem que ser declarada judicialmente através de uma ação de conhecimento ordinário, onde deverão ser provadas as causas do art CC (ex: tentativa de homicídio contra o autor da herança). Se um herdeiro for considerado indigno (e, portanto, não irá recolher a herança), os filhos do indigno farão jus à herança? Segundo o art CC sim, pois os efeitos da exclusão são pessoais e não afetam seus descendentes, é como se o indigno já estivesse morto antes da abertura da sucessão. Os efeitos da sentença que declarar a indignidade são ex tunc. Imagine que antes da sentença declaratória transitada em julgado o herdeiro faça uma cessão de herança antes da partilha, ou venda esses bens se a partilha já foi efetuada. A venda será válida se tiver sido feita a terceiro de boa fé. Já com a doação é diferente. Se a pessoa é ré num processo de indignidade e doar, poderá estar agindo com intenção de fraudar e pode ser invalidada. O legislador admitiu a teoria da aparência ao preservar a venda a terceiro de boa fé. O prazo decadencial para propositura da ação que declara a indignidade é de 4 (quatro) anos a partir da abertura da sucessão, conforme art CC. É possível os pais fazerem usufruto de bens de propriedades dos filhos. Mas será que o herdeiro que foi declarado indigno poderá exercer usufruto dessa parte que veio a caber aos filhos? Não, conforme o parágrafo único do art ( O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens ). 8

9 9 03/03/2010 Os pais, em relação aos bens de propriedade exclusiva dos filhos menores, possuem direito real de usufruto. Os efeitos da indignidade são pessoais. Se o herdeiro declarado indigno tiver filhos, este herdeiro perderá o quinhão a que tem direito na herança, e esta parte irá beneficiar seus filhos. Ou seja, os bens que o indigno herdaria passam para seus filhos. Imagine que José foi declarado indigno, tendo sua herança passado para seu filho. Aplica-se a regra que os pais exercerão usufruto real sobre os bens de seus filhos menores em relação a esses bens? Não. Por questão de consenso jurídico, José não poderá exercer usufruto dos bens que ele deixou de herdar e que, por conta disso, foram passados para seu filho. Tal disposição está expressa no art CC. Art São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão. Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens. Suponha um herdeiro que tenha sido declarado indigno mas que, antes de ser declarado indigno, tenha disponibilizado sobre alguns bens da herança (ex: vendeu esses bens). Será que esse negócio jurídico alcançará terceiros que tenham adquirido o bem (ou seja, será que esse negócio jurídico será invalidado em relação ao terceiro)? Em princípio não, desde que o terceiro esteja de boa fé. Ou seja, se o terceiro estiver de boa fé, o negócio jurídico é válido (acolheu-se a teoria da aparência). REABILITAÇÃO (art caput CC) Será que uma pessoa declarada indigna pode ser reabilitada (perdoada)? Imagine um filho que tentou matar o pai. Esse pai perdoa o filho. Mas esse pai pode estar raciocinando o seguinte: tenho mais três filhos, eu perdôo esse meu filho, mas não sei se depois de falecer se os irmãos dele não quererão promover uma ação para vêlo afastado da sucessão. Então o pai, ainda em vida, para evitar que o filho perdoado venha a ser réu demandado pelos outros irmãos, ele pode fazer um testamento expressando que aquele ato passado envolvendo o filho foi perdoado. Ele está, assim, reabilitando o filho. Falecendo esse pai, os outros eventuais herdeiros que intentarem com uma ação para excluir esse filho da sucessão encontrarão um óbice, que é o testamento perdoando o filho. Isso está embasado em lei (art caput CC) e é matéria segura na doutrina. Art Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico. Por outro ato autêntico entende-se um ato documental, como uma escritura pública. Na reabilitação, portanto, o pai faz um testamento ou outro ato autêntico reabilitando o filho, e esse filho será sucessor legítimo. O parágrafo único do art CC diz respeito à sucessão testamentária ( Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária ). Aqui não existe uma reabilitação, porque o ato de reabilitação por testamento ou