Ocinema, esta forma narrativa tão significativa em nossa época, ga

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ocinema, esta forma narrativa tão significativa em nossa época, ga"

Transcrição

1 EDITORIAL Ocinema, esta forma narrativa tão significativa em nossa época, ga nha novamente o espaço de nossa seção temática nesta edição do Correio. Desta vez, procuramos reunir textos sobre filmes que tratam do tema da infância: alguns, especificamente dirigidos às crianças; outros, destinados aos adultos, mas que abordam questões relativas àquelas. Nessas narrativas cinematográficas, vemos aparecer muitos elementos com os quais as crianças se deparam em nossa cultura, hoje. As exigências e ideais que as crianças são convocadas a realizar são muito bem representados, por exemplo, em Pequena Miss Sunshine, filme em que uma família viaja para que uma menina possa competir e provar que é uma vencedora num concurso de miss mirim. Ou ainda, pelo personagem central de Ratatouille, que, apesar de todas as pressões contrárias, insiste em realizar seu sonho de ser chef de cozinha. Já o grande sucesso de Harry Potter, tanto nas telas quanto nos livros, parece advir do fato de encontrar-se à margem da exigência de eficácia presente no discurso social. As estórias do pequeno bruxo permitem às crianças resguardar o campo da magia simbólica da imaginação. Já os filmes Ponette a espera de um anjo e Procura-se por Janaína tratam de duas situações muito singulares na vida das crianças. O primeiro conta a história de uma menina que elabora o luto pela perda de sua mãe. O segundo é um documentário sobre uma menina que traçou sua história percorrendo diferentes instituições. Estas são algumas das questões que o leitor irá encontrar nos textos que compõe a seção temática deste número. C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

2 NOTÍCIAS NOTÍCIAS LAÇOS ENTRE ANALISTAS FÓRUM DE CONVERGENCIA 03 DE AGOSTO DE 2008 PLAZA SÃO RAFAEL PORTO ALEGRE / BRASIL C O N V E R G E N C I A A Psicanálise continua. Fundada por Freud e após a morte de Lacan, ela existe por seu discurso. Esta persistência supõe um ato suplementar, aquele de deduzir do discurso um outro tipo de laço entre psicanalistas. Pensamos que este novo tipo de laço já foi antecipado por toda sorte de tentativas, mas que encontrará o enquadramento que lhe convém em um movimento que terá por denominação: Convergencia, Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana. (Ata de Fundação de Convergencia, p. 1, Barcelona, 3 de Outubro de 1998). Convergencia tem por finalidade promover o avanço das questões cruciais da Psicanálise, o que exige a retomada da discussão dos fundamentos de sua prática, multiplicar os laços entre os praticantes e assim favorecer a discussão e enfrentar os efeitos nocivos da fragmentação do movimento lacaniano internacional. Neste sentido, com a oportunidade de que Porto Alegre sediará o encontro da Comissão de Enlace Geral, constituída pelos delegados de cada associação-membro, avançamos nossas interrogações sobre os laços entre psicanalistas num fórum que contará com as contribuições de analistas de diferentes países e associações. O fórum, dispositivo de trabalho que prevê as comunicações com inscrição no próprio dia e com amplo espaço de debate com a platéia, visa promover laços a partir da discussão e da troca, sem retirar a força e a singularidade da enunciação própria. Nesta modalidade de trabalho não constarão no programa quais os representantes das instituições presentes que farão intervenções, o espaço previsto para intervenções e debates será aberto para todas as instituições representadas. Finalmente, há que lembrar que o trabalho de avançar nas interrogações acerca dos laços entre analistas encontra subsí- dios nas preparatórias que cada instituição promove em seu local de origem, e que apontamos inicialmente os textos de Lacan A agressividade em psicanálise (1948) e Do Trieb de Freud e do desejo do psicanalista (1964) como base para o mesmo. Esses dois textos trazem duas faces de algo que participa dos paradoxos dos laços entre analistas. De um lado, a face resistencial no afastamento e nas rupturas. De outro, a colocação em causa do desejo do analista. PROGRAMAÇÃO Domingo, 03 de agosto de h-10h30 Intervenções 10h45-12h Debate aberto 14h-15h30 Intervenções 15h45-17h Debate e encerramento LOCAL Centro de Eventos Plaza São Rafael Rua Alberto Bins, 514 Centro Porto Alegre/BRASIL VALOR DAS INSCRIÇÕES Associados APPOA - R$ 40,00 Estudantes - R$ 50,00 Profissionais - R$ 60,00 INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES Horário de funcionamento da Secretaria da APPOA: de segunda a quintafeira, das 13h30min. às 21h30min e às sextas-feiras, das 13h30min às 20h Inscrições mediante depósito bancário, para Banco Itaú, agência 0604, conta- corrente: Neste caso, enviar, por fax, o comprovante de pagamento devidamente preenchido, para a inscrição ser efetivada. Estudantes de Graduação deverão apresentar comprovante de matrícula em curso superior. Inscrições pelo site após efetuar a inscrição pelo site, 2 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

3 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Divulgamos abaixo previsão dos temas das edições do segundo semestre de Além da seção temática, o Correio da APPOA conta também com a seção debates, para publicação de assuntos de interesse da comunidade que não são objeto de discussão especifico daquela edição. A seção dedicada à resenhas divulga obras técnico-científicas e literatura em geral. A partir do segundo semestre inauguraremos outro espaço, provisoriamente denominado Ensaio, de periodicidade irregular, destinado à publicação de contos, crônicas, poesia... Os textos encaminhados à Comissão devem ter até 12 mil caracteres em letra times new roman, tamanho 12, espaço simples, e podem ser enviados por para secretaria da Associação até o dia 05 de cada mês, para compor a edição do mês seguinte (por exemplo, os textos encaminhados até 05 de julho poderão, após análise da comissão editorial, ser publicados em agosto). As notícias podem ser enviadas até o dia 20 e também circularão no mês posterior ao da entrega. Sugestões de temáticas e construção conjunta de uma edição é via de trabalho que, além de dar a conhecer a produção nas diferentes inscrienviar por fax ou por o comprovante de pagamento devidamente preenchido. As vagas são limitadas. Agência: BMZ Turismo Fone: CONVOCANTES ASSOCIAÇÕES-MEMBRO DE CONVERGENCIA Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana Acte Psychanalytique Bélgica Analyse Freudienne França Apertura, Estudio, Investigación y transmisión del Psicoanálisis Espanha Après-Coup Psychoanalytic Association Estados Unidos da América Associação Psicanalítica de Porto Alegre APPOA Brasil Associazione Cosa Freudiana Itália Círculo Psicoanalítico Freudiano Argentina Cartels Constituants de L Analyse Freudienne França Centre de Recherches en Psychanalyse et Écriture França Centre Psychanalytique de Chengdu República Popular da China Colégio de Psicanálise da Bahia Brasil Corpo Freudiano Escola de Psicanálise Brasil Dimensions de la Psychanalyse França Escola Lacaniana de Psicanálise do Rio de Janeiro Brasil Escuela de Psicoanálisis de Tucumán Argentina Escuela de Psicoanálisis Sigmund Freud Rosario Argentina Escuela Freudiana de Buenos Aires Argentina Escuela Freudiana de la Argentina Argentina Escuela Freudiana de Montevideo Uruguai Escuela Freudiana del Ecuador Equador Espace Analytique França Fundación Psicoanalítica Madrid 1987 Espanha Fondation Europèenne pour la Psychanalyse França Grupo de Psicoanálisis de Tucumán Argentina Insistance França Institución Psicoanalítica de Buenos Aires Argentina Intersecção Psicanalítica do Brasil Brasil Invenció Psicoanalítica Espanha Laço Analítico, Escola de Psicanálise Brasil Le Cercle Freudien França Letra, Institución Psicoanalítica Argentina Mouvement du Coût Freudien França Maiêutica de Florianópolis Instituição Psicanalítica Brasil Mayéutica Institución Psicoanalítica Argentina Nodi Freudiani Associazione Psicanalitica Itália Praxis Lacaniana / Formação em Escola Brasil Psychanalyse Actuelle França REAL Red Analítica Lacaniana México Seminario Psicoanalítico Argentina Trieb Institución Psicoanalítica Argentina Triempo Institución Psicoanalítica Argentina COMISSÃO DO CORREIO DA APPOA 4 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

4 NOTÍCIAS NOTÍCIAS ções institucionais (cartéis, seminários, grupos de estudo, núcleos, comissões...), areja e revigora os laços transferenciais de trabalho na APPOA. A Comissão reúne-se na segunda e quarta segunda-feira do mês, na sede da Associação, a partir das 20h 30min. Agosto: Convergencia Setembro: Psicanálise e Literatura: Machado de Assis, cem anos depois. Outubro: Manifestações clínicas da angústia Novembro: História da Psicanálise Dezembro: Topologia cinematográfico ao longo de sua história, e como a história de seu tempo é contada pelo cinema. Especialmente, uma oportunidade de trabalhar conceitos psicanalíticos que se articulem com essas diferenças e aproximações. Próximas datas 15 de agosto Intriga Internacional, de Alfred Hitchcock 12 de setembro Assalto ao trem pagador, de Roberto Farias 10 de outubro Tropa de Elite, de José Padilha Novembro Divã e a Tela Especial Cartola, de Lírio Ferreira O DIVÃ E A TELA Filme: Os infiltrados (The departed (2006)) Direção;Martin Scorsese O seminário deste mês lança seu olhar sobre uma questão atual; quais os limites entre o bem e o mal? Até onde se pode ir para combater o crime e quais as formas eficazes de fazê-lo? A polícia infiltrou um agente na máfia irlandesa; porém os mafiosos fizeram o mesmo. As fronteiras se dissolveram. MUDANÇA DE ENDEREÇO Heloisa Helena Marcon informa o novo endereço e telefone de seu consultório: Rua Felipe Camarão, 763/503 Rio Branco Porto Alegre RS. Cep: Telefone: (51) Data: 11 de julho, sexta-feira Hora: 19 horas Local: sede da APPOA Coordenação: Eneas de Souza e Robson Pereira Lembramos que neste ano, O Divã e a Tela propõe a discussão de semelhanças e contrastes entre filmes de diferentes épocas, mas com temáticas parecidas. Nos encontros anteriores, os filmes apresentados foram Quanto Mais Quente Melhor, de Billy Wilder e Jules e Jim, de François Truffaut. A programação propicia um olhar sobre as modificações do discurso 6 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

