Fazer jus à história preparando o futuro

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1 Número 30 Outubro 2008 Número 30 Outubro ISSN Fazer jus à história preparando o futuro

2 EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA ANOS com a ORDEM DOS ENFERMEIROS No ano em que completa 10 Anos, a Ordem dos Enfermeiros apresenta uma exposição comemorativa que convida a uma viagem através dos aspectos mais relevantes deste percurso. 29 Outubro a 03 Nov Braga C.C. Braga Parque 16 Dezembro a 21 Dez Beja Hospital de Beja 05 Novembro a 10 Nov Vila Real C.C. Dolce Vita 23 Dezembro a 06 Jan Almada Hospital Garcia d Orta 12 Novembro a 16 Nov Novembro a 23 Nov Novembro a 01 Dez Coimbra Átrio dos Hospitais da Universidade de Coimbra Viseu Hospital de São Teotónio Leiria Hospital de Santo André Janeiro Fevereiro Madeira local a confirmar Açores Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, Horta Porto data e local a confirmar 04 Dezembro a 06 Dez Lisboa Centro de Congressos de Lisboa 09 Dezembro a 13 Dez Lisboa Secção Regional Sul Para mais informações consulte o site da Ordem dos Enfermeiros em ou contacte a sua Secção Regional.

3 E d i t o r i a l Bastonária vera vidigal Cara(o) Colega No início deste terceiro mandato (2008 / 2011), o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros decidiu assinalar o 10.º aniversário desta Ordem de forma especial, organizando, para isso, um conjunto de iniciativas conducentes a reforçar a proximidade da OE junto dos membros e do público em geral. Estando a dirigir-me aos colegas numa fase em que a totalidade das actividades já foram realizadas apenas a Exposição «10 anos com a Ordem dos Enfermeiros» ficará patente, em vários locais do País, até 21 de Abril de 2009 é com grande satisfação que, em nome do Conselho Directivo, aqui afirmo a inegável vantagem da decisão tomada. Desde o dia 21 de Abril deste ano, vários foram os momentos de convívio e reflexão com os colegas sobre o caminho percorrido ao longo da última década, bem como sobre a actual realidade da Enfermagem portuguesa e as perspectivas de futuro. Entendemos ser pertinente incluir, no diversificado programa de comemorações do 10.º aniversário, actividades novas, mas também eventos já habituais. Assim, além de um almoço-colóquio que contou com a presença de jornalistas, da Dr.ª Maria de Belém Roseira, do Prof. Constantino Sakellarides e do Dr. Jorge Varanda, as comemorações tiveram um dos seus momentos-chave no jantar-debate efectuado a 21 de Abril, na Estufa Fria, em Lisboa. Além de prestar homenagem aos elementos que estiveram na Comissão Instaladora e aos primeiros funcionários da OE, esta cerimónia contou com as intervenções da Dr.ª Maria José Nogueira Pinto e do Dr. João Soares, bem como da Dr.ª Ana Jorge e da nossa primeira Bastonária, a Enf.ª Mariana Diniz de Sousa. Seguiu-se a comemoração do Dia Internacional do Enfermeiro, numa jornada dedicada a visitar centros de saúde, a apresentar a proposta de Unidade de Cuidados na Comunidade e a debater a reforma dos centros de saúde. O IX Seminário de Ética, dedicado ao tema «10 anos de Deontologia Profissional 60 anos de Direitos Humanos», tal como o ciclo de debates do Conselho Jurisdicional, efectuado nas cinco secções regionais da OE, foram outras das iniciativas incluída nas comemorações. A 27 de Outubro e 3 de Novembro foram divulgados, juntamente com um jornal nacional e com vários jornais dos Açores e da Madeira, mais de exemplares de uma revista que procurou elucidar o público sobre a missão e as competências da Ordem, apresentar alguns projectos de Enfermagem e divulgar o testemunho de várias personalidades. Por sua vez, o dia 29 de Outubro marcou um novo momento alto do programa comemorativo, pois foi a data escolhida para a inauguração, em Braga, da Exposição intitulada «10 anos com a Ordem dos Enfermeiros». A opção tomada relativamente a esta iniciativa que, de uma forma lúdica e interactiva, pretende dar a conhecer a OE e a sua história foi a de levar a exposição a vários pontos do País, para que pudesse ser visitada por enfermeiros, estudantes de Enfermagem, mas também pelo público em geral. Daí que a mesma tenha estado patente em centros comerciais e zonas de passagem de hospitais. No início de Dezembro, realizou-se, durante três dias, a I Conferência de Regulação, que contou com a presença da Enf.ª Hiroko Minami, Presidente do International Council of Nurses (ICN), na sessão de abertura, e da Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde, na sessão de encerramento, entre outras individualidades. Na sessão de abertura, pudemos igualmente exibir pela primeira vez o vídeo «Ordem dos Enfermeiros um contributo para a Saúde em Portugal», outra das iniciativas previstas nas comemorações. Em todas elas, tivemos uma participação muito positiva dos destinatários das diferentes actividades. Em todas elas, recebemos verdadeiras demonstrações de reconhecimento e apreço pelo trabalho desenvolvido por muitos colegas que, desde o início da nossa Ordem, se empenharam neste grande projecto da profissão e que se deve ao acreditar de muitos, durante muitos anos. Deve-se, sobretudo, à força de alguns que teimaram em não desistir, sendo que a Enf. ª Diniz de Sousa simboliza, para todos nós, essa força e vontade. Por isso, este é o momento de endereçar o nosso profundo agradecimento. Mas porque a Ordem é composta por todos os enfermeiros, o reconhecimento e apreço é para todos. Aqui fica o meu muito obrigada.

