Clipping 25 de março de 2010 Quinta-Feira N# 325
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- Eugénio Belo Leão
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1 Energia Eólica Clipping 25 de março de 2010 Quinta-Feira N# 325 Clipping Energia Eólica tem o objetivo de reunir dados e informações relevantes ao setor de energia eólica, transformando-os em conhecimento, contextualizando-os e disponibilizando-os para a prática de Inteligência Competitiva nas empresas. Rio Grande do Sul abrigará 3º maior complexo eólico da América Latina Agência EFE 24/03/2010 Aposta global nas eólicas em 2010 dá para abastecer 12,3 milhões de lares Jornal OJE Lisboa / POR 24/03/2010 Ohio Power Siting Board approves 483MW of wind Renewable Energy World 24/03/2010 Energy and climate to dominate European Council agenda Paolo Berrino EWEA 24/03/2010 Expansão Rio Grande do Sul abrigará 3º maior complexo eólico da América Latina Agência EFE 24/03/2010 O Rio Grande do Sul contará até o fim de 2010 com o terceiro maior complexo de energia eólica da América Latina, o Parque Eólico de Tramandaí, com capacidade para 70 MW e produção estimada de MWh anuais, informaram hoje fontes da multinacional portuguesa EDP Renováveis, responsável pela construção do projeto. O Parque de Tramandaí, que recebeu um investimento de 100 milhões de euros, terá 31 aerogeradores, cada qual com capacidade de geração entre 1,9 MW e 2,3 MW, apontam as fontes. No total, a energia dos ventos representará 2% da atual demanda energética do Rio Grande do Sul, e seria capaz de abastecer uma cidade de 200 mil habitantes. "A energia eólica tem um papel crescente e fundamental no suprimento energético mundial. O Brasil está seguindo de forma determinada essa tendência", ressaltou o presidente da EDP Brasil, António Pita de Abreu, na cerimônia de lançamento da pedra fundamental do parque, realizada hoje na cidade de Tramandaí, no litoral gaúcho. Para o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiuza Junior, o Brasil deveria investir cada vez mais em fontes renováveis de energia. Clipping Energia Eólica página 1/5
2 Em relação à energia eólica, segundo ele, o que dificulta novos investimentos são principalmente os altos custos, característicos do mercado eólico brasileiro. "Há fatores que aumentam os custos de investimentos, como equipamentos, estradas, impostos e licenças ambientais", explica Fiuza. Segundo ele, os custos de geração de energia eólica nos Estados Unidos são aproximadamente 40% mais baratos que no Brasil. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, que estava presente na cerimônia, elogiou o projeto eólico, defendendo "o direito (do Brasil) de fazer energia a partir do vento". Para Ana Maria Fernandes, presidente da EDP Renováveis, sediada em Portugal, o projeto representará um grande benefício para o país, mas requer "muito conhecimento" para ser implementado. O Brasil possui um enorme potencial de energia eólica, mas não é muito aproveitado em função dos custos, ressalta o especialista em energia eólica Enio Bueno Pereira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Segundo ele, a energia dos ventos, com potencial predominante nas regiões Sul e Nordeste, tende a ganhar muita competitividade no curto prazo, pois o Brasil tem "um grande potencial a ser explorado", não apenas em território continental, mas principalmente no mar. O Parque Eólico de Tramandaí levou dois anos para conseguir a licença ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Ele será o terceiro maior da América Latina, atrás apenas do complexo de Osório, também no Rio Grande do Sul, e do parque de Camocim, no Ceará. Análise Aposta global nas eólicas em 2010 dá para abastecer 12,3 milhões de lares Jornal OJE Lisboa / POR 24/03/2010 A aposta dos governos em financiar energias limpas e eventualmente penalizar o uso dos combustíveis fósseis, a redução do preço dos equipamentos e facilidade de instalação e expansão está a dinamizar o sector da energia eólica. Este ano, o investimento global em parques eólicos vai chegar aos 48 mil milhões de euros, o que dá para abastecer 12,3 milhões de lares. Energéticas como a espanhola Iberdrola, a norte-americana Duke Energy e a China WindPower Group vão liderar este ano a construção de parques eólicos no valor de 48 mil milhões de euros, que lhes vão permitir reduzir a sua dependência dos combustíveis fósseis. A estimativa da consultora Bloomberg New Energy Finance fixa em 9% o aumento global de turbinas eólicas em 2010, o que corresponde a uma capacidade de geração de eletricidade de 41 gigawatts, o equivalente a pelo menos 34 centrais nucleares. As energéticas, que construíram na última década sobretudo centrais elétricas alimentadas a gás natural (ou de ciclo combinado, como é o caso português), estão a investir cada vez mais na energia fornecida pelo vento, erguendo parques eólicos ou comprando ativos às suas rivais. Esta fuga para as energias renováveis corresponde às intenções dos governos de penalizar o uso dos combustíveis fósseis como o gás natural, o carvão ou o petróleo. "O desenvolvimento das eólicas está a andar depressa", disse, na conferência da Bloomberg New Energy Finance em Londres, o presidente da Duke Energy, James Rogers, com operações no sudeste e centro-oeste dos EUA. "Nos últimos 10 anos, 90% das centrais que construímos foram a gás natural. Eu estava agarrado ao gás natural como se está à cocaína", comentou. Clipping Energia Eólica página 2/5
