A origem do conhecimento profissional dos treinadores de jovens no futebol de Florianópolis. Autor: Luiz Eduardo Simas* Orientador: Valmor Ramos**

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1 A origem do conhecimento profissional dos treinadores de jovens no futebol de Florianópolis Autor: Luiz Eduardo Simas* Orientador: Valmor Ramos** Resumo: A grande preocupação com a formação de jovens no esporte estimulou as investigações a respeito da profissionalização do treinador, considerado como a figura mais importante no processo de crescimento e desenvolvimento de atletas. O objetivo do estudo consistiu em analisar o modo como os treinadores de jovens no futebol construíram o seu conhecimento para ensinar, e interpretá-lo em conformidade com a literatura especializada. Foi realizada uma pesquisa qualitativa envolvendo 6 treinadores de futebol com reconhecida competência na formação de jovens jogadores em dois clubes profissionais de Florianópolis/SC. Os dados biográficos foram coletados a partir de roteiros de entrevista estruturada e semi-estruturada. As entrevistas foram transcritas literalmente, e, os dados, analisados a partir da técnica de analise de conteúdo. Palavras-Chave: Formação do treinador, conhecimento, futebol, ensino. Abstract: The big concern with the formation of young people in sport stimulated investigations about the professionalism of the coach, considered the most important figure in the process of growth and development of athletes. We performed a qualitative study involving six soccer coaches with recognized expertise in the training of young players in two professional clubs in Florianópolis / SC. The biographical data were collected from interview scripts structured and semi-structured. The interviews were literally transcribed and data analyzed using the technique of content analysis. Objective of the study was to examine how young coaches in football have built their knowledge to teach, and interpret it in accordance with the literature. Keywords: Training the trainer, knowledge, soccer, teaching. * Graduando da 8ª fase do curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Ciências da Saúde e dosporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis (SC). Luiz_simas_14@hotmail.com ** Prof. Dr. Orientador - Laboratório de Pedagogica do Esporte e da Educação Física (LAPEF), Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Valmor.ramos@udesc.br

2 2 1. INTRODUÇÃO A participação dos jovens no desporto potencializa o seu desenvolvimento pessoal e social, para além de fomentar a capacidade de aprender formas adaptadas de competir e cooperar com outras pessoas. Através da prática desportiva podem aprender e vivenciar muitas experiências, lidando tanto com o sucesso quanto com o fracasso (Mesquita, 2004). Entretanto, a participação por si só, não significa que tais propósitos sejam alcançados. O fator mais importante na realização destes propósitos relacionase com a maneira como a aprendizagem é estruturada e supervisionada pelos treinadores (Smith & Smoll, 2005). Com o inicio do terceiro milênio, a profissão de treinador esportivo, alcançou níveis de valorização sem precedentes na história do esporte, de forma que os treinadores de alto nível de rendimento têm que saber lidar com as pressões políticas, esportivas e da mídia (Becker Júnior, 2002). Analisando a importância desse profissional no futebol, Jorge (1998) afirma que o treinador deve ter conhecimento, capacidade e competência para controlar um grande número de variáveis que determinam o desenvolvimento da sua atividade, alem disso, necessita ter uma perspectiva global da situação, analisá-la e compreender as características que lhe são inerentes, juntamente com as dos agentes esportivos integrantes dessa situação. Dentro do ambiente de prática desportiva de crianças e jovens, os treinadores influenciam fortemente a natureza e a qualidade das experiências desportivas, transmitindo objetivos, atitudes e valores (Smith, Smoll & Cumming, 2007). Os estudos sobre o conhecimento dos treinadores ou instrutores, têm sido realizados através da combinação de métodos qualitativos (entrevistas, observações), para determinar o que eles sabem a respeito de como ensinar, como construíram estes conhecimentos e como os utilizam na prática (ABRAHAM & COLLINS, 1998). Ao utilizarem a proposta das metáforas de aprendizagem de Sfard (1998), Trudel e Gilbert (2006) sugeriram dois processos por meio dos quais os treinadores aprendem a ensinar, nomeadamente a metáfora da aquisição e a metáfora da participação.

