Unidade I ESTRUTURA DAS. Prof. Me. Alexandre Saramelli
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1 Unidade I ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Me. Alexandre Saramelli
2 Relatório Anual para um banco árabe Maa Designs (Reino Unido)
3 Introdução Kevin Kallaugher (KAL) Compra! Compra! Vende! Vende! The Economist cover
4 Introdução Processo de Convergência Contábil Internacional
5 Introdução Lei /07 Lei /09
6 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Lei /07 Artigos 176 e 186 Princípio Contábil da Entidade
7 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio ti i da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I. balanço patrimonial; II. demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III. demonstração do resultado do exercício; IV. demonstração dos fluxos de caixa
8 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) V. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado Art A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I. o saldo do início do período, os ajustes de exercício anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II. as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III. as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
9 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) 1º. Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos tib a fatos subsequentes. 2º. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.
10 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Objetivo Tornar evidentes a movimentação da conta lucros ou prejuízos acumulados. Apresentar os elementos que provocaram as modificações. O artigo 186 estabeleceu as informações que devem ser evidenciadas.
11 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Objetivo Saldo inicial de lucro (prejuízo) acumulado em 31/12/20X6 (+) Ajustes de exercícios anteriores (=) Saldo ajustado (+) Reversão de reservas: reservas para contingências reservas de lucros a realizar (-) Destinação durante o exercício: dividendos intermediários capitalização de lucros acumulados + Lucro (prejuízo) líquido do exercício (=) Saldo à disposição da assembleia
12 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Objetivo (-) Destinações: reservas de lucros dividendos obrigatórios (=) Saldo final do período em 31/12/20X7 Dividendos por ações
13 Interatividade Os usuários externos da informação contábil usam a DLPA para qual finalidade? a) Evidenciar os financiamentos da empresa; b) Para ver como a empresa enfrenta um cliente que impõe negociações difíceis; c) Para saber como a administração lida com a administração dos impostos; d) Para observar os custos dos produtos vendidos separados por produto; e) Para entender os elementos que provocaram modificações na conta lucros ou prejuízos acumulados.
14 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Saldo inicial do período Ajustes de exercícios anteriores Levam em conta os princípio contábil da competência e a convenção da consistência.
15 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Texto da Lei: ( ) como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou de retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
16 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Mudança de Critério Contábil: Avaliação de estoque: passa de PEPS para MPM; Regime de contabilidade: passa de regime de caixa para o regime de competência; Avaliação e investimentos: passa do método de custo para o de equivalência patrimonial;
17 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados D Lucros ou Prejuízos Acumulados $ C Estoques $
18 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Mudança de Regime Contábil: Exemplo: IR (Imposto de Renda) Lucro no exercício de X0 = % x 300 = 90 Regime de caixa, o valor será lançado no ano do pagamento = X1 Lucro no exercício de X1 = % x 800 = 240
19 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados D Lucro ou Prejuízos Acumulados $ C Caixa $
20 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Erro na depreciação Ao ser detectado um erro no cálculo da depreciação a posteriori, ou seja, quando não há mais como corrigi-lo, deve-se proceder um lançamento contábil para a correção.
21 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados D Depreciação acumulada $ C Lucros ou prejuízos acumulados $
22 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Erro no valor do imposto de renda Detecta-se um erro no valor imputável para o imposto de renda, quando da preparação da declaração do IR. Efetua-se o lançamento na conta de Impostos a pagar.
23 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados D Provisão para imposto de renda $ C Lucros ou prejuízos acumulados $
24 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Reversão de Reservas Só se reverte aquilo que tenha sido retirado As reservas constituídas em exercícios anteriores para uma determinada finalidade e que não foram utilizadas, serão revertidas a crédito da conta de lucros ou prejuízos acumulados. No caso da reserva de lucros a realizar, o que foi realizado. Reservas para contingências Reservas de lucros a realizar. Cada caso deve ser evidenciado eparadamente.
25 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados D Reserva de Lucros a Realizar $ C Lucro ou Prejuízo Acumulado $
26 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Destinação do Lucro Acumulado durante o exercício Lucros acumulados destinados ou transferidos no decorrer do exercício social Parcelas transferidas para reservas ; Dividendos antecipados; Parcela dos lucros incorporados ao capital social.