3 Enquanto as centrais a gás natural são relativamente baratas de construir e poluem menos dos que as centrais a carvão, emitem dióxido de carbono para a atmosfera, o que acarretará maiores custos se os governos decidirem apertar com as exigências ambientais. Em 2009, foram investidos 46,7 mil milhões de euros em turbinas eólicas, acrescentando 37,5 gigawatts em capacidade instalada e colocando a produção global de eletricidade de origem eólica em 157,9 gigawatts, segundo o Global Wind Energy Council, uma associação do sector sediada em Bruxelas. Um terço dessas turbinas foi instalado na China, que duplicou a sua capacidade para 25 gigawatts. As eólicas estão a ganhar terreno, com a queda dos custos das turbinas e o influxo dos planos de estímulo dos governos. O preço das turbinas declinou nos últimos dois anos em cerca de 15%, para 1,05 mil milhões de euros por megawatt, segundo William Young, um analista na Bloomberg New Energy Finance. "Faz sentido e é rentável", nas palavras de Michael Liebreich, fundador daquela consultora sediada em Londres, que a Bloomberg adquiriu em Dezembro passado. Se as previsões para este ano se concretizarem, os novos parques eólicos poderão abastecer até 12,3 milhões de lares, menos do que os 33 milhões de clientes que as tais 34 centrais nucleares poderiam abastecer com a capacidade instalada equivalente, segundo dados do departamento de Energia dos EUA e da Associação da Energia Eólica daquele país. Isto porque a produção das centrais nucleares é constante enquanto as eólicas só produzem quando há vento. Este ano, o investimento global em energias renováveis, que também incluem o solar e a biomassa, poderá ultrapassar os 200 mil milhões de dólares (148 mil milhões de euros), após ter recuado 6%, para 162 mil milhões de dólares (120 mil milhões de euros) em 2009, segundo os dados da Bloomberg New Energy Finance. Este investimento não foi travado pelo fracasso dos líderes políticos mundiais em chegarem a um acordo vinculativo para limitar as emissões de combustíveis fósseis na cimeira de Copenhague em Dezembro, sublinhou em Londres o vice-presidente do Deutsche Bank, Caio Koch-Weser. Desde essa altura, o custo das licenças de carbono negociadas na Europa caiu 3,2%. "A aventura das renováveis está agora a ganhar um impulso próprio", disse Koch-Weser na conferência da Bloomberg New Energy Finance. "Estou a ver que com muitos clientes, desde a China à Califórnia, passando pela Índia, está a acontecer agora uma mudança de paradigma para as energias renováveis realmente positiva". A Duke Energy aponta para instalar este ano 250 megawatts de produção eólica nos EUA, disse Rogers. A China WindPower vai investir cerca de 900 milhões de dólares de Hong Kong (86 milhões de euros) em dez a 12 parques eólicos, quase duplicando a sua capacidade de geração, segundo disse no passado dia 8. A divisão de renováveis da Iberdrola tenciona instalar capacidade em renováveis de megawatts em 2010, a maior parte da qual em parques eólicos, disse a empresa no mês passado. Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA), as energias renováveis poderão expandir a sua quota no mercado global de geração de eletricidade dos atuais 2,5% para 9% em 2030, com a quota do gás natural a manter-se em cerca de 21%. Desde 2000, o consumo de gás cresceu 20%, diz a agência. No entanto o carvão, o combustível que produz mais carbono, também está a beneficiar do aumento da procura de energia. A sua quota de mercado na geração de eletricidade ira crescer em três pontos percentuais até 2030, para chegar a 44% de quota global, segundo os dados da IEA. A queda dos preços dos equipamentos eólicos significa mais energia pelo mesmo dinheiro, e as energéticas estão a tirar partido dos 184 mil milhões de dólares (136 mil milhões de euros) em estímulos às economias já atribuídos pelos governos para promover energias limpas, nota Mike O'Neill, presidente e COO da eólica Element Power. "Estamos a receber neste mercado dinheiro a baixo custo e de baixo risco", disse. Clipping Energia Eólica página 3/5
4 O que torna as energias eólicas ainda mais atrativas é a sua "escalabilidade", um neologismo que traduz a capacidade para uma energética de instalar facilmente mais turbinas à medida que a procura cresce, explica Petra Leue-Bahns, a CFO da alemã Ecolutions. "As eólicas são relativamente fáceis de instalar em grandes pacotes e de expandir depois", disse Leue- Bahns em Londres. "As eólicas vão provavelmente chegar à paridade na rede" e serão capazes de competir sem subsídios com os combustíveis fósseis no espaço de quatro anos, defendeu a responsável da Ecolutions, que investe em renováveis na Europa e na Ásia. A BP, maior petrolífera do Mundo, também está a investir na energia eólica e solar à medida que as renováveis ganham terreno aos combustíveis fósseis. Na conferência da Bloomberg New Energy Finance, a CEO da divisão de energias alternativas da companhia britânica, Katrina Landis, explicou que "se queremos continuar a ser uma empresa do tamanho que temos hoje, temos de começar a mudar. Até um certo ponto, isso significa desistir do que fizemos nos últimos 100 anos". Expansão Ohio Power Siting Board approves 483MW of wind Renewable Energy World 24/03/2010 The Ohio Power Siting Board (OPSB) this week approved the construction of three wind projects, which represent 483 megawatts (MW) of capacity. At completion, the plants would vault Ohio into the mix for leading wind states and bring Ohio closer to its RPS target of 25% renewables by OPSB approved and modified Buckeye Wind s proposal to construct a wind farm in eastern Champaign County. The facility will include more than 50 wind