SOLOS E AMBIENTES DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NA REGIÃO CENTRO-SUL DI BRASIL. Hélio do Prado-Centro de Cana- IAC

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1 1 SOLOS E AMBIENTES DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NA REGIÃO CENTRO-SUL DI BRASIL Hélio do Prado-Centro de Cana- IAC André C.Vitti- Polo Regional Centro-Sul O solo é a massa natural, de constituição de material orgânico e mineral, que ocorre na superfície da Terra, onde as plantas são cultivadas. Os componentes dos solos são representados pela água, ar, material orgânico, e material mineral. Enquanto que o material orgânico origina-se, principalmente da adição vegetal na superfície do solo (folhas, raízes), o material mineral tem origem das rochas como mineral primário; ou minerais secundários na formação da argila no processo de intemperismo do material de origem, e de outras frações granulométricas. A classificação de solos (ou pedológica) é imprescindível para que se organizar cientificamente os conhecimentos adquiridos pela pesquisa e pela prática agrícola. Uma de suas vantagens é que permite, dentro de certos limites, prever o comportamento de determinadas terras. Se, uma variedade de cana-de-açúcar se desenvolve vigorosamente em certo local, enquanto que outro produz menos

2 2 (considerando-se o mesmo clima e condições de fitossanidade), é importante conhecer os solos de ambos locais. O desenvolvimento da cana-de-açúcar nos primeiros dois anos não é muito influenciado pelas condições do horizonte subsuperficial dos solos. Entretanto, a partir do terceiro ano as condições químicas, fisico-hídricas, e morfológicas dos solos influem significativamente no desenvolvimento radicular em profundidade. Como conseqüência, a produtividade varia, dependendo também das condições climáticas. Os diversos solos são reconhecidos pelos seus horizontes, diferenciados principalmente, pela cor, textura, estrutura e consistência. A seqüência de horizontes em direção da rocha define o perfil de solo. A figura 1 apresenta exemplo de um perfil mostrando os horizontes e/ou camadas do solo. FIGURA 1. PERFIL DE SOLO. Os horizonte O, A, E e B, quando existem características particulares, são acompanhados pelas seguintes letras minúsculas: a: propriedades ândicas, b: horizonte enterrado, c: concreções e nódulos endurecidos, d: material orgânico em acentuado estado de decomposição, e: escurecimentoda pela matéria orgânica associada a óxidos na externa dos

3 3 agregados, f: plintita, g: gleização forte, h: iluviação de matéria orgânica, i: incipiente desenvolvimento cor e estrutura, j: tiomorfismo, k: carbonatos, k: acumulação secundária de carbonato de cálcio,m: forte sedimentação, n: solódico ou sódico, o: material orgânico pouco decomposto, p: aração, q: acumulação de sílica, r: rocha branda ou saprolito, s: acumulação iluvial de sesquióxidos de ferro e/ou alumínio, t: acumulação de argila, u: modificações antropogênicas,v: características vérticas, w: muito intemperizado, x: cimentação fraca, y: acululação de gesso, z:acumulação de sais solúveis. Cada simbologia tem um significado pedológico, cada significado pedológico tem importância no manejo. Exemplo de interpretação: Ap ( p de plower em inglês) significa que no horizonte A ocorreu revolvimento de solo pela aração, podendo incorporar calcário e gêsso em profundidade ou trazer para o horizonte A solo subsuperficial com alta concentração de alumínio do horizonte B). O horizonte AB ou BA, quando existe, é de transição entre os horizontes A e B, diferindo pela cor; se mais parecida com a do horizonte A é simbolizado de AB, se mais parecida com a do horizonte B, simbolizado de BA. O horizonte B ocorre abaixo do horizonte A, mas se o horizonte A foi erodido fica exposto na superfície. É possível nas áreas declivosas a total ausência do horizonte A, ou A +E Argissolos e Luvissolos. Abaixo do horizonte B, ocorre o horizonte BC com cor bem diferente, às vezes com pontuações esbranquiçadas, mas com menor teor de argila do que o horizonte B. Finalmente, o horizonte C situa-se abaixo do horizonte BC, ou do horizonte B, se não existir o horizonte BC. A hierarquia da classificação de solo do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos prevê os níveis de ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, família e série, atualmente contemplando os níveis de ordem, subordem, grande grupo e subgrupo.

4 4 A figura 2 apresenta a hierarquia de classificação de solos na nova nomenclatura (EMBRAPA, 2006). Figura 2. Hierarquia da classificação de solos da Embrapa (2006). No site faça os exercícios pedológicos 1 a 5. Literalmente, os símbolos dos solos no nível de ordem são os seguintes: Latossolo (L), Argissolo (P), Nitossolo (N), Cambissolo (C), Chernossolo (M), Luvissolo (T), Neossolo (R), Vertissolo (V), Espodossolo (E), Plintossolo (F), Planossolo (S), Gleissolo (G) e Organossolo (O). A subordem considera as cores: A (amarelo), AC (acinzentado), B (bruno), C (crômico), E (ebânico), G (hidromórfico), M (melânico), V (vermelho), VA (vermelho-amarelo); ou a ausência de horizonte diagnóstico de subsuperfície: L (litólico), Q (quartzarênico), Y (flúvico); e os aspectos do solo com reflexo no manejo: F (pétrico), J (tiomórfico), N (nátrico), T (argilúvico), Z (sálico), I (hístico), D (rêndzico), R (regolítico), K (humilúvico), O (fólico), S (ferrilúvico), H (húmico), e finalmente da condição mais simples: X (háplico). No grande grupo, são consideradas as condições químicas do horizonte subsuperficial com relação aos elementos que saturam a CTC, a atividade da argila (Ta, Tb), e o tipo de horizonte A. No quarto nível, o solo é típico quando todas suas características ocorrem para o solo classificado, ou intermediário quando no perfil suas características são de duas classes de solos.

