DREAM TEENS Jovens responsáveis, participativos e com uma VOZ! 1
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- Luiz Felipe Taveira Avelar
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1 DREAM TEENS Jovens responsáveis, participativos e com uma VOZ! 1 O Projeto Aventura Social, integra um grupo de investigadores interessados em várias áreas da saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem Adulto. A equipa de investigação sedia-se atualmente na Universidade de Lisboa e a Aventura Social Associação tem uma sede na cidade de Lisboa. É uma rede constituída fundamentalmente por psicólogos, juniores e séniores, de diferentes Instituições. 1 Equipa Aventura Social/ Dream Teens em Novembro de 2014: SPPS e FMH/ Universidade de Lisboa Margarida Gaspar de Matos, Celeste Simões, Inês Camacho, Marta Reis, Lúcia Ramiro, Teresa Santos, Paulo Gomes, Jaqueline Cruz, Cátia Branquinho, Isa Figueira SPPS e Universidade Lusiada de Lisboa - Tania Gaspar SPPS e FCM/ Universidade Nova de Lisboa- Gina Tomé; Diana Franquilho FM/ Universidade de Lisboa- Diogo Guerreiro Colaboração : Ana Filipa Pereira, Ana Mendes, Anaísa Santo, André Ribeiro, Catarina Mota, Catarina Simões, Cláudia Graça, Fábio Guedes, Joana Santos, Lídia Santos, Manuela Sousa, Melissa Ramos; Sara Proença
2 A última iniciativa do grupo Aventura Social sublinha justamente a relevância de dar voz aos jovens, encorajando e permitindo a sua participação ativa na sociedade. Este projeto foi possível através de uma colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) com a Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde (SPPS) e tem a participação de investigadores de várias Instituições Nacionais. O Dream Teens 8, visa a criação de uma rede nacional de adolescentes capazes e dispostos a participar ativamente na definição de estratégias relativas à sua saúde e estilo de vida. Este projeto surgiu por um lado a pensar na autonomia e responsabilidade dos mais novos, associando a este estatuto uma voz. A criação de uma rede de consultores juniores colaboradores ativos em projetos de investigação na área dos seus comportamentos de saúde manterá a investigação atualizada em função das suas problemáticas reais e por outro lado envolve-los-á ativamente na promoção da sua saúde e da dos jovens portugueses. Por outro lado pretende contribuir-se para um diálogo intergeracional e para a valorização recíproca das gerações, por oposição à desvalorização e recriminação a que por vezes se assiste. Neste projeto, após um concurso aberto a nível nacional, e da selecção dos Dream Teens (crianças e adolescentes dos 11 aos 18 anos de todo o país), foram criadas equipas temáticas, cada uma apoiada por coordenadores séniores. Com base num trabalho anterior 9, receberam materiais para leitura e discussão, usando redes sociais (FaceBook), Skype, s, webpages
3 Os Dream Teens começaram assim a organizar, com apoio dos seus coordenadores séniores, pequenas investigações nos seus contextos de vida (amigos, colegas, família, vizinhos, professores). Ao longo do primeiro ano os jovens aprenderam a refletir e a investigar na área da saúde dos jovens e ao longo do segundo ano vão desenvolver projetos regionais de promoção da saúde. Teve já lugar em Lisboa o 1.º Encontro Nacional dos Dream Teens para apresentação e debate destes trabalhos e uma Carta de recomendações foi entregue a um representante do Governo. Este texto inclui os relatórios das atividades desenvolvidas por cada grupo neste Encontro Nacional. Dentro de um ano haverá o 1.º Encontro Internacional, com a colaboração destes jovens e ainda de alguns jovens associados às equipas do Health Behaviour in School Aged Children 10, num evento público na cidade de Lisboa TEMA 1 Recursos pessoais e Bem-estar, Saúde Mental e Qualidade de Vida BEATRIZ FIGUEIREDO, MARGARIDA CORDEIRO, TERESA CARREIRA Este tema remete para a saúde mental, os recursos pessoais, o bem-estar e a qualidade de vida. De uma forma geral, fizemos referência a algumas doenças mentais, ao estigma associado a estas e às capacidades únicas do Homem que lhe permitem ultrapassar situações desfavoráveis. Com tudo isto, esperamos ter conseguido alertar os presentes para a importância que cada um destes termos adquire no seio da sociedade e na vida pessoal. Do meu ponto de vista, foi um fim-de-semana produtivo. Tivemos tempo para nos conhecermos pessoalmente, para partilhar ideias e para, de certa forma, nos 10
4 construirmos a nós mesmos, enquanto jovens de uma sociedade. Alargámos os nossos horizontes e acho que esse é um dos aspetos mais importantes porque necessitamos de o fazer para conseguirmos fazer o resto: mudar o modo de pensar e de agir da sociedade. No geral, acho que o evento correu muito bem. Conseguimos trabalhar, divertimo-nos, conhecemo-nos uns aos outros e conseguimos divulgar o projeto. Na minha opinião, o projeto foi muito enriquecedor para todos, pudemos conhecer pessoas de outros pontos do país com ideias e experiências diferentes das nossas e aprendemos muito com os trabalhos uns dos outros. Na minha opinião o evento correu bem. Foi uma boa maneira de conhecermos novas pessoas e divertir. Acho que foi uma maneira de conhecer algumas coisas dos outros temas. TEMA 2 Capital Social, Violência, Relações Interpessoais, Família e Amigos BÁRBARA COSTA, BEATRIZ RODRIGUES, CAROLINA FIGUEIREDO, CAROLINA GONÇALVES, CÁTIA ALVES, PATRÍCIA CUNHA, RAQUEL CRUZ O encontro do Dream Teens decorrido no dia 22 e 23 de Novembro de 2014 foi positivo, interessante e produtivo. Apesar de sermos pioneiros deste projeto, o facto de nos fazerem acreditar que os nossos sonhos são possíveis e fazer que as nossas ideias sejam expostas à sociedade é muito gratificante. Foi uma reunião marcada pelo convívio e por uma troca de ideias/pensamentos entre os vários membros do projeto.
