UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS CCHL PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIA POLÍTICA PLANO DE ENSINO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS CCHL PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIA POLÍTICA PLANO DE ENSINO 1.1. Ano: Disciplina: Metodologia de Pesquisa em Ciência Política 1.3. Crédito: Carga Horária: 60hs 1.5. Caráter: Obrigatória 1.6. Professora: Monique Menezes 1.7. Contato: moniquemenezes@gmail.com Metodologia e Pesquisa Social. A Ciência na Ciência Política. A Inferência Descritiva. Causalidade e Inferência Causal. Os Métodos Quantitativo e Qualitativo na Pesquisa Social. O Método Comparado. O Processo de Mensuração dos Conceitos na Pesquisa Social. A Relação entre Teoria e Prática: Operacionalização e Observação. O Desenho da Pesquisa Empírica na Ciência Social. Apresentar aos mestrandos algumas das principais questões que norteiam um desenho de pesquisa. A lógica é mostrar como se monta um projeto de pesquisa em Ciência Política observando-se três grandes critérios: o problema de pesquisa, a construção de uma hipótese e as evidências empíricas que comprovam as questões levantadas numa pesquisa acadêmica. Visando atingir essa finalidade o curso se concentrará em discussões relativas aos conceitos e alguns tipos de proposições que orientam a pesquisa (hipóteses, causalidade, descrição) bem como analisará problemas diretamente ligados ao desenho de pesquisa considerando-se a controvérsia entre pesquisa quantitativa e qualitativa. Por fim, técnicas que discutem os estudos de casos e a comparação entre um número reduzido de casos (seleção, limites para generalização teórica e tipos de casos). Página1

2 Metodologia é o estudo dos métodos, das técnicas e dos procedimentos que os cientistas lançam mão em suas pesquisas. O ensino da metodologia, porém, não consiste apenas em apresentar um receituário de aplicação de instrumentos de pesquisa (know-how). O foco principal deve ser a adequação entre as finalidades da pesquisa e os melhores procedimentos para se atingir esses objetivos. Não há método de pesquisa ou instrumento de investigação adequado para todas as indagações científicas. É importante, portanto, que se enfatize também o (know-why). Porque e quando se deve lançar mão de métodos estatísticos? E as entrevistas em profundidade, quais as suas utilidades e seus limites? O que podemos concluir com observações participantes? O ensino da metodologia de pesquisa é, portanto, o ensino da própria lógica da investigação científica. É essa compreensão que fornece sentido à organização desse curso. Pode-se dizer, mesmo sob o risco de uma grosseira simplificação, que a investigação científica implica três etapas sequenciais e interconectadas, a saber: i. a construção do objeto de pesquisa; ii. a escolha dos métodos para a produção dos dados empíricos adequados iii. a análise dos resultados. Essas três etapas fornecem o fio condutor da disciplina e o seu núcleo central. i. O que é ciência e o que é ciência social a. Elaboração de projetos de pesquisa ii. b. O que é ciência e o que é ciência social A inferência Descritiva e Causalidade a. Conceitos e Medidas b. Inferência Descritiva c. Causalidade d. Validade Página2

3 iii. Desenho de Pesquisa a. Formatação do Desenho de Pesquisa iv. Metodologias Qualitativa e Quantitativa a. Metodologia Qualitativa i. Entrevistas individuais e focais; ii. Análise de conteúdo e discurso iii. Estudo de Caso b. Metodologia Quantitativa i. Construção de instrumento de pesquisa estruturado ii. Amostras para pesquisa quantitativa c. Análise Comparada AGRESTI, A. e FINALI, B. Métodos estatísticos para Ciências Sociais. Porto Alegre: Editora Penso, 4ª Edição, ADCOCK, R. and COLLIER, D. Measurement Validity: A Shered Standard for Qualitative and Quantitative Research. American Political Science Review, Vol.95, Nº 3, September, 2001 BABBIE, E. Métodos de pesquisa de survey. Belo Horizonte, Editora: UFMG, 1999 BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER, M. W. e GASKELL, G. (orgs) Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Rio de Janeiro: Editora Vozes, BERG-SCHLOSSER, D. Mixed Methods in Comparative Politics: principles and applications. Marburg, Germany: Palgrave Macmillan, BRADY, H. Causation and explanation in Social Science. In: The Oxford Handbook of Political Science. Oxford University Press, Página3