3 3 No que diz respeito à metáfora da aquisição, a aprendizagem decorre de um processo de transmissão de conhecimento adquirido pelos treinadores na resolução de problemas comuns e pré-definidos. Trata-se da aplicação dos bons conhecimentos que são aprendidos principalmente nos programas formais. Por outro lado, sob a perspectiva da metáfora da participação, a aprendizagem do treinador decorre de um processo de reflexão da sua prática pessoal e também por um processo particular de observação que realiza ao longo da sua vida e que o faz tornar-se treinador. A forma como treinadores obtêm seu conhecimento também tem sido definida como um tipo de aprendizagem Formal, Não formal e Informal (NELSON et al., 2006). A aprendizagem do tipo Formal decorre de um sistema de certificação, institucionalizado e estruturado hierarquicamente, oferecido por entidades governamentais, federações esportivas, entre outras. A aprendizagem Informal, por outro lado, é identificada como um processo na qual cada pessoa constrói conhecimentos, atitudes e discernimentos próprios a partir de experiências do cotidiano de treino. Por último, tem-se a aprendizagem do tipo Não Formal, referindo-se a um conhecimento organizado, transmitido fora da estrutura do sistema formal e, fornecendo alguns tipos de aprendizagem para subgrupos particulares da população em períodos de tempos mais curtos, como as conferências, os seminários, os workshops e as clínicas Acredita-se que o desenvolvimento profissional do treinador está vinculado diretamente a sua trajetória de vida pessoal, podendo revelar episódios, decisões e opções circunstanciais, dotadas de significados e informações úteis para se estabelecer direcionamentos e ações para o desenvolvimento profissional do treinador (LEE; WILLIANS & CAPEL, 1989; HANDSEN; GAUTHIER, 1998; JONES et al., 2004). Neste contexto de profissionalização do treinador, cabe destacar as preocupações com um nível de formação adequado para a intervenção destes profissionais no âmbito do treino de jovens. Ainda mais, considerando as fragilidades ou até mesmo a inexistência de um sistema formal de longo prazo, com conhecimentos específicos para preparar estes profissionais para a intervenção no futebol, surge a motivação para este estudo, com o objetivo de analisar o conhecimento profissional dos treinadores de jovens no futebol.

4 4 2. METODOLOGIA 2.1 MÉTODOS DE PESQUISA Para o estudo adotou-se a pesquisa qualitativa, devido ao fato da busca pela compreensão do significado da experiência dos participantes, integrados a um ambiente especifico, preservando assim, os aspectos globais ou totais do contexto de interesse. A característica mais importante da pesquisa qualitativa é compreender, de forma indutiva, o fenômeno a partir da sua descrição e interpretação ao invés da rigidez dos procedimentos (THOMAS; NELSON, 2002). 2.2 SUJEITOS DA PESQUISA Participaram da pesquisa seis treinadores das categorias de base de dois clubes de futebol profissional de Florianópolis, com experiência no ensino da modalidade, que ministram os treinos para jovens com faixa etária entre 11 e 20 anos. Para participar da pesquisa, os entrevistados apresentaram disponibilidade e motivação para o envolvimento no estudo; reconhecimento de outros profissionais de futebol sobre sua competência. Todos os participantes foram informados sobre os objetivos da investigação e os coordenadores das categorias de base dos clubes assinaram o respectivo termo de consentimento, autorizando a gravação e divulgação das informações. O projeto foi avaliado por um comitê de ética em pesquisa com seres humanos em uma universidade pública no Brasil (UDESC) e atende as normas de pesquisa envolvendo seres humanos (Parecer nº11/2011). 2.3 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTO DA COLETA DE DADOS Para este estudo utilizou-se um roteiro de entrevista estruturada, na qual foram abordados temas sobre a identificação pessoal dos instrutores, nível de formação, tempo e nível de experiência de prática pessoal e profissional no esporte. Utilizou-se também um roteiro de entrevista semi-estruturada, que permitiram obter descrições contextualizadas sobre a biografia de cada treinador, a trajetória da experiência de prática pessoal e profissional, experiências marcantes, nível de valorização pessoal para as experiências,

5 5 motivação para a prática pessoal e profissional. Questionou-se ainda sobre a percepção pessoal de qual conhecimento o treinador necessita dominar para atuar no treino de jovens, como cada um deles obteve seu conhecimento para o ensino de jovens no futebol e o que faz para ampliá-los. Além disso, foram indagados sobre a filosofia de trabalho, para mostrar o modo de desenvolvimento dos treinos e qual variável consideram mais importante para o sucesso de uma equipe. As entrevistas foram feitas em local previamente determinado e reservado. Todas as informações foram captadas por uma máquina digital e armazenadas em um computador pessoal do pesquisador. 2.4 ANÁLISE DE DADOS As respostas emitidas pelos sujeitos foram transcritas literalmente com auxilio de editor de texto Word. As categorias de análise foram previamente definidas e correspondem as fontes formais, não-formais e informais de aprendizagem profissional, conforme classificação de Nelson et. al. (2006). Os dados foram agrupados em quatro categorias principais. A primeira foi quanto a biografia, que relata de forma breve e sucinta tempo de prática pessoal e profissional. Na seqüência, agora de modo mais especifico, ocorre o relato sobre a experiência de pratica pessoal e profissional dentro do esporte, nas quais foram obtidas informações sobre a cronologia desta experiência, e a importância atribuída a ela. A terceira categoria diz respeito a percepção do treinador sobre suas fontes de conhecimentos, e como ela interfere nas suas aulas especificamente as fontes formais, não formais e informais, segundo definição de Nelson, Cushion & Potrac (2006). E, para finalizar, a filosofia de trabalho de cada treinador procura seguir e passar aos seus atletas. Para conferir a validade das descrições utilizou-se a checagem pelos participantes, na qual se solicitou aos sujeitos do estudo uma apreciação do texto elaborado e aprovação da veracidade das informações. A validade das interpretações foi assegurada a partir do acompanhamento ou supervisão de dois investigadores da área da formação profissional em Educação Física e Esportes.