5 Falando mais pormenorizadamente, o dia 22 começou com um belo convívio, todos os elementos dos vários grupos interagiram entre si e houve mesmo estabelecimento de boas relações de amizade entre os vários jovens. Pouco antes da apresentação dos trabalhos, os diferentes grupos reuniram-se entre si, de modo a planearem/falarem sobre a sua apresentação que iria recorrer dentro de breves minutos. Sucedeu-se a apresentação dos diversos grupos. Após esta, a realização de um pequeno debate. A nossa apresentação tentou transmitir aos restantes grupos, a importância das relações interpessoais para os jovens e a forma como as relações podem influenciar toda a nossa vida. Fizemos entrevistas a familiares e amigos, com um guião criado em conjunto com as coordenadoras, onde tentamos perceber o ponto de vista de jovens e adultos sobre o tema. Com as entrevistas, as coordenadoras criaram um pequeno vídeo, abordando as partes mais importantes das entrevistas. Na apresentação também falamos sobre as nossas recomendações e tentamos explicar aos restantes grupos como chegamos às cinco recomendações apresentadas. O debate foi algo interessante/produtivo, onde expusemos as nossas ideias e argumentamos, apresentando os nossos diferentes pontos de vista, mas o escasso tempo que lhe ficou reservado, não permitiu a troca de muitas outras ideias, a discussão de muitos outros temas (o que é importante!). De seguida procedeu-se à entrega de recomendações ao Secretário de Estado da Saúde Fernando Leal da Costa, que prosseguiu a um pequeno discurso. O Sr. Secretário de Estado convidou todos os dreamers a uma visita ao seu governo. Foi um momento emocionante que teve imensa importância!
6 O Flash Mob foi uma atividade entusiasmante e diferente para a maior parte dos jovens. Por fim, a visita ao Pavilhão do Conhecimento, marcou bastante a visita a Lisboa! Este curto encontro foi positivo e produtivo. Um dos aspectos a melhorar, talvez no próximo encontro seria o tempo dado à reunião em grupo. Todos andamos a dizer desde a reunião que achamos que isto não deveria ficar por aqui. Devia haver mais reuniões em sítios diferentes para se conhecer melhor as divergências do panorama territorial português quanto a cada realidade social. Pensamos que podia haver uma reunião nas férias da Páscoa ou por volta dessa data, porque realmente é um fim de semana digno de se sentir saudade. A reunião foi tão fantástica e tão perfeita... só falta mesmo é haver mais. Os Dream Teens de uma certa zona podiam apresentar a sua cidade aos outros em pequenas excursões para conseguirmos ter projetos mais abrangentes (e socializarmos mais, obviamente). O projeto não devia ser exclusivo ao computador. Devíamos estar mais tempo conetados, mas também em carne e osso!
