Relações de poder e movimentos sociais: a luta pelos direitos na sociedade contemporânea

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1 Unidade 3 Capítulo 6 Relações de poder e movimentos sociais: a luta pelos direitos Poder, política e estado 1 O poder e a política Poder se refere à capacidade de agir ou de determinar o comportamento dos outros. As relações de poder perpassam todas as relações sociais. As relações privadas, que se dão no círculo familiar ou de amizade e onde os conflitos normalmente são resolvidos de forma pacífica, também são exemplos de relações de poder. A política é um meio de resolver os problemas na esfera pública, ou seja, no âmbito do Estado. Alguns exemplos claros do poder na esfera pública são as relações de classe, o controle social, o exercício da autoridade, o poder dos governantes sobre os governados, as leis e normas sociais e a indústria cultural. laerte São numerosas as formas de exercício de poder. Podemos destacar três formas predominantes: Poder econômico Poder ideológico Poder político Posse de bens materiais, como os meios de produção. Exemplo: o poder dos bancos sobre as decisões dos governos dos mais diversos países. Através da manipulação de ideias e informações, influencia o comportamento das pessoas. Exemplo: o poder das grandes empresas de comunicação. Através de instrumentos e mecanismos como a legislação ou a repressão policial, determina o comportamento das pessoas. O controle social pode ser exercido de várias formas, por meio de diferentes agentes. A repressão policial é um exemplo disso.

2 Capítulo 6 Poder, política e estado 2 Formas de exercício e legitimidade do poder O exercício do poder pode ser legítimo ou não. Ele é legítimo quando há o consentimento dos que obedecem. O poder pode ser exercido com base no convencimento e consentimento ou calcado no uso da força. Quando se baseia exclusivamente na força, não se considera legítimo. Exemplo: o poder das milícias e do tráfico de drogas nas favelas no Rio de Janeiro. De acordo com o sociólogo alemão Max Weber, existem três tipos puros de dominação considerados legítimos: Racional legal Tradicional Carismática Nestes casos, a legitimidade deriva do cálculo e da escolha racionais, a partir dos quais se chega à conclusão de que vale a pena abrir mão de certo nível de liberdade em nome de algumas vantagens que a obediência pode trazer. Exemplo: Quando aceitamos pagar impostos ao Estado, na condição de que este garanta alguma contrapartida (segurança, saúde, educação etc.). Poder que se sustenta no costume e na tradição, no caráter inquestionável da autoridade de certos grupos ou instituições. Exemplo: Autoridade eclesiástica. A legitimidade do poder se sustenta na crença de que aquele que o exerce possui características especiais, que o fazem merecedor da obediência dos demais. Exemplo: Líderes de movimentos messiânicos e alguns estadistas.

3 Capítulo 6 Poder, política e estado 3 a política e o Estado Na Grécia Antiga, a palavra política referia-se às decisões relativas à vida na cidade (polis), das quais todos aqueles considerados cidadãos deveriam participar. Com as revoluções liberais ocorridas a partir do século XVII, a palavra política passou a designar principalmente as atividades relativas ao controle estatal. Há várias formas de definir sociologicamente o conceito de Estado. Entre elas estão: Norberto Bobbio Trata-se de organização social complexa, marcada pela centralização do poder, fundamentada na territorialidade da obrigação política e na progressiva impessoalidade do comando político. Max Weber Basicamente, o Estado se define pelo monopólio da violência legítima, exercida através da polícia e das forças armadas. Também existem muitas formas de compreender o Estado. Podemos destacar algumas delas: A que defende ser o Estado uma instituição neutra, a quem cabe promover o bem comum e mediar os conflitos não resolvidos da sociedade civil. A que o compara a um guarda: sua principal tarefa seria garantir alguns direitos naturais, como a vida e a propriedade, que estariam ameaçados na sua ausência. A que o enxerga como um instrumento de dominação, que serve fundamentalmente para garantir a conservação de um determinado contexto de dominação e exploração de uma classe por outra.

4 Capítulo 6 Poder, política e estado 4 Estado e Governo Governo é a autoridade que administra o Estado. A forma de governo diz respeito à maneira como se constituem as relações entre governados e governantes. Duas propostas de classificação consagradas historicamente são: Modelo aristotélico de classificação Monarquia: governo de um só. Aristocracia: governo dos melhores. Democracia: governo de muitos. Modelo proposto por Maquiavel Principado (ou monarquia) República Formas predominantes de organização do Estado Moderno: monarquia e república. - A monarquia admite formas absolutistas e constitucionais. No primeiro caso, predominante até o século XVIII, o poder do governante é vitalício e hereditário; já no modelo constitucional, o poder do soberano é limitado pelo de outros órgãos, como Parlamentos e gabinetes. - A república se opõe à forma monárquica. Manifesta a rejeição a governos aristocráticos ou oligárquicos. Nela, presidentes e primeiros-ministros normalmente são eleitos por períodos determinados.