por outro ato autêntico tem de ser específico para reabilitação. Imagine que o pai faça um testamento não para reabilitar, e sim para contemplar aquele filho com algum quinhão, alguma parte de seus bens. Será que esse testamento será válido? Será que ele será eficaz e capaz de produzir efeitos em favor de um filho que teve um comportamento daqueles? Sim, porque se o pai fez um testamento em favor de um filho que teve um comportamento desses, então houve o perdão do pai. Mas não é caso de reabilitação, porque a reabilitação exige um testamento específico. Portanto, é possível uma hipótese em que o pai tem três filhos e um deles é declarado indigno. No testamento o pai deixa toda a parte disponível da herança para esse filho indigno. Desta forma, este filho indigno ficará com 50% dos bens do pai, e os outros dois apenas 25% cada (dividirão entre os dois a legítima). Observação 1: o filho nunca poderá ser declarado indigno antes da morte do pai. O prazo para a ação de declaração de indignidade só pode ser proposta após a morte do pai. Observação 2: a indignidade diz respeito à sucessão legítima, e não à testamentária. 9

10 10 INCAPACIDADE PARA SUCEDER E INDIGNIDADE Incapacidade para suceder é diferente de indignidade. A incapacidade para suceder impede que o direito nasça. Ex: se o autor da herança ainda não morreu, então não houve sucessão. Indignidade é diferente, indignidade é uma pena civil. Além disso, a indignidade impede que o herdeiro conserve a herança. Já vimos que basta a morte para que a herança seja transmitida para os herdeiros. Portanto, se após a morte do pai o herdeiro é declarado indigno, este herdeiro inicialmente recebeu herança, pois a herança foi transmitida no momento da morte do pai. Só que este herdeiro não vai poder conservar o que recebeu. O incapaz não adquire herança em momento algum. No caso de sucessão legítima, a pessoa jurídica jamais terá capacidade jurídica para receber uma herança. Já no testamento é possível a pessoa jurídica receber uma herança. A indignidade é uma pena civil personalíssima. ACEITAÇÃO DA HERANÇA É fundamental que o herdeiro aceite a herança. Uma coisa distinta da transmissão automática da herança com a morte da pessoa é o herdeiro aceitar a herança. Por que o herdeiro não aceitaria uma herança? Como a herança é uma universalidade, pode ser que o herdeiro não queira a herança porque existem dívidas. Aceitação da herança é um negócio jurídico unilateral pelo qual o herdeiro legítimo ou testamentário manifesta desejar recolher a herança. Existem 3 (três) tipos de aceitação da herança: a) Expressa. Art CC. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por escrito. O herdeiro, tão logo verificado a abertura da sucessão, faz uma declaração escrita manifestando sua aceitação da herança. Não é muito usual. b) Tácita. Art CC. Quando tácita, a aceitação há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro. A pessoa, em vez de expressar-se aceitante, ela nada declara, nada escreve, mas revela atos que só podem ser compatíveis àqueles atos de quem deseja aceitar recolher a herança. Ex: herdeiro outorgar a advogado procuração para requerer abertura da herança, esta atitude é própria somente de quem deseja aceitar. É a forma usual no Brasil. O 1º cita alguns atos que não exprimem aceitação. Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória. Ex: os filhos não permitem que haja a invasão da fazenda (esbulho possessório). O 2º diz que também não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros. Ex: morreu o autor da herança, requereu-se inventário judicial em que há três herdeiros. Se um desses três herdeiros, quando já em trânsito o inventário, revelar de forma escrita que cede seu quinhão gratuitamente sem especificar a quem, esse ato não implica em aceitação. Entretanto, se ele especificar que transfere ao herdeiro X ou aos herdeiros X e Y, aqui implicará em aceitação, pois ele terá aceitado e renunciado. Portanto, se ele não especificar a quem, não implicará em aceitação; se ele especificar a quem, implicará em aceitação e renúncia 3. c) Presumida. Quando o herdeiro não tiver se manifestado expressamente no sentido de aceitar recolher a herança