CORTICOTERAPIA PARA A RESPIRATÓRIO FETAL. NOVEMBRO DE 2009 Dra. Lucila Nagata
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- Tiago Benevides Fidalgo
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1 CORTICOTERAPIA PARA A MATURIDADE DO SISTEMA RESPIRATÓRIO FETAL MINISTÉRIO DA SAÚDE FEBRASGO NOVEMBRO DE 2009 Dra. Lucila Nagata
2 INTRODUÇÃ0 Importância: Trabalho de parto prematuro (75% dos nascimentos antes de 37 sem gestação) Parto prematuro etiologia multifatorial (10% de todos os partos) C ti óid i tâ i di i i ã Corticóide suma importância para a diminuição da morbi-mortalidade neonatal.
3 IMPORTÂNCIA DO USO DE CORTICÓIDE Nascimento prematuro é a principal causa de mortalidade e morbidade nenatal Prematuridade d é responsável por 75% das mortes neonatais, quando se excluem malformações. 66% das mortes são de RN abaixo de 29 sem de gestação
4 SOBREVIDA POR IG ENTRE SEM (CREAZY E IAMS, 1999) SEMANAS DE IG TAXA DE SOBREVIDA (%) A A A A A A 90
5 SOBREVIDA DOS RN PREMATUROS Cuidados atuais: RN de peso 1250 a 1500g 90% sobrevida RN de 750 a 1000g importante redução da mortalidade RN com peso inferior a 700g a sobrevida ainda é de apenas 20%
6 APARELHO RESPIRATÓRIO RN PREMATURO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO Incompleto desenvolvimento e vascularização dos espaços aéreos terminais Imaturidade da caixa torácica Imaturidade do centro respiratório Depressão por drogas Deficiência ou inativação do surfactante
7 FATORES DE RISCO PARA PARTO PREMATURO Condiçòes sócio econômicas desfavoráveis Precária assistência pré natal Infecções genito-urinárias (fatores predisponentes para prematuridade espontânea ) - Trabalho de parto prematuro - Rotura prematura de membranas
8 DOENÇAS MATERNAS FETAIS Corioamnionite Hemorragia aguda Pré eclâmpsia grave e eclâmpsia (antecipação do parto independente da idade (antecipação do parto independente da idade gestacional riscos)
9 GESTAÇÕES DE ALTO RISCO Sindromes hipertensivas Diabettes mellitus Isoimunização fator Rh Insuficiência placentária CIUR (contribuem para antecipação eletiva do parto)
10 DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES OMS - <37 sem = prematuro De acordo com a IG: - limitrofes = 37 e 38 sem e com peso superior a 2.500g. -moderadamente d prematuros = 31 a 36 sem e configuram grupo de elevada morbidade perinatal(sobrevida elevada a depender dos cuidados neonatais adequados) -prematuros extremos = 24 a 30 sem grupo de elevada mortalidade neonatal, e esta relacionada diretamente com o peso de nascimento.
11 CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AO PESO Baixo peso : < ou = g ( não tem relação com a IG CIUR, prematuros) Muito baixo peso : < ou = g Extremo baixo peso : < ou = g (neonatologistas = muito baixo peso ( 1.500g) ) Nos países desenvolvidos = 750 a g melhorar a qualidade de vida pós natal
12 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Desnutrição materna Reduzida frequência ou ausência de pré natal Falta de planejamento familiar ( reprodução nos extremos da vida) Trabalho braçal extenuante Maior prevalência de doenças genito-urinárias Tabagismo Uso de drogas ilícitas Antec. Obstétricos ( intervalo entre os partos) Outras já citadas anteriormente
13 CORTICOSTERÓIDES Ventilação mecanica = advento favorável ( displasia pulmonar, sepse, estenose subglótica e enfisema) complicações mais frequentes. A experiência clínica publicada = corticóides favoráveis na redução da mortalidade perinatal e na SDR, na redução de enterocolite necrotizante e de hemorragia intraventricular, além de menor internação hospitalar. Importante t : atingiram i todas as IG em que a SDR pode ocorrer, e independente de outros fatores como a amniorexe prematura, e atingiram todos os conceptos tratados.
