Movimentos emancipacionistas

Transcrição

1 Movimentos emancipacionistas Crise no sistema colonial - século XVIII. Inspirações: Revolução Industrial Inglesa(liberalismo), Independência dos Estados Unidos e Revolução Francesa. Caráter separatista; Sociedades literárias e maçonaria, que discutiam as ideias revolucionárias em segredo Exemplos: - Conjuração Mineira; - Conjuração Baiana.

2 Inconfidência(conjura) Mineira

3 CONJURAÇÃO MINEIRA Oposição de ricos proprietários contra a nova derrama. Alto preço cobrado pelos produtos importados; Exclusividade dada aos portugueses nos altos cargos administrativos; Ideais iluministas e influência da Independência norte-americana.

4 CONJURAÇÃO MINEIRA Pensadores com ideais iluministas reuniram-se secretamente em Vila Rica conspirando contra o governo português, preparando uma insurreição (ato de levantar armas contra algo superior considerado injusto ou ilegítimo). Entre os mais ativos destacavam-se: 1- Os poetas Cláudio Manoel da Costas, Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga 2- Os coronéis Domingos de Abreu e Joaquim Silvério dos Reis 3- O alferes (atual posto de segundo tenente) Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes.

5 CONJURAÇÃO MINEIRA Reivindicava-se: - Um governo republicano, tomando a constituição dos EUA como modelo. - A transformação de São João D el Rei na capital do novo país. - A obrigatoriedade do serviço militar. - Apoio à industrialização. Liberdade ainda que tardia.

6 CONJURAÇÃO MINEIRA Nova derrama em Vila Rica, no início de 1789(estopim) Os revolucionários decidiram prender o governador da região, Visconde de Barbacena, com o apoio da população revoltada. Contudo a rebelião em Vila Rica não chegou a acontecer,ela foi denunciada por participantes, como Joaquim Silvério dos Reis em troca de perdão de dívidas pessoais.

7 CONJURAÇÃO MINEIRA Fim da derrama e prisão dos conspiradores. Cláudio Manoel da Costa se enforcou na prisão pouco antes do julgamento(???); Crime de lesa majestade Os demais envolvidos foram condenados ao desterro (expatriar, exilar da pátria), nas colônias portuguesas da África. Apenas Tiradentes foi condenado à morte, enforcado em 21 de abril de 1792,no RJ. Teve seu corpo esquartejado e seus membros distribuídos pelas cidades mineiras onde estivera buscando apoio. Sua cabeça foi exposta publicamente em Vila Rica para intimidar novas conspirações.

8 Execução de Tiradentes

9 CONJURAÇÃO BAIANA Foi a mais popular das rebeliões coloniais, dela participaram sapateiros, escravos e ex-escravos, soldados e vários alfaiates (motivo pelo qual ficou também conhecida como rebelião dos alfaiates), além de padres, médicos e advogados. A transferência da capital para o Rio de Janeiro em 1763, acarretou dificuldades econômicas para a sociedade de Salvador, sobrecarregada por tributos e contestava com freqüência a exploração metropolitana.

10 CONJURAÇÃO BAIANA Inspirações: independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa e a independência do Haiti Ideais de liberdade, igualdade e fraternidade; por intermédio dos intelectuais e profissionais liberais, empolgando a população de Salvador. Por meio de encontros secretos da Organização Maçônica Cavaleiros da Luz, de Salvador, líderes discutiam os princípios revolucionários e preparavam uma conspiração. Obtiveram apoio da elite baiana e principalmente das camadas pobres das população.

11 CONJURAÇÃO BAIANA Pregava-se: - A proclamação de um governo republicano, democrático e livre de Portugal; - A liberdade de comércio; - O aumento dos salários dos soldados; - Boa parte dos integrantes defendia o fim da escravidão e o fim do preconceito contra negros e mulatos.

12 CONJURAÇÃO BAIANA Entre os participantes mais pobres, muitos foram condenados às penas mais duras e João de Deus, Manuel Faustino, Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens, foram enforcados e esquartejados tendo parte de seus corpos jogados pela cidade de Salvador. Quanto aos envolvidos que pertenciam à elite, alguns foram inocentados e outros presos e mandados para o degredo(expulsar, obrigando a residir em determinado lugar durante certo tempo).

13 A vinda da família real

14 Contexto: BLOQUEIO CONTINENTAL(1806),proibição dos países europeus comercializarem com a Inglaterra. Guerras napoleônicas; D. João, de Portugal, não acatou de imediato a imposição francesa devido à dependência econômica com a Inglaterra. Napoleão

15 Napoleão determinou a invasão de Portugal, a derrubada do governo e da dinastia de Bragança e o desmembramento do reino em suas colônias. Em novembro de 1807, diante da invasão de tropas franco-espanholas, a família real e cerca de 15 mil pessoas, entre nobres e os demais funcionários. Embarque às pressas

16 ...Dom João mandou afixar nas ruas de Lisboa um decreto no qual explicava as razões de sua partida.dizia que as tropas francesas estavam a caminho de Lisboa e que resistir a elas seria derramar sangue inutilmente.acrescentava que, apesar de todos os esforços,não tinha conseguido preservar a paz para seus amados súditos e por isso estava se mudando para o Rio de Janeiro até que a situação se acalmasse.também deixou por escrito instruções sobre como os portugueses deveriam tratar os invasores.