5 5 Classificação do solo no nível de ordem Para classificar o solo no nível de ordem, em primeiro lugar, deve-se verificar a variação do teor de argila nos horizontes A e B: se o aumento de argila é discreto (menor ou igual aos limites do quadro 2); ou acentuado (maior que os limites do quadro 3). Segundo a EMBRAPA, se a média da porcentagem de argila do horizonte B dividido pela média da porcentagem de argila do horizonte A for menor ou igual aos fatores do quadro 2, é discreta a variação de argila no perfil. Nessas condições, o solo possui um desses tipos de horizonte B: latossólico (Latossolo), ou B nítico (Nitossolo), ou B incipiente (Cambissolo). Para diferenciá-los deve examinar a morfologia. Se a média da porcentagem de argila do solo ultrapassar os fatores do quadro 3 é acentuada a variação de argila no perfil, possibilidades: Luvissolo ou Argissolo. Para ser Luvissolo, ainda há a necessidade: - do valor T (CTC da argila) ser alto (Ta), ou seja T > 27cmol/kg de argila, sem desconto para a matéria orgânica e - atender a exigência para eutrófico no horizonte B, e ainda, o horizonte A não pode ser chernozêmico. Para ser Argissolo: - valor T (CTC da argila) baixo (Tb), ou seja T < 27cmol/kg de argila, sem desconto para a matéria orgânica, ou T>20cmol/kg de argila com o caráter alítico. Quadro 1. Valores de argila do horizonte A, incrementos discretos de argila em profundidade, excluindo o teor de argila do horizonte BC, e os respectivos solos mais cultivados com cana-de-açúcar no Brasil. ARGILA DO HORIZONTE A Aumento de argila do horizonte B em relação ao A PROVÁVEIS SOLOS <15% < =1,8 Latossolo 15-40% < =1,7 Latossolo, Cambissolo >40% < =1,5 Latossolo,Nitossolo, Cambissolo

6 6 Quadro 2. Valores de argila do horizonte A, incrementos acentuados de argila em profundidade excluindo o teor de argila do horizonte BC e os respectivos solos mais cultivados com cana-de-açúcar no Brasil. ARGILA DO HORIZONTE A Aumento de argila do horizonte B em relação ao A PROVÁVEIS SOLOS <15% > 1,8 Argissolo, Luvissolo 15-40% > 1,7 Argissolo, Luvissolo >40% >1,5 Argissolo A figura 3 exemplifica o pequeno aumento de argila em profundidade de dois Latossolos com médio teor de argila e de dois Latossolos com alto teor de argila. Exemplo de cálculo do gradiente textural do Latossolo-1 da figura 3. -horizonte A: 15% de argila, multiplicar pelo fator 1,8 resultando no valor 22,5%. Como a porcentagem de argila do horizonte B de 18% é menor do que o citado limite de 22,5% de argila, conclui-se que é baixo o gradiente textural B/A, atendendo a exigência de B latossólico ou B incipiente. Considerando uma grande profundidade do solo, aliado a ausência de minerais primários de fácil intemperização na areia, CTC da argila menor que 17cmol/kg de solo e baixa relação site /argila, são indicativos do horizonte B latossólico, portanto trata-se de Latossolo. Por outro lado, a figura 4 destaca o grande aumento de argila em profundidade de três Argissolos.

7 7 Figura 3.Distribuição de argila em profundidade dos Latossolos. Figura 4.Distribuição de argila em profundidade dos Argissolos.

8 8 Exemplo de cálculo do gradiente textural do Argissolo-7 da figura 4. -horizonte A: 20% de argila; multiplicar pelo fator 1,7 resultando no valor 34%. Como a porcentagem de argila do horizonte B de 55% no Argissolo-7, ultrapassa o citado limite de 34% de argila, conclui-se que é alto o gradiente textural B/A, atendendo a exigência de B textural do Argissolo. Classificação do solo no nível de sub ordem Se a ordem for representada pelo Latossolo ou Argissolo, discriminar a cor do horizonte B na sub ordem de acordo com a figura 2. A cor na tabela de cores 2,5YR adjetiva o Latossolo de Vermelho; 5YR de Latossolo Vermelho-Amarelo; e 7,5 ou 10YR de Amarelo. Considerar como sub ordem Nitossolo Vermelho se a cor for representada pelo matiz 2,5YR, Nitossolo Háplico cor 5YR, ou 7,5YR ou 10YR (todas cores não neutras, ou seja, sem sinais de hidromorfismo). Para a ordem do Cambissolo, considerar a sub ordem Háplico, se o horizonte A não for espesso, escuro e rico em matéria orgânica não atendendo as exigências de Cambissolo Húmico. Classificação do solo no nível de grande grupo Refere-se a condição química pedológica do horizonte sub superficial. A soma de bases (SB) inclui cálcio, magnésio, potássio e sódio. O conjunto SB + Al + H reflete a CTC do solo a ph 7. Existe ainda a CTC efetiva, que é representada por SB + Al. A saturação por bases (V) mede a porcentagem da CTC ocupada pela soma de bases; e a saturação por alumínio (m) a porcentagem da CTC efetiva ocupada pelo alumínio, a retenção de cátions (RC) que mede a CTC efetiva da fração argila, quadro 3. Quadro 3. Critérios químicos de subsuperfície (EMBRAPA, 2006; PRADO, 2004). V (1) SB (2) m (1) Al 3+ (2) RC (3) T (3) Eutrófico > 50 > 1,5 Mesotrófico > 1,2 Mesotrófico > 50 < 1,5 Distrófico <30 <50 > 1,5 Distrófico <1,2 <50 > 1,5 Ácrico < 1,5 * Mesoálico > 0,4 Álico 50 0,4-4,0 Alítico 50 > 4,0 > 20 Alumínico > 50 > 4,0 < 20 (1): porcentagem (2): cmol/kg de solo (3): cmol/kg de argila * para ser ácrico é necessário também que o ph KCL seja maior ou igual a 5,0, ou delta ph positivo. Os Latossolos, Argissolos, Cambissolos, Nitossolos e Neossolos Litólicos podem ser eutróficos, ou mesotróficos, ou distróficos, ou mesoálicos, ou álicos, os

9 9 Luvissolos, Vertissolos sempre são eutróficos, os Neossolos Quartzarênicos distróficos ou mesoálicos ou álicos. Se o Latossolo coeso dos tabuleiros costeiros da região nordeste do Brasil é distrófico, é adjetivado de distrocoeso para ressaltar a condição química de distrófico e a condição física de coeso. O quadro 4 mostra exemplos de interpretação dos dados químicos de alguns solos, com base nos valores V,SB, m, Al, RC e CTC do horizonte sub superficial.

