CTA Newsletter Boletim Informativo do Grupo de Investigação em Ciência e Tecnologia Animal (CTA)

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1 CTA Newsletter Boletim Informativo do Grupo de Investigação em Ciência e Tecnologia Animal (CTA) Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM), Universidade de Évora Apartado Évora Portugal Telefone: Fax: icaam@uevora.pt Web: Número 3 30 de Setembro de 2011 EDITORIAL Neste número do CTA Newsletter damos continuidade ao iniciado no número anterior relativamente à publicação de artigos de investigação/divulgação. Para o efeito, e nesta edição, contamos com a colaboração, que muito nos honra, das Doutoras Maria Odete Afonso e Ana Sofia Santos, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, respectivamente. De referir que os artigos correspondem às Palestras proferidas no âmbito do Ciclo de Conferências CTA 2011-Medicina Preventiva e Saúde Pública, organizado conjuntamente pelo CTA, pelo Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora e pelo Projecto SAPUVETNET III. Assim, aproveito esta oportunidade para, e mais uma vez, apresentar os meus agradecimentos pessoais, e de todo o CTA, às Doutoras Maria Odete Afonso e Ana Sofia Santos pela sua disponibilidade e colaboração. Ainda a este propósito, é igualmente devida uma palavra de agradecimento à Colega Manuela Vilhena pela organização deste Ciclo de Conferências, pelo seu empenhamento e dedicação, e sem os quais não teria sido possível a sua realização e sucesso! Quanto ao resto, a informação encontra-se organizada nos moldes habituais. No entanto, e no que diz respeito às publicações, gostaríamos de chamar a atenção para o facto de repetirmos alguns registos em números sucessivos do CTA Newsletter, o que tem a ver com o intervalo entre a aceitação para publicação e a edição final, com volume e paginação. Por fim, os Editores do CTA Newsletter agradecem a todos os Colegas que ajudaram e contribuíram para a edição deste número, lançando desde já o desafio para o envio de informação para que no fim do ano possamos editar o próximo número. Fernando Capela e Silva Investigador Responsável do CTA INDICE Editorial, 1 Artigos CTA, 1 Notícias, 7 Investigação, 9 Publicações, 10 Ensino, Formação e Provas Académicas, 11 DESTAQUE Artigos CTA O papel dos insectos vectores pertencentes à Subfamília Phlebotominae e Família Glossinidae na transmissão de protozoários Trypanosomatidae: monitorização e controlo. O efeito das alterações climáticas nas populações vectoriais Maria Odete Afonso Febre Q uma realidade com contornos ainda pouco conhecidos em Portugal Ana Sofia Santos ARTIGOS CTA O PAPEL DOS INSECTOS VECTORES PERTENCENTES À SUBFAMÍLIA PHLEBOTOMINAE E FAMÍLIA GLOSSINIDAE NA TRANSMISSÃO DE PROTOZOÁRIOS TRYPANOSOMATIDAE: MONITORIZAÇÃO E CONTROLO. O EFEITO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NAS POPULAÇÕES VECTORIAIS 1 Maria Odete Afonso, MD, PhD Professora de Entomologia Médica da Unidade de Ensino e Investigação de Parasitologia Médica (UEI PM), Unidade de Parasitologia e Microbiologia Médicas (UPMM), Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Universidade Nova de Lisboa (UNL). odeteafonso@ihmt.unl.pt 1 Palestra proferida no âmbito do Ciclo de Conferências CTA 2011-Medicina Preventiva e Saúde Pública, Grupo de Investigação em Ciência e Tecnologia Animal, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM), Universidade de Évora, Flebótomos (Diptera, Phlebotominae) e a transmissão vectorial de Leishmania sp. São conhecidos vários Géneros pertencentes à Subfamília Phlebotominae dos quais dois apresentam importância em Medicina humana e veterinária, nomeadamente o Género Phlebotomus no Velho Mundo e o Género Lutzomyia no Novo Mundo. Cerca de 50 espécies são vectoras de Leishmania spp. e podem ser ainda vectoras de arbovirus, Bartonela sp. e agentes de Harara. Morfologicamente, os adultos são dípteros de reduzidas dimensões, com 2 a 5 mm de comprimento, de cor castanha, clara ou escura, com antenas iguais em ambos os sexos, aparelho bucal vulnerante na fêmea, asas lanceoladas, pilosas, com seis nervuras longitudinais, sendo a segunda nervura bifurcada duas vezes, e dimorfismo sexual acentuado. Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 1

2 Em relação ao ciclo de vida, os adultos, ou imagos, apresentam uma vida aérea e as fases imaturas uma vida terrestre. As fêmeas são hematófagas e fitófagas e os machos somente fitófagos. As fêmeas efectuam as posturas em solos húmidos, tais como tocas de roedores, grutas, galinheiros, coelheiras, lixeiras, buracos nos muros e outros, onde se desenvolvem as larvas. Estas são saprófagas e apresentam diapausa nas regiões temperadas. As pupas não se alimentam até à eclosão dos adultos. A duração média do ciclo de vida (ovo a adulto) é de 45 a 60 dias, o número de gerações anuais, nos climas temperados, é de um a dois e a actividade dos imagos é crepuscular e/ou nocturna, cessando entre os 12º-16ºC. As fêmeas flebotomínicas apresentam susceptibilidade a uma ou mais espécies de Leishmania quando têm a capacidade de se infectarem, ao efectuarem uma refeição sanguínea em hospedeiros vertebrados infectados, e de se tornarem infectantes, transmitindo as formas metacíclicas infectantes, posteriormente, por picada, a hospedeiros vertebrados, sejam estes reservatórios ou hospedeiros acidentais. O ciclo de vida do parasita, no vector, efectua-se em cerca de cinco a nove dias, o mecanismo de transmissão é activo e o tipo de transmissão é biológico/cíclico evolutivo multiplicativo. No que diz respeito às leishmanioses, a existência de focos, zoonóticos, ou antoponóticos, está limitada à presença dos vectores específicos dos parasitas, à competência vectorial, à distribuição, à capacidade de dispersão, à abundância, à existência de hospedeiros vertebrados infectados e às condições climáticas e ambientais em geral. É de salientar que os flebótomos não são mosquitos (culicídeos) uma vez que as suas características morfológicas e bioecológicas nada têm a ver com a Família Culicidae. Igualmente, não se deve fazer a tradução literal do termo utilizado em inglês sand flies para moscas da areia pois, também em relação à sua posição sistemática, os flebótomos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) não são moscas. Além disso, a