17 A chegada da família real

18 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL Chegou primeiramente a Salvador,em 1808, e D. João logo decretou a abertura dos portos: - Liberou-se a importação de qualquer produto vindo de países que mantivessem relações amigáveis com Portugal (beneficiando indiretamente a Inglaterra, em plena revolução industrial). - A decisão punha fim a exclusividade portuguesa, aliviando o pacto colonial( inversão a brasileira ); - Permissão para a abertura de indústrias na colônia.

19 Carta régia que decretou a abertura dos portos

20 A chegada no RJ A família real permaneceu a bordo nesse primeiro dia,recebendo inúmeros cortejos que lhe foram dar as boas-vindas:uma comissão do Senado da Câmara,magistrados,padres e bispos,oficiais do exército,acompanhados do vice-rei.primeiro iam cumprimentar Dom João,na nau Príncipe real.depois,a princesa Carlota Joaquina,na Alfonso de Albuquerque.O desembarque aconteceu só no dia seguinte,8 de março,por volta das 4 da tarde.da nau, D.João foi transportado para a terra por um bergantim escarlate e dourado,coberto com um dossel púrpura.desceram todos,menos a rainha D.Maria I,que ficou a bordo mais 2 dias. Para os brasileiros coloniais,que aguardavam em terra,foi inevitável um certo ar de decepção ao ver aquela corte foragida e castigada pela precariedade da longa travessia.nunca antes um rei europeu havia pisado em solo americano.

21 Carlota,as filhas princesas e as outras damas da Corte tinham desembarcado com as cabeças raspadas,protegidas por turbantes,devido á infestação de piolhos que havia assolado o navio durante a viagem.quando as mulheres do RJ viram as princesas cobertas,acharam que era a última moda na Europa.Dentro de pouco tempo, quase todas elas passaram a cortar os cabelos e a usar turbantes para imitar as nobres portuguesas.

22 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL Tratados de 1810: garantia aos ingleses taxação privilegiada de 15% de impostos sobre os produtos vendidos no Brasil, enquanto as mercadorias portuguesas pagariam 16% e aos demais países 24%. Com isso os ingleses conseguiram outros benefícios, como o de que qualquer cidadão inglês que infringisse a lei dentro do império luso seria julgado por leis e juizes ingleses. Estabeleceram ainda os tratados de liberdade de culto protestante para cidadãos ingleses, até então proibido.

23 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL Ao se transformar na capital do império, o Rio de Janeiro ganhou ares europeus, com a instalação de órgãos públicos, como ministérios e tribunais, da casa da moeda e do Banco do Brasil. Rua do Ouvidor Primeira emissão de papel moeda

24 Também foram criados o Jardim Botânico, as escolas de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, o Teatro Real, a Imprensa Real, a Academia Real Militar. Escola de Anatomia-RJ Jardim Botânico

25 Museu Nacional Teatro Nacional Observatório do RJ

26 A administração joanina também publicou a vinda da missão artística francesa, que retratou paisagens e costumes brasileiros, tanto dos Sertões quanto da corte do Rio de Janeiro, o principal pintor foi Jean- Beptiste Debret.

27 Debret Os escravos Negra vendendo caju Casa de ciganos

28 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL D. João declarou guerra à França e invadiu a Guiana Francesa, em 1809, devolvendo-a em 1817, após Napoleão ter sido derrotado pelas forças européias. Aproveitando-se das guerras pela independência da América Espanhola invadiu território espanhol ao sul do Rio Grande do Sul, formando a província Cisplatina. Com o apoio inglês, a população portuguesa conquista a vitória contra os invasores napoleônicos. As dificuldades econômicas portuguesas,mais os ideais iluministas determinaram a eclosão da revolução liberal,na cidade do Porto, em 1820, também conhecida como vintismo.

29 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL Os líderes da revolução decidiram redigir uma constituição para Portugal a partir da convocação das cortes portuguesas e o imediato regresso de D. João VI. Receoso de perder a coroa, a família real volta a Portugal em abril de 1821, deixando D. Pedro como príncipe regente do Brasil. Restabelecimento do pacto colonial no Brasil: restauração de monopólios, privilégios e a anulação a autonomia administrativa representada pelos diversos órgãos criados por D. João durante sua permanência no Rio de Janeiro. Foi exigido que D. Pedro I retornasse a Portugal para complementar sua formação cultural.

30 O BRASIL TORNOU-SE DE FATO INDEPENDENTE? In.de.pen.den.te 1. Não subordinado; 2. Não passível de influência; 3. Livre da autoridade ou do domínio de outro, soberano;

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