10 10 Ponto Interpretaçã o Eutrófico Álico Alumínico Ácrico Mesotrófico Mesoálico Distrófico Quadro 4.Exemplos de interpretação das condições químicas no horizonte sub superficial. ph KCl ph H 2 0 Delt a ph H (1) Al (1) Ca (1) Mg (1) K (1) Na (1) SB (1) CTC (1) V (2) M (2) Argila (2) RC (3) 5,3 6,0-0,7 2,7 0,0 3,1 0,7 0,07 0,03 3,9 6,6 3,9 4,4-0,5 2,4 1,2 0,6 0,3 0,04 0,02 0,96 4,6 3,8 4,3-0,5 3,0 5,0 0,2 0,1 0,01 0,01 0,32 8,3 5,7 5,3 +0,4 2,0 0,0 0,1 0,0 0,03 0,01 0,14 2,14 4,6 5,4-0,8 1,7 0,1 1,2 0,3 0,07 0,02 1,59 3,39 4,3 5,1-0,8 2,4 0,4 0,4 0,2 0,08 0,02 0,70 3,5 4,4 5,1-0,7 1,2 0,2 0,5 0,2 0,05 0,01 0,71 2, ,8 3,6 6,5 46,9 20,0 33,3 0 55,5 93,0 0,0 6,3 36,3 22, ,6 3,9 8,9 0,2 7,3 3,1 2,1 Além de V%, m% e RC utiliza-se a CTC da argila, simbolizada de T, assim calculada: Exemplo: CTC do solo:10cmol/kg, argila 20%. 10 cmol/kg...20 de argila x X: 50 cmol/kg de argila, solo Ta porque supera 27cmol/kg de argila. No grande grupo adjetiva-se de férrico o Latossolo Vermelho com teor de óxido de ferro total variando de 18 a 36% e de férrico o Nitossolo Vermelho com teor maior que 15%.

11 11 Se o Latossolo Vermelho for eutrófico + férrico, é classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico; se for distrófico + férrico, como Latossolo Vermelho distroférrico; se for ácrico + férrico, como Latossolo Vermelho acriférrico; etc. Adjetiva-se de Nitossolo Vermelho férrico se o teor de óxido de ferro total for maior ou igual a 15%. Eutroférrico= eutrófico + férrico. Classificação do solo no nível de sub grupo: considera o solo típico quando todas características pertencem a uma classe de solo (exemplo: Latossolo Amarelo álico típico) e intermediário (exemplo:argissolo Vermelho eutrófico latossólico) quando atendem as exigências de duas classes de solo. Classificação do solo no nível de família: textura e tipo de horizonte A Com relação a textura, quando o teor de argila situa-se na faixa de 0-15% a textura é arenosa; 16 a 35%, textura média; 36 a 60% textura argilosa e maior que 60% de textura muito argilosa. Na sensação ao tato do solo molhado, a argila é estimada pela sensação de pegajosidade, quanto maior a pegajosidade do solo, mais elevado é teor de argila, o silte é estimado pela sensação de sedosidade semelhante a de uma sabonete molhado e o talco quando seca, a areia apresenta a sensação de aspereza (mais nítida quando é alto o teor de areia grossa). Na prática, as vantagens de estimar o teor de argila no campo são as seguintes: rapidez de conhecer as variações dessa fração granulométrica no perfil, permitindo classificar o solo no campo, comparação com os valores de laboratório para controle de qualidade desses valores, e economia nos custos de laboratório.

12 12 A figura 5 apresenta os limites dos teores de argila e a respectiva classificação textural da EMBRAPA. Figura 5. Limites do teor de argila na escala textural. No nível de família são considerados também os tipos de horizonte A. Existem sete tipos de horizontes diagnósticos de superfície, ou A (chernozêmico, proeminente, húmico, antrópico, moderado, fraco e hístico). O horizonte hístico é predominantemente orgânico, ao contrário dos demais, que são minerais. Para facilitar o entendimento de suas diferenças, os horizontes diagnósticos superficiais foram ordenados de acordo com o que mais chama a atenção no campo: a cor escura e sua espessura. Na carta de cor Munsell cor escura é aquela que apresenta relação valor/croma 3/3, 3/2, 2/1, 2/2, 1/1.

13 13 A Chernozêmico Carbono orgânico >0,6%, Cor escura (valor croma < 3/3), horizonte relativamente espesso, ou seja, > 25 se os horizontes A +B for mais espesso que 75 cm, ou >18 cm se possui espessura < 75 cm, ou ainda > 10 cm quando o horizonte A é seguido de rocha; P 2 O 5 solúvel em ácido cítrico < 250 mg.kg -1, V 65%, figura 6. FIGURA 6. HORIZONTE A CHERNOZÊMICO. A Proeminente Idem A chernozêmico em termos de cor, e espessura, mas deve apresentar V < 65%, figura 7.

14 14 FIGURA 7. HORIZONTE A PROEMINENTE. A Húmico Assemelha-se ao horizonte A proeminente, porém é mais espesso e com maior teor de matéria orgânica em relação a fração argila. A Antrópico Idem A chernozêmico ou A húmico em termos de cor e teor de carbono, mas P 2 O 5 solúvel em ácido cítrico 250 mg.kg -1, figura 8.

15 15 FIGURA 8. HORIZONTE A ANTRÓPICO. A Hístico Carbono orgânico 8% e deve atender pelo menos uma das exigências: espessura >20cm, ou 10cm se existe contato lítico, ou 40cm quando 75% ou mais (%volume) do horizonte é tecido vegetal. A Moderado Se a cor for escura, a espessura é menor do que a exigida para A chernozêmico ou A proeminente; se não possui cor mais clara do que ambos horizontes sem atender a exigência para A fraco, figura 9.

16 16 FIGURA 9. HORIZONTE A MODERADO. A Fraco Cor muito clara, estrutura em grãos simples, ou se for maciça, com grau fraco; carbono orgânico < 0,6%. Se ainda nenhuma dessas exigências ocorre, a espessura deve ser menor que 5 cm, figura 10.