referida tradução pode levar a pensar que estes dípteros se desenvolvem junto a praias. Esta dedução é um erro grave, principalmente em termos da transmissão vectorial do protozoário Leishmania pertencente à Família Trypanosomatidae. Vectores de Leishmania sp. em Portugal, monitorização e controlo Portugal é uma região endémica de leishmaniose humana (visceral e cutânea) e canina. Neste sistema biológico, o cão é o principal reservatório de Leishmania infantum, os seres humanos são hospedeiros acidentais e os insectos flebótomos, ou flebotomíneos, são os vectores do agente patogénico. Estes insectos são, também, os agentes focalizadores da doença. No que diz respeito ao estudo dos flebótomos, não podemos deixar de referir o nome de Carlos França ( ). Este médico, parasitologista e bacteriologista, é considerado o primeiro entomologista médico português. Dedicou-se ao estudo destes insectos tendo assinalado e descrito espécies flebotomínicas, não só em Portugal mas também no Novo Mundo, várias vezes em colaboração com ilustres investigadores estrangeiros como Parrot. Desde os anos 70 do Século XX até à presente data, o Investigador Doutor Carlos Alves Pires (UPMM/IHMT/UNL) tem-se dedicado aos estudos dos flebótomos de Portugal, com particular relevância na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, na região da Grande Lisboa, Évora e Algarve. Desde o início do Século XXI, alguns investigadores portugueses têm finalmente optado pelo estudo dos flebótomos! Se a leishamaniose é ainda considerada uma zoonose negligenciada, os vectores foram considerados de último plano. Ora, sendo esta parasitose uma doença transmitida por vectores, estes nunca poderão deixar de ser importantes! Em Portugal são conhecidas cinco espécies flebotomínicas, nomeadamente Phlebotomus papatasi, P. sergenti, P. perniciosus, P. ariasi e Sergentomyia minuta. Até à presente data, na região de Trás-os-Montes e Alto Douro predomina P. ariasi ocorrendo também P. perniciosus e S. minuta. Na região de Lisboa e Arrábida verifica-se a existência de quatro espécies: P. perniciosus, P. ariasi, P. sergenti e S. minuta. Em Évora, na região do Alqueva e Algarve, verifica-se a existência das cinco espécies acima referidas com predominância de P. perniciosus. Na região de Trás-os-Montes e Alto Douro e na região da Grande Lisboa foram encontrados P. ariasi e P. perniciosus naturalmente infectados com Leishmania infantum. Fêmeas de P. perniciosus foram encontradas infectadas quer no Sotavento, quer no Barlavento Algarvio. Assim, P. ariasi e P. perniciosus são comprovadamente vectores de L. infantum no país. A captura de fêmeas infectadas tem-se verificado entre Junho e Setembro. Apesar de as referidas regiões terem sido estudadas, e algumas delas continuarem a ser (projecto EDENnext, UE), confirmando a existência e a manutenção de verdadeiros focos de leishmaniose (hospedeiros vertebrados e vectores infectados), em outras regiões e localidades do país nunca foram efectuados inquéritos flebotomínicos, desconhecendose as espécies existentes e as taxas de infecção dos vectores. Contudo, em muitas destas regiões, não estudadas em termos vectoriais, sabe-se da ocorrência de leishmaniose canina ( Assim, torna-se imperativo a monitorização dos flebótomos para que medidas de controlo vectorial possam ser tomadas e/ou incrementadas a par da prevenção e controlo da doença. Importa referir que P. sergenti e P. papatasi são vectores de L. tropica e L. major respectivamente mas, até à presente data, não são conhecidos casos autóctones (transmissão pelas referidas espécies vectoras). Contudo, devido a vários factores, o país não está livre do risco de introdução das referidas espécies de Leishmania. Para se efectuar a monitorização flebotomínica, de uma determinada região, é necessário: Capturar flebótomos em várias localidades e em diferentes tipos de biótopos; Identificar as espécies flebotomínicas de ambos os sexos; Determinar: coordenadas, condições climáticas e ambientais, distribuição das espécies, abundância relativa, associação, densidades, variações sazonais, endofagia / exofagia, preferências hemáticas, taxas de infecção por Leishmania sp., Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 2

3 época(s) de maior risco de transmissão vectorial. No que diz respeito ao controlo vectorial, em Portugal, tendo em conta a bioecologia dos vectores e a transmissão vectorial do parasita, as principais medidas a efectuar são as seguintes: Potenciais criadouros domésticos: galinheiros higiene, coelheiras higiene, muros sem buracos e pintados, vegetação (junto a casas e canis) preferencialmente a que apresenta efeito repelente para os flebótomos. Cães não infectados e infectados (ainda que em tratamento): utilização de coleiras impregnadas com insecticidas/repelentes, desde o início da Primavera até ao início do Inverno. Formação e informação: técnicos de saúde, proprietários de cães, entidades competentes, centrais, regionais e locais, comunicação social, população em geral. Repercussões das alterações climáticas nos flebótomos vectores de Leishmania, em Portugal Recentemente, o projecto SIAM II (Alterações Climáticas em Portugal. Cenários, Impactos e Medidas de Adaptação, 2006) realizou estudos no âmbito das alterações climáticas /artrópodes vectores/transmissão vectorial de agentes patogénicos. Assim, ao verificarem-se aumentos das temperaturas médias anuais, em futuros cenários, e no que diz respeito ao principal vector de Leishmania no país, nomeadamente P. perniciosus, poderá ocorrer, pelo menos nas três regiões estudadas (Trás-os-Montes e Alto Douro, Arrábida e Sotavento Algarvio), o seguinte: Aumento do período de actividade dos flebótomos adultos: eclodem mais cedo, devido ao encurtamento do período de diapausa larvar, e desaparecem mais tarde; Aumento das gerações anuais: uma vez que o período de actividade flebotomínica aumenta, de uma a duas gerações anuais, que são as que ocorrem presentemente, poderão ocorrer mais picos de eclosão; Aumento da densidade vectorial: as temperaturas tornar-se-ão mais favoráveis à sobrevivência e actividade flebotomínica; Aumento do número de dias, por ano, favoráveis ao desenvolvimento de Leishmania intravectorial: o aumento da temperatura favorece e acelera o ciclo de vida do parasita no vector; Aumento