ou quando o herdeiro não revelou comportamento compatível a quem quisesse receber. Neste caso a aceitação poderá ser presumida. Ex: o autor da herança tem três filhos: José, Antônio e João. O filho do meio Antônio contraiu muitas dívidas enquanto o pai era vivo. Quando o pai morreu ele adquiriu 1/3 do patrimônio. Como ele devia muito, para não pagar seus credores ele manteve-se em silêncio, não aceitando expressamente nem se manifestando tacitamente. Neste caso, é o credor quem tem que tomar a iniciativa de interpelar judicialmente este herdeiro. Deve 3 Existe a renúncia abdicativa (não especifica a quem) e a renúncia traslativa (especifica a quem). A renúncia abdicativa importa na não aceitação. Na renúncia abdicativa incide apenas um imposto (imposto inter vivos). Na renúncia traslativa incide dois tributos (imposto causa mortis e imposto inter vivos). 10

11 11 formular um pedido em juízo no prazo previsto no art CC para que ele se manifeste se aceita ou não herança. Se ele ficar silente, irá presumir que ele aceitou a herança. Não se trata de prazo para o herdeiro renunciar. Se ele não se manifestar é porque ele aceitou a herança. Existem duas formas pelas quais a manifestação se manifesta. Existe a forma direta (a própria pessoa aceita) e existe a forma indireta (se faz pelo herdeiro daquela pessoa). 11

12 12 04/03/2010 ACEITAÇÃO DIRETA E ACEITAÇÃO INDIRETA A aceitação direta é aquela que se faz pelo próprio herdeiro, pela própria pessoa que herda. A aceitação indireta é aquela que é feita por meio de herdeiros da pessoa que iria suceder, bem como por tutor, curador, mandatário ou gestor de negócios. Art Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada. Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira. A primeira parte do art CC diz o seguinte: Imagine que José é filho único de Pedro. José tem um filho (neto de Pedro). Pedro falece. Ocorre imediatamente a transmissão dos bens para os herdeiros, mas é necessário que haja a aceitação da herança pelos herdeiros. Pedro faleceu no dia 01/02/2010. No dia 10/02/2010 José que era o herdeiro de Pedro ainda não havia manifestado se aceitava ou não a herança e falece também. Neste caso não podemos ter a aceitação direta, mas podemos ter a indireta. Quem irá aceitar a herança de Pedro é o filho de José. Art Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato. 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros. Imagine que uma pessoa faleça e tenha deixado três filhos (três herdeiros). Um destes filhos tinha devedores e, para fraudar seus credores, ele renuncia à herança. Neste caso, os credores poderão aceitar a herança em lugar daquele herdeiro. O art. 1748, II CC permite que o tutor aceite herança, legados ou doações, com autorização do juiz. A aceitação não pode ser parcial. Uma das razões é o caráter de universalidade da herança. A aceitação da herança não pode estar sujeita a encargo, e também não pode estar sujeita a condição ou termo. Art Não se pode aceitar ou renunciar a HERANÇA em parte, sob condição ou a termo. 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a, repudiá-los. 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia. Os 1º e 2º do art CC não são exceção à regra do caput do artigo. Imagine que o autor da herança tenha deixado dois filhos. Se ele deixou dois filhos, antes de sua morte ele poderia fazer testamento para destinar livremente 50% de seu patrimônio. Esse homem deixou em testamento um legado para seu filho mais velho, especificando um sítio. Neste caso temos sucessão legítima com respeito aos 50% referentes à parte dos filhos (herdeiros necessários), e 50% a respeito de sucessão a título singular (testamento). De acordo com o 1º do art CC, o filho mais velho pode aceitar o legado, renunciando à herança; ele pode rejeitar o legado e aceitar a herança; e ele pode aceitar tanto o legado quanto a herança. Em resumo, uma pessoa que seja herdeira e legatária pode escolher se aceita somente o legado, se aceita somente a herança, ou se aceita ambos. O 2º trata da seguinte situação: Imagine um pai que tenha cinco filhos. Metade obrigatoriamente ele deve destinar aos cinco filhos. A outra metade ele pode dispor