17 17 FIGURA 10. HORIZONTE A FRACO. Solos do Brasil Latossolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, não hidromórficos, muito profundos, acentuadamente drenados (textura argilosa ou muito argilosa), ou fortemente drenados (textura média); Tipos de horizonte A: moderado, ou proeminente, ou chernozêmico, ou húmico, ou fraco, ou antrópico; Sequência de horizontes A-AB-BA-Bw; ou A-AB-Bw; ou A-BA-Bw. No site ver o vídeo do Latossolo.

18 18 Características granulométricas Os Latossolos apresentam textura média, ou argilosa ou muito argilosa com baixo gradiente textural entre os horizontes A e B. O quadro 6 mostra os dados granulométricos de um Latossolo. QUADRO 6. DADOS GRANULOMÉTRICOS DO PERFIL RADAMBRASIL-40, REPRESENTATIVO DO LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO TEXTURA ARGILOSA, SIMBOLIZADO DE LVA-3. Profundidade (cm) Horizonte Argila % Silte % Areia % Fina Grossa Silte/Argila 0-15 A , AB , Bw , Bw , Bw ,2 Gradiente textural do perfil Para classificar o solo, em primeiro lugar, calcular o gradiente textural entre os horizontes A e B. O teor de argila do horizonte A supera 40%, por isso utiliza-se o fator de incremento de argila 1,5. A média de argila no horizonte B é 47% ([ ]/3) e a média argila no superficial é 40% ([39+41]/2), portanto, o gradiente textural é baixo com valor de 1,2 (47/40). O citado perfil apresenta horizonte B latossólico porque além do baixo gradiente textural, a consistência úmida é muito friável, a estrutura é granular, a cerosidade ausente, e na areia não ocorrem minerais primários de fácil intemperização. Argissolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, não hidromórficos, profundos, com drenagem rápida no horizonte A e moderada ou lenta no horizonte B; Tipos de A: moderado, ou proeminente, ou chernozêmico, ou fraco; Sequência de horizontes A-AB-Bt; ou A-E-Bt; ou A-BA-Bt, com horizonte B textural não diagnóstico para Luvissolos, Planossolos, Plintossolos, ou Gleissolos. Se existir horizonte plíntico não deve coincidir com o topo do horizonte B nem estar acima dele.

19 19 No site veja o vídeo do Argissolo. Características granulométricas São solos profundos ou moderadamente profundos com alto gradiente textural entre os horizontes A e B. O quadro 7 mostra os dados granulométricos do Argissolo. Quadro 7.Dados granulométricos do Argissolo. Profundidade (cm) Horizonte Argila % Silte % Areia % Fina Grossa Silte/Argila 0-20 A , AB , Bt , Bt , BC ,1 Gradiente textural do perfil Utiliza-se o fator 1,8 para saber o gradiente textural porque o teor de argila do horizonte A é inferior a 15%. A média de argila do horizonte B, não incluindo o horizonte BC é ([30%+ 34%]/2)= 32. Por outro lado, a média de argila do horizonte A é ([10 +12]/2) = 11%. Logo, o gradiente textural do perfil é (32/18) = 2,9. O valor 2,9 é maior que 1,7 atendendo a exigência de grande aumento de argila em profundidade exigida para o horizonte B textural dos Argissolos. Nitossolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, não hidromórficos, profundos, bem drenados; Tipos de A: moderado, ou proeminente, ou chernozêmico, ou húmico; Sequência de horizontes A-AB-BA-B nítico; ou A-AB-B nítico, ou A-B nítico.

20 20 Ao contrário da estrutura e consistência do horizonte B latossólico típico, o horizonte B nítico típico possui estrutura muito bem desenvolvida e muito bem mais consistente, o que dificulta muito o movimento giratório do trado no horizonte B nítico. Esse detalhe de campo permite classificar como Nitossolo é não Latossolo. No site veja o vídeo do Nitossolo. Características granulométricas dos Nitossolos (EMBRAPA, 2006) No quadro 8 constam os dados granulométricos do Nitossolo. QUADRO 8. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL IAC-1103, REPRESENTATIVO DO NITOSSOLO VERMELHO EUTROFÉRRICO TEXTURA MUITO ARGILOSA, SIMBOLIZADO DE NV-4. Profundidade (cm) Horizonte Argila % Silte % Areia % Fina Grossa Silte/Argila 0-14 A , A , B , B , B ,3 Gradiente textural do perfil Utiliza-se o fator 1,5 porque o teor de argila do horizonte A é maior que 40%. A média de argila do horizonte B é ([ ]/3) = 62 e do horizonte A ([61+61]/2) = 61. Logo, o gradiente textural é 62/61 = 1,0 atendendo a exigência de discreto aumento de argila em profundidade.

21 21 A morfologia de consistência úmida firme, estrutura com grau, cerosidade bem nítida (moderada) e em quantidade suficiente (comum) definem como horizonte B nítico. Cambissolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, não hidromórficos, raso, ou pouco profundos, bem drenados (textura argilosa ou muito argilosa) ou fortemente drenados (textura média); Tipos de A: moderado; ou proeminente; ou chernozêmico, desde que o horizonte B incipiente não apresente CTC da fração argila maior ou igual a 27 cmol c.kg -1 de argila, ou A húmico não atendendo as exigências para as classes dos Chernossolos, Plintossolos, Vertissolos e Organossolos; Sequência de horizontes A-AB-B incipiente; ou A-BA-B incipiente, ou A-B incipiente. A textura dos Cambissolos é média, ou argilosa, ou muito argilosa, com baixo gradiente textural entre os horizontes A e B. Os teores de silte são relativamente altos, por isso apresentam a nítida sensação de sedosidade no exame de textura, quando o solo seca na mão, parece talco (figura 168). A relação silte/argila é maior ou igual a 0,6 quando a textura é argilosa ou muito argilosa, ou maior ou igual a 0,7 quando a textura é média. No quadro 9 são apresentados os dados granulométricos dos Cambissolos.