7 TEMA 3 Amor e Sexualidade/Parentalidade e Gravidez DAVID CLEMENTE, DIANA MATOS, MANUEL MAGALHÃES O balanço da apresentação do grupo 3 foi bastante positivo. Composta pela temática da Educação Sexual em Meio Escolar e pela temática da Homossexualidade e Bissexualidade, a apresentação juntava os dados conseguidos nos inquéritos da Educação Sexual em Meio Escolar e da Homossexualidade e Bissexualidade com uma introdução teatral às duas temáticas e com as entrevistas em vídeo. A apresentação começou com a introdução ao tema Amor e Sexualidade e, de seguida, com o teatro sobre a Educação Sexual em Meio Escolar. Nesse teatro, um professor (Manuel Magalhães) lecionou os seus alunos (David Clemente e Diana Matos) sobre a temática, parando a meio para expulsar um dos alunos, porque este estava a mexer no telemóvel. O segmento teatral da Homossexualidade e Bissexualidade simulava, em parte, o videoclip da música I Want to Break Free, do conjunto músical Queen. Freddie Mercury (David Clemente) varre o chão até que a música para e a psicóloga (Diana Matos) fala com ele sobre orientação sexual. Ambos os momentos teatrais tiveram popularidade no público. Depois foram apresentados os dados estatísticos dos inquéritos, começando pela metodologia dos mesmos. Primeiro, foram apresentados os dados do inquérito da Educação Sexual em Meio Escolar (Manuel Magalhães) e depois os dados do inquérito da Homossexualidade e Bissexualidade (David Clemente e Diana Matos). A seguir aos dados estatísticos, foram mostradas as entrevistas em vídeo. Infelizmente não foi possível a completa visualização das mesmas, devido ao pouco tempo que restava da apresentação mas, apesar disso, houve tempo para apresentar um bom número de respostas e o vídeo foi importante pela visualização das reações das pessoas perante as perguntas sobre o
8 tema. Após o vídeo, foram apresentados o slide da discussão e o slide das recomendações, com base nos resultados obtidos. No final da apresentação, foram dados kits com preservativos e folhetos informativos. Foi obtida uma reação positiva por parte do público com a oferta dos kits. Enquanto os kits estavam a ser distribuídos pelo público, foram dados os agradecimentos às entidades que apoiaram o evento da Dream Teens e procedeu-se ao encerramento da apresentação. Mesmo com os percalços durante a apresentação, a apresentação do grupo foi um sucesso, graças ao trabalho, confiança e a dedicação da equipa. No geral, o evento correu muito bem. As apresentações dos embaixadores foram bem recebidas, com a mensagem de vídeo que Boss AC deixou aos Dreamers e a excelente presença em palco de Jorge Serafim. As apresentações dos grupos foram todas informativas e bem executadas. O debate formal, devido ao pouco tempo que restava, não conseguiu dar voz a todos os Dreamers, mas felizmente, com os momentos de convívio, foi possível debater estas questões informalmente. A entrega da carta de recomendações ao Secretário de Estado, o Dr. Fernando da Costa Leal, foi um marco importante para o movimento Dream Teens. A surpresa (o Flash Mob) fez os Dreamers trabalhar em conjunto através da dança em grupo. A ida ao Pavilhão do Conhecimento foi entusiasmante, devido ao elevado interesse pelas exposições, como pela exposição Loucamente, que era sobre o bem-estar da mente. As condições da pousada (quartos e casas de banho) eram boas, e as refeições estavam bem confecionadas. A equipa da Aventura Social recebeu os Dreamers com uma enorme hospitalidade e estiveram sempre à disposição para esclarecer qualquer dúvida que surgisse. Concluímos por dizer que o evento Dream Teens de 22 a 23 de novembro foi um passo importante para o Dream Teens e para todos os Dreamers.
9 TEMA 4 Relações de Dependências, Consumos e Acidentes BRUNA OLIVEIRA, DIOGO FÉ, DIOGO SANTOS, LUÍSA MARTINS, MARTA MARTINS, PAULO NUNES Aos trinta dias de novembro de dois mil e catorze, pelas vinte e uma horas, reuniram os elementos do grupo temático quatro The (In) Dependents com a ordem de trabalhos: Ponto número um: Pontos fortes e fracos do I Encontro Nacional Dream Teens; Ponto número dois: Pontos fortes e pontos fracos da nossa apresentação; Ponto número três: Sugestões para o ano Ponto um: No que respeita aos pontos positivos do I Encontro Nacional Dream Teens, destacamos o convívio entre o grupos; a receção de boas-vindas aos jovens pelo humorista Jorge Serafim, uma das caras do projeto que com uma breve e divertida apresentação conseguiu divertir todos nós; o Flash Mob que durante a coreografia e também na apresentação nos permitiu conviver com todos os jovens e equipa do projeto; e a ida ao Pavilhão do Conhecimento onde vimos o funcionamento de diferentes objetos e também percebemos mais um pouco sobre as doenças mentais. A presença do Sr. Secretário de Estado da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa, foi uma mais-valia para o Encontro, uma vez que nos ajudou a dar voz às nossas ideias através da publicação da nossa carta de recomendações no site do Portal da Saúde. Consideramos que as instalações e a alimentação foram totalmente adaptadas às nossas necessidades. Este encontro teve apenas um ponto negativo, a curta duração do evento. Pensamos que dois dias foram muito curtos para tantos jovens e trabalhos. Achamos que deveria ter