do número de dias, por ano, favoráveis à transmissão vectorial de Leishmania. Actualmente, com o que já se verifica não só em Portugal mas também em outros países, alguns dos quais nem eram regiões endémicas de leishmaniose, vários relatórios internacionais têm sido elaborados onde são apresentadas numerosas recomendações no que diz respeito à doença, aos parasitas, aos reservatórios, aos hospedeiros acidentais, aos vectores, às alterações climáticas e ambientais. Apesar de toda esta problemática, não será por desconhecimento que medidas de adaptação não serão efectuadas. Família Glossinidae: glossinas, moscas do sono ou moscas tsé-tsé As glossinas são moscas exclusivamente africanas, subsarianas e preferencialmente continentais. A Família Glossinidae apresenta apenas um único Género, o Género Glossina, com 31 espécies e subespécies dividas em três Grupos ou Subgéneros de acordo com as suas características ecológicas e morfológicas. O limite da distribuição glossínica deve-se a factores abióticos (acentuado défice higrométrico e elevadas temperaturas a Norte, deserto do Sahara, e a Sul, deserto do Namibe, temperaturas muito baixas, incompatíveis com a sobrevivência destes insectos) e a factores bióticos (vegetação e hospedeiros vertebrados preferenciais, fontes de alimentação). Contrariamente a outros dípteros com importância médica, as glossinas adultas, quer machos, quer fêmeas, são exclusivamente hematófagas, ou seja, ambos os sexos podem ser potenciais vectores de tripanossomas humanos e/ou animais, dando origem à tripanossomose humana africana, ou doença do sono, e às tripanossomoses animais, ou nagana. As espécies e subespécies pertencentes ao Grupo palpalis ou Subgénero Nemorhina distribuem-se fundamentalmente por zonas de elevada humidade da África Ocidental e Central, assim como as pertencentes ao Grupo fusca ou Subgénero Austenina. As pertencentes ao Grupo morsitans ou Subgénero Glossina s. str. ocupam, predominantemente, vastas áreas de savana e/ou bosque e zonas de floresta aberta da África Oriental. Morfologicamente, as glossinas adultas são moscas alongadas (em repouso, as asas cruzam uma sobre a outra e sobre o abdómen), de aspecto robusto, de cor acastanhada (escura ou clara) e de comprimento entre 6 a 16 mm. As antenas apresentam o 3º segmento alongado e uma arista cuja face dorsal apresenta sedas secundariamente ramificadas. Nas asas, a 4ª e a 5ª nervuras delimitam uma célula, ou malha, em forma de machado, característica do Género Glossina. Os machos e as fêmeas distinguem-se através das genitálias ou terminálias. Em relação ao ciclo de vida, os adultos, ou imagos, apresentam uma vida aérea e algumas fases imaturas uma vida terrestre (LIII e pupa). Durante a cópula, o pénis penetra a vagina e a sua porção terminal adapta-se à abertura do canal das espermatecas das fêmeas. O esperma migra para as espermatecas e posteriormente o ovo é fertilizado no útero pelos espermatozóides vindos das espermatecas. Três dias depois, dá-se início ao primeiro estádio larvar (LI). Quando a larva chega ao estádio III (LIII) é expulsa dando-se então a larviposição ou postura. O mecanismo de viviparidade adenotrófica, existente nas glossinas, deve-se ao facto da fecundação do ovo e a alimentação e desenvolvimento larvares processarem no interior do útero. A larviposição é normalmente diurna e é efectuada em locais favoráveis à larva, nomeadamente junto aos locais habituais de repouso dos adultos, em solos não compactos, Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 3

4 por vezes arenosos, sob troncos e ramos caídos de árvores ou juntos às grandes raízes das mesmas, em buracos existentes no solo, mas sempre à sombra. Já no solo, a LIII apresenta o corpo em forma de barril, de cor esbranquiçada, com vários segmentos, encontrando-se, no último, os dois lobos polipneusticos (lobos respiratórios). Esta larva apresenta movimentos de reptação e tem um curto período de vida livre à superfície do solo de apenas alguns minutos. Depois, penetra no solo, permanecendo a pouca profundidade, imobiliza-se, o tegumento escurece, a cor de branca passa a amarela, laranja, castanha e, por fim, endurece e torna-se opaca. O pupário, revestimento exterior da pupa, é castanho muito escuro ou preto, apresentando na extremidade posterior os característicos lobos polipneusticos. Correntemente, ao pupário e ao seu conteúdo dá-se o nome de pupa. O pico de eclosão dos adultos verifica-se, vulgarmente, a meio da tarde, condicionado pelo fotoperíodo e, principalmente, pela temperatura, não se efectuando a temperaturas muito baixas ou muito elevadas. A jovem glossina sai do pupário, por rotura deste, através de uma fenda circular. No adulto recém-eclodido, ou teneral, as asas, o tórax e o abdómen expandem-se, o probóscis adquire a posição horizontal e a quitina inicia o seu endurecimento estando o insecto apto a voar cerca de uma hora após a eclosão. Esta glossina, após um a dois dias, procura um hospedeiro vertebrado para efectuar a sua primeira refeição sanguínea que se realiza durante o dia. Vectores de Trypanosoma sspp., tripanossomose humana africana e nagana Na África Ocidental e Central, durante o dia, as pessoas, em áreas florestais, rurais e periurbanas, assim como o seu gado, estão sujeitas a serem picadas e infectadas por espécies glossínicas do Grupo palpalis. Na África Oriental, caçadores, lenhadores e turistas, em reservas de caça, entre outros, estão sujeitos a serem picados e infectados por espécies glossínicas do Grupo morsitans. Verifica-se tripanossomose humana africana em 36 países deste Continente, são conhecidos, pelo menos, 200 focos da doença e 50 milhões de pessoas estão em risco de adquirirem esta parasitose. Contudo, somente 3,5 milhões têm acesso a serviços de saúde capazes de a diagnosticar. Nas últimas décadas do Século XX (anos 70 e 80) verificouse a reemergência desta grave patologia que, não tratada, conduz irremediavelmente à morte. A tripanossomose humana africana causada por Trypanosoma brucei gambiense, que se verifica na África Ocidental e Central, é uma infecção crónica, em que há um estado hemolinfático, que pode levar anos e, posteriormente, um estado meningoencefálico. Os principais vectores, consoante as regiões, são: Glossina palpalis palpalis, G. p. gambiensis, G. tachinoides, G. fuscipes