5 Capítulo 6 Poder, política e estado 5 Sistemas de governo O sistema de governo depende do relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo. Os dois sistemas de governo que predominam no Ocidente são o presidencialismo e o parlamentarismo. Presidencialismo Eleições presidenciais direta ou indiretamente, por tempo determinado. O presidente exerce a função executiva, acumulando chefia de Estado e a chefia de Governo. O presidente escolhe seus ministros. Há independência entre os poderes, visto que as eleições para o Executivo e para o Legislativo acontecem de forma desvinculada. Parlamentarismo Forte interação entre os poderes Legislativo e Executivo. Distinguem-se Chefe de Estado (monarca ou presidente) e Chefe de Governo (primeiro-ministro ou chanceler). Quem governa é o Parlamento, por meio do gabinete. O gabinete é constituído pelo primeiro-ministro e pelos demais ministros. Instrumentos importantes: Princípio da responsabilidade ministerial. Direito à dissolução do Parlamento. O parlamento pode ser unicameral (um único órgão legislativo) ou bicameral.

6 Capítulo 6 Poder, política e estado 6 Formas de participação política: partidos e sistemas eleitorais Partidos políticos São organizações baseadas em uniões voluntárias, orientadas para influenciar ou conquistar o poder do Estado. Definições: - Sociológica: estruturas fundamentadas na ideologia da representação política. - Jurídica: organizações de direito privado que congregam cidadãos com afinidades ideológicas e políticas. São, de fato, forças políticas na luta pelo poder institucionalizado, que sustentam (situação) ou contestam (oposição) o governo. Sistemas Partidários - Monopartidário - Bipartidário - Multipartidário Sistema eleitoral Refere-se às regras pelas quais os representantes são escolhidos. A legislação eleitoral, portanto, orienta as eleições e estabelece, entre outras coisas, datas, horários e locais para a realização das mesmas. A eleição pode ser majoritária (vence quem obtiver maioria dos votos) ou proporcional (o voto vai para o partido ou frente partidária, de acordo com o coeficiente eleitoral). O coeficiente eleitoral é calculado por meio da divisão do total de votos válidos em uma determinada população votante pelo número de cadeiras disponíveis na casa para a qual concorrem os candidatos. As eleições podem ocorrer com base no sistema de lista fechada (o partido escolhe os candidatos, e o eleitor vota na legenda) ou lista aberta (o partido escolhe os candidatos, mas estes concorrem individualmente, podendo o eleitor definir o candidato de sua preferência).

7 Capítulo 6 Poder, política e estado 7 Os diferentes modelos de Estados (principais características) Absolutista: - Unidade territorial. - Concentração do poder na figura do rei, que controla economia, justiça e exército. - Foi objeto da reflexão sistemática do inglês Thomas Hobbes. Liberal ou burguês: - Fundamentos principais: soberania popular e representação política. - Estado como guardião da ordem. - Sua principal função é resguardar a propriedade privada. - Separação entre público e privado. - Separação entre economia e política Estado não intervém na economia. Socialista: - Questiona o modelo liberal. - Questiona as desigualdades entre as classes sociais. - Defende profundas transformações nas formas de produção e apropriação das riquezas produzidas pelas sociedades. - O Estado socialista teria papel e existência transitórios. - Estabeleceria a ditadura do proletariado. Nazista e fascista: - Questiona os modelos liberal e socialista. - Estado paira acima de todas as organizações da sociedade, estendendo seus tentáculos por toda parte. - Forte aparato ideológico, com ênfase na valorização da educação. - Nacionalização da economia.

8 Capítulo 6 Poder, política e estado 8 Do Estado de Bem-Estar Social ao Neoliberalismo Estado de Bem-Estar Social: - Alternativa às crises do sistema capitalista. - Resposta capitalista às críticas feitas ao sistema. - Propunha o equilíbrio entre Estado e mercado. - Defendia a intervenção do Estado no plano econômico, a fim de garantir o pleno emprego, estimular a produção e o consumo, mediar as relações de trabalho e ampliar as políticas de assistência (rede de proteção social). Neoliberal: - Surgiu como alternativa ao modelo de Bem-Estar Social. - Reabilitou e sustentou valores como livre mercado e livre-iniciativa. - Radicalizou a separação entre economia e política, com o Estado intervindo cada vez menos na economia. - Reforçou a função guarda noturno do Estado, ou seja, proteger a propriedade privada e reprimir qualquer manifestação de descontentamento com o sistema. - Destacou a influência das instituições financeiras internacionais, que passaram a interferir fortemente nos governos dos países adotantes do modelo. - A agenda do modelo neoliberal, principalmente para a América Latina, consolidou-se com o Consenso de Washington (1989), que destacou os seguintes itens: privatização das empresas estatais, flexibilização das leis trabalhistas, aumento dos investimentos estrangeiros sem restrições fiscais, redução dos gastos públicos e abertura aos tratados de livre comércio. - A partir da crise de 2008, tal modelo tem sido bastante contestado, especialmente no que diz respeito à supremacia do mercado.