4 E d i t o r i a l Bastonária Para os que não puderam acompanhar de forma mais intensa as diversas actividades, damos conta, na actual edição da Revista da Ordem dos Enfermeiros (ROE), das comemorações empreendidas. Aproveito para deixar aqui um apelo (em jeito de convite) aos colegas da Madeira e dos Açores para, de 17 a 21 de Janeiro e de 14 a 25 de Fevereiro, respectivamente, visitarem a nossa (de todos nós) exposição comemorativa. Em Março de 2009, a exposição rumará à cidade do Porto, onde faremos uma cerimónia de encerramento. Os colegas, em especial os do Norte, estão, pois, convidados a participar nesta recta final das comemorações. Colega, este ano em que comemoramos uma década de existência da nossa Ordem marca também uma nova etapa para o futuro, pois a concretização das decisões e perspectivas que fizemos no que respeita ao Modelo de Desenvolvimento Profissional estão hoje mais perto de ser concretizadas. De facto, este final de ano fica decisivamente marcado pelo acordo da Ministra da Saúde para a alteração estatutária, fruto de trabalho conjunto desenvolvido e que será presente a Conselho de Ministros ainda em Dezembro, para posterior entrada na Assembleia da República. Se tudo correr como esperamos, podemos perspectivar a implementação do modelo para o ano Neste quadro que aqui se desenha, assume ainda maior relevo o esforço realizado pelo Conselho de Enfermagem, com a colaboração de cerca de 300 colegas das várias áreas de actividade, que, na continuidade do trabalho iniciado no mandato anterior, deram corpo aos primeiros drafts dos dispositivos que darão suporte ao Modelo, e colocaram na discussão e na recolha de contributos, de forma aberta e transparente, apresentando as etapas a percorrer. Todos os que participaram na I Conferência de Regulação, nomeadamente nos dias 5 e 6, foram disso testemunhas. Bem haja o Conselho de Enfermagem e todos os que neste processo deram o seu melhor. Sem o seu esforço não estaríamos num estádio que reforça a nossa confiança no futuro. A Bastonária Maria Augusta Sousa Cara(o) Colega É com orgulho e satisfação que redijo, pela primeira vez, o editorial da Revista da Ordem dos Enfermeiros (ROE), enquanto coordenador do Gabinete de Comunicação e Imagem (GCI), no mandato 2008 / Como é do vosso conhecimento, a Ordem dos Enfermeiros (OE) comemora, este ano, o seu décimo aniversário. O Conselho Directivo (CD) decidiu assinalar este marco com um conjunto de iniciativas que se têm vindo a desenrolar desde 21 de Abril, data da publicação do Decreto-Lei que cria a OE. Do conjunto das iniciativas, destacamos a cerimónia de reconhecimento dos percursores da Ordem e da Comissão Instaladora, no dia 21 de Abril; a elaboração de um encarte distribuído com o Jornal Público no final de Outubro, no Continente, e com jornais regionais, nas Ilhas da Madeira e dos Açores; a exposição itinerante «10 anos com a Ordem dos Enfermeiros», que estará patente em vários locais do País, até Abril de 2009; a realização de um vídeo institucional intitulado «Ordem dos Enfermeiros Um Contributo para a Saúde em Portugal»; e a realização da I Conferência de Regulação, que decorreu a 4, 5 e 6 de Dezembro, em Lisboa. Também por todo este trabalho, não nos foi possível publicar este número da ROE de uma forma mais atempada, e por este facto pedimos desculpa a todos os membros. A regularidade deste veículo de informação da actividade da OE é uma preocupação que teremos necessariamente de acautelar. Esta é a 30.ª edição da ROE. Ao longo destes oito anos, muitos textos foram publicados, tendo-se tornado este espaço num terreno fértil para a reflexão produzida pelos enfermeiros sobre os mais diversos domínios da profissão. Para melhorar a qualidade da Revista, estamos a preparar a reorganização dos conteúdos, bem como as «Normas de Publicação para a Revista da Ordem dos Enfermeiros», das quais daremos nota aos membros logo que as mesmas sejam aprovadas pelo CD. Uma outra área de comunicação que deverá merecer uma profunda remodelação em 2009 é o site da OE. Este tem-se constituído como o veículo privilegiado para informação aos membros e aos cidadãos e deverá ser alterado, não só no seu aspecto gráfico, mas sobretudo ao nível do seu conteúdo e das suas funcionalidades, potenciando uma maior proximidade aos membros. Dezembro é mês de Natal. Espero que a época festiva que se avizinha possa ser celebrada com muita paz e alegria, junto daqueles que mais ama e na companhia da ROE. Votos de boas-festas! Enf. Júlio Branco

5 E d i t o r i a l Conselho Directivo Um tributo a Mariana Diniz de Sousa, primeira Bastonária da Ordem dos Enfermeiros Determinada, competente, lutadora, inteligente. São algumas das palavras que servem para descrever esta grande senhora da Enfermagem portuguesa a Enf. ª Mariana Diniz de Sousa, primeira Bastonária da Ordem dos Enfermeiros. Líder incontestável de uma classe profissional, soube traçar, desde o início, um caminho que nem sempre foi fácil de seguir. Lutadora incansável pelo prestígio da Enfermagem, colocou a Enfermagem portuguesa ao nível das suas congéneres europeias e fez dela uma profissão reconhecida e autónoma, com a criação da Ordem dos Enfermeiros, em Em reconhecimento pelo trabalho que realizou, na área da Saúde, ao longo de quatro décadas, foi distinguida, em Outubro deste ano, com o Prémio Nacional de Saúde A atribuição deste prémio é anunciada, anualmente, pela Direcção Geral da Saúde e tem como objectivo distinguir, pela relevância e excelência, «uma personalidade que tenha contribuído, inequivocamente, para a obtenção de ganhos ou para o prestígio das organizações no âmbito do Serviço Nacional de Saúde». Segundo a Direcção Geral da Saúde, a Enf.ª Mariana Diniz de Sousa marcou a Enfermagem em Portugal «pela sua reconhecida competência e qualidade de desempenho, com especial relevância nos seus aspectos de organização, administração, ensino e dignificação profissional dos enfermeiros». Aluna de Medicina nos primeiros anos, acabaria por abandonar o curso para seguir Enfermagem, profissão à qual dedicou a percurso da sua vida profissional e pessoal. Além de enfermeira, Mariana Diniz de Sousa é diplomada em Administração Hospitalar e teve grande influência no desenvolvimento da formação em Enfermagem, especial- mente no que diz respeito à reforma de 1965 e à criação da Escola de Ensino e Administração de Enfermagem. Tanto o programa, quanto a forma de funcionamento da escola foram inovadores, na altura, em Portugal. No seu percurso profissional, passou pela Direcção Geral dos Hospitais, pelo Ministério da Saúde onde foi adjunta do Dr. António Maldonado Gonelha (ex Ministro) para as questões ligadas à Enfermagem e pela Direcção Geral dos Recursos Humanos da Saúde, ainda durante o mandato do Dr. António Maldonado Gonelha e, posteriormente da Dr.ª Leonor Beleza. Participou, a convite da Dr.ª Maria de Belém Roseira, no Conselho de Reflexão da Saúde. Com grande habilidade para lidar com as pessoas, trabalhou com várias associações e com governos de diferentes orientações políticas. Depois de se aposentar da Direcção Geral dos Recursos Humanos, liderou a criação da Ordem dos Enfermeiros, tendo presidido à Comissão Instaladora. Um ano mais tarde, foi eleita primeira Bastonária da OE. Por tudo isto, a Enf.ª Mariana Diniz de Sousa é uma figura ímpar da Enfermagem portuguesa e uma das personalidades mais destacadas na área da Saúde em Portugal. ARQUIVO OE

6 Roe 30 outubro 2008 Sumário Sumário N.º 30 Outubro 2008 Fazer jus à história preparando o futuro arquivo OE Intervenção 6 Entrevista Entrevista à Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros reeleita para o mandato de 2008 / 2011 VERA VIDIGAL K_roe30_Aprovada.indd 2 23/12/08 10:49:34 21 A considerar 11 Notícias Mandato 2008 / 2011 Comemorações do 10.º aniversário Resumo das audiências efectuadas Parecer CJ 15/2008 Partilha de informação sobre saúde 6 Conselho Jurisdicional Enfermagem e multiculturalidade: perspectiva deontológica Conceptualização da Prática Clínica Recomendações para a Elaboração de Guias Orientadores da Boa Prática de Cuidados Comissão de Formação (Mandato 2004 / 2007) Conceptualização da Prática Clínica Princípios de fundamentação Conceptualização da Prática Clínica Parecer n.º 44 / 2008 do Conselho de Enfermagem Preparação para o parto Conceptualização da Prática Clínica Rede de Formadores para a utilização da CIPE / SAPE Projecto Poliedro Conceptualização da Prática Clínica Informação relativa à operacionalização do Modelo de Desenvolvimento Profissional Conceptualização da Prática Clínica Enfermagem de saúde mental e psiquiátrica: âmbito e contextos

