ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO. Efeito Barreira e Efeito Armadilha

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO. Efeito Barreira e Efeito Armadilha"

Transcrição

1 ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO Efeito Barreira e Efeito Armadilha Tânia Ferreira Chança Nº 7101 Orientador Interno: Luís Luz Orientadores Externos: Ana Ilhéu e Rita Azedo Curso de Biologia BEJA

2 Agradecimentos O acto de agradecer não é mais do que a humilde demonstração do reconhecimento e gratidão perante uma atitude de terceiros em prol do nosso próprio bem-estar. É neste enquadramento que pretendo deixar gravada a minha gratidão para com todos os que contribuíram para a boa concretização deste trabalho. Assim vão os meus agradecimentos para o Professor Luís Luz, enquanto meu orientador neste trabalho, pela colaboração na realização deste trabalho, em prol da concretização desta etapa académica. Agradeço à Dr.ª Rita Azedo pelo empenho, colaboração e incentivo desde a primeira hora. Presto-lhe os meus sinceros agradecimentos, manifesto também da minha estima, amizade e admiração pela sua pessoa. Presto os meus agradecimentos sinceros, também, ao técnico de campo Manuel Cascalheira, por quem tenho particular estima e admiração, pelos seus ensinamentos, disponibilidade e colaboração na realização deste trabalho. Para todos os que, directa ou indirectamente, me apoiaram e ajudaram na concretização deste trabalho vão os meus reconhecidos e gratos agradecimentos, entre os quais cito os meus pais e o meu irmão. A todos um muito obrigado pelo apoio incondicional e incentivo.

3 Local de Realização Este estágio realizou-se na Empresa de Desenvolvimento e infra-estruturas do Alqueva, SA, com a sigla EDIA, cuja sua sede se localiza em Beja, no baixo Alentejo. Foi criada em 1995, e é a primeira sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, sediada no interior do nosso país. A EDIA definiu como fulcros prioritários a diversificação de diversas áreas de negócio, estas áreas estão relacionadas com o sector do Ambiente, da Água, da Agricultura e Inovação e Tecnologia, do Turismo e com o sector das Energias Renováveis. Esta empresa tem um grande contributo para o desenvolvimento, não só da região do Alentejo, mas também do país. Pois é a Empresa gestora do EFMA (Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva) e detentora de um projecto empresarial de relevo, posicionando-se como uma referência estratégica nas áreas de negócio. Apoia ainda o desenvolvimento curricular de estudantes da região, dando aos mesmos a possibilidade de realizar Estágios na empresa. Hoje em dia a EDIA é reconhecida como sendo uma Empresa sólida e estratégica para o estabelecimento de parcerias em diversas áreas de negócio.

4 Índice 1. Introdução Localização Descrição geral da área: Efeito Barreira e Efeito Armadilha Consequências da construção de canais a céu aberto: Declaração de Impacto Ambiental Grupos de Espécies Alvo Monitorização: Medidas de Minimização Metodologia Análise de resultados Observação de animais ou vestígios dentro e fora da área vedada Observação de animais ou vestígios dentro da área vedada Considerações finais Bibliografia... 40

5 Índice de Ilustrações Ilustração 1- Mapa de localização do canal de adução de Alvito-Pisão... 4 Ilustração 2-Passagem superior (1) Ilustração 3- Passagem superior (2) Ilustração 4- Passagem hidráulica(1) Ilustração 5-Passagem hidráulica (2) Ilustração 6- Passagem para fauna (1) Ilustração 7- Passagem para fauna (2) Ilustração 8-Vedação (2) Ilustração 9- Vedação (1) Ilustração 10-Rampa de salvamento (1) Ilustração 11-Rampa de salvamento (2) Ilustração 12- Excremento de lontra Ilustração 13-Excremento de doninha 19 Ilustração 14-Pegada de raposa(1) Ilustração 15-Pegada de Raposa(2) Índice de Gráficos Gráfico 1- Quantificação do número de registos por tipologia de evidência Gráfico 2-Quantificação do número de registos por tipologia e estrutura monitorizada para o troço de Ligação Alvito-Pisão. PH- Passagens Hidráulicas; PS- Passagem Superior; PF- Passagem para fauna; CT- Canal Trapezoidal Gráfico 3-Quantificação do número de registos por grupo alvo, no troço AP Gráfico 4-Quantificação do número de registos por espécie no troço AP Gráfico 5-Quantificação do número de registos por tipologia no canal AP Gráfico 6-Quantificação do número de registos por grupo alvo, dentro da área vedada 27 Gráfico 7- Quantificação do número de registos por espécie dentro da área vedada Gráfico 8- Quantificação da percentagem da relação entre o comprimento dos troços e a área dos pontos de água Gráfico 9- Relação entre a área de pontos de água e o nº de entradas dentro da área vedada, em cada troço Gráfico 10- Quantificação do número de pontos de água com vegetação, e sem vegetação... 36

6 Índice de Tabelas Tabela 1- Grupos de espécies alvo, da monitorização Tabela 2- Medidas de minimização implementadas nas infra-estruturas em análise Tabela 3- Métodos de monitorização implementados Tabela 4- Quantificação do número de entradas de cada espécie por troço, dentro da área vedada Tabela 5- Localização dos pontos de água Tabela 6- Comprimento dos troços e área de pontos de água por troço Tabela 7- Quantificação do número de registo de espécies nos pontos de água... 34

7 Resumo Tem este trabalho como objectivo abordar e enquadrar o conceito de efeitobarreira e efeito-armadilha associados à construção de infra-estruturas lineares, bem como apresentar medidas de minimização a aplicar com vista a reduzir os danos causados pelas mesmas. Primeiro foi necessário fazer pesquisa sobre o tema em questão de modo a perceber, de uma forma geral, em que consiste esta problemática. Depois e já com alguma informação sobre o tema, iniciou-se o trabalho de campo. Este consistiu na monitorização da área em estudo, e numa segunda etapa estudar os pontos de água nela presentes. A existência de infra-estruturas lineares, como é o caso dos canais de adução, podem ter como consequência o efeito-barreira e o efeito-armadilha. Estes tornam-se potencialmente nefastos sobre a estrutura populacional das espécies, podendo mesmo levá-las à extinção. O estudo dos pontos de água presentes na envolvente do canal permitiu concluir que, a maioria das espécies apenas procura o poder atractivo do canal quando a disponibilidade de pontos de água na envolvente é muito reduzida (ou mesmo nula) ou quando os pontos de água presentes não apresentam as características desejáveis para a espécie. Palavras-Chave: Efeito- Barreira; Efeito-armadilha; Canal de adução ; Monitorização; Medidas de minimização 1

8 Lista de Siglas AP Troço de Ligação Alvito-Pisão AQ Aqueduto CT Canal Trapezoidal EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva EFMA Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva EIA Estudo de Impacte Ambiental PH Passagem Hidráulica PS Passagem Superior PF Passagem para Fauna 2

9 1. INTRODUÇÃO O presente relatório realiza-se no âmbito da unidade curricular Estágio que consta no 6º semestre do plano de estudos da Licenciatura em Biologia. O estágio foi efectuado na, EDIA e o tema principal do relatório é o Efeito Barreira e o Efeito armadilha provocados pela construção de infra-estruturas lineares. O objectivo deste trabalho é avaliar a eficácia das medidas de minimização implementadas para redução do efeito barreira e armadilha dos canais de rega do EFMA. Pretendeu-se com este trabalho perceber, também, o porquê de os animais procurarem o canal. Ou seja, se o poder atractivo do canal é reduzido devido à presença de pontos de água na proximidade do canal. Este programa de monitorização incidirá sobre a rede primária de rega do EFMA localizada no concelho de Alvito. De forma a minimizar o efeito barreira e o efeito armadilha causados pela construção das infra-estruturas do EFMA e dos projectos a este associados, têm sido implementado um conjunto de medidas. (EDIA, 2007) São estas a colocação de vedações, a construção de passagens capazes de permitir a continuação do fluxo hídrico e a movimentação de espécies na área envolvente ao canal, e a construção de rampas de salvamento no interior dos canais. Após a implementação das medidas de minimização, torna-se essencial monitorizar a sua eficácia, de forma a detectar falhas e incorporar melhorias em acções futuras com vista à optimização das medidas. (Hervás et. al, 2006 in EDIA) Para isso é necessário proceder-se à avaliação da eficácia das medidas de minimização do efeito barreira e armadilha dos canais a céu aberto da Rede Primária de Rega do EFMA, nomeadamente através da: (EDIA, 2010) o Avaliação do grau de utilização das passagens adaptadas para fauna (passagens para fauna, passagens hidráulicas ou aquedutos, passagens superiores e passagens inferiores), identificando que espécies e com que frequência as utilizam; o Identificação do grau de eficácia das vedações contra a transposição por animais, tendo em conta o seu estado de conservação e adequada implementação; o Avaliação dos índices de mortalidade no canal, tendo em conta abundâncias e diversidade específica. 3

10 O presente relatório aborda o período correspondente ao ano de 2010/2011, compreendendo os dados recolhidos entre 10 de Março de 2010 e 10 de Março de 2011, no âmbito do Programa de Monitorização da Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha associado às estruturas lineares de condução de água a céu aberto do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). 2. LOCALIZAÇÃO No âmbito deste Programa foi monitorizada a eficácia das medidas de minimização do efeito barreira e do efeito armadilha numa das infra-estruturas de adução da rede primária do EFMA, nomeadamente os troços de canal a céu aberto em funcionamento no Troço de ligação Alvito-Pisão. 4 Ilustração 1- Mapa de localização do canal de adução de Alvito-Pisão

11 3. DESCRIÇÃO GERAL DA ÁREA: O canal de adução Alvito Pisão tem início na tomada de água da barragem de Alvito e tem uma extensão de cerca de 36 km até à da albufeira do Pisão, localizando-se na sua totalidade na bacia hidrográfica do rio Sado. É constituído por troços de canal a céu aberto, canal coberto e conduta (sifões). O adutor da Vidigueira que transporta a água de rega para o bloco da Vidigueira, localiza-se na bacia hidrográfica do rio Guadiana. Este adutor tem um comprimento de cerca de 7 km, e possui quatro reservatórios (R1 Cuba Oeste, R2 Faro, R3 Cuba Este e R4 Vidigueira). O adutor, fundamentalmente desenvolvido em conduta, terá início no canal de adução, e alimentará os reservatórios R3 e R4. Os reservatórios R1 e R2 encontram-se situados junto do canal de adução, pelo que são alimentados directamente a partir deste canal. Os reservatórios de regularização têm como função principal responder aos caudais pedidos, permitindo, também, a regularização diária dos caudais aduzidos. Para além dessas funções, os reservatórios deverão ainda permitir a rega de Inverno durante algum tempo, caso haja necessidade de efectuar uma reparação de emergência no canal de adução ou no adutor. Em termos geológicos esta região está integrada na unidade denominada por zona Ossa Morena, constituída por rochas eruptivas e meta-sedimentares. São ainda de referir a ocorrência de conjuntos plutónicos como os gabros de Beja, os gabro dioritos de Cuba, os pórfiros de Baleizão e ainda alguns maciços carbonatados O uso e ocupação do solo, para grande parte da área em estudo, reflecte um uso único do solo, nomeadamente, por culturas de sequeiro. Esta ocupação singular do solo coexiste com utilizações múltiplas do mesmo, ou seja, parcelas onde se identificou montado sobro e azinho e culturas de sequeiro ou, montado de sobro e azinho com subcoberto de matos. Outro aspecto importante é a presença muito pouco significativa de áreas urbanas ao longo da área em estudo. No que respeita à ecologia, trata-se de uma região naturalizada, mas com culturas que exigem reduzida intervenção humana, pelo que, suporta algumas comunidades animais e vegetais. (Procesl, 2005) 5

