TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

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1 TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2 Profª. Ana Paula de O Zimmermann Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás

2 O URBANISMO RENASCENTISTA

3 ANTECEDENTES HISTÓRICOS A UTOPIA E A CIDADE IDEAL Seria lógico pensar que, durante o Renascimento se produzisse uma profunda transformação nas cidades. No entanto, nada disto, ou quase nada acontece As realizações e até as ideias urbanistas quinhentistas representam pouco se as compararmos com o caminho percorrido pela arquitetura durante o mesmo período.

4 ANTECEDENTES HISTÓRICOS POR QUE, NO RENASCIMENTO, HOUVE UM DESENVOLVIMENTO MAIOR DA ARQUITETURA EM RELAÇÃO AO URBANISMO? Os arquitetos do Renascimento tinham ao seu alcance todos os monumentos da antiguidade romana. Os exemplos do urbanismo antigo tinham desaparecido, estavam sepultados, ou jaziam em regiões longínquas. No início do renascimento, a Europa não necessitava de novos núcleos urbanos, dada a estrutura urbana que se havia constituído na Idade Média. O tamanho contido da cidade medieval não oferecia possibilidades de intervenções em grande escala.

5 ANTECEDENTES HISTÓRICOS Para os urbanistas restavam algumas passagens obscuras do texto de Vitrúvio, que, além disso, não apresentavam ilustrações. No livro I, aparece a descrição de como deve ser a cidade para cumprir os requisitos básicos da doutrina de Vitrúvio: firmitas, utilitas, e venustas.

6 ANTECEDENTES HISTÓRICOS A Utopia Clássica propõe uma cidade cristã e platônica, uma referência ideal, mais do que um instrumento realmente aplicável. A cidade ideal renascentista é o corolário arquitetônico da utopia e como tal é uma cidade mental: uma referência platônica. Igreja S. Andrea em Mântua, Alberti

7 Francesco di Giorgio Martini ( ) ANTECEDENTES HISTÓRICOS Leonardo Da Vinci ( ) Homo ad circulum vitruviano No plano ideal, o CÍRCULO passou a ser o preferido dos projetistas da Renascença por significar a redenção da sociedade; um emblema da perfeição, do equilíbrio e da eternidade. A CIDADE PERFEITA deveria ser circular; forma de bases cósmica e metafísica que simbolizava, por analogia, a esfera da criação divina, sem começo nem fim. Cesare Cesariano ( )

8 É, geralmente de forma circular ou um octógono murado, diferindo-se das formas retangulares dos bastiões medievais. Sendo de forma circular possui um centro (geralmente cívico/religioso) com ruas no interior do perímetro em diferentes soluções, podendo ser radiocêntricas. Outro formato de cidade ideal seria a interpretação da mesma em um tabuleiro de damas com uma planta poligonal.

9 Assim nascerá a cidade ideal do Renascimento, criação mais intelectual que real, que virá a ser uma consequência do pensamento utópico renascentista.

10 Piazza Annunziata, Florença A atividade urbanística durante os séculos XV e XVI consiste, em grande parte, em alterações no interior das velhas cidades que, geralmente, modificam muito pouco a estrutura geral.

11 A CIDADE (IDEAL) RENASCENTISTA Alberti, retoma o problema da cidade ideal. A teoria albertinana da cidade: Uma característica forte desta teoria é a capacidade de unir as novas concepções urbanísticas com a antiga, de estrutura medieval. O tratado De re aedificatoria se divide em duas partes: Tratado de edificação divide-se em: Lugar Distribuição Muros Cobertas Ventos Solar

12 A CIDADE (IDEAL) RENASCENTISTA Tratado de urbanismo. A cidade é formulada a partir de fatores climáticos. As ruas estão divididas em 3 categorias: As principais As secundárias As ruas funcionais Recomendações gerais As ruas devem estar bem empedradas e limpas ao extremo. Todos os edifícios devem estar alinhados ter continuidade e mesma altura. Deve-se prever espaços públicos. Utilização da Perspectiva no contexto da cidade. Vista aérea de Urbino e pintura da cidade ideal.