livremente, então ele faz um legado para o mais velho de um sítio, só que este sítio é menos do que os 50% que o pai pode dispor (digamos, 10%). O pai faz um legado e um testamento. Ele faz um legado do sítio especificando. Quanto aos outros 40%, ele beneficia novamente filho mais velho. Nesta hipótese o filho mais velho será sucessor a títulos testamentários diferentes (um testamento para o legado e outro testamento para a herança). Ele pode escolher ficar apenas com o legado ou ficar apenas com a herança. Segundo o art CC, são irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. Caso o herdeiro aceite a herança e depois não queira mais ficar com ela, ele não pode mais renunciar. Entretanto, ele poderá efetuar a cessão da herança, situação em que incidirá imposto causa mortis. 12

13 13 Pode ocorrer de a herança ser aceita por quem não seja verdadeiro ou real herdeiro? As consequências podem ser de dois tipos: ou o herdeiro real promove uma ação objetivando a invalidade daquela aceitação por quem não era herdeiro; ou, se já tiver se verificado a partilha, por exemplo, ou se tudo ficou para um só, aquele real herdeiro poderá promover uma ação chamada ação de petição de herança. Imaginemos um homem que seja solteiro, não tenha descendentes nem ascendentes, e que tenha um irmão. Ele não faz testamento. Portanto, o irmão é o herdeiro. Mas esse homem teve um relacionamento com uma mulher e deste relacionamento nasceu um filho sem que o homem soubesse. A mãe desta criança pode promover uma ação de investigação de paternidade e acabou-se reconhecendo com trânsito em julgado que a criança é filha daquele homem. A situação sucessória mudou, pois quem havia recebido a herança o irmão, que era o herdeiro aparente não era o herdeiro real, e sim a criança. Promove-se uma ação de petição de herança para invalidar a aceitação do irmão e reivindicar o bem. RENÚNCIA DA HERANÇA Alguns livros consideram a herança um ato jurídico, mas o professor considera a renúncia da herança um negócio jurídico, pois se objetiva à produção de efeitos. A renúncia trata-se de um negócio jurídico unilateral e expresso pelo qual o herdeiro declara não aceitar a herança a que tem direito. PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS DA HERANÇA 1. capacidade jurídica do renunciante. É tanto aquela capacidade genérica para os atos da vida civil (capacidade de fato) como também a capacidade para alienar. 2. forma prescrita ou prevista em lei. Consta no art CC ( A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial 4 ). Se fizer a renúncia à herança por instrumento particular a renúncia não terá validade nem eficácia, pois será caso de nulidade. Uma pessoa casada que seja herdeira pode renunciar sem a concordância do respectivo cônjuge? Há pontos de vista diferentes. Maria Helena Diniz sustenta que o herdeiro não precisa, alegando que não se deve confundir herdeiro com meeiro. O professor discorda dela, ele considera que, exceto quando o regime de bens for de separação absoluta, haverá necessidade do consentimento do outro cônjuge para renúncia porque, conforme está previsto no art. 80, II CC, o direito à sucessão aberta é imóvel para efeitos legais. Além disso, devemos ter presente o art. 1647, I CC, segundo o qual nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta, alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis. Este também é o entendimento da maioria dos acórdãos. 3. a renúncia deve ser um ato simples, puro e gratuito. Ou seja, não é possível a renúncia sob condição, parcialmente, ou a termo. 4. a renúncia não terá validade depois da aceitação. 5. não pode haver renúncia parcial. 6. é preciso objeto lícito. É preciso que não haja interesse do renunciante em prejudicar terceiros, em prejudicar credores. Tanto é que se o herdeiro renunciar para prejudicar credores, os credores poderão aceitar no lugar dele. 10/03/2010 EFEITOS DA RENÚNCIA 1- O primeiro efeito relativo à renúncia à herança é que aquele que renunciou será considerado como se não existisse como herdeiro, ela é tratada como se nunca existisse para efeito sucessório (art CC). 2- O segundo efeito corresponde ao chamado direito de acrescer. Está previsto no ar 1810 CC. Suponha que existam dois herdeiros (dois filhos). Se um renuncia, a parte que lhe caberia irá para o outro. 4 Peça processual componente dos autos do processo ou arrolamento. 13

