MESA REDONDA 77 COORDENAÇÃO: Juçara Rocha Soares Mapurunga (Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil)

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1 VII Congresso Internacional e XIII Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental A questão da qualidade no método clínico 8 a 11 de setembro de 2016 Tropical Hotel Tambaú João Pessoa PB MESA REDONDA 77 COORDENAÇÃO: Juçara Rocha Soares Mapurunga (Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil) Manobras da transferência na psicose (Transference maneuvers in psychosis) Cleide Pereira Monteiro (Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil), Helen de Araújo Linhares (Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil), Marina Franco Fragoso (Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil), Jéssica da Silva Lima (Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil) e Eva Maria Lins Silva (Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil) Resumo O conceito de transferência de Freud a Lacan passou por modificações que vão dos sentimentos do paciente relacionados ao analista à suposição de saber dirigida a este. Na psicose, a transferência não seria usada na vertente da produção de saber, mas como uma operação da qual o analista deve saber fazer bom uso para não despertar a erotomania ou a vertente persecutória, modalidades comuns na psicose. A partir das posições estruturais do sujeito em relação ao Outro (objeto de gozo ou encarnação de um saber pleno), interrogamos qual seria a função do analista no tratamento de um sujeito psicótico. Pretendemos discutir esta questão com os ensinamentos de Lacan, que vem orientar que a função do analista é de secretariar o sujeito em seu trabalho, fazendo-se de testemunha de suas produções. A partir da clínica, veremos que a noção de vínculo frouxo e a posição de não-intérprete são os princípios éticos que o analista deve adotar como norte de suas manobras na transferência erotômana e persecutória. Palavras-Chaves: Analista; transferência; psicose. 1

2 O conceito de transferência de Freud a Lacan passou por modificações que vão dos sentimentos do paciente relacionados ao analista à suposição de saber dirigida a este, isto em se tratando da neurose, terreno onde o conceito de transferência se consolidou. Os tipos clínicos da neurose (histeria e neurose obsessiva) ofereceram as condições necessárias para Freud (1976/1912) desenvolver o conceito clínico da transferência, que as chamou neuroses de transferência. Ainda segundo ele, esses tipos clínicos estabelecem vínculos libidinais com os objetos do mundo, possibilitando, assim, o desenvolvimento de uma neurose artificial, produzida na relação do sujeito com o analista. Já as chamadas neuroses narcísicas a paranoia, a esquizofrenia e a melancolia se apresentam prejudicadas na capacidade de estabelecerem vínculos libidinais com tais objetos, pois há uma concentração da libido no eu. O psicótico, diferentemente do neurótico, retira sua libido das pessoas e das coisas do mundo, sem substituí-la em sua fantasia. Tal descoberta traz consequências para se aplicar o método de tratamento psicanalítico às psicoses, pois, para Freud (1976/1912), o sucesso terapêutico da psicanálise é alcançado no terreno da transferência. Terreno este conquistado às expensas de um investimento libidinal do paciente na figura do analista. Se o psicótico volta seu investimento para o próprio ego, como irá constituir seu endereçamento ao analista? São os próprios paranoicos, com suas vivências do fim do mundo, que indicam o caminho da transferência a partir do modo que arranjam para restabelecer as ligações libidinais com dos objetos. Eles reconduzem a libido ao objeto pela via do delírio, o que Freud (1976/1911) vê como uma tentativa de restabelecimento. Assim, o reconhecimento do delírio como liame do sujeito com o mundo vai marcar profundamente a relação de Freud com o enigma da psicose que se deu a partir do seu encontro com as Memórias de Schreber 1. Se Schreber não fez um endereçamento ao analista de suas construções delirantes, Freud e Lacan beberam das águas schreberianas, e delas retiraram ensinamentos para estabelecer um tratamento possível às psicoses a partir de peculiaridades concernentes à transferência. Ao reconhecer a especificidade clínica das psicoses e os limites do dispositivo, Freud (1976/1911) observa que o fenômeno transferencial tem dificuldades para ser desenvolvido nos casos de psicose, pelo menos nos moldes pensados para as neuroses. Qual seria então a função do analista no tratamento de um sujeito psicótico? Como veremos a partir de um fragmento clínico, não há resposta universal para responder a esta questão. É a unicidade do caso clínico que irá localizar a função do analista. A 1 Freud tece considerações sobre Schreber a partir da leitura da obra autobiográfica deste, publicada em 1903, intitulada de Memórias de um doente dos nervos. Em 1910, Freud começa a escrever sobre as Memórias e publica suas Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia, no ano subsequente. 2