5 JERUSALINSKY, A. E TAVARES, E. Harry Potter... HARRY POTTER: A MAGIA DA VIDA 1 Eda Estevanell Tavares e Alfredo Jerusalinsky Quando não se sabe como fazer, se faz magia (Clara, com 7 anos) As crianças novamente nos surpreendem. Pegam os volumes de centos de páginas de Harry Potter e os lêem numa semana. Invadem, barulhentas, a sala do cinema e quando as luzes se apagam, durante as duas horas e meia do filme, não se ouve nem um suspiro. Na tela, o herói de J.K. Rowling atravessa paredes, voa numa vassoura, pega um trem que parte de uma plataforma impossível (nem a 9, nem a 10, mas a plataforma 9¾), descobre o poder das palavras mágicas e reencontra seus pais no espelho. Não vê televisão, não canta canções meladas, não dança sapateado, não dispõe de nenhum artefato tecnológico nem há a seu redor nenhum ambiente cheio de bichinhos simpáticos ou chocolates. Apenas corre atrás do desvelar de um enigma o da pedra filosofal que revelará sua origem e o destino de seus pais. Para isso, conta com quatro coisas: o saber que seus pais lhe providenciaram, seu desejo de se reunir com eles novamente, uma varinha de condão que nem sempre obedece na medida certa, e um par de bons amigos que sempre estão ali na medida certa. Saber, desejo, amigos e uma pequena batuta para marcar a fronteira do que se sabe e do que não se sabe. Um equipamento verdadeiramente modesto para os dias atuais. Porém, aí estão milhões de crianças para atestar do valor dessa pequena fortuna. Com os olhos cravados na tela ou percorrendo avidamente as páginas de um livro, escapam por alguns instantes às pautas e parâmetros, às habilidades esperadas, aos conhecimentos objetivados, à corrida para o vestibu- 1 Publicado no jornal Zero Hora de 01de dezembro de 2001, em Porto Alegre, RS. lar, à obsessão de seus pais pelo bom futuro. Identificados ao maravilhoso e pequeno ator Daniel Radcliffe, atravessam o vestibular da vida. Enigma de origem e destino, coragem, desejo de saber sobre o bem e o mal, amizade, verdade, lealdade. Eis nesses pontos que o chapéu falante e pontudo, colocado na cabeça do candidato, se apóia para decidir à qual casa será encaminhada cada criança dentro da Escola dos Magos. A decisão não se baseia em nenhuma comprovação de conhecimentos, mas na seleção de virtudes que caracterizam a cada um. Valoriza-se nisso muito mais o estilo pessoal do que a eficácia numa produção concreta. Dito de outro modo, a antípoda de um programa de qualidade total, o contrário de um teste de rendimento. Não será isso precisamente o que constitui o motivo deste sucesso literário e cinematográfico? Oferecer uma nova narrativa que permita às crianças transitar pelas beiradas do desejo, pelas bordas da fantasia. Pela reinvenção do poder de imaginar não mais em função do suplemento de um artefato, mas partindo do próprio desejo. Fazendo que o objeto obedeça ao desejo, e não ter que submeter o desejo ao manual de instruções do funcionamento do objeto. Uma escola que, em lugar de ensinar os princípios do positivismo técnico, transmita os modos e vicissitudes do laço social. Que, em lugar de preencher todos os buracos, deixe espaço e mistério suficientes para o surgimento da curiosidade. Que permita a dúvida, a vacilação e até o absurdo para dar às crianças a chance de responderem de um modo singular, como mestres criadores e protagonistas ativos Que ensine como e quais os efeitos de nossa imaginação sobre a realidade, nos fazendo responsáveis dessas conseqüências, embora elas escapem ao nosso controle. Será que há alguma diferença entre tal proposição narrativa e as historinhas clássicas da infância? Com efeito, podemos registrar diferenças importantes apesar de partilharem, esses contos clássicos e a obra de J.K. Rowling, o apelo ao pensamento mágico (próprio da condição infantil) para a resolução dos conflitos do desejo. A diferença reside em que, enquanto nos contos clássicos a magia é administrada por um agente externo ao portador 8 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

6 JERUSALINSKY, A. E TAVARES, E. Harry Potter... do desejo uma fada, um gênio nesta obra é o mesmo agente do desejo quem precisa inventar a mágica correspondente às vias de sua realização. Retorno da responsabilidade ao sujeito mesmo, sobre as conseqüências e vicissitudes de suas escolhas. Num momento como o atual, em que o corpo é concebido como um artefato automático sobre o qual o sujeito não assume responsabilidade alguma, esse retorno resulta essencial. As crianças, expropriadas de seu corpo que passou a ser um aparelho avaliado objetivamente no seu funcionamento só podiam experimentar um grande alivio vendo Harry Potter fazer a retomada de seu comando. A modernidade instalou três supostos básicos que organizam nossa cultura: 1) O ideal de um sujeito totalmente autônomo que se faz a si mesmo e não deve nada a ninguém com isso se suprime a importância dos ancestrais e, de um modo geral, do Outro; 2) Todo e qualquer saber pode ser transformado em conhecimento e todo conhecimento, pela sua vez, em técnica com isso se substitui a criatividade pela metodologia científica; 3) Todo e qualquer saber válido está no objeto com isso as verdades próprias do sujeito viram meras bobagens contingentes. É por isso que nós vivemos numa cultura onde o essencial não é a relação com o outro semelhante, mas com as coisas. Nas nossas sociedades, geralmente a ciência produz mais dinheiro que a poesia, e a tecnologia é considerada mais valiosa que as artes. A tendência é inclinada para uma vida solitária nos grandes conglomerados urbanos. Cheios de vizinhos, vivemos sós. Não há tempo para os amigos porque a tecnologia nos enganando com a ilusão de nos poupar tempo pela velocidade de seu procedimento consome nosso tempo. As crianças são iniciadas nesses princípios muito cedo na sua vida. Tanto que costumam aprender a ligar e mudar o canal da TV antes de saber falar. Convocadas por esses supostos de racionalidade resistem à autoridade parental, exigem dispor dos objetos que a tecnologia fabrica, e dão mais valor às coisas do que a um semelhante. São inconscientemente em- purradas pelo discurso social a uma competição cruel pela posse das coisas. Mas esse imperativo coloca as crianças numa posição de sofrimento, já que as condena a ficar livradas às suas próprias forças. Harry Potter já convoca em 46 línguas os exércitos de crianças para esta grande batalha. Acuadas nos seus pequenos dormitórios por montanhas de bichinhos de pelúcia, enquadradas nos manuais neurológicos, perseguidas pela lógica inclemente dos brinquedos pedagógicos, encurraladas na rua entre a privação e o tráfico mortífero, amarradas às poltronas pelos desenhos intermináveis das TV a cabo, paralisadas pelo fascínio de astros que conquistam a fama na base de bandalheiras, as crianças iniciam este milênio com uma grande rebelião. Levantando-se contra a cultura dos objetos e das banalidades, partiram com Harry Potter em busca dos amigos, da discreta nobreza da professora Minerva, da máscula ternura do Gordão Hagrid, da sabedoria do ancião Alvo Dumbledore, e de um mundo que lhes devolva a magia simbólica da imaginação. 10 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

7 PEDÓ, M. Pequena Miss Sunshine. PEQUENA MISS SUNSHINE 1 Marta Pedó Ofilme faz pensar e rir. Uma família disfuncional, desorganizada entre personagens que não se encaixam bem na vida, sai em viagem. Eles partem de uma cidade no Novo México numa Kombi amarela estragada (que bem simboliza sua mínima apreensão da realidade) para a Califórnia, para que a pequena Olive possa competir (e provar que é uma vencedora) num concurso de miss mirim. Todos sofrem no caminho são vários episódios tragicômicos para chegar lá. Como a maioria das comédias familiares americanas, eles também são um grupo de indivíduos em busca de seu lugar. Os componentes da família são caricatos, mas bem elaborados: A mãe, atrapalhada e tensa, que traz ao convívio o seu irmão, Frank, um melancólico professor universitário gay, intelectual especialista em Proust, recém-saído de uma tentativa de suicídio. O avô, que cheira heroína e vive um estilo hippie dos anos 60 sexo, drogas e rock and roll enquanto reclama de tudo. O filho adolescente (Dwayne), leitor aficcionado de Nietsche, fez um voto de silêncio porque quer se candidatar a piloto da aviação, solitário que diz odiar todas as pessoas. O pai (Richard) pretende ser um guru motivador e ficar rico com um programa de nove passos para o sucesso que divide o mundo entre perdedores e ganhadores, que constantemente piora o sentimento de fracasso dos outros. Finalmente, a pequena Olive, gordinha e de grandes óculos, sempre otimista, sonha tornar-se a pequena Miss Sunshine, miss mirim de um concurso de beleza e talento. Como o pai, vive o mundo de sua fantasia, que se torna mais real que sua própria vida. Quando ela vê o vídeo da Miss América aceitando a coroa, a imagem se reflete nos seus óculos, e permanece projetada no seu olhar. Nessa casa confusa e excêntrica, a comida é sempre frango de fast food, e os pratos plásticos vêm com freqüência à mesa. Os personagens são bem elaborados, e as atuações fazem a narrativa ganhar força. O tio professor dá humanidade com seu modo de refletir sutil, no levantar de sobrancelhas quando escuta o pai falar do seu programa, por exemplo. A disfunção americana dos Hoover nome que poderia ser já uma indicação, seja de Edgar Hoover (ex-presidente do FBI, que juntava a reputação de severo e autoritário a especulações pouco ortodoxas sobre sua vida sexual) ou do aspirador de pó Hoover. Os Hoover moram em Albuquerque, uma cidade poeirenta do Novo México, de onde partem para a Califórnia, terra do sol. Não é uma família gloriosa, que embora caricata, dramatiza a verdade do modo pelo qual as pessoas vivem na borda do desespero levado pela fantasia muito mais do que se gostaria de admitir. Neste sentido, há um olhar agudo à América contemporânea, aquele que coloca a metáfora do palco (e da competição) contra o mito querido do caminho aberto. O filme é do estilo road movie uma aventura, uma odisséia em que o herói se transforma ao final. Ele vai lembrar o Transamérica 2, por exemplo, em que, depois dos percalços da grande trajetória, os protagonistas se encontram mudados. Mas, diferente da tragédia grega, nessa trajetória as personagens são cômicas o trágico não destrói o herói, que sai ileso, mesmo que diferente, da peripécia. É durante a viagem que os Hoover se perdem e se encontram novamente, depois de ultrapassar uma série de impasses emocionais. O emblema de uma época anterior mais aberta, menos presa à pressão por ser um ganhador, aparece como mensagem sutil durante toda a projeção: primeiro, na Kombi o Yellow bus expressão que desliza facilmente a outros emblemas das viagens de sem destino certo, tais como yellow submarine; yellow brick road; magical mystery tour. Em algum ponto 1 Little miss sunshine EUA 2006, dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris, escrito por Michael Arndt 2 Transamerica, EUA, 2005, escrito e dirigido por Duncan Tucker. 12 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