27 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados D Lucro ou Prejuízo Acumulado $ C Capital Social $
28 Interatividade Em especial, que princípios e/ou convenções o contador deve observar ao elaborar-se uma DLPA? a) Princípio contábil da competência e a convenção da consistência. b) Apenas o princípio contábil da competência; c) Apenas o princípio contábil da consistência; d) Princípio contábil da consistência e a convenção da competência. e) Convenção da certeza.
29 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados Lucro ou prejuízo do exercício = lucro ou prejuízo final constante na demonstração do resultado do exercício. A conta Resultado do Exercício é de natureza transitória. Apurado o resultado, o saldo da conta é transferido para lucros ou prejuízos acumulados. Há duas situações, a seguir:
30 Análise da estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados a) resultado credor (lucros): D Resultado do exercício C Lucros ou Prejuízos Acumulados Ou b) resultado devedor (prejuízo): D Lucros ou Prejuízos Acumulados C Resultado do Exercício
31 Reservas Destinações do lucro do exercício = Formação ou os reforços das chamadas reservas de lucros. Observa-se as disposições estatutárias e a proposta da administração. Pressupõe aprovação pela Assembléia Geral.
32 Reservas D Lucros acumulados $ C Reservas de Lucros $
33 Reservas Reservas de Lucros: 1. Reserva Legal; 2. Reservas estatutárias; 3. Reservas para contingêncas; 4. Reserva de incentivos fiscais; 5. Retenção de lucros; 6. Reservas de lucros a realizar.
34 Reservas 1. Reserva Legal; Manter a integralidade do capital social. Só pode ser usada para compensar os prejuízos ou aumentar o capital. Art 193: Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá a 20% (vinte por cento) do capital social.
35 Reservas 1. Reserva Legal 1º. A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva acrescido do montante das reservas de capital de que trata o parágrafo 1º do art. 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
36 Reservas 1. Reserva Legal Limite obrigatório = 20% Limite facultativo = Poderá deixar de ser constituída se seu saldo, somado ao das reservas de capital, ultrapassar 30% do capital social realizado.
37 Reservas 1. Reserva Legal Exemplo de cálculo: Lucro líquido = $ 400 Capital social = $ 600 Reserva legal = $ 70 Reservas de capital = $ 100
38 Reservas 1. Reserva Legal Base de cálculo: 400 Valor da reserva legal: 5% x 400 = 20 Limite obrigatório: 20% de 600 = 120. O novo saldo da conta reserva legal, caso fossem destinados os 20, ficaria em = 90 (menor que 120)
39 Reservas 1. Reserva Legal Quanto ao limite obrigatório, a constituição da reserva legal deveria ser total, ou seja, de vinte. Limite facultativo: 30% de 600 = 180 Soma dos saldos existentes antes da destinação: (RL + RC) = = 170. A empresa poderia constituir somente dez, que é o valor suficiente para que a soma das reservas legal e de capital atinjam o valor limite ( = 10) A empresa pode destinar para reserva legal, nesse exemplo, de dez a vinte.
40 Reservas D Lucros acumulados $ C Reserva legal $
41 Reservas 2. Reservas estatutárias; Facultativas, mas se previstas tornam-se obrigatórias. Não pode restringir o pgto dos dividendos obrigatórios e seu saldo não poderá ultrapassar o capital social O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: I. indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; II. fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; III. estabeleça o limite máximo de reserva.
42 Reservas 3. Reservas para contingências Compensar, num período futuro, a diminuição do lucro proveniente de perda provável. O valor pode ser estimado. Não constitui obrigação.
43 Reservas 4. Reservas de incentivos fiscais Contempla a parcela de lucro líquido em decorrência de doações ou subvenções governamentais para investimentos. Poderá ser excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios.
44 Reservas 4. Reservas de Retenções de lucros (Reserva de bens para expansão) ou (Reserva para investimentos ou reserva orçamentária). Duração de até 5 anos, salvo exceções.
45 Reservas 5. Reserva de lucro a realizar Considera a parcela de lucro que refere-se a ganhos ainda não realizados financeiramente.
