ASPECTOS CRÍTICOS NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS. José Maria Fernandes dos Santos

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1 ASPECTOS CRÍTICOS NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS José Maria Fernandes dos Santos Engº Agrº Pesquisador Científico, Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP , São Paulo SP, Fone: (11) / Fone/Fax: (11) santosjmf@biologico.sp.gov.br O Brasil agrícola devido as suas dimensões continentais, suporta as mais diferentes variedades de cultivos desenvolvidas tanto em terras férteis como naquelas de baixa fertilidade. Estas terras após subtraídas as culturas ou vegetação nativa são recuperadas pela introdução de variedades produtivas a curto, médio ou longo prazo, visando-se como finalidade a produção de alimentos exportáveis ou para consumo interno. Paralelamente a tudo isto, a ocorrência de fatores adversos como plantas invasoras, insetos, ácaros e doenças dentro daqueles mais importantes, procuram sob todos os aspectos e alheiamente contra a vontade de técnicos e produtores, tornarem-se sócios gratuitos em uma luta contínua, cujo resultado freqüente tende para o maior prejuízo do homem. A pesquisa visando se manter sempre na dianteira, desenvolve processos e produtos cada vez mais modernos e eficientes. Entretanto, tradicionalismos, conceitos e paradigmas arraigados profundamente nos produtores rurais, contribuem de maneira contundente, para que os sucessos esperados no uso destas pesquisas na prática sejam sempre inferiores e até frustrantes de modo geral. Preocupações com produtos de preço baixo em detrimento do resultado técnico, equipamentos obsoletos e mal conservados, baixo ou nenhum investimento em treinamento de novas tecnologias são exemplos de paradigmas existentes que dão lugar a interpretações e preocupações sobre o quanto vai ser gasto e não o quanto retornará ou o custo/benefício do investimento efetuado. Com o presente trabalho, visamos posicionar de maneira objetiva, eficiente e permanente os fundamentos e tecnologias mais recentes, mostrando rumos a serem considerados, preconceitos e erros a serem substituídos por práticas mais eficientes e econômicas a serem implantadas no segmento de uso de defensivos agrícolas. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS Todas as atividades, processos, equipamentos e recomendações relativas a pulverização e aplicação adequada dos defensivos agrícolas, fazem parte de uma nova ciência agronômica, denominada de Tecnologia de Aplicação de defensivos agrícolas, a qual podemos defini-la como: 108

2 Tecnologia de Aplicação: Ciência moderna destinada a desenvolver tecnologias e procedimentos, visando de maneira técnica, segura, eficiente e cuidadosa a aplicação de produtos agroquímicos sobre um alvo biológico definido e indesejável, sem danos à espécie humana, animais e ao meio ambiente. No aspecto prático e técnico do uso geral dos agroquímicos e sob a nova ótica da ciência acima descrita, é essencial e muito importante para os usuários, técnicos e interessados que a utilização correta e segura dos agroquímicos, se fundamenta em dois princípios: a pulverização e a aplicação. Pulverização: Processo físico-mecânico de transformação de uma susbstância sólida ou líquida em partículas ou gotas o mais uniformes e homogêneas possíveis. Aplicação: Deposição em qualidade e quantidade do ingrediente ativo definido de uma formulação, representada pelo diâmetro e densidade (número) de gotas por unidade de área, sobre um alvo desejado. Exemplo: 60 gotas/cm 2 com diâmetro de 120 m (micrômetro). A análise e utilização das definições acima, respondem sob o ponto de vista prático atual os insucessos e conseqüências observadas principalmente no uso dos defensivos agrícolas. Conclusões obtidas nas mais diversas culturas, em diferentes regiões brasileiras e de nossos vizinhos, condições climáticas variáveis e equipamentos mal regulados, demonstram que o maior porcentual dos insucessos ocorridos foram conseqüências do não recebimento ou deposição da dose definida e recomendada para o defensivo e para o alvo a ser atingido ou controlado, como podemos resumir no quadro V a seguir, complementados, pela utilização de sub-doses, misturas incorretas de produtos e alvo a ser controlado em estadio de desenvolvimento inadequado. QUADRO I RECOBRIMENTO 1 OBTIDO COM A APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS EM DIVERSOS CULTIVOS. Cultivos anuais ou plantas baixas Máximo: 50% (Exemplo: soja, algodão, feijão, tomate... ) Árvores ou arbustos alinhados com baixa Raramente acima de 20% densidade de folhas (Exemplo: citros, café, maçã) 1 RECOBRIMENTO: proporção entre o volume total existente no tanque do pulverizador e a quantidade que é depositada (aplicada) sobre o alvo desejado. A baixa eficiência observada no controle de acordo com o quadro V, resultaram dos fatores descritos a seguir: 109

