TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2
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- João Victor Conceição César
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1 TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2 Profª. Ana Paula de O Zimmermann Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás
2 A Cidade Barroca
3 O Barroco Na Itália, após o Concílio de Trento ( ), surge uma igreja revigorada pela definição de novas posturas pela Contra-Reforma, que se volta para as massas e permite uma concepção mais emocional e universalmente compreensível. O barroco rompe, assim, com o intelectualismo classicista do Maneirismo.
4 O Barroco "Barroco", realmente, significa absurdo ou grotesco, e era empregado por homens que insistiam em que as formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas senão da maneira adotada por gregos e romanos. Todos os elementos do Renascimento reaparecem no Barroco, porém elevados ao grau máximo de representação.
5 O Barroco Não foi somente a Igreja Romana que descobriu o poder da arte para impressionar e dominar pela emoção. Os reis e príncipes da Europa seiscentista estavam igualmente ansiosos por exibir seu poderio e assim aumentar a sua ascendência sobre a mente de seus súditos.
6 A Cidade Barroca Entendida como um espaço político, centro poderoso de decisão e de grande importância estratégica, a cidade medievo-renascentista do século XVI sofreu intervenções que permitiram a abertura de ruas e praças, edificadas dentro dos princípios da simetria e da proporção. Os ideais estéticos da Renascença defendiam o alargamento de vias, as quais deveriam confluir para construções monumentais, agora destacadas em praças ajardinadas, repletas de fontes esculturais, estátuas e colunatas.
7 A Cidade Barroca Villa Rotonda, (1566, Vicenza). Em I Quattro Libri dell Architettura (1570), ANDREA PALLADIO ( ) estabeleceu as premissas de concepção tanto da arquitetura como da cidade, as quais se baseavam em uma atitude de lógica e de produção mental, estabelecendo a relação das partes e a harmonia das suas grandezas, o que foi muito bem exemplificado através do projeto de suas villas.
8 A Cidade Barroca Surgimento do Estado Nacional como expressão de um todo territorial, de uma integração em vez de uma soma do conjunto aditivo de cidades. A formação da Cidade Capital vinculada ao desenvolvimento da urbanística praticada pelo Barroco em tratar de forma cenográfica os espaços urbanos. Capital moderna de criação Barroca onde estão associadas as sedes de poder que tudo absorviam e suscitava à grandes intervenções urbanas em cada uma das capitais que se firmavam através deste conceito
9 A Cidade Barroca A nova concepção do espaço urbano tornou-se um dos grandes triunfos da mentalidade barroca: organizar o espaço, tornando-o contínuo, estendendo os limites da grandeza, para abranger o extremamente remoto e o extremamente pequeno, finalmente, associando o espaço ao movimento e ao tempo. Uma espécie de início do que conhecemos hoje como zoneamento uso do solo. A linguagem Barroca oferecia dinâmica, movimento e drama à forma clássica estática do Renascimento, para que fosse acessível a todos, que fosse revelado de forma sedutora para as inúmeras camadas sociais.
10 Afresco da Biblioteca Vaticana mostrando o plano de Sisto V e Domenico Fontana para Roma, (INSOLERA, 1981, p. 193) Extensas avenidas cortando a preexistência medieval,os sítios arqueológicos, formando eixos perspectivos que uniriam muitas das principais basílicas cristãs, nova legibilidade ao espaço urbano.
11 A CIDADE BARROCA Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ) No século XVII até meados do XVIII, a arte BARROCA promoveu um prolongamento em escala do Renascimento e, embora negasse suas normas rígidas e proporções imutáveis, manteve a perspectiva como elemento primordial na concepção espacial e da valorização das vias e monumentos (Kostof, 1991).
12 A CIDADE BARROCA A CIDADE BARROCA teve que atender às aspirações estéticas aristocráticas pela grandiloquência de suas formas expressão de poder, de ordem e de controle social e, ao mesmo tempo, aos interesses burgueses pelo seu aspecto socioeconômico (Goitia, 2003). Place Stanilas ant. Place Royale (Séc. XVII, Nancy, França)
13 A CIDADE BARROCA Place de la Liberátion, Séc. XVII, Dijon França. François Mansart. A cidade tornou-se um espetáculo para os olhos, emocionante e dinâmico que utilizava um repertório mais rico que o renascentista, composto por obeliscos, chafarizes, estátuas, colunatas e arcadas, além de grandes planimetrias, traçados radiocêntricos e ajardinamentos.
14 Gravura da praça San Carlo a Torino, projetada por Carlo de Castellamonte, toda com arquitetura uniforme e as duas igrejas gêmeas emoldurando o eixo perspectivo da Via Roma projetada por Ascanio Vittozi, apenas a igreja da esquerda foi construída.
15 Entrada norte de Roma - Praça del Popolo e o obelisco egípcio e com a imagem de duas igrejas gêmeas com poucas características diferentes (Santa Maria de Miracoli e Santa Maria di Monte Santo).
16 Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ).
17 Palácio de Versailles: vista aérea do palácio e do tridente (trivium) concebida pelo Rei Luís XV ( ).
18 Principais elementos do URBANISMO BARROCO, característico da Europa dos séculos XVII e XVIII: a) Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, passando a simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes); b) Caráter monumental expresso pela busca da grandiosidade e pela criação de verdadeiras cidadescenário, o que foi obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.
19 c) Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica simetria, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto imponente e sólido das obras além da artificialidade dos jardins; d) Paisagem concebida como construção humana, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico: proliferam eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d água. Piazza di Spagna, , Roma. Francesco de Sanctis.
20 e) Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos. Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ).
21 A CIDADE BARROCA A CIDADE BARROCA foi a espacialização dos ideais do absolutismo e seu traçado centro urbano, palácio e jardim baseava-se em um conjunto de premissas teóricas e de idealização perspéctica e geométrica. O uso de eixos divergentes e convergentes era a expressão e instrumento do poder e da ordem monárquica, representando um ponto de vista simultaneamente unívoco e abrangente, que aconteceu em outros países europeus.
22 Proximas aulas: Antecedentes Históricos à colonização brasileira. Formação do Império Islâmico
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