22 22 QUADRO 9. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL RADAMBRASIL- 204, REPRESENTATIVO DO CAMBISSOLO HÁPLICO TEXTURA MÉDIA, SIMBOLIZADO DE CX-2.2. Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-20 A , Bi , Bi , BC , BC ,7 Gradiente textural do perfil Utiliza-se o fator 1,5 porque o teor de argila do horizonte supera 40%. A média de argila do horizonte B, exclusive o horizonte BC é ([48%+47/2)=47,5%. Por outro lado, a porcentagem de argila do horizonte A é 58%. Logo gradiente textural do perfil é (47,5%/58%)=0,9. O valor 0,9 menor do que 1,5 atende a exigência de discreto aumento de argila em profundidade e a espessura do horizonte B e a relação silte /argila atendem as exigências para o horizonte B incipiente. Chernossolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas. Solos minerais, não hidromórficos, pouco profundos ou profundos, bem drenados a imperfeitamente drenados; Tipo de A: chernozêmico; Sequência de horizontes A-AB-B incipiente; ou A-BA-B incipiente, ou A-B nítico, ou A-B textural. Características granulométricas A textura dos Chernossolos é argilosa, ou muito argilosa quando existe o horizonte B nítico ou B incipiente, é média no horizonte A e argilosa ou muito argilosa se ocorrer o horizonte B textural. O quadro 10 apresenta as características granulométricas do Chernossolo Argilúvico.

23 23 QUADRO 10. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL 46 RADAMBRASIL, REPRESENTATIVO DO CHERNOSSOLO ARGILÚVICO TEXTURA MÉDIA/ARGILOSA (EMBRAPA, 2006), SIMBOLIZADO DE MX-6. Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Areia (%) Fina Grossa Silte/Argila 0-20 A , AB , Bt , BC , C ,6 Gradiente textural do perfil Utiliza-se o fator 1,7; pois o teor de argila do horizonte A varia de 16 a 40%. A média de argila do horizonte B, não incluindo o horizonte BC é o próprio valor 52%. Por outro lado, a média de argila do horizonte A é ([18%+25%]/2) = 21,5. Logo, o gradiente textural é 2,4 (52%/21,5%). O valor 2,4 supera 1,8 atendendo a exigência para o horizonte B textural, por isso enquadrado como Argilúvico no nível de subordem. Neossolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais ou de constituição orgânica com espessura menor que 20 cm (para excluir dos Organossolos), sem apresentar horizonte glei nos 150 cm iniciais, exceto se a textura for arenosa (para excluir dos Gleissolos), sem apresentar horizonte vértico abaixo do horizonte A (para excluir dos Vertissolos), sem apresentar horizonte plíntico nos 40 cm iniciais desde a superfície ou a 150 cm desde a superfície abaixo do horizonte A+E, ou precedido de horizontes com restrição de drenagem interna (para excluir dos Plintossolos), e finalmente sem a combinação de horizonte A chernozêmico com caráter carbonático, ou horizonte C cálcico ou com carbonato.(para excluir dos Chernossolos); Tipos de A: moderado, ou proeminente, ou chernozêmico, ou fraco, ou horizonte O com menos de 20 cm de espessura se logo abaixo existir rocha. Sequência de horizontes: A-R, A-C-R, A-Cr-R, A-Cr, O-R nos solos rasos ou pouco profundos, A-C ou H-C nos solos muito profundos.

24 24 Características granulométricas Nos Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos a textura é arenosa ou média ou argilosa, no Neossolo Quartzarênico é arenosa em todo perfil (200 cm) e no Neossolo Flúvico a textura varia irregularmente nas diversas camadas. Os quadros 11 a 13 apresentam as características granulométricas de três Neossolos. QUADRO 11. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL RADAMBRASIL CE-110, REPRESENTATIVO DO NEOSSOLO LITÓLICO EUTRÓFICO (EMBRAPA, 2006). Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-20 A , C ,1 QUADRO 12. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL 1352, REPRESENTATIVO DO NEOSSOLO QUARTZARÊNICO TEXTURA ARENOSA, SIMBOLIZADO DE RQ-1. Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-20 A , AC , C , C , C , C ,2 QUADRO 13. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL RADAMBRASIL- 129, REPRESENTATIVO DO NEOSSOLO FLÚVICO EUTRÓFICO (EMBRAPA, 2006). Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-10 A C , C , IIC , IIC ,6

25 25 Vertissolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, pouco profundos, imperfeitamente a mal drenados, ou moderadamente drenados, de textura média ou argilosa ou muito argilosa, com horizonte vértico nos 100 cm iniciais desde a superfície, fendas profundas na época seca e estriamento na massa do solo úmido (slikensides), consistência muito plástica e muito pegajosa no solo molhado; Tipos de horizonte A: moderado, ou chernozêmico; Sequência de horizontes A-Cv, ou A-Biv-C. Características granulométricas São solos de textura argilosa ou muito argilosa. O quadro 14 apresenta as características físicas do Vertissolo. QUADRO 14. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL, REPRESENTATIVO DO VERTISSOLO TEXTURA ARGILOSA, SIMBOLIZADO DE V-3. Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-25 A , AC , C , C , C ,2 Interpretação granulométrica do perfil São solos com baixo gradiente textural, geralmente de textura argilosa ou muito argilosa. Plintossolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, rasos, com horizonte plíntico ou litoplíntico iniciando nos 50 cm iniciais desde a superfície, ou profundos quando o referido horizonte ocorre dentro de 200 cm desde a superfície quando precedidos de horizonte glei, ou imediatamente abaixo dos horizontes A ou E, ou de outro horizonte com restrição de drenagem;

26 26 São solos de textura arenosa/média ou média/argilosa, ou média, ou argilosa ou muito argilosa, imperfeitamente a mal drenados, ou moderadamente drenados; Tipos de A: moderado, ou proeminente, ou chernozêmico; Sequência de horizontes A-AB, A-E-B textural, ou B latossólico ou A-B incipiente, ou A-C, ou A-F. Características granulométricas Os teores de argila podem ou não ser uniforme ao longo do perfil. No quadro 15 são apresentados os dados granulométricos do Plintossolo com alto gradiente textural. A presença do horizonte E logo acima do horizonte B indica o elevado gradiente textural no perfil, por isso o solo é adjetivado de Argilúvico no nível de sub ordem. QUADRO 15. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL REPRESENTATIVO DO PLINTOSSOLO ARGILÚVICO EUTRÓFICO TEXTURA ARENOSA/MÉDIA, SIMBOLIZADO DE FT-3.1. Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-10 A , E , Bt , Bt , F , F , F , Cr ,2 Luvissolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais, não hidromórficos, pouco profundos a profundos, bem a imperfeitamente drenados; Tipos de A: moderado, ou proeminente, ou fraco; A profundidade dos horizontes A + B geralmente varia a 60 a 120 cm; A estrutura é em do tipo em blocos com grau moderado ou forte, ou tipo prismático que se desfaz em blocos angulares e subangulares;