3 Desconhecimentos básicos do processo de geração e deposição das gotas; Bicos de pulverização inadequados ou mal posicionados; Distância ou altura das barras de pulverização incompatível com o tipo de bico em uso; Pressão de trabalho incorreta para o bico em uso; Volumes excessivos ou mal distribuídos sobre o alvo desejado. Os defensivos agrícolas são produtos de origem química com a finalidade básica do controle da população de agentes nocivos ou destruidores das culturas, sem danos à saúde ou ao meio ambiente, visando a melhoria da produtividade para a alimentação de pessoas e animais ou comércio de troca e lucro entre pessoas ou governos. Tecnicamente e na prática quando os defensivos agrícolas forem utilizados indevidamente ou fora das recomendações ou das suas restrições, podem causar danos à saúde de pessoas e animais ou desastres ecológicos gravíssimos. Estudos e experiências exaustivas e contínuas no campo da agronomia, saúde, meio ambiente e manuseio tem comprovado a eficiência e segurança dos defensivos agrícolas quando usados corretamente e adequadamente. Aspectos físicos da deposição das gotas As gotas de pulverização, são geradas e liberadas pelos bicos de pulverização. Este processo resulta da explosão rápida e violenta de um fluxo líquido sob pressão através de um orifício calibrado, gerando uma grande quantidade gotas de diâmetros variados, pesos diferenciados e trajetórias e velocidades diferentes entre si sob maior ou menor influência das condições meteorológicos ambientais, refletindo-se em uma maior ou menor coleta das gotas pelo alvo a ser atingido. Por outro lado, a situação, dimensões ou posição deste mesmo alvo, poderá ou não facilitar a deposição das gotas em superfícies imediatamente abaixo do ponto de geração ou serem desviadas a grandes distâncias ou desaparecerem completamente. A experiência nos tem demonstrado que Gotas finas ou mais leves: Se depositam melhor e mais facilmente nos alvos ou superfícies de deposição verticais e estreitas. Penetram melhor dentro das culturas. São, entretanto, mais sujeitas à derivas mais longas e perdas por evaporação; Gotas grossas ou mais pesadas: Se depositam melhor, naquelas áreas mais largas e posicionadas mais horizontalmente, Facilidade de deposição na parte externa das plantas e grande dificuldade de penetração dentro das culturas. Menor perda por evaporação. Grandes riscos de perdas por escorrimentos. No processo final é desejado que as gotas se depositem em qualidade e quantidade pré definidas e eficientes. Entretanto, como têm comportamento 110

4 diferentes e sob as condições climáticas e de comportamento aerodinâmicos, se depositarão em camadas principalmente no interior das plantas, como explicaremos a seguir na Figura 1 e 2. Fig. 1 e 2 Representação gráfica do direcionamento e deposição das gotas de pulverização sobre um alvo (A) e sobre uma planta (B). Correntes de ar circulando por entre os componentes vegetais das plantas, apresentarão direcionamentos e intensidades diferentes desde o topo até a base daquelas. Se esta corrente de ar, se apresentar saturada de grande quantidade de gotas com diferentes diâmetros e pesos, teremos que: As gotas grossas com maior peso e inércia, não terão condições de se desviar da superfície de impacto, acompanhando o desvio da corrente de ar, depositando-se nas superfícies do primeiro impacto ou externamente às plantas. As gotas médias e finas com menor peso e inércia, acompanharão o desvio das correntes de ar. Estas ao contornarem as bordas da superfície de impacto, sofrerão novo desvio e perda de velocidade. As gotas médias, em função disto e de sua inércia, não terão condições de acompanhar este novo desvio, depositando-se na superfície inferior do obstáculo, ou até mesmo na superfície seguinte mais próxima à primeira. As gotas mais finas, continuarão sua trajetória e sob as mesmas influências anteriores, de forma que cada vez que a corrente de ar for perdendo velocidade e as gotas tiverem uma velocidade inercial maior do que a corrente de ar, haverá a deposição daquelas nestes pontos. Ao contrario do que a grande maioria aceita, acredita e pratica, as gotas de pulverização deverão ser depositadas sobre qualquer tipo de alvo pelo processo de sedimentação, as gotas maiores e mais pesadas se depositarão no topo e próximo a este e a medida que as gotas sejam mais leves se depositarão sucessivamente nas camadas mais abaixo, podendo atingirem até o solo. Efeitos visando que a velocidade terminal ou direcionamento das gotas sejam aceleradas como o uso de condutos de ar em equipamentos terrestres ou vôo muito baixo e próximo à cultura ou solo com aeronaves agrícolas ao 111

5 contrario de melhorar a penetração ou deposição das gotas internamente às plantas, produz o efeito inverso, pois estas gotas, chocando-se com os obstáculos naturais da cultura (folhas, ramos, flores e frutos) e mesmo do solo, serão fracionadas em gotas menores e direcionadas em diferentes sentidos, prejudicando grandemente a sua uniformidade e deposição homogênea e adequada. O processo acima descrito, é contínuo e constante para todo tipo de pulverização ou aplicação de partículas sólidas ou líquidas. Sendo fácil através disto, obtermos a deposição de qualquer agroquímico, dentro ou nas partes mais internas de uma planta ou cultura, bem como: - determinar quanto tempo poderemos manter as gotas de pulverização em suspensão ou carregadas pelas correntes de ar (deriva); - avaliar adequadamente o tipo de bico ou ponta de pulverização, que nos produzirá o tamanho de gota definido em função das dimensões, posições e forma do alvo a ser atingido; - local adequado para a deposição e densidade de gotas desejados mais internamente à cultura. Para se obter a melhor deposição e atingir adequadamente um alvo como insetos, ácaros e doenças ou plantas que se localizem internamente à cultura ou plantas invasoras e infestantes de diferentes alturas, é necessário que se produzam através dos bicos do equipamento de pulverização uma quantidade bastante alta de gotas finas e que estas apresentem uma flutuabilidade (deriva) adequada às condições climáticas locais. Caso não haja a correção adequada do equipamento de pulverização para que as gotas permaneçam o mínimo possível em suspensão no ar até atingir o alvo desejado, poderemos ter como resultado a perda total ou parcial da população de gotas ou até mesmo da pulverização, má ação do produto e necessidade de repetição ou aumento do número de pulverizações. Por outro lado, uma população de gotas muito grossas, apesar de caírem imediatamente, com pouca ou nenhuma perda por deriva, irá ocasionar uma deposição acentuada nas superfícies das plantas, saturando-a e o excesso escorrerá para fora do alvo desejado (exceto aplicações de herbicidas em pré emergência ou sobre o solo). Qualquer das condições acima expostas as consequências negativas finais serão: perdas de produto, tempo e dinheiro. Aspectos físicos das gotas de pulverização Todo processo de pulverização, gera gotas de diferentes diâmetros. Em consequência disto, a avaliação do volume de produto distribuído ou recebido por um alvo, através das gotas, se torna uma tarefa muito difícil e imprecisa. A Tecnologia de Aplicação, procura atenuar este problema, utilizando duas referências de avaliação da efetividade ou obtenção dos resultados adequados da pulverização com os defensivos agrícolas: - Avaliação pelo Diâmetro Mediano Volumétrico (DMV); 112