13 PALMANOVA

14 Palmanova Essa configuração resulta, em um modelo harmonioso graças a uma complexa disposição de ruas radiais, três anéis concêntricos, doze ruas radiais adicionais e de seis pequenas praças secundárias situadas no interior das quadras. Palma Nova conseguiu chegar até os dias atuais conservando seu traçado original, seu contorno fortificado e seus principais edifícios, sem que tais elementos tenham sido descaracterizados por desenvolvimentos posteriores.

15 ALMEIDA - PORTUGAL Vista do ar, a vila de Almeida, classificada como Aldeia histórica, parece uma estrela de 12 pontas, tantas quantos os baluartes e revelins que rodeiam um espaço com um perímetro de 2500 metros. Esta notável praça-forte foi edificada nos sécs. XVII-XVIII, em redor de um castelo medieval, num local importantíssimo como ponto de defesa estratégico da região. Vista aérea de Almeida, próxima à fronteira com a Espanha. O sistema defensivo é do século XVI, mas a estrutura morfológica é a mesma do período medieval (século XIII).

16 A CIDADE REAL Para transformar a cidade real na cidade ideal, Alberti propõe: Metástase benígna Seletiva Para evitar que o ideal abstrato atuasse contra a realidade Abertura de Novas Vias, criação de novas praças regulares com objetivos perspectivos => influenciando novos comportamentos racionais Adaptação da utopia pontual na malha urbana da cidade medieval

17 Roma Plano Regulador para Roma, Ilustração mostrando o núcleo medieval, as muralhas Aurelianas, as vias traçadas no Renascimento e as vias traçadas por Sixto V.

18 Roma Relacionadas de certa forma com essas idéias de alternância, pode-se destacar a forma representada pela cidade e a cidadela enquanto função de defesa militar. Com exemplo é o Vaticano, entendido como sede do governo e como cidadela papal em permanente relação dialética com a cidade de Roma.

19 Basílica de São Pedro,vista atual Vaticano Desenhada por Bramante, com contribuições de muitos outros artistas do Renascimento e do Maneirismo, como Michelangelo, Rafael e Bernini, concluído com o Barroco

20 CIDADES COLONIAIS NAS AMÉRICAS

21 AMÉRICA A américa torna-se uma terra virgem onde a utopia é uma possibilidade real, onde o esquema urbano idealizados pelos reis católicos e por Carlos V é o único modelo de cidade renascentista planejado e controlado por vários séculos. A retícula hipodâmica é adotada na implantação de novas cidades na américa hispânica em virtude de ser um instrumento prático para facilitar o planejamento e a construção das mesmas. Não serão encontrados variedade dos esquemas renascentistas, tão pouco seu desejo de beleza arquétipica, somente o desejo de expresso e prático de facilitar o PROJETO, A CIRULAÇÃO E A DEFESA.

22 AMÉRICA Outro aspecto é que as realizações urbanísticas e de construção nos territórios de além-mar, são, em seu conjunto, muito mais importantes do que as existentes na pátria mãe. Possibilidades de realizar novos e grandes programas de colonização e urbanização em virtude de grandes espaços vazios. Contrastam-se com a pátria mãe: EUROPA => há especialistas de alto nível e faltam espaços para trabalhos importantes AMÉRICA => há tudo a se fazer e espaços, e faltam os especialistas de alto nível.

23 CIDADE COLONIAL Entre os séculos XV e XVI, tiveram início a ERA DAS NAVEGAÇÕES e a conseqüente expansão mundial da civilização européia, impulsionada pelo mercantilismo e pela posterior descoberta de metais preciosos nas colônias além mar. Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda tornaram-se grandes potências marítimas e partiram para o domínio do NOVO MUNDO. As realizações urbanísticas e de construção nos territórios coloniais, em seu conjunto, constituíram em importantes experiências, assim como nas oportunidades de aplicação na prática dos pressupostos ideais elaborados nas metrópoles.