4 BRADY, H. E. e COLLIER, D. Rethinking Social Inquiry: Diverse Tools, Shared Standards. Lanham, Rowman and Littlefield, (Caps. 6, 9, 10, 11 e 12) CRESWELL, J. W e CLARK, V. L. P Pesquisa de Métodos Mistos. Porto Alegre: Penso, DILLMAN, D. SMYTH J. and CRISTIAN, L. M. Internet, mail, and mixed-mode survey: the tailored design method. Wiley, John Wiley & Sons, Inc (cap. 4 e 5) FIELD, A. Descobrindo a estatística usando o SPSS. Porto Alegre: Editora Artmed, FREARON, J and LAITIN, D. Integrating qualitative and quantitative methods. In: The Oxford Handbook of Political Science. Oxford University Press, GASKELL, G. Entrevistas Individuais e Focais. In: BAUER, M. W. e GASKELL, G (orgs) Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. Rio de Janeiro: Editora Vozes, GERRING, J. The case study: What it is and what it does. In: The Oxford Handbook of Political Science. Oxford University Press, GRAY, D. Pesquisa no mundo real. Porto Alegre: Editora Penso, 2ª Edição, GIL,, R. Análise de discurso. In: BAUER, M. W. e GASKELL, G (orgs) Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. Rio de Janeiro: Editora Vozes, KING, G. KEOHANE, Robert O. e VERBA, Sidney. Designing Social inquiry: scientific inference in qualitative research. Princeton, Princeton University Press LEVIN, J e FOX, J. A. Estatística aplicada para ciências humanas. São Paulo, Editora Pearson Education. 9ª Edição POUPART, J., DESLAURIERS, J. P., LAPERRIÈRE, A., MAYER, R., PIRES, A. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Editora Vozes, PRZERWORSKI, A. and SALOMON, F. On the art of writing proposal: some candid suggestions for applicants to Social Science Research Council Competition, Social Science Research Council, Página4

5 1995, rev última consulta em 02 de Fevereiro de RAGIN, C. Making comparative analysis count. Revista de História Comparada, v. 1, nº 1, Junho de RIHOUX, B. and RAGIN, C. Configurational comparative methods: qualitative comparative analysis (QCA) and related techniques. Los Angeles: SAGE Publications, ROCHA, DÉCIO e DEUSDARÁ, Bruno. Análise de Conteúdo e Análise de Discurso: o linguístico e seu entorno. Rio de Janeiro. D.E.L.T.A, 22:1, pág ROVAI, A. P., BAKER, J. D. And PONTON, M. K. Social science research Design and statistics: A practitioner s guide to research methods and SPSS analysis. Watertree Press, 2013 BOIX, C. and STOKES, S. Overview of comparative politics. In: The Oxford Handbook of Political Science. Oxford University Press, GABRIEL, J. M. Concepts Matter: A Framework for Political Science Concept Formation. Paper presented at the Annual Meeting of the American Political Science Association (Qualitative and Multi-Method Research Division) MCCBBINS, M and THIES, M. Rationality and foundations of positive political theory. Leviathan, Fall, Electronic copy available at: acesso em 10 de fevereiro. NØRGAARD, A. S. Political Science: witchcraft or craftsmanship? Standards for good research. World Political Science Review, v. 4, Issue 1, Article 5, PENNINGS P, KEMAN H. and KLEINNIJENHUIS J. Doing research in political science: an introduction to comparative methods and statistics. Second Edition, London, Sage Publications, Página5

6 SILVA, Cristiane R., GOBBI, Beatriz C. e SIMÃO, Ana A. O Uso da Análise de Conteúdo como uma Ferramenta para a Pesquisa Qualitativa: Descrição e Aplicação do Método. Organ. Rurais. Volume 7, nº 1, pág Lavras, VEIGA, L. A Utilização de Métodos Qualitativos na Ciência Política e no Marketing Político. Opinião Pública, Campinas, Vol. VII, nº 1, 2001, pp A disciplina será desenvolvida a partir de aulas dialogadas e seminários. Quadro de acrílico, pincel e Datashow, dentre outros. Serão realizadas quatro (3) avaliações, conforme a legislação vigente (Resolução 043). Os critérios de mensuração serão: 1) Domínio de Conteúdo; 2) Participação nas aulas; 3) Fundamentação teórica do conteúdo solicitado. O aluno deverá apresentar, no mínimo, um seminário utilizando os textos indicados pela professora (primeira avaliação), o projeto de pesquisa que pretende desenvolver (segunda avaliação) e a reestruturação do seu projeto de pesquisa, com base nas observações realizadas (terceira avaliação). A exposição do seminário deverá ter como base teórica o texto indicado pela professora. Além da apresentação oral, também deverá ser entregue um resumo da aula, semelhante a um plano de aula do tema a ser discutido. O conteúdo não poderá ser copiado ou recortado de textos extraídos da internet (Google). Caso isso ocorra, o professor deverá tomar as providencias regimentais cabíveis. OBSERVAÇÃO: o programa da disciplina e a bibliografia recomendada poderão sofrer alterações conforme necessidade do curso. Página6

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