8 BRENNER, S. M. Ponette - a espera de um anjo. da estrada, lê-se claramente numa placa Carefree highway (estrada da despreocupação), assim como Olive tem uma camiseta com a estampa de uma placa alusiva à Route 66. O final é também marcante no escracho à pressão pelo sucesso e sua pouca autenticidade enquanto mot de vida. Depois do desfile de uma série de candidatas, meninas ultra-bronzeadas, de corpo escultural e sorriso carismático 3 (versões contemporâneas de Shirley Temple, com certo apelo decadente), a pequena Olive, gordinha e pouco enfeitada, faz a apresentação do seu talento: stripping. Que a beleza tem a profundidade da pele, ou, como na fala de Wayne, a vida é mesmo um concurso de beleza, não é uma novidade, mas o stripping da menina surpreende e subverte duplamente. Após a estupefação, há a indignação dos juízes e da platéia, e os familiares que se juntam à dança, apoiando a menina e triunfando sobre o quadro artificial e pedante. Mas o que seria puro otimismo conserva uma dose de melancolia, porque faz pensar, primeiro, nos tantos Hoover, vivendo no cruzamento entre o desespero e o sucesso, e, além deles, no destino que se arma hoje para as crianças, entre os melhores esforços dos pais para que seus sonhos se realizem e a cegueira implicada nesses mesmos esforços. 3 Todas as participantes do filme, exceto uma, são efetivamente pequenas misses americanas, que executaram suas apresentações conforme o que fazem na vida real. PONETTE A ESPERA DE UM ANJO Simone Mädke Brenner Ponette A Espera de um Anjo é um filme francês, de 1996, dirigido por Jacques Doillon e que rendeu à pequena atriz Victorie Thivisol (de quatro anos de idade), o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza. Conta a história de uma menina e sua mãe que, viajando de carro, se acidentam e a mãe acaba morrendo. O filme inicia com a cena dela no hospital, em companhia de seu pai, chupando o dedo da mão cujo braço fora engessado em decorrência do acidente. Mostra-se muito angustiada. A seguir, ambos viajam de carro e quando Ponette tenta se colocar para fora da janela do carro, o pai a xinga e acontece o seguinte diálogo entre eles: Ponette Se não corresse tanto dava pra pôr! Pai Posso correr, mas tomo cuidado. Nem pus o seu cinto. É assim que se vê quem toma cuidado. Não como a idiota da sua mãe. Ponette Ela não é uma idiota. Pai Era eu quem dirigia? Ela não bebeu, não estava correndo, conhecia a estrada. O que tinha na cabeça? E com você no carro! Ponette Não foi de propósito. Não foi culpa dela. Pai Comigo você quebrou o braço? Já se machucou? Ponette Ela não é uma idiota! Não estou machucada. Pai Você me promete uma coisa? Ponette Sim. Pai Promete que não vai morrer?...prometa e cuspa! Ponette E quando eu for bem velha? Pai Não importa. Cuspa e diga: nunca vou morrer. Ponette Nunca vou morrer. Pai A mãe morreu! Sabe o que isso quer dizer? Ponette Sim. Ela vê as coisas com o espelho mágico. Pai Ela morreu! Eu achava que ela sempre estaria aqui. Me sentia seguro. Sabia que você estava com ela. 14 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

9 BRENNER, S. M. Ponette - a espera de um anjo. Ponette Eu posso... eu posso cuspir para que você não... morra? Pai Acha que eu vou me virar com você sozinho? Ponette Vai dar um jeito. Vai conseguir. Pai Ela se quebrou toda, não dava pra fazer mais nada. Nada. Ponette Não vou deixar a gente ficar triste. É deste lugar que o pai de Ponette fala: o lugar de uma criança abandonada, sem condições de se deparar com a castração, demandando promessas que são exatamente o avesso do que a experiência parental precisa para ser sustentada. No seu sofrimento, ele põe em risco as possibilidades de elaboração deste luto tão doloroso e difícil para uma criança dessa idade. Com isso, a partir de sua revolta narcísica, acaba pulverizando a imagem da mãe e, simultaneamente, detonando com as possibilidades simbólicas de sua função paterna, deixando a filha desamparada. Este fato potencializa a vivência traumática dela. Ponette busca, desta cena em diante, alguém que lhe possibilite reencontrar sua mãe de outra maneira; em uma procura incansável de suportes significantes que lhe permitam bordear o trauma para simbolizar esta morte. Vai perdendo seu pai, que continua a não suportar estes pedidos da filha. Por outro lado, vai encontrando outras pessoas (a maioria crianças) que vão tecendo a rede simbólico-imaginária que, aos poucos, lhe possibilita costurar a imensa cratera que esta perda lhe marcou. Essa costura vai se dando através de hipóteses religiosas (tenta achar um pai mais forte que o dela, que possa sustentá-la subjetivamente), de brincadeiras nas quais falava de amor e ódio, de encontros e desencontros, de matar e ser morta, de se machucar e ser cuidada por alguém. Enfim, arma cuidadosamente com outros a rede que lhe permite recuperar o vigor da sua função simbólica. Ponette vai nos presenteando com uma experiência que, ao mesmo tempo em que é trágica e traumática, é também a prova do efeito subjetivante das marcas significantes que nos enlaçam ao Outro. Fala da grande dificuldade que significa ter que se deparar, aos quatro anos de idade, com a morte de sua mãe. Isso lhe fez viver uma sensação de que seu ser corria o risco de se desmanchar (talvez por isso precisasse tanto chupar intensamente seu dedinho) e que resgatar a representação desta mãe seria uma árdua tarefa, impossível para uma criança enfrentar sozinha. Ponette tenta incansavelmente achar interlocutores capazes de lhe doar palavras que lhe ajudassem a bordear esta experiência que a fragilizou além do suportável. Quando os encontra, fala de seu desejo de poder encontrar a mãe mais uma vez para poder dizer o que não foi dito, perguntar o que ainda não teve tempo de ser indagado e respondido. Enfim, fala daquilo que todos nós sentimos quando perdemos alguém que faz parte de nossa vida: resta muita coisa a falar e a escutar. Aos poucos, ela vai descobrindo que isso que faltou e que parece insuportável é exatamente o que torna possível que um remendo, uma costura do real, comece a ser tecido. Isso porque ter ainda o que dizer, o que escutar, o que sentir por alguém que partiu é o que permite iniciar a contar esta história que agora se dá num outro tempo, um tempo que não se sabe ao certo se já é passado, se é presente e do quanto possibilita ou não o futuro. O luto abala tudo o que nos estrutura, a noção de tempo e espaço, bem como a noção daquilo que lutamos arduamente para construirmos, ou seja, a eficácia simbólica das palavras, dos sonhos. Enfim, é um momento onde passamos por uma prova de nossas amarras. Ponette escancara tudo isso de uma maneira impressionante e chega a ponto de tamanha fragilidade psíquica que, momentaneamente, desiste de apostar nas palavras e vai tentar, de fato reencontrar sua mãe. Vai ao cemitério e tenta desenterrá-la desesperadamente. Neste momento, ressurge a possibilidade de falar com a mãe. E então, ela imagina (quase na dimensão de uma alucinação) estar diante da mesma e arma ali um último diálogo com ela: Ponette Mamãe! Mãe Eu estou aqui. (...) Vim para parar de se preocupar. Vim de carne e osso para não te assustar, mas sou eu. Ponette Eu te procurei com Deus. Mãe Eu sei, quando senti que ia morrer, podia ter resistido, mas ir era mais fácil. Não lutei, me deixei levar. Sei que não foi bom, mas não 16 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

10 BRENNER, S. M. Ponette - a espera de um anjo. pensei em você. Fui egoísta... Eu ia embora. Não é ruim, mas leva tempo. Mas, quando ia partir pra sempre, ouvi uma voz. Era você. O tempo todo... o tempo todo. Eu te chamei, mas foi pra te dizer que não adiantava mais. E depois recomeçou. Esta noite você me abraçou. Ponette Você também me abraçou. Mãe Um espírito tão feliz como sua mãe não morre. Vamos lá...uma flor amarela! Como são lindas estas flores! Ponette Eu pus porque seu túmulo estava feio. Mãe E onde a pegou? Ponette Lá embaixo. Mãe No túmulo de Ulysses? Quem se lembra dele? Bom... Vamos lá?! Isso aqui é sinistro, não é?! Todos se esqueceram de Ulysses. Mas as lembranças ficam. (...) Amanhã, Xavier vai te levar à festa e você vai se divertir. Você brincava com os outros. Ponette Com quem? Mãe Mathias e Delphine Ponette Não brincavam comigo, nunca me olhavam. Mãe Não vai mais acontecer. Se quiser brinco com você hoje. Ponette De verdade? Mãe De verdade, nos sonhos. Ponette Não é de verdade. Mãe Quando eu brinco com você, é. Me dá uma lembrança? Ponette Não tenho vontade. Mãe Detesto crianças sem vontade, que se lamentam. Por que estás viva? Para ter vontade de tudo. Foi por isso que vim. Vai prometer uma coisa! Pare de chorar e se lamentar. Não quero uma filha triste. Tem medo da vida? Ponette Não. Mãe A vida não te dá medo? Ninguém gosta de crianças negligentes. Ponette O que é uma criança negligente? Uma criança que esquece de rir? Mãe Exato! Que se esquece de rir. A gente pode morrer, mas tem de morrer bem vivo, mas depende de você. Aproveite... tudo, todos. Depois você pode morrer. Ponette Devemos aproveitar tudo? Mãe Tudo. Podemos debochar da vida? Ponette Não, não podemos. Mãe Não se debocha da vida. Ponette Mamãe! Não estou bem agasalhada! Mãe Eu trouxe uma blusa, quer pôr? Ponette Quero. Mãe Quando vi você sair, pensei: Ela não está bem agasalhada!... A lembrança de um bebê? Ponette Um bebê que ainda não nasceu. Mãe Ainda está na barriga da mãe? Conheces este bebê? Ponette Sim. Mãe O que ele faz? Ponette Se mexe muito. Mãe Já sei! É de noite, a mãe dormiu e o pai brinca com o bebê. Ele acaricia a barriga e o bebê responde, batendo assim... O bebê ouve o pai falar e quando acordo vejo que estão brincando. Ponette Brincamos enquanto estás dormindo. Mãe Durmo de novo, porque adoro quando brincam... Ponette Vai ficar comigo? Mãe Não, estou morta. Ponette Agora não. Mãe Estou só um pouco. Ponette Se você for, vão te esquecer. Mãe Não podem me esquecer... Agora precisas ir. O papai vem te buscar. Seja alegre com ele. Não fico triste quando brincas com ele. Ponette Vamos à festa em Lyon. Mãe Vá embora e se lembre de que eu te amo. Não se esqueça. Tchau, Ponette. Precisa ir agora. Volte. Ponette Você me ama de verdade? Mãe Claro que te amo. Vá ver seu pai. O pai chega, Ponette lhe mostra o blusão que a mãe lhe deu, entra no 18 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