7 Roe 30 outubro 2008 Sumário Destaque regional ARQUIVO OE ICN 24 TH QUADRENNIAL CONGRESS NEW DATES 27 June - 4 July 2009 Durban, South Africa Call for abstracts arquivo OE 44 Açores Leading Change: Building Healthier Nations Durante este semestre, os membros dos Órgãos Sociais da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores (SRRAA) 44 ARQUIVO OE 46 Centro Realizou se, a 29 de Março de 2008, a Assembleia Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, no auditório da Secção Regional do Centro (SRC) 46 ARQUIVO OE 48 Madeira Actualidade Retomada a oportunidade de as secções regionais utilizarem um espaço para divulgação das suas actividades, passamos a referir algumas 50 Norte O 1.º Encontro de Órgãos Sociais da Secção Regional do Norte (SRN) foi realizado nas instalações da SRN 52 Sul A senhora Bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Enf.ª Maria Augusta de Sousa, visitou a região do Algarve no âmbito ARQUIVO OE ARQUIVO OE 54 Em destaque 24.º Congresso Quadrienal do ICN Carta de Tallinn Países europeus querem reformar sistemas de saúde 59 Reflexões O significado cultural da dor: contributo para prática dos cuidados em Enfermagem Comissão de ética para a saúde 64 Breves

8 6 Entrevista Notícias Entrevista à Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros reeleita para o mandato de 2008 / 2011 «Estou convicta de que haverá da parte dos responsáveis políticos a assunção dos compromissos que assumiram» Depois de um primeiro mandato como Bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), a Enf.ª Maria Augusta Sousa viu a sua recandidatura ser validada pela maioria dos enfermeiros que participaram no acto eleitoral de Dezembro de Num momento de elevada participação política e de definições internas, a Presidente do Conselho Directivo Nacional da OE faz um balanço dos primeiros seis meses do novo mandato. Revista da Ordem dos Enfermeiros Antes de começarmos a falar sobre o actual mandato, gostaríamos de saber que tipo de balanço faz do mandato anterior (2004 / 2007). Quais foram os principais desafios e as principais conquistas? vera vidigal Sr.ª Bastonária O mandato anterior foi fortemente marcado pela definição, por parte do Ministério da Saúde, das grandes orientações para a reforma do Serviço Nacional da Saúde no que toca aos serviços de Urgências, Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Continuados etc. Este facto, juntamente com as decisões governamentais relativamente à contenção orçamental, colocaram um conjunto de novos desafios e mudanças na forma de entender as organizações e o próprio serviço público. O mandato anterior procurou, por um lado, discutir a orientação geral da reforma e, simultaneamente, transmitir a percepção de que nem sempre os objectivos determinados asseguravam um conjunto de aspectos que, em nosso entender, não sendo acautelados, colocavam em causa os objectivos da reforma. Daí que no mandato anterior tivéssemos tido uma actuação permanente junto do Ministério da Saúde, no sentido de pedir aos governantes que clarificassem as medidas adoptadas. Ao mesmo tempo, fomos transmitindo o nosso posicionamento sobre as diferentes matérias e alertando para o que se estava a passar no terreno. Por exemplo, no caso da implementação das Unidades de Saúde Familiar (USF), a Ordem dos Enfermeiros (OE) sempre afirmou que se esta reforma não fosse acompanhada das medidas globais de reestruturação dos centros de saúde, a aposta nas USF conduziria inevitavelmente a situações de iniquidade de acesso dos cidadãos e a conflitos no seio dos profissionais que dificilmente poderiam garantir os objectivos que se pretendiam. Este foi um traço muito importante da nossa intervenção no âmbito das políticas de saúde. Especialmente na fase final do mandato anterior, a política de contenção governamental deu azo a uma gestão caótica dos recursos humanos, nomeadamente no que concerne a novas

9 Entrevista Notícias admissões e à cobertura das necessidades pelas novas admissões. Esta gestão caótica foi particularmente visível nos Cuidados de Saúde Primários, onde, no final de 2007, muitos enfermeiros que já tinham adquirido experiência nesta área de cuidados e que tinham iniciado o seu percurso de desenvolvimento de competências profissionais, viram os seus contratos de trabalho serem cancelados. E, simultaneamente, foram abertos concursos para essas mesmas pessoas concorrerem aos lugares disponíveis, com a hipótese de não ficarem nos centros de saúde de onde tinham acabado de sair. Para a OE, a desorganização que medidas deste tipo trazem para as equipas é enorme, com a agravante de que ninguém analisa o impacte social e económico que resulta de uma pior resposta por parte das unidades prestadoras de cuidados. Foi isso mesmo que transmitimos ao Ministério e, decorrente da nossa intervenção na altura, foi possível travar algumas situações gravosas. Da parte dos decisores políticos da Saúde ficou o compromisso de, até ao final de 2008, serem clarificadas novas formas de admissão que evitassem situações semelhantes às anteriores. Estamos a aguardar que tal compromisso se cumpra, mas começamos a temer que o processo não corra como o inicialmente previsto, pois começa a ser tarde para resolver esta questão. Já estamos perto do final do ano. ROE Além da questão das dotações seguras de recursos humanos enquanto garantia de cuidados seguros de saúde que outras preocupações transitaram do mandato anterior para os actuais Órgãos da OE? Sr.ª Bastonária Estamos especialmente preocupados com o desajustamento existente entre a oferta formativa e a actual política de emprego do Governo. O que temos vindo a verificar, em especial nos últimos três anos, é a tendência para os recém- licenciados entrarem cada vez mais tarde no mercado de trabalho. A oferta de emprego no sector público não se coaduna com a necessidade de cuidados que o próprio Ministério da Saúde já reconheceu ter. Nos hospitais, por exemplo, continuamos a ter enfermeiros a trabalhar a 157 %. Nos centros de saúde, está comprovado que o actual número de enfermeiros não é suficiente para cobrir as necessidades de cuidados. Se juntarmos a isso a abertura de instituições de saúde privadas, as questões colocam- se de forma ainda mais acutilante. ROE O Modelo de Desenvolvimento Profissional (MDP) é um assunto que, tendo transitado do mandato anterior, continua a ser o ponto central da actividade / intervenção da Ordem junto dos enfermeiros e dos decisores políticos. Que evoluções foram registadas sobre este assunto no primeiro semestre deste mandato? Sr.ª Bastonária De facto, o eixo estruturante do mandato anterior traduziu se em trabalhar e discutir com os enfermeiros um MDP baseado na certificação de competências, o qual foi aprovado em Assembleia Geral, em Maio de Recordo que o MDP contempla a hipótese de os enfermeiros recém formados poderem ter acesso a um período de tempo com prática supervisionada por um enfermeiro devidamente certificado para tal. Mas o MDP também aposta na necessidade sentida, cada vez mais, de os enfermeiros aprofundarem as suas áreas de intervenção, de acordo com os grupos alvo. Por isso, o MDP defende a realização de um percurso profissional baseado em programas devidamente estruturados que lhes permitam uma aquisição de competências que possam ser certificadas, tanto para os cuidados gerais, como para os cuidados especializados. Os anteriores Órgãos Sociais da OE organizaram discussões descentralizadas, elaboraram documentação de suporte sobre o MDP, realizou se a Assembleia Geral mais participada de sempre. Em suma, preparou se trabalho que é necessário fazer durante o novo mandato. Para podermos implementar e desenvolver esta nova filosofia, temos obrigatoriamente de ter uma alteração estatutária. A revisão estatutária das ordens profissionais só pode acontecer após aprovação na Assembleia da República. Mas como o MDP está directamente relacionado com a dinâmica das organizações de saúde até porque consideramos que o MDP vai contribuir para uma nova dinâmica da prestação de cuidados nas instituições pensámos que seria fundamental a existência de um entendimento entre a Ordem e o Ministério, no sentido da implementação deste modelo. Caso contrário, dificilmente conseguiremos obter este resultado.