10 existido um dia para irmos para a rua, falar com pessoas de todos os estilos e idades e mostrar que este projeto não é uma mera brincadeira. Ponto dois: O nosso grupo apresentou uma pesquisa sobre os comportamentos dos jovens em relação ao consumo de substâncias, internet e redes sociais e gambling através do Prezi e com suporte de vídeos de sensibilização sobre o nosso tema. Julgamos que a nossa apresentação tenha sido clara e explícita, uma vez que não foram colocadas questões ao nosso grupo após a apresentação do trabalho. Pensamos que um maior tempo de preparação em grupo poderia ter ajudado alguns colegas a estar menos nervosos e a ter um melhor desempenho durante a apresentação. Ponto três: Depois de terminado o I Encontro Nacional Dream Teens, julgamos que as reuniões semanais grupo temático coordenador deveriam manter-se, uma vez que estas nos permitiram conhecer e unir o nosso grupo durante o desenvolvimento do trabalho. Consideramos ainda que dada a sua importância para o país e depois de verificarmos que muitas pessoas não conhecem o projeto, a publicidade ao Dream Teens deveria ser maior durante o próximo ano. Não tendo mais nada a acrescentar, damos esta ata por terminada, a qual foi aceite por unanimidade.
11 TEMA 5 Estilo de Vida/Saúde, Lazer, Atividade Física e Imagem Corporal AFONSO CARVALHO, ANA FILIPA ISIDRO, ANDRÉ CIPRIANO, CAROLINA LOUREIRO, CRISTIANA BELTRÃO, DIOGO PROENÇA, ISABEL SOUSA, JOANA JESUS, MARGARIDA ALMEIDA, PETRA SALVADOR, RODRIGO GOMES, SARA FIALHO Aos vinte e oito dias do mês de novembro de dois mil e catorze, pelas dezassete horas e trinta minutos, reuniram os elementos do grupo temático cinco, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto número um: Pontos fortes e pontos fracos da nossa apresentação; Ponto número dois: Pontos fortes e pontos fracos do projeto. No que diz respeito ao primeiro ponto, o grupo referiu que, em relação aos pontos fortes, conseguimos controlar bem o tempo disponível; que as mensagens foram bem transmitidas através da nossa representação e textos, tendo sido feito de forma bastante original; que fomos dinâmicos na compensação dos nossos erros e que conseguimos captar a atenção do público durante toda a representação, evitando que esta fosse monótona. Por outro lado, em relação aos pontos fracos, notámos um certo nervosismo nos elementos do grupo, sendo que alguns ficaram mais nervosos do que outros; sentimos que poderíamos ter usado mais adereços simbólicos referentes às personagens, para dar mais força às mesmas e foi reconhecido que o tempo de apresentação deveria ter sido um pouco mais do que os vinte minutos estipulados, para que pudéssemos ter tido uma melhor noção do tempo e mais liberdade nas falas. Relativamente ao segundo ponto da ordem de trabalhos, considerámos que houve um ótimo convívio entre os jovens, não só entre si, mas também com os organizadores/ coordenadores/ monitores; que o evento foi bem organizado, numa visão logística; que a participação do contador de histórias, Jorge Serafim, e o seu pequeno espetáculo foram, para nós, muito positivos para animar os espíritos; que a comida foi boa (gostávamos de agradecer, desde já, às
12 Maçãs de Alcobaça ). Os jovens demonstraram respeito e maturidade entre si e em geral, sendo que este comportamento não impediu que se divertissem e, até mesmo, que tivessem dedicado alguns períodos, somente, à diversão. As instalações foram perfeitas para um evento desta natureza e o flashmob correu bem, realçando a ajuda e simpatia da professora de dança. Numa nota mais negativa, acordámos que os dois dias pareceram muito curtos, pois gostávamos que tivéssemos tido mais tempo para nos conhecermos melhor; que devia ter havido mais tempo de comunicação entre nós (enquanto um todo, que é o nosso grupo) e a nossa coordenadora, a Jaqueline; que na fase do debate e discussão das ideias das apresentações deveria ter havido mais tempo para expormos as nossas ideias/opiniões, pois muitas questões foram faladas entre nós posteriormente, mas com menos organização e abrangência. Por fim, a visita ao Pavilhão do Conhecimento poderia ter tido maior duração, porque houve muitas atividades que não tivemos tempo para realizar e, mesmo as que fizemos, poderiam de ter tido mais tempo de exploração. E nada mais havendo a tratar, deu-se por terminada a reunião da qual se lavrou a presente ata e que foi aprovada por unanimidade.