3 transferência não seria usada na vertente da produção de saber, mas como operação que guarda suas especificidades. Fragmento clínico Joaquim tem 24 anos, e iniciou o tratamento ano passado, através de um encaminhamento feito pela anterior analista. Mora só, não trabalha, recebe auxílio doença que segundo ele, teve esse direito garantido após um surto, o qual lembra que ocorreu em um momento que estava feliz, e saiu pregando a palavra do Senhor em casas por onde passava. No seu primeiro atendimento, falou sobre os pensamentos invasivos, também chamado por ele de pensamentos automáticos, os quais muito o incomodava: eu tô fazendo uma coisa e vem o pensamento do que meu tio está pensando de mim, tô em uma festa e fico pensando no que o povo pensa de mim, queria não me importar com o que os outros falam. Com o passar das sessões, Joaquim começa a encontrar suas próprias saídas. Sobre o uso que faz da maconha, chega à conclusão que só piora os pensamentos invasivos : toda vez que eu fumo fica pior, porque a maconha é alucinógena. Em uma das sessões, ao relatar ter anotado o que tinha pensado, como forma de não esquecer, a analista intervém: você encontrou uma ótima saída para tirar a angústia que você sente. Por um tempo, Joaquim segue anotando seus pensamentos invasivos. Ele fala ainda dos atos repetitivos que muitas vezes dificultavam sua saída de casa. Antes de sair, ia várias vezes ao espelho para certificar se havia um olho maior que outro: fico olhando pra ver se tem algo. Ele também ficava observando, nas outras pessoas, se possuíam também um olho maior que o outro. A fala da analista anterior, de que nada é igual, apaziguava-o, intervenção esta reforçada pela analista atual: sim, nada é igual, tudo é assimétrico. Essa intervenção tem ressonância nas repetições. Em outra sessão, Joaquim diz: Não tem para que eu estar olhando, não tem nada, ao que a analista endossa: sim, é apenas um olhar, o que mais uma vez o apaziguou. As repetições primariamente nomeadas por ele como toque, neura lhe incomodam. Dentre essas repetições, também destaca a reza: antes de sair de casa eu tenho que rezar, mas sempre peço as mesmas coisas, várias vezes, apesar de as rezas serem utilizadas como forma de proteção. Faz isso como forma de proteção, mas gostaria de não o fazer, e assim insiste na reza: sempre peço as mesmas coisas, faço a mesma oração ; se eu não rezar será que tem 3

4 problema? ; eu rezo à noite, então dá para entregar a Deus o dia seguinte, ao que a analista intervém, novamente acolhendo esta saída: isso. Em uma sessão, muito cabisbaixo, Joaquim falou que interrompera o uso de uma das medicações: tô tentando parar de tomar o antidepressivo, estou tomando um natural, e seu discurso girava em torno da incompreensão com a sua vida: se há quatro anos eu não tivesse tido esse surto, minha vida estava melhor ; quando eu vou deixar de precisar de ir ao psiquiatra, ao psicólogo, parar de tomar os remédios?. Essa relação com a medicação e com o tratamento surge juntamente com as preocupações frente à possibilidade de realizar uma viagem: como vai ser a viagem para Argentina? ; como vai ser lá?. Frente ao novo, Joaquim vê suas saídas minadas e lança a angústia para a analista, quando formula essas questões. Após um tempo sem tomar o medicamento, Joaquim foi ao psiquiatra, acompanhamento sobre o qual outras vezes fala: eu não conto tudo para ele [o psiquiatra], como conto para você, aqui eu falo tudo, lá não, digo que escuto vozes, vejo coisas, para poder garantir meu auxílio. Com isso, Joaquim demarca o lugar da analista de endereçamento de suas questões que não podem ser compartilhadas em um espaço no qual ele tem que assegurar sua patologia, espaço este que sustenta o discurso que posiciona o paciente como objeto da ciência, lugar de exclusão de uma subjetividade, o que vai na contramão do tratamento analítico para as psicoses. O uso do antidepressivo encontra nas sessões um gancho com a posição subjetiva a partir do manejo feito pela analista, em um novo uso que dá a serotonina. Diz que tem que tomar o antidepressivo porque seu corpo não produzia serotonina, algo que traz a partir de uma fala do psiquiatra, que parece vir como imperativo: tem gente que toma remédio para coração, para pressão, e eu tomo porque não produzo serotonina. Sem discordar do saber psiquiátrico, mas indo além de um saber que vem do Outro da ciência, a analista toma a produção de serotonina como norteadora de suas intervenções, apontando em alguns momentos que há coisas que produzem serotonina, como tocar violão, fazer natação, segundo conclui Joaquim. Noutra sessão, volta a trazer a viagem à Argentina, ainda sob angústia. Uma forma de intervenção, de apaziguá-lo, foi a fala da analista: no futuro não tem serotonina, a serotonina está no hoje, e é neste hoje que o paciente tem passado a localizar as atividades que vão no sentido de uma serotonina fora do discurso medicamentoso. Com o decorrer da análise, as intervenções da analista retornam, mostrando o papel da transferência nas saídas encontradas pelo paciente, por exemplo, quando volta às repetições de suas neuras, manias, que ele não consegue parar, mas articulando com aquilo que parece 4