12 4. EFEITO BARREIRA E EFEITO ARMADILHA A elevada proliferação de infra-estruturas lineares é uma característica recente das sociedades humanas, tendo ocorrido um incremento exponencial a partir de meados do século XX. (Mira, 2005) Existem diversos tipos de infra-estruturas lineares, como estradas, auto-estradas, linhas ferroviárias e canais de adução e de rega a céu aberto. Todas estas infra-estruturas estão identificadas como um relevante factor de ameaça para a conservação de populações e espécies. (ICNB, 2008) Isto porque são hoje reconhecidas como fortes inibidores do movimento de vários grupos de animais, criando barreiras transversais aos corredores ecológicos existentes, induzindo perturbações no meio natural que contribuem para a sua degradação e afectando as estruturas das comunidades biológicas reduzindo a sua diversidade e provocando o seu isolamento. (Nores & Moro1990, Treweek 1999 in ICN 2008) O impacto destas infra-estruturas é consequência de diversas acções inerentes à sua implementação e estabelece-se a vários níveis. Por exemplo na fase de construção, em que há perturbação e destruição de habitats relacionado com a instalação de estaleiros, a abertura/melhoria de acessos, os movimentos de terra, o depósito de materiais, a movimentação de viaturas/máquinas entre outras. Como consequência da fase de exploração pode-se enumerar a mortalidade por atropelamento ou afogamento, o efeito barreira, as alterações e fragmentação de habitats e da estrutura populacional. (ICN, 2008) Na fase de exploração das infra-estruturas da rede primária do EFMA os principais impactes ao nível da fauna estão associados à fragmentação de habitats e ao aumento da mortalidade por afogamento em canais abertos. (EDIA, 2007) De forma a diminuir essas consequências, deve-se ter em atenção diversos factores. Durante a Fase de construção: ( Procesl, S/D) Objectivos: 1. Acompanhamento da construção das passagens para fauna 2. Acompanhamento ambiental das obras a realizar na proximidade da colónia de Peneireiro-das-torres, caso estas ocorram durante a época de reprodução. 6

13 Parâmetros a monitorizar: 1. Grau de adequação das passagens para a fauna e das passagens hídricas adaptadas em relação ao substrato e linhas de vegetação para encaminhamento dos animais; 2. Grau de perturbação na envolvente à colónia derivada do movimento de pessoas e máquinas afectos à obra. Fase de exploração: ( Procesl, S/D) Objectivos: 1. Avaliar o impacte provocado pela presença do canal em termos de mortalidade dos animais que o tentam atravessar; 2. Avaliar o grau de permeabilidade infra-estrutura à passagem de animais. Parâmetros a monitorizar: 1. Mortalidade animal através da análise da variação do número de cadáveres encontrados no canal por grupo biológico, época do ano e trecho do canal; 2. Utilização das passagens pela fauna silvestre através da análise da variação do número de indícios de passagem de animais nos pontos de passagem para a fauna por grupo biológico e por época do ano. Os canais de rega são considerados como infra-estruturas hidráulicas de grande importância, muitas vezes inseridas em aproveitamentos hidroagrícolas de grande dimensão, que contribuem não só para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, mas também da população agrícola. (Morgado, 2008) Em Portugal está em curso a construção de uma rede de canais de rega a céu aberto com centenas de quilómetros no Alentejo Central. (Mira, 2005) O contínuo espacial que caracteriza as infra-estruturas lineares, como os canais, potencia os impactes negativos sobre os ecossistemas, em especial no que se refere aos efeitos de barreira e de armadilha que podem culminar directa ou cumulativamente na extinção de populações animais presentes. ( Farrall, 2005) A existência de infra-estruturas lineares, como é o caso dos canais de adução, pode ter como impacte o efeito-barreira, provocando o fenómeno de fragmentação de habitats, ou seja, transforma a área original em diversas áreas mais pequenas isoladas entre si por um conjunto de barreiras ou de habitats diferentes do original. Esta 7

14 fragmentação poderá ter efeitos potencialmente nefastos sobre a estrutura populacional das espécies. Outro impacte ambiental negativo associado aos canais de adução é o efeito armadilha que estas infra-estruturas representam e consequentemente como factor incrementador de mortalidade de alguns grupos de espécies, nomeadamente mamíferos silvestres, anfíbios e répteis. (EDIA, 2010) 5. CONSEQUÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO DE CANAIS A CÉU ABERTO: As infra-estruturas lineares afectam, de forma negativa a biodiversidade. Dos impactes mais significativos salientam-se o incremento da taxa de mortalidade; a fragmentação e degradação dos habitats; e o efeito barreira aos movimentos dos organismos. (Mira, 2005) 1. Afogamento/ Aprisionamento 2. Destruição directa de habitats 3. Alterações do habitat e perturbação da fauna 4. Efeito Barreira e fragmentação 5. Efeito Cumulativo Afogamento/ Aprisionamento Ocorre quando os animais caem nos canais que transportam água, quando os tentam atravessar ou quando procuram beber água, podendo nessa situação ocorrer ferimentos ou causar mesmo a morte do animal. A severidade deste impacte é função do caudal e velocidade de escoamento da água e de existirem, ou não, estruturas que possibilitem o salvamento. (ICNB, 2008) O verão é a época mais vulnerável, uma vez que os animais procuram os canais de água, na falta de alternativas na zona. Apesar de haver espécies em que se regista maior incidência de mortes entre Outubro e Março. ( CEMAGREF 1982 in ICNB, 2008) As zonas que apresentam maior risco são as que apresentam paredes lisas, velocidade da água elevada e canais rectangulares. (ICNB, 2008) 8

15 Destruição directa de habitats A construção deste tipo de infra-estruturas provoca a destruição de habitats naturais, semi-naturais e de núcleos populacionais de espécies de flora, assim como de habitats de variadas espécies de fauna. A destruição de habitats regista-se sobretudo na fase de construção. (Schonewald-cox& Bucner 1992, in ICNB 2008) A época de reprodução é a época em que os animais estão mais vulneráveis, e em que são mais afectados pela destruição do habitat. (ICNB, 2008) Alteração do habitat e perturbação da fauna A construção de infra-estruturas provoca alterações na composição e estrutura dos habitats, consequência do aumento dos níveis de poluição e perturbação, da criação de nichos ecológicos específicos e da criação de corredores de dispersão. Com a degradação da qualidade dos habitats e das condições necessárias à presença das espécies que nele ocorrem conduz ao afastamento das espécies na fase de construção, levando ao efeito de exclusão (desaparecimento de núcleos populacionais). Mas em contrário, a criação de corredores de dispersão e de novos habitats pode provocar o aparecimento de outras espécies que não ocorriam naturalmente na área. As espécies mais afectadas são as que têm uma distribuição mais localizada, cuja disponibilidade de habitat na área envolvente é reduzida. Sendo estas espécies mais sensíveis à perturbação. (ICN, 2008) Efeito Barreira e Fragmentação Com a introdução de obstáculos ao movimento de animais criam-se descontinuidades nos habitats o que provoca alterações nas estruturas das populações e na forma como estas ocupam a área envolvente às infra-estruturas. A longo prazo pode conduzir a alterações na estrutura genética das mesmas. Em consequência da criação de barreiras físicas, as populações ficam mais isoladas e fragmentadas e tornam-se mais susceptíveis a fenómenos de erosão genética e susceptíveis à extinção. Nos habitats, a fragmentação cria uma paisagem em mosaico que aumenta a distância entre os habitats e faz desaparecer corredores ecológicos que facilitam a dispersão. (ICN, 2008) 9

16 Efeito Cumulativo Um projecto de construção de uma infra-estrutura pode não afectar significativamente habitats e espécies, mas em conjugação com outros projectos contribui para um efeito cumulativo significativo por acumulação de impactos na mesma área e populações. Esta avaliação é particularmente importante no caso de afectação da integridade de Sítios da Rede Natura. (ICN, 2008) 6. DECLARAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL O processo de avaliação de impacte ambiental (AIA) em Portugal teve as suas primeiras directrizes lançadas no inicio dos anos 90. (Costa; Mascarenhas; Cardoso; 2005) A avaliação de impacte ambiental é um instrumento preventivo fundamental da política do ambiente e do ordenamento do território, e como tal reconhecido na Lei de Bases do Ambiente, Lei n.º 11/87, de 7 de Abril. Constitui, pois, uma forma privilegiada de promover o desenvolvimento sustentável, pela gestão equilibrada dos recursos naturais, assegurando a protecção da qualidade do ambiente e, assim, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do Homem. (Decreto-Lei n.º 69/2000.) A Declaração de Impacto Ambiental tem como finalidade... criar e manter condições nas quais homem e natureza podem coexistir com produtiva harmonia. (ccdrc, 2011) A AIA tem por base a realização de estudos ambientais pluridisciplinares e abrangentes, incluindo os elementos naturais, sociais e de património cultural e construído, e consultas, com efectiva participação pública e análise de possíveis alternativas, que tem por objecto a recolha de informação, identificação e previsão dos efeitos ambientais de determinados projectos, bem como a identificação e proposta de medidas que evitem, minimizem ou compensem esses efeitos, tendo em vista uma decisão sobre a viabilidade da execução de tais projectos e respectiva pós avaliação. ( ccdrc, 2011) 10

17 O procedimento de AIA é público, sendo de divulgação obrigatória, os seguintes documentos: ( ccdrc, 2011) o Estudo de impacte ambiental (EIA); o Resumo não técnico (RNT); o Relatório da consulta pública; o Todos os pareceres emitidos no âmbito do procedimento de AIA; o Parecer final da comissão de avaliação (CA); o Declaração de Impacte Ambiental (DIA); o Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE); o Decisão de dispensa de procedimento de AIA; o Decisão relativa ao pedido de licenciamento ou de autorização É ainda obrigatória a publicitação periódica dos relatórios de monitorização apresentados pelo proponente, bem como dos resultados apurados nas auditorias realizadas nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro. Existe enquadramento legal para que sejam estabelecidas condicionantes a projectos de infra-estruturas lineares fora de áreas classificadas (AC), nomeadamente ao abrigo do articulado nos Artigos 11º e 12º do DL quando o projecto em causa é susceptível de afectar significativamente as espécies de aves ou do anexo B-II ou B-IV desse diploma ou destruir os locais de reprodução das mesmas. (ICNB, 2008) Fora de AC é especialmente importante aceder à informação base disponível no ICNB sobre a distribuição de espécies e habitats protegidos de forma a que esta possa ser considerada pelas entidades envolvidas no processo de licenciamento e implementação do projecto em causa, uma vez que não está acautelada a participação do ICNB no mesmo. (ICNB, 2008) No presente projecto, e tendo por base o parecer técnico final da comissão de Avaliação relativamente ao procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental foi emitida a Declaração de Impacte Ambiental favorável. Ficando no entanto condicionada ao cumprimento de diversas medidas. As medidas de minimização do efeito armadilha, passam pela implementação de rampas de saída do canal e de vedações. Para minimizar o efeito barreira, é necessária a implementação de passagens superiores, passagens hidráulicas e passagens para fauna. 11