24 Colonização da América Espanhola O Renascimento correspondeu ao período de expansão européia. Nos séculos XV e XVI, a expansão marítima e comercial coube às duas nações ibéricas: Espanha e Portugal. A Espanha foi o segundo país a se lançar em sua expansão além-mar. Os espanhóis financiam a viagem de Colombo, que chega ao continente americano em Na América, eles vislumbram vastas terras virgens, palco propício para as realizações urbanísticas utópicas do Renascimento europeu possibilidade real de concretização de modelos e planos de cidades ideais quinhentistas.

25 Os espanhóis encontram territórios mais propícios à colonização: os planaltos da América Central e Meridional. Aqui encontram diversos povos com diferentes culturas, desde os tapuias, no Brasil, até as de alta cultura, como os astecas, maias e incas. Potosi.(Bolívia) A colonização teve como ponto de apoio às minas de ouro e prata, no México e no Peru, e as riquíssimas minas de prata de Potosí (atual Bolívia).

26 Na segunda década do século XVI, os espanhóis implantaram as cidades de La Habana, Guatemala, Campeche e Panamá. Estes povoados seguem as mesmas regras: planos simples e práticos, que se adaptavam à topografia local. Ao conquistar a grande cidade indígena Tenochtitlán (transformada na cidade do México), Cortéz impõe um modelo de cidade com planta em forma de tabuleiro de xadrez. O mesmo procedimento é adotado por Pizarro em Cuzco, no Peru. No resto do continente, os espanhóis destroem as aldeias indígenas e suas pirâmides e obrigam seus moradores a ocuparem as novas cidades.

27 À esquerda, mapa de 1582 de Tentenango, Vila indígena no México. À direita, Cidade do Panamá, plano do século 17. Tenochtitlán, a capital asteca.

28 O conceito urbano segue um padrão uniforme: -Quarteirões idênticos, geralmente, com forma quadrada, definidos por ruas ortogonais e retilíneas. -O centro da cidade é ocupado por grandes edifícios públicos. Planta de Havana, Juan Síscara -Estas edificações repousam sobre uma grande praça regular, obtida com a supressão de alguns quarteirões.

29 Em 1573, Filipe II institui a Lei das Índias - associação entre os princípios e ideias renascentistas, as influências do Tratado de Vitrúvio e as realizações concretizadas na América. Algumas regras mais importantes: -A planta do estabelecimento a ser fundado deveria sempre ser levada pronta; -O plano composto por ruas, praças e lotes deveria ser implantado a partir da praça principal, de onde sairiam às ruas, que se prolongavam até as portas e ruas exteriores; Mapa colonial de Atitlan À esquerda, traçado de Luiz Díez Navarro para Nova Guatemala, À direita, plano de Cusco na época da conquista espanhola.

30 -A implantação deveria ser feita, deixando espaço vazio aberto ; -A praça principal, denominada de praça maior deveria estar sempre localizada no centro da cidade; -A área da praça deveria ser proporcional e adequada ao número de habitantes, pensandose sempre no futuro crescimento da cidade; -A praça e as ruas principais que se originam nela deveriam ser ladeadas com pórticos; -Nas áreas que necessitam de defesa, as ruas deveriam ser largas para permitir o acesso aos cavalos; Mapa colonial de Guatemala.

31 -A igreja deve estar situada livremente e de forma independente -A igreja deveria estar situada numa área com topografia elevada, -O hospital freqüentado pelos pobres deveria estar localizado ao norte, -Os terrenos para construção, situados em volta da praça principal, não deveriam ser cedidos à particulares, e sim à igreja, aos edifícios reais e municipais, às lojas e às habitações de mercadores e, por último, aos colonos mais ricos. Planta da Cidade de Lima, Peru, século XVIII Plano de Montevidéu, século XVIII

32 As MISSÕES JESUÍTICAS construídas no século XVI para a catequese indígena constituíram-se em modestos núcleos urbanos assentados em planos regulares compostos por casas, igreja e colégio. Por pertencerem a uma congregação relativamente recente a Companhia ou Sociedade de Jesus, fundada em 1534, quando Inácio de Loyola ( ) e seis companheiros egressos da Universidade de Paris fizeram voto de pobreza e de irem pregar o Evangelho, os padres jesuítas exerceram uma intensa atividade de irradiação cristã, em pleno espírito da Contra-Reforma.