6 - Avaliação pelo Diâmetro Mediano Numérico (DMN). O diâmetro das gotas é indicado pelo DMV e medido em micrômetro (µ). DMV - É o número que define através do diâmetro das gotas, que 50 % do volume pulverizado está representado por gotas maiores do que o número referenciado e os outros 50 % por gotas menores. DMN - É o número que divide igualmente, sem referenciar o volume, as gotas de pulverização, em 50 % abaixo daquele número e os outros 50 % acima. Uma excelente pulverização ou um equipamento de pulverização é altamente eficiente, quando a relação DMV/DMN se aproxima de 1. O que até o momento não se conseguiu na prática. Os equipamentos que mais se aproximam disto são os do tipo rotativos, trabalhando com volumes relativamente baixos. Entretanto, as gotas geradas por estes equipamentos que exigem a observação e utilização mais precisa e constante da assistência técnica, apresentam muito maior facilidade e ocorrência de derivas e perdas consideráveis, além de dificultarem um ajuste adequado do equipamento durante todo o processo de pulverização e das variações climáticas que ocorrem. Como referencial e apenas para exemplos, daremos a seguir alguns comparativos de tamanhos de gotas: - Névoa úmida: possui gotas com variações de 10 a 15 micrômetros; - Chuva leve: contém gotas entre 100 e 500 micrômetros; - Chuva mais forte: contém gotas entre a micrômetros. Um bico de pulverização de jato plano aplicando 4 litros de um produto, sob a pressão de 40 psi (266 kpa), produzirá gotas com um DMV aproximado de 600 micrômetros. Um bico de pulverização de jato cônico vazio operando nas mesmas condições acima, poderá gerar gotas com um DMV aproximado de 400 micrômetros. Normalmente as gotas mais finas, são conseqüência de aplicações com bicos de orifícios finos e volumes de aplicação reduzidos, sob pressões altas. Inversamente, bicos de orifícios maiores, volumes altos e pressões baixas, têm a tendência de gerar gotas maiores. O DMV é, na realidade, um fator para avaliação da pulverização de maneira estatística. Na prática, consideramos de grande valor, a quantidade de gotas/cm² recebidas e depositadas em coletores especiais, posicionados sobre o alvo desejado e observadas através de uma lupa de 10 aumentos. se a média de gotas depositadas está dentro dos parâmetros descritos no Quadro 2, ou em que ponto está ocorrendo o problema, associando-o ao equipamento ou bicos de pulverização e com isto efetuar a correção necessária. 113

7 De maneira geral e sob o ponto de vista técnico, devemos sempre considerar que uma pulverização é ideal, quando conseguimos obter sobre o alvo de deposição desejado, uma população de gotas finas bastante densa e bem distribuída. Entretanto, alguns fatores podem ter uma influência direta, tais como: - tipo e característica do orifício da ponta de pulverização; - volume de aplicação; - condições climáticas locais; - tipo da formulação; - tipo de solventes mais ou menos voláteis usados na formulação; - modo de operação com o pulverizador; Tipo e característica do orifício da ponta de pulverização Qualquer que seja o pulverizador a ser utilizado, independente deste ser antigo ou moderno, simples ou sofisticados, transportados e acionados manualmente, ou por animais, trator e aeronaves, o bico de pulverização é a sua parte mais importante e em contrapartida a mais negligenciada e poucas vezes corretamente avaliado em relação à quantidade aplicada por área ou por minuto e distribuição homogênea e adequada das gotas produzidas sobre o alvo desejado. Nas pulverizações dos defensivos agrícolas, deverão ser utilizados bicos de pulverização com pontas que produzam gotas as mais homogêneas possíveis e apresentem quando em operação uma distribuição uniforme e precisa do volume escolhido ou desejado. Bicos de pulverização com pontas desgastadas, irregulares ou inadequadas, são responsáveis por perdas de produto e da pulverização em até mais de 50%, ocasionando gastos em reaplicações, descrédito do produto, falsos conceitos ou conclusões de resistência das plantas ao produto além da poluição e agressões ao meio ambiente. A grande variedade de bicos e pontas de pulverização, disponíveis no mercado em relação ao tipo e diâmetro variado de orifícios, permitindo a aplicação dos mais variados volumes de pulverização e padrões de gotas, bem como o pouco conhecimento dos fundamentos da Tecnologia de Aplicação moderna e eficiente e a grande influência de conceitos tradicionais e arraigados entre usuários e técnicos, são responsáveis na grande maioria dos casos pelos insucessos, ou baixa eficiência dos defensivos agrícolas nos mais diferentes tipos de cultivos, regiões agrícolas e do alvo visado. Todo bico de pulverização deverá atender adequadamente a três condições * Definir corretamente o volume a ser aplicado; * Gerar as gotas de maneira mais homogênea e uniforme; * Distribuir as gotas uniformemente sobre o alvo desejado. 114