9 Capítulo 6 Poder, política e estado 9 Formação do Estado brasileiro Destacam-se algumas características marcantes até hoje: - Indistinção entre público e privado. - Clientelismo. - Atuação política da mídia, o quarto poder. O período colonial - É importante destacar que o Brasil se inseriu no cenário mundial como colônia de exploração. Não havia, portanto, interesse metropolitano em constituir uma sociedade política organizada. - Fragmentação econômica, jurídica e moral. - Ordem pública frágil, onde o privado se sobrepunha ao público. O período imperial - Transposição do modelo português para o Brasil. - Na relação entre Estado e sociedade civil predominou a autonomia do primeiro em relação à segunda. - A própria Constituição imperial (1824) delegou plenos poderes ao Imperador, que detinha os poderes Executivo e Moderador. - Esta mesma constituição instituiu direitos formais, que não eram desfrutados pela maior parte da população, ainda largamente excluída da cidadania. República Velha - Forte influência de elites provinciais rurais, avessas a qualquer autoridade instituída que ameaçasse seus privilégios. - O poder público passou a compor aliança com essas elites, representadas na figura dos chefes locais, os chamados coronéis. - O coronelismo foi uma prática política marcante naquele contexto. - Nesta época também foi inaugurado o sistema presidencialista de governo com eleições diretas.

10 Capítulo 6 Poder, política e estado 10 a Era Vargas A Revolução de 1930 marcou o início da liderança de Getúlio Vargas, amplamente sustentada em seu carisma. Surgimento da terceira Constituição brasileira, promulgada em 1934, sob pressão do movimento constitucionalista e com forte influência dos cafeicultores. Em seguida, o Estado Novo outorgou outra Constituição (em 1937), manifestando seu caráter predominantemente autoritário. Ao mesmo tempo, ocorria um processo de modernização do Estado e de implantação de uma nova estrutura política, social e econômica, fortemente influenciada pelo desenvolvimentismo. Vargas atendeu a reivindicações dos trabalhadores (regulamentou jornada de trabalho, férias etc.), ao mesmo tempo em que manteve as atividades sindicais sob forte controle estatal. Calcou-se no apoio dos trabalhadores e da burguesia industrial. Neste período a industrialização teve como principal agente o próprio Estado.

11 Capítulo 6 Poder, política e estado 11 Democracia populista e ditadura militar Democracia populista - A ampla influência dos ideais democráticos disseminados no Ocidente repercutiu na Constituição de No entanto, teve pouco impacto na vida cotidiana, visto que neste momento histórico brasileiro houve restrição da atuação partidária e manipulação da opinião pública. - O período ( ) foi bastante turbulento, apesar do desenvolvimento econômico constatado, especialmente no governo de Juscelino Kubitschek. Ditadura civil-militar - Origem a partir do golpe militar de Conspiração de caráter anticomunista contra políticos da oposição. - Contou com apoio das elites empresariais, setores conservadores da Igreja católica, das camadas médias urbanas e dos grandes produtores rurais. - Supressão dos direitos políticos e civis. - Forte aparato repressor.

12 Capítulo 6 Poder, política e estado 12 a Nova República Lei da Anistia em 1979 deu início ao processo de abertura política que culminou no fim do regime civil- -militar em Nova fase democrática se consolidou com a Constituição promulgada em Notável participação popular, evidenciada em movimentos como o das Diretas Já. Fernando Collor, o primeiro presidente eleito (1989) nesta nova fase da democracia sofreu, em 1992, o impeachment, exigido pela população que foi às ruas no movimento Fora Collor. Collor, porém, teve tempo suficiente para dar início à implementação da agenda neoliberal, posteriormente aprofundada por seus sucessores especialmente nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e Em 2003, Luís Inácio Lula da Silva foi eleito para exercer o primeiro de dois mandatos consecutivos no governo federal. Mudanças importantes ocorreram, especialmente a partir do segundo mandato, quando se verificou um Estado mais presente na esfera econômica e também nas políticas sociais. Em 2010, foi eleita a primeira presidenta da história do país, Dilma Rousseff, que deu continuidade ao governo anterior do Partido dos Trabalhadores (PT). Maior espaço à participação popular na política.

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