33 Os traçados das cidades hispano-americanas não expressam uma grande variedade, seus objetivos são eminentemente práticos, pois visam a facilidade de reimplantação e a defesa. Planta da fundação da cidade de León, hoje Caracas Na realidade a cidade que é produzida na América possui características próprias originais. 1. o desenho das ruas e das praças é, por vezes, inutilmente grandioso, ao passo que os edifícios são baixos e modestos (as casas são quase sempre de um andar)

34 2. A cidade poderá e deverá crescer, porém não se sabe o quanto crescerá; sendo assim o plano em tabuleiro xadrez poderá ser estendido em todo e qualquer sentido. Planta de 1581, com a a parte central da cidade de Cholula, no México.

35 3. O traçado das vias é uniforme não se importando com as especificidades de cada local. Os traçados americanos não acompanharam a evolução da Europa. Planta da cidade de Guadalajara, no México. Cidade de Quito, no Equador, as 4 praças eliminam quarteirões.

36 Segundo Benevolo, as cidades coloniais americanas são as realizações mais importantes do século XVI. Vista aérea da Cidade de Guadalajara, com a praça principal.

37 O ambiente das cidades coloniais na América espanhola, uma rua típica, com casas térreas, e a fachada de uma igreja, onde os elementos da arquitetura clássica são interpretados livremente pelos construtores.

38 Ruas em Mérida, na Venezuela, ainda circundada pelas casas térreas coloniais. As Leis das Índias, de acordo com a estética do Renascimento, aconselham que todas as casas da cidade sejam da mesma forma, isto é conservem uma grande unidade. Até há pouco eram assim as cidades hispanoamericanas grandes e pequenas, um legado de unidade, harmonia e graça que, hoje, só podemos imaginar revendo as velhas litografias e um ou outro daguerreotipo amarelecido

39 Colonização da América Portuguesa Em Portugal, as realizações urbanísticas e de construção nos territórios de além-mar são, em seu conjunto, muito mais importantes do que as existentes no próprio território. Os portugueses, em seu hemisfério, encontraram territórios pobres e inóspitos (sobretudo a África Meridional) ou então, no Oriente, Estados populosos e aguerridos que não podem ser conquistados, assim fundam somente uma série de bases navais, para controlar o comércio oceânico, e não tem condições de realizar uma verdadeira colonização em grande escala.

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41 Em relação ao Brasil, a ausência de riquezas minerais aparentes levou os primeiros ocupantes a optarem por uma colonização de baixo investimento, voltada exclusivamente à exploração de suas riquezas naturais mais evidentes. Inicialmente foram construídos muitos fortes e fortificações no litoral para protegerem o território português das incursões de espanhóis, franceses e holandeses. Estas obras eram realizadas por engenheiros militares, caracterizando-se por serem recintos amuralhados (cantaria de pedra) com traçados geométricos de bases medievo-renascentistas.

42 A FORTIFICAÇÃO DAS CIDADES NO SÉC. XVII No período das guerras da restauração, na segunda metade do séc. XVII, muitas cidades portuguesas foram alvo de intervenção, com o objetivo de reforçar e melhorar os sistemas defensivos. Em muitos casos, a nova área urbana irá englobar o burgo medieval e os antigos arrabaldes. COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NO BRASIL Até1580, as vilas como São Paulo, Olinda e Vitória tinham traçados irregulares. Mas Salvador, como cidade real, foi criada com características diferentes. Para traça-la, veio de Portugal o mestre de fortificações Luiz Dias, que trouxe diretrizes da Corte sobre o modo de proceder.

