Título do trabalho: Do amor a Flechsig ao amor a Deus: notas sobre o amor em Schreber.

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1 Trabalho proposto para mesa redonda intitulada O amor e a escrita, coordenada pela professora Ana Costa, no IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba/2010. Título do trabalho: Do amor a Flechsig ao amor a Deus: notas sobre o amor em Schreber. Autoras: Regina Cibele Serra dos Santos Jacinto. 1 Resumo: Ana Maria Medeiros Costa 2 Tomando como fio condutor a noção de estabilização tal como compreendida por Lacan em De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose, este trabalho percorre o processo de escrita da metáfora delirante em Schreber, que implica fundamentalmente uma elaboração acerca do amor. Seguiremos a via proposta por Freud, que vai do desencadeamento à estabilização, em um processo de elaboração onde o amor adquire diferentes nuanças, que vão do amor a Flechsig, em sua vertente persecutória, carregada de hostilidade, ao amor a Deus, em que este é colocado no lugar de parceiro indissolúvel, sendo o encontro amoroso adiado ao infinito. Concluiremos com um questionamento em torno da função da escrita neste caso, na medida em que a solução delirante de Schreber solicita um destinatário. Palavras-chave: Amor, escrita, psicose, Schreber, estabilização. 1 Psicóloga. Mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutoranda do Programa de Pós- graduação em Psicanálise do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Endereço para contato: Rua Voluntários da Pátria, 330, apto 601, Botafogo, Rio de Janeiro. CEP: reginasj@yahoo.com.br. Fone: (21) Ana Costa, profa. do PPG em Psicanálise da UERJ, coordenadora da Rede Inter-universitária de Pesquisa Escritas da Experiência, psicanalista, autora dos livros "A ficção do si mesmo. Interpretação e ato em psicanálise" (Ed. Cia. de Freud), "Corpo e escrita. Relações entre memória e transmissão da experiência" (Relume-Dumará), "Tatuagem e marcas corporais. Atualizações do sagrado" (Casa do Psicólogo), "Sonhos" (Jorge Zahar).

2 Abaixo, texto completo do trabalho intitulado: Do amor a Flechsig ao amor a Deus: notas sobre o amor em Schreber (c/ 8229 caracteres com espaço). Autoras: Regina Cibele Serra dos Santos Jacinto e Ana Maria Medeiros Costa. Do amor a Flechsig ao amor a Deus: notas sobre o amor em Schreber Se partimos da idéia de que o tema do amor é sem resposta, já colocamos, de saída, o caráter apenas aproximativo de nossas considerações acerca do amor no caso Schreber. Sustentamos, todavia, que nas questões do amor Schreber faz um trilhamento, percorre um caminho. Amor entendido como o que permite uma certa condição de abordar o impossível. Optamos por segui-lo, aqui, à luz do conceito de estabilização, sem a pretensão de que esse viés dê conta dos impasses que o amor coloca a Schreber, como a todo falante. A escolha por este recorte é relativa a nosso interesse em circunscrever a solução encontrada por Schreber, no intuito de encontrar uma certa proteção contra o gozo, instaurando, assim, uma função de limite. A vertente delirante é a saída encontrada por Schreber para lidar com o Outro do amor, presentificando, do sexual, a dimensão do excesso, do fora de sentido. Freud fora sensível à articulação entre delírio e amor, ao constituir uma lógica amorosa para a paranóia a partir da classificação dos tipos de delírio (perseguição, erotomania e ciúmes) com base nos tipos de negação da fórmula gramatical EU O AMO, negação incidindo, respectivamente, sobre o verbo, o complemento ou o sujeito. A partir deste construto, extraímos modalidades distintas de relação com o Outro. Pensemos então no deslocamento que Schreber opera dentro desta lógica estrutural. Comecemos pela questão da estabilização. Ao longo do ensino lacaniano e em releituras deste ensino, encontramos diversas terminologias para tratar das estratégias de estabilização nas psicoses. Como exemplo dessa multiplicidade, podemos citar os termos solução, suplência, amarração e sinthoma. Para além da multiplicidade

3 terminológica, encontramos ainda diferentes formulações para a questão da estabilização. Nos interessamos, aqui, em cernir o uso e o contexto em que o termo estabilização comparece em um momento específico do ensino lacaniano, particularmente no texto De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose ( ). Neste texto, Lacan utiliza textualmente o termo estabilização a propósito da construção delirante de Schreber, ao desenvolver o esquema I, que é o esquema da estabilização schreberiana. Embora a utilização deste esquema não deva ser transposta para toda e qualquer solução psicótica, na medida em que Lacan o utiliza para falar da estabilização veiculada pelo delírio de Schreber, ele nos permite pensar num sentido muito particular do termo estabilização. A estabilização, no esquema I, é concebida como efeito da construção de uma realidade estabilizada. Topologicamente, este esquema se constitui a partir de uma torção do esquema R, que localiza o campo da realidade na neurose. Diante de Po e Φo, ou seja, diante da foraclusão do Nome-do-Pai e da ausência da significação fálica, abrese um buraco tanto no triângulo imaginário (imφ), quanto no triângulo simbólico (MIP). Os buracos abertos na ausência dos recursos simbólicos do Nome-do-Pai e do significante fálico acarretam uma deformação nas linhas imaginária (m-i) e simbólica (M-I), encurvando-as. Com a metáfora delirante, inscreve-se um significante Ideal no lugar do Nome-do-Pai, produzindo-se um substituto para o lugar da Lei ( Ordem do Mundo, em Schreber). Este significante, uma vez demarcado, ordena a bateria de significantes, permitindo um certo contorno para Po e Φo. Trata-se de um contorno bastante peculiar, na medida em que, diante da ausência de ponto de basta, m-i e M-I são reenviadas para o infinito, formando assíntotas. O Ideal insere-se nesse movimento assintótico, sendo lançado para o infinito. Desse modo, o momento onde a posição do eu e do objeto coincidem é lançado para o infinito (encontro no infinito), impedindo uma colisão mortífera.