8 Quadro 2 - parâmetros 1 para volumes de aplicação e padrões de gotas recomendados para diferentes tipos de aplicação de defensivos agrícolas com equipamentos terrestres e aeronaves agrícolas. Tipo de aplicação Características das gotas Volume de aplicação (L/Ha) Diâmetro N.º de Culturas Árvores/Arbustos Aeronaves (DMV)* gotas/cm 2 * baixas (micrômetros = µ) Herbicidas (Pré emergência): Convencionais: 420 a 480 Mínimo a a a 40 Plantio direto: 450 a 550 Mínimo a a a 40 Herbicidas (Pós emergência): Convencionais: 130 a a a a a 30 Sistêmicos/Translocação: 120 a a a a a 30 Cultivo mínimo: 120 a a a a a 30 Fungicidas: Convencionais (contato): 110 a a a a a 50 Sistêmicos/Translocação: 110 a a a a a 50 Emulsionado com óleo: (Ex.: BVO) 110 a a a a a 20 Inseticidas/AcaricidasS: Baixo volume: 110 a 120 Mínimo a 150 Ultra baixo volume: 110 a 120 Mínimo 40 2 a 5 ñ utilizado 2 a 5 Emulsionado com óleo: (Ex.: BVO) 110 a 120 Mínimo a a a 20 Dessec./Matur./Fitoreguladores: 250 a a a 200 ñ utilizado 20 a 30 Eng.º Agr.º José Maria Fernandes dos Santos 2005 Instituto Biológico/APTA. Notas: 1 Os valores citados são função direta do: orifício do bico, pressão, volume de aplicação, viscosidade e densidade da formulação e da calda de Pulverização; 2 Para a adequação dos melhores parâmetros, avaliar localmente: posição e tipo de alvo, densidade de copa e área a ser coberta pelo produto. * - Os valores indicados e recomendados, referem-se às avaliações e coletas efetuadas sobre o alvo biológico desejado e não ao diâmetro da gota gerada à saída do bico em uso. 115

9 A Tecnologia de Aplicação faz a distinção entre bico e ponta de pulverização: Bico: conjunto completo composto de corpo, capa, filtro, ponta ou ponta e difusor, fixado ou em uso em qualquer que seja o equipamento de pulverização utilizado ou referenciado. Ponta: componente simples ou composto do bico de pulverização, onde são definidos o volume, padrão e distribuição das gotas de pulverização geradas. Neste trabalho de maneira geral estaremos sempre citando o termo bico de pulverização como o conjunto completo, considerando-se a utilização dos bicos hidráulicos ou aqueles em que a geração e distribuição das gotas são resultantes da pressão hidráulica produzida por uma bomba, impulsionando um fluxo líquido através de um orifício específico e calibrado. Ao referenciarmos o termo ponta, estamos considerando apenas o componente final do bico e responsável direto pelo qual o líquido é transformado em um jato ou gotas. A nova Tecnologia de Aplicação, classifica a aplicação dos agroquímicos sob dois aspectos, considerando-se o alvo sobre o qual deverão ser depositadas as gotas produzidas: Aplicação em pré emergência; Aplicação em pós emergência. Aplicação em pré emergência A geração e deposição das gotas sobre uma superfície plana como o solo, de maneira a se distribuir o defensivo formando uma espécie de filme protetor, sem ocorrência de superfícies outras que venham a interferir ou bloquear (efeito guarda chuva ) o efeito final desejado. Neste caso enquadram-se as aplicações dos herbicidas de pré-emergência. Para este sistema, são desejáveis a geração de gotas maiores e bicos de pulverização que apresentem uma faixa de deposição mais larga e a projeção das gotas em forma de cortina ou jato plano com baixos deslocamentos laterais e verticais. Classificam-se neste segmento os bicos ou pontas de pulverização denominados de jato plano, anteriormente conhecidos como jato leque. Aplicação em pós-emergência A deposição de gotas sobre e internamente as plantas já germinadas, visando o controle de agentes biológicos nocivos à cultura, é denominada de aplicação de pós-emergência. Para este tipo de aplicação é recomendável e imprescindível a utilização de gotas mais finas e em grande quantidade e que se mantenha em flutuação temporariamente no ar deslocando-se com as correntes aéreas por entre as partes vegetais da cultura até se depositarem como demonstrado através da Figura

10 Para se obter o melhor resultado são adequados e recomendados os bicos ou pontas de jato cônico vazio. Pontas ou bicos de jato cônico cheio não são adequados ou recomendados para este tipo de aplicação, pois, pelo processo, produzirão gotas grossas e em menor quantidade do que os de jato cônico vazio e apresentarão resultados similares as pontas de jato plano, com grandes perdas por escorrimento do produto aplicado sobre as folhas. A seguir apresentaremos uma sequência descritiva dos diferentes tipos de pontas de pulverização para a aplicação dos defensivos em pré e pós emergência das culturas. Pontas de pulverização para aplicações em pós emergência Neste segmento situam-se todas as aplicações onde o defensivo agrícola deverá ser direcionado e aplicado internamente ou principalmente dentro de uma massa foliar, envolvendo a planta em seu todo ou parcialmente, mas de maneira que as gotas geradas se depositem mais internamente do que externamente às plantas, reduzindo consideravelmente o efeito guarda chuva. Tradicionalmente e por conceitos errôneos, em grande parte as aplicações visando a colocação das gotas internamente às plantas ou com defensivos destinados ao controle de alvos biológicos protegidos, em lugares mais escondidos ou em plantas com maior densidade de folhas, são efetuadas com pontas de jato plano, sob a alegação de que em condições de ventos as gotas maiores geradas por estes tipos de bicos, são menos sujeitas a derivas e perdas, como mostrado nas Figuras 1 e 2, resultando por isso ao contrario do que muitos acreditam a deposição das gotas é ineficiente, resultando de maneira feral em maior número de pulverizações, perdas consideráveis por escorrimentos e maiores custos. Os melhores resultados são obtidos com os bicos de jato cônico vazio, sempre escolhidos não somente em relação ao volume desejado mas, principalmente levando-se em conta as variações e índices de umidade relativa do ar, nas áreas a serem pulverizadas. Bicos de jato cônico cheio não devem ser recomendados e principalmente usados, pelo fato de gerarem gotas muito grossas e suscetíveis de escorrimentos, além de apresentarem uma distribuição não homogênea e um espectro de gotas bastante irregular e desuniforme. A seguir apresentamos algumas características dos bicos de jato cônico vazio disponíveis no comércio e recomendadas para as aplicações de pós emergência das culturas. Ponta jato cônico vazio (Conejet): Pressãode trabalho: 60 a 100 psi (400 a 666 kpa) nas aplicações de herbicidas de pós emergência e de 80 a 120 psi (533 a 800 kpa) para inseticidas, fungicidas e acaricidas, com equipamentos tratorizados. 117