10 8 Entrevista Notícias Na fase inicial deste mandato, esta tem sido uma questão central, sendo que o Conselho de Enfermagem está a trabalhar no desenvolvimento dos instrumentos necessário ao suporte do MDP. O resultado deste trabalho foi colocado em apreciação na I Conferência de Regulação, que se realizou nos dias 4, 5 e 6 de Dezembro. A OE continua a fazer o seu trabalho, mas é imprescindível que exista um quadro jurídico próprio, a alteração estatutária, para poder concretizá lo. Ou seja, quando hoje dizemos que os enfermeiros das Unidades de Saúde Familiar devem ser enfermeiros de família, é necessário dar suporte a este percurso que permitirá a aquisição de competências, o suporte formativo para tal. Ser enfermeiro de família é ter competências acrescidas às que os colegas têm enquanto enfermeiros de Cuidados Gerais. Um modelo deste tipo também permitiria ser ele o suporte à dinâmica das próprias alterações das organizações. E simultaneamente as organizações ficariam mais ricas. Se assim não for, é difícil que as reformas em curso pelo Ministério possam avançar. ROE As eleições de Dezembro de 2007 foram as primeiras em que existiram vários candidatos a Bastonário e onde houve alguma polémica com o processo eleitoral. O que tem a dizer sobre este assunto? Sr.ª Bastonária A participação na vida da Ordem também se manifesta por esta via e, portanto, considero que foi positiva a existência de várias candidaturas a Bastonário, assim como a apresentação das várias listas que surgiram para os órgãos regionais. Deveremos ser capazes de entender estes espaços como espaços de discussão de ideias, de apresentação de projectos, de definição de perspectivas de futuro e que isso permita aos enfermeiros que participam nas eleições poderem escolher em função do que desejam para a profissão porque é esta a nossa área de responsabilidade. No que concerne ao pedido de impugnação das eleições formulado pelos restantes candidatos, em primeiro lugar, é preciso não esquecer que o órgão que tem responsabilidade de actuar sobre essa matéria é a Mesa da Assembleia Geral da OE. Ao Conselho Directivo cabe a responsabilidade de disponibilizar os meios que forem solicitados pela Mesa da Assembleia Geral, e assim o fez. Existem direitos consagrados e, por isso, qualquer membro que considere que o processo não correu devidamente ou que se sinta lesado deve, efectivamente, accionar os meios que tem ao seu alcance, e foi isso que aconteceu. Mais tarde, e enquanto Presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, fui informada de que o Tribunal Administrativo não aceitou o pedido de impugnação. ROE Qual é o balanço que faz dos primeiros seis meses deste novo mandato? Sr.ª Bastonária O balanço que faço do primeiro semestre é globalmente positivo, pois as grandes opções de trabalho que delineámos para este primeiro ano de mandato e que fazem parte do plano de acção que foi escrutinado no acto eleitoral foram cumpridas, tendo se atingido os objectivos definidos, não obstante as dificuldades que herdámos e que se fizeram sentir no início do mandato. Principiámos este mandato com um objectivo importante no que diz respeito ao ensino da Enfermagem: apesar dos insistentes pedidos de audiência formulados no mandato anterior ao Prof. Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para debater a adequação do processo de Bolonha ao ensino da Enfermagem, tal só veio a ocorrer no início do actual mandato. Também é preciso lembrar que iniciámos este mandato sem grande disponibilidade, por parte do Ministério da Saúde, para se fazer a discussão do Modelo de Desenvolvimento Profissional e sua consequente revisão estatutária, e que obtivemos um compromisso claro, da senhora Ministra da Saúde, no passado dia 18 de Setembro. Da mesma forma, este mandato iniciou se sem nenhuma perspectiva de desenvolvimento da reconfiguração da reforma dos centros de saúde com excepção feita às Unidades de Saúde Familiar e com bastantes lacunas na implementação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Também entrámos neste mandato com a questão das dotações seguras pendente em relação ao ano passado.

11 Entrevista Notícias Quando o Prof. Correia de Campos foi substituído pela Dr.ª Ana Jorge, o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros formulou um dossiê sobre todas as matérias que tínhamos em «cima da mesa» com o Ministério. No final de Fevereiro, transmitimos à senhora Ministra a necessidade absoluta de assumir politicamente que as matérias em questão eram de importância vital para os enfermeiros, mas também para a globalidade do sistema de saúde. Nesta primeira reunião, a Dr.ª Ana Jorge concordou com a OE e considerou que os assuntos constantes desse dossiê tinham importância transversal, pelo que remeteu para os senhores secretários de Estado o debate e desenvolvimento do dossiê apresentado pela OE. Até ao final do primeiro semestre deste ano, reunimos várias vezes quer com o Dr. Manuel Pizarro, quer com o Dr. Francisco Ramos. Trabalhámos em conjunto o modelo organizacional proposto pela OE para a Unidade de Cuidados na Comunidade, trabalhámos a questão das dotações seguras apesar de ainda estarmos a aguardar uma resolução nesta matéria por parte da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), trabalhámos as questões relacionadas com os Cuidados Continuados, nomeadamente no que é a coordenação da referenciação das pessoas para a rede. Também tivemos reuniões de trabalho com a ACSS sobre as orientações para os Sistemas de Informação em Saúde / Sistemas de Informação em Enfermagem (SIS/SIE). Devo acrescentar que a OE criou uma comissão de acompanhamento para a área dos Cuidados Continuados, a exemplo do que fizemos para a reforma dos Cuidados de Saúde Primários. Já verificámos que nem sempre o que é referenciado corresponde à tipologia de cuidados de que a pessoa necessita. Além disso, sabemos que a média de enfermeiros nas unidades de convalescença rondará os 15 elementos, maioritariamente em tempo parcial o que perfaz oito enfermeiros a tempo inteiro, número manifestamente insuficiente para elaborar e assegurar uma escala permanente. Nas unidades de média e longa duração, o tempo verificado corresponde a quatro enfermeiros a tempo inteiro, o que revela uma situação ainda mais dramática. Ora, uma rede que pretende ter como finalidade última garantir e potenciar ao máximo a reabilitação das pessoas e o desenvolvimento das suas potencialidades para poder regressar o mais rapidamente possível aos seus contextos de vida, em breve teremos situações concretas que irão traduzir as implicações de uma desadequada afectação de recursos humanos de Enfermagem. Também tivemos uma audiência com o senhor Primeiro Ministro, Eng. José Sócrates, que serviu para apresentar cumprimentos, mas que acabou por coincidir com a necessidade de resolver a discriminação existente entre os médicos e o restante pessoal, no que diz respeito às USF e à atribuição de incentivos e recompensas por bom desempenho. Esta audiência permitiu verificar que um tema deste tipo tem implicações na qualidade dos cuidados, aspecto em que a OE tem intervenção. Com o senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi nos transmitido que, nesta fase, não há condições para fazer uma adequação a Bolonha diferente da que está a ser implementada pelas escolas. Mas houve o compromisso de reequacionar esta questão no quadro de um plano estratégico para o ensino da Enfermagem (2008 / 2012), que foi entregue ao Prof. Mariano Gago no início do segundo semestre de Aguardamos o início da sua discussão e tudo faremos para que este compromisso político tenha expressão prática. Estou convicta de que haverá da parte dos responsáveis políticos a assunção dos compromissos que assumiram. Há uma efectiva tendência para deixar correr o tempo, o que temos sistematicavera vidigal