fuscipes e G. f. quanzensis. O ser humano pode ser o principal reservatório do parasita mas verificam-se também reservatórios animais, domésticos, nomeadamente ovinos, suínos e bovinos, e animais silváticos como os antílopes. A tripanossomose humana africana causada por Trypanosoma brucei rhodesiense, que se verifica predominantemente na África Oriental, é uma infecção aguda, em que há um estado hemolinfático e um estado meningoencefálico que se desenvolvem rapidamente em semanas ou poucos meses. Os principais vectores, consoante as regiões, são: G. morsitans morsitans, G. m. centralis, G. pallidipes e G. swynnertoni. Neste tipo de triapnossomose, animais domésticos e principalmente os silváticos são os reservatórios do tripanossoma. Trypanosoma brucei brucei, T. congolense e T. vivax são os tripanossomas animais com maior importância em Medicina veterinária. Por exemplo, no gado bovino podem provocar elevada mortalidade além de fraco crescimento, infertilidade e aborto. Também o gado suíno, ovino e caprino é afectado pelas infecções tripanossómicas. Como se mantêm, aparentemente, em boas condições durante mais tempo, tornam-se excelentes reservatórios dos referidos tripanossomas. O gado bovino tipo N Dama, que apresenta tripanotolerância e sobrevive à infecção sem tratamento, constitui uma minoria em relação ao restante gado bovino existente no Continente Africano e mesmo os tripanotolerantes sofrem severas repercussões durante os primeiros meses de vida em áreas fortemente infestadas por glossinas vectoras. Ciclo de vida dos tripanossomas (Kinetoplastida, Trypanosomatidae) nas glossinas (Diptera, Glossinidae) Nas glossinas susceptíveis, os tripanossomas apresentam transformações morfológicas, metabólicas e multiplicações cujo local onde ocorrem, no insecto, é variável segundo as espécies tripanossómicas: Trypanosoma (Duttonella) vivax, no vector, apresenta o ciclo mais simples, onde a quase totalidade do mesmo se desenrola na armadura bucal. T. (Nannomonas) congolense apresenta um ciclo intermédio, onde apenas o probóscis e o intestino médio, ou estômago, estão envolvidos. T. (Trypanozoon) brucei ssp. apresenta o ciclo mais complexo, implicando o estômago (formas procíclicas do parasita), o proventrículo (formas proventriculares), o probóscis e, por último, as glândulas salivares onde as formas proventrículares se transformam em epimastigotas, multiplicam-se e dão origem às formas metacíclicas infectantes que, através da saliva, serão inoculadas no hospedeiro vertebrado. A duração dos ciclos, consoante as espécies dos tripanossomas, podem variar, nos vectores, em média de 6 a 30 dias. Aspectos históricos do controlo das tripanossomoses africanas e dos vectores: intervenção portuguesa em áreas endémicas Em 1901, Portugal foi o primeiro país a iniciar campanhas contra a doença do sono (inicialmente em Angola e Ilha do Príncipe). Desde esse ano até meados dos anos 70 do Século XX, data em que esta grave parasitose já se encontrava praticamente debelada, os portugueses efectuaram várias missões e criaram brigadas em todas as ex-colónias africanas endémicas de doença do sono (Guiné Bissau, Angola e Moçambique). Igualmente, de forma Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 4

5 sustentada, foram motivo de estudo e controlo as tripanossomoses animais e os vectores. Daremos como exemplo da intervenção portuguesa no estudo e combate das glossinas, a Ilha do Príncipe, que em 1958, pela segunda e última vez, conseguiram erradicar Glossina palpalis palpalis. As tse-tsés desenvolveram-se ao terem sido levadas do Continente Africano sob a forma de pupas, provavelmente em vasos de plantas. Esta Missão esteve a cargo do Professor Doutor Fraga de Azevedo, então Director do Instituto de Medicina Tropical de Lisboa. Só para se poder ter uma pequena ideia do esforço da Missão, foram efectuadas e distribuídas, na Ilha, armadilhas para captura destes insectos. Estas armadilhas nada têm a ver com as pequenas armadilhas para captura de mosquitos, ou de flebótomos. As glossinas são atraídas por vultos de grandes dimensões e, sabendo-se desse comportamento, foram então capturadas glossinas por armadilhas tipos Morris e Harris, e adaptações como a armadilha Esperança, com e sem insecticida no interior. A erradicação, neste caso, pôde ocorrer graças ao enorme esforço de todos os intervenientes mas também por se tratar de uma Ilha. No Continente, preconizou-se o controlo vectorial de forma a manter as chamadas manchas glossínicas o mais restritas possíveis e baixando a abundância das mesmas. As últimas décadas do Século XX, anos 70 e 80, marcaram no Continente Africano a reemergência das grandes endemias consideradas clássicas e, entre elas, verificou-se a recrudescência dos antigos focos da doença do sono, quer do tipo gambiense, quer do tipo rodesiense. O aparecimento de novos focos também tem ocorrido. Actualmente, alguns países, como Angola, que apresentam uma elevada prevalência e transmissão de tripanossomose humana e animal, e que se encontram em situação epidémica, estão já a tomar medidas contra a doença e o vector. Luta contra as glossinas: monitorização e controlo Numa determinada região endémica, e na eventualidade de se pretender agir de forma contínua, persistente e duradoura, tendo como objectivo reduzir os níveis da doença e da transmissão de tal forma que as tripanossomoses africanas, humana e dos animais domésticos, se mantenham controladas, há que considerar, de uma forma global, os seguintes factores: Condições epidemiológicas locais, Métodos específicos de controlo (doentes, reservatórios, vectores), Número e qualificação dos diferentes técnicos envolvidos, Meios financeiros disponíveis, Receptividade das comunidades rurais e periurbanas abrangidas. Não nos iremos debruçar sobre os aspectos clínicos, mas no que diz respeito à luta antivectorial, quaisquer que sejam as suas dimensões e modalidades de execução, não deverá ser iniciada sem uma fase de prospecção entomológica, ainda que esta deva permanecer durante a luta para controlo da eficácia dos métodos utilizados. Será necessário efectuar: Captura de glossinas em várias localidades e em diferentes tipos de biótopos; Identificação das espécies glossínicas de ambos os sexos; Determinação da distribuição das espécies