46 Interatividade [O novo presidente da Celesc Antonio Marcos Gavazzoni promete colocar a companhia "de cabeça" no setor de geração, tratando a expansão na área como "prioridade das prioridades"] [Está em curso um plano de repotenciação das pequenas centrais hidrelétricas já existentes] Jornal da Energia 17/01/2011 O contador da Celesc, provavelmente irá constituir reserva para: a) Contingências; b) Estatutária; c) Reserva para Incentivos Fiscais; d) Lucros a realizar; e) Retenção de Lucros.
47 Relatório Anual Wells Fargo
48 Dividendos É a parte dos lucros que destinam-se aos acionistas. Devem ser contabilizados durante o próprio exercício, até a aprovação da Assembleia Geral, quando deverá ser transferido para a conta dividendos a pagar. Contabilizações: a) Pelo cálculo do dividendo proposto à Assembleia Geral: D Lucros ou prejuízos acumulados; C Dividendos propostos;
49 Dividendos b) Com a aprovação da Assembleia Geral, o dividendo proposto passa a ser obrigação da empresa. Nesse caso, o lançamento será: D Dividendos propostos; C Dividendos a pagar; c) Quando do pagamento efetivo do dividendo: D Dividendos a pagar; C Banco conta movimento.
50 Dividendos Art. 201 e 202 A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais de que trata o 5º do art º. A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste artigo implica responsabilidade solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem prejuízos da ação penal que no caso couber.
51 Dividendos Art. 201 e Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido. Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço ou em desacordo com os resultados deste.
52 Dividendos Dividendo Obrigatório Segundo o artigo 202, devem ser seguidas as normas dispostas na lei /2001. A interpretação da palavra lucro = lucro ajustado, que será sempre a base de cálculo. Observe-se: Caso o estatuto estabeleça o percentual do dividendo, utilizar-se-á esse percentual. Caso não, o percentual será de 50%.
53 Dividendos Formação do Lucro ajustado: Lucro líquido do exercício (-) Reserva legal (-) Reserva para contingência (+) Reversão de reserva para contingência = Lucro ajustado.
54 Dividendos Exemplo, com estatuto omisso: Após cálculos, observando as normas da lei 10303/2001, obteve-se um dividendo obrigatório de $ 530. Considerando o inciso II do art. 197, o pagamento dos dividendos poderá ser limitado ao montante do lucro líquido já realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar.
55 Dividendos Caso a Assembléia opte pela constituição da reserva de lucros a realizar: Valor calculado para dividendos 530 (-) Lucro líquido já realizado (230) = Valor para reserva de lucros a realizar 300
56 Exemplo numérico da DLPA Saldo em 31 de dezembro de 20X Ajustes de exercícios anteriores Efeitos mudança critérios contábeis (3.000) Retificação de erro exercícios ant. (1.000) Parcela de lucro incorp. ao capital (9.000) Reversão de reservas: para contingências de lucros a realizar Lucro líquido do exercício Continua
57 Exemplo numérico da DLPA Continuação: Proposta da administração para destinação ou lucro Reserva legal (1.000) Reserva estatutária (2.000) Reserva de lucros a realizar (3.000) Reserva para contingência (8.000) Dividendos a distribuir (5.000) Saldo em 31 de dezembro de 20X
58 Demonstração de mutações do patrimônio líquido A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados pode ser substituída pela demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, caso a empresa opte. De grande importância porque apresenta: A conta lucros e prejuízos acumulados e Todas as outras contas de capital e reservas que compõe o patrimônio líquido.
59 Demonstração de mutações do patrimônio líquido Itens, operações, que alteram o patrimônio líquido: 1. Operações que provocam aumentos no patrimônio líquido; 2. Operações que provocam reduções no patrimônio líquido; 3. Operações que não alteram o patrimônio líquido
60 Demonstração de mutações do patrimônio líquido DMPL 2007 Karsten
61 Interatividade Uma sociedade anônima pode optar em não distribuir dividendos? a) Sim, desde que nenhum acionista se oponha e a decisão for devidamente informada à CVM. b) Não, pela lei 8.627/88 a empresa é obrigada a distribuir dividendos. c) Pode, mas obriga-se uma compensação financeira ao acionista; d) Somente se receber autorização expressa da CVM; e) Não é recomendável, mas pode optar em adiar a distribuição, jamais deixar de distribuir.
62 ATÉ A PRÓXIMA!
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