12 10 Entrevista Notícias mente procurado inverter. Isso resultou no acelerar da discussão da alteração estatutária que, de acordo com o compromisso assumido pela Ministra da Saúde, é previsível que seja levada, em Dezembro, a Conselho de Ministros. Mas as restantes matérias estão muito atrasadas. No que respeita à Unidade de Cuidados na Comunidade, as experiências- piloto, que, de acordo com o Dr. Manuel Pizarro, deveriam ter avançado em Setembro, ainda não estão no terreno, nem estão clarificadas as necessárias condições para a apresentação de candidaturas. Sobre as dotações e perspectivas de reforço de enfermeiros, continuamos sem nenhum dado objectivo. Relativamente aos SIS/SIE, continuam a não ser cumpridos os compromissos. ROE Qual é o balanço que faz destes 10 anos da OE? Sr.ª Bastonária O Conselho Directivo da OE considera como positiva a decisão de celebrar os 10 anos. São formas de irmos fazendo jus à história. Cabe a todos perceber que há um percurso feito e que só é positivo fazermos jus à história, se nos comprometermos com o presente, para construir o futuro. O próprio lema dos 10 anos, «Pela Qualidade da Saúde», é a razão de ser última da Ordem dos Enfermeiros. Há 10 anos, o Estado e a sociedade portuguesa, em geral, reconheceram que a auto regulação profissional é a melhor forma de garantir a qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos. E como os cuidados de Enfermagem são um pilar fundamental da globalidade dos cuidados de saúde, estes 10 anos tiveram limitações, mas foram, indiscutivelmente, 10 anos de construção. As pessoas que compõem os actuais órgãos da OE têm este legado e é neste pilar que vamos continuar a assentar o nosso trabalho, a nossa perspectiva de desenvolvimento e, portanto, garantir o futuro. ROE Que implicações tem para a OE e para a Enfermagem portuguesa a candidatura da Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da OE, ao Conselho Directivo do ICN? Sr.ª Bastonária A votação ocorrerá somente em Junho de 2009, no Congresso de Durban, na África do Sul. Decidi candidatar me após uma análise feita com colegas portugueses e de outros países. Quando se colocou a hipótese de ter alguém de Portugal no Conselho Directivo do ICN, considerei que, se assim fosse entendido, estaria disponível para o fazer, podendo, deste modo, dar o contributo da Enfermagem portuguesa para a Enfermagem no mundo e vice versa colher os contributos de muitos que no mundo procuram que a Enfermagem seja cada vez mais uma disciplina e uma profissão por todos reconhecida como imprescindível para a melhoria dos cuidados de saúde. A Enfermagem portuguesa tem um percurso muito rico no que toca ao ensino, à regulação profissional, à sua história, ao seu desenvolvimento e à sua implementação no seio das profissões. Tive o privilégio de ser agente activo no percurso da profissão nos últimos 30 anos. Por isso, entendo que a este privilégio acrescem responsabilidades nos momentos em que é necessário responder. Por outro lado, sendo a OE um órgão regulador, penso que poderá dar um contributo importante, uma vez que a maioria das organizações filiadas correspondem a associações de cariz mais socioprofissional. É preciso não esquecer que Portugal tem um modelo de filiação onde, sendo a OE um dos membros, a representação é feita pelo FNOPE (onde participam as associações de enfermeiros e os sindicatos que aderiram). Esta é também uma nova experiência no ICN que é muito positiva. ROE Se for eleita, quais serão os principais desafios que irá encontrar no Conselho Directivo do ICN? Sr.ª Bastonária Estou convicta de que os grandes desafios serão de como seremos capazes de contribuir para a redução das desigualdades existentes no mundo, sendo que vivemos numa sociedade globalizada, do ponto de vista económico, e desregulada, do ponto de vista social. Os cuidados de Enfermagem estão intimamente relacionados com as necessidades básicas das populações e, portanto, os enfermeiros vão ser chamados a representar papéis mais decisivos no futuro. Tudo para que, no futuro, se possa deixar de ter países onde, apesar de os cuidados serem maioritariamente prestados por enfermeiros, são Estados onde existem em menor número para os poder prestar. oe

13 Notícias 11 Mandato 2008 / 2011 Tomada de posse dos novos órgãos da OE O Fórum Lisboa (antigo Cinema Roma) foi o local escolhido para a realização da cerimónia de tomada de posse dos Órgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros (OE) eleitos para o mandato de 2008 / A sessão teve início pelas 15 horas de 26 de Janeiro de Depois de a Enf.ª Ana Sara Alves de Brito ter sido reempossada como Presidente da Mesa da Assembleia Geral da OE, foi a vez da Enf.ª Maria Augusta Sousa tomar posse para o seu segundo mandato como Bastonária. Foi na presença de cerca de 500 enfermeiros, do Dr. Francisco Ramos na altura Secretário de Estado da Saúde e actual Secretário de Estado Adjunto e da Saúde e de outros representantes políticos da Saúde e do ensino superior, que a Enf.ª Maria Augusta Sousa tomou posse, pela segunda vez consecutiva, como Bastonária da OE. Numa cerimónia que começou com uma pequena introdução a cargo da Enf.ª Ana Sara Alves de Brito e com a agradável actuação de um quinteto de cordas, a Enf.ª Maria Augusta Sousa assinou o seu auto de posse e foi saudada por todos os presentes, em especial pelos presentes na Mesa de Presidência. Seguiu se o discurso da reempossada Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, que começou por deixar «um voto de profundo agradecimento a todos os que depositaram confiança em nós para representar a Enfermagem portuguesa e trilhar um caminho que a todos diz respeito». Os agradecimentos estenderam se «a todos aqueles que colaboraram com a Ordem dos Enfermeiros desde o primeiro minuto», em especial aos colegas que integraram os Órgãos Sociais no mandato de 2004 / «Enquanto Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, tentarei dar voz aos problemas que os colegas hoje enfrentam nas instituições de saúde. Perspectivando o futuro, alertarei os responsáveis políticos da Saúde, os cidadãos e os nossos parceiros para as implicações que decorrem de certas realidades e que se manifestarão na saúde dos portugueses e na qualidade e segurança dos cuidados de Enfermagem», afirmou a Enf.ª Maria Augusta Sousa na sua mensagem aos participantes na cerimónia. Enf.ª Maria Augusta Sousa no momento em que tomou posse como Bastonária da OE. Ao lado, a Enf.ª Alves de Brito, Presidente da MAG da OE «Afirmarei sempre que a Ordem e os enfermeiros, como sempre o demonstraram, estão disponíveis e desejam participar, de forma activa em todas as transformações no nosso Sistema de Saúde que garantam a melhoria do acesso aos cuidados de saúde pelos portugueses. Mas é também claro para nós que isto implica um efectivo reconhecimento da mais valia que os cuidados que prestamos representam no conjunto dos cuidados de saúde, o que não se compadece com a sistemática inexistência desse reconhecimento nas instituições e nas condições que nos são oferecidas para a prática profissional», continuou. «Entendemos, sobretudo, que o Sistema de Saúde Português não pode assentar no desmantelamento e na desregulação do SNS, sob pena de vermos alargada a franja de portugueses que serão excluídos do acesso aos cuidados», salientou. Na cerimónia, também tomaram posse os restantes elementos dos Órgãos Sociais nacionais da OE, bem como os Órgãos Sociais regionais das secções regionais do Norte, Centro e Sul. Dias mais tarde, a 29 e 31 de Janeiro, respectivamente, realizaram se as cerimónias de tomada de posse dos Órgãos Sociais das secções regionais das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. oe vera vidigal