11 Pressão de trabalho: 60 a 100 psi (400 a 666 kpa) nas aplicações de herbicidas de pós emergência e de 80 a 120 psi (533 a 800 kpa) para inseticidas, fungicidas e acaricidas, com equipamentos tratorizados. Ângulo do jato: 60 a 80. Espaçamento entre bicos: 50 cm. Altura da barra: mínimo de 50 cm, em relação ao topo das plantas. Espectro de gotas: Fig. 2 (A) Pontas de jato cônico vazio Conejet. Apresentações disponíveis tipo TLX (1) e TX (2) (Spraying Systems). Bastante estreito. Variação muito pequena em relação à variação na faixa das pressões recomendadas. Proporção muito alta de gotas finas bastante homogêneas. Características básicas: Utilizado em condições climáticas muito especiais, devido ao padrão de gotas muito finas. Permite aplicações com volumes muito baixos. Ponta e difusor acoplados como peça única. Variação do padrão de gota efetuada por alteração da pressão ou troca completa da peça. Só permite a aplicação de líquidos sem sólidos em suspensão. Pontas similares Jacto Série JÁ Cerâmica. Série HC Kematal. Ponta de jato cônico vazio (Tipo ponta e difusor): Pressão de trabalho: 80 a 120 psi (533 a 1000 kpa). Ângulo do jato: 65 a 80 Espaçamento recomendado entre bicos: 50 cm. Altura da barra: mínimo 50 cm em relação ao topo das plantas. Fig. 3 (A) Bicos de pulverização de jato cônico vazio da série D e em corte (B). (Spraying Systems). (C) Ponta de pulverização e difusor (core) de jato cônico vazio da série JA e (D) da série HC Kematal. (JACTO). 118

12 Espectro de gotas: Bastante estreito. Distribuição uniforme dentro da faixa de pressão, acima recomendada. Propor-ção muito alta de gotas finas bastante homogêneas. Características básicas: Recomendado para as aplicações onde é necessário, termos grande envolvimento e penetração de gotas na cultura, com volumes relativamente baixos. Distribuição das gotas de forma circular e com grande densidade na periferia da mesma. Possibilidade de variação do padrão de gotas, pela simples combinação de diferentes difusores, mantendose ou não a mesma ponta ou disco. Recomendado para a pulverização com formulações contendo partículas sólidas em suspensão (SC; PM; GRDA). Pontas similares jacto: Série JA (Cerâmica) Série HC (Kematal) REFERÊNCIA DAS PONTAS E DIFUSORES (CORE): Spraying Systems: Pontas: D 1; 1.5; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 10; 12; 14 e 16. Difusor: (cone vazio): 13; 23; 25; 45 e 46; (cone cheio): 31; 33; 35 e 56. JACTO: Kematal ou cerâmica. Dinâmica de deposição das gotas: Fig. (A) Conjunto de ponta e difusores (cores) para pulverização de jato cônico vazio. (B) difusor que produz um jato cônico cheio Notar o orifício no centro da peça, diferente dos difusores que produzem um jato cônico vazio em (A). 119

13 As gotas de pulverização, após geradas e liberadas pelos bicos e em processo de queda até o alvo a ser atingido, estarão sob a influência de três fatores importantes do meio ambiente, como: - Umidade relativa do ar; - Velocidade e direção do vento; - Temperatura. Umidade relativa do ar Ao contrario do que a grande maioria de aplicadores, usuários e técnicos acredita, a condição climática mais importante para o sucesso ou fracasso na deposição das gotas, é a umidade relativa do ar, principalmente, quando trabalhamos com formulações diluídas em água. É através da maior ou menor porcentagem de umidade no ar, que a velocidade de evaporação de uma gota aquosa, é reduzida ou aumentada respectivamente, ou permitindo que se reduzam ou não os volumes de aplicação e influindo diretamente no rendimento operacional do equipamento. Uma gota de determinado diâmetro ao ser liberada pelo processo de pulverização, perderá líquido e peso, pela evaporação. Tornando-se cada vez mais leve, terá por conseguinte, condições de ser arrastada ou desviada de sua trajetória inicial e prevista. Este desvio, se acentuará até o ponto em que esta gota secará completamente sem atingir o alvo. Qualquer uma das situações acima se apresenta danosa aos propósitos da Tecnologia de Aplicação, resultando em perdas e riscos de agressões ao meio ambiente e mesmo intoxicações para pessoas ou animais. Outro ponto de dúvida, é se uma aplicação em presença do orvalho prejudica ou não a pulverização. Nas aplicações com aviões, onde se utilizam volumes relativamente baixos e principalmente no caso de herbicidas em pré ou pós emergência, fungicidas e inseticidas diluídos em água ou ultra baixo volume, não vemos restrições. Entretanto, para aplicações terrestres não é recomendável, devido a estas aplicações serem sempre a volumes muito altos, favorecendo deste modo ao escorrimento e perda parcial dos produtos, exceto é claro para as aplicações em pré emergência. Sob a ótica da Tecnologia de Aplicação, uma distribuição adequada e uniforme, de maneira que as gotas em uma aplicação de pós emergência se depositem internamente as plantas, não haverá prejuízo ou interferência significativa por lavagem do produto, já que a condensação da umidade que resulta em orvalho, ocorre externamente as plantas ou seja sobre as mais externas. Por outro ângulo, mesmo que ocorra uma concentração de líquidos do orvalho e da aplicação, a perda por escorrimento ou do efeito geral do defensivo aplicado não será significativo. Aceita-se a restrição no caso de produto que possam por uma concentração maior por superfície foliar causar fitotoxicidade. 120