18 7. GRUPOS DE ESPÉCIES ALVO O facto de as infra-estruturas lineares serem apontadas como inibidores do movimento de vários grupos de animais, e serem o principal factor de fragmentação do seu habitat, leva a que sejam consideradas como uma das causas mais comuns de extinção de espécies mais vulneráveis. É necessário estabelecer critérios e dar prioridade aos estudos sobre espécies ameaçadas e habitats prioritários, não descurando no entanto a monitorização das espécies mais abundantes e comuns. Uma vez que o traçado dos canais de adução, não atravessa qualquer área protegida, nos termos da legislação em vigor, e que os dados de base, estudos de impacte ambiental, não identificaram a afectação directa de populações de espécies com estatuto de ameaça, as medidas implementadas destinam-se a salvaguardar os impactes da fragmentação de habitats criados pela presença dos canais de adução sobre diferentes grupos de espécies. (EDIA, 2007) Apesar do principal alvo deste Programa serem as espécies silvestres, também são recolhidos dados sobre as espécies domésticas, na medida em que poderão afectar directa ou indirectamente o tipo de dados obtidos, contribuir para a compreensão dos comportamentos apresentados pelos diversos grupos alvo e serem potencialmente afectados pelo efeito armadilha associado às estruturas em análise. (EDIA, 2010) A monitorização abrangerá os grupos de animais identificados na tabela1. Tabela 1- Grupos de espécies alvo, da monitorização Mamíferos (silvestres) Grupos Alvo Mamíferos carnívoros Mamíferos de grande porte (cervídeos e javali) Lagomorfos Micromamíferos Mamíferos insectívoros Quirópteros Anfíbios Répteis Aves Animais domésticos 12

19 8. MONITORIZAÇÃO: A amostragem de recolha de animais mortos, ou de vestígios no canal deverá ser realizada pelo menos uma vez ao longo de todo o canal e para além de ser mensal deverá ser avaliada se a frequência é adequada. Deve ser aferida a eficácia do método de amostragem, nomeadamente fazendo trimestralmente, recolhas diárias durante cinco dias consecutivos. A metodologia deverá ser modificada de acordo com os resultados obtidos a partir das amostragens e do funcionamento do próprio canal de forma a que mais eficazmente se possa cumprir o objectivo de avaliar a mortalidade. Se esses mesmos resultados mostrarem uma elevada mortalidade de determinadas espécies ameaçadas deverá ser avaliada a significância dessa mortalidade, ou seja se o impacto é significativo na população local. Para tal a monitorização poderá ter que incluir um estudo da abundância da população local. (ICN, 2006) Actualmente a monitorização no Troço de Ligação Alvito-Pisão é realizada uma vez por semana. 9. MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO Compreender as relações complexas entre as infra-estruturas lineares e a biodiversidade é o primeiro passo para reduzir o seu impacte nos ecossistemas. Com efeito, apenas com este conhecimento será possível definir medidas mitigadoras e implementar estes projectos num contexto de desenvolvimento sustentável. (Mira, 2005) De acordo com o Ministério do Ambiente e ordenamento do território o aprovamento da declaração de Impacto ambiental para o troço de ligação Alvito-Pisão foi condicionado ao cumprimento de diversas medidas de minimização. 13

20 As medidas de minimização implementadas no troço em análise encontram-se referidas no seguinte quadro: Tabela 2- Medidas de minimização implementadas nas infra-estruturas em análise Medida implementada Passagens hidráulicas Passagens superiores Passagens para fauna Vedações Rampas de saída do canal Âmbito da medida Minimizar o efeito barreira Minimizar o efeito armadilha As medidas implementadas têm diversos objectivos que visam minimizar os efeitos negativos causados pela construção das infra-estruturas lineares, neste caso causados pelos canais de adução. Passagens superiores (PS) Destinam-se a garantir a manutenção de acessos às propriedades afectadas pela implementação da infra-estrutura de adução, permitindo o trânsito de viaturas, pessoas e animais domésticos. A ilustração 2 e 3 são exemplos deste tipo de passagens. Sendo caracteristicamente locais com tráfego pouco intenso, permitem também o trânsito de animais silvestres de pequeno a grande porte, minimizando o efeito barreira. A presença de uma margem com terra vegetal, destina-se a tornar este tipo de infra-estruturas mais atractivas para algumas espécies de hábitos mais reservados. (EDIA, 2007) Ilustração 2-Passagem superior (1) Ilustração 3- Passagem superior (2) 14

21 Passagens hidráulicas (PH) ou aquedutos (AQ) Estruturas que têm como objectivo prioritário garantir a drenagem transversal das linhas de água atravessadas pela adução, como podemos observar na ilustração 4 e 5. Desde que garantidas algumas condições estruturais e aproveitando o tipo de regime hidráulico existente na região (regime torrencial), podem ser utilizadas por diversas espécies de vertebrados terrestres não voadores de pequeno e médio porte como pontos de travessia nos troços de canal em superfície livre, minimizando o efeito barreira. Ilustração 4- Passagem hidráulica(1) Ilustração 5-Passagem hidráulica (2) Passagens para fauna (PF) Destinam-se a minimizar o efeito barreira decorrente da implementação das infra-estruturas de adução a céu aberto, incrementando as possibilidades de transposição da adução em áreas onde não existem outras alternativas, sendo mais indicadas para vertebrados terrestres não voadores de pequeno e médio porte. (EDIA, 2007) Ilustração 6- Passagem para fauna (1) Ilustração 7- Passagem para fauna (2) 15

22 As ilustrações acima ( 6 e 7) são dois exemplos de passagens para fauna. Em todas as passagens hidráulicas, nas passagens superiores e nas passagens específicas para fauna é importante que o substrato seja cimentado, uma vez que algumas espécies evitam o metal. A existência de refúgios, como troncos apodrecidos, pedras entre outros, no interior e a presença de um solo o mais natural possível aumenta a eficiência da sua utilização por parte da fauna. As entradas devem apresentar linhas de vegetação laterais, de modo a conduzir os animas para a entrada e ser mantidas desobstruídas de obstáculos. ( Procesl, S/D) Vedações Estas estruturas destinam-se a limitar o acesso a pessoas e animais à área de afectação das infra-estruturas de adução em superfície livre. Ilustração 9- Vedação (1) Ilustração 8-Vedação (2) As vedações foram concebidas de forma a maximizar a sua eficácia contra a sua transposição por animais silvestres, concretamente vertebrados terrestres não voadores, com vista à minimização do efeito armadilha e consequente mortalidade. (EDIA, 2007) As ilustrações 8 e 9 permitem-nos perceber como é colocada a vedação, como medida de minimização. 16

23 Rampas de saída do canal As rampas de saída do canal destinam-se a uma utilização de emergência, através da qual o animal, após a queda, possa sair de dentro do canal. A sua monitorização específica é realizada de forma ocasional, em paralelo com os percursos realizados junto ao canal. (EDIA, 2007) Ilustração 10-Rampa de salvamento (1) Ilustração 11-Rampa de salvamento (2) As ilustrações 10 e 11 mostram duas rampas de salvamento, implementadas no troço Alvito- Pisão. 17

24 10. METODOLOGIA 1ª Etapa- Monitorização Os métodos implementado para a monitorização da eficácia das medidas de minimização do efeito barreira e efeito armadilha provocados pelo canal encontram-se no seguinte quadro. Ao longo do ano foi preenchida uma ficha de monitorização (anexo 2.1) e realizado um registo fotográfico por cada evidência de presença. Tabela 3- Métodos de monitorização implementados Método de monitorização Observação de animais ou vestígios dentro da área vedada Recolha de dados de mortalidade nas infraestruturas lineares Monitorização do uso das passagens através da recolha de trilhos, pegadas e outros indícios Monitorização do uso de passagens e das tentativas de transposição da vedação através de filmagem Estes métodos de monitorização indicados na tabela 3 foram implementados da seguinte forma: Observação de animais ou vestígios dentro da área vedada Permite contabilizar os registos, identificando as espécies no interior da área vedada ou vestígios destas. Objectivos: identificar troços na infra-estrutura de adução onde são detectadas mais evidências de animais ou vestígios no interior da área vedada. Procedimento geral: percorrer um dos lados da infra-estrutura de carro a baixa velocidade ou a pé, durante períodos pré-estabelecidos e repetidos no tempo. 18

25 No caso de ocorrências de vestígios, como dejectos ou pegadas, é realizado o registo fotográfico, com indicador de escala, de modo a permitir uma determinação tão rigorosa quanto possível. Ilustração 12- Excremento de lontra Ilustração 13-Excremento de doninha Recolha de dados de mortalidade nas infra-estruturas lineares Permite identificar troços na infra-estrutura de adução onde são detectadas mais evidências de animais mortos ou caídos no canal. Objectivo: Avaliar o efeito do canal na mortalidade dos animais. Procedimento geral: Percorrer um dos lados dos canais, de carro, a baixa velocidade, preferencialmente no sentido contrário ao da corrente, ou seja, de jusante para montante. Para cada animal detectado, é identificada a espécie ou grupo taxonómico, o local da evidência, estado da deterioração do cadáver e outras observações. Todos os cadáveres detectados foram recolhidos e encaminhados para destino final adequado. Monitorização do uso das passagens através da recolha de trilhos, pegadas e outros indícios 19

26 Objectivo: Avaliar o uso de aquedutos, passagens para fauna e outras infraestruturas de atravessamento, por diferentes espécies de animais terrestres não voadores. Procedimento geral: Procurar indícios de pegadas ou trilhos impressos em substratos de lama ou areia, no interior das passagens ou nas suas extremidades. Ilustração 14-Pegada de raposa(1) Ilustração 15-Pegada de Raposa(2) Monitorização do uso das passagens e das tentativas de transposição da vedação através de filmagem Objectivo: Avaliar a eficácia das vedações como medida de minimização do efeito armadilha, especialmente as diversas malhas utilizadas. Sendo que este factor é um ponto-chave na monitorização, visto ser o primeiro obstáculo á entrada de animais terrestres dentro da área vedada Procedimento geral: É realizada através de videovigilância junto à vedação, onde esta apresente indícios de tentativa de passagem por parte dos animais. Para as passagens é utilizado o mesmo sistema de videovigilância. As câmaras que integram o sistema de videovigilância são sensíveis à radiação infravermelha, o que permite a sua utilização no período nocturno. 20