14 12 Notícias Comemorações do 10.º aniversário Pela qualidade da Saúde Volvidos 10 anos após a publicação em Diário da República do diploma que criou a Ordem dos Enfermeiros (OE), o Conselho Directivo aprovou um conjunto de iniciativas conducentes a assinalar, junto dos membros e do público em geral, o 10.º aniversário da OE. «Pela Qualidade da Saúde» foi o lema escolhido para as comemorações de uma efeméride que demonstra a juventude e o dinamismo da instituição, mas também o percurso nitidamente traçado pelos Órgãos da OE, ao longo da última década. Como não poderia deixar de acontecer, as comemorações tiveram início no dia 21 de Abril de 2008, data em que se completaram 10 anos após a publicação do Decreto lei n.º 104/98. E num dia dedicado à Ordem, mas também à discussão da Saúde em Portugal, as comemorações tiveram início com um almoço- debate em que, além da Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, estiveram presentes a Dr.ª Maria de Belém Roseira, Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, o Prof. Constantino Sakellarides, Director da Escola Nacional de Saúde Pública, e o Dr. Jorge Varanda, Administrador Hospitalar e do Grupo de Saúde do PSD. No encontro, que contou igualmente com a presença de jornalistas, foi debatida a necessidade de dotar o Serviço Nacional de Saúde com maior número de enfermeiros, uma vez que os rácios verificados estão abaixo da média europeia e da OCDE. De acordo com a Enf.ª Maria Augusta Sousa, o investimento em recursos humanos deveria ser especialmente significativo nos Cuidados de Saúde Primários, onde as carências são mais evidentes. A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros salientou ainda a importância de se apostar noutro tipo de cuidados de proximidade, como os Cuidados Continuados, e na definição da rede de transporte de doentes e do pré hospitalar. A Enf.ª Maria Augusta Sousa salientou, ainda, o Modelo de Desenvolvimento Profissional proposto pela OE, o qual iria facilitar a integração dos jovens profissionais nos serviços e permitir uma certificação de competência por parte da OE. Por sua vez, a Dr.ª Maria de Belém Roseira sublinhou a afirmação da imprescindibilidade da profissão trazida pela OE e reafirmou: «os profissionais e os serviços devem trabalhar para que necessidades do cidadão fiquem satisfeitas ( ). É indispensável que o País recupere o investimento que faz nos seus recursos humanos». Já o Prof. Constantino Sakellarides centrou as suas intervenções nos desafios que a mudança traz. «Hoje, os cidadãos gerem informação sobre saúde» e os profissionais, as instituições de saúde e outras organizações devem ter isso em conta. O Dr. Jorge Varanda defendeu que «o País está distraído no que respeita à segurança dos doentes, e as ordens têm aqui um papel fundamental». Homenagem aos precursores Ao final da tarde do dia 21 de Abril, a Estufa Fria, em Lisboa, foi palco da cerimónia que oficializou o início das comemorações do 10.º aniversário. Depois de uma pequena introdução a cargo do Enf. Júlio Branco, membro do Conselho Directivo responsável pelas comemorações do 10.º aniversário, o evento incluiu um debate sobre «O contributo da Ordem dos Enfermeiros para o desenvolvimento social a visão da sociedade civil». Sob a coordenação da jornalista Fernanda Freitas, os intervenientes no debate a Enf.ª Maria Augusta Sousa, o Dr. João Soares, Deputado e ex Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e a Dr.ª Maria José Nogueira Pinto, Jurista e ex Deputada do CDS PP salientaram vários aspectos relacionados com a existência da Ordem e a evolução da Enfermagem em Portugal. Uma retrospectiva histórica com especial incidência no I Congresso Nacional de Enfermagem (1973), a integração da Enfermagem no Ensino Superior (1988), a publicação do REPE (1996)

15 Notícias 13 arquivo OE arquivo OE J. Garcia Enf.ª Mariana Diniz de Sousa, primeira Bastonária da OE, durante a sua intervenção na cerimónia de 21 de Abril Vista global da mesa-redonda moderada pela jornalista Fernanda Freitas na cerimónia da Estufa Fria Visita da senhora Bastonária ao Centro de Saúde de Santa Comba Dão DIE 2008 e do Decreto lei n.º 104/98, e para os lemas dos três mandatos dos Órgãos da OE estiveram no centro da intervenção da Bastonária da Ordem dos Enfermeiros. Já o Dr. João Soares prestou uma homenagem à profissão, realçando a «afirmação dos valores da qualidade e da solidariedade que está na base do trabalho dos enfermeiros portugueses». Por último, a Dr.ª Maria José Nogueira Pinto falou nas mudanças em curso na Saúde e na necessidade de os enfermeiros (e outros profissionais) se adaptarem às mesmas. Durante a cerimónia, foi feita uma homenagem aos enfermeiros que estiveram na génese da Ordem ou que fizeram parte da Comissão Instaladora, bem como aos funcionários que completaram 10 anos de vínculo. Antes do final, ainda houve oportunidade para ouvir a Enf.ª Mariana Diniz de Sousa, primeira Bastonária da OE, e a Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde. A detentora da pasta da Saúde afirmou que «a Saúde faz se com equipas multidisciplinares» e que a «proactividade da Enfermagem» faz dela «uma das profissões mais importantes da Saúde». Por isso, é importante «reforçar a capacidade de trabalhar em conjunto: se cada um desempenhar as suas funções e as suas competências, teremos ganhos em saúde». Neste dia, foi dada a conhecer aos participantes na cerimónia a brochura «Enfermagem em Portugal Ordem dos Enfermeiros 10 anos» (disponível no site da OE). Este documento foi produzido pela OE para assinalar esta efeméride, fazendo um resumo sobre o percurso da Enfermagem nacional, um balanço sobre o estado da Saúde em Portugal e uma breve apresentação da Ordem dos Enfermeiros. Foi igualmente divulgado um tríptico com o programa das comemorações. Dia Internacional do Enfermeiro 2008 No dia 12 de Maio, comemorou se o Dia Internacional do Enfermeiro (DIE), uma efeméride integrada, este ano, nas comemorações do 10.º aniversário da OE. Considerando o tema escolhido pelo Conselho Nacional de Enfermeiros (ICN) «Servir a comunidade e garantir qualidade: os enfermeiros na vanguarda dos Cuidados de Saúde Primários» o programa das comemorações integrou visitas ao Centro de Saúde de Alvalade (Lisboa) e de Santa Comba Dão, onde os enfermeiros das duas unidades tiveram oportunidade de apresentar vários projectos de Enfermagem. Nesse dia também foi apresentado à comunicação social a proposta de Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), uma das vertentes da reforma dos Cuidados de Saúde Primários. Num pequeno almoço com jornalistas, a Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, apresentou, na presença do Dr. Manuel Pizarro, Secretário de Estado da Saúde, as linhas gerais de uma unidade que visa prestar cuidados multidisciplinares de proximidade e que será coordenada por enfermeiros. Articular respostas em termos de intervenção comunitária, fazendo o levantamento, a identificação e o acompanhamento das situações em que haja necessidades específicas de cuidados, com vista à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a obtenção de ganhos de saúde a médio e longo prazo é o objectivo que preside ao modelo de UCC proposto pela OE. Na altura, o Dr. Manuel Pizarro adiantou que seria constituído um grupo de trabalho conjunto (Ministério / OE) para preparar a implementação de experiências-piloto em alguns centros de saúde do País. Estas experiências-piloto deveriam ter começado a funcionar até ao final de 2008, mas com a criação dos ACES