11 CHNAIDERMAN, M. O Brasil das crianças sem lugar... carro (numa cena parecida com a do início do filme, porém com outro semblante) e diz: Ela quer que eu aprenda a ser feliz. Esse encontro com a mãe é o fruto do laço fortemente tecido na relação materno-filial nesses quatro anos, o qual lhe possibilitou desenvolver esta estratégia imaginária para iniciar a elaboração do luto. Retoma sua partida (a morte da mãe), lhe diz de sua saudade e de seu desejo de abraçála, de lhe dar flores como demonstração de muito amor, de reafirmar que mesmo longe não deixa de lhe amar e de sentir-se amada por ela. Fala de suas dúvidas de como prosseguir sem tê-la por perto, se pergunta se, apesar de tudo, pode voltar a sorrir e ser feliz, e reafirmar que, apesar da perda, sente-se cuidada (quando fala em ser agasalhada por ela). Sabemos que estas palavras são as amarras necessárias para não sucumbir. Este é o trabalho de luto. Um trabalho que só é possível quando o sujeito teve como herança o amor parental e, inicialmente, o materno. A beleza destas palavras tecidas entre Ponette e sua mãe (não mais de carne e osso e sim, sua mãe dentro dela) fala de um amor materno que, para ter efeito estruturante, precisa contemplar quatro lugares ao mesmo tempo: a mãe, a criança, o espaço entre elas e o pai. Trata-se dos efeitos de uma mãe que, atravessada pelas marcas simbólicas da castração, indica à filha os caminhos a percorrer; que lhe dizem respeito, porém não estão atados a ela e que necessitam também serem percorridos com outros, indicando assim o pai, o social. Falo da questão da castração da mãe, pois é a partir dos efeitos desta que Ponette vai ativamente em busca de alguém que possa ampará-la, isto é, foi dado a ela esse dom de poder viver os frutos do amor materno em outro lugar, não mais somente junto à mãe. Isso é o que sustenta a frase que ela endereça ao pai: Ela quer que eu aprenda a ser feliz, ou seja, fala da possibilidade de que aquilo que sustenta o sujeito, seu desejo, está autorizado a se manter apesar de sua ausência. 1 1 Um especial agradecimento a Silvia Eugênia Molina que, de diversas maneiras, me ajudou a escrever este texto, mesmo antes dele, de fato, ser escrito. Ajuda que tornou possível escrever a história de um luto e de poder reiniciar uma outra história. O BRASIL DAS CRIANÇAS SEM LUGAR NO MUNDO: O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DO DOCUMENTÁRIO PROCURA-SE JANAÍNA Miriam Chnaiderman PROCURA-SE JANAÍNA UMA BREVE INTRODUÇÃO AO TEXTO DE MIRIAM CHNAIDERMAN Procura-se Janaína, documentário de Miriam Chnaiderman, é um filme tocante. Janaína é uma pequena criança, abandonada na Febem da década de 80, que passa por todas as agruras do desmonte dos laços que estruturam o psiquismo. A cineasta é pontual ao buscar nas psicólogas, analistas e funcionários que a atenderam, os restos do indício do sujeito que ali se constituía, mas que se despedaçam no vazio a cada mudança de equipe de atendimento, a cada fechamento de instituição que a acolhia, a cada perda do representante do Outro que, minimamente, a sustentava. Para aqueles analistas que se dedicam à primeira infância, este é um tema crucial: quantas Janaínas por nós já não passaram, seja em instituições, seja em equipes de saúde que não têm como dar conta da questão da estruturação do sujeito e, por isso mesmo, deixam que a criança se vá com a água do banho. Miriam toma o fio da história para ir crochetando uma colcha feita de pequenos retalhos coloridos pelas falas, memórias e emoções das analistas e psicólogas que por este e mais tantos casos foram tocadas, até arrematar seu trabalho no encontro destas com Janaína, agora adulta e institucionalizada. Indicar um documentário sobre a infância é, mais que nada, comprometer-se com a questão que ele veicula. Em tempos como o nosso, em que o trabalho com a primeira infância é tema de primeira ordem para a Psicanálise, não custa voltarmos nosso olhar ao caminho percorrido por Miriam ao buscar sua Janaína, caminho que remete a um passado não tão distante, mas que nos mostra o quanto já avançamos, desde então, na atenção à infância e a seus transtornos, mas, ainda assim, o quanto ainda temos para caminhar. Mercês S. Ghazzi 20 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

12 CHNAIDERMAN, M. O Brasil das crianças sem lugar... O INÍCIO Era assim que propúnhamos o documentário Procura-se Janaína no concurso a partir do qual obtive, do Projeto Rumos do Itaú Cultural, os recursos para realizá-lo: Há crianças sem lugar no mundo. São crianças de quem os pais não podem cuidar, entregues a instituições, e que não se desenvolvem nos padrões esperados: não são portadoras de deficiências, mas também não têm um desenvolvimento dito normal. São crianças que necessitam ser tratadas de maneira singularizada e que demandam da instituição algo que é inusitado. A idéia de fazer um documentário através do qual procuraríamos por Janaína nasceu de uma conversa com Deborah Sereno, companheira de trabalho já desde meu primeiro documentário, o Dizem que sou louco. Eu havia finalizado meu documentário Passeios no Recanto Silvestre, onde durante um ano e meio, junto com David Calderoni e mais uma equipe, esperamos que José Agrippino de Paula filmasse com a câmera super-8 que havíamos conseguido para ele. José Agrippino foi importante escritor, grande cineasta, dos anos 60/70, guru do tropicalismo, admirado por ícones da cultura brasileira, como Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, José Roberto Aguilar. Desde os anos 80 vivia retirado em Embu, com um diagnóstico de esquizofrenia. Havia uma linha comum entre meu primeiro documentário sobre os chamados loucos de rua e o trabalho com José Agrippino de Paula. Nos dois documentários apareciam formas inusitadas de vida, dignidades outras, em uma ternura desconhecida. Conversando com Deborah, eu refletia sobre a importância dessas duas experiências para pensar a implantação da lei anti-manicomial. Pensava então em revisitar lugares onde existiram hospícios e ver o que aconteceu com os internos, com aqueles que são chamados crônicos, aqueles que foram abandonados por suas famílias há dezenas de anos. Há dois documentários importantíssimos retratando manicômios: o Idade da Razão dirigido por Helvetio Ratton, sobre o manicômio de Barbacena, e o Passageiro de Segunda Classe dirigido por Eduardo Jorge, sobre o manicômio de Goiânia. Eu propunha então para Deborah que estruturássemos um projeto onde fôssemos buscar pessoas que estiveram internadas nesses lugares. Foi quando a Deborah me falou que gostaria de procurar Janaína, que,volta e meia, Janaína lhe vinha à memória. Contou-me que Janaína era uma criança que vinha da Febem até a clínica onde trabalhava. Contou-me também que havia falado de Janaína com Yara Sayão, em um reunião onde se indagavam quais clínicas trabalhavam com crianças bem pequenas durante os anos 70. Foi quando lembraram de Janaína e da Clínica Integração, onde Lica (Eliana Sisla) e Deborah trabalhavam. Yara era então psicóloga na Febem. Foi assim que nos juntamos, eu, Deborah, Lica e Yara, e elaboramos o projeto Procura-se Janaína para concorrer nos concursos e editais visando conseguir os recursos para realizar o filme. Não demorou, e fomos selecionadas entre mais de 300 projetos. No Projeto Rumos do Itaú Cultural, inicialmente selecionam-se 12 projetos, e depois ocorre um workshop de três dias para a seleção dos 5 finalistas. Esse workshop foi conduzido por três documentaristas que sempre admirei (Paschoal Zamora, Lílian Stulbach e Luis Eduardo Jorge). Já nesse processo todo foram-se delineando questões, inclusive na discussão dos outros projetos. Seria um filme sobre a memória? Sim, também. Sobre os marginalizados? Sim, também. Fui me percebendo, desde meu primeiro documentário, em um trabalho com os refugiados do mundo, em um trabalho com aqueles que não têm lugar, com aqueles que, em nossa cultura, são empurrados para debaixo do tapete... O INÍCIO DA BUSCA Há lindos documentários que são de busca. Um deles é o 33, dirigido por Kiko Goifman. Kiko passa 33 dias, quando fez 33 anos, buscando sua mãe biológica. Foi parte desse processo todo a construção de um site onde dava notícias diárias, a ida à televisão pedindo ajuda para descobrir quem seria e onde estaria sua mãe biológica. Nesse documentário, a cidade pulsa através dessa busca, a janela do quarto do hotel onde se hospeda enquadra luzes, o espelho reflete a câmera angustiada. 22 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

13 CHNAIDERMAN, M. O Brasil das crianças sem lugar... Começamos nosso documentário sem saber se íamos encontrar Janaína. Mas, sabíamos que, de qualquer forma, seria um mergulho na história da infância no Brasil. Percorreríamos um período em que houve a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a transformação da Febem em uma instituição só para menores infratores, a implantação da lei anti-manicomial. Quando vimos que nossa busca por Janaína tinha que começar, resolvemos lançar um apelo na Internet. Lica havia trazido uma foto que guardara, onde Janaína aparecia em primeiro plano, conduzida por colegas da clínica. Colocaríamos a foto e o seguinte texto: Estamos procurando Janaína Aparecida da Silva. Você sabe dela? Você esteve com ela nesses últimos quinze anos? Janaína era uma criança da Unidade de Triagem 1, a Sampaio Viana, da Febem. Uma criança negra, abandonada, e seu comportamento faz com que todos que ali estiveram nos anos 80, lembrem dela. Janaína não agüentava o colo,(...) tinha aquele olhar que olhava sem olhar. Encaminhada para diagnóstico, foi considerada uma criança com todas as características do autismo. Conseguiu-se que fosse levada diariamente à Clínica Integração, para receber tratamento. Soubemos que depois passou um tempo no Enfance. Até 1986 Janaína permanecia na Unidade de Triagem da Febem, sem ter para onde ir. Depois, houve a terceirização da Febem. Depois, a aprovação da lei anti-manicomial. Para onde terá ido Janaína? É esse o tema do documentário que estamos realizando. Estamos nesse momento fazendo um apelo a todos que possam nos ajudar a saber onde está Janaína. Queremos saber o que aconteceu a essa criança tão sem-lugar no mundo. Começaram aí também nossas questões: Janaína aparecia pequenininha, linda. Hoje cuida-se da imagem da criança. Estaríamos expondo Janaína? Como cuidar da Janaína? Por onde andará Janaína? Pensávamos então que ela teria crescido, que era uma foto da história dela. Também sabíamos que estávamos exatamente recortando a Janaína dentro de uma história que anula a imagem. Isso justificava a exposição da foto. Ficamos então sabendo de outras Janaínas com histórias próximas. E, algumas pessoas que haviam convivido com Janaína naquele momento na Febem acabaram nos procurando. Enquanto isso, através de leituras, íamos tomando contato com a história de todas as Janaínas institucionalizadas, procurando saber o que teria vivido a nossa Janaína... No livro da Marlene Guirado 1, encontramos a terrível descrição de quando a mãe deixava seu bebê: grudavam um esparadrapo nas costas da criança e a levavam para uma sala onde crianças maiores cuidavam-na. A mãe ficava do lado de fora, muitas vezes acreditando que estava fazendo o melhor para seu filho. Lemos o importantíssimo livro de Roberto da Silva, Os filhos do governo 2. Roberto tem uma história de superação, hoje dá aula na Faculdade de Educação da USP e é militante na questão dos abrigos e adoção. Fui conversar com ele e saber mais de tudo que viveu. Fomos atrás do livro de Sônia Altoé, Infâncias perdidas 3. Mesmo a segunda edição estava esgotada. Fomos atrás de sebos e do telefone da editora, e acabamos conseguindo um exemplar. Sônia Altoé nos relata como qualquer criança era silenciada em sua manifestação singularizada e como, mesmo a hora de ir ao banheiro, era para todos. Fomos admirando cada vez mais nossa Janaína. Essa Janaína que nos mobilizava ainda hoje, essa Janaína que conseguiu se destacar da rotina usual de uma grande institui- 1 GUIRADO, M. A criança na Febem. São Paulo, Perspectiva, SILVA, R. Os filhos do governo. São Paulo, Atica, ALTOÉ, S. Infâncias Perdidas. Rio de Janeiro, Ed. Xenon, 2 ed., C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