27 2ª Etapa Numa segunda etapa pretendeu-se analisar a importância dos canais a céu aberto, do Empreendimento de Fins Múltiplos, como ponto de atracção para a fauna silvestre. Para isso foi necessário: 1. Fazer o levantamento dos pontos de água existentes na envolvente das infraestruturas lineares de adução de água (canais a céu aberto); 2. Relacionar os pontos com os dados da monitorização relativos aos vestígios de animais dentro da área vedada dos canais; 3. Identificar as áreas em que o canal exerça maior atracção sobre a fauna silvestre. 1- Levantamento dos pontos de água existentes na envolvente do canal de adução A elaboração dos mapas foi feita a partir de ortofotomapas EDIA 2004, com escala de 1: Começou-se por fazer um enquadramento da área de estudo, através das localidades. De seguida inseriu-se informação relativamente à infra-estrutura do EFMA. Dentro desta temos a rede primária que nos dá a maioria da informação sobre o canal e as passagens a este associadas. A partir dessa shape ficamos com informação a cerca de toda a adução presente na área. O software permite-nos através da tabela de atributos da adução seleccionar apenas o canal Alvito-Pisão, formando uma nova shape com a informação, apenas, deste troço. Foi necessário definir uma área para se proceder a identificação dos pontos de água, definiu-se então que a área de estudo seria até 500 metros a partir do canal. Para isso fez-se um buffer de 500 metros em torno da shape do canal. Já com a área de estudo definida, procedeu-se à criação dos polígonos dos pontos de água. Após a criação dos polígonos, abre-se a tabela de atributos dos mesmos e automaticamente o software dá-nos a área de cada ponto de água através do comando Calculate Geometry. Elaborados os mapas com os pontos de água, foi-se para o terreno para se proceder a confirmação da presença, ou não, dos pontos de água. Apenas através dos 21

28 mapas tornou-se complicado encontrar a localização pormenorizada dos locais onde estes se encontravam. Para ter a certeza da localização pormenorizada procedeu-se ao cálculo das coordenas de modo a facilitar a localização dos mesmos. A partir da tabela de atributos conseguimos também calcular o centróide (x,y) de cada polígono de ponto de água, o que nos permite localizar o ponto de água no terreno. Como o GPS não tinha um sistema d coordenadas compatível com o x,y, foi necessário transformar num sistema de coordenadas compatível com o GPS, WGS84. Informação detalhada sobre os passos dados ao longo da elaboração dos mapas, em anexo1.1. Depois de ter os mapas e os pontos de GPS, procedeu-se a elaboração de uma ficha de campo, para recolha de informações a cerca dos pontos de água. Essa ficha pode ser consultada no anexo1.2. Após ter os mapas com os pontos de água, as coordenadas para o GPS e a ficha de campo elaborado, foi altura de ir para o campo de modo a confirmar a presença, ou não, dos pontos de água no terreno. 22

29 11. ANÁLISE DE RESULTADOS 1ª Etapa- Monitorização Observação de animais ou vestígios dentro e fora da área vedada No decorrer da monitorização que foi realizada no período de tempo entre 10 de Março de 2010 e 10 de Março de 2011 foram contabilizados um total de 559 registos. A maioria dos registos foi obtida de forma indirecta, através da detecção e identificação de vestígios deixados pela presença de animais, nomeadamente excrementos, rastos, pegadas ou mesmo através da observação de animais. Nº de registos Troço Alvito-Pisão Excremento Morto Observação Outra Pegadas Troço Alvito-Pisão Gráfico 1- Quantificação do número de registos por tipologia de evidência Se procedermos a uma análise geral dos registos constatamos que a tipologia pegadas foi a que sem dúvida mais contribuiu para a confirmação da presença de animais dentro do troço em estudo. Tanto os excrementos como as pegadas são formas, indirectas, de detectar a presença de animais dentro da área em estudo e vão complementar os dados recolhidos através de observação ou de recolha de indivíduos. 23

30 Nº de registos Troço de ligação Alvito-Pisão Excremento Morto Observação Outra Pegadas PH/AQ PS PF CT Gráfico 2-Quantificação do número de registos por tipologia e estrutura monitorizada para o troço de Ligação Alvito-Pisão. PH- Passagens Hidráulicas; PS- Passagem Superior; PF- Passagem para fauna; CT- Canal Trapezoidal. Como podemos observar no gráfico 2 o troço monitorizado regista algumas diferenças na distribuição das tipologias de registos nas diferentes estruturas. Pode-se observar, por exemplo, que tanto nas Passagens Hidráulicas (PH), e Passagens Superiores (PS) como nas Passagens para Fauna (PF) a tipologia que apresenta maior número é Pegadas, enquanto que nas CT a tipologia com maior número de registos é Excrementos. Este facto pode relacionar-se com o tipo de substrato destas estruturas, que permite a fácil impressão deste tipo de marcas. As características da área vedada associadas ao canal, com pavimento de gravilha e estrutural de betão, privilegiam a presença de excrementos como evidência indirecta mais registada durante os trabalhos de monitorização. Com base na observação do gráfico 2, constata-se que a maioria dos registos de mortalidade se encontra dentro da área vedada. Os registos que dizem respeito à área vedada são os que correspondem às CT. Podemos observar também que para a tipologia excrementos, mais de 50% ocorre também na área vedada. Sempre que se procede ao registo através de um método indirecto existe o cuidado de eliminar os indícios após a identificação e registos fotográfico, de modo a evitar a duplicação de registos. 24

31 Ao longo do período de monitorização foram registadas evidências de indivíduos pertencentes a diversos grupos de espécies. Grupo de espécies Nº de registos Grupos de espécies presentes no troço AP Gráfico 3-Quantificação do número de registos por grupo alvo, no troço AP 25

32 Como é possível observar no gráfico 3 os mamíferos carnívoros são o grupo que apresenta maior número de registos. No total foram contabilizados 559 registo de diferentes tipologias. Espécies Nº de registos Actitis hypoleucos Anas Platyrhynchos Athene noctua Bos taurus Bubulcus ibis Canislupus familiaris Ciconia ciconia Coracias garrulus Delichon urbicum Egretta garzetta Erinaceus europaeus Felis catus Genetta genetta Herpestes ichneumon Lepus granatensis Lutra lutra Malpolon monspessulanus Martes foina Mauremys leprosa Meles meles Mustela nivalis Mustela putorius Oryctolagus cuniculus Pelobates cultripes Psammodromus algirus Rana perezi Rattus norvegicus Streptopelia decaocto Strix aluco Tachybaptus ruficollis Tyto alba Vulpes vulpes Espécies Gráfico 4-Quantificação do número de registos por espécie no troço AP A partir do gráfico 4 podemos observar que o troço de ligação Alvito-Pisão apresentou indícios de 32 espécies diferentes, dos quais três são animais domésticos. Das espécies silvestres identificadas neste troço, a Raposa (Vulpes vulpes) foi a espécie que apresentou maior número de registos. O texugo (Meles meles) também apresenta um elevado número de evidências, seguido da fuinha (Martes foina), lebre (Lepus granatensis) e saca-rabos (Herpestes ichneumon), respectivamente. Durante o período de estudo foi possível o registo de uma grande variedade de espécies, apesar de muitas destas apresentarem um reduzido número de indícios. Observação de animais ou vestígios dentro da área vedada O canal trapezoidal (CT)pode ser dividido em cinco troços, CT1, CT2,CT3,CT4 e CT5. Dentro da área vedada que envolve o troço de Alvito-Pisão foram contabilizados 64 registos. 26

33 Nº de registos Troço de ligação Alvito-Pisão Excremento Morto Observação Outra Pegadas CT5 CT4 CT3 CT2 CT1 Gráfico 5-Quantificação do número de registos por tipologia no canal AP Como é bastante visível no gráfico 5 em todas as CT, a tipologia que possui maior número de registos é os excrementos, excepto na CT4 em que a tipologia que contém maior nº de evidências é a observação. Através do gráfico 5 conseguimos perceber, também, que o CT3 e o CT4 são os troços que possuem maior taxa de mortalidade, apesar de não ser muito significativa. A mortalidade geral no canal é de cerca de 9.4%. Troço Alvito-Pisão CT5 CT4 CT3 CT2 CT1 0 Mamíferos insectivoras Mamíferos carnívoros Anfíbios Aves Répteis Lagomorfos Gráfico 6-Quantificação do número de registos por grupo alvo, dentro da área vedada 27

34 Como já foi referido, e tal como podemos observar no gráfico 5, os excrementos são a tipologia de registos que mais contribuem para detectar a presença de animais dentro da área vedada, o que se relaciona com o facto de os mamíferos serem o grupo com maior número de registos, como se verifica no gráfico 6 deixando estes indícios dentro da área vedada. Como é possível observar no gráfico 6, também foram registados indícios de espécies pertencentes ao grupo das aves, mas para a análise da monitorização apenas utilizamos os registos de animais terrestres não voadores. Assim sendo, e como o processo de monitorização só tem como alvo espécies terrestres não voadoras, podemos excluir todas as espécies pertencentes ao grupo das aves. Nº de registos Troço de ligação Alvito-Pisão CT5 CT4 CT3 CT2 CT1 Gráfico 7- Quantificação do número de registos por espécie dentro da área vedada O gráfico 7 apresenta o número de indícios registados por espécie e troço de ligação dentro da área vedada. A espécie que domina o número de registos dentro da área vedada é claramente a raposa, Vulpes vulpes com 17 registos. Ao analisarmos o gráfico percebemos que entrou uma grande variedade de espécies ao longo dos troços. 28

35 No CT1 entrou: Fuinha (Martes foina), Geneta (Genetta genetta), Lontra (Lutra lutra), Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), Raposa, Texugo-Europeu (Meles meles) e Cágado-do-mediterrânico (Mauremys leprosa). Na CT2 foram obtidos registos de Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculos), Lontra, Ouriço-cacheiro e Raposa. No troço CT3 foram encontradas evidências de Cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), Fuinha, Lebre ( Lepus granatensis), Raposa e Rã-verde (Rana perezi). Como podemos observar, também, na CT4 foi registado Coelho-bravo, Fuinha, Lebre, Lontra, Raposa e Rã-verde. No último troço (CT5) apenas foi registado a presença de Raposa. 1-Levantamento dos pontos de água existente na envolvente do canal Inicialmente, e com base nos dados dos SIG da EDIA foram marcados 33 pontos de água. Foi necessário ir para o terreno para se proceder à confirmação da existência, ou não, dos mesmos. Ao longo do percurso foi-se percebendo que muitos dos pontos inicialmente marcados, alguns já não existiam e outros nunca existiram. Dos que não existiam muitos eram árvores, que no mapa pareciam pontos de água. No final do percurso constatou-se que apenas 14 dos pontos marcados, realmente eram pontos de água. Com esta diferença significativa entre o valor inicial de pontos de água, e o valor dos pontos que realmente existem percebe-se como é bastante importante o trabalho de campo de forma a confirmar os dados que temos. No anexo 2.1 está contida a caracterização de todos os pontos de água. Em anexo 2.2 encontra-se anexado todas as fichas de campo com as informações recolhidas relativamente aos pontos de água. 29