6 6 3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3.1 BIOGRAFIA DO TREINADOR 1 (T1) O Treinador 1 tem 33 anos de idade. Possui graduação em Educação Física, concluída no ano de Jogou futsal profissionalmente até os 27 anos e teve muita influencia da família. Atua como treinador de futebol há 9 anos, sendo que está há um ano no clube B EXPERIÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DO TREINADOR 1 (T1) O Treinador 1 não jogou futebol de campo. Mesmo assim, aos 19 anos, recebeu um convite para acertar com o clube A, mas ficou apenas um mês e não se identificou. Desse modo, resolveu voltar para o futsal. Seu pai foi Presidente da Federação Catarinense de Futebol de Salão por 17 anos e chegou a jogar na seleção, enquanto que seu irmão jogou na seleção da Espanha. Foi através deste histórico familiar que se motivou a ser treinador. Iniciou como treinador de futebol há nove anos, trabalhando em escolinhas. Passou pela função de preparador físico em outro clube, e atua como treinador profissional há dois anos. Na faculdade teve dois semestres da modalidade na grade curricular, mas nada muito aprofundado. Atualmente, trabalha com um grupo bem homogêneo, composto por 44 atletas, de 14 e 15 anos de idade, sendo que a maioria deles é da própria cidade. Os atletas têm pouca experiência em competição, principalmente pela idade. No inicio do ano ocorre a formação do grupo, com um período de avaliação e ênfase na parte técnica. Já no segundo semestre, o clube disputa as principais competições FONTES DE CONHECIMENTO DO TREINADOR 1 (T1) O Treinador 1 acredita que adquiriu seus conhecimentos de maneira muito prática, principalmente como jogador, mas também através dos cursos fora do país, da própria faculdade e a interação que o clube B proporciona pela

7 7 reciclagem diária e pela quantidade de profissionais que trabalham, tornando esse aspecto fundamental, contribuindo muito para a formação. Além do conhecimento como treinador em si, tem também o conhecimento como treinador de acordo com a faixa etária que se está trabalhando, e neste caso, acredita que estabelecer um diálogo com os atletas é o mais importante, principalmente pelo fato deles passarem a maior parte do dia no clube e não conseguir ver os pais. É necessário dar um suporte no que se diz respeito a educação e ensino estabelecer limites, dar disciplina, prepará-los para o que vão enfrentar não só no esporte, mas também na vida deles, pois nem todos serão profissionais. É uma função nossa dar a base de formação integral a eles Acredita que ensina o futebol porque é uma forma de contribuir para o crescimento e melhora da sociedade, pois o esporte pode agregar muito valor aos meninos, como disciplina, espírito de equipe, aprender a compartilhar, aprender com os momentos de derrota, saber perder e vencer. uma derrota não os torna perdedores e uma vitoria não os torna melhor do que ninguém FILOSOFIA DE TRABALHO DO TREINADOR 1 (T1) O Treinador 1 segue sua filosofia de trabalho baseada na autoridade, não no sentido de autoritarismo impondo o que deseja, mas servindo de modelo para seus atletas. Ele procura primeiro viver para depois passar. se eu peço disciplina, eu tenho que ser disciplinado... se exijo que eles cheguem cedo, tenho que chegar cedo, não adianta chegar tarde e exigir outra coisa.... Cita também, que ter autoridade, é diferente de autoritarismo. Não se deve impor, mas sim, fazer com que naturalmente eles façam o que se espera deles, tendo sempre como base a melhora e o aprimoramento. 3.2 BIOGRAFIA DO TREINADOR 2 (T2) O Treinador 2 tem 33 anos de idade. Possui graduação em Educação Física, concluída no ano de 2007, e pós-graduação em treinamento esportivo. Jogou profissionalmente até os 21 anos de idade. Nunca teve pressão dos pais, e o esporte foi uma preferência sua. Atua como treinador de futebol há quatro anos, e os quatro anos no clube B.

8 EXPERIÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DO TREINADOR 2 (T2) O Treinador 2 atuou no futebol em baixo nível. Fez base em um clube do sul do estado de Santa Catarina, e saiu para jogar profissional no interior do estado e na Grande Florianópolis. Teve a oportunidade de fazer um teste fora do estado, mas não foi aceito. Na família não teve parentes que influenciassem sua escolha, sempre fez tudo por vontade própria. Devido ao fato de querer atuar no esporte, dedicouse a fazer uma Universidade. Quando entrou na Educação Física, sua idéia era trabalhar com futebol, na área de treinamento, e essa foi a escala que procurou seguir, pois tentou ser atleta e não conseguiu. Dentro da faculdade teve uma preparação para trabalhar, mas não foi de forma adequada, foi bem superficial. A maioria do trabalho foi experiência de campo, principalmente pelo fato de ter sido atleta profissional e ter uma noção. O Treinador 2 menciona que sempre se começa pela categoria de base, dificilmente entra direto no profissional. Este é um fato que acontece mais em atletas de alto nível que param de jogar e vão assumir alguma equipe profissional. Após concluir a faculdade, e conhecer profissionais de alta qualidade, aos poucos conseguiu atingir seu objetivo. Foi indicado ao clube B por um grande amigo, iniciando o seu trabalho em treinamento de alto rendimento como auxiliar técnico na categoria juniores em Anteriormente, teve um primeiro contato com futebol em uma escolinha. Atualmente o treinador trabalha com um grupo de 40 atletas, com faixa etária de 16 e 17 anos, vindos tanto de dentro, quanto de fora do estado. Eles possuem uma boa experiência em competição no nível estadual, pelo fato de disputar o campeonato durante o ano, e experiência em nível nacional, com participação em cinco campeonatos normalmente FONTES DE CONHECIMENTO DO TREINADOR 2 (T2) O Treinador 2 considera-se muito observador, principalmente no inicio da carreira, quando olhava o modo pelo qual os outros profissionais trabalhavam, as maneiras que lidavam com os atletas, para assim, entender qual a melhor forma de se portar com as situações, pois cada um tem seu jeito. Tem atleta