glossínicas vectoras, da densidade glossínica, da idade dos imagos, da disposição dos locais de larviposição em relação às vias de acesso das populações humanas e do seu gado, das preferências hemáticas e das taxas de infecção tripanossómica das espécies glossínicas. Existem vários métodos de luta contra as glossinas que devem ser utilizados de forma integrada, por vezes, simultaneamente ou faseados mas sempre adaptados às necessidades locais e com a participação das comunidades envolvidas. Utilizam-se os seguintes métodos antivectoriais: Aplicação de insecticidas em locais apropriados, por via terrestre e aérea, mas de forma selectiva, Derrubas (vegetação), apenas de forma muito selectiva e para protecção de locais muito específicos, Diferentes tipos de armadilhas específicas para capturas de glossinas consoante as espécies, Telas impregnadas com insecticidas, substâncias adesivas ou esterilizantes, Libertação de machos esterilizados, laboratorialmente, por radiações, Sistemas de auto-esterilização colocados em armadilhas com dispositivos de saída, Aplicação de insecticidas em animais domésticos (banhos, pulverizações e formulações - gado), Sistemas de informação geográfica. Para repensarmos na doença do sono, nas tripanossomoses animais, nas glossinas e no seu controlo, teremos de apostar numa luta integrada, de forma sustentada, contra as(s) doença(s), o(s) parasita(s)/reservatório(s) e os vectores. Presentemente, há esperança para esta most-negleted disease uma vez que a OMS, a OAU/IBAR (Organization of African Unity/Interaction Bureau for Animal Resources) e o PAAT (Programme Against African Trypanosomiasis) consideram que o problema das tripanossomoses africanas (humana e animal) e dos seus vectores insere-se no quadro geral de acção para o desenvolvimento, redução da pobreza e da segurança alimentar. FEBRE Q UMA REALIDADE COM CONTORNOS AINDA POUCO CONHECIDOS EM PORTUGAL 2 Ana Sofia Santos Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (CEVDI/INSA), Av. da Liberdade 5, Águas de Moura. ana.santos@insa.min-saude.pt 2 Palestra proferida no âmbito do Ciclo de Conferências CTA 2011-Medicina Preventiva e Saúde Pública, Grupo de Investigação em Ciência e Tecnologia Animal, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM), Universidade de Évora, Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 5

6 A febre Q (abreviatura do nome original Query fever ) é uma zoonose de distribuição mundial causada por Coxiella burnetii. Este agente é uma proteobactéria intracelular obrigatória, reclassificada recentemente na família Legionellales, que infecta uma ampla variedade de animais que funcionam como reservatórios, entre os quais se incluem, carraças, aves e mamíferos. É contudo atribuído aos animais domésticos, cães, gatos e principalmente ruminantes, um papel-chave na epidemiologia da doença. Nestes animais a bactéria causa infecções crónicas que, salvo distúrbios reprodutivos mais ou menos ligeiros tais como abortos espontâneos, nados-mortos, partos prematuros, endometrites, infertilidade, etc., são geralmente assintomáticas, passando quase sempre despercebidas a veterinários e produtores. O agente é assim eliminado durante toda a vida do animal nas secreções e excreções (leite, fezes, urina, sémen, secreções vaginais e produtos do parto/aborto), embora por vezes de forma intermitente. Neste contexto, é particularmente importante a gravidez por estimular a proliferação do agente na placenta e as épocas de parto, principalmente na ocorrência de abortos, pelas quantidades massivas de C. burnetii que são eliminadas para o ambiente. Dado que C. burnetii tem a capacidade de produzir estruturas semelhantes a esporos muito leves e resistentes a condições físicoquímicas extremas pode permanecer viável por longos períodos de tempo fora de um organismo vivo ou mesmo ser transportada por correntes de ar ou ventos dominantes a quilómetros de distância do foco original de infecção. A inalação de aerossóis resultantes do contacto directo com animais infectados mas também do contacto com ambientes contaminados é considerada a principal forma de infecção humana. A ingestão de leite e derivados não pasteurizados e de água de furos não fervida é também apontada como uma forma de exposição. Outras vias alternativas de infecção são também referidas na literatura mas tidas como excepcionais, como a via sexual, tranfusional e transplacentária. Na febre Q reconhecem-se duas fases clínicas distintas: a aguda e a crónica. A doença aguda cursa geralmente de forma moderada caracterizando-se por quadros febris com ou sem focalização (nas focalizações mais frequentes ocorrem quadros de hepatite e/ou pneumonia atípica). Embora a maior parte das situações apresente um prognóstico favorável, a percentagem de hospitalizações associada à febre Q aguda evidencia a morbilidade que ainda assim está associada a esta fase da doença. Contudo, a maior relevância e gravidade é devida à persistência da infecção e ao desenvolvimento de situações crónicas. A gravidez, imunodepressão (patológica ou induzida), doença valvular, vascular ou osteoarticular são tidos como factores de risco para o desenvolvimento da febre Q crónica. Entre as manifestações clínicas de febre Q crónica contam-se abortos/nado-morto, aneurismas, osteomielite, hepatite crónica, mas principalmente endocardite, quase sempre de evolução lenta mas muito insidiosa. Esta é uma situação fatal se não tratada atempadamente, mas mesmo com intervenção antibiótica adequada o regime necessário é agressivo e exige um tratamento prolongado (mais de um ano) com a possibilidade de aparecimento de efeitos secundários mas com o perigo de recidivas se suspendido antecipadamente. Estima-se que a doença apenas se manifesta em 50% dos indivíduos infectados e que apenas 2% das infecções venham posteriormente a evoluir para a fase crónica. Ainda assim, defende-se que em muitos casos a doença fica por diagnosticar pela inespecificidade do quadro clínico e fraco contexto epidemiológico com que muitos doentes se apresentam, considerando-se que de uma maneira geral a realidade da febre Q está subestimada em muitos dos países onde ocorre. Na Europa a doença tem vindo a manifestar-se em casos isolados ou em surtos. Só desde 2000 mais de 20 surtos foram identificados, podendo o cenário da