36 2/3-Relacionar os pontos de água com os dados de monitorização /Identificar as áreas em que o canal exerça maior atracção sobre a fauna silvestre A partir da informação contida no gráfico 7 podemos retirar informação a cerca da frequência com que cada espécie entrou em cada troço. Tabela 4- Quantificação do número de entradas de cada espécie por troço, dentro da área vedada Nº de vezes que entrou Espécie Nome CT1 CT2 CT3 CT4 CT5 Total de vezes que a espécie entrou na área vedada A Fuinha B Geneta C Lontra D Ouriço-Cacheiro E Raposa F Texugo-Europeu G Lebre H Cobra-rateira I Rã-verde J Coelho-bravo K Cágado-domediterrânico No anexo 3, podemos encontrar a descrição sistemática de todas as espécies encontradas dentro da área vedada. Os 14 pontos de água estudados encontram-se distribuídos pelos 5 troços, CT1, CT2, CT3, CT4, CT5. Tabela 5- Localização dos pontos de água Pontos de água nº Localização CT CT CT CT

37 Tabela 6- Comprimento dos troços e área de pontos de água por troço CT Comprimento Área de Pontos de água m m m m m m m m m 2 A tabela 6 dá informação acerca de cada troço, dá-nos informação sobre a área de pontos de água que cada troço possui, e o comprimento de cada troço. O gráfico 8 mostra a relação que existe entre o comprimento dos troços e a área de pontos de água. Para o comprimento total do canal que é aproximadamente 36 km (35961 m), existe uma área total de pontos de água de m % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Canal de adução Alvito-Pisão % do comprimento dos Troços % da área dos Pontos de Água Troço5 Troço4 Troço3 Troço2 Troço1 Gráfico 8- Quantificação da percentagem da relação entre o comprimento dos troços e a área dos pontos de água O gráfico mostra-nos a proporção de pontos de água que há para cada troço. Para o troço 1 os pontos de água representam cerca de 5.9% em relação ao comprimento total do troço. Como é bastante visível, a percentagem de pontos de água presentes no troço 2 é bastante elevada, cerca de 51.1%. O troço 3 não apresenta qualquer tipo de ponto de água na sua envolvente. 31

38 No troço 4, tal como podemos observar no gráfico a percentagem de pontos de água é cerca de 7.7%. Por fim temos o troço 5, com uma percentagem de pontos de água de aproximadamente 35.3 %. A área dos pontos de água relaciona-se com o nº de animais que entrou na área vedada em cada troço? Canal de adução Alvito-Pisão % da área dos Pontos de Água Martes foina Genetta genetta Lutra lutra Erinaceus europaeus Vulpes vulpes Meles meles Mauremys leprosa Malpolon monspessulanus Lepus granatensis Rana Perezi CT1 CT2 CT3 CT4 CT5 Gráfico 9- Relação entre a área de pontos de água e o nº de entradas dentro da área vedada, em cada troço Com base na análise do gráfico 9, percebe-se que no caso da Fuinha (Martes foina) verifica-se que nos troços em que há maior % de pontos de água, há uma reduzida entrada de espécies dentro da área vedada. O que nos leva a pensar que para esta espécie existe uma relação entre a percentagem de pontos de água e o número de entradas da espécie na área vedada. Em relação á Geneta (Genetta genetta), esta apenas apareceu no CT1. Troço este que apresenta uma percentagem de pontos de água muito reduzida. A entrada da espécie apenas neste troço, leva-nos a pensar que esta espécie foi procurar o canal devido a haver uma reduzida área de pontos de água na envolvente. Se analisarmos o CT3 32

39 verificamos que não houve ocorrência de nenhum registo apesar de este não apresentar qualquer tipo de ponto de água na sua envolvente, isso poderá dever-se ao facto de o seu troço ser muito pequeno. Ao analisarmos os resultados para a espécie Lontra (Lutra lutra) percebe-se que esta espécie procura o poder atractivo do canal mesmo nos troços em que há uma grande disponibilidade de água na envolvente. Na CT2 e CT4 que são os troços que apresentam maior percentagem de pontos de água, é onde se regista maior número de evidências por parte da lontra. Tanto a espécie Mauremys leprosa, a Malpolon monspessulanus como a Meles meles apenas tiveram registo de uma evidência, cada uma. Sendo que essas evidências foram registadas em troços em que a percentagem de pontos de água é muito reduzida ou mesmo nula. O que poderá querer dizer que ambas as espécies procuram o canal aquando da escassez de água na área envolvente. Tal como podemos observar no gráfico, a espécie Ouriço-Cacheiro (Erinaceus europeus) apresenta registos de evidências no troço CT1 e no troço CT2. Através destes registos percebemos que esta espécie não procura o canal apenas quando há escassez de pontos de água. Pelo que é possível observar tanto a espécie Lepus granetensis como a espécie Rana perezi apresentam evidências apenas nas áreas que possuem baixa percentagem de pontos de água. Apresentam evidências na CT3, em que não existe área de pontos de água na envolvente, e na CT4 em que apenas existe 7.7 % em relação ao comprimento do troço. Em relação á entrada dentro da área vedada pela Raposa (Vulpes vulpes), verifica-se que, de uma maneira geral, quanto maior a percentagem de pontos de água na envolvente do canal, menor o número de entradas por parte da espécie no canal. Apesar de o CT2 ser o troço onde se verifica maior número de entradas e ser este o ponto com maior percentagem de pontos de água. Este facto pode dever-se aos pontos de água presentes na envolvente desse troço, não apresentarem as características desejáveis para a espécie. Em relação ao Coelho-bravo (Orictogalus cuniculas) houve entrada por parte da espécie no CT2 e no CT4, o que pode significar que, para esta espécie a entrada para dentro da área vedada não está relacionada com a percentagem de pontos de água na envolvente. Podendo também o registo de entrada no CT2, que é o troço com maior 33

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO IC4 LAGOS/LAGOA LIGAÇÃO A ODIÁXERE SUMÁRIO EXECUTIVO MAIO DE 2002 AMB & VERITAS Ambiente, Qualidade e Formação, Lda. Rua Almirante Sousa Dias,

Leia mais

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Engenharia Civil, 5º ano / 10º semestre Engenharia Territorio, 4º ano/ 8º semestre Impactes sectoriais Sistemas ecológicos e biodiversidade Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Leia mais

(HC) (ADITAMENTO) DOCUMENTO INTERNO ADITAMENTO. Código : DOC17 Edição : 2 Data : 09/02/2015 Pag : 1/5 ESTRATÉGIA DE GESTÃO DA FLORESTA DE ALTO VALOR

(HC) (ADITAMENTO) DOCUMENTO INTERNO ADITAMENTO. Código : DOC17 Edição : 2 Data : 09/02/2015 Pag : 1/5 ESTRATÉGIA DE GESTÃO DA FLORESTA DE ALTO VALOR Código : Pag : 1/5 DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO (HC) () FEVEREIRO DE 2015 2015 Código : Pag : 2/5 1. Enquadramento Todas as florestas comportam valores e realizam funções ambientais e sociais tais como

Leia mais

Gestão do Programa de Monitorização da Mortalidade de Fauna na EP José Manuel Faísca Graça Garcia

Gestão do Programa de Monitorização da Mortalidade de Fauna na EP José Manuel Faísca Graça Garcia Gestão do Programa de Monitorização da Mortalidade de Fauna na EP José Manuel Faísca Graça Garcia 06-jun-2014 Workshop "Vida selvagem e a rede viária: a ciência na gestão de conflitos" Contrato de Concessão

Leia mais

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL MESTRADO EM CIÊNCIAS DO MAR DISCIPLINA DE ECOTOXICOLOGIA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL José Lino Costa jlcosta@fc.ul.pt 11-05-2018 Professor Auxiliar na FCUL Vice-director do MARE DEFINIÇÃO DE IMPACTO

Leia mais

Estudos iniciais. Definição do âmbito. Estudo de Impacte Ambiental Normas Técnicas

Estudos iniciais. Definição do âmbito. Estudo de Impacte Ambiental Normas Técnicas Licenciatura em Engenharia Território 4º ano / 8º semestre Estudos iniciais. Definição do âmbito. Estudo de Impacte Ambiental Normas Técnicas IMPACTES AMBIENTAIS 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário

Leia mais

PLANO DE MONITORIZAÇÃO DOS VERTEBRADOS VOADORES

PLANO DE MONITORIZAÇÃO DOS VERTEBRADOS VOADORES PLANO DE MONITORIZAÇÃO DOS VERTEBRADOS VOADORES 1. PLANO DE MONITORIZAÇÃO DOS VERTEBRADOS VOADORES 1.1 Introdução O presente plano de monitorização dos vertebrados voadores (avifauna e quirópteros) pretende

Leia mais

HEPP Hidroenergia de Penacova e Poiares Estrutura do Relatório Estudo de Impacte Ambiental Aproveitamento Hidroeléctrico de Penacova e Poiares

HEPP Hidroenergia de Penacova e Poiares Estrutura do Relatório Estudo de Impacte Ambiental Aproveitamento Hidroeléctrico de Penacova e Poiares HEPP Hidroenergia de Penacova e Poiares Estrutura do Relatório Estudo de Impacte Ambiental Aproveitamento Hidroeléctrico de Penacova e Poiares Junho de 2011 ÍNDICE ÍNDICE FIGURAS... 5 ÍNDICE TABELAS...

Leia mais

Protecção da avifauna contra a colisão e electrocussão em linhas eléctricas

Protecção da avifauna contra a colisão e electrocussão em linhas eléctricas Protecção da avifauna contra a colisão e electrocussão em linhas eléctricas Júlia Almeida UEH/DCGB Enquadramento O problema de conservação: Colisão e/ou electrocussão como importante causa de mortalidade

Leia mais

Herpetofauna e Mamofauna dos ecossistemas vitivinícolas da região RDD

Herpetofauna e Mamofauna dos ecossistemas vitivinícolas da região RDD Herpetofauna e Mamofauna dos ecossistemas vitivinícolas da região RDD O papel das infraestruturas no fomento da biodiversidade Santos, A.; Monzón, A. 1 & Carneiro, C. 13 Novembro 2013 Objetivo: Determinar

Leia mais

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL Identificação Designação do Projecto: Tipologia de Projecto: Localização: Proponente: Entidade licenciadora: Infra-estruturas Barragens (Anexo II, n.º 10, alínea g) Barragem

Leia mais

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva Quantidade Qualidade Gestão da Água Alentejo Temperatura e Precipitação mm 120 30 ⁰ C 100 25 80 20 60 15 40 10 20 5 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Leia mais

Charcos Temporários. rios Mediterrânicos. Plano de Conservação na Região de Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva

Charcos Temporários. rios Mediterrânicos. Plano de Conservação na Região de Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva Charcos Temporários rios Mediterrânicos Plano de Conservação na Região de Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva Empreendimento de Fins Múltiplos M do Alqueva EFMA - Empreendimento