27 27 A transição de cor entre os horizontes A e B é clara ou abrupta; Sequência de horizontes A-AB-B textural; ou A-E-B textural; ou A-BA-B textural. Características granulométricas Os Luvissolos possuem elevado gradiente textural. O quadro 16 apresenta as características granulométricas do Luvissolo Crômico. QUADRO 16. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL RADAMBRASIL-27, REPRESENTATIVO DO LUVISSOLO CRÔMICO TEXTURA MÉDIA/MUITO ARGILOSA. Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-18 A , Bt , BC , C ,4 Gradiente textural O teor de argila do horizonte A varia de 16 a 40%, portanto utilizar o fator 1,7 no cálculo do gradiente textural. A média de argila do horizonte A coincide com o valor 25%; no horizonte B, 66%; logo gradiente textural do perfil: 66%/25% = 2,6. O valor 2,6 é maior que 1,8 atendendo a exigência de grande aumento de argila em profundidade, para horizonte B textural. O caráter eutrófico e a CTC da argila maior que 27 cmol c.kg -1 de argila do horizonte Bt é compatível com a classe do Luvissolo. Gleissolos (SiBCS, 2006) Características morfológicas Solos minerais hidromórficos, com horizonte glei dentro dos 150 cm iniciais desde a superfície, imediatamente abaixo do horizonte A ou E, ou abaixo

28 28 do horizonte hístico desde que a espessura desse horizonte não atenda a exigência dos Organossolos. A textura é média, ou argilosa ou muito argilosa dentro de 150 cm desde a superfície, ou até o contato lítico. Não deve ocorrer horizonte vértico abaixo do horizonte A (para excluir dos Vertissolos), nem horizonte B textural com transição abrupta (para excluir dos Planossolos), Se existir horizonte plíntico, deve ocorrer a mais de 200 cm de profundidade desde a superfície (para excluir dos Plintossolos); São solos mal drenados ou muito mal drenados; Tipos de A: moderado, ou proeminente, ou chernozêmico; Sequência de horizontes A-Cg, A-Bg incipiente, ou A-E-Bg textural, ou A- Eg-Btg-Cg, ou Ag-Cg, ou H-Cg. Características granulométricas São solos de textura média, ou argilosa, ou muito argilosa. O quadro 17 mostra as características físicas do Gleissolo. QUADRO 17. CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DO PERFIL RADAMBRASIL RN-54, REPRESENTATIVO DO GLEISSOLO MELÂNICO EUTRÓFICO (EMBRAPA, 2006). Silte/Argila Areia (%) Profundidade (cm) Horizonte Argila (%) Silte (%) Fina Grossa 0-20 Ap , IIC1g , IIIC2g ,6 Características químicas Os Gleissolos podem ser eutróficos, ou distróficos, ou álicos, ou alumínicos, ou alíticos, ou alíticos (EMBRAPA, 2006), ou ainda mesotróficos, ou mesoálicos, (PRADO, 2004). Classificação de solos atual da EMBRAPA (2006) x antiga de CAMARGO et al (1987) O quadro 18 compara a classificação atual da EMBRAPA e a antiga de CAMARGO et al. Quadro 18. Classificação de solos da nova nomenclatura da EMBRAPA e a classificação antiga.

29 29 EMBRAPA (2006) CAMARGO et al (1987) Latossolos Argissolos Luvissolos Nitossolos Vermelhos férricos Neossolos Quartzarênicos Neossolos Litólicos Cambissolos Vertissolos Plintossolos Latossolos Podzólicos Vermelhos Amarelos Tb ou Ta com o caráter alítico (m>50%, T>20cmol/kg de argila e Al.4cmol/kg TFSA). Podzólicos Vermelhos Amarelos eutróficos Ta Terras Roxas Estruturadas Areias Quartzosas Solos Litólicos Cambissolos Vertissolos Plintossolos São cinco os fatores de formação dos solos (material de origem representados pela rocha, relevo, organismos, clima e tempo). A mesma rocha no relevo diferente origina solos diferentes (basalto originando Latossolo Vermelho muito argiloso no relevo plano e Nitossolo Vermelho muito argiloso no relevo ondulado), o mesmo relevo com rochas diversas originam solos diferentes (relevo suavemente ondulado com ocorrência de arenito originando Neossolo Quartzarênico e com ocorrência de basalto originando Latossolo Vermelho textura muito argilosa). Como uma regra geral pode afirmar para a região Centro-Sul do Brasil que: No relevo mais inclinado de solos desenvolvidos de arenito, ocorrem Argissolos, Neossolos Litólicos e Cambissolos, nas posições mais elevadas Latossolos textura média ou Neossolos Quartzarênicos são observados; no relevo mais inclinado de solos desenvolvidos de basalto ocorrem Nitossolos, Neossolos Litólicos e Cambissolos; nas posições mais elevadas são identificados Latossolos textura argilosa e muito argilosa. As figuras 11 e 12 ilustram duas diferentes rochas, muito comuns nas regiões canavieiras.

30 30 Figura 11. Rocha sedimentar, arenito. Figura 12. Rocha vulcânica, basalto. A figura 13 apresenta a imagem de satélite onde ocorrem solos de diferentes texturas na divisa dos Estados de São Paulo e do Paraná.

31 31 No município de Assis-SP ocorrem solos com baixos e médios teores de argila nas áreas de arenito (tonalidade clara da imagem), e no município de Cândido Mota-SP são identificados solos com elevado teor de argila nas áreas de basalto (tonalidade vermelha da imagem). Figura 13. Imagem de satélite de solos desenvolvidos de basalto e arenito. As figuras 14 a 17 destacam os relevos típicos de vários solos cultivados com cana-de-açúcar no Brasil.

32 32 Figura 14. Relevo plano típico do Latossolo. Figura 15. Relevo ondulado típico do Argissolo.

33 33 Figura 16. Relevo ondulado típico do Nitossolo. Figura 17. Relevo montanhoso típico do Neossolo Litólico.