doença variar drasticamente de poucas dezenas a várias centenas de casos declarados anualmente, como se verificou na Holanda ( ). O surto holandês iniciou-se em 2007 na região rural de Noord Brabant mas rapidamente se expandiu a outras regiões, ocorrendo transversalmente na população e não apenas indivíduos com exposição ocupacional e estendendo-se a áreas urbanas, o que pressupôs um elevado nível de contaminação ambiental. Estiveram implicados neste surto caprinos, que eram a principal fonte de rendimentos da região de Noord Brabant. Na verdade a exploração de caprinos intensificou-se muito nesta região na última década com o aumento de explorações com efectivos que variavam entre 200 a 5000 animais em regime intensivo. Julga-se que o surto de Febre Q teve início com uma vaga de abortos registada entre 2006 e 2007, à qual se associou condições ambientais particularmente favoráveis à dispersão de C. burnetii, com tempo quente, seco e ventoso. Contudo, o que foi surpreendente neste surto ou melhor, nesta sequência de surtos, é que a febre Q que já era monitorizada há mais de 30 anos, passou de uma modesta casuística de 17 caso/ano em média, para 194 casos em 2007, 982 em 2008, 2313 em 2009, número que só viria a ser reduzido em 2010 e à custa de drásticas medidas de contenção sem precedente na história da febre Q. Estas medidas que tiveram graves repercussões económicas começaram por restrições às práticas agropecuárias, mas rapidamente passaram à implementação do controlo periódico de todo o efectivo por análise molecular ao leite, com o investimento de mais de 3 milhões de euros em diagnóstico e investigação e à implementação de campanhas de vacinação obrigatória, com a compra de doses de vacina Coxevac no valor de 2 milhões de euros. Contudo, a dificuldade em controlar o surto e em reduzir o número de casos de febre Q viria ainda a culminar em Dezembro de 2009 com o decretar do abate de animais nos efectivos infectados, com a eliminação de animais, sobretudo fêmeas gestantes, perdendo muitas explorações mais de 60% do seu efectivo. Embora a situação da Holanda seja única tal como foi expresso nas palavras de Roel Coutinho, Director do Centro de Controlo de Doenças Infecciosas (Promed de 26 Jan 2010) The Netherlands is the China of Europe, with a livestock population of 119 million animals and over 16 million people, the country is prone to quick transmission of Diseases, o que em certa medida poderá justificar a dimensão do(s) surto(s) verificado(s), a sua ocorrência chamou a atenção para a importância da febre Q e para a forma como uma realidade pacífica pode ser alterada radicalmente. Na verdade, desde então esta zoonose tem vindo a estar na agenda das autoridades competentes, mesmo em países que habitualmente registam baixas taxas de incidência e a chamar a atenção para a necessidade de uma actualização do conhecimento sobre o impacto de C. burnetii na Saúde Pública. Em Portugal a febre Q foi descrita há mais de 60 anos, tendo passado a ser uma doença de declaração obrigatória desde 1999 (ICD10:A78), porém o seu verdadeiro impacto na Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 6

7 Saúde continua por determinar. Esta é uma doença endémica, associada sobretudo à região sul do país com uma incidência média de 0,10 casos por habitantes ano ( ). Apesar da baixa casuística os dados oficiais sofrem de subnotificação, tendo sido provado que os registos do diagnóstico laboratorial realizado no CEVDI/INSA por si só ultrapassam em dobro os casos notificados. Acrescenta-se ainda o quase total desconhecimento científico ao nível etiológico e epidemiológico. Neste momento já há a contar com mais de meia dezena de isolados do agente, obtidos tanto a partir de casos agudos como de crónicos identificados no CEVDI/INSA e que a breve trecho servirão de base a estudos de caracterização molecular e de resistência antimicrobiana, imprescindível para a caracterização da situação portuguesa. A este propósito é também importante referir que em duas destas situações o isolamento de C. burnetii foi inesperado, uma vez que a febre Q não constava da lista das suspeições clínicas dos doentes em causa, o que demonstra de forma inequívoca que a juntar à sub-notificação a doença é também em algumas situações sub-diagnosticada. O mesmo se passa nos casos das infecções animais, como demonstrado num estudo realizado no LNIV (Laboratório Nacional de Investigação Veterinária). Neste estudo a análise de amostras biológicas de ruminantes com transtornos reprodutivos recebidos para diagnóstico laboratorial de infecções por Chlamydophila veio demonstrar a presença de DNA de C. burnetii em 40% das amostras de caprinos, 36% ovinos e 17% de bovinos. Como a monitorização das populações animais é praticamente inexistente e só raramente este agente é despistado nos efectivos pecuários, este estudo veio alertar para o facto de que, à semelhança do que acontece em outros países europeus com características edafoclimáticas, ecológicas e pecuárias semelhantes às nossas, a prevalência deste agente deverá estar longe de ser negligenciável. Com o intuito de tentar responder às inúmeras perguntas que são levantadas em relação a esta zoonose, foi proposto e aprovado um projecto de investigação que arrancou em Abril de 2011 com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (refª PTDC/SAU-SAP/115266/2009). Os principais objectivos preconizados, incluem: Identificar os casos humanos e caracterizar o contexto epidemiológico, clínico e laboratorial da doença aguda e crónica; Caracterizar a diversidade genética do agente; Obter isolados de amostras humanas e animais e caracterizar o padrão de susceptibilidade aos antibióticos; Identificar potenciais elementos-chave na manutenção de C. burnetii e na epidemiologia da febre Q, como animais domésticos reservatórios, espécies de carraças vectores e vias de infecção. Este estudo representa um trabalho crucial na área da Saúde Pública e a actualização da informação em termos eco-epidemiológicos e nosológicos irá permitir a adequação de programas de vigilância e prevenção bem como, definir estratégias para conter potenciais surtos de febre Q. A integração dos resultados obtidos num contexto europeu irá permitir avaliar a evolução da doença. NOTÍCIAS ICAAM comemora 20 anos de investigação