14 CHNAIDERMAN, M. O Brasil das crianças sem lugar... ção para menores, que conseguiu ser cuidada, tratada. Por onde andará Janaína? As fantasias eram muitas... Deborah chegava a pensar que poderia estar em um pavilhão de crônicos, engordada e feia, jogada... Vinha em mim a lembrança forte de uma visita que fiz ao Juqueri nos primórdios dos anos 70, aquele cheiro horrível, as mulheres nuas jogadas pelos pátios fétidos... Mas, havia também outras fantasias: Janaína poderia ter se casado e hoje ter filhos... Quem sabe... CHEGANDO PERTO DA HISTÓRIA DE JANAÍNA Pelo contrato do Itaú Cultural eu assumira o compromisso de entregar também o making of do documentário. Ou seja, eu deveria registrar todas as etapas e fazer um documentário sobre como o documentário foi sendo construído. Resolvi então chamar para trabalhar conosco uma jornalista, a Maria Carolina Telles, nossa querida Carol. Carol fazia, há cinco anos, um documentário no qual vinha acompanhando a vida de algumas meninas infratoras. Conhecia os meandros da Febem. Nós precisávamos conseguir ter acesso aos arquivos da Febem, pois na sua ficha deveria constar para onde Janaína teria ido depois. Carol tinha uma câmera e poderia ir registrando todas as etapas. Procurei saber onde poderiam estar os arquivos da Febem. Yara nos contara do incêndio de 1992, e os arquivos com a ficha de Janaína poderiam estar perdidos. Em uma tarde, no consultório, mesmo sem nenhuma câmera filmando, resolvi tentar chegar aos arquivos. Comecei ligando para a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social. Fui chegando a serviços tipo Fale conosco, serviços de recolhimento de menores de rua, aos Conselhos Tutelares, até que alguém me disse que os arquivos deveriam estar na Secretaria de Justiça e que eu deveria procurar a Ouvidoria da Febem. Mais um monte de telefonemas, descubro que há um Disque Direitos Humanos. Vou indo pela Internet, o Google vai-me abrindo caminhos. Acabo ligando à Febem, converso com uma senhora que me conta de uma criança que estrangulava passarinhos, não lembra de Janaína. Mas, saindo de uma par- ticipação em uma banca de doutorado na PUC, quando ainda estávamos elaborando o projeto, o motorista do táxi que peguei havia trabalhado na Febem do Pacaembu, onde ficavam as crianças pequenas, e tinha tido uma vaga lembrança da Janaína. Nossa conversa começou por causa das dores nas costas que sentia, seqüela dos anos que passara carregando os bebês e as crianças pequenas de um canto para outro lá dentro. Fiquei com o seu cartão ele tinha contato com várias pessoas que eram funcionários da Febem daquela unidade, exatamente nos anos em que Janaína passara por lá. Mas, naquele dia em que vou telefonando, telefonando, ouvindo histórias, numa busca pelos arquivos da Febem, vou mergulhando nos meandros da burocracia, na busca pelos papéis da história de pessoas, papéis onde os destinos são traçados. Cheguei assim ao Núcleo de Documentação do Adolescente, e ao responsável pelos arquivos, o Sr. Sergio Rinalle. Consigo um telefone impossível, o sinal de ocupado me persegue... Ficamos sabendo então que precisaríamos de uma autorização para consultar e filmar nossa ida aos arquivos da Febem. Era preciso uma conversa com a Diretora da Febem. Era a assessoria de imprensa que nos dizia. E, se queríamos filmar na Unidade da Febem do Pacaembu, a Sampaio Viana, precisaríamos também de uma autorização da Fundação Faculdade de Medicina que havia comprado do Estado o terreno e, do arquiteto Artur Ramos, as lindas construções. Transcrevo um da Carol que é tocante (eu até o leio em um trecho do documentário):... Enfim, lá fui eu com mais um pedido de autorização, para mais pessoas que me levam a mais outras e a mais outras...realmente uma coisa impressionante o que está acontecendo com nossos órgãos públicos. Já tínhamos a autorização praticamente acertada e como num passe de mágica tudo passa para um outro departamento e lugar... Na busca pelas autorizações, vamos continuando nossa busca. 26 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

15 CHNAIDERMAN, M. O Brasil das crianças sem lugar... A JANAÍNA NÃO É DA SILVA, É DOS SANTOS Marcamos nosso primeiro dia de filmagem! Iríamos até a casa onde havia sido a Clínica Integração, onde Deborah e Lica haviam conhecido Janaína. Iriam nos encontrar Helô (Heloísa G. Rosenfeld) e Maiana (Maiana Rappaport) que tratara da Janaína. Lica ainda mora lá perto e conseguiu que a pessoa que hoje mora na casa aceitasse acolher nossa filmagem. É sempre muito emocionante iniciar um documentário. O primeiro dia é muito significativo. Marcamos bem cedinho na produtora do lado da padaria. Na equipe, além de todas nós (eu, Deborah, Lica, Carol, a Yara nos encontraria depois), o diretor de fotografia (Rinaldo Martinucci) e seu assistente (Bruno Martinucci) e o técnico de som (Alfredo Guerra). Fui aprendendo, através da minha experiência nos outros documentários, sobre a importância do som e da importância de ter bem clara a concepção da fotografia. Conversei muito com Rinaldo sobre o quanto Janaína havia sido jogada de lá para cá através de suas mudanças institucionais uma criança que não tinha onde ter ancoragem, uma criança sem porto de chegada, nem de partida. Eu queria mostrar essa cidade sem lugar, essa cidade também em errância, esse contato agudizado com um mundo de ventos e trovoadas que levava a um fechamento, à instauração de uma crosta mortífera e salvadora ao mesmo tempo. Fizemos então nosso primeiro percurso pela cidade. Fomos até onde era a Unidade Sampaio Viana, conversamos com os porteiros era um domingo. Soubemos de histórias de pais que trazem seus filhos adotados para conhecer de onde vieram. Pais estrangeiros, que buscaram seus filhos em terras longínquas e que depois voltam com seus filhos que não falam português, passeiam pelos jardins onde antes ficavam os bebês, e, depois, pelos parquinhos com os balanços e gangorras... Assim saímos do Pacaembu e fomos rumo à Clínica Integração, buscando fazer o mesmo percurso que Janaína fazia. Um percurso bastante longo, por avenidas e marginais, rumo a um bairro bastante distante da Unidade do Pacaembu. Heloísa e Maiana logo chegaram. Eu pedia a Rinaldo que fizesse com a câmera o olhar ou o não-olhar da Janaína. Entramos, ficamos no quintal onde antes as crianças brincavam e tomavam sol. Maiana e Heloísa haviam trazido os relatórios. Foi quando soubemos que buscávamos uma outra Janaína a nossa era Aparecida dos Santos. Janaína ganhou seu nome e ganhou sua história, e assim foi a construção do documentário. FINALIZANDO Durante cinco meses buscamos Janaína. Conseguimos a autorização e fomos tanto à Unidade Sampaio Viana como aos arquivos. Entrevistamos funcionários, a diretora daquela unidade que conseguiu que Janaína fosse tratada -, o pediatra; fomos até o que hoje é a continuação da Clínica Enfance e, finalmente, encontramos Janaína. Janaína foi encaminhada para um hospital psiquiátrico aos seis anos de idade, em Até hoje está lá, sendo treinada para viver em uma residência terapêutica. Paralelamente, visitamos abrigos que hoje lidam com crianças em situação de risco e mostramos que, com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a história passou a ser diferente. Ou, pelo menos, pode ser diferente. Enquanto isso, pessoas que carregam as marcas desse abandono e destrato vão pela vida afora buscando jeitos de poder ser e viver. Mercês Ghazzi, quando viu o documentário, comovida, falou-me de como tem trabalhado para que as histórias possam ser diferentes daquelas de tantas Janaínas. Então, acho que já valeu a pena. Ter recortado tantas Janaínas, a partir de Janaína Aparecida dos Santos, faz com que a gente saiba de que forma é possível ser psicanalista fazendo documentários. 28 C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul C. da APPOA, Porto Alegre, n. 170, jul

FÓRUM DE CONVERGÊNCIA - Laços entre Analistas

FÓRUM DE CONVERGÊNCIA - Laços entre Analistas FÓRUM DE CONVERGÊNCIA - Laços entre Analistas Laços entre Analistas FÓRUM DE CONVERGÊNCIA 03 DE AGOSTO DE 2008 PLAZA SÃO RAFAEL PORTO ALEGRE / BRASIL Convergênci a A Psicanálise continua. Fundada por Freud

Leia mais

1.º C. 1.º A Os livros

1.º C. 1.º A Os livros 1.º A Os livros Os meus olhos veem segredos Que moram dentro dos livros Nas páginas vive a sabedoria, Histórias mágicas E também poemas. Podemos descobrir palavras Com imaginação E letras coloridas Porque

Leia mais

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho

A conta-gotas. Ana Carolina Carvalho A conta-gotas Ana Carolina Carvalho Agradeço a Regina Gulla pela leitura atenta e pelas sugestões. Para minha mãe, pela presença. Para Marina, minha afilhada, que quis ler o livro desde o começo. 1 A

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Fabrício Local: Núcleo de Arte do Neblon Data: 26.11.2013 Horário: 14h30 Duração da entrevista: 20min COR PRETA

Leia mais

Suelen e Sua História

Suelen e Sua História Suelen e Sua História Nasci em Mogi da Cruzes, no maternidade Santa Casa de Misericórdia no dia 23 de outubro de 1992 às 18 horas. Quando eu tinha 3 anos de idade fui adotada pela tia da minha irmã, foi

Leia mais

Eu acho que eles têm uma dificuldade de falar de si mesmo e isso é nítido (Paloma). As mulheres ficam mais dispostas a falar, mais dispostas a voltar (...) O homem vai vir menos vezes. Ele vai abandonar

Leia mais

Minha História de amor

Minha História de amor Minha História de amor Hoje eu vou falar um pouco sobre a minha história de amor! Bem, eu namoro à distância faz algum tempinho. E não é uma distância bobinha não, são 433 km, eu moro em Natal-Rn, e ela

Leia mais

TABUADA DAS OBJEÇÕES

TABUADA DAS OBJEÇÕES TABUADA DAS OBJEÇÕES Você já sentiu acuada, sem palavras ao ouvir alguma objeção de sua potencial iniciada!? As pessoas que você vai abordar são tão especiais quanto você e se elas disserem não, lembre-se

Leia mais

Textos e ilustrações dos alunos do 3º ano 1 de junho de 2017 Dia da Criança

Textos e ilustrações dos alunos do 3º ano 1 de junho de 2017 Dia da Criança Tempo para ser criança e ser feliz Textos e ilustrações dos alunos do 3º ano 1 de junho de 2017 Dia da Criança Ser criança e ser feliz Ser criança é uma das virtudes do homem Podem fazer-se coisas que

Leia mais

MÃE, QUANDO EU CRESCER...

