Ceia Nacional de Santo André de 18/06/2016 Discurso da Coroa

Transcrição

1 Ceia Nacional de Santo André de 18/06/2016 Discurso da Coroa Ao proferir o meu primeiro Discurso da Coroa, como Vice- Rei de Maconge, não posso deixar de começar por lembrar o meu Pai, o Rei Fundador, que há muitos anos me trouxe para o Reino, sempre a acreditar que um dia haveria uma razão maior para isso, que eu não percebia então. Não imaginava que um dia pudesse prestar-lhe homenagem como um dos seus sucessores. Tenho a certeza de que ele, todos os Fundadores e muitos dos Maconginos que também já partiram, onde estiverem, sorriem e aplaudem. Também D. Olavo lá estará, com eles, de cabeleira branca e olho azul, com uma lágrima de emoção no canto. E D. Mário, que me passeava, e aos meus irmãos, meninos e moços, num enorme Chevrolet vermelho, pelas ruas de Sá da Bandeira. Maconge vai continuar.

2 Maconge, que se estende a todas as regiões e locais onde se encontre um Macongino (repito, onde se encontre UM Macongino). Conto com todos os Maconginos, os que votaram e os que não votaram, os que votaram em mim e os que não votaram. Conto com todos. E todos podem contar comigo. Todos os Maconginos, por igual. São Maconginos, de acordo com a nossa lei fundamental, e desde, pelo menos, 1972, todos os que aceitem e observem os princípios fundamentais do Reino e que sejam antigos estudantes do Liceu Diogo Cão, todos os estudantes de qualquer estabelecimento de ensino secundário, médio ou superior da Huíla, todos os que já tenham sido ou venham a ser considerados como Maconginos pelo Rei ou pelos Vice-Reis, e ainda os cônjuges e descendentes de todos eles. Assim se abriram as portas do Reino, com o objectivo estratégico de lhe proporcionar crescimento e perenidade. O Reino continua, mas deve adaptar-se e renovar-se para enfrentar os desafios dos novos tempos. Sei que a minha eleição se deve a uma aposta no Futuro, e sei que as expectativas são altas.

3 Não vou desiludi-los. Como não vos iludi quanto ao essencial do que penso e que deixei escrito, dito e feito desde Há e haverá discordâncias, vozes contra e vozes a favor. Não espero unanimidades. O que espero é que as discordâncias não sejam escondidas nem envoltas em mexericos, insultos ou ofensas. Que sejam ditas, escritas, manifestadas frontal e serenamente. Espero por elas, e elas serão ouvidas e ponderadas com igual respeito e serenidade. Todos os Maconginos têm o direito de discordar, de mim ou uns dos outros, mas com Fraternidade e elevação. Apresentei um Programa de Candidatura a Vice-Rei que agora se torna no esboço de um Programa de Governo do Reino. É por aí que irei, e mais além, disponível para acolher soluções e medidas melhores. Desafiem-me, contradigam-me. Ouvirei todos os que quiserem falar, pessoalmente, por telefone, por , como entenderem. Teremos agora o período de férias de Verão que transforma os meses de Julho e Agosto em tempos difíceis para encontros mais alargados, mas propícios à reflexão. Em Setembro terei desenvolvido o Programa de Governo, ponderando os contributos que até lá queiram dar.

4 Terei falado com os Sobas, os Pilares do Reino, incluindo os Duques da Huíla e de Luanda, e terei definido a composição dos órgãos do Estado, Conselho de Estado e Governo, e também dos órgãos de representação administrativa do Vice-Rei, como os Sobas E depois, mais mãos a mais trabalhos! Quero assinalar algumas presenças nesta Ceia que, com todos vós, guardarei para sempre na minha memória. Destaco a minha querida amiga de fresca juventude e que não via há um ror de anos, uma das mais bonitas morenas de Sá da Bandeira, nos nossos verdes 14/15 anos: a Linda Guedes que ali está. Obrigado por teres vindo! Também se reveste de especial signicado para mim a presença da Isabel Moura e Sá, filha do nosso querido e saudoso Vice-Rei D. Olavo. Obrigado por estar aqui! Bem vinda também, pela primeira vez, Carla Chainho. Espero que goste e que volte sempre. Não posso terminar sem deixar de expressar o meu profundo reconhecimento e gratidão a todos os nossos Companheiros que mais de perto me acompanharam no período muito exigente de regência do Reino, incluindo a preparação e realização de todos os passos que nos permitiram chegar aqui. Sem esquecer ninguém, devo destacar os Conselheiros de Estado, que me deram uma grande ajuda e me distinguiram com enorme confiança, bem como D. Diamantino Pereira Monteiro e D. João Costa e Silva, todos os Nobres que votaram no Colégio Eleitoral, todos

5 os Sobas, todos os Presidentes das Assembleias de Voto e todos os Representantes do Conselho de Estado nessas Assembleias. E, naturalmente, todos os Maconginos que votaram. Termino. Feliz e determinado. D. Osvaldo Godinho, Soba de Santo André, Conde da Laje, tomará agora em mãos as praxes seguintes, de celebração dos aniversários de Maconginos e de saudação aos que tão bem nos serviram. E seguir, Maconginos, depois de regalarem o coração e a saudade com uns fados, dediquem-se à estroinice com afã! Viva o Reino de Maconge! GINGA MALAIA