14 RECOMENDAÇÃO DO USO Usar em todas as gestações em que o parto possa ocorrer entre 24 e 34 sem de gestação Usar 12 mg de beta-metasona IM por 2 dias consecutivos ( duas doses com intervalos de 24 horas, total de 24 mg) No Brasil ( a ampola comercial tem 6 mg, sendo necessário 2 ampolas a cada dose) Opção : Dexametasona 4 mg de 8/8 horas por 2 dias, sendo a dose de 24 mg em 24 horas)
15 EFEITOS DO CORTICÓIDE Efeito terapêutico máximo ocorre entre 48 h e 72 h após a administração da primiera dose e já existem trabalhos mostrando o efeito benéfico mesmo após 24 horas da primeira dose. Os efeitos se mantém por 7 dias após a aplicação e pode ser repetido mais um ciclo de 2 doses caso o parto não ocorra e seja o risco real de SDR e gestação abaixo de 34 sem. ALERTA!
16 EFEITOS ADVERSOS AO USO DE CORTICÓIDE Imunossupressão (pode retardar o reconhecimento de infecções materno-fetais) Hiperglicemia transitória Não deve ser usado caso o parto seja iminente, pois não tem ação sobre a maturidade pulmonar se usado com menos de 24 horas EAP quando associados a uterolíticos, citado em 2 trabalhos, mas pouco observado e falta dados ( Morales et al em 44 gestantes)
17 USO DO CORTICÓIDE E SURFACTANTE Há vários trabalhos que mostram que o uso de surfactante exógeno após o nascimento também é uma intervenção que reduz a gravidade de SDR, e proporciona menor mortalidade neonatal. O uso do corticóide na gestação proporciona melhor aproveitamento do surfactante no pós natal.
18 OBSTETRICS The effect of a prolonged time interval between antenatal corticosteroid administration and delivery on outcomes in preterm neonates: a cohort study Allison M. Ring, MD; Jeffery S. Garland, MD, SM; Brian R. Stafeil, MD; Margaret H. Carr, MD; Gail S. Peckman, MS; Richard A. Pircon, MD RESULTS: Three hundred fifty-seven pregnancies were included, of which 98 women delivered at 14 days after antenatal corticosteroids. Neonates at 28 weeks of gestation and who delivered at 14 days after antenatal corticosteroids were more likely to require surfactant therapy (60% vs 48%; p.02) and to require ventilatory support for 24 hours (58% vs 46%; P.02). Differences in outcomes between groups remained in regression models that were controlled for confounders. There was no significant difference between treatment groups for neonates who delivered at 28 weeks of gestation. Rates of survival without chronic lung disease and intraventricular hemorrhage were similar between groups. CONCLUSION: A time interval of 14 days between the administration of antenatal corticosteroids and delivery is associated with an increased risk for ventilatory support and surfactant use in neonates who deliver at 28 weeks of gestation. Ring AM, Garland JS, Stafeil BR, et al. The effect of a prolonged time interval between antenatal corticosteroid administration and delivery on outcomes in preterm neonates: a cohort study. Am J Obstet Gynecol 2007;196:457.e1-457.e6.
19 CONCLUSÕES Está hoje definitivamente iti t bem estabelecido o uso do corticóide na gestação de risco de parto prematuro ( entre 24 e 34 sem de gestação) Mesmo nas pacientes com ROPREMA está indicado o uso do corticóide para diminuir o risco de SDR no RN, quando abaixo de 34 sem. Cautela no uso do corticóide nas diabéticas A repetição da dose caso o parto não ocorra após 7 dias será repensado caso a caso.
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