14 Velocidade e direção dos ventos Este é o maior fator de preocupação, inclusive limitador de parada de uma pulverização pela grande maioria de técnicos e aplicadores ou usuários da aviação agrícola. Pelo exposto no item umidade relativa do ar, a influência negativa dos ventos está diretamente e de maneira secundária relacionada com a velocidade com que uma gota aquosa perde peso ou permanece mais tempo em suspensão no ar, portanto, a umidade relativa vem e deverá ser sempre considerada e avaliada com mais precisão ou freqüência. Outro conceito completamente equivocado, vem a ser de que a melhor condição para se uma boa aplicação é, quando a velocidade do vento se situa a 0 m/s., ou melhor, quando se tem uma calmaria total. Esta condição, permite a formação e ocorrência do fenômeno climático denominado inversão térmica estando também associado as temperaturas. Neste fenômeno, ocorre como consequência de termos normalmente uma camada de ar mais quente e próxima ao solo, sendo retida por uma camada superior mais fria. Indicativos de ocorrência de inversão térmica, são observados quando as partículas de fumaça, poeira e mesmo da pulverização, se mantém em suspensão durante muito tempo no ar. No caso das pulverizações a perda e prejuízos são consideráveis, pois, as partículas não conseguem se depositar em quantidade e no local escolhido, reduzindo ou tornando ineficiente a ação dos agroquímicos e contribuindo para riscos de danos ao ambiente ou em alvos não desejados. Portanto, aplicações sem vento, são tão prejudiciais como aquelas, efetuadas com velocidades de ventos acima de 10 km/hora. Temperatura Temperaturas muito altas associadas a uma evaporação de umidade ( das plantas e solo principalmente) muito rápida, causam a formação de correntes térmicas ascendentes (correntes de convecção; facilmente observadas quando sobre a lavoura vemos como se o ar estivesse fervendo ), prejudicando também uma deposição adequada das gotas, as quais serão freiadas em sua queda e mantidas em suspensão durante muito tempo, ou arrastadas pelos ventos e correntes, antes de atingirem o alvo, devido a formação de bolsões ou almofadas térmicas. Com relação as temperaturas baixas, deverão ser considerados aqueles produtos que possam apresentar instabilidade física ou química quando a temperatura situa-se abaixo dos 15 C, pois a atividade fisiológica da planta diminui, não permitindo ou bloqueando a absorção de produtos, como é o caso dos defensivos sistêmicos ou de translocação. Do exposto, podemos concluir: 1. Evitar as aplicações em condições de calmaria total ou velocidade de vento inferior a 2 km/hora (0,5 m/seg.) devido ao risco e existência de inversões térmicas; 121

15 2. Na ocorrência da situação acima as gotas em suspensão serão arrastadas para outras áreas mais perto ou distantes no momento que se inicie a movimentação do ar ou se inicie a dissipação da inversão térmica. 3. Evitar as pulverizações em condições de ocorrência de correntes térmicas ascendentes ou de convecção; 4. Em condições de orvalho nas plantas, não há restrições nas aplicações com aviões. Evitar aplicações com máquinas terrestres nas mesmas condições; As condições climáticas mais favoráveis e recomendáveis ao bom resultado de uma pulverização, utilizando-se os equipamentos de pulverização, são: Umidade relativa do ar: Mínimo: 55 %; Velocidade do vento: mínimo: 2 km/hora (0,5 m/s); máximo: Formulações aquosas: 10 km/hora (3 m/s); Ultra baixo volume: 15 km/hora (4 m/s). Temperatura: Abaixo de 32 C. Dinâmica do vôo de aviões agrícolas Diferente de qualquer equipamento de aplicação terrestre, um avião agrícola, possui características próprias e específicas, principalmente turbulências aerodinâmicas, produzidas por toda a estrutura e componentes de um avião (asas, fuselagem, hélice e equipamento de aplicação) que serão de grande utilidade na geração, dispersão e deposição das gotas de pulverização, sobre o alvo desejado. A maior influência sobre as gotas de pulverização, é produzida pelas asas. Estas possuem a forma de um plano horizontal, com um perfil denominado de aerofólio (Fig. 5). IPANEMA (Série 200 e 200 A) CESSNA IPANEMA (Série 201, 201 A, 202) TRUSH COMMANDER ANTONOV GRUMMAN AG CAT PAWNEE 235 Fig. 5 Alguns exemplos de perfis de asas (aerofólio) de alguns modelos de aviões agrícolas. 122