13 TEMA 6 Cidadania, Responsabilidade e Participação Social, Futuro, Escola e Sociedade ANTÓNIO GODINHO, DANIELA GUILHERME, FILIPA RIBEIRO, IVO PACHECO, JOANA LOURENÇO, MIRIAM DOURADO, PAULA SILVA, RAQUEL SILVA A nossa apresentação teve como propósito apresentar os projetos onde os jovens podem ter uma participação ativa na sua localidade. Foram também apresentadas propostas de melhoria/criação de outros programas. Foi uma apresentação dinâmica, onde conseguimos de modo geral superar o medo da plateia, expondo os projetos de cada região e a forma como reunimos as informações. Foi ainda possível partilhar o trabalho e o esforço tido por nós, ao questionarmo-nos a nós próprios e a alguns indivíduos sobre as atividades existentes nas nossas localidades. Consequentemente, permitiu também, dar-nos voz e expressarmo-nos, perante uma assembleia que nos entende e com os objetivos semelhantes entre todos. Em geral o nosso objetivo foi alcançado, ainda que estivéssemos um pouco condicionados em relação ao tempo disponível. Transmitimos uma boa ideia do que Portugal tem e não tem, ou seja, conseguimos contrastar certos pontos. Referimos ainda que a parte que foi mais tida em conta por todos os dreamers, terá sido o texto de opinião do Rogério. Com esforço, ideias e dedicação, conseguimos demonstrar o valor de cada um. Não são os quilómetros que nos separam, são os nossos sonhos que nos unem. Foi tudo muito bom, combinado com o convívio e amizade, que foram as cerejas no topo do bolo.
14 O evento foi muito importante, porque conhecemos jovens de todo o país, com quem pudemos partilhar opiniões, discutir ideias e construir pontos de vista sobre diversos aspetos da sociedade, nomeadamente aqueles que mais dizem, ou que mais deveriam dizer, respeito aos jovens. Para além disso, senti que as nossas opiniões estavam a ser valorizadas e que estamos no caminho certo para nos tornarmos cidadãos mais ativos nas decisões do nosso país. Em suma, este projeto deu-me alento para ser diferente, não ter medo de me expressar e encorajou-me, sobretudo, a agir. Resumindo numa frase aquilo que senti: Nós fazemos toda a diferença. O evento não foi só apresentações e divertimentos este evento fez com que fizéssemos novas amizades! E acima de tudo apercebi-me que a voz dos jovens está a começar a ser mais ouvida. O evento foi o início de algo grande. O facto de conhecermos jovens de todos os cantos do país e percebermos que temos pontos de vista semelhantes, ou não, acerca de certos assuntos, foi fundamental para um maior incentivo, não só para uma cada vez maior participação no projeto, mas também na nossa sociedade. Ajudou à formação e aperfeiçoamento de ideias e opiniões, não só ao nível do tema desenvolvido pelo nosso grupo, mas também dos temas dos restantes grupos.
15 TEMA 7 Grupo Open 11 CAROLINA DIOGO, MARIA MOSA, VANESSA REIS, NÉLSON REBELO No dia 6 de Dezembro de 2014, os Dreamers do grupo OPEN, reuniram-se virtualmente para debater o projecto Dream Teens e o I Encontro Dream Teens nos dias 22 e 23 de Novembro de Ordem de trabalhos: 1) aspectos positivos e aspectos a melhorar do projecto Dream Teens; 2) aspectos positivos e aspectos a melhorar do evento em que participaram. Acerca do ponto número 1, os Dreamers OPEN identificaram como aspetos positivos do projeto: A importância para a VOZ dos jovens, porque permite: o a escuta da VOZ dos jovens; o a divulgação a outros jovens; e também, o alcançar os adultos. O impacto na sociedade: o porque mudará a sociedade, será importante para esta mudança e é importante para o futuro do nosso país; o ainda que possa ser leve, passa as fronteiras do projeto através dos artigos e reportagem, demonstrando a sua qualidade e viabilidade; 11 Grupo de jovens Dream teens que interagiram durante 2014 em temas gerais de saúde e não incluidos em grupos temáticos. Os jovens nos grupos temáticos foram chamados grupo RESEARCH e os jovens no grupo global foram chamados grupo OPEN
16 o para mudar a ideia pré concebida sobre os jovens, demonstrando que os jovens também se preocupam e querem contribuir para melhorar a sociedade; e ainda, o por ser a oportunidade de criar um grupo de jovens com pensadores diferentes nesta geração na qual se está inserido. O impacto na vida dos jovens: o porque impulsiona os jovens numa sociedade adulta e; o dá esperança aos jovens que se sentem reprimidos na sociedade. O impacto nos Dreamers porque promove/incentiva: o a responsabilidade social; o a dedicação para trabalhar mais sem esperar que os outros o façam; o uma maior curiosidade em pequenos detalhes do quotidiano; o outra perspetiva sobre novos detalhes do quotidiano; o o conhecimento de opiniões de outros jovens e diferentes da sua; o o sentido de procura de soluções; o a compreensão do meio e das pessoas que o compõem; e, por fim, o a atenção sobre o meio e problemas que rodeiam e sobre o que podem propor ou fazer para os solucionar. A sua riqueza da variedade de localizações geográficas e os meios dos Dreamers. O projecto Dream Teens é: o estruturado, interessante, útil e com potencial; o extremamente espetacular; o nota 20;