Leia mais

DIA - Estrutura e conteúdo Pós-avaliação RECAPE e Rel Monitorização

DIA - Estrutura e conteúdo Pós-avaliação RECAPE e Rel Monitorização Engenharia Civil: 5º ano / 10º semestre Engenharia do Territorio: 4º ano / 8º semestre DIA - Estrutura e conteúdo Pós-avaliação RECAPE e Rel Monitorização IMPACTES AMBIENTAIS 11ª aula Prof. Doutora Maria

Leia mais

PROJETO DAS INFRAESTRUTURAS GERAIS DA UE1 DO PLANO DE PORMENOR DA PRAIA GRANDE (SILVES)

PROJETO DAS INFRAESTRUTURAS GERAIS DA UE1 DO PLANO DE PORMENOR DA PRAIA GRANDE (SILVES) PROJETO DAS INFRAESTRUTURAS GERAIS DA UE1 DO PLANO DE PORMENOR DA PRAIA GRANDE (SILVES) RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO (RECAPE) Vol. 4 Programa de Monitorização Julho de 2017

Leia mais

Câmara Municipal de Vagos Dezembro de 2010

Câmara Municipal de Vagos Dezembro de 2010 Fundamentação para a Elaboração da Alteração ao Plano de Pormenor da Zona Industrial de Vagos & Justificação para a não sujeição da Alteração ao Plano de Pormenor da Zona Industrial de Vagos a Avaliação

Leia mais

Estudos de Incidências Ambientais Projectos de Produção de Energia Eléctrica a partir de FER

Estudos de Incidências Ambientais Projectos de Produção de Energia Eléctrica a partir de FER NORMA DE PROCEDIMENTOS Agosto de 2005 08 / AM Tramitação dos processos de Estudos de Incidências Ambientais Projectos de Produção de Energia Eléctrica a partir de FER 1. Apresentação 2. Legislação de enquadramento

Leia mais

Monitorização Ambiental em Parques Eólicos

Monitorização Ambiental em Parques Eólicos Monitorização Ambiental em Parques Eólicos O papel da pós-avaliação no desempenho ambiental de Projectos Eólicos Nuno Salgueiro & Maria João Sousa CNAI 08, 22 de Outubro de 2008 Enquadramento da Pós-Avaliação

Leia mais

Avaliação de impactes na componente biológica em parques eólicos: impactes previstos vs impactes reais

Avaliação de impactes na componente biológica em parques eólicos: impactes previstos vs impactes reais CNAI 2010 4ª Conferência Nacional de Avaliação de Impactes Avaliação de Impactes e Energia: Água, Terra, Fogo e Ar? 20 a 22 de Outubro, Vila Real Avaliação de impactes na componente biológica em parques

Leia mais

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA. Ampliação do Complexo Petroquímico da Repsol YPF

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA. Ampliação do Complexo Petroquímico da Repsol YPF RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA Maio de 2008 EQUIPA DE TRABALHO Elaboração: Augusto Serrano Secretariado: Paulo Santos Relatório de Consulta Pública 2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. PERÍODO DE CONSULTA PÚBLICA

Leia mais

Capítulo II Definição do Projecto

Capítulo II Definição do Projecto Capítulo II Definição do Projecto 1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTO O projecto em análise no presente Estudo de Impacte Ambiental (EIA) refere-se ao Projecto Base do troço do IP2 que se desenvolve entre as

Leia mais

Volume 2 Relatório Síntese

Volume 2 Relatório Síntese IP2 LANÇO TRANCOSO / CELORICO DA BEIRA / IP5 (Projecto Base), LIGAÇÃO DO IP2 A VILA FRANCA DAS NAVES (Projecto Base), LIGAÇÃO DO IP2 À EN 102 (Projecto de Execução) e BENEFICIAÇÃO DA EN 102 (Projecto de

Leia mais

Exploração Suinícola Herdade da Serrana

Exploração Suinícola Herdade da Serrana RELATÓRIO DA CONSULTA PÚBLICA Estudo de Impacte Ambiental Exploração Suinícola Herdade da Serrana Agosto de 2008 EQUIPA DE TRABALHO Elaboração: Margarida Rosado Secretariado: Paulo Santos Odete Cotovio

Leia mais

Quadro legal e institucional para AIA a nível europeu e nacional. Processo e produtos Selecção de acções

Quadro legal e institucional para AIA a nível europeu e nacional. Processo e produtos Selecção de acções Engenharia Civil, 5º ano / 10º semestre Engenharia Território, 4º ano / 9º semestre Quadro legal e institucional para AIA a nível europeu e nacional. Processo e produtos Selecção de acções IMPACTES AMBIENTAIS

Leia mais

EÓLICA DOS CANDEEIROS PARQUES EÓLICOS, LDA. PARQUE EÓLICO DA SERRA DOS CANDEEIROS/ALCOBAÇA RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

EÓLICA DOS CANDEEIROS PARQUES EÓLICOS, LDA. PARQUE EÓLICO DA SERRA DOS CANDEEIROS/ALCOBAÇA RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO EÓLICA DOS CANDEEIROS PARQUES EÓLICOS, LDA. RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO T362.1.4 DEZEMBRO, 2004 T36214-SUMARIOEXECUTIVO-R0.DOC EÓLICA DOS CANDEEIROS PARQUES EÓLICOS, LDA.

Leia mais

EIXO PRIORITÁRIO VI INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA

EIXO PRIORITÁRIO VI INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) Programa Operacional Temático Valorização do Território AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS EIXO PRIORITÁRIO VI INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES DO EMPREENDIMENTO

Leia mais

PROTOCOLO DE PARCERIA. Celebrado ao abrigo de projecto de Demonstração

PROTOCOLO DE PARCERIA. Celebrado ao abrigo de projecto de Demonstração PROTOCOLO DE PARCERIA Celebrado ao abrigo de projecto de Demonstração LIFE + BIODIVINE Demonstrating biodiversity in viticulture landscapes ENQUADRAMENTO GERAL (LIFE09 NAT/FR/000584) Este projecto tem

Leia mais

DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO

DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO Enquadramento Europeu / Convénio de Albufeira José Rocha Afonso Instituto da Água, IP PGRH Nas bacias hidrográficas em que a utilização das águas possa ter efeitos transfronteiriços,

Leia mais

Mortalidade de abetarda e sisão em linhas de muito alta tensão. O Alentejo e a ZPE de Castro Verde como casos de estudo

Mortalidade de abetarda e sisão em linhas de muito alta tensão. O Alentejo e a ZPE de Castro Verde como casos de estudo Mortalidade de abetarda e sisão em linhas de muito alta tensão. O Alentejo e a ZPE de Castro Verde como casos de estudo Ana Teresa Marques & António Mira Seminário Avaliação do risco de colisão de aves

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL EM ESTRADAS 1/18 1 Objectivos Principais Auxiliar na tomada de

Leia mais

ATMAD - ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, S.A. BARRAGEM DO PINHÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

ATMAD - ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, S.A. BARRAGEM DO PINHÃO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO ATMAD - ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, S.A. RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO T290.7.4 MAIO, 2005 T29074-SUMARIOEXECUTIVO-R0.DOC ATMAD - ÁGUAS DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO

Leia mais

cársica (denominada por Algar AG6), houve igualmente continuidade dos trabalhos de escavação/preparação da sapata para a colocação do aerogerador.

cársica (denominada por Algar AG6), houve igualmente continuidade dos trabalhos de escavação/preparação da sapata para a colocação do aerogerador. COMUNICADO Na sequência da comunicação efectuada pelo GPS no passado dia 10 de Dezembro à APA Agência Portuguesa do Ambiente, ICNB Instituto Conservação da Natureza e da Biodiversidade, PNSAC Parque Natural

Leia mais

Estudo de Impacte Ambiental da Fábrica de Cimento de Rio Maior. Parecer conjunto no âmbito da consulta pública

Estudo de Impacte Ambiental da Fábrica de Cimento de Rio Maior. Parecer conjunto no âmbito da consulta pública Estudo de Impacte Ambiental da Fábrica de Cimento de Rio Maior Parecer conjunto no âmbito da consulta pública 27 de Agosto de 2010 INTRODUÇÃO O presente documento constitui o contributo conjunto das ONGA,

Leia mais

Resumo Não Técnico. Estudo de Impacte Ambiental da. Central de Cogeração no Carriço

Resumo Não Técnico. Estudo de Impacte Ambiental da. Central de Cogeração no Carriço Estudo de Impacte Ambiental da Central de Cogeração no Carriço Dezembro de 2000 1. O que é o Projecto da Central de Cogeração? A Central de Cogeração que irá ser instalada no Carriço produzirá, conjuntamente,

Leia mais

Esforços para conservação da biodiversidade em paisagens agrícolas -Herpetofauna e Mamofauna na R.D.D.-

Esforços para conservação da biodiversidade em paisagens agrícolas -Herpetofauna e Mamofauna na R.D.D.- Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas Colóquio Ecovitis: Balanço Final 24 de Março 2015 Esforços para conservação da biodiversidade em paisagens agrícolas -Herpetofauna e

Leia mais

COMPLEMENTO ÀS ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS DE DRENAGEM DOS BLOCOS DE REGA DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA)

COMPLEMENTO ÀS ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS DE DRENAGEM DOS BLOCOS DE REGA DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA) COMPLEMENTO ÀS ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS DE DRENAGEM DOS BLOCOS DE REGA DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA). ACTUALIZAÇÃO Maria de São José PINELA +351 218442200, mpinela@dgadr.pt

Leia mais

Culturas para a fauna em montado: demonstração dos seus efeitos na gestão cinegética e na biodiversidade

Culturas para a fauna em montado: demonstração dos seus efeitos na gestão cinegética e na biodiversidade Culturas para a fauna em montado: demonstração dos seus efeitos na gestão cinegética e na biodiversidade Programa Agro Medida 8.1. Desenvolvimento Experimental e Demonstração CEABN Problemática Reconhecimento

Leia mais

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ;

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ; Constituição de Direitos fundiários (artigo 71.º do RUGRH) Os dados assinalados com * devem ser obrigatoriamente apresentados com o pedido de título de utilização dos recursos hídricos. Os restantes dados

Leia mais

A D A P T A Ç Ã O D O S M A P A S D E R U Í D O A O R E G U L A M E N T O G E R A L D E R U Í D O ( D E C. - L E I 9 / )

A D A P T A Ç Ã O D O S M A P A S D E R U Í D O A O R E G U L A M E N T O G E R A L D E R U Í D O ( D E C. - L E I 9 / ) A D A P T A Ç Ã O D O S M A P A S D E R U Í D O A O R E G U L A M E N T O G E R A L D E R U Í D O ( D E C. - L E I 9 / 2 0 0 7 ) P L A N O D I R E C T O R M U N I C I P A L D E S Ã O P E D R O D O S U

Leia mais

VII ENCONTRO TÉCNICO MAPAS DE RUÍDO E BARREIRAS ACÚSTICAS

VII ENCONTRO TÉCNICO MAPAS DE RUÍDO E BARREIRAS ACÚSTICAS VII ENCONTRO TÉCNICO MAPAS DE RUÍDO E BARREIRAS ACÚSTICAS Funchal, 2 de Junho de 2005 Rute Roque (isofonia@mail.telepac.pt) 1 1 ELABORAÇÃO DE MAPAS DE RUÍDO MAPA DE RUÍDO - Descritor dos níveis de exposição

Leia mais

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável 1992, Junho Na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de

Leia mais

Anexo I. Um Ano de Projecto BARN

Anexo I. Um Ano de Projecto BARN I Anexo I Um Ano de Projecto BARN II Um ano de Projecto BARN Os habitats humanizados, nomeadamente os rurais, agrícolas e as áreas envolventes, são reconhecidamente ricos do ponto de vista da biodiversidade.