16 A elevação e sustentação em vôo de um avião, é originada e resultante da velocidade com que o mesmo se desloca. Assim, no momento que o avião inicia seu deslocamento, os filetes de ar, passam a ser direcionados, passando por cima e por baixo do aerofólio ou perfil das asas. Devido a forma especial do aerofólio, os filetes que percorrem ou contornam a sua superfície superior (normalmente mais curva que a parte inferior) desenvolvem uma velocidade maior do que os filetes que contornam a sua parte inferior. Vetorialmente, teremos uma força resultante, obrigando o aerofólio a se elevar (Fig. 6). Os filetes de ar, após percorrerem as superfícies do aerofólio e perderem a aderência destas, tendem a se encontrarem na parte posterior das asas, produzindo uma turbulência característica. Esta turbulência, sob o peso da camada atmosférica é direcionada para o solo, arrastando consigo as gotas de pulverização, quando o avião estiver em operação de pulverização e voando paralelo ao solo. Os filetes, sobre as superfícies de um aerofólio, tomam direções diferentes, assim é que aqueles que passam por cima das asas, têm a tendência de se dirigirem em direção ao centro do avião, enquanto aqueles que passam por baixo das asas, se direcionam para fora, no sentido das pontas das asas, afastando-se do centro do avião (Fig. 7). Os efeitos aerodinâmicos descritos determinam um diferencial bastante grande e característico entre os resultados da pulverização com os equipamentos terrestres e as aeronaves agrícolas. Nos pulverizadores terrestres, podemos utilizar a variação de sua velocidade como pequenas compensações no volume desejado por área, enquanto que nos aviões isto não pode ser efetuado, já que sua velocidade deverá se manter constante e necessária para a sua sustentação em vôo. Fig. 6 Representação dos efeitos aerodinâmicos, produzidos pelo perfil das asas (aerofólio) em vôo. Fig. 7 - Representação esquemática do direcionamento dos filetes de ar, em uma asa em vôo. 123

17 Devido a diferença de pressões e direcionamento dos filetes, temos um efeito de dobramento da esteira de vento provocada pelo avião e denominada de vórtices de pontas de asas, intrínseco ao vôo de qualquer avião e que poderá influir grandemente na distribuição, perda e deposição das gotas na faixa de deposição e do alvo desejado (Fig. 8). Este efeito, deverá ser aproveitado, para obtermos uma faixa de deposição mais larga, boa uniformidade de distribuição e deposição adequada das gotas sobre o alvo de deposição desejado ou dentro da cultura. Durante o escoamento dos filetes sobre as superfícies do aerofólio e a perda da aderência ao final destas superfícies, formam correntes de turbulência atrás das asas, denominadas de esteira de turbulência que serão as responsáveis pela distribuição e condução das gotas geradas pelos bicos de pulverização até a faixa de deposição ou alvo desejado. Como os vórtices de pontas de asas, são efeitos produzidos pelo avião em vôo, deveremos sempre evitar que as gotas de uma pulverização, sejam sugadas ou arrastadas por este efeito. O fechamento ou redução do número de bicos e da extensão das barras de pulverização, naquela região evitará o arrasto e perdas das gotas de pulverização, pelo efeito dos vórtices. Entretanto, como muito genta pensa, esta redução de bicos ou da barra, não influenciará no aumento ou redução da faixa de deposição (exceto para aplicações destinadas ao controle de vetores) do avião, pelo contrario se deixará de perder produto, evitando-se também riscos de poluição ambiental, que se traduzirá em economia, eficiência e segurança. Fig. 9 Representação gráfica da formação e direcionamento dos vórtices gerados pelas pontas das asas de um avião em vôo. Sob o ponto de vista técnico, não existe a possibilidade da eliminação dos vórtices gerados nas pontas das asas em um avião agrícola, porém, podemos reduzir sua influência nas perdas das gotas de pulverização, através de artifícios técnicos e operacionais, com o intuito de se evitar a perda ou desvio incontrolável das gotas de pulverização, principalmente com a utilização de produtos diluídos em água. Entretanto, especificamente nas pulverizações denominadas de espaciais, para o controle de vetores e insetos em vôo, o efeito dos vórtices de pontas de asas são favoráveis e usados para a dispersão das gotas. 124

18 O efeito final das turbulências produzidas pelo vôo, incluindo-se os vórtices de pontas das asas, e comumente denominado de esteira, é que determinará em realidade a amplitude da faixa de deposição para um avião agrícola. Como os vórtices de pontas de asas, são efeitos produzidos pelo avião em vôo, deveremos sempre evitar que as gotas de uma pulverização, sejam sugadas ou arrastadas por este efeito. O fechamento ou redução do número de bicos e da extensão das barras de pulverização, naquela região evitará o arrasto e perdas das gotas de pulverização, pelo efeito dos vórtices. Entretanto, como muito genta pensa, esta redução de bicos ou da barra, não influenciará no aumento ou redução da faixa de deposição (exceto para aplicações destinadas ao controle de vetores) do avião, pelo contrario se deixará de perder produto, evitando-se tambem riscos de poluição ambiental, que se traduzirá em economia, eficiência e segurança. Após a passagem de um avião em vôo agrícola, a esteira de turbulência gerada pelo avião é pressionada e direcionada para o solo. Dependendo da altura do vôo, esta esteira, poderá ter uma dissipação suave, normal e uniforme, sem choques violentos sobre o solo ou a cultura ou bastante turbulenta e com péssima ou irregularmente distribuída, se o vôo for muito próximo ou colado à cultura ou ao solo. Fig. 10 Efeitos sobre a esteira de turbulência e sua dissipação sobre o solo, como consequência de um vôo muito próximo (colado) ao solo ou à cultura. O efeito acima descrito, é o responsável pelo arraste e dispersão das gotas de pulverização liberadas pelo equipamento de aplicação montado no avião. Como explicado anteriormente, esta esteira aerodinâmica ao ser empurrada para baixo, poderá apresentar dispersões e dissipações variáveis em função da altura de vôo (Fig. 10). Normalmente em condicões de ventos mais fortes, muitos pilotos, técnicos e principalmente os usuários, acreditam que para a redução ou eliminação dos efeitos negativos da deriva, o avião deverá voar bem mais próximo do solo. Como a distribuição de gotas e a largura da faixa de deposição estão diretamente relacionadas com a altura de vôo, esta atitude resultará sempre danosa e ineficiente aos resultados esperados de um agroquímico. 125