17 o um dos melhores projetos porque agarra o vulnerável e torna-o sólido; o o "microfone" dos jovens perante a sociedade; o a forma maior e mais acessível para os jovens pronunciarem a sua voz/ opiniões. Em contrapartida, como aspetos a melhorar indicaram a necessidade promover a interação entre os elementos do grupo. Em relação ao ponto número 2, os Dreamers OPEN consideram como aspetos positivos do evento em que participaram: o convívio; a cumplicidade e intimidade em apenas 2 dias e com pessoas de todo o país; o acolhimento; a força dos Dreamers na escrita e entrega das recomendações; a coordenação em: transporte, comida trabalhos; o facto de ser produtivo; o trabalho entre grupos (pelas apresentações); a presença de pessoas remarcáveis no debate; a localização do evento (fácil acesso para todos); e também a equipa, a qual está de parabéns pela organização entre todos. Como aspetos a melhorar acerca do evento: oportunidade: a presença e voz activa do OPEN como a dos outros grupos; duração: mais tempo; frequência: mais eventos/repetir. E ainda, apresentaram como sugestões de melhoria os seguintes aspetos:
18 local: considerar a hipótese de ser à mesma no IPDJ, mas fora de Lisboa para permitir conhecer outras zonas de Portugal; participantes: alargar o convite ao número máximo de Dreamers possível e mais pessoas da sociedade portuguesa ligadas ao tema. Em suma, o evento foi: divinal ouvir a voz de tantos jovens, nunca pensei que houvessem tantos jovens com uma voz pronta a mudar a sociedade! Sem mais assunto a tratar, deram por finda a reunião da presente ata aprovada por unanimidade. E AGORA? Dream teens, a equipa Aventura Social também adorou estar convosco, vocês excederam em muito as nossas iniciativas. Com a conclusão destas Atas vamos iniciar desde já a preparação do novo ano. Também gostávamos muito de ter mais tempo e mais eventos presenciais com vocês, mas tememos bem que isso não seja (pelo menos para já) possível. Mas como um de vós disse no nosso Encontro : o impossível perdeu a credibililade! O que nós vamos fazer entretanto: 1) Vamos ativar a vinda de alguns de vós para visitar o Dr.º Leal da Costa e os trabalhos do governo, e vamos preparar o próximo evento de ) Estamos a trabalhar no livro Dream Teens onde vocês colaboraram e que será lançado em 2015 com todos vós.
19 3) Para já vamos editar uma e-publicação com estas atas. 4) Temos já um diaporama (fotos) do Encontro. 5) Temos um filme do Encontro que vos vamos enviar ainda esta semana 6) Vamos ter a nossa página do Dream Teens em Inglês para poderem divulgar aos vossos amigos estrangeiros. 7) Vamos continuar a interagir com todos vós, a partir dos grupos temáticos, onde agora também estão os Dream Teens do grupo OPEN e vamos ajudar-vos a planear as vossas investigações, debates e intervenções na vossa Câmara Municipal, Junta de Freguesia, na vossa escola, no vosso clube, na vossa rua. O que está na vossa mão: 1) Divulgar estas atas bem como o site, o blog e o Facebook público do projecto Dream Teens, nas vossas redes. 2) Ter mais colegas vossos informados sobre o projecto a pôr likes e a seguir-nos 3) Organizar uma divulgação do projecto nas vossas escolas, clubes e sociedades recreativas 4) Organizar uma apresentação do projecto na vossa Junta de Frequesia ou Câmara e colaborar com as autarquias no desenvolvimento de acções com jovens durante ) Apresentar os vossos trabalhos no próximo Encontro em
20 Dream teens, neste momento temos 71 jovens Dream teens, de todo Portugal, agora entre os 12 e os 19 anos. Durante este ano de 2015 vamos ter muito trabalho e muitos desafios: 1. Cada um de vós vai dinamizar um pequeno núcleo de colegas e amigos da vossa escola ou da vossa zona, e aumentar assim a vossa VOZ e o âmbito da vossa ação. 2. Cada um de vós vai tentar junto da vossa escola ou da vossa junta de freguesia que mais adultos colaborem convosco na vossa ação e que vos ajudem a tornar as vossas ideias transformadoras. 3. Cada um de vós vai tentar junto da vossa escola ou da vossa junta de freguesia tentar que para o ano, alguns colegas e amigos da vossa zona venham ouvir-vos e participar nos trabalhos convosco. 4. Cada um de vós pode fazer a diferença na vossa rua, escola, bairro ou cidade. Nós estaremos atentos a prestar o apoio possível e a ouvir as vossas sugestões. Continuem a usar a vossa VOZ!