MÃE, QUANDO EU CRESCER... MÃE, QUANDO EU CRESCER... Dedico este livro a todas as pessoas que admiram e valorizam a delicadeza das crianças! Me chamo Carol, mas prefiro que me chamem de Cacau, além de ser um apelido que acho carinhoso,

Leia mais

Conhece a Ana. // Perfil

Conhece a Ana. // Perfil Conhece a Ana // Perfil Nome: Ana Rodrigues Idade: 21 anos Nacionalidade: Portuguesa Cidade: Caxarias/Ourém Escola: Escola Superior de Saúde (ESSLei) Curso: Licenciatura em Dietética País Escolhido: Lituânia

Leia mais

Trabalhand as Em ções

Trabalhand as Em ções Caderno de Atividades Trabalhand as Em ções Psicologia Acessível Por: Caroline Janiro @carolinejaniro Psicologia Acessível, o que é? Psicologia Acessível é um projeto idealizado pela psicóloga Ane Caroline

Leia mais

Os Principais Tipos de Objeções

Os Principais Tipos de Objeções Os Principais Tipos de Objeções Eu não sou como você" Você tem razão, eu não estou procurando por pessoas que sejam como eu. Sou boa no que faço porque gosto de mim como eu sou. Você vai ser boa no que

Leia mais

LELO AMARELO BELO. (Filosofia para crianças) ROSÂNGELA TRAJANO. Volume III 05 anos de idade

LELO AMARELO BELO. (Filosofia para crianças) ROSÂNGELA TRAJANO. Volume III 05 anos de idade LELO AMARELO BELO (Filosofia para crianças) Volume III 05 anos de idade ROSÂNGELA TRAJANO LELO AMARELO BELO Rosângela Trajano LELO AMARELO BELO VOLUME III (05 ANOS) DE IDADE 1ª EDIÇÃO LUCGRAF NATAL 2012

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Igor Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 05 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

Sofrimento e dor no autismo: quem sente?

Sofrimento e dor no autismo: quem sente? Sofrimento e dor no autismo: quem sente? BORGES, Bianca Stoppa Universidade Veiga de Almeida-RJ biasborges@globo.com Resumo Este trabalho pretende discutir a relação do autista com seu corpo, frente à

Leia mais

AURORA O CANTONOVELA Luiz Tatit

AURORA O CANTONOVELA Luiz Tatit AURORA O CANTONOVELA Luiz Tatit A) Marcando compasso Oi, estou aqui outra vez Esperando por ela, esperando Você lembra como ela era antes? Você marcava algum encontro A qualquer hora Lá estava ela: Aurora!

Leia mais

O Sorriso de Clarice

O Sorriso de Clarice O Sorriso de Clarice Clarice era uma mulher meio menina sabem,doce,meiga,amiga,e apaixonada,aqueles seres que contagiam com seu sorriso, ela tinha algo único conquistava todos com seu sorriso,ninguém sabia

Leia mais

Identificação Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência FL07:

Identificação Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência FL07: 1 Identificação FL07 Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista 7-10-2012 Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência Lisboa/Lisboa Grau de escolaridade mais elevado Licenciatura

Leia mais

Projeto Identidades. Experiência de vida. Jacqueline Alves

Projeto Identidades. Experiência de vida. Jacqueline Alves Projeto Identidades Experiência de vida Jacqueline Alves Dedico este livro para todos aqueles que fizeram parte de cada dia da minha vida me dando conselhos, ajudando para que pudesse chegar até aqui ao

Leia mais

Era domingo e o céu estava mais

Era domingo e o céu estava mais Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães Era domingo e o céu estava mais azul que o azul mais azul que se possa imaginar. O sol de maio deixava o dia ainda mais bonito

Leia mais

EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES

EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES Obra Teatral de Carlos José Soares Revisão Literária de Nonata Soares EU TE OFEREÇO ESSAS CANÇÕES Peça de Carlos José Soares Revisão Literária Nonata Soares Personagens: Ricardo

Leia mais

* Nascimento: 11/10/2011

* Nascimento: 11/10/2011 Homenagem a Davi Henrique da Silva Schmidt * Nascimento: 11/10/2011 Falecimento: 15/10/2011 Em 11 de outubro de 2012, no Hospital Santa Cruz, nascia Davi Schmidt, filho de Fernanda da Silva Schmidt e Paulo

Leia mais

Fui à biblioteca tentar escolher. Um bom livro para ler. Mas era difícil descobrir. Aquele que me ia surpreender! Desisti da ideia de procurar

Fui à biblioteca tentar escolher. Um bom livro para ler. Mas era difícil descobrir. Aquele que me ia surpreender! Desisti da ideia de procurar Fui à biblioteca tentar escolher Um bom livro para ler Mas era difícil descobrir Aquele que me ia surpreender! Desisti da ideia de procurar E vim cá para fora brincar. Os meus amigos riam-se de mim E eu

Leia mais

O mar na gota de água

O mar na gota de água O mar na gota de água! O mar na gota de água, Página 1 Há uma pergunta que tem de ser feita: seja o que for que esteja a acontecer na minha vida, em qualquer altura, em tempos de alegria, em tempos de

Leia mais

Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este

Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este Vivo num sonho que não é realidade Faz parte do meu viver Crescer sonhando esquecendo os planos Sou eu quem vivo esta é minha vida Prazer este EU Hoje deixei pra lá me esqueci de tudo Vivo minha vida sobre

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Sonia Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 5 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

ESSÊNCIAS DE POESIAS. Cristina Goulart

ESSÊNCIAS DE POESIAS. Cristina Goulart ESSÊNCIAS DE POESIAS Cristina Goulart 1ª EDIÇÃO LONDRINA- PARANÁ 2013 1 TUDO SE MOVE EM TORNO DAS PALAVRAS. SUA VIDA, SEU MOMENTO E SUA CRIATIVIDADE. TUDO SE TRANSFORMA ATRAVÉS DE DEUS, SEU BEM MAIOR.

Leia mais

Você não precisa decorar nada

Você não precisa decorar nada Que aprender inglês é importante e vai mudar a sua vida você já sabe, mas como aprender inglês e como fazer isso por conta própria? Nós separamos abaixo algumas dicas inéditas e que sem dúvida vão fazer

Leia mais

Bebel tem Dia de Princesa e realiza sonho de ir à pizzaria

Bebel tem Dia de Princesa e realiza sonho de ir à pizzaria Bebel tem Dia de Princesa e realiza sonho de ir à pizzaria Há alguns anos, o Centro de Uberaba foi presenteado por uma personalidade marcante, de sorriso largo, que gosta de dançar, conversar, rir e tenta

Leia mais

como diz a frase: nois é grossa mas no fundo é um amor sempre é assim em cima da hora a pessoa muda numa hora ela fica com raiva, triste, feliz etc.

como diz a frase: nois é grossa mas no fundo é um amor sempre é assim em cima da hora a pessoa muda numa hora ela fica com raiva, triste, feliz etc. SEGUIR EM FRENTE seguir sempre em frente, nunca desistir dos seus sonhos todos nós temos seu nivel ou seja todos nós temos seu ponto fraco e siga nunca desistir e tentar até voce conseguir seu sonho se

Leia mais

Na escola estão Pedro e Thiago conversando. THIAGO: Não, tive que dormi mais cedo por que eu tenho prova de matemática hoje.

Na escola estão Pedro e Thiago conversando. THIAGO: Não, tive que dormi mais cedo por que eu tenho prova de matemática hoje. MENININHA Na escola estão Pedro e Thiago conversando. PEDRO: Cara você viu o jogo ontem? THIAGO: Não, tive que dormi mais cedo por que eu tenho prova de matemática hoje. PEDRO: Bah tu perdeu um baita jogo.

Leia mais

Abordagem fria. Por que fazer abordagem fria? Onde fazer abordagem fria?

Abordagem fria. Por que fazer abordagem fria? Onde fazer abordagem fria? ABORDAGEM O que significa? R: Abordagem é o termo utilizado para caracterizar um tipo de aproximação, seja entre pessoas ou coisas. Normalmente, a abordagem é o modo como determinada pessoa se aproxima

Leia mais

BRUNA RAFAELA. EDITORA BPA Biblioteca Popular de Afogados. Creative Commons

BRUNA RAFAELA. EDITORA BPA Biblioteca Popular de Afogados. Creative Commons BRUNA RAFAELA EDITORA BPA Biblioteca Popular de Afogados Creative Commons Texto e Pesquisa de imagens de Bruna Rafaela A DESCOBERTA DE ISABELA Livros são para ler e guardar. Filhos são para ter e amar..

Leia mais

Iracema ia fazer aniversário. Não

Iracema ia fazer aniversário. Não Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães Iracema ia fazer aniversário. Não sabia muito bem se ela podia convidar a turma do Hospital por motivos fáceis de explicar,

Leia mais

Pergaminho dos Sonhos

Pergaminho dos Sonhos Pergaminho dos Sonhos Michel R.S. Era uma vez um poeta... Um jovem poeta que aprendera a amar e deixar de amar. E de uma forma tão simples, assim como o bem e o mal, O amor tornou-se o objetivo de suas

Leia mais

Introdução. Homens buscam uma mulher que tenha algo a lhes a acrescentar, que traga valor pra vida dele. Nada diferente do que

Introdução. Homens buscam uma mulher que tenha algo a lhes a acrescentar, que traga valor pra vida dele. Nada diferente do que 0 Introdução Sim. Existem muitas mulheres disponíveis, mulheres inclusive mais jovens que você e com aquele brilho natural dos 20 e poucos anos de idade. Mas isso não precisa ser um problema para você.