Leia mais

CENTRAL TERMOELÉCTRICA DO RIBATEJO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

CENTRAL TERMOELÉCTRICA DO RIBATEJO RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO 1. INTRODUÇÃO A TER Termoeléctrica do Ribatejo, S.A., detida a 100% pela EDP Electricidade de Portugal, S.A., pretende licenciar a Central Termoeléctrica do Ribatejo (CRJ), constituída por 3 grupos de

Leia mais

Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território Gabinete do Ministro. Declaração de Impacte Ambiental (DIA)

Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território Gabinete do Ministro. Declaração de Impacte Ambiental (DIA) 2. ~ Declaração de Impacte Ambiental (DIA) "Projecto de Melhoria das Instalações da Avicita -Comércio de Aves, Lda" Projecto de Execução Tendo por base a proposta da Autoridade de AIA relativa ao procedimento

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL Pllano Diirector Muniiciipall de Coiimbra 2.ª Alteração AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL Janeiro 2010 A presente Declaração Ambiental (DA), que integra o procedimento de Avaliação Ambiental

Leia mais

O PNSAC e a. Extractiva. Maria Jesus Fernandes. 24.Fevreiro 2010 Porto de Mós

O PNSAC e a. Extractiva. Maria Jesus Fernandes. 24.Fevreiro 2010 Porto de Mós O PNSAC e a Indústria Extractiva Maria Jesus Fernandes 24.Fevreiro 2010 Porto de Mós As competências do ICNB no sector da pesquisa e exploração de massas minerais restringe se às explorações situadas no

Leia mais

Relatório da Consulta Pública ÍNDICE 5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS

Relatório da Consulta Pública ÍNDICE 5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. PERÍODO DE CONSULTA PÚBLICA 3. DOCUMENTOS PUBLICITADOS E LOCAIS DE CONSULTA 4. MODALIDADES DE PUBLICITAÇÃO 5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS 6. ANÁLISE

Leia mais

Casa Eficiente c. Substituição ou reabilitação de fossas séticas ineficientes

Casa Eficiente c. Substituição ou reabilitação de fossas séticas ineficientes 9.c Substituição ou reabilitação de fossas séticas ineficientes 1 2 FICHA TÉCNICA Título 9.c Substituição ou reabilitação de fossas séticas ineficientes Coleção Casa Catálogo de soluções técnicas Edição

Leia mais

Plano de Monitorização de Fauna na Linha do Sul, variante ferroviária entre a estação do Pinheiro e o km 94 Relatório Anual (Ano2)

Plano de Monitorização de Fauna na Linha do Sul, variante ferroviária entre a estação do Pinheiro e o km 94 Relatório Anual (Ano2) Plano de Monitorização de Fauna na Linha do Sul, variante ferroviária entre a estação do Pinheiro e o km 94 Relatório Anual (Ano2) Pedro Costa Évora, Novembro de 2014 Índice 1 Enquadramento... 2 2 Permeabilidade

Leia mais

Pós-Avaliação em Avaliação do Impacte Ambiental

Pós-Avaliação em Avaliação do Impacte Ambiental Licenciatura em Engenharia do Ambiente 5º ano / 9º semestre Pós-Avaliação em Avaliação do Impacte Ambiental ESTUDOS DE IMPACTE AMBIENTAL 10 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Pós-avaliação

Leia mais

Planeamento e gestão de EIA Estrutura e Conteúdo

Planeamento e gestão de EIA Estrutura e Conteúdo Licenciatura em Engenharia do Ambiente 5º ano / 9º semestre Planeamento e gestão de EIA Estrutura e Conteúdo Estudos Impacte Ambiental 7a ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário PLANEAMENTO DO

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 538/XIII/2ª

PROJETO DE LEI N.º 538/XIII/2ª PROJETO DE LEI N.º 538/XIII/2ª Proíbe a caça à raposa e ao saca-rabos e exclui estas espécies da Lista de Espécies Cinegéticas, procedendo à oitava alteração ao Decreto-Lei nº 202/2004, de 18 de agosto

Leia mais

Plano de Emergência de Três Aves Rupícolas no Parque Natural do Douro Internacional. Iniciativa Business & Biodiversity

Plano de Emergência de Três Aves Rupícolas no Parque Natural do Douro Internacional. Iniciativa Business & Biodiversity Plano de Emergência de Três Aves Rupícolas no Parque Natural do Douro Internacional ATN Seguimento técnico-científico 3º Semestre Fevereiro 2009 Tipologia IV - Acompanhamento técnico e científico Acção

Leia mais

de Estudos de Impacte Ambiental de Projectos do EFMA

de Estudos de Impacte Ambiental de Projectos do EFMA Guia Técnico T para a Elaboração de Estudos de Impacte Ambiental de Projectos do EFMA Avaliação de Impacte Ambiental AIA da Globalidade do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva 1995 Estudo Integrado

Leia mais

OS SIG COMO SUPORTE À CARTOGRAFIA GEOLÓGICA E DE RISCOS

OS SIG COMO SUPORTE À CARTOGRAFIA GEOLÓGICA E DE RISCOS Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Ciências da Terra OS SIG COMO SUPORTE À CARTOGRAFIA GEOLÓGICA E DE RISCOS APLICAÇÃO À REGIÃO DE VISEU Relatório do trabalho de

Leia mais

Elementos lineares / paisagem a integrar na área útil da parcela

Elementos lineares / paisagem a integrar na área útil da parcela Elementos lineares / paisagem a integrar na área útil da parcela (aplicação do artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 640/2014) 1- Introdução O artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 640/2014 define as regras

Leia mais

Impactes cumulativos

Impactes cumulativos Licenciatura em Engenharia do Ambiente 5º ano / 9º semestre Impactes cumulativos Estudos Impacte Ambiental 7 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Conceitos NEPA 1970: Impactes no ambiente que

Leia mais

Planificação Curricular Anual Ano letivo 2014/2015

Planificação Curricular Anual Ano letivo 2014/2015 Terra, um planeta com vida Sistema Terra: da célula à biodiversidade 1. Compreender as condições próprias da Terra que a tornam o único planeta com vida conhecida no Sistema Solar 1.1. Identificar a posição

Leia mais

Workshop Projeto Corredores para a Vida Selvagem

Workshop Projeto Corredores para a Vida Selvagem Workshop Projeto Corredores para a Vida Selvagem 25 de setembro de 2014, Faculdade de Ciências de Lisboa Teresa Leonardo Luís António Ferreira Áreas classificadas são: «Áreas classificadas» as áreas definidas

Leia mais

Actividade extractiva em áreas de protecção natural, a perspectiva do ICNB Mining activity in natural protected areas, ICNB perspective

Actividade extractiva em áreas de protecção natural, a perspectiva do ICNB Mining activity in natural protected areas, ICNB perspective INICIATIVA MATÉRIAS PRIMAS: RUMO AO FORNECIMENTO SEGURO E À GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS MINERAIS EUROPEUS 23 de Fevereiro de 2010 Raw Materials Initiative: towards to mineral resources secure supply

Leia mais

VIA ORIENTAL NO CONCELHO DE CASCAIS - TROÇO 1

VIA ORIENTAL NO CONCELHO DE CASCAIS - TROÇO 1 PEÇAS ESCRITAS: ÍNDICE 6.1 - INTRODUÇÃO... 1 6.2.1 BARREIRAS ACÚSTICAS... 2 6.2-1.1 LOCALIZAÇÃO... 2 6.2-1.2 CARACTERÍSTICAS ACÚSTICAS... 2 6.2-2.1.1 BARREIRA B1- BARREIRA REFLECTORA... 2 6.2-1.3 CONDIÇÕES

Leia mais

Sistema Electroprodutor do Tâmega. Chaves, 15 de Maio de 2018

Sistema Electroprodutor do Tâmega. Chaves, 15 de Maio de 2018 Sistema Electroprodutor do Tâmega 1 Chaves, 15 de Maio de 2018 Índice 1. O projeto Alto Tâmega Daivões Gouvães Cronograma Avanço das obras 2. A obra e as intervenções em Chaves em 2018 3. Acompanhamento

Leia mais

PLANIFICAÇÃO A MÉDIO / LONGO PRAZO

PLANIFICAÇÃO A MÉDIO / LONGO PRAZO 2017/2018 1º Período DISCIPLINA: Ciências Naturais 3º Ciclo do Ensino Básico 8º Ano Total de aulas Previstas: 39 aulas (2 aulas para do PAA) Domínio: TERRA UM PLANETA COM VIDA SUSTENTABILIDADE NA TERRA

Leia mais

Enquadramento do Projecto no Regime Jurídico de AIA

Enquadramento do Projecto no Regime Jurídico de AIA NORMA DE PROCEDIMENTOS Julho de 2008 01 / AM Tramitação dos processos de Enquadramento do Projecto no Regime Jurídico de AIA 1. Apresentação 2. Legislação de enquadramento 3. Tramitação dos processos 4.