turbines and related infrastructure generating a combined capacity of up to 135 MW. The OPSB evaluated the company s proposal and authorized construction of up to 54 turbines. The Board denied the sitting of 16 turbines proposed near Champaign County s airports as they could present a potential hazard to aviation according to the Federal Aviation Administration. Under the ruling, Buckeye must establish an informal process to receive project-related complaints from the public, including but not limited to the topics of noise and shadow flicker. The OPSB staff must receive notification of all complaints. Turbines are subject to review, and possible removal, if they exceed 30 hours per year of shadow flicker. Buckeye must also decommission the facility, or individual turbines, at its own expense. Similar conditions were levied for the other two projects as well. In April 2009, Buckeye filed an application with the OPSB for a certificate to construct a wind farm in Champaign County. The company s proposal consisted of 70 wind turbines, an electric substation, electric lines and miles of access roads spread over approximately 9,000 privately leased acres in six townships. Buckeye plans to begin construction of the wind farm later this year and place the facility in service by the end of The wind farm will connect to the Urbana-Mechanicsburg-Darby 138-kilovolt electric transmission line that crosses the project area. Depending upon which turbine model the company selects, each turbine will measure approximately 500 feet from the ground to tip of the blade at its highest position. The second project approved by OPSB was JW Great Lakes Wind LLC's (JWGL) 27 turbine project in Hardin County. The wind farm will have a generation capacity of approximately 48 MW. JGWL anticipates beginning construction in 2010 and beginning commercial operation in mid The construction phase is expected to provide between 50 and 100 temporary construction jobs, and three to five full-time maintenance staff. The project will also include a 69-kilovolt overhead transmission line that will connect to American Electric Power s (AEP) substation in Dunkirk. Clipping Energia Eólica página 4/5
5 The third project approved was Hardin Wind Energy LLC's 200 turbine project in Hardin County. The facility will have a generation capacity of approximately 300 MW. The Hardin Wind Energy wind farm will become the largest of its kind in Ohio, said OPSB Chairman Alan R. Schriber. The wind farm will play an integral role in assuring Ohio meets new alternative energy portfolio standards by providing clean and renewable energy. On July 10, 2009, Hardin filed an application for a certificate to site a wind-powered electric generation facility with the OPSB. The construction process, expected to begin in mid-2010, will consist of two phases. Depending on the turbine model Hardin chooses, the initial phase will consist of up to 157 turbines, and the second phase up to 47. The project also includes a transformer substation, interconnection substation, underground electric collection system and nearly 30 miles of access roads to support the facility. Under Ohio s alternative energy portfolio standard, 25 percent of electricity sold in Ohio must be generated from alternative energy sources by At least half of this energy must come from renewable energy sources, including wind, and one half of the renewable energy facilities must be located in Ohio. Meio Ambiente Energy and climate to dominate European Council agenda Paolo Berrino EWEA 24/03/2010 Tomorrow, energy will top the agenda when EU Heads of State meet in Brussels to discuss a new European strategy for jobs and growth, and to follow-up on the failed Copenhagen conference on climate change. The European Wind Energy Association (EWEA) urges the Council to adopt vitally important energy commitments in the proposed 2020 strategy that would bring Europe jobs, reduced dependence and spending on imported fossil fuels, and cheaper electricity as well as helping reduce the risk of catastrophic climate change. The European Commission proposal in the 2020 strategy to create a European electricity supergrid and a properly functioning European market in electricity would bring enormous economic and environmental benefits to Europe and its citizens said Bruce Douglas, Chief Operating Officer of EWEA. A single European grid and real competition in the European power market are essential elements, not only for the integration of large-scale wind power and other renewables, but also to ensure that European consumers have affordable and domestically produced electricity. Without a supergrid and a European electricity market it will be very hard to achieve Europe s renewable energy and CO2 emission reduction targets he added. It is encouraging that the proposed strategy recognises the need to make progress both on the physical infrastructure and competitive energy market. EWEA also urges the European Council to continue to press for binding emissions cuts in UN climate negotiations and to increase the European emissions reduction target to 30%. EU leaders should move towards a 30% reduction of CO2 emissions by 2020 because it is in Europe best economic interests, said Douglas. Europe is a world leader in wind and other renewable energies and a strong signal from governments will show that there is no turning back in the move away from polluting, imported and increasingly expensive fossil fuels. Clipping Energia Eólica página 5/5
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