16 14 Notícias (Agrupamentos de Centros de Saúde) agendada para Janeiro de 2009 e com a definição de que a constituição das UCC será voluntária (e, por isso, sujeita a candidaturas), o processo sofreu algum atraso. Durante este pequeno almoço, e perante o alerta deixado pela Enf.ª Maria Augusta Sousa de que é necessário criar condições para a implementação das UCC e de que os enfermeiros actualmente nos centros de saúde não são suficientes para cobrir a formação das novas unidades o governante afirmou que serão criadas condições para que estas equipas avancem, nomeadamente no que diz respeito ao reforços de recursos humanos. À tardinha, a Secção Regional do Centro da OE, em Coimbra, recebeu o debate intitulado «Os enfermeiros na reconfiguração dos centros de saúde», organizado em conjunto com o FNOPE. Nele, a Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, apresentou a proposta da OE para a UCC, o Enf. José Carlos Martins, Coordenador Nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, abordou as implicações sociolaborais da reforma dos centros de saúde, e o Enf. Belmiro Rocha, falou sobre a forma como as associações de enfermeiros vêem as alterações em curso, nomeadamente as questões relacionadas com as chefias de Enfermagem. O programa do DIE 2008 terminou, à noite, em Sintra. A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros marcou presença no jantar / conferência que entregou o Prémio de Investigação Mariana Diniz de Sousa uma iniciativa da Secção Regional do Sul da OE à Enf.ª Vanda Veiga Pereira. Ainda a propósito do Dia Internacional do Enfermeiro 2008 e do 10.º aniversário da Ordem dos Enfermeiros, foi produzido um spot de rádio sobre a natureza e a proximidade dos cuidados de Enfermagem. Esse spot foi transmitido, em vários horários, na Rádio Renascença e no Rádio Clube Português, nos dias 11 e 12 de Maio. Em simultâneo, foram produzidos e colocados em várias capitais de distrito, junto de unidades hospitalares, pendões alusivos às duas efemérides. IX Seminário de Ética e ciclo de debates A edição deste ano do Seminário de Ética, uma iniciativa do Conselho Jurisdicional da OE, também foi integrada no programa de comemorações do 10.º aniversário. Assim, a 26 de Setembro último, o Grande Auditório da Faculdade de Ciências de Lisboa recebeu centenas de enfermeiros que ouviram um conjunto de prelectores de renome abordar assuntos relacionados com o tema «10 anos de Deontologia Profissional 60 anos de Direitos Humanos» numa alusão ao aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Outra actividade do Conselho Jurisdicional que este ano foi incluída nas celebrações do nascimento da OE foi o ciclo de debates. Com início a 30 de Outubro, em Lisboa, e final agendado para 20 de Janeiro de 2009, na Madeira, este primeiro ciclo de debates do actual mandato tem percorrido as cinco secções regionais promovendo a discussão em torno da temática «Deontologia Profissional: Casos da Prática Diária». Encarte «Ordem dos Enfermeiros comemora 10 anos» Como meio de dar a conhecer ao público em geral a OE, as comemorações do seu 10.º aniversário e alguns exemplos de boas práticas de Enfermagem, foi produzido, pela empresa Inédia, um encarte denominado «Ordem dos Enfermeiros comemora 10 anos». Esta revista foi distribuída, no Continente, com o jornal Público no dia 27 de Outubro, e nos Açores e na Madeira, a 3 de Novembro, com os jornais regionais. Exposição comemorativa «10 Anos com a Ordem dos Enfermeiros» A 29 de Outubro, no átrio principal do Braga Parque, foi formalmente inaugurada a exposição itinerante intitulada «10 Anos com a Ordem dos Enfermeiros». Entre os vários objectivos desta iniciativa encontra se a necessidade de recordar, junto dos

17 Notícias 15 vera vidigal vera vidigal vera vidigal O IX Seminário de Ética realizou se a 26 de Setembro, em Lisboa Durante a I Conferência de Regulação, assistiu se à abertura da exposição comemorativa em Lisboa por parte do Enf. Rogério Gonçalves, Presidente da Secção Regional do Sul da OE, da Enf.ª Hiroko Minami, Presidente do ICN, e da Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da OE Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde, na sessão de encerramento da I Conferência de Regulação profissionais da Saúde e do público em geral, o trabalho desenvolvido junto dos enfermeiros e dos cidadãos, desde O reforço da proximidade da OE com os seus membros e com os cidadãos justifica o facto de se ter optado por exibir a exposição em centros comerciais e em hospitais. A excepção foi feita no decurso da I Conferência de Regulação (efectuada no Centro de Congressos de Lisboa), onde a exposição foi visitada pela Enf. ª Hiroko Minami, Presidente do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), e na Secção Regional do Sul. A exposição já esteve patente em Vila Real, Coimbra, Viseu, Leiria, Beja e em Almada. A Madeira recebe a exposição em Janeiro, os Açores em Fevereiro e o Porto em Março e Abril de Esta será a única iniciativa da OE que vai estar a decorre até 21 de Abril de 2009, altura em que se assistirá ao encerramento das comemorações do 10.º aniversário. Foi criado um catálogo descritivo da exposição, o qual está a ser distribuído nos locais onde a mesma pode ser visitada. «OE Um Contributo para a Saúde em Portugal» Integrado nas comemorações do 10.º aniversário, a OE realizou um vídeo institucional com o intuito de divulgar a sua história, a sua missão enquanto organismo regulador e o trabalho desenvolvido pelos enfermeiros, no seu dia a dia. O vídeo teve a sua estreia na abertura da I Conferência de Regulação da OE, no início de Dezembro. Este projecto contou com os contributos de várias pessoas que fizeram e / ou fazem parte dos Órgãos da OE, anteriores e actuais responsáveis políticos e uma docente de Enfermagem. I Conferência de Regulação Ao longo de três dias 4, 5 e 6 de Dezembro as atenções de muitos enfermeiros estiveram centradas na I Conferência de Regulação, o último evento do ano a constar do programa das comemorações. Tendo por base o Modelo de Desenvolvimento Profissional proposto pela OE e o trabalho que o Conselho de Enfermagem tem vindo a desenvolver no que diz respeito à sua operacionalização e definição de conceitos, o encontro conquistou o interesse de aproximadamente 400 enfermeiros. Recordamos que na abertura desta conferência esteve presente a Enf. ª Hiroko Minami, que de manhã já tinha participado na cerimónia de encerramento do primeiro curso do Programa Liderança para a Mudança e na inauguração, em Lisboa, da exposição «10 Anos com a Ordem dos Enfermeiros». O encerramento da I Conferência de Regulação contou com a presença da Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde. Relativamente ao Modelo de Desenvolvimento Profissional proposto pela Ordem, a Dr.ª Ana Jorge referiu que efectivamente a OE e o Ministério têm vindo a trabalhar na alteração estatutária da Ordem dos Enfermeiros para que esse modelo possa ser aplicado. A detentora da «pasta» da saúde salientou a concretização de um período de prática tutelada (vulgo internato) para os jovens enfermeiros como um dos aspectos mais importantes do Modelo de Desenvolvimento Profissional. Acrescentamos que os materiais e acontecimentos relacionados com o 10.º aniversário podem ser consultados no site da Ordem dos Enfermeiros ( no espaço em destaque na coluna da direita dedicado aos 10 anos. A criação deste espaço no site foi outro dos objectos conseguidos. oe