científica na área das Ciências Agrárias e do Ambiente O Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da Universidade de Évora (ICAAM) comemora durante este semestre o seu 20º aniversário. Em 1991, no âmbito do Programa CIÊNCIA, foi criado o Instituto de Ciências Agrárias Mediterrânicas (ICAM). Em 2007, concretizando a sua evolução natural, e também na sequência da entrada de novos investigadores, foi aprovada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) a alteração do seu nome para Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM). Actualmente dirigido pelo Prof. Doutor Ricardo Serralheiro, envolve um total de 220 membros, entre investigadores doutorados, estudantes de doutoramento e de mestrado, bolseiros e técnicos. O ICAAM é considerado uma instituição de referência na investigação em ciências agrárias, tendo desde 2007 a classificação de Muito Bom, obtida nas avaliações internacionais efectuadas pela FCT do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A partir do mês de Setembro serão organizadas diversas iniciativas no âmbito deste aniversário, designadamente: Percursos pedagógicos na Mitra Ciclo de conferências sobre Agricultura, Ambiente e Sociedade Jornada de reflexão sobre Agricultura: Investigação e Desenvolvimento Sustentável Lançamento do Livro do ICAAM Encerramento da Comemoração do 20º aniversário do ICAAM (16 de Dezembro) O programa detalhado destas iniciativas será divulgado na nova página do ICAAM. Novos membros do CTA De acordo com a decisão do Conselho Científico do ICAAM, na sua reunião do passado dia 23 de Março, o CTA passa a contar com mais dois membros integrados. A Colega Manuela Guerra é Doutorada em Ciência e Tecnologia Animal pela Faculdade de Medicina Veterinária (Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos pela Universidade Técnica de Lisboa e Licenciada em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Évora), e neste momento é Professora Coordenadora com Nomeação Definitiva na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, desenvolvendo as suas actividades docentes e de investigação no âmbito das tecnologias de processamento alimentar. Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 7

8 A Colega Ana Ferreira é Doutorada em Ciências Médicas pela Universidade de Groningen (Licenciada em Biologia, Ramo Biologia Animal Aplicada pela Universidade do Porto) e neste momento é bolseira de Pos-doutoramento, sob supervisão da Colega Elivra Sales Baptista, indo desenvolver as suas actividades no âmbito do tema "Does nutritional status alter bitter taste receptor gene expression in sheep taste buds?" Foi criada uma página web, a CTANews, para a divulgação de eventos e notícias no âmbito da ciência animal e ciências veterinárias. atrevo.me '10 concurso de ideias de negócio O projecto "SABOR NÃO OCUPA LUGAR", apresentado pela equipa liderada pela colega Elsa Lamy, e constituída pelos colegas Elvira Sales Baptista, Cristina Pinheiro, Fernando Capela e Silva e Manuela Guerra, do CTA/ICAAM, foi o vencedor da presente edição deste concurso de ideias de negócio. A Colega Ludovina Padre apresentou, como convidada, a comunicação Acção do óleo essencial de poejo (Mentha pulegim L.) sobre as formas exógenas de Trichostrongilideos gastrintestinais, no Iº Colóquio Garcia de Orta: Plantas Medicinais 12 de Abril de 2011, Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Apresentação oficial, no dia 14 de Abril de 2011, à academia e à comunidade profissional da região, do plano de Doutoramento em Ciências Veterinárias Rastreio Alergológico em Animais de Companhia, com vista a Complemento Diagnóstico com Eficácia Clínica, de Luísa Maria Dotti da Silva Pereira Raimundo, e sob orientação do Colega Luís Martins (Patrocínio: Laboratório DNAtech, Lisboa). Colaboração do Colega Luís Martins com diferentes Centros de Atendimento Médico-Veterinário da região, para avaliação e seguimento de casuística do foro imunoalérgico, inserida no programa FCT-SFRH/BPD/48164/2008 Caracterização Alergológica para Dermatophagoides pteronysinus e para Dactylis glomerata de Populações Caninas das Regiões de Évora e de Lugo (Galiza, Espanha) (Jun Jun. 2012). Pólenes sob investigação Artigo do Colega Rui Brandão no UENews A hidatidose é grave e existe Artigo do Colega Hélder Cortes no UENews O Laboratório de Análise Sensorial foi auditado pela CERTIS no dia 7 de Setembro de 2011, no âmbito do Acompanhamento de requesitos técnicos para os laboratórios de análise sensorial. A Comissão de Decisão deliberou, como resultado da auditoria, que o Laboratório está apto sem restrições, tendo contudo efectuadas algumas recomendações, nomeadamente da melhoria das pinturas das paredes do Laboratório e da realização de ensaios interlaboratoriais da avaliação sensorial do Queijo de Évora. Conferências Realizou-se no dia 26 de Maio, organizada pelo CTA, a Conferência Identification of Drugs and Drug Targets in Parasitic Diseases, proferida pelo Doutor Andrew Hemphill, da Vetsuisse Faculty and Faculty of Medicine, University of Bern, Switzerland. Realizou-se no dia 27 de Maio, numa organização conjunta do CTA e do Mestrado em Zootecnia da Universidade de Évora, a Conferência Influencia del Sistema de Producción sobre el Cerdo Ibérico y la Calidad de su Carne, proferida pelo Doutor David Tejerina Barrado do Centro de Investigação Agrária Finca La Orden - Valdesequera, Espanha. Numa organização conjunta do CTA, do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora e do Projecto SAPUVETNET III, realizou-se um ciclo de conferências no âmbito da Medicina Preventiva e Saúde Pública, com o seguinte programa: 25 Maio: Salmoneloses aviárias: um problema de saúde pública? Programas de vigilância e controlo em Portugal. Drª Filipa Lourenço e Drª Margarida Giraldes, Direcção de Serviços de Saúde e Protecção Animal e Direcção Geral de Veterinária. 6 de Junho: Saúde Pública e Ambiente. Drª. Filomena Araújo. Delegada de Saúde da Região Alentejo. 13 Junho: Agentes transmitidos por carraças e outros vectores: rickettsia, coxiela, bartonela e anaplasma. Investigadoras Rita Sousa e Ana Sofia Santas, Instituto Ricardo Jorge - CEVDI - Águas de Moura. 