5 apaziguar: um olhar é apenas um olhar, não importam o que pensam de mim ; todo mundo toma remédio ; todo mundo tem suas neuras. No último atendimento, Joaquim chega falando sobre o que me falta é afeto, atenção, eu moro só, não tenho com quem conversar. Ao relatar um novo relacionamento (mais presente, os demais eram marcados pelo artifício necessário da internet), fala que sua namorada vem com um pacotinho, ao que a analista estranha: pacotinho?!. Joaquim esclarece que o pacotinho é o filho da namorada, indicando com esta nomeação uma posição impossível de sustentar, ou seja, as demandas de uma criança dirigidas ao pai. Ressalta-se que o pai da criança é um amigo de Joaquim, questão delicada que tem sido contornada com as pontuações da analista de que o filho da namorada tem um pai. No momento, Joaquim sinaliza o apaziguamento frente às questões que o invadiam, como a oração, que já não o incomoda tanto: não tô mais rezando em pensamento, agora eu falo, fico aliviado, é como se eu colocasse para fora. Dando sinais da transferência, Joaquim dirige à analista: Jéssica, você é especial. Aqui, o dispositivo da construção do caso no espaço de supervisão, permite problematizar a condição de especial, promovendo um deslocamento: não é a analista que é especial, mas o espaço da análise. Como operar com a transferência? O caso de Joaquim nos leva de volta à questão da função do analista no tratamento de um sujeito psicótico, e nos remete à importância de o analista acompanhar o sujeito em seu trabalho, ou como bem diz Lacan, secretariá-lo. Isso é possível na medida em que o analista se destitui de sua posição de sujeito e presta-se a ser uma testemunha paciente do que o sujeito diz, sem contrariá-lo com o deciframento. Ou, como diz Lacan (1988): [...] não só passaremos por seus secretários, mas tomaremos ao pé da letra o que ele nos conta o que até aqui foi considerado como coisa a ser evitada (p. 235). Seguindo, desse modo, a orientação lacaniana de posicionar-se como secretário do alienado, podemos dizer que a direção do tratamento é dada a cada momento, pelas indicações do sujeito, como Joaquim nos ensinou. Essa é a posição do clínico freudiano que Lacan tenta renovar ao instituir o analista na posição de objeto. Como secretário ativo, o clínico poderia dispor da transferência como estratégia de sua ação? 5

6 Sem dúvida, há uma dificuldade especial no desenvolvimento da transferência com pacientes psicóticos e no seu manejo, o que não quer dizer que na psicose não haja transferência, como se acreditou por muito tempo, mas distinta da transferência neurótica. Diferentemente do neurótico, que vem à análise com uma pergunta dirigida ao saber, o problema que o psicótico propõe é de uma outra ordem. Quando o saber emerge é antes como saber do Outro; este tudo sabe a seu respeito e isso é coisa certa. Há, então, uma diferença entre suposição de saber atribuída ao Outro e uma certeza quanto a isso. Assim, se a direção de uma análise com sujeitos neuróticos se dá pela via da suposição de saber atribuído ao analista, com sujeitos psicóticos, a transferência como estratégia não é sustentada a partir do que o sujeito teria que saber do seu inconsciente. A instalação da transferência, se é o que torna um tratamento possível, exige que o analista esteja advertido da posição subjetiva do psicótico, a de ser alguém que é invadido por um gozo violento, proveniente de um Outro que o ameaça de aniquilamento e de despedaçamento. O Outro do psicótico, por carecer do significante da lei, é um Outro absoluto, não barrado, ao qual o sujeito está submetido, e a ele se entrega como objeto do seu gozo. Se o neurótico tem o fantasma para dar uma moldura ao gozo na medida em que a castração operou, o psicótico está entregue à posição de gozo, visto que este não é negativizado pela castração. Sem a ação do significante Nome-do-pai, o psicótico padece de um gozo sem freio, não localizado. A posição do psicótico frente ao Outro muitas vezes é reproduzida na cena da transferência, quando ele se oferece como puro dejeto à espera desse Outro que lhe socorra. O analista pode ser alvo de uma transferência do tipo amor-paixão, em que o sujeito porta a certeza de ser amado pelo analista, oferecendo-se ao gozo deste pelo viés do amor. Certo de que é correspondido em seu amor, o psicótico toma o analista como parceiro em seu delírio. O que aí se desenvolve é uma erotomania, termo forjado por Clérambault, que o define a partir da fórmula O Outro me ama (Silvestre, 1991). Esse modo erotômano de se relacionar com o Outro pode ser uma modalidade de transferência própria à psicose. Mas, como diz Michel Silvestre (1991), trata-se da versão exaltada da transferência do psicótico, provavelmente sua versão mais manejável, pois o laço de palavra, a presença do significante, é uma necessidade colocada pelo próprio amor que sustenta a articulação da demanda (p. 132). Esta versão da transferência ocorrida sobretudo nos casos de paranoia coloca em seu cerne a relação do sujeito com o Outro, mas também poderíamos lembrar dos casos de esquizofrenia, em que os fenômenos de corpo aparecem em primeiro plano. De acordo com 6