21 ANEXO - As 30 recomendações entregues ao Sr. Secretário de Estado da Saúde: A Participação Social é um direito fundamental na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ouvir a VOZ dos jovens nas suas comunidades e aumentar a sua participação ativa promove o seu desenvolvimento e cidadania. É necessário criar condições e oportunidades para esta participação ativa. Os Dream Teens aparecem neste âmbito. OS DREAM TEENS RECOMENDAM PARA PORTUGAL, EM 2015, NAS SEIS ÁREAS EM QUE REFLETIRAM: No âmbito dos Recursos Pessoais e Bem-Estar: 1. Desenvolver uma campanha de sensibilização, a nível nacional, nas escolas e nos meios de comunicação social (TV, rádio, jornais e internet/redes sociais, etc.) sobre as doenças mentais e suas consequências. Há um estigma sobre este tipo de doenças e é importante educar as pessoas. 2. Aumentar a quantidade de especialistas disponíveis na área da saúde mental e as comparticipações nos medicamentos. Isto para que haja capacidade de resposta e um acompanhamento das pessoas com uma saúde mental debilitada e para que ninguém fique por acompanhar e tratar, seja por falta de diagnóstico, seja por falta de meios económicos para melhorar. 3. Melhorar o bem-estar e a qualidade de vida através da criação de condições para aumentar hábitos de vida saudáveis, por exemplo: - Proceder à arborização dos passeios e espaços públicos, incentivando as pessoas a deles usufruír. - Promover a prática de exercício físico, desenvolvendo programas adequados às idades e preferências de cada pessoa. - Oferecer um maior apoio às instituições desportivas, artísticas e culturais.
22 - Promover as boas práticas na área da alimentação, através da divulgação e concretização de diversos planos alimentares junto da população e nas escolas. - Aumentar os apoios aos programas de combate e prevenção dos consumos abusivos e dos comportamentos desviantes. - Sensibilizar a população para os níveis de poluição. 4. Desenvolver e estimular o intercâmbio social, cultural e geracional entre jovens e idosos, através da criação de protocolos entre as escolas e os lares de idosos, com partilha de espaços de convívio e iniciativas recreativas conjuntas. 5. Favorecer as condições ao nível laboral e familiar de modo a reduzir o stresse no trabalho e na família, através da implementação de estruturas de apoio às crianças, nomeadamente creches/ infantários nos locais de trabalho, permitindo, dessa forma, a proximidade dos pais. No âmbito do Capital Social e Prevenção da Violência 1. Incentivar nas Freguesias mais atividades para promover o envolvimento de pais e filhos em conjunto: caminhadas, workshops, aulas de culinária, etc. 2. Limitar a internet em locais públicos para favorecer as relações interpessoais. 3. Alterar a lei da adoção, de forma a facilitar a adoção de crianças sem famílias. 4. Incentivar a promoção de programas nas escolas com o objetivo de promover as competências pessoais e sociais e a regulação emocional. 5. Aumentar o número de horas de atividades físicas, culturais e recreativas nas escolas, promovendo o trabalho de equipa e a promoção de relações interpessoais amigáveis. No âmbito do Amor e Sexualidade/ Parentalidade e Gravidez 1. Manter a Educação Sexual como uma área prioritária em meio escolar, adaptada às idades dos alunos, assegurando a informação e a formação de professores e pais, bem como o seu envolvimento ativo. 2. Incentivar a formação de outros técnicos que intervenham nas escolas (psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, assistentes operacionais, etc.) através de uma articulação e criação de sinergias com Centros de Formação e Instituições de Ensino Superior. 3. Realizar estudos de investigação para a compreensão da esfera relacional e afetiva da sexualidade nos jovens; do papel da família, amigos, escola e comunidade; da motivação e das competências dos adolescentes para ter comportamentos preventivos; bem como do modo de otimizar a concretização de mudanças permanentes associadas à saúde e ao bem-estar.