14 Junho: O papel dos insectos vectores pertencentes à Subfamília Phlebotominae e Família Glossinidae na transmissão de protozoários Trypanosomatidae: monitorização e controlo: O efeito das alterações climáticas nas populações vectoriais; Observação de exemplares adultos e formas imaturas. Profs. Maria Odete Alves Marques Carolino Afonso e Carlos Alves-Pires Grupo de Entomologia Médica da UEI Parasitologia Médica/UPMM do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Universidade Nova de Lisboa (UNL). 20 Junho: Tuberculose bovina em Portugal. Uma zoonose re-emergente? Programa de controlo, fragilidades e pontos fortes. Dr. António Manuel Lopes Pina Fonseca, Direcção de Serviços de Saúde e Proteção Animal e Direcção Geral de Veterinária. 22 Junho: Controlo de moluscos: os trematodos como problema de saúde pública. O efeito das alterações climáticas nas populações dos hospedeiros intermediários: Observação de hospedeiros intermediários. Profs Silvana Belo e Manuela Calado, Grupo de Helmintologia e Malacologia Médicas da UEI Parasitologia Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 8

9 Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Universidade Nova de Lisboa (UNL). 27 Junho: O papel do laboratório na prevenção: a importância do diagnóstico e gestão do tempo. a experiência de campo. Drª Isabel Mariano, Laboratório Coprapec-Cooperativa Agrícola de Compra e Venda de Montemor-o-Novo. INVESTIGAÇÃO Foi aprovado o seguinte projecto PRODER, no qual participam investigadores do CTA: Melhoria da qualidade de enchidos tradicionais alentejanos pelo recurso a baixos teores de sal, monitorização do tempo e fumagem e utilização de culturas de arranque. Projecto PRODER, Medida 4.1/ 2009 Cooperação para a Inovação (Ref. Grupo 261F Projectos a ). Coordenação: Paladares Alentejanos - Sociedade de Produção e Comercialização de Produtos Alimentares, Lda. (empresa transformadora de carne de porco da raça Alentejana). Instituições participantes: Universidade de Évora, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, Furterra - Segurança Alimentar, Lda., Herdade dos Bispos e Outeiro Actividades Florestais, Lda. Investigadores do CTA: Miguel Elias (IR), Graça Machado, Maria Eduarda Potes. Foi aprovado o seguinte projecto no último concurso da FCT 2010 e no qual participam investigadores do CTA: Salsicharia Tradicional Portuguesa: estratégias para a melhoria da segurança e qualidade. Projecto PTDC/ AGRALI/119075/2010. Instituição Proponente: Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa (FMV/UTL). Instituições Participantes: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FF/UL); Instituto Tecnológico Agrário de Castilla y Leon (ITACyL); Universidade de Évora; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Investigadores do CTA: Miguel Elias (Responsável pela equipa da Universidade de Évora), Ana Cristina Santos, Maria Eduarda Potes. No âmbito do Concurso de Projectos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico em todos os Domínios Científicos FCT2010, foram apresentados, por membros do CTA, os seguintes projectos: Análise proteómica da saliva de ovelhas e cabras durante a gravidez: uma ferramenta útil para a gestão nutricional em ecossitemas mediterrânicos. Instituição Proponente: Instituições Participantes: Instituto de Investigação Científica e Tropical (IICT/MCTES); Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB/UNL); Investigadores do CTA: Fernando Capela e Silva (IR), Alfredo Pereira, Ana Cristina Rodrigues Costa, Cristina Pinheiro, Elsa Lamy, Elvira Sales-Baptista, Maria Isabel Ferraz de Oliveira. BIG - Análise proteómica da saliva na obesidade: efeitos dos factores de apetite/saciedade. Instituição Proponente: Instituições Participantes: Associação para a Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina (AIDFM/FM/UL); Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNBC/UC); Investigadores do CTA: Elsa Lamy (IR), Ana Cristina Rodrigues Costa, Célia M. Antunes, Fernando Capela e Silva, Elvira Sales-Baptista. HUNGER - De que forma a subnutrição influencia as escolhas alimentares? Resposta da expressão genética e das escolhas alimentares a sinais gustativos. Proponente: Instituições Participantes: Instituto de Investigação Científica e Tropical (IICT/MCTES); Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB/UNL); Investigadores do CTA: Elvira Sales-Baptista (IR), Alfredo Pereira, Ana Cristina Rodrigues Costa, Ana Ferreira, Célia M. Antunes, Elsa Lamy, Fernando Capela e Silva, Maria Isabel Ferraz de Oliveira. Dinâmica das imunoglobulinas na glândula mamária ovina Difense. Proponente: Instituições Participantes: Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisbioa (UTL); Investigadores do CTA: Cristina Queiroga (IR), Artur Marinho, Elsa Duarte, Eduarda Potes, José António Lopes de Castro. No âmbito das Acções Integradas Luso-Espanholas- CRUP/2012, foi apresentado o projecto: Qualidade da carne de perus e porcos: Efeitos da alimentação em extensivo no ecossistema de Montado/Dehesa. Investigadores do CTA: Maria Isabel Ferraz de Oliveira (IR), Alfredo Pereira, Cristina Pinheiro, Fernando Capela e Silva. Parceiro Espanhol: Centro de Investigación Finca La Orden- Valdesequera. Dirección General de Modernización e Innovación Tecnológica. Consejería de Empleo, Empresa e Innovación. Junta de Extremadura, s.ob a coordenação do Doutor David Tejerina Barrado No âmbito do acordo Portugal-França, Programa PESSOA , foi apresentado o projecto: Contribuição do perfil proteico e actividade enzimatica salivares para a sensibilidade ao gosto amargo. Investigadores do CTA: Elsa Lamy, Cristina Pinheiro, Manuela Guerra. Parceiro Francês: CSGA Centre des Sciences du Goût et de l Alimentation INRA (French National Institute for Agricultural Research), sob a coordenação da Doutora Martine Morzel. O Colega Luís Martins colabora nos projectos: - TytoTagus: Dispersão Pós-natal de Coruja-das-torres no Vale do Tejo : Companhia das Lezírias S.A., Iniciativa Business & Biodiversity. Co-financiado por ECOMEDBIRDS: Promoção da Biodiversidade em Ecossistemas Mediterrânicos: as Aves como Bioindicadores em Intervenções ao Nível da Gestão Agro-silvo-pastoril e da Estrutura Paisagística, QREN/INALENTEJO (ALENT FEDER000205). Editores: Fernando Capela e Silva fcs@uevora.pt; Maria Isabel Ferraz de Oliveira mifo@uevora.pt; Maria da Graça Machado mgjm@uevora.pt 9

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