9 9 que você precisa ser um pouco mais duro, tem atletas que não precisa ser duro, tem aquele que tem que ser mais calmo porque o menino não se sente a vontade quando você é mais grosso O Treinador 2 tem um grupo de trabalho que se discute bastante, como se fosse um grupo de estudo fixo, sempre procurando se reunir para conversar. Também tem contato com o pessoal do profissional, buscando uma maior ampliação de conhecimentos. Alem dessa questão da conversa, pretende fazer uma formação extra em Gestão de pessoas FILOSOFIA DE TRABALHO DO TREINADOR 2 (T2) O Treinador 2 tem como sua filosofia do trabalho a questão da disciplina. Acredita que o principal ponto é a educação, disciplina, conseguir fazer com que os atletas sejam disciplinados nos treinamentos. Mas não é apenas isso, tem também a questão do trabalho de campo, trabalho técnico, saber orientálos, e o principal, fazer com que os atletas foquem mais na disciplina, pois se forem focados neste propósito, juntamente com o talento, eles tem grande chance de atuar. O comportamento é primordial. A questão de educação vem de casa, de família A preocupação com físico, técnico e tático varia de acordo com a categoria que se trabalha. Eles são inseridos na parte tática já no infantil; juvenil começa a ser um pouco mais especifico; e os juniores é a parte mais de lapidar e já ta pronto para o profissional. 3.3 BIOGRAFIA DO TREINADOR 3 (T3) O Treinador 3 tem 30 anos de idade. Possui graduação em Educação Física, concluída no ano de 2006, e pós-graduação em Futebol e Futsal, com término em Foi atleta de futsal. Seu pai não opinou muito em sua vida, mas o futebol está no sangue da família, pois seu pai e seus tios foram atletas de futebol. Iniciou como treinador em 2006, mas está no clube B desde EXPERIÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DO TREINADOR 3 (T3) O Treinador 3 dedicou-se à prática de futsal no inicio de sua vida esportiva como praticante. Tentou algumas vezes atuar no campo, mas viu que não ia

10 10 ser um atleta de ponta, e preferiu estudar, voltando para o futebol em virtude do estudo. Acredita que já tinha características de treinador desde a época da escola, na qual sempre foi comandante com as equipes que jogava, sempre era capitão do time, mostrando seu espírito de liderança. Na faculdade teve a matéria de futebol, mas não foi muito que o ajudou. Iniciou como treinador em 2006, sendo que está no clube B desde 2003, passando pelas funções de preparador físico, auxiliar técnico e chegando ao cargo de treinador. Trabalhou três anos no infantil, dois anos no Juvenil e agora está no segundo ano de junior. Trabalha com um grupo de 33 atletas, com faixa etária entre 18 e 20 anos, oriundos na grande maioria de fora do estado. Os atletas participam das competições estaduais e de três competições nacionais. Com toda a experiência adquirida nesse tempo de vivencia com o futebol, o treinador 3 passa uma mensagem aos seus atletas Nunca podemos desistir dos sonhos, temos que persistir sempre e trabalhar pra que as coisas aconteçam FONTES DE CONHECIMENTO DO TREINADOR 3 (T3) Segundo o treinador 3, o treinador precisa ser completo, não apenas saber a parte técnica, tática, mas também saber trabalhar com gestão de pessoas e trabalhar a parte psicológica dos atletas. Várias situações irão mostrar aquele que vai ser um bom treinador ou não, e ter uma comissão boa dando suporte, é um fator fundamental. Sozinho não se faz nada no futebol A partir da confiança adquirida, o treinador sente-se à vontade para deixar o trabalho na mão de algumas pessoas porque sabe que o trabalho vai render da mesma forma que se fosse com ele. Entende que um dos motivos para se ensinar o esporte na categoria base é devido a defasagem no poder cognitivo dos atletas. A troca de informações é importante, principalmente para formar o atleta em geral, e não apenas um atleta de futebol. O conhecimento para ser treinador demora um pouco, e que não adquiriu completamente, pois na base está sempre aprendendo. Aprende-se com os atletas, e eles aprendem com quem ensina.