Leia mais

GIF Catraia (Tavira/São Brás de Alportel)

GIF Catraia (Tavira/São Brás de Alportel) GIF Catraia (Tavira/São Brás de Alportel) Avaliação de impactos e monitorização da Reunião técnica São Brás de Alportel, 24 de novembro de 2014 João Miguel Martins Coordenador de Prevenção Estrutural Levantamento

Leia mais

DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO DE BARREIRAS ACÚSTICAS

DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO DE BARREIRAS ACÚSTICAS DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO DE BARREIRAS ACÚSTICAS 12 de Junho de 2002 Rute Roque OBJECTIVO E ENQUADRAMENTO LEGAL Cumprir o Decreto-Lei nº 292/2000 de 14 de Novembro (REGIME LEGAL SOBRE A POLUIÇÃO SONORA

Leia mais

NAER NOVO AEROPORTO, S.A. Orientações específicas. I. Introdução

NAER NOVO AEROPORTO, S.A. Orientações específicas. I. Introdução NAER NOVO AEROPORTO, S.A. Orientações específicas I. Introdução Nos termos do regime jurídico do sector empresarial do Estado e do Estatuto do Gestor Público, os accionistas da NAER definem no presente

Leia mais

DOMÍNIO/SUBDOMÍNIO OBJETIVOS GERAIS DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS

DOMÍNIO/SUBDOMÍNIO OBJETIVOS GERAIS DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS DISCIPLINA: Ciências Naturais ANO DE ESCOLARIDADE: 8º Ano 2016/2017 METAS CURRICULARES PROGRAMA DOMÍNIO/SUBDOMÍNIO OBJETIVOS GERAIS DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS 1ºPERÍODO TERRA UM PLANETA COM VIDA

Leia mais

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS ESCOLARES

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS ESCOLARES SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS ESCOLARES ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE AUTOPROTECÇÃO NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO RJ-SCIE Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios

Leia mais

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA A informação disponibilizada na página do Instituto da Água, I.P. (INAG) refere-se aos dados recolhidos

Leia mais

Estudo de Impacte Ambiental (Relatório Síntese) NNAIA - 923

Estudo de Impacte Ambiental (Relatório Síntese) NNAIA - 923 Estudo de Impacte Ambiental (Relatório Síntese) NNAIA - 923 Barragem do Loureiro (projeto de execução) Pedro Bettencourt Correia (Geólogo) Coordenação; Nuno Silva (Eng.º Ambiente) - Qualidade do Ambiente;

Leia mais

Áreas de Alto Valor de Conservação

Áreas de Alto Valor de Conservação Mil Madeiras Preciosas ltda. Áreas de Alto Valor de Conservação Resumo para Consulta Pública Acervo Área de Manejo PWA Setor de Sustentabilidade Itacoatiara/AM- Brasil. Agosto de 2017. SOBRE ESTE RESUMO

Leia mais

MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA)

MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA) MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA) A contribuição da EDIA para a implementação da Directiva Quadro da Água (DQA) Manuela RUIVO 1 ; Martinho MURTEIRA

Leia mais

NOVOS CAMINHOS PARA A ÁGUA

NOVOS CAMINHOS PARA A ÁGUA Uso Eficiente da Água no Regadio O Caso do EFMA José Pedro Salema 6 de março de 2015 REDE PRIMÁRIA» TERCIÁRIA PLANEAMENTO» EXPLORAÇÃO Rio Guadiana Alqueva 2800 hm 3 /ano Blocos de Rega 63 500 ha 11 Perímetros

Leia mais

Externalidades associáveis de Ocupação Urbana

Externalidades associáveis de Ocupação Urbana Externalidades associáveis ás s várias v formas de Ocupação Urbana Componente do projecto de investigação Custos e Benefícios, à Escala Local de uma Ocupação Dispersa M.C. Serrano Pinto (UA), L. Arroja

Leia mais

INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL

INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL INSTITUTO DE ESTRADAS DE PORTUGAL RELATÓRIO FINAL DE IMPACTE AMBIENTAL EN221 BENEFICIAÇÃO ENTRE A ESTAÇÃO DO FREIXO E BARCA D ALVA VARIANTE AO FREIXO PROJECTO DE EXECUÇÃO VOLUME II - RELATÓRIO BASE INSTITUTO

Leia mais

Plano de Promoção de Desempenho Ambiental da EDP Distribuição ( ) Ponto de situação

Plano de Promoção de Desempenho Ambiental da EDP Distribuição ( ) Ponto de situação Plano de Promoção de Desempenho Ambiental da EDP Distribuição (2009-2011) Ponto de situação 14 de Julho de 2009 Seminário ERSE Enquadramento 1. O PPDA 2009-2011 da EDP D é composto por 8 Medidas (100%

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente. Rui Lanceiro

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente. Rui Lanceiro Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Rui Lanceiro «Impacte ambiental»: alterações favoráveis e desfavoráveis produzidas em parâmetros ambientais e sociais, resultantes da realização de um projecto,

Leia mais

Avaliação Ambiental Estratégica

Avaliação Ambiental Estratégica Engenharia Civil, 5º ano / 9º semestre Engenharia do Território, 4º ano / 8º semestre Avaliação Ambiental Estratégica IMPACTE AMBIENTAL 13 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Âmbito dos Instrumentos

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA O UP4 DE SANTARÉM - PROPOSTA DE PLANO

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA O UP4 DE SANTARÉM - PROPOSTA DE PLANO AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DECLARAÇÃO AMBIENTAL PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA O UP4 DE SANTARÉM - PROPOSTA DE PLANO OUTUBRO - 2010 2 AAE DO PLANO DE URBANIZAÇÃO UP4 SANTARÉM Índice 1. Introdução... 4

Leia mais

ORIENTAÇÕES PARA MONITORIZAÇÃO DOS EFEITOS DE INFRA-ESTRUTURAS SOBRE O LOBO

ORIENTAÇÕES PARA MONITORIZAÇÃO DOS EFEITOS DE INFRA-ESTRUTURAS SOBRE O LOBO ORIENTAÇÕES PARA MONITORIZAÇÃO DOS EFEITOS DE INFRA-ESTRUTURAS SOBRE O LOBO Orientações gerais Na elaboração de planos de monitorização de valores naturais para avaliação de impactos 1 decorrentes da implementação

Leia mais

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio Avaliação e Controlo dos Efeitos Significativos ifi no Ambiente decorrentes da Aplicação dos Apoios do QREN Paulo Areosa Feio Directiva 2001/42/CE relativa aos efeitos de certos planos e programas no ambiente

Leia mais

Quadro A Informação a constar num pedido de parecer prévio

Quadro A Informação a constar num pedido de parecer prévio Informação e documentação necessária para análise da necessidade de construir um dispositivo de passagem para peixes numa determinada obra transversal fluvial Fase Prévia Uma vez que exista a intenção

Leia mais

MUNICÍPIO DE ALENQUER

MUNICÍPIO DE ALENQUER MUNICÍPIO DE ALENQUER IX Reunião da Comissão de Acompanhamento 3 de Novembro REVISÃO DO ponto de Situação Trabalhos / Estudos concluídos 1. Estudos de Caracterização (inclui rede natura, mapa de ruído

Leia mais

Metas Curriculares. Ensino Básico. Ciências Naturais

Metas Curriculares. Ensino Básico. Ciências Naturais Metas Curriculares Ensino Básico Ciências Naturais 2013 8.º ANO TERRA UM PLANETA COM VIDA Sistema Terra: da célula à biodiversidade 1. Compreender as condições próprias da Terra que a tornam o único planeta

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 16/X CRIAÇÃO DA ÁREA PROTEGIDA DA RESERVA ORNITOLÓGICA DO MINDELO. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º 16/X CRIAÇÃO DA ÁREA PROTEGIDA DA RESERVA ORNITOLÓGICA DO MINDELO. Exposição de motivos Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 16/X CRIAÇÃO DA ÁREA PROTEGIDA DA RESERVA ORNITOLÓGICA DO MINDELO Exposição de motivos A reserva ornitológica do Mindelo tem antecedentes históricos únicos no quadro

Leia mais

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Janeiro de 2016 Índice Enquadramento... 3 Resultados do de planeamento... 3 RH1... 4 RH2... 4 RH3... 5 RH4... 6 RH5... 6 RH7... 8 RH8... 8 Panorama

Leia mais

ALQUEVA. Uma realidade em 2015 UMA MINISTRA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS JUNHO DE 2014

ALQUEVA. Uma realidade em 2015 UMA MINISTRA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS JUNHO DE 2014 ALQUEVA Uma realidade em 2015 UMA MINISTRA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS JUNHO DE 2014 ALQUEVA uma realidade em 2015 A finalização do projecto de Alqueva esperava há anos por uma decisão. Está garantida!

Leia mais

Estágio Actual da Ocupação da Terra em Moçambique

Estágio Actual da Ocupação da Terra em Moçambique Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural Estágio Actual da Ocupação da Terra em Moçambique Conferência Comemorativa de 20 anos da Lei de Terras. Maputo, 19 de Outubro de 2017 Contextualização

Leia mais

Uso eficiente da água

Uso eficiente da água Uso eficiente da água Maria do Céu Almeida Laboratório Nacional de Engenharia Civil mcalmeida@lnec.pt USO EFICIENTE DA ÁGUA Principais motivações Imperativo ambiental (recursos limitados) Necessidade estratégica

Leia mais

ANÁLISE DA REDE NACIONAL DE POSTOS DE VIGIA EM PORTUGAL

ANÁLISE DA REDE NACIONAL DE POSTOS DE VIGIA EM PORTUGAL ANÁLISE DA REDE NACIONAL DE POSTOS DE VIGIA EM PORTUGAL SUMÁRIO EXECUTIVO CEABN - ADISA INOV - INESC INOVAÇÃO Abril de 2005 Contexto Os incêndios florestais constituem um fenómeno que se tem vindo a agravar

Leia mais

Protocolo de identificação de áreas de soltura Proposta preliminar

Protocolo de identificação de áreas de soltura Proposta preliminar Protocolo de identificação de áreas de soltura Proposta preliminar Este protocolo apresenta os requisitos gerais a serem considerados na identificação de áreas de soltura visando à reintrodução ou ao revigoramento

Leia mais

Projeto de Lei n.º 966/XIII/3ª. Reforça a preservação da fauna e espécies cinegéticas em contexto de pósincêndio. Exposição de motivos

Projeto de Lei n.º 966/XIII/3ª. Reforça a preservação da fauna e espécies cinegéticas em contexto de pósincêndio. Exposição de motivos Projeto de Lei n.º 966/XIII/3ª Reforça a preservação da fauna e espécies cinegéticas em contexto de pósincêndio Exposição de motivos O ordenamento cinegético é efetuado como medida de controlo populacional

Leia mais

O caso do PDIRT

O caso do PDIRT O caso do PDIRT 20092014 O caso do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte (PDIRT) para 20092013 foi um dos primeiros exemplos de aplicação da legislação nacional sobre Avaliação

Leia mais

Definição do âmbito - PDA EIA - Estrutura e conteúdo Qualidade da AIA e dos EIA Critérios para avaliação

Definição do âmbito - PDA EIA - Estrutura e conteúdo Qualidade da AIA e dos EIA Critérios para avaliação Mestrado em Engenharia do Ambiente 5º ano / 9º semestre Impactes Ambientais Definição do âmbito - PDA EIA - Estrutura e conteúdo Qualidade da AIA e dos EIA Critérios para avaliação IMPACTES AMBIENTAIS

Leia mais

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS Capítulo 6 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS Pré-dimensionamento de passagens hidráulicas 6.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo apresentam-se elementos de dimensionamento hidrológico, hidráulico e

Leia mais

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO. Variante Norte de Loulé à EN270 (2ª Fase)

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO. Variante Norte de Loulé à EN270 (2ª Fase) RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO Variante Norte de Loulé à EN270 (2ª Fase) Anexo II Hidrogeologia Fevereiro de 2009 Índice Geral 1. Introdução...3 2. Metodologia...3 2.1. Levantamento

Leia mais

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO ÁGUA, ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E ACTIVIDADE HUMANA. UMA ABORDAGEM INTEGRADA E PARTICIPATIVA NA DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORES E PROSPECTIVAS DE GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NO SUL DE PORTUGAL

Leia mais

RESUMO NÃO TÉCNICO OUTUBRO 2008

RESUMO NÃO TÉCNICO OUTUBRO 2008 RESUMO NÃO TÉCNICO OUTUBRO 2008 GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA RESUMO NÃO TÉCNICO 1. ENQUADRAMENTO A Directiva Habitats (92/43/CEE) prevê no seu artigo 17º que todos os Estados-membros da União Europeia

Leia mais