23 4. Assegurar a existência de Gabinetes de Informação e de Apoio aos Alunos nas instituições do ensino básico, secundário e superior, desenvolvendo parcerias com instituições ligadas à saúde (hospitais e centros de saúde) e às associações de jovens. Esses gabinetes podem ter uma ação importante no esclarecimento de dúvidas e desenvolvimento de competências relacionadas com a sexualidade e com as relações interpessoais (assertividade, negociação do uso do preservativo, etc.) e inclusivé a dinamização de campanhas de prevenção. 5. Desenvolver uma campanha de sensibilização, a nível nacional, nas escolas e nos meios de comunicação social (TV, rádio, jornais e internet/redes sociais, etc.) sobre a vivência da sexualidade. Há ainda um tabu sobre este assunto e é importante educar as pessoas e ajudá-las a refletir nos preconceitos e a prevenir estigmas. No âmbito das Relações de Dependência e Acidentes 1. Incentivar campanhas de sensibilização não só dirigidas ao tabaco, álcool e drogas mas também às novas dependências, através dos media, escolas, hospitais, centros de saúde, locais de grande aglomeração populacional e bairros problemáticos. 2. Desenvolver, para além dos programas de prevenção de comportamentos de risco dirigidos ao consumo de tabaco, álcool e drogas, outros programas dirigidos às novas dependências tecnológicas, nas escolas e na comunidade. 3. Promover a prática desportiva e as atividades de lazer, recreação e cultura, ao ar livre, na escola e comunidade. 4. Manter os 16 anos como idade mínima para a compra de bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja, mas aumentar a idade mínima da compra de bebidas brancas com maior teor de álcool, para os 21 anos. 5. Limitar a publicidade ao consumo de substâncias e aos jogos de azar nos meios de comunicação social e redes sociais. No âmbito dos Estilos de Vida Saudáveis 1. Evitar que os jovens tenham que sair do País para trabalhar, porque queremos ficar e deixarmos o País não contribui para o seu crescimento. 2. Ter direito a ir para a Universidade, sem ter de pensar se há dinheiro para isso.
24 3. Tentar não envelhecer o País com uma situação económica que não permite a promoção da natalidade. 4. Diminuir as assimetrias criando reais possibilidades para todos os jovens, como por exemplo: o estudo da música e outras artes, a prática desportiva, o acesso à internet, o acesso a uma saúde e a uma educação de qualidade, etc. 5. Melhorar as respostas institucionais de apoio aos jovens com deficiência e com doença crónica, quer em termos de acessibilidades, quer em termos económicos. No âmbito da Cidadania e Participação Social 1. Incentivar a participação dos jovens nas suas comunidades. A participação poderia ser reforçada com uma educação sobre os seus direitos e também através da colaboração dos jovens na conceção, implementação, monitorização e avaliação de estratégias e programas de ação cívica. 2. Informar os jovens sobre os projetos e programas já oferecidos pelas suas comunidades. A divulgação destes programas poderia ser mais intensa e feita nos locais que os jovens frequentam (Escolas, Clubes de Jovens, Autarquias), nas redes sociais (Facebook, Twitter e Youtube), e através de jovens que já estão incluídos nesses programas. 3. Aumentar o âmbito dos programas de apoio que na sua maioria não visa a participação ativa dos jovens na sociedade. A maioria dos programas encontrados tem objetivos concretos de apoio a populações em risco (abandono escolar e problemas familiares). Sugere-se o desenvolvimento de programas inclusivos, focados na responsabilidade social, nas redes comunitárias e na interação, com vista à melhoria das localidades e promoção do sentimento de pertença de todos (entre-gerações, por exemplo incluindo jovens e idosos; de desenvolvimento da cultura e tradição locais; programas de apoio às artes para ajudar a embelezar a comunidade). 4. Aumentar o âmbito dos programas existentes diluindo os limites de idade e outras condições: os programas para jovens adolescentes podem ser inclusivos, equitativos e sensíveis às questões de género e idade. 5. Aumentar a articulação entre os vários órgãos envolvidos (ex: Câmaras Municipais, as Juntas de Freguesia e as escolas). Sugere-se a mudança dos programas para perto dos locais que os jovens frequentam, sobretudo para os tornar geograficamente acessíveis. Sugere-se também o desenvolvimento de comissões da juventude, no âmbito das autarquias.
25 Os Dream Teens aguardam instruções sobre como poderão ajudar o País a desenvolver estas ações. Durante o ano de 2015 debaterão ações nestas seis áreas, agora a partir das regiões onde vivem, procurando articular com as autarquias, escolas, centros de saúde, etc. Marcamos desde já uma reunião para dia 1 de Novembro de 2015, para debatermos os nossos resultados e apresentarmos as nossas propostas de mudança. Lisboa, 23 Novembro de 2014
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