34 34 A figura 18 destaca as variações de solos na paisagem, típica da região sudeste do Brasil. Figura 18. Distribuição de solos nas paisagens da região sudeste do Brasil. Além do relevo, outros fatores de formação dos solos são considerados: clima influindo no grau de intemperismo e na sua profundidade, organismos, representado principalmente pela vegetação original incorporando diferentes níveis de matéria orgânica na superfície. Ao longo do tempo, o solo é cronologicamente formado a medida que o grau de intemperismo evolui: desde os solos mais rasos e jovens (Neossolos Litólicos), até os mais profundos e velhos (Latossolos). Ambientes de produção Ambiente de produção das plantas é a interação das condições dos solos (físicohídricas e químicas), com o clima (precipitação e as perdas de água pela evapotranspiração) medindo o potencial de produtividade. Os componentes dos ambientes de produção são representados pela profundidade, a qual tem direta relação com a disponibilidade de água e com o volume de solo explorado pelas raízes, pela fertilidade, como fonte de nutrientes

35 35 para as plantas, pela textura, relacionada com os níveis de matéria orgânica, capacidade de troca de cátions e disponibilidade hídrica, e pela água, vital para a sobrevivência das plantas e como parte da solução do solo. A disponibilidade de água é muito reduzida nos solos arenosos ao longo do perfil (Neossolos Quartzarênicos), mas não significa que todos solos argilosos ou muito argilosos possuem sempre as maiores disponibilidades hídricas. Os Nitossolos são argilosos ou muito argilosos destacam-se na disponibilidade hídrica porque possuem estrutura no horizonte B que favorece a permanência da água no perfil por mais tempo do que os solos semelhantes sem essa estrutura, como ocorre nos Latossolos argilosos e muito argilosos. Os Latossolos ácricos argilosos e muito argilosos são bem mais ressecados porque nele é muito forte a micro agregação da fração argila, conseqüentemente, o movimento da água é muito rápido em todo perfil. A figura 19 apresenta os principais componentes de um ambiente de produção e a figura 20 as diferentes disponibilidades hídricas das contrastantes classes de solos. Figura 19. Componentes dos ambientes de produção de cana-de-açúcar.

36 36 Figura 20. Classes de disponibilidade de água dos diferentes solos. Após a chuva ou irrigação, o movimento de água é rápida no perfil dos Latossolos, porém lento no horizonte B dos Argissolos. Por isso, tais solos possuem maior disponibilidade de água quando o horizonte B não é muito profundo, ou seja de 30 a 60cm da superfície. Nessas condições, as raízes suprem a demanda por água num tempo relativamente grande, mas se o horizonte B ocorrer numa profundidade maior que 60cm o solo resseca-se rapidamente porque as raízes ficam muito distantes do referido horizonte. Se o horizonte B ocorrer a uma profundidade menor que 30cm pode prejudicar a brotação da cana-de-açúcar pelo acúmulo temporário de água na superfície causando má brotação. A importância do horizonte B em armazenar água é nitidamente comprovada na figura 21 que mostra a cana-de-açúcar mais vigorosa no Argissolo Vermelho- Amarelo ao lado do Neossolo Quartzarênico.

37 37 Figura 21.Desenvolvimento vegetativo da cana-de-açúcar no contato do Argissolo com o Neossolo Quartzarênico. Os Neossolos Litólicos são também muito ressecados porque são muito rasos (horizonte A de alguns centímetros logo abaixo da rocha). A tabela de ambientes de produção é válida se forem atendidas essas tres condições de: - Épocas de plantio (quadro 19) e épocas de colheita (quadro 20) mais recomendadas onde os solos mais ressecados (Argissolos com horizonte B na profundidade maior que 40cm,Neossolos Quarzarênicos, Cambissolos álicos, etc) devem ser colhidos no início e no máximo no meio de safra, ao contrário dos solos com maior disponibilidade de água (Nitossolos, Argissolos com horizonte B na profundidade de 40cm, Cambissolos com mica, todos eutróficos)..

38 38 Quadro 19. épocas de plantio da cana-de-açúcar: plantio de cana-de-ano (setembro a novembro), plantio de cana de inverno (maio a agosto), plantio de cana de ano e meio (fevereiro a abril) e plantio de dois verões (dezembro a janeiro). (VITTI & PRADO). Itens: Solos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1- Le-3; Le-4; Ne-3; Ne-4 2- Pe-3*; Pe-6; Pe-7 3- P-1; P-2; P-3**; P-4, P-5 4- L1; L2; L3; L4 5- RQ; RL *: P-3 é o Argissolo cujas características se aproximam ao P-1; **:Pe-3 é o Argissolo cujas características se aproxima ao Pe-6. Legenda Melhor época de plantio Atenção com o plantio, principalmente quanto a umidade do solo e desenvolvimento da cultura Inicio do período das águas - Plantio de ano principalmente para os Nitossolos Excesso de água Problemas com erosão devido a chuvas intensas que finalizam no período das aguas Problemas com erosão devido a chuvas intensas iniciam no período chuvoso Quadro 20.Matriz de colheita da cana-de-açúcar (LANDELL et al).

39 39 1- Manejo básico correto no preparo do solo, controle das ervas daninhas e da fitossanidade; nas ideais épocas de plantio, colheita, e alocação varietal em relação aos ambientes de produção; na utilização de doses adequadas de corretivos e fertilizantes, e na conservação do solo evitando erosão; 2- Clima, que deve ser o típico da região (sem períodos chuvosos e secos anormais, e sem geada). Certamente, os citados ambientes alteram-se muito favoravelmente quando além do manejo básico é feito o manejo intensivo com a aplicação de vinhaça, torta de filtro, irrigação semiplena e plena, adubação verde, soja por longo tempo antes do plantio da cana-de-açúcar, incorporação de nutrientes abaixo do topo do horizonte B. Por outro lado, os ambientes de produção alteram-se muito desfavoravelmente quando não são atendidas as exigências do manejo básico e com uma estiagem atípica. Os ambientes de produção são literalmente representados por A1, A2, B1, B2, C1,C2, D1, D2, E1, E2. LANDELL et al (2007) consideraram como ambientes favoráveis A1, A2, B1, B2, ou seja com disponibilidade hídrica, física e biológica favoráveis o que atrasa a maturação da planta em relação aos ambientes; médios C1 e C2 e principalmente em relação aos desfavoráveis D1,D2, E1 e E2 com as maiores limitações. O quadro 21 destaca os ambientes de produção de cana-de-açúcar das regiões Centro-Sul considerando os Gleissolos, Chernossolos, Nitossolos, Latossolos e Neosssolos Quartzarênicos e o quadro 22 os Argissolos.