7 Beneti (1996), na experiência enigmática da psicose, podemos destacar duas posições do sujeito: enquanto objeto a, objeto de gozo do Outro e enquanto encarnação de um saber pleno, sem pontos de dúvida ou incerteza. Como consequência destas duas posições estruturais, o analista pode ser tomado como abrigo contra o gozo que invade o sujeito esquizofrênico, quando o mesmo está na posição de objeto, ou fazendo-se de testemunha das produções das significações delirantes dos sujeitos paranoicos. Assim, o psicótico pode demandar do analista uma significação que possibilite organizar a desordem do seu mundo, algo que possa funcionar como ponto de basta, que circunscreva o ilimitado de sua interpretação psicótica. Ao alojar-se no lugar do Outro do saber, daquele que tem a palavra certa, o analista pode ser confundido como aquele que goza com esse saber, pois a demanda de significação não está desvinculada daquela de ser objeto de gozo do Outro. Nesse sentido, o clínico deve a cada encontro com o psicótico assegurar que está posicionado como um Outro barrado, jamais absoluto. Se do lado do paciente há a fala para tratar o gozo, sendo o próprio delírio já uma interpretação, do lado do analista este não deve servir-se de tal recurso, pois não é possível ao psicótico haver-se com o enigma inerente à interpretação. À maneira de um manobrista que dirige o navio em mar aberto, o analista deve guiar-se por sua ação. Como indica Beneti (1996), não há, em se tratando de um trabalho analítico no campo das psicoses, interpretação do lado do analista. Na cura de psicóticos não há lugar para o analista enquanto intérprete (p. 89). A todo tratamento possível da psicose, o analista deve utilizar a transferência como uma estratégia para criar condições favoráveis com o fim de barrar o gozo que invade o sujeito. Assim, mais do que em sua dimensão técnica, a transferência é uma questão de manobra 2. Nesta direção, podemos propor, com Beneti (1996), a noção de vínculo frouxo como princípio ético no tratamento do psicótico. O autor refere-se com isso ao manejo silencioso, sem palavras, que o analista deve ter em relação ao número de sessões, da frequência, do tempo curto, dos intervalos entre uma sessão e outra etc. Como conclusão, podemos dizer que o analista, para se distanciar de ser aquele que persegue e goza, terá que ofertar um lugar esvaziado de todo gozo e de todo saber. A noção de vínculo frouxo e a posição de não-intérprete são os princípios éticos que o analista deve adotar como norte de suas manobras transferenciais. No fragmento clínico trazido, as intervenções da praticante vão no sentido de secretariar o que diz o sujeito sem recorrer à decifração do sentido. 2 Segundo o Aurélio, o termo manobra abarca o conjunto de movimentos de uma força operativa, realizado com o fim de criar uma situação favorável para alcançar um objetivo estratégico. 7

8 Consentir com o que diz Joaquim, assegurar que nada é igual, ou que é apenas um olhar, ou simplesmente pronunciar isso diante de suas pequenas invenções, e ainda, fazer uso do significante serotonina, separar o especial da figura da analista são manobras que alargam as possibilidades de Joaquim, através da análise, encontrar suas saídas subjetivas possíveis, sem o risco de uma manifestação persecutória, ou até mesmo erotômana, dirigidas à analista. É preciso, pois, que o analista esteja à altura de sua função de secretariar o sujeito em suas invenções tanto com o corpo quanto com o laço com o Outro. Referências Benetti, A. (1996). Interpretação na psicose ou manobras na transferência? Opção Lacaniana: Revista Brasileira Internacional de Psicanálise. São Paulo, 15. Freud, S. (1976/1912). A dinâmica da transferência. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. XIV). Rio de Janeiro: Imago. Freud, S. (1976/1911). Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia (dementia paranoides). Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. XIV). Rio de Janeiro: Imago. Lacan. J. (1988/ ). O seminário: livro 3 as psicoses. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Silvestre, M. (1991). Amanhã, a psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 8

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