Leia mais

2ª FEIRA 25 DE SETEMBRO Não Temas! Estou Contigo na Tua Família

2ª FEIRA 25 DE SETEMBRO Não Temas! Estou Contigo na Tua Família Bom dia! : 2ª FEIRA 25 DE SETEMBRO Depois de um fim de semana para (re)carregar energias, espera-nos uma semana em cheio. Nesta semana vamos falar da importância da família e de como a devemos tratar como

Leia mais

Poesia Acústica #3 Capricorniana Clube do Violão. (Intro) Em7 Bm C7M D2. Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som C7M D2

Poesia Acústica #3 Capricorniana Clube do Violão. (Intro) Em7 Bm C7M D2. Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som C7M D2 Poesia Acústica #3 Capricorniana Clube do Violão (Intro) Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som Que escrevi ontem pensando no amanhã E hoje eu tô aqui despreparado Preocupado com tudo ao redor As pernas

Leia mais

PROIBIDA A REPRODUÇÃO

PROIBIDA A REPRODUÇÃO ANGEL BARCELOS. texto MANOEL VEIGA ilustrações Informações paratextuais Meu irmão não anda, mas pode voar Este livro fala de uma menina que se sentia muito sozinha. Todas as suas amigas tinham irmãos,

Leia mais

A MULHER VESTIDA DE PRETO

A MULHER VESTIDA DE PRETO A MULHER VESTIDA DE PRETO Uma Mulher abre as portas do seu coração em busca de uma nova vida que possa lhe dar todas as oportunidades, inclusive de ajudar a família. Ela encontra nesse caminho a realização

Leia mais

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista 23-2-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Leia mais

Deixo meus olhos Falar

Deixo meus olhos Falar Tânia Abrão Deixo meus olhos Falar 1º Edição Maio de 2013 WWW.perse.com.br 1 Tânia Abrão Biografia Tânia Abrão Mendes da Silva Email: Tania_morenagata@hotmail.com Filha de Benedito Abrão e Ivanir Abrão

Leia mais

A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar...

A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar... O pequeno Will A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar... Então um dia tomei coragem e corri até mamãe e falei: - Mãeee queria tanto um irmãozinho, para brincar comigo!

Leia mais

Roteiro: Kelson s, O lugar onde vivo.

Roteiro: Kelson s, O lugar onde vivo. Roteiro: Kelson s, O lugar onde vivo. SINOPSE: Kelson s : O Lugar onde Vivo Relato de quatro meninos de uma comunidade de baixa renda do Rio de Janeiro, falando a um entrevistador, do lugar onde vivem.

Leia mais

Pentecostes Atos

Pentecostes Atos Pentecostes Atos 2 1-47 Introdução: Jesus, durante a sua vida, foi seguido pelos apóstolos e por tantas outras pessoas. Maria, sua mãe, desde o início estava sempre com ele e nunca o abandonou. Quando

Leia mais

10 FATOS SOBRE MIM. Nicolas Brito Sales

10 FATOS SOBRE MIM. Nicolas Brito Sales 10 FATOS SOBRE MIM Nicolas Brito Sales 01 EU NÃO GOSTO DE LER LIVROS Eu nunca gostei muito de ler livros, porque eu nunca tive muita concentração para interpretar o que eu leio. Para quem não sabe, eu

Leia mais

Integração entre Serviços e Benefícios. VI Seminário Estadual de Gestores e trabalhadores da Política de Assistência Social Santa Catariana/ 2015

Integração entre Serviços e Benefícios. VI Seminário Estadual de Gestores e trabalhadores da Política de Assistência Social Santa Catariana/ 2015 Integração entre Serviços e Benefícios VI Seminário Estadual de Gestores e trabalhadores da Política de Assistência Social Santa Catariana/ 2015 A desproteção e a vulnerabilidade são multidimensionais

Leia mais

A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar...

A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar... O pequeno Will A minha vida sempre foi imaginar. Queria ter um irmãozinho para brincar... Então um dia tomei coragem e corri até mamãe e falei: - Mãnheee, queria tanto um irmãozinho, para brincar comigo!

Leia mais

SEU SUCESSO NA CARREIRA. em foco!

SEU SUCESSO NA CARREIRA. em foco! SEU SUCESSO NA CARREIRA em foco! Qual seu motivo para fazer inicios? Que benefícios eles te trazem a curto e a longo prazo? Não sou como você Sei que você não é como eu. Você irá se dar bem por

Leia mais

É possível ganhar uma batalha que parece perdida, não se dê Por vencido, o segredo é não ter medo de errar, porque é errando que se aprende.

É possível ganhar uma batalha que parece perdida, não se dê Por vencido, o segredo é não ter medo de errar, porque é errando que se aprende. Nome: Thainá Morra Martins Série: 6 A Não desista de viver! Quando menos esperar tudo ficará melhor Tudo em volta ficará melhor. Quando tratamos de sermos melhores tudo ao nosso redor fica melhor. Você

Leia mais

PAULO COELHO. A Espia. Adaptação de: Ana Rita Silva. Pergaminho

PAULO COELHO. A Espia. Adaptação de: Ana Rita Silva. Pergaminho A Espia PAULO COELHO A Espia Adaptação de: Ana Rita Silva Pergaminho PARTE 1 ESTIMADO DR. CLUNET, Não sei o que irá acontecer no final desta semana. Sempre fui uma mulher otimista, mas o passar do tempo

Leia mais

NÃO TEMAS! NA TUA MISSÃO! 2º CICLO

NÃO TEMAS! NA TUA MISSÃO! 2º CICLO 2ª FEIRA 09 DE OUTUBRO Bom Dia! Esta semana terminam as comemorações dos cem anos das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos. Uma das pastorinhas, a Lúcia, já mais velha, escreveu algumas memórias

Leia mais

Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história:

Você já ouviu a história de uma tal garota legal? Bem, se não, deixeme contar uma história: Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história: Uma garota legal é alguém que se dedica de alma e coração em um relacionamento. Ela é alguém que poderia esperar

Leia mais

Mas que tentações? Fazer o que se quer, ir pelo caminho mais fácil, preguiça, mandar nos outros (poder), fazer as coisas sem pensar.

Mas que tentações? Fazer o que se quer, ir pelo caminho mais fácil, preguiça, mandar nos outros (poder), fazer as coisas sem pensar. 2ª FEIRA 11 de março QUARESMA- Pela estrada de Jesus Rumo à Vida Feliz GPS Bom dia! Iniciamos o tempo da quaresma. 40 dias antes da Páscoa. Como tem acontecido todos os anos, temos para a comunidade alguns

Leia mais

UM DIA CHEIO. Língua Portuguesa. 6º Ano do Ensino Fundamental II. Nome: Maria Clara Gonçalves dos Santos. Professora: Maristela Mendes de Sousa Lara

UM DIA CHEIO. Língua Portuguesa. 6º Ano do Ensino Fundamental II. Nome: Maria Clara Gonçalves dos Santos. Professora: Maristela Mendes de Sousa Lara UM DIA CHEIO Língua Portuguesa 6º Ano do Ensino Fundamental II Nome: Maria Clara Gonçalves dos Santos Professora: Maristela Mendes de Sousa Lara Tudo começou quando eu queria pescar com meu avô. Ele tinha

Leia mais

A Viagem. por. Ton Freitas

A Viagem. por. Ton Freitas A Viagem por Ton Freitas Registro F.B.N.: 647388 Contato: ton.freitas@hotmail.com INT. CASA DE /QUARTO - DIA 1., moreno, 21 anos, dorme ao lado de sua esposa,, 20 anos, morena, linda.o telefone TOCA. Thiago

Leia mais

Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas

Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas doloridas, mas permanece atento a tudo o que acontece: ele é

Leia mais

ATIVIDADE. Este livro é a minha cara

ATIVIDADE. Este livro é a minha cara ATIVIDADE Este livro é a minha cara Ler é crescer com cultura Lê e descobre-te na leitura É preciso ler! Este livro é a minha cara Objetivos Promover a competência da leitura; Fomentar o prazer de ler;

Leia mais

PRESENTE DE DEUS "UM VERDADEIRO AMOR"

PRESENTE DE DEUS UM VERDADEIRO AMOR PRESENTE DE DEUS "UM VERDADEIRO AMOR" RAILDA DOS SANTOS CHAGAS CARVALHO Imagens Imagem capa Livro retirada site: ultradownloads.com.br Digitação Railda dos Santos Chagas Carvalho Respeite o Direito Autoral

Leia mais

Entrevista Sara

Entrevista Sara Entrevista 1.18 - Sara (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento)

Leia mais

Quando amamos muito alguém raramente pensamos na hipótese de lhe acontecer alguma coisa.

Quando amamos muito alguém raramente pensamos na hipótese de lhe acontecer alguma coisa. Capítulo 3 Quando amamos muito alguém raramente pensamos na hipótese de lhe acontecer alguma coisa. As respostas voltam no teu exemplo. Achei que estava a viver uma vida normal. Eu escolhi o lugar. A vida

Leia mais

79 Dias. por. Ton Freitas

79 Dias. por. Ton Freitas 79 Dias por Ton Freitas Registro F.B.N.: 684988 Contato: ton.freitas@hotmail.com INT. HOSPITAL/QUARTO - DIA Letreiro: 3 de março de 1987. HELENA, branca, 28 anos, está grávida e deitada em uma cama em

Leia mais

1º Edição

1º Edição Sensações 1º Edição WWW.Perse.com.br Página 1 Codinome: Tabrao Email: Tania_morenagata@hotmail.com Nasceu no dia 09 de Agosto de 1984 Natural da cidade de Lapa - PR Reside a Rua Francisco Veloso, 282 Ponta

Leia mais

Amor & Sociologia Cultural - Oswaldo Montenegro & Raul Seixas

Amor & Sociologia Cultural - Oswaldo Montenegro & Raul Seixas Page 1 of 6 Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia Disciplina: Sociologia Cultural Educador: João Nascimento Borges Filho Amor & Sociologia

Leia mais

O criador de ilusões

O criador de ilusões O criador de ilusões De repente do escuro ficou claro, deu para ver as roupas brancas entre aventais e máscaras e foi preciso chorar, logo uma voz familiar misturada com um cheiro doce e agradável de

Leia mais

NÃO TEMAS! ESTOU CONTIGO NA TUA FAMÍLIA 2º CICLO

NÃO TEMAS! ESTOU CONTIGO NA TUA FAMÍLIA 2º CICLO 2ª FEIRA 25 DE SETEMBRO Bom dia! Depois de um fim de semana para re carregar energias, espera-nos uma semana em cheio. Nesta semana vamos falar da importância da família e de como a devemos tratar como

Leia mais

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em O Amor O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em ter alguém por perto ou fazer algo que goste.

Leia mais

FAMÍLIA COMO PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS

FAMÍLIA COMO PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS FAMÍLIA COMO PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA A família tem papel central na proteção ao uso de drogas. Família é primeira referência. Pode estruturar ou desestruturar. A criança e o adolescente

Leia mais

Produção de texto. Observe a imagem e produza um texto narrativo, com no mínimo 10 linhas, a partir do título proposto

Produção de texto. Observe a imagem e produza um texto narrativo, com no mínimo 10 linhas, a partir do título proposto E. E. Ernesto Solon Borges Disciplina: Língua Portuguesa Profª. Regente: Vania Progetec: Cristina Ano: 8º Ano A Alunos: Dayane Sales e Emily Cristina Data: 12/11/2014 Produção de texto Se eu tivesse um

Leia mais

Poemas de um Fantasma. Fantasma Souza

Poemas de um Fantasma. Fantasma Souza 1 2 3 Poemas de um Fantasma Fantasma Souza 2012 4 5 Fantasma Souza Todos os Direitos Reservados TITULO ORIGINAL POEMAS DE UM FANTASMA Projeto Gráfico Midiartes Capa Erisvaldo Correia Edição e Comercialização

Leia mais

JORNADA DO HERÓI: O MODELO NARRATIVO POR TRÁS DE GRANDES PERSONAGENS

JORNADA DO HERÓI: O MODELO NARRATIVO POR TRÁS DE GRANDES PERSONAGENS JORNADA DO HERÓI: O MODELO NARRATIVO POR TRÁS DE GRANDES PERSONAGENS Escritores e roteiristas, quando dão início a uma nova narrativa, precisam escolher bem seus personagens e, obviamente, as particularidades

Leia mais

UAAUUU QUE 5 TÉCNICAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DE UM HOMEM MULHER É ESSA

UAAUUU QUE 5 TÉCNICAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DE UM HOMEM MULHER É ESSA UAAUUU QUE MULHER? É ESSA 5 TÉCNICAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DE UM HOMEM Aprenda como se destacar em meio a tantas mulheres disponíveis! Sim. Existem muitas mulheres disponíveis, mulheres inclusive mais

Leia mais

Finalmente chegou a hora, meu pai era que nos levava todos os dias de bicicleta. --- Vocês não podem chegar atrasado no primeiro dia de aula.