14 14 Sendo o renunciante o único herdeiro daquela classe, devolve sua parte para a classe subsequente. Ex: José é casado com Maria, mas não tem filho. José morre e não tinha descendentes. A mãe dele será a herdeira. Se a mãe dele renunciar, a mulher dele é quem irá recolher. 3- Quando a renúncia disser respeito a uma sucessão testamentária, se aquele que for o herdeiro renunciar, o testamento caduca. Alberto faz um testamento para Beatriz, mas não é legado, e sim herança. Se Beatriz vier a renunciar à herança, aquele testamento caduca. Se Alberto faz um testamento em favor de Beatrriz e deixa previsto que se Beatriz não aceitar haverá a substituição por Cláudio, se Cláudio também renunciar, haverá caducidade do testamento. Está previsto no art CC. 4- Quem renunciar à herança não estará impedido de aceitar legado, e vice-versa. 5- O renunciante não perde o direito de administração e usufruto dos bens que em razão de sua renúncia à herança tenham sido recebidos pelos seus filhos. 6- Os descendentes do renunciante não herdam por representação. Representação é a situação em que a pessoa falece antes de quem pudesse ser o autor de herança. Ex: Alberto tem dois filhos: Beto e Cláudio. Beto tem um filho, Daniel. Beto falece antes de seu pai. Se Beto faleceu antes de seu pai, no dia que seu pai falecer, Daniel, que era o filho de Beto, representará Beto na sucessão de Alberto. Suponha a mesma situação mas, ao invés de Beto falecer, Alberto é quem falece e Beto renuncia à herança. Ao invés da parte de Beto passar para seu filho Daniel, sua parte passará para Cláudio, que é quem está na mesma classe que Beto. Isso está previsto no art CC. Se todos da mesma classe vierem a renunciar, seus descendentes serão chamados não devido a representação, mas por direito próprio ( suceder por cabeça ). Pode uma renúncia ser revogada? O art CC estabelece que os atos de aceitação ou de renúncia são irrevogáveis. Mas ainda assim, será que existe alguma possibilidade de a renúncia ser revogada? Se a renúncia se deu em virtude de erro de consentimento (ex: dolo, coação), ela pode ser revogada. HERANÇA JACENTE Jacência é a situação jurídica pela qual, aberta uma sucessão, não se saiba quem sejam os herdeiros. Alguém faleceu, houve a abertura da sucessão, mas não se apresentam herdeiros legítimos nem tampouco herdeiros testamentários, nem sequer legatários. Suponha que a pessoa morreu e deixou uma casa. Passa o tempo, ninguém paga os impostos, e em determinado momento a municipalidade percebe a situação. A municipalidade pede ao juiz competente que se declare aquela herança (a casa) jacente, porque nenhum herdeiro se apresentou até o momento. Para que aquele bem não se deteriore, pede que o juiz nomeie alguém para zelar por aquele patrimônio a fim de que ele não se deteriore, e para guardar (Zelar) aquele bem até que surjam herdeiros. Desta forma, quando surgirem herdeiros a herança não estará comprometida. A herança jacente é provisória. A herança jacente é quando se abre a sucessão e não se apresentam herdeiros necessários, herdeiros legítimos e nem sequer legatários. Tem caráter de provisoriedade porque, a partir de certo momento, se não surgirem herdeiros de qualquer espécie, esse caráter de provisoridedade cessa e aquela herança que estava à espera de herdeiros passa a ser vacante. Mas há todo um procedimento entre a declaração de provisoriedade da herança e a situação de vacância. Imagine uma pessoa que tenha falecido e não se tenha conhecimento dela ter cônjuge, descendentes, ascendentes ou colaterais. Na falta de herdeiros legítimos é o poder público que irá recolher aquele patrimônio. Para o poder público recolher aquela herança é preciso que aquela herança seja declarada vaga (ou vacante), que é posterior à declaração de jacência. A vacância te um componente de provisoriedade, mas depois de um certo tempo a vacância se torna definitiva, que é quando o bem vai para o Estado. Se for imóvel irá para o município, daí o interesse que o município tem que se declare o estado de jacência. A arrecadação da herança ocorre da seguinte maneira: o juiz instalará um inventário e irá arrecadar os bens. De acordo com o CPC o juiz irá pessoalmente ao local em que os bens se encontrem (na prática, ele irá nomear um curador que irá até o local), irá arrolar os bens deixados. O curador ficará zelando por aqueles bens para que, 14