11 11 Tem buscado para a ampliação dos seus conhecimentos leitura de livros, participação em cursos, estágios, e assistindo jogos FILOSOFIA DE TRABALHO DO TREINADOR 3 (T3) A primeira parte que foca em seu trabalho é a parte disciplinar. O atleta tem que ser hoje um atleta profissional, como diz a palavra. A linha de trabalho é a disciplina. O mirim e infantil vão dar ênfase maior na parte técnica, o juvenil nas duas (parte técnica e parte tática), o junior um pouco da parte técnica e dando ênfase maior na parte tática também. 3.4 BIOGRAFIA DO TREINADOR 4 (T4) O Treinador 4 tem 24 anos. Possui graduação em Educação Física, com ano de conclusão em Jogou futsal durante a infância e adolescência, disputando competições por todas as categorias. Atua como treinador há quase três anos EXPERIÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DO TREINADOR 4 (T4) O Treinador 4 fez escolinha de futsal com 9 anos, jogando por todas as categorias: sub9, sub11, sub13, sub15, disputou o campeonato estadual, joguinhos abertos, OLESC. Teve duas experiências fora, jogando o sub17 e o sub 20 no interior do estado de Santa Catarina. Chegou a treinar um tempo no sub20 de um clube da Grande Florianópolis, mas optou por abandonar e ficar apenas estudando, jogando no time da Universidade, mais por lazer. Após a vivência na prática do futsal, foi para a Universidade, e percebeu que as disciplinas do curso não preparam para trabalhar no mercado. O Treinador 4 teve uma experiência no futsal como estagiário, na época que era graduando. Chegou ao clube A como preparador de goleiro no final de 2010, e este ano assumiu a função de treinador da categoria mirim/pré mirim. Atualmente, trabalha com uma faixa de 14 atletas, com idade entre 11 e 13 anos, nascidos na grande maioria em Florianópolis. O ano passado tinha um grupo grande com jogadores de qualidade, mas não tinham competições. Acredita que a competição é importante, mas ela não é o fim, não é ser campeão que vai dar o mérito para o menino ser aprovado. Entre colocar 10

12 12 meninos no infantil o ano que vem ficando em segundo lugar e colocar 3 sendo campeão, eu prefiro colocar FONTES DE CONHECIMENTO DO TREINADOR 4 (T4) O Treinador 4 fez curso de preparação física em outro estado sobre gestão, treinamento e sistemas táticos. Fez outro, sobre Musculação voltada para o Futebol. Fez alguns cursos de arbitragem também para entender um pouco mais a questão do jogo pelo olhar do arbitro. O Treinador 4 considera-se muito observador, pois detecta muitos problemas de relacionamento entre treinadores e atletas. Vê que o atleta quando é da categoria de base, é tratado muito como objeto. O treinador vem, aplica sua metodologia, e o jogador deve se doar sozinho. No futebol acontece muita falsidade, como muitas vezes o treinador está fazendo o trabalho que ele acredita, que ele acha que ta fazendo bem feito, mas os atletas não estão nem aí A partir desse pensamento, surgiu a idéia de buscar no curso de Educação Física, a licenciatura, indo ao encontro das questões pedagógicas para ajudar no processo de treinamento. Está fazendo um processo de seleção de mestrado, com projeto voltado a profissionalização vinculado com a escolarização básica, pois acredita que existe uma defasagem muito grande entre os atletas de sub16, sub17, sub 20. Ainda menciona que hoje o profissional que não tem uma especialização, uma formação continuada, mestrado, doutorado, tem muitas limitações. Acredita que para ensinar o esporte existem alguns termos do senso comum que ainda não servem, como por exemplo, o esporte livra das drogas, mas o esporte de alto rendimento não, caso contrário, não existiriam os casos de dopping... o esporte é um excelente espaço de socialização, mas o esporte de alto rendimento não, pois é atualmente seletivo, e só vai jogar quem tiver muito bem. Hoje se observa que a infância é um problema, tanto motor como psicomotor, e o esporte fornece essas opções, mas no caso do esporte de alto rendimento, acredita que tenha os seus fatores positivos e negativos. Busca ampliar seus conhecimentos através de livros, principalmente em dois que já leu sobre um treinador português. Também procura muitos cursos