19 O vôo muito baixo do avião, ocasionará sobre as gotas liberadas uma deriva vertical muito violenta causada justamente pela compressão momentânea da camada de ar entre a superfície inferior das asas e o solo ou cultura e a descompressão rápida desta mesma camada após a passagem do avião, resultando no arrasto das gotas para cima. Com isto as gotas permanecem mais tempo no ar e se evaporarão antes de atingir o alvo, reduzindo o efeito do produto e causando faixas com número reduzido, ou mesmo sem quantidade suficiente de gotas. Por outro lado um vôo muito alto sem correção do padrão de tamanho das gotas e volume de aplicação, causará também a perda das gotas por evaporação, devido ao longo percurso rumo ao alvo desejado. O ponto ideal é aquele em que se consegue conciliar uma faixa de deposição a mais aproveitável possível, utilizando-se volumes de aplicação tão reduzidos e tecnicamente efetivos e que resultem em uma deposição sobre o alvo desejado com a quantidade de gotas/cm² recomendada para cada tipo ou modalidade de aplicação mostradas no Quadro 2. Para o caso do nosso avião Ipanema, qualquer que seja seu modelo, a altura adequada e recomendada é de 4 a 5 metros em relação ao alvo desejado. Para outros modelos ou tipos de aviões, recomenda-se o mínimo de 3 a 4 metros, tendo-se sempre como referência o alvo desejado. Lembrar que a altura de vôo agrícola que resulta em melhor aproveitamento na deposição dos agroquímicos, é uma característica especifica ou parâmetro básico para cada modelo ou marca do avião que estamos operando. Este parâmetro, deverá ser avaliado préviamente e, uma vez definido, o valor deverá ser mantido em todas as aplicações similares com o mesmo avião. Com a utilização de aviões agrícolas para a pulverização de produtos agroquímicos, teremos de maneira muito simples, duas situações de vôos que podem ocorrer durante a atividade: - Avião voando contra ou a favor do vento local; - Avião voando de través ou cortando em ângulo o sentido do vento local. Avião voando contra ou a favor do vento local São poucas as ocasiões em que há necessidade de se efetuar pulverizações com o avião voando contra ou favor do vento local. Esta situação é característica, quando a área a ser pulverizada tem seu maior comprimento direcionada no mesmo sentido do vento e por uma questão de melhoria da produtividade do equipamento e ganho de tempo operacional, temos que voar desta maneira. Entretanto, é fundamental lembrar que alguns problemas podem ocorrer e que na prática não há como evitá-los. Os fatores de risco que podem ocorrer na situação acima são (Fig. 11): Faixa de deposição mais estreita; Irregularidade de vazão por área, para mais ou para menos, dependendo do vôo contra ou a favor do vento; 126

20 Densidade de gotas/cm² muito grande principalmente sob a àrea correspondente à barriga do avião; Custo maior para o usuário; Rendimento operacional menor; Controle mais fácil da deriva das gotas. Fig. 11 Representação característica gráfica de uma faixa de deposição, produzida por um avião agrícola voando contra ou a favor da direção do vento local. Pelas características citadas, este tipo de aplicação não é recomendada. Entretanto, poderá ocorrer a necessidade de sua utilização em campo, devido as condições existentes como: extensão de tiro mais longa, para maior rendimento e menor custo operacional, porém, considerar sempre que os resultados esperados do produto e da pulverização poderão resultar em fracassos e frustrações. Tecnicamente denominamos este tipo de faixa de deposição, como: faixa de deposição real. Avião em vôo de través ou em ângulo com o sentido do vento local O vôo de través de um avião agrícola, nos permitirá ter uma faixa de deposição muito mais ampla, pois, estaremos utilizando a direção e a força dos ventos locais para se obter este resultado (Fig. 12). As características mais importantes de uma faixa de deposição resultante desta operação considerando-se que os bicos e altura de vôo do avião estejam corretos, serão: faixa de deposição economicamente e tecnicamente mais larga; melhor distribuição das gotas; densidade de gotas mais uniformes; custo operacional menor para o usuário; menor risco de contaminação para o piloto; execução mais rápida do serviço; melhor rendimento operacional com o equipamento. Fig. 12 Representação característica gráfica da faixa de deposição e distribuição das gotas, produzidas por um avião agrícola, voando com vento de través (em ângulo com a linha de vôo) Qualquer que seja o defensivo ou produto aplicado por um avião agrícola é imprescindível e importante que para o sucesso dos resultados, tenhamos sempre uma faixa de deposição com boa uniformidade de distribuição, densidade (quantidade) de gotas por área tecnicamente adequadas ao controle do alvo problema desejado e requeridas pelo modo de ação do produto em uso. A eficiência de um agroquímico é obtida através da quantidade de gotas depositadas por unidade de superfície, representada pelo n de gotas/cm², 127

21 que logicamente carrega uma determinada proporção do ingrediente ativo ou da formulação e que se mostra ativa, permitindo o controle eficiente do alvo desejado. 128

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