15 15 surgindo herdeiros, estes bens estejam em boas condições ou, não surgindo herdeiros, que o Estado os receba íntegros. Terminado o inventário e a arrecadação, o juiz fará um chamamento por meio de editais para conhecimento de terceiros, na forma do CPC. Decorrido um ano da publicação do primeiro edital sem que haja herdeiro habilitado ou penda habilitação, o juiz vai declarar que aquela herança está vacante. Mas ainda será possível, mesmo tendo sido declara a vacância da herança, que surja algum herdeiro que se habilite. Aguarda-se um espaço de tempo de 5 (cinco) anos contados da abertura da sucessão para que surjam herdeiros interessados. Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos da abertura da sucessão sem que tenha aparecido algum herdeiro, os bens arrecadados passarão ao domínio do município ou do distrito federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal. Herança jacente é aquela a cujo respeito não se conhece existência de herdeiros legítimos, é um estado provisório. O estado de jacência também pode acontecer se todos os herdeiros renunciarem. O art CC assegura aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança. 11/03/2010 SUCESSÃO LEGÍTIMA Veremos a sucessão legítima com um pouco mais de profundidade. Com base em que saberemos que numa sucessão deveremos nos basear na escala prevista no art CC? Primeiramente, é necessário que não exista testamento, ou que o testamento seja declarado inválido, ou que o testamento seja considerado ineficaz (por rompimento ou caducidade). Seja em qualquer destas hipóteses, estaremos diante da sucessão legítima. Sucessão legítima é aquela que defere aos herdeiros previstos numa regra legal com caráter preferencial e eliminatório das classes precedentes em relação aos posteriores. Art. 1829, I: o cônjuge sobrevivente concorrerá com descendentes. Agora, o cônjuge sobrevivente não será herdeiro sempre, depende do regime de bens do casamento. O cônjuge sobrevivente não concorrerá quando: i. Casados sob regime de comunhão universal. Isso se deve porque ele já meeiro, ou seja, já tem direito a metade. Se o cônjuge meeiro entrasse na sucessão, ocorreria bis in idem se ele concorresse com os filhos à outra metade do patrimônio. ii. iii. iv. Casados sob regime de separação obrigatória. Casados sob regime de comunhão parcial em relação a bens comuns. Os bens comuns são os adquiridos na constância da sociedade conjugal a título oneroso. Esses bens não serão objetos de concorrência entre cônjuge e descendentes. Conforme o art CC, se ao tempo da morte do outro estavam separados judicialmente ou separados de fato há mais de 2 (dois) anos (na hipótese da separação de fato, ele concorrerá se provar que a convivência se tornou impossível sem culpa sua). Exemplo do item iii.: suponha que Alberto e Beatriz eram casados sob regime de comunhão parcial. Eles tinham dois filhos. Durante a constância do casamento adquirem a título oneroso uma fazenda. Alberto morre. Beatriz tem direito a metade da fazenda por já ser dela durante o casamento. Quanto à herança, a metade da fazenda que cabia a Alberto será herdada apenas pelos dois filhos do casal. Suponha agora que, antes de casar com Beatriz, Alberto tinha uma fazenda. Pelo regime da comunhão parcial de bens, a fazenda é um bem particular. Alberto falece. Como o bem é particular, o cônjuge (Beatriz) irá concorrer com os filhos pela fazenda. De acordo com o art CC, se o casal estava separado judicialmente, o cônjuge sobrevivente nunca será herdeiro. O art CC também prevê que, se o casal estava separado de fato há mais de 2 (dois) anos, o cônjuge sobrevivente também não será herdeiro, a menos que ele prove que a convivência do casal tenha se tornado insuportável sem culpa sua. 15

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