13 13 fora, em outros estados, em outros clubes e, alem de tudo, tem um grupo de estudos na própria Universidade, no qual é o coordenador. O único meio do profissional de Educação Física que não foi atleta famoso sobreviver é estudar muito, e respirar futebol 24 horas por dia. Se não tiver procurando aprender todo o dia, não só a nível de especialização, mestrado, doutorado, mas a nível de dia a dia, não vai sobreviver FILOSOFIA DE TRABALHO DO TREINADOR 4 (T4) Quanto à sua filosofia de trabalho tem utilizado como metodologias práticas, duas referencias, a Iniciação Esportiva Universal do Greco e a Escola da bola, que é uma tradução de alguns autores brasileiros, da pedagogia da Alemanha. Trabalha em uma linha pedagógica muito mais voltada para valorização de quem esta sendo sujeito das atividades. É necessário se preocupar com as questões extras, com a formação do atleta, escolarização e relacionamento. Todo treino tem um período de conversa antes, e essa conversa não tem nada haver com futebol, sentam e conversam sobre a vida. Isso é um diferencial, pois não se está pensando apenas no resultado, mas também, na formação do individuo. Define seu trabalho com duas palavras sinônimas, entrega e dedicação, pois acredita que o profissional deve sempre querer aprender uma novidade, buscar novos conceitos, novas idéias. Procura não fazer cópias Tem que estar sempre recriando, e essa idéia de ver o jogo, de ver uma situação, de ver um trabalho, cria novas situações, senão fica complicado toda hora criar alguma coisa A melhor forma de mostrar que tem capacidade de continuar é se entregando, dedicando-se aos estudos, porque existem muitas dificuldades, assim como no caso dos atletas, pois a cada dia desembarca um querendo ser jogador, e toda semana o clube recebe currículo de algum profissional querendo trabalhar. 3.5 BIOGRAFIA DO TREINADOR 5 (T5) O Treinador 5 tem 43 anos de idade. Possui graduação em Educação Física, e especialização em Educação Física Infantil. Iniciou no futebol na

14 14 adolescência, praticando até os 19 anos de idade. Atua como treinador há mais de 20 anos, sendo que está no clube A EXPERIÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DO TREINADOR 5 (T5) O Treinador 5 iniciou no futebol aos 15 anos de idade, mas anteriormente passou pelo futsal, ganhando todas as categorias desde a fraldinha até o infanto-juvenil. Todos os seus irmãos praticam ou praticaram esporte. Um deles pratica remo, e o outro foi atleta de judô. Na faculdade sempre teve participação nos jogos como atleta, e até muitas vezes como treinador. Começou a trabalhar com futsal no Clube 6 de Janeiro, de 18 para 19 anos, assim que entrou na faculdade, e só depois, foi para o futebol. Trabalhou como preparador físico na equipe de Juniores, foi auxiliar técnico do clube A. Também já dirigiu equipes maiores de Policia Federal, de Banco do Brasil, mas acredita que não tem mistério, tudo é uma questão de saber se posicionar. Um treinador que busca o sucesso tem que ter vitória, pois são as vitórias que formam um grupo vencedor. Na vida sempre teve envolvimento com o futebol, mesmo porque perto da sua casa havia ex-treinadores. Conheceu outros treinadores do futebol atual, e assim procurou absorver um pouco de cada... O prazer da vitória, do trabalho bem feito, da formação, quando vê um atleta conseguindo sucesso, alcançando os objetivos dentro e fora do campo, é uma satisfação pessoal muito grande Alem disso, teve alguns atletas que se tornaram jogadores profissionais e os acompanha até hoje. Atualmente, trabalha com um grupo formado por 22 atletas, compreendendo uma faixa etária de 14 e 15 anos, oriundos de diferentes locais do país. Em competições, participam de campeonatos regionais, estaduais e nacionais, sempre com ótima perspectiva FONTES DE CONHECIMENTO DO TREINADOR 5 (T5) O Treinador 5 acredita que antes de tudo, precisa ter um conhecimento de psicologia, entender que um garoto de 15 anos não é um homem e que ele está em um momento de transição da sua vida, no qual as emoções são muito fortes tanto dentro quanto fora de campo.

15 15 Acredita que adquiriu seu conhecimento para treinador através de muita experiência por meio de leitura, pois vê que isso é fundamental para a formação do profissional, o contato com pessoas que já alcançaram o sucesso e tem a sua afirmação na carreira, e a busca na literatura de situações que lhe tragam conhecimento de vencedor e de liderança. O treinador precisa ter uma atualização constante conhecimento é uma coisa que não para nunca. O professor tem que estar sempre lendo, acompanhando, observando as novas tendências do futebol e descobrindo novas situações de treinamento, de jogo e procurar sempre aplicar. Acredita que ensina o esporte, para que seus atletas tenham a noção dos valores, a noção da importância deles pra vida, e a valorização do próprio corpo FILOSOFIA DE TRABALHO DO TREINADOR 5 (T5) O Treinador 5 tem sua filosofia de trabalho baseada no ser humano. Acredita que não adianta formar o atleta sem formar o homem. Procura ter nos atletas uma referencia para os próximos, e eles sabem que a postura dentro do campo e fora é um conjunto. Sua palavra de ordem é sucesso, os atletas sabem que não vão jogar para passar o tempo, mas sim, para conseguir os objetivos e alcançar os resultados. O Treinador 5 enfatiza muito a questão do desenvolvimento da técnica, acreditando que a parte técnica é fator fundamental na formação, mas de uma maneira geral, sabe que o treinador precisa fazer um pouco de tudo. Um atleta que não se aperfeiçoa tecnicamente, que não pratica os fundamentos constantemente, sempre vai ter problema na parte tática e até mesmo refletindo na parte física. 3.6 BIOGRAFIA DO TREINADOR 6 (T6) O Treinador 6 tem 43 anos de idade. Possui graduação em Educação Física, concluída no ano de Foi atleta de futsal desde os nove anos, mas não jogou profissionalmente. Atua há 11 anos no futebol e anteriormente foi treinador de futsal por sete anos EXPERIÊNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DO TREINADOR 6 (T6)