18 16 Notícias Resumo das audiências efectuadas Encontros com decisores políticos no início do novo mandato O início de um novo mandato implica a apresentação de cumprimentos formais do novo Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros (OE) aos representantes máximos dos órgão de soberania e outros responsáveis políticos. Foi isso mesmo que aconteceu nos primeiros meses de 2008, sendo que em algumas situações houve mesmo reuniões de trabalho subsequentes. Apresentamos um breve resumo dos encontros efectuados. Audiências na Assembleia da República A 22 de Fevereiro, a OE foi recebida em audiência pelo Presidente da Assembleia da República (AR), Dr. Jaime Gama. Além da Enf. ª Maria Augusta Sousa, Bastonária, estiveram presentes na audiência os Vice presidentes da Ordem, Enf. Jacinto Oliveira e Enf. ª Teresa Oliveira Marçal. Depois de apresentar cumprimentos em nome dos Órgãos Sociais recentemente eleitos, a comitiva deu a conhecer ao Presidente da AR as prioridades de trabalho da OE para o presente mandato (2008 / 2011). Falou se ainda sobre as preocupações da Ordem relativamente às políticas de saúde e sobre a necessidade de impulsionar os contributos da Enfermagem para a melhoria dos cuidados prestados aos cidadãos. Nessa mesma semana, a direcção da OE foi recebida por representantes dos vários partidos com assento parlamentar. Audiências com a Ministra da Saúde Uma semana depois, a 27 de Fevereiro, a OE reuniu em audiência com a recém empossada Ministra da Saúde, Dr.ª Ana Jorge. Na reunião, foram abordadas diversas temáticas relacionadas com a reforma do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a construção da Rede de Cuidados Continuados e a reorganização dos Cuidados de Saúde Primários. Estiveram ainda em destaque a necessidade de garantir serviços com dotações seguras de profissionais (nomeadamente de enfermeiros) e a aplicação do Modelo de Desenvolvimento Profissional aprovado em Assembleia Geral da OE. Na sequência da reunião realizada a 2 de Julho pelo Conselho Directivo, a OE solicitou uma audiência urgente à Dr.ª Ana Jorge, a qual se realizou no dia 30 de Julho e contou com a presença do Dr. Francisco Ramos, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde. O tema central foi a alteração dos Estatutos da Ordem dos Enfermeiros, em que se prevê a criação de um internato após a conclusão da licenciatura em Enfermagem e a aplicação de um sistema de certificação de competências dos enfermeiros, implementado no âmbito de um percurso de desenvolvimento profissional estruturado e conducente à especialização. O dia 18 de Setembro ficou marcado como o dia em que o Ministério da Saúde deu o seu apoio à revisão estatutária da OE. Da parte da Dr.ª Ana Jorge e do Dr. Francisco Ramos houve um compromisso claro no sentido do Ministério viabilizar a revisão estatutária e a aplicação do Modelo de Desenvolvimento Profissional proposto pela Ordem, os quais implicam, entre outros aspectos, a criação de um ano de transição entre o percurso académico e a entrada na profissão dos jovens licenciados. O Ministério da Saúde comprometeu se a levar a Conselho de Ministros, até ao final de Dezembro de 2008, uma proposta que criará as condições legislativas para a viabilização da revisão estatutária da OE. Com esta decisão, foi dado o primeiro passo para a criação de instrumentos que assegurem o desenvolvimento e a melhoria da regulação profissional por parte da OE. Audiência com o Primeiro Ministro No dia 7 de Março, a OE foi recebida em audiência pelo Primeiro- Ministro, Eng.º José Sócrates. Além da Enf.ª Maria Augusta

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20 18 Notícias Sousa, estiveram presentes na audiência a Ministra da Saúde e os Vice presidentes da Ordem. Depois da tradicional apresentação de cumprimentos, a OE abordou temáticas como a necessidade de ter dotações seguras de profissionais nos serviços de saúde; a reforma global dos Cuidados de Saúde Primários; a implementação da Rede de Cuidados Continuados; a reorganização e requalificação das urgências; e o Modelo de Desenvolvimento Profissional dos enfermeiros. No decurso da reunião, foi dada a garantia, por parte do Governo, de maior envolvimento dos enfermeiros no desenvolvimento de soluções para os problemas que afectam o Sistema de Saúde. O Primeiro Ministro assumiu o compromisso de reforçar as dotações de profissionais nomeadamente enfermeiros de acordo com as necessidades dos serviços de saúde, bem como de impedir que jovens enfermeiros fiquem no desemprego. Reconheceu ainda que as equipas multidisciplinares não podem funcionar adequadamente se os critérios para atribuição de incentivos não forem semelhantes para os vários profissionais envolvidos. Audiência com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior A audiência com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Mariano Gago, no dia 24 de Março, teve como objectivo debater questões como a adequação do Ensino Superior ao Processo de Bolonha e as suas implicações no ensino de Enfermagem, bem como a necessidade de reorganizar a oferta formativa em Enfermagem. No que diz respeito à adequação do ensino superior ao Processo de Bolonha, o Prof. Mariano Gago afirmou que a legislação em vigor não permite, neste momento, mais do que a consolidação do ensino de Enfermagem num 1.º ciclo de 240 créditos (quatro anos). A estabilização deste quadro permitirá, no seu entender, a manutenção das competências que, desde 1999, são objecto do ensino da Enfermagem. Por seu lado, a Ordem defendeu que esta posição só pode ser equacionada caso seja aceite um plano estratégico para o ensino da Enfermagem, no qual aquela situação seja considerada uma etapa. Reuniões com os Secretários de Estado do Ministério da Saúde Conforme ficou acordado na audiência com a Ministra da Saúde de 27 de Fevereiro, o Dr. Manuel Pizarro e o Dr. Francisco Ramos estiveram reunidos com a Ordem no dia 14 de Março. O encontro com o Dr. Manuel Pizarro serviu para debater a reforma dos Cuidados de Saúde Primários, mais concretamente a implementação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e do «Enfermeiro de Família». Com o Dr. Francisco Ramos foram analisadas as questões relativas aos Cuidados Continuados Integrados, dotações seguras dos serviços de saúde e o Modelo de Desenvolvimento Profissional dos enfermeiros. Para dar seguimento aos compromissos assumidos pelo Ministério da Saúde, na reunião de Março e de Setembro, a OE voltou a reunir com os Secretários de Estado da Saúde em Junho e Novembro. Audiência com o Presidente da República No dia 1 de Julho, a OE foi recebida em audiência pelo senhor Presidente da República, o Prof. Aníbal Cavaco Silva. O primeiro encontro entre a Presidência da República e a OE, no actual mandato, teve como ponto principal dar a conhecer ao Chefe de Estado português as principais preocupações da Ordem relativamente à política de Saúde actualmente em vigor. No encontro, a Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária da OE, congratulou o Prof. Aníbal Cavaco Silva por ter aceite presidir a Comissão de Honra das Comemorações do 10.º Aniversário da OE. Ainda no que diz respeito ao ensino da Enfermagem, a Ordem informou a Presidência da República da preparação de um Plano Estratégico para o Ensino de Enfermagem, em conjunto com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, e da sua importância para o desenvolvimento da disciplina e da profissão. O senhor Presidente mostrou se interessado na rede de oferta formativa, interrogando se sobre a adequação da sua dimensão para a construção de uma plena dimensão crítica e de qualidade. oe

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