Finalmente chegou a hora, meu pai era que nos levava todos os dias de bicicleta. --- Vocês não podem chegar atrasado no primeiro dia de aula. UM CONTO DE ESCOLA Por Isaque Correia Rocha 1 Começou mais um ano e desta vez aproveitei bastante porque a folga de comer, brincar e dormir havia acabado. Era o ano em que eu e minha irmã Rose, iríamos

Leia mais

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos Luis Fernando de Souza Santos Trabalho semestral - ciclo II (terças 19h30) A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios Se

Leia mais

Regional São Paulo Leste

Regional São Paulo Leste Regional São Paulo Leste Pode ser que você nem perceba, mas seus hábitos afetam o seu dia a dia. Veja como criar bons hábitos. Você pode criar bons hábitos! QUANDO o alarme toca, Victor ainda está com

Leia mais

Resolvi estudar arte porque é mais facinho

Resolvi estudar arte porque é mais facinho Resolvi estudar arte porque é mais facinho Por Rubens Cavalcanti da Silva Da série Agar-agar Agar-agar - Gravuragelatina - 2015 obra do autor A arte, que é a matéria mais fácil, meu filho foi mal Eu trabalhava

Leia mais

PRESTEM ATENÇÃO EM MIM

PRESTEM ATENÇÃO EM MIM NAÃO! PRESTEM ATENÇÃO EM MIM Com as amigas a conversar D. Olivia comentava Que Joãozinho seu filho Era criança difícil Pra não dizer impossível E só sabia reclamar, Na hora da refeição Tivesse o que tivesse

Leia mais

Uma lição de vida. Graziele Gonçalves Rodrigues

Uma lição de vida. Graziele Gonçalves Rodrigues Uma lição de vida Graziele Gonçalves Rodrigues Ele: Sente sua falta hoje na escola, por que você não foi? Ela: É, eu tive que ir ao médico. Ele: Ah, mesmo? Por que? Ela: Ah, nada. Consultas anuais, só

Leia mais

Mais uma Prece (Marcelo Daimom)

Mais uma Prece (Marcelo Daimom) INTRODUÇÃO Bm7 4x Bm7 Mais uma Prece Nesse momento, e sempre eu quero lembrar Bm7 O que a vida me fez acreditar Bm7 Que existe uma chama que nos conduz Bm7 Nos ensina a viver meu Jesus Em Bm7 Que em toda

Leia mais

Vivência das famílias e pessoas com doença falciforme

Vivência das famílias e pessoas com doença falciforme Vivência das famílias e pessoas com doença falciforme Maria Zenó Soares Presidenta da Dreminas Coordenadora Geral da Fenafal Conselheira Nacional de saude Os e as assistentes sociais emprestam suas vidas

Leia mais

Atividades de férias. As férias estão chegando, aproveite para descansar, brincar, divertir-se com sua família, passear, viajar...

Atividades de férias. As férias estão chegando, aproveite para descansar, brincar, divertir-se com sua família, passear, viajar... 4º ano Querido(a) educando(a), Atividades de férias As férias estão chegando, aproveite para descansar, brincar, divertir-se com sua família, passear, viajar... Mas para continuar progredindo e melhorar

Leia mais

Os vinhateiros. Referência Bíblica: Mateus

Os vinhateiros. Referência Bíblica: Mateus Os vinhateiros Referência Bíblica: Mateus 20. 1-16 Introdução: O que é de fato o Reino de Deus começa Jesus a explicar, circundado por muita gente que o escuta atentamente... Um senhor era dono de uma

Leia mais

Não Fale com Estranhos

Não Fale com Estranhos Não Fale com Estranhos Texto por: Aline Santos Sanches PERSONAGENS Cachorro, Gato, Lobo, Professora, Coelho SINOPSE Cachorro e Gato são colegas de classe, mas Gato é arisco e resolve falar com um estranho.

Leia mais

A LOIRA DO CEMITÉRIO. Por JULIANO FIGUEIREDO DA SILVA

A LOIRA DO CEMITÉRIO. Por JULIANO FIGUEIREDO DA SILVA A DO CEMITÉRIO Por JULIANO FIGUEIREDO DA SILVA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS RUA: ALAMEDA PEDRO II N 718 VENDA DA CRUZ SÃO GONÇALO E-MAIL: jfigueiredo759@gmail.com TEL: (21)92303033 EXT.PRAÇA.DIA Praça

Leia mais

Desafio Juntos Contra o Câncer. Encontro 1

Desafio Juntos Contra o Câncer. Encontro 1 Desafio Juntos Contra o Câncer Encontro 1 TEMA: QUAL A MENTALIDADE DE QUEM VENCE O CÂNCER? 1) TER FORTES RAZÕES PARA VIVER Quem tem um porquê, pode superar quase todo como. - Não querer morrer é diferente

Leia mais

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION. Leia o texto abaixo para realizar as lições de Língua Portuguesa da semana. A FADA QUE TINHA IDEIAS

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION. Leia o texto abaixo para realizar as lições de Língua Portuguesa da semana. A FADA QUE TINHA IDEIAS COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION Lições de Português, História e Vivência Religiosa 3º ano Semana de 13 a 17 de junho de 2016. Troca do Livro 3º A, B e D 3º C quinta ta-feira segunda-feira Leia o texto abaixo

Leia mais

COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA

COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA COMO TER SUA ESPOSA DE VOLTA Trechos selecionados do livro Estratégias poderosas para fazê-la voltar para você. www.salveseucasamento.com.br Mark Love E-book gratuito Esse e-book gratuito é composto de

Leia mais

Fernanda Oliveira. Vida na margem IMPRIMATUR

Fernanda Oliveira. Vida na margem IMPRIMATUR Fernanda Oliveira Vida na margem IMPRIMATUR Sumário [A linha do horizonte] [Às vezes, eu fico muito solta] [Todo ser humano é sensível] [Eu só queria uma alegria verdadeira] [Nós podemos nos tornar enormes]

Leia mais

Você já levou um choque elétrico? Sabia que é muito perigoso? Vamos falar um pouco sobre os riscos com a eletricidade?

Você já levou um choque elétrico? Sabia que é muito perigoso? Vamos falar um pouco sobre os riscos com a eletricidade? Você já levou um choque elétrico? Sabia que é muito perigoso? Vamos falar um pouco sobre os riscos com a eletricidade? VAMOS FALAR DOS PERIGOS DAS TOMADAS... Lá na sua casa tem várias tomadas para ligar

Leia mais

2ª FEIRA 11 de março. INTENÇÃO DE ORAÇÃO DO PAPA

2ª FEIRA 11 de março. INTENÇÃO DE ORAÇÃO DO PAPA 2ª FEIRA 11 de março NA ORAÇÃO INTRODUÇÃO Bom dia a todos e boa semana! O tema que nos vai guiar nos próximos dias é o da oração. A quaresma é um tempo indicado para nos focarmos na oração. Começamos por

Leia mais

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 03 1 Altos da Serra Novela de Fernando de Oliveira Escrita por Fernando de Oliveira Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 03 2 CENA 01. CAPELA / CASAMENTO. INTERIOR.

Leia mais

Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela

Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela do reino. Era também meiga, inteligente e talentosa. Todos a admiravam. Todos queriam estar perto dela. Todos queriam fazê-la feliz, pois o seu sorriso iluminava

Leia mais

Capítulo 4. É bom estar de volta. Sabia que ele iria voltar. Só passou algum tempo. Aquilo que me transformou permitiu-me visualizar o Mundo.

Capítulo 4. É bom estar de volta. Sabia que ele iria voltar. Só passou algum tempo. Aquilo que me transformou permitiu-me visualizar o Mundo. Capítulo 4 É bom estar de volta Sabia que ele iria voltar. Só passou algum tempo. Aquilo que me transformou permitiu-me visualizar o Mundo. Só queria que fosses feliz. Tens de ouvir uma coisa. O nosso

Leia mais

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo

Altos da Serra - Capítulo Altos da Serra. Novela de Fernando de Oliveira. Escrita por Fernando de Oliveira. Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 09 1 Altos da Serra Novela de Fernando de Oliveira Escrita por Fernando de Oliveira Personagens deste Capítulo Altos da Serra - Capítulo 09 2 CENA 01. DELEGACIA INT. / NOITE Sargento

Leia mais

Os e mails de Amy começaram no fim de julho e continuaram

Os e mails de Amy começaram no fim de julho e continuaram CAPÍTULO UM Os e mails de Amy começaram no fim de julho e continuaram chegando durante todo o verão. Cada um deixava Matthew um pouco mais tenso: Para: mstheworld@gmail.com Assunto: Estou feliz! Acabo

Leia mais

IMAGINÁRIO DO ESPELHO: espelho, espelho meu, sou eu?

IMAGINÁRIO DO ESPELHO: espelho, espelho meu, sou eu? IMAGINÁRIO DO ESPELHO: espelho, espelho meu, sou eu? Ionice da Silva Debus 1 Profª. Drª. Valeska Fortes de Oliveira 2 Este texto foi desenvolvido para a disciplina Imaginário e Narrativas de Formação do

Leia mais

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom)

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom) Ao Teu Lado INTRO: A9 A9 Quero estar ao Teu lado, não me importa a distância Me perdoa a insegurança, tenho muito a aprender E/G# E7 ( F# G#) A9 Mas em meus poucos passos, já avisto a esperança E/G# Também

Leia mais

UMA HISTÓRIA DE AMOR

UMA HISTÓRIA DE AMOR UMA HISTÓRIA DE AMOR Nunca fui de acreditar nessa história de amor "á primeira vista", até conhecer Antonio. Eu era apenas uma menina, que vivia um dia de cada vez sem pretensões de me entregar novamente,

Leia mais

ABORDAGEM FRIA. Receita do sucesso

ABORDAGEM FRIA. Receita do sucesso ABORDAGEM FRIA Receita do sucesso Para que serve abordagem fria? Realizar uma nova venda; Fidelizar cliente; Novos inícios. Abordagem fria E agora? Como fazer? Para quem não sabe o que é, significa você

Leia mais