16 16 Com oito, nove anos tinha todas as revistas da época. Se tivesse três jogos num dia de futebol na televisão assistia. Teve influencias na família, principalmente com seu pai, que sempre incentivava ir ao futebol, e com seu avô materno, por ter sido presidente do clube A. Isso fez ter muito contato com o futebol precocemente. O Treinador 6 praticou futsal dos 9 aos 18 anos em um mesmo clube de futsal de Florianópolis. Depois jogou mais três, quatro anos em outros clubes da cidade, mas não teve uma carreira brilhante. Não chegou a se tornar um atleta profissional devido a uma lesão muito séria com 21 anos, do ligamento cruzado, na qual perdeu os dois meniscos da perna esquerda. Vendo que não ia chegar a ser um grande atleta como esperava ser, foi tentar se tornar um grande técnico. No inicio do seu trabalho, principalmente no futsal, usava muito do que aprendeu na Universidade, acredita que pouco do que aprendeu na disciplina de futebol utiliza hoje, pois tudo se modernizou, e os trabalhos são muito diferentes do que era feito. Com 30 anos já se tornou técnico de um clube de futsal de Florianópolis. Iniciou no clube A como preparador físico, mas sempre com a idéia de ser treinador. No clube A já treinou todas as categorias de base, desde o mirim até os juniores, e agora está na categoria juvenil, na qual acredita ser a mais difícil de trabalhar... porque quando o atleta é mirim e infantil, ele ainda é criança, ele te olha com os olhos arregalados, e ele te respeita, o que você falar pra ele, ele baixa a cabeça e segue aquilo que você falou, quando é um atleta júnior, por exemplo, ai ele já encara como uma profissão é muito simples porque eles já tão ali por uma profissão, eles tem punições, punição financeira. Mas agora, quando ele é juvenil é complicado porque em algumas situações ele quer ser homem, em algumas situações você trata ele como homem, ele quer ser criança, quer que você trate ele como criança, então existe sempre essa dualidade que fascina Atualmente, o Treinador 6 trabalha com um grupo formado por 26 atletas, na faixa etária de 16 e 17 anos, sendo a grande maioria vinda de fora do estado. Sua equipe participa de diversas competições tanto em nível estadual quanto em nível nacional, e acredita que o envolvimento nesses campeonatos é fator fundamental para conseguir formar um atleta.

17 FONTES DE CONHECIMENTO DO TREINADOR 6 (T6) No inicio, acompanhava todo treinamento do profissional, juniores, juvenil, observava, tentava tirar coisas boas do profissional, anotando trabalhos, para depois colocar em prática, mas não fazer uma cópia, e sim utilizar um pouco da criatividade, tentando melhorar o que tem. Não se pode ficar parado no tempo, pois se fizer os mesmos trabalhos sempre, perde a motivação do treino e os atletas vão cobrar. Procura mostrar aos seus atletas muitos vídeos de motivação, ter muita conversa, utilizar os psicólogos do clube, pois como eles estão longe dos pais, o ensinamento deve partir do treinador, desde o incentivo até a punição. Tem aprendido muito com uma pessoa do exterior que tem sido consultor no clube A, pois ele trouxe uma idéia nova sobre treinamento, promovendo o aperfeiçoamento e intercâmbio entre os treinadores das quatro categorias no clube. Tem ampliado seus conhecimentos principalmente através da Internet, pois é de fácil acesso e possui uma gama muito grande de informações. Além dessa opção, conversa com os outros treinadores da base, buscando aumentar e aprender um pouco mais sobre a questão do futebol FILOSOFIA DE TRABALHO DO TREINADOR 6 (T6) O Treinador 6 tem feito um padrão de treinamento diferente. Praticamente, divide a sessão de treino em três trabalhos: o trabalho de aquecimento, no qual procura utilizar sempre bola, depois dois trabalhos principais visando objetivos técnicos e táticos, e o ultimo, fazer um feedback com a comissão e com os atletas para analisar o que foi feito no dia, os pontos positivos e os pontos negativos. Antigamente, era muito dividida a parte técnica e a parte tática. Atualmente, procura trabalhar na mesma atividade os aspectos técnicos e táticos, pois tem idéia de que futebol é uma coisa só, e o treinador deve estar sempre aperfeiçoando, buscando em cada treinamento técnico ter algum fundamento tático. Acredita que uma palavra que caracteriza o seu trabalho, é a amizade. O treinador 6 considera-se muito amigo, procurando ser companheiro dos atletas.

