Externalidades associáveis de Ocupação Urbana
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- Natália Botelho Mendonça
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1 Externalidades associáveis ás s várias v formas de Ocupação Urbana Componente do projecto de investigação Custos e Benefícios, à Escala Local de uma Ocupação Dispersa M.C. Serrano Pinto (UA), L. Arroja (UA), H. Martins (UA), J.M. Belbute (UE), A.C. Abreu (UE)
2 Nesta componente do projecto pretende-se organizar o conhecimento relativo aos impactes das diferentes formas de ocupação urbana nos recursos naturais, culturais e paisagísticos, sticos, bem como sobre processos e riscos associados, porque se reconhece que os usos urbanos têm implicações sensíveis sobre aqueles recursos e sobre as funções de utilidade (de bem-estar) que eles representam para as comunidades humanas (funções de produção, protecção, suporte, regulação, informação) Estas funções raramente são consideradas conjuntamente nos processos de decisão implícitos no ordenamento e gestão do território, até porque os efeitos da ocupação urbana sobre algumas delas, correspondem a externalidades negativas ou positivas não compensadas (ou seja, traduzíveis em custos e benefícios que não têm expressão explícita no mercado).
3 A inclusão dos recursos culturais e paisagísticos sticos a par dos naturais exprime o entendimento de que a ocupação urbana não incide sobre ambientes naturais mas sim sobre paisagens humanizadas, complexas, profundamente alteradas pelas comunidades humanas ao longo do tempo
4 Objectivos desta tarefa do projecto de investigação: 1. Identificar os recursos afectados pela ocupação urbana, os processos que condicionam tais recursos (e os riscos que lhes estão associados); 2. Sistematizar sumariamente as externalidades negativas ou positivas não compensadas das diversas formas da ocupação urbana sobre aqueles recursos; 3. Seleccionar os casos em que existe clara diferenciação entre as externalidades provocadas pelos diversos tipos de ocupações urbanas (compactas / dispersas); 4. Abordar sumariamente a possibilidade de quantificar tais externalidades diferenciadas; 5. Apontar orientações concretas para desenvolvimentos futuros desta investigação.
5 Correspondendo a uma fase inicial do projecto, o que se segue não passa de uma abordagem exploratória ria das alíneas 1 e 2, servindo essencialmente como uma base para discussão sobre o desenvolvimento posterior desta componente.
6 Identificação dos Recursos Naturais, culturais e Paisagísticos, processos e riscos considerados como significativamente afectados pela ocupação urbana Análise sistemática do quadro normativo português e de outros documentos que definem políticas e estratégias no domínio do ordenamento do território rio e do ambiente, nomeadamente os seguintes: Lei de Bases do Ambiente Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial Lei da Água Lei de Bases do Desenvolvimento Agrário Lei de Bases da Política Florestal Plano de Desenvolvimento Sustentável da Floresta Portuguesa
7 Lei de Bases do Património Cultural Avaliação de Impacte Ambiental Avaliação dos efeitos de determinados Planos e Programas no Ambiente Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável e Plano de Implementação Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade Programa Nacional de Combate à Desertificação Convenção Europeia da Paisagem Conservação e restabelecimento dos Habitats Naturais e da Flora e Fauna Selvagens As regras e orientações contidas nestes documentos expressam algum tipo de consenso da sociedade portuguesa sobre os recursos (também sobre os processos e riscos a eles associados) que merecem ser acautelados e valorizados, incluindo os que não são transaccionáveis.
8 As causas que se encontram na origem das diversas formas de ocupação urbana - desde as compactas até às declaradamente dispersas - estão fortemente interligadas com os seus impactes territoriais. É essencial conhecer e entender tais causas para possibilitar uma abordagem prospectiva dos espaços urbanos em termos de desenvolvimento sustentável, associada a uma perspectiva ecossistémica que integre o funcionamento da cidade na sua relação com as envolventes Os recursos e processos identificados foram os seguintes:
9 1.RECURSOS E VALORES NATURAIS 1.1 Áreas protegidas e outras importantes para a CN e Biodiversidade (Rede Fundamental de C. Natureza) 1.2 Orla costeira 1.3 Solo 1.4 Água, rede hidrográfica, zonas ribeirinhas e albufeiras de a. Públicas 1.5 Energia 1.6 Ar 1.7 Recursos geológicos 2. ÁREAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS 3. PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO E ARQUEOLÓGICO 4. RISCOS (processos naturais mais ou menos modificados pela o. urbana) 4.1 Cheias fluviais 4.2 Erosão da faixa costeira e degradação de arribas 4.3 Incêndios 4.4 Processos geológicos (sismos, instabilidade de vertentes, desprendimento de terras, erupções vulcânicas) 5. ESTRUTURA ECOLÓGICA 6. PAISAGEM
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