4 Percebemos, pela observação da topologia do esquema I, como, pela via da metáfora delirante, opera-se um distanciamento entre m (eu do sujeito) e M (lugar do Outro), sendo as assíntotas um recurso para separar o eu da posição de objeto do gozo do Outro. No esquema I, o campo da realidade é aberto, esvaindo-se para o infinito, daí Lacan situá-lo como um plano hiperbólico. Não há, neste esquema, a banda de Moebius. No entanto, há o estabelecimento certa proporção entre quatro termos, - i, m, M, I - e esta proporção organiza o campo da realidade, ainda que sem a extração de um objeto. Localizamos em Schreber uma mudança de posição que lhe é essencial. Num primeiro tempo de seu delírio, colocam-se as questões do amor e do ódio diante de um Outro perseguidor. Temos, na perseguição, a decomposição, o desdobramento do Outro em uma série de perseguidores, como testemunham as inúmeras subdivisões da alma Flechsig e de Deus. Durante anos do trabalho do delírio, Schreber se desloca de uma posição onde sua transformação em mulher, exigida pelo médico Flechsig, seria uma catástrofe, a um tipo de acabamento do delírio onde essa idéia se reconcilia com a Ordem das Coisas. Era Deus quem exigia dele a feminilidade, de modo que sua entrega à voluptuosidade é então assemelhada ao estado de beatitude, como solução do conflito. A metáfora delirante Mulher de Deus lhe permite uma estabilização e um certo distanciamento entre as posições de sujeito e objeto. Em sua função de ponto de basta, produz efeitos de circunscrição do gozo por meio de sua localização no lugar do Outro. Em Schreber, essa localização do gozo dar-se-á através da prática transexualista que decorre da metáfora delirante, onde o presidente se coloca, frente ao espelho, seminu, orna-se com colares e fitas colorida e sente seus seios crescerem ou diminuírem conforme Deus se aproxima ou se afasta. Esse gozo transexualista, ou gozo narcísico da imagem, é situado no nível da imagem especular (i), sendo que, em m, (moi), temos o futuro da criatura, a transformação em mulher, que ocorrerá em um futuro assintótico. Ambos, prática transexualista e transformação em mulher, permitem um certo enquadramento de Φo.

5 Do lado simbólico, fazendo contorno à NPo, por sua vez, encontramos, em I, lugar do Ideal do eu, a Ordem do Mundo, e em M o lugar do Criador. A partir deste contorno, percebemos uma mudança de foco com relação à perseguição: Schreber caminha do Flechsig perseguidor ao Deus parceiro indissolúvel, numa espécie de fusão entre volúpia e beatiude, ao que ele consente, de modo tal que uma certa parcela de gozo lhe é cabida, através da prática transexual. A relação amorosa é adiada para o infinito, e esse deslocamento no sentido da assíntota permite uma reconciliação entre Schreber e o mundo. Sabemos que Lacan ( ) define o amor na psicose como um amor morto, onde a relação de amor só é possível à custa da abolição do sujeito. Amor morto, proposição que nos afigura enigmática. Se, na neurose, o amor conta com a mediação simbólica, com a possibilidade de constituição de um sintoma que recubra a inexistência a relação sexual, na psicose ele comparece em sua vertente mortífera, mortificada, na medida em que o psicótico, estando fora da lógica fálica, não se situa na partilha dos os sexos. Resta-lhe, como uma das possibilidades, encarnar o Um da exceção, e é isso que faz Schreber, ao procurar fazer existir A Mulher, a Mulher de Deus, instituindo uma relação amorosa com um Outro sem furo. Concluímos com uma pontuação em torno da escrita. Afinal, por que Schreber escreve? Sabemos que Schreber escreve uma carta aberta ao Dr. Flechsig, com a qual abre suas memórias. Nela, Schreber apresenta um enigma relativo às perseguições que Flechsig lhe incutira, e propõe uma explicação, solicitando que Flechsig confirme a veracidade de seu relato. Diz Schreber (1995: 27): não preciso salientar a incalculável importância que teria alguma forma de confirmação de minhas suposições, anteriormente indicadas. Podemos inferir, deste pedido tão caro a Schreber, que a função do destinatário lhe era essencial, e que, no caso, sua circunscrição solicitou o trabalho de uma vida. Desde o seminário sobre a Carta Roubada (1956), se nos coloca a questão do efeito que uma carta pode ter, e aqui entendemos a carta em seu estatuto de letra. Podemos dizer que a escrita, em Schreber, é uma forma de subtração do Outro,

6 dirigindo-se a produzir falta no Outro. E se entendemos o destinatário como um tipo de parceiro, podemos inferir que a carta de Schreber a Flechsig tenta posicionar a ambos, permitindo, a partir daí, certa diferenciação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FREUD, S. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Edição Standart Brasileira, Rio de Janeiro: Imago Ed., (1911) Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia (dementia paranoides), vol. XII. LACAN, Jacques. ( ) O Seminário, livro 3: as psicoses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, (1956) Seminário sobre A Carta Roubada. In: Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, ( ) "De uma questão preliminar a todo o tratamento possível da psicose". In: Escritos, Op. cit. SCHREBER, D.P. Memórias de um doente dos nervos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.

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