18 18 Se você tratar ele mal, tratar ele mal, tratar ele mal, ele vai embora, ele acaba deixando você e vai para outro clube Acredita que o treinador precisa ter a preocupação de corrigir o atleta, mas fazer com que ele não crie raiva. Tabela 1. Experiência pessoal e profissional Treinadores Experiência Graduação Experiência pessoal profissional T 1 Atleta de Inadequada/Superficial Preparador físico futsal T 2 Atleta de Inadequada/Superficial Auxiliar técnico futebol T 3 Atleta de Inadequada/Superficial Preparador físico e futsal auxiliar técnico T 4 Atleta de Inadequada/Superficial Preparador de futsal goleiro T 5 Atleta de Inadequada/Superficial Preparador físico e futebol auxiliar técnico T6 Atleta de Inadequada/Superficial Preparador físico futsal Tabela 2. Filosofia de trabalho Treinadores T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 Filosofia de trabalho Autoridade Disciplina Disciplina Entrega e dedicação Sucesso Amizade

19 19 4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS No relato dos treinadores destaca-se a fonte de conhecimento de modo informal na aprendizagem profissional. Neste caso, todos os treinadores realizaram um tipo de aprendizagem auto-dirigida e mais dependentes de uma iniciativa pessoal, à medida que busca soluções para resolver os problemas da prática de ensino em contextos não estruturados de formação (NELSON, CUSHION & POTRAC, 2006). Como afirmam Cassidy, Jones e Potrac (2004), Trudel e Gilbert (2006), a atividade do treinador se desenvolve em um ambiente de experiências sociais complexas que enriquecem e complementam as experiências individuais das pessoas. Muitos modos de ação dos treinadores são construídos diretamente durante as interações pessoais de diálogo e também de observação dos outros. Isso ficou evidente no estudo realizado, principalmente quando os treinadores mencionam a importância do diálogo e a troca de informações dentro do clube, neste caso, T1, T2 e T3 como treinadores do clube B, e T4, T5 e T6 como treinadores do clube A. O caso de T5 se assemelha a um tipo de mentorização denominado informal, indicando que a sua aprendizagem ocorreu de forma voluntária, pois o mentor compartilha suas experiências, idéias, competências e habilidades, induzido por um vínculo ou relação social e afetiva (JIMÉNEZ; LORENZO, 2007). O modo informal como T5 realizou a sua formação profissional ocorreu também a partir da observação de outros treinadores que ele acreditava serem competentes e por quem nutria admiração pessoal (LORTIE, apud SCHEMPP, 1987). A observação de treinadores experientes ou de modelos pessoais foi um fator destacado na construção do conhecimento, sendo mencionado de forma explícita por quatro treinadores investigados. Os resultados são similares ao estudo com treinadores de futebol desenvolvido por Stephenson e Jowett (2009). Desse modo, a observação permanece ainda como uma das primeiras fontes de conhecimento para treinadores (CUSHION et al., 2003), e pode ser classificada como um tipo de aprendizagem informal (MALLETT et al., 2009)

20 20 Ao recordar da metáfora da participação de Trudel e Gilbert (2006), um tipo de aprendizagem por observação pode ser interpretada a partir do fenômeno da modelação ou da teoria de aprendizagem social (BANDURA, 1977), na qual a aprendizagem pode ocorrer de um modo inconsciente e o jovem treinador vem a tornar-se um treinador, depois de ser jogador ou assistente. No caso dos treinadores investigados, quatro apresentaram experiência pessoal como atletas de futsal (T1, T4, T5 e T6), sendo que T5 e T6 iniciaram como treinadores profissionais, no futsal. O estudo com treinadores de reconhecida competência tem mencionado que o tempo elevado de experiência de prática pessoal tem sido um fator determinante na construção do conhecimento profissional do treinador (TRUDEL; GILBERT, 2006), como é o caso de T5 e T6, que possuem mais de dez anos de experiência como treinadores profissionais de futebol. Segundo Trudel e Gilbert (2006), em um contexto desportivo tradicional as pessoas passam por um processo de socialização desde a infância, contribuindo para tornar-se treinador: a) o jovem jogador enquanto ainda é aluno aprende a partir da observação que realiza do seu treinador a ensinar, como foi citado de modo crítico por T4; b) posteriormente, no papel de auxiliar ou assistente, uma pessoa aprende observando e dialogando com o treinador principal mais experiente a atuar, como T1, T2, T3 e T5; c) por fim, passa a observar outros treinadores adversários ou pares, já na função de treinador principal, que foi o caso de todos os treinadores investigados. As evidências do estudo são similares aos resultados encontrados por Wright et al., (2007) e Lemyre et al., (2007), nas modalidades de beisebol, hóquei no gelo e no próprio futebol. A partir de entrevistas semi-estruturadas, os pesquisadores identificaram que os treinadores de jovens aprendem a treinar a partir de diferentes situações ou fontes de aprendizagem, como em pesquisas na internet, interação com outros treinadores, grupo de estudos, livros, vídeos, observação, experiência pessoal e programas formais de formação. Identificou-se também que os treinadores 1, 3, 4 e 5 buscaram fontes de conhecimento denominadas de formas de aprendizagem do tipo não formal, que envolve cursos e seminários, convertendo-se em uma forma de organização circunstancial, vinculada a um dado período de tempo de curta

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