40 Quadro 21. Ambientes de produção de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do Brasil. 40

41 Quadro 22. Ambientes de produção de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do Brasil. 41

42 Nota média dos ambientes de produção de cana-de-açúcar Quando numa propriedade ocorrem vários solos, existem diversos ambiente de produção e para se conhecer o ambiente de produção médio são feitos cálculos multiplicando-se a área relativa de cada ambiente pela respectiva nota indicada dos ambientes, quadro 23. QUADRO 23. NOTAS DOS AMBIENTES DE PRODUÇÃO. Ambiente de Produção TCH 5 Nota A , ,75 A2 98 9, , , ,75 B1 94 8, , , ,75 B2 90 7, , , ,75 C1 86 6, , , ,75 C2 82 5, , , ,75 D1 78 4, , , ,75 D2 74 3, , ,00 E1 71 2, ,50

43 43 E2 69 2, , , , , ,00 Um exemplo de cálculo da nota média dos ambientes de produção da empresa é apresentado com os dados do quadro 24. QUADRO 24. NOTAS PARCIAIS E FINAL DOS AMBIENTES DE PRODUÇÃO DA EMPRESA. Ambiente Área (ha) Área relativa (% ha) Nota parcial A ,59 0,559 A ,35 0,301 B ,22 0,737 B ,47 0,312 C1 33 0,92 0,055 C ,56 0,278 D ,50 0,620 D ,95 0,628 E ,13 0,502 E ,30 0,09 Total ,5 Ambiente médio A nota média 3,5 situa-se entre a nota 3 que corresponde ao ambiente D2 (72 a 76 t.ha -1 ) e a nota 4 correspondente ao ambiente D1 (76 a 80 t.ha -1 ), mas deve-se ainda verificar quanto 0,50 unidades que excede a nota 3,0 representa em produtividade, sabendo-se que na tabela de ambientes de produção (quadro 6) cada 0,25 unidades de nota do ambiente corresponde a 1 t.ha -1. 0,25 unidades da nota do ambiente 0,50 unidades da nota do ambiente 1 t ha -1 X t ha -1-1 X = 2,00 t ha Portanto, nesse exemplo, a nota final 3,5 corresponde a nota 3,0 (72 ha-1, ambiente D2) + a nota 0,50 (2,0 ha -1 ), ou seja, 74 t.ha -1 na média de cinco cortes, sem a influência da vinhaça, torta de filtro, adubação verde, soja por longo tempo e irrigação semiplena ou plena.

44 44 Grupos de manejo Enquanto que nos solos com textura mais arenosa há melhor contato com o colmo, favorecendo a brotação, nos mais argilosos, principalmente os que apresentam torrões, formam-se bolsões de ar evitando o contato do solo com o colmo, o que prejudica a brotação da cana-de-açúcar (figura 22). Esse fato torna-se ainda mais desfavoráveis nos plantios de inverno na região Centro-Sul. Figura 22.Brotação da cana-de-açúcar no solo de textura argilosa (esquerda) e textura arenosa (direita).foto: Thiago A.B. do Prado & Ricardo C. do Prado.

45 45 O preparo do solo com muitos torrões na superfície prejudica muito a brotação da cana-de-açúcar (figura 23). Figura 23. Preparo do solo com torrões. Foto: André C.Vitti. Quadro 25. Gessagem como fonte de cálcio O gesso é um sal neutro que NÃO altera o grau de acidez do solo. Grupos de manejo Características dos solos Gessagem Grupo 1 Eutróficos e mesotróficos Desnecessária Grupo 2 Álicos, alumínicos, mesoálicos e distróficos Recomendada Quadro 26. Adubação fosfatada Grupo de manejo Características dos solos Dose mais alta de P Grupo 1 Alto teor de argila e/ou ferro Necessária Grupo 2 Médio/baixo teor de argila Desnecessária Quadro 27. Parcelamento de Potássio Grupo de manejo Características dos solos Parcelamento de K Grupo 1 CTC alta/média Desnecessária Grupo 2 CTC baixa Recomendado

46 46 Quadro 28. Alocação de variedades de cana-de-açúcar quanto a condição química do solo Grupos de manejo Características dos solos Alocação plantas Grupo 1 Eutróficos e mesotróficos Mais exigentes Grupo 2 Distróficos, ácricos, álicos, mesoálicos, alíticos e alumínicos Menos exigentes Quadro 29. Alocação de variedades de cana-de-açúcar quanto a época de corte da cana-de-açúcar. Fonte: CAIANA (2007). Início de safra Meio de safra Final de safra Primavera Outono Inverno (outubronovembro) (abril-junho) (Julho-setembro) Eutrófico 85,31 84,21 78,93 Mesotrófico 86,53 84,82 72,18 Distrófico 81,97 80,19 69,00 Álico 78,25 77,01 6,15 Ácrico 75,59 62,85 55,48 Média 81,50 77,80 68,30 Quadro 30. Alocação de plantas quanto a disponibilidade de água Grupos de manejo Disponibilidade hídrica Favorável: Nitossolos, Argissolos, Grupo 1 Cambissolos e Gleissolos Desfavorável: Neossolos Quartzarênicos, Grupo 2 Neossolos Litólicos, Latossolos e Plintossolos Háplicos Alocação plantas Mais exigentes Menos exigentes Quadro 31. Dosagens de herbicidas em função da textura Grupos de manejo Argila (%) Doses de herbicidas Grupo 1 < 15 Mais baixas Grupo Intermediárias Grupo 3 > 35 Mais altas

47 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.Brasília PRADO, H. Condições químicas dos horizontes sub superficiais para manejo.fertibio. Lages (SC) 2004.cd rom. PRADO, H. site PRADO,H. Pedologiafácil-aplicações em solos tropicais.piracicaba p. 47

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