43 A cidade teve desde o início ruas retas e seu desenho aproximava-se, nos terrenos planos, do clássico tabuleiro de xadrez. Um esquema semelhante foi adotado em São Luiz do Maranhão e Filipéia (João Pessoa). Salvador (Bahia)

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45 Em 1549 para dar novo impulso à colonização, o governo português promoveu a criação de um governo geral e a fundação da cidade de Salvador na capitania da Bahia como sede da nova administração (Cidade Real). Fundada por Tomé de Souza, é a terceira cidade a ser fundada no Brasil. As demais ainda encontram-se na condição de vilas. A primeira foi São Vicente em São Paulo (1532) e a segunda Olinda em Pernambuco (1537).

46 Colonização da América Britânica O modelo urbano em tabuleiro, idealizado pelos espanhóis no século XVI para traçar as novas cidades da América Central e Meridional, foi também aplicado extensivamente pelos ingleses, assim como pelos franceses e holandeses, entre os séculos XVII e XVIII para a colonização da América Setentrional. Vários técnicos de terceira ordem, emigrados para o Novo Mundo, conseguiram realizar o que não era possível de ser feito na Europa da época: reorganizar o ambiente construído com os novos princípios da simetria e da regularidade geométrica, que garantiam a afirmação do poder.

47 O território norte-americano também foi encontrado sem cidades, como no caso do Brasil, contudo, os colonizadores que desembarcaram com o May Flower1, mais de um século após o início da colonização das terras brasileiras, não permaneceram no litoral, embrenhando-se para o oeste no propósito de colonizar e permanecer na sua nova pátria.

48 A efetiva colonização do território americano cujo descobrimento deu-se em 12 de outubro de 1492, por Cristóvão Colombo iniciou-se com a implantação de colônias espanholas (pueblos) na Flórida (St. Augustine, 1565), Novo México (Santa Fé, 1609) e Texas (San Antonio, 1718). O primeiro assentamento francês foi em Quebec (1608), seguido por Detroit (1701), Mobile (1711), New Orleans (1722), Fort Duquesne (Pittsburgh, 1724) e St. Louis (1762), enquanto que o holandês deu-se na foz do Hudson, Ilha de Manhattan (1620). Porém, foi o controle britânico que acabou predominando, graças às cidades coloniais fundadas na Virgínia (1607), na Nova Inglaterra (1620) e na Pensilvânia (1681). Boston passou a ser a sede do governo de Massachusetts em 1630, substituíndo Charlestown (1629) pela boa qualidade de suas fontes d água.

49 Filadélfia foi fundada em 1682, na confluência dos rios Delawre e Schuylkill, por William Penn ( ), em um local antes habitado por imigrantes suecos. De traçado uniforme e retilíneo, com ruas cruzando-se em ângulo reto, possui uma grande praça central, na qual atravessam ortogonalmente duas grandes avenidas. O plano já apresentava preocupações de hierarquização de vias e de zoneamento, com lotes de tamanhos distintos.

50 Savannah (Georgia), fundada em 1733, apresenta um traçado ortogonal em grelha que, embora uniforme, demonstrava um princípio de diferenciação de vias (principais e secundárias), além da previsão de jardins residenciais e três parques.

51 A CIDADE BARROCA

52 O BARROCO Na Itália, após o Concílio de Trento ( ), surge uma igreja revigorada pela definição de novas posturas pela Contra- Reforma, que se volta para as massas e permite uma concepção mais emocional e universalmente compreensível. O barroco rompe, assim, com o intelectualismo classicista do Maneirismo.

53 O BARROCO "Barroco", realmente, significa absurdo ou grotesco, e era empregado por homens que insistiam em que as formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas senão da maneira adotada por gregos e romanos. Todos os elementos do Renascimento reaparecem no Barroco, porém elevados ao grau máximo de representação.

54 O BARROCO Não foi somente a Igreja Romana que descobriu o poder da arte para impressionar e dominar pela emoção. Os reis e príncipes da Europa seiscentista estavam igualmente ansiosos por exibir seu poderio e assim aumentar a sua ascendência sobre a mente de seus súditos.

55 A CIDADE BARROCA Entendida como um espaço político, centro poderoso de decisão e de grande importância estratégica, a cidade medievo-renascentista do século XVI sofreu intervenções que permitiram a abertura de ruas e praças, edificadas dentro dos princípios da simetria e da proporção. Os ideais estéticos da RENASCENÇA defendiam o alargamento de vias, as quais deveriam confluir para construções monumentais, agora destacadas em praças ajardinadas, repletas de fontes esculturais, estátuas e colunatas.

56 A CIDADE BARROCA Villa Rotonda, (1566, Vicenza). Em I Quattro Libri dell Architettura (1570), ANDREA PALLADIO ( ) estabeleceu as premissas de concepção tanto da arquitetura como da cidade, as quais se baseavam em uma atitude de lógica e de produção mental, estabelecendo a relação das partes e a harmonia das suas grandezas, o que foi muito bem exemplificado através do projeto de suas villas.

57 A CIDADE BARROCA Surgimento do Estado Nacional como expressão de um todo territorial, de uma integração em vez de uma soma do conjunto aditivo de cidades. A formação da Cidade Capital vinculada ao desenvolvimento da urbanística praticada pelo Barroco em tratar de forma cenográfica os espaços urbanos. Capital moderna de criação barroca onde estão associadas as sedes de poder que tudo absorviam e suscitava à grandes intervenções urbanas em cada uma das capitais que se firmavam através deste conceito

58 A CIDADE BARROCA A nova concepção do espaço urbano tornou-se um dos grandes triunfos da mentalidade barroca: organizar o espaço, tornando-o contínuo, reduzindo-o à media e à ordem, estendendo os limites da grandeza, para abranger o extremamente remoto e o extremamente pequeno, finalmente, associando o espaço ao movimento e ao tempo. Uma espécie de início do que conhecemos hoje como zoneamento uso do solo. A linguagem barroca oferecia dinâmica, movimento e drama à forma clássica estática do renascimento, para que fosse acessível a todos, que fosse revelado de forma sedutora para as inúmeras camadas sociais.

59 A CIDADE BARROCA Afresco da Biblioteca Vaticana mostrando o plano de Sisto V e Domenico Fontana para Roma, (INSOLERA, 1981, p. 193) Extensas avenidas cortando a preexistência medieval,os sítios arqueológicos, formando eixos perspectivos que uniriam muitas das principais basílicas cristãs, nova legibilidade ao espaço urbano.

60 A CIDADE BARROCA Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ) No século XVII até meados do XVIII, a arte BARROCA promoveu um prolongamento em escala do Renascimento e, embora negasse suas normas rígidas e proporções imutáveis, manteve a perspectiva como elemento primordial na concepção espacial e da valorização das vias e monumentos (Kostof, 1991).

61 A CIDADE BARROCA A CIDADE BARROCA teve que atender às aspirações estéticas aristocráticas pela grandiloquência de suas formas expressão de poder, de ordem e de controle social e, ao mesmo tempo, aos interesses burgueses pelo seu aspecto socioeconômico (Goitia, 2003). Place Stanilas ant. Place Royale (Séc. XVII, Nancy, França)

62 A CIDADE BARROCA Place de la Liberátion, Séc. XVII, Dijon França. François Mansart. A cidade tornou-se um espetáculo para os olhos, emocionante e dinâmico que utilizava um repertório mais rico que o renascentista, composto por obeliscos, chafarizes, estátuas, colunatas e arcadas, além de grandes planimetrias, traçados radiocêntricos e ajardinamentos.

63 A CIDADE BARROCA Gravura da praça San Carlo a Torino, projetada por Carlo de Castellamonte, toda com arquitetura uniforme e as duas igrejas gêmeas emoldurando o eixo perspectivo da Via Roma projetada por Ascanio Vittozi, apenas a igreja da esquerda foi construída.

64 A CIDADE BARROCA Entrada norte de Roma Praça del Popolo e o obelisco egípcio e com a imagem de duas igrejas gêmeas com poucas características diferentes (Santa Maria de Miracoli e Santa Maria di Monte Santo).

65 Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ).

66 A CIDADE BARROCA Palácio de Versailles: vista aérea do palácio e do tridente (trivium) concebida pelo Rei Luís XV ( ).

67 A CIDADE BARROCA Até o RENASCIMENTO, a arte dos jardins resumia-se na apropriação pela cidade de espaços verdes naturais, que eram cercados e domesticados; ou então no cultivo de áreas verdes domésticas. Palácio Piccolomini, Pienza. A partir do BARROCO, os jardins expandiram-se em amplas praças com desenhos geométricos e escalonados em diversos planos.

68 A CIDADE BARROCA Principais elementos do URBANISMO BARROCO, característico da Europa dos séculos XVII e XVIII: a) Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, passando a simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes); b) Caráter monumental expresso pela busca da grandiosidade e pela criação de verdadeiras cidades-cenário, o que foi obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.

69 A CIDADE BARROCA c) Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica simetria, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto imponente e sólido das obras, além da artificialidade dos jardins; d) Paisagem concebida como construção humana, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico: proliferam eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d água. Piazza di Spagna, , Roma. Francesco de Sanctis.

70 A CIDADE BARROCA e) Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos. Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ).

71 A CIDADE BARROCA - FRANÇA Jardin du Palais de Versailles (1668/85) André Le Nôtre ( ) O JARDIM BARROCO estabelecia-se como uma paisagem completa, simétrica e regular, na qual os edifícios eram vistos como cenários e a natureza trabalhada como massas compactas e artificiais. Os cursos d água eram canalizados, os percursos pré-estabelecidos e todo o desenho dominado por relvados e alamedas, canteiros floridos, chafarizes, colunatas e estátuas. Jardin du Château de Chantilly (1663)

72 A CIDADE BARROCA - FRANÇA Segundo LE NÔTRE, os jardins franceses deveriam ser compostos por: Traçados retilíneos e radiocêntricos compostos por caminhos e arruamentos de cascalhos para o tráfego de cavalos e carruagens; Amplos relvados, alamedas, cercasvivas, trepadeiras e canteiros formando desenhos geométricos e bordaduras curvilíneas, separados de bosques; Criação de cursos d água (canais e lagos artificiais), assim como perspectivas que destacassem as fachadas arquitetônicas, os portões de acesso e os elementos decorativos em profusão. André Le Nôtre ( ) Jardin de Villandry

73 A CIDADE BARROCA A CIDADE BARROCA foi a espacialização dos ideais do absolutismo e seu traçado centro urbano, palácio e jardim baseava-se em um conjunto de premissas teóricas e de idealização perspéctica e geométrica. O uso de eixos divergentes e convergentes era a expressão e instrumento do poder e da ordem monárquica, representando um ponto de vista simultaneamente unívoco e abrangente, que aconteceu em outros países europeus.

74 A CIDADE BARROCA - PORTUGAL Com o Grande Terremoto de 1755, em que a parte antiga e medieval de Lisboa foi totalmente destruída, o MARQUÊS DE POMBAL ( ) realizou um plano urbano que remodelou seu centro e impôs um traçado geometrizado, que valorizava a criação de praças e o destaque de monumentos. Marquês de Pombal ( ) Lisboa

75 REFERÊNCIAS SUMMERSON, John. A linguagem clássica da arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2006 NEVES, André Lemoine. Território O pensamento sobre a cidade no Renascimenrto e seus reflexos em Portugal séculos XV-XVII. Humanae, v.1, n.3, p.27-43, Dez PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à História da Arquitetura: das origens ao século XXI.Trad. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, p BENÉVOLO, Leonardo. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, FAZIO, Michael. A História da